E DI ÇÃO ESPECI AL MUDANÇAS NA FEIRA Ação municipal na feira do Céu Azul vai trazer mais segurança, higiene e respeito ao bairro R espeito é a palavra que define a operação da Prefeitura de Valparaíso de Goiás realizada na tradicional Feira do Céu Azul. O espaço, que até então era visto pela vizinhança como local sujo, onde não se respeitavam as normas de higiene e segurança, facilitador de crimes e do uso de drogas, será transformado em um novo ambiente com funções múltiplas que poderá ser utilizado por escolas, igrejas e pela comunidade. Ao retirar o domínio da feira das mãos de particulares, que sem prerrogativa legal exploravam o espaço público para obter vantagens financeiras, sem qualquer contrapartida de melhorias aos feirantes, o governo municipal dá demonstração de zelo com os bens públicos e com o bem estar da população valparaisense. Sem precisar gastar nenhum centavo do dinheiro público, a atitude da Prefeitura vai permitir uma transformação de um espaço que antes ficava restrito apenas aos feirantes. A postura do executivo municipal também vai contribuir para limpeza. Agora, com a retirada das barracas fixas, a remoção do lixo vai ser facilitada. Antes, elas impediam o caminhão de entrar e limpar o local. Outra novidade resultante das mudanças é a implantação do Banco de Alimentos. O projeto prevê o recolhimento de alimentos que ainda podem ser usados para o consumo e que serão distribuídos gratuitamente para entidades de assistência social do município. Todas as alterações foram aprovadas de forma consensual durante reunião realizada no dia 26 de agosto, na Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Mais de 100 feirantes participaram do encontro para definir critérios referentes à nova distribuição e padronização dos estandes de vendas. BANCO DE ALIMENTOS É uma iniciativa do governo federal por meio do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Funciona como um espaço físico onde são recebidos alimentos próprios para o consumo, mas que seriam desperdiçados em feiras, hortas, supermercados e Centrais de Abastecimento de Alimentos (CEASAs). O principal objetivo do banco de alimentos é o combate ao desperdício de alimentos. O público-alvo são as entidades socioassistenciais vinculadas ao Sistema Único de Assistência Social (SUAS), os restaurantes populares e as cozinhas comu- nitárias. Todos os alimentos são distribuídos gratuitamente São estipulados critérios próprios para o cadastro das entidades para as quais os alimentos serão doados. Dessa forma, as instituições que quiserem receber as doações precisam se informar sobre a possibilidade do cadastramento e recebimento dos alimentos. O banco de alimentos pode receber doações de feiras, hortas, supermercados e CEASAs, desde que estejam em boas condições de consumo; da agricultura familiar, por meio da doação direta do agricultor ou da modalidade do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e de contribuições eventuais de empresas alimentícias. A manutenção e a gestão, tanto financeira quanto operacional, são de responsabilidade do poder público local (estado ou município). Ou seja, a administração da unidade, bem como os recursos necessários à manutenção dos serviços de produção (gêneros alimentícios, material de limpeza, taxas administrativas e outros), deverão ser custeados pelo governo estadual, distrital ou municipal. Esses, por sua vez, podem estabelecer parcerias para auxiliar na operacionalização. VANTAGENS DA NOVA FEIRA Novas instalações Mais opções Capacitação Substituição das barracas antigas por tendas modernas e padronizadas feitas de estruturas metálicas e removíveis. O novo espaço será pintado e sinalizado. A limpeza que atualmente é financiada pelos feirantes passará ser de responsabilidade da Prefeitura. O novo modelo de barracas desmontáveis permitirá que o espaço da feira fique livre nos demais dias da semana para a realização de eventos culturais e esportivos promovidos por instituições e entidades ligadas a cultura em Valparaíso. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, em parceria com o SEBRAE, vai oferecer cursos de qualificação para melhorar a qualidade do trabalho e os lucros dos feirantes, além de suporte para a organização do novo espaço e dos negócios. OPINIÃO DOS FEIRANTES “Sou a favor dessa mudança. O jeito como funciona atualmente é muito bagunçado. Tem muito lixo. As novas bancas vão deixar a feira mais decente. Essa é uma ação positiva da Prefeitura de Valparaíso para melhorar esse espaço que já deveria ter sido feita há muito tempo”. José Teixeira de Souza (dono de uma banca de caldo de cana há mais de 15 anos) “É importante cuidar de um local que proporciona a renda para muitas famílias. Daqui sai o sustento de muita gente. O que temos que fazer é apoiar essas mudanças que vão garantir melhorias para todos que de alguma forma são beneficiados com essa feira que é uma tradição em Valparaíso”. Maria Eliane (vendedora de balas) “Se é para melhorar, eu concordo. A gente precisa de um lugar adequado para trabalhar. Toda mudança que traz melhorias temos que comemorar. Todos saem ganhando. Não somente os feirantes, mas a vizinhança e toda a comunidade”. Ana Maria (tem banca de hortaliças há mais de 12 anos) “Mudança para melhor é sempre bem vinda. Concordo com essa ação da Prefeitura. Vai melhorar a higiene. Aqui é uma sujeira terrível. A limpeza é importante, principalmente por conta dos alimentos vendidos na feira”. Helena Rodrigues de Melo (vendedora de ovos) MENSAGEM AOS FEIRANTES Domingo vai ter feira! A Prefeitura de Valparaíso de Goiás tem uma boa notícia para feirantes, clientes e comunidade em geral: Domingo vai ter feira no Céu Azul. Uma feira diferente. Quem for à feira no próximo domingo certamente vai notar a diferença no local. Enquanto não adquirirem as novas bancas de metal, os feirantes não vão ficar impedidos de vender seus produtos. Temporariamente, todos estão autorizados a atender seus clientes em barracas improvisadas, para dessa forma, garantir renda para si e para as próprias famílias. Outra motivação para os feirantes é que eles não vão mais precisar pagar qualquer taxa para trabalhar no local. Antes, tinham que desembolsar até R$ 120,00 mensais pelo aluguel das barracas, cobrados de forma ilegal por quem se auto intitulava dono da feira. Em breve as imagens da antiga feira ficarão apenas no passado. O presente mostra que os gestores acertam mais quando colocam os interesses do povo acima de quaisquer outras conveniências.