Sobre o Sistema Solar

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Sobre o Sistema Solar
O Sistema Solar consiste em 8 planetas e outros corpos menores orbitando nossa estrela mais
próxima, o Sol. As órbitas dos planetas ao redor do Sol não são círculos perfeitos. Na realidade,
são elipses quase circulares. O Sol não está no centro da órbita elíptica de um planeta, mas um
pouco deslocado para o lado, posicionado num ponto chamado foco. O sistema solar é apenas
um pontinho microscópico no interior de nossa galáxia (chamada Via Láctea ou Milk Way) e, a
nossa galáxia, também é um pontinho minúsculo na imensidão do Universo.
Em torno do Sol circundam os seguintes corpos:
8 planetas;
5 planetóides ou planetas anões;
138 satélites;
1600 asteróides;
vários cometas.
Os planetas que circundam o Sol, a partir do mais próximo para o mais distante, são:
Mercúrio
– diâmetro: 4.879Km;
Vênus
– diâmetro: 12.103Km;
Terra
– diâmetro: 12.726Km;
Marte
– diâmetro:
Júpiter
– diâmetro: 142.984Km;
6.780Km;
Saturno
– diâmetro: 120.536Km;
Urano
– diâmetro: 51.118Km;
Netuno
– diâmetro: 49.528Km;
Com exceção de Mercúrio e Vênus, todos os outros planetas possuem satélites naturais, ou seja,
objetos orbitantes que chamamos de lua.
Regras oficiais da União Astronômica Internacional (IAU) para definir planetas:



1 - O corpo deve orbitar uma estrela sem ter ele próprio luz própria;
2 - Ter massa suficiente para ter forma esférica, devido à sua própria gravidade;
3 - Forte interação com o meio: haver “varrido” a sua vizinhança, ou seja, estar livre de
corpos cujas órbitas possam causar colisões;
Obs.: Os planetas anões não satisfazem o item número 3.
Distâncias do Sol e tempo de uma órbita dos planetas:
Os planetas são imensamente pequenos quando comparamos com o Sol e as órbitas dos
primeiros 4 planetas (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte) são relativamente próximas a ele. Esses
planetas por serem rochosos e devido à atração gravitacional são mais próximos do Sol. Quanto
mais próximo do Sol, mais rápida é a órbita do planeta:
Planeta: <> Raio orbital médio: <>
(1 ano do planeta):
Mercúrio <>
Tempo para completar uma volta em torno do Sol
57.909.100 Km
<>
87,969 dias terrestres;
Vênus
<> 108.208.930 Km
<>
224,7 dias terrestres;
Terra
<> 149.597.870 Km
<>
365, 6 horas e 9 minutos terrestres;
Marte
<> 227.939.100 Km
<>
686,971 dias terrestres;
Para os planetas mais afastados do Sol, as distâncias das órbitas se tornam proporcionalmente
muito maiores quando comparadas aos planetas próximos. Esses 4 planetas afastados (Júpiter,
Saturno, Urano e Netuno) não são rochosos e sim gasosos.
Planeta: <> Raio orbital médio
Sol (1 ano do planeta):
Júpiter
<>
778.547.200Km <>
Saturno <>
1.430.560.548Km <>
<>
Tempo para completar um volta em torno do
11,87 anos terrestres;
29 anos, 167 dias e 6,7 horas terrestres;
Urano
<>
2.876.679.082Km <>
84,1 anos terrestres;
Netuno
<>
4.498.252.900Km <> 167,8 anos terrestres;
Planetóides e corpos menores:
No Sistema Solar existem além dos 8 planetas já citados, mais 6 planetóides ou planetas anões.
Os planetóides não obedecem à terceira regra oficial da União Astronômica Internacional (IAU)
para definir planetas. Por isso, em agosto de 2006, a União Astronômica Internacional
“rebaixou” ou redefiniu o até então planeta Plutão como planeta anão. No caso específico de
Plutão (último planeta descoberto, em 18 de fevereiro de 1930, pelo astrônomo americano Clyde
W. Tombaugh), o ex-planeta não atendeu o quesito número 3 das regras oficiais da IAU que
definem planeta, ou seja, “Forte interação com o meio: haver “varrido” a sua vizinhança, ou
seja, estar livre de corpos cujas órbitas possam causar colisões”. Plutão foi redefinido como
planetóide por estar situado no Cinturão de Kuiper (região repleta de pequenos corpos celestes
orbitando após Netuno).
Planetas anões são objetos do sistema solar que:
- orbitam o Sol;
- tem uma forma quase redonda;
- não tem uma vizinhança limpa, ou seja, não estão livres de corpos cujas órbitas possam causar
colisões;
- não são satélites.
Os planetóides ou planetas anões são os seguintes:
Plutão;
Ceres;
Éris;
Caronte (alguns astrônomos consideram Caronte apenas a maior lua de Plutão);
Makemake;
Haumea;
Os asteróides, que são corpos espaciais menores, orbitam no gigantesco espaço entre Marte e
Júpiter que abriga múltiplos objetos irregulares menores, conhecido como Cinturão de
Asteróides.
Corpos celestes pequenos chamados OCK (Objetos do Cinturão de Kuiper) ou KBO (Kuiper
Belt Object) orbitam numa vasta região depois de Netuno, chamada Cinturão de Kuiper.
Os cometas também orbitam o Sol, mas suas órbitas se estendem muito além do que qualquer
planeta no nosso Sistema Solar. Os limites do Sistema Solar são geralmente considerados parte
da Nuvem de Oort, região distante de onde se originam os cometas, que fica além do Cinturão
de Kuiper.
Como se formou o Sistema Solar ?
Segundo os cientistas, uma enorme nuvem de pó e gás espacial foi se juntando e acumulando
pela força da gravidade própria. Essa aglomeração começou a girar e o centro virou o Sol. Os
pedaços menores mais próximos tornaram-se planetas e alguns satélites. Estima-se que a maior
parte do Sistema Solar, incluindo a Terra, formou-se a cerca de 4,6 bilhões de anos.
Estima-se que o Sistema Solar tenha 1/3 da idade do Universo, que é 13,7 bilhões de anos.
Dados sobre o Sistema Solar:
Diâmetro:
1,24 milésimos de AL (Ano-Luz);
Plano:
O plano do Sistema Solar não é paralelo ao plano da nossa galáxia.
Estrela mais próxima:
A estrela Próxima Centauro é a estrela mais próxima da Terra. É a estrela mais fraca do sistema
triplo Alpha Centauri. Está posicionada numa distância de 4,2 AL;
Estrelas vizinhas:
20 estrelas encontram-se num raio de 20 AL do Sol.
Tamanho do Sol:
Seu diâmetro é aproximadamente 1.400.000 Km. O Sol é considerado uma estrela de tamanho
médio;
Início do Sol:
4,6 bilhões de anos atrás;
Tempo previsto de vida do Sol:
5 bilhões de anos (está na meia vida);
Distância do Sol a Terra:
Aproximadamente 150.000.000Km (medida chamada 1 UA – uma Unidade astronômica).
Volume do Sol:
1,3 milhões de vezes o volume da Terra.
Sobre Marte
Marte, de todos os planetas do Sistema Solar, é o que mais se assemelha com a Terra, embora
tenha apenas metade do tamanho. É o quarto planeta a partir do Sol e também o planeta rochoso
com órbita mais exterior. É chamado de “planeta vermelho” por que o terreno e as rochas de sua
superfície são formados com grande quantidade de óxido de ferro ou ferrugem. Foi assim
batizado por causa do deus romano de guerra: “Marte”.
Como acontece em nosso planeta, Marte também tem camadas de gelo nos pólos e estações
durante o ano. Ventos, enormes vulcões, tempestades de areia, dunas e montes também estão
presentes.
Estão presentes na superfície cânions profundos, planícies salpicadas de pedras e poeira, além de
formações semelhantes a leitos de rios secos.
Como Marte está mais afastado do Sol do que a Terra, sua superfície é fria, com temperaturas
negativas durante a maior parte do tempo, apresentando média de -63ºC.
Sua atmosfera é constituída principalmente por dióxido de carbono e pequenas quantidades de
nitrogênio, argônio, monóxido de carbono, oxigênio e vapor de água.
A presença de formações semelhantes a leitos de rios e estuários indicam que já houve grandes
rios circulando sobre a superfície marciana. Apesar de nenhum humano ter pisado em Marte, o
planeta vermelho já foi visitado por sondas, robôs e veículos espaciais que rodam em sua
superfície, mas nenhum sinal de vida foi encontrado até hoje.
Sua meteorologia apresenta nuvens, neblina, ventos fortes, tempestades de areia e céu vermelho.
Possui as estações do ano bem definidas como na Terra, porém com invernos intensamente frios.
Grande parte do hemisfério norte de Marte é coberto por planícies vulcânicas baixas e
relativamente lisas. A superfície no hemisfério sul apresenta muitas montanhas cobertas de
crateras.
Na camada polar norte existe água em forma de gelo que se mantém durante o verão. Essa
camada tem aproximadamente 1.100Km de comprimento. Já a camada polar sul, a parte
congelada tem dióxido de carbono congelado e aproximadamente 420Km de comprimento.
O interior do planeta apresenta um espesso manto de rocha silicática sólida, que envolve um
pequeno núcleo metálico, provavelmente de ferro. No passado o manto foi uma fonte de
atividade vulcânica. Acima dele há uma crosta rochosa de apenas 10Km de profundidade, que
forma a superfície.
As luas de Marte:
Marte possui 2 pequenos satélites. Acredita-se que esses corpos, que são escuros e rochosos,
sejam asteróides que foram capturados pela gravidade de Marte nos anos iniciais de sua
existência.
O maior satélite tem 26,8 Km de diâmetro e se chama Phobos. Executa uma órbita a 9.380Km
do planeta.
O segundo satélite chama-se Deimos e tem apenas 15Km de diâmetro e está numa órbita com
distância aproximada de 23.500Km do planeta.
Os dois satélites executam órbitas quase circulares em torno do equador de Marte. Enquanto
Phobos executa uma órbita inteira em torno de Marte,Deimos completa apenas um quarto de sua
órbita. Phobos orbita Marte em 7h39m. Deimos completa uma órbita em 30h18m.
Alguns pontos notáveis na superfície de Marte:
Valles Marineris:
É um grande cânion com 4.000Km de comprimento e 8Km de profundidade;
Olympus Mons:
É o maior vulcão do Sistema Solar com quase 24Km de altura;
Montes Tharsis:
É a maior região vulcânica com 3.900Km de extensão e 14 Km de altura, que apresenta 12
grandes vulcões.
Arsia Mons:
Maior cratera em Montes Tharsis com 121 Km de diâmetro.
Tharsis Tholus:
Vulcão parcialmente enterrado com sua cratera apresentando 150Km de diâmetro.
Elysium Planitia:
Grande planície coberta de lava com 2.300Km de comprimento por 1.600Km de largura.
Cydonia Mensae:
Formação conhecida como “o rosto”. Formação natural que lembra um rosto gigantesco, com
área de 3,5 Km por 1,6 Km. Foi registrada pela primeira vez numa foto da sonda americana
Viking 1, tirada em 25/07/1976.
Dados sobre Marte:
Diâmetro no equador:
6.780Km (0,53 do diâmetro da Terra);
Inclinação do eixo:
25,2º C;
Massa:
0,107 (Terra= 1);
Volume:
0,151(Terra= 1);
Densidade média:
3,9g/cm3;
Gravidade:
0,38 (Terra=1);
Número de Luas:
2 (Phobos e Deimos)
Distância média do Sol:
227,9 milhões de Km;
Maior distância do Sol (afélio):
249,2 milhões de Km;
Menor distância do Sol (periélio):
206,6 milhões de Km;
Período orbital (ano em Marte):
686,9 dias terrestres;
Período de rotação (dia em Marte):
24,62 horas terrestres;
Velocidade média orbital:
24,1 m/s;
Temperatura média na superfície:
-63º C;
Maior temperatura da Superfície:
25º C;
Menor temperatura da superfície:
-140º C;
Informações Lunares
Como único satélite natural da Terra, a Lua é companheira constante de nosso planeta na sua
viagem pelo espaço. Quando olhamos para o céu, percebemos que a Lua cheia é o astro mais
brilhante do firmamento, apenas superada pelo Sol. Além disso, ela é o quinto maior satélite do
Sistema Solar e o único astro visitado por humanos (apenas 12 astronautas das missões Apollo,
de 1969 a 1972). Ela é conhecida como Jaci dentro da Mitologia dos nossos índios brasileiros
Tupi e Selene na Mitologia Grega.
Como se formou a Lua ?
A teoria mais aceita atualmente sobre a formação da Lua (teoria proposta em 1975), explica que
ela formou-se quando um asteróide do tamanho de Marte colidiu com a Terra há 4,5 bilhões de
anos (a Terra tem cerca de 4,57 bilhões de anos). A forte colisão não teria sido frontal e sim de
“raspão”. Rochas fundidas dos dois corpos foram lançadas ao espaço, formando um anel de
matéria solta, contendo escombros e fragmentos orbitando a jovem Terra, que na época tinha
próximo de 100 milhões de anos de idade. Com o tempo o material se aglomerou, dando origem
a um novo grande corpo, a jovem Lua, que esfriou, solidificou e adquiriu forma esférica.
Um corpo fica esférico durante a sua formação, quando sua matéria interior é aquecida e
comprimida até o ponto de fusão, deixando-se acomodar sob a atração central da força
gravitacional, em camadas esféricas e concêntricas. Quando o interior está fluido, através da ação
da gravidade, a matéria de constituição mais densa se aglomera e sedimenta mais próximo ao
centro.
Os astronautas das missões Apollo instalaram sismógrafos na superfície lunar. Com isso, o
interior da Lua começou a ser explorado e analisado com o uso de propagação de ondas sísmicas.
A conclusão obtida foi que a Lua possui uma crosta com 65 Km de espessura média, composta
predominante por anortosito (mineral rico em feldspato), que é uma rocha ígnea com facilidade
de cristalização. O anortosito tem baixa densidade que o faz flutuar no magma para formar a
crosta.
Abaixo da crosta existe um manto com 1.200 Km de espessura composto por olivina, que é um
mineral também ígneo porém mais denso, que é composto principalmente por silicato de
magnésio e ferro. As camadas mais internas do manto ainda continuam fluidas. Na região central
existe um pequeno núcleo sólido rico em ferro com aproximadamente 500 Km de raio.
Largura e Distância:
A Lua tem pouco mais de um quarto da largura do nosso planeta, ou seja, 3.474 Km de diâmetro.
Sua massa é 1/81 da massa da Terra. Gira numa órbita elíptica ao redor da Terra, fazendo com
que, ao longo dessa trajetória, ela atinja um ponto mais próximo, conhecido como perigeu
(363.104 Km) e um mais distante, conhecido como apogeu (405.696 Km) da Terra .
Sua distância média da Terra é cerca de 384.400 Km. Para confirmar essa distância, os cientistas
medem o tempo de ida e volta de um sinal de radar ou um feixe de laser transmitido para a
superfície da Lua e refletido de volta por refletores deixados pelos astronautas das missões
Apollo. A Lua tem pouco mais de um quarto da largura do nosso planeta, ou seja, 3.474 Km de
diâmetro.
Atmosfera e Gravidade:
A Lua é desprovida de hidrosfera e, sua atmosfera, é extremamente rarefeita ou quase
inexistente, pois a gravidade na superfície da Lua, que é cerca de um sexto da gravidade da
Terra, não consegue retê-la. Por isso o céu da Lua é sempre escuro.
A hidrosfera e a atmosfera juntas permitem a vida em nosso planeta, tendo sido também os
agentes formadores de combustíveis fósseis como o petróleo e o carvão.
Rotação, órbita, face voltada para a Terra, mês sideral, mês sinódico e libração:
Existe uma sincronia entre os movimentos de rotação e revolução da Lua. Por causa disso, ela
mantém sempre a mesma face voltada para a Terra. Não podemos observar seu outro lado, que
por isso recebeu o nome de “lado oculto”.
A Lua executa uma “rotação síncrona”, ou seja, gira sobre o seu próprio eixo no mesmo tempo
que leva para completar uma volta em torno da Terra. Esse tempo de 27 dias, 7 horas, 43
minutos (27,32 dias) é chamado de “mês sideral”, que corresponde ao período orbital da Lua ao
redor da Terra e representa o movimento da Lua em relação às estrelas “fixas” no espaço
profundo. Isso explica por que a Lua tem sempre a mesma face voltada para a Terra.
O intervalo de tempo entre duas sucessivas fases de “Lua nova” é de 29 dias, 12 horas, 44
minutos (29,53 dias). Esse período é chamado de “mês sinódico” e representa o movimento da
Lua no céu em relação ao Sol.
Por causa da rotação síncrona podemos distinguir dois hemisférios na Lua: o próximo (sempre
voltado para nós) e o afastado (o lado oculto). Além dos 50% visíveis da face voltada para nós,
podemos ver a mais, em torno de 9% da superfície lunar. Isso ocorre por que em sua órbita
elíptica em torno da Terra, a Lua imprime uma velocidade variável. Além disso, ocorre um
ângulo de 1,5º do equador da Lua em relação ao seu plano orbital. Existe também, os 5,2º que
seu plano orbital faz com a eclíptica (órbita da Terra em volta do Sol) e o efeito da paralaxe da
Lua quando observada de um mesmo local da Terra, ao nascer e ao se pôr.
Por causa disso tudo, a Lua parece balançar ou oscilar em torno de uma posição de equilíbrio. A
esse fenômeno chamamos libração (oscilação). Além das librações aparentes, existe ainda a
libração física do eixo da Lua causada pela atração gravitacional da Terra.
Órbita da Terra ao redor do Sol e sistema Terra-Lua:
Assim, como já dissemos, a Lua gira em torno do nosso planeta numa órbita elíptica que a
aproxima até 363.104 Km (perigeu) e a afasta até 405.696 km (apogeu).
A Terra por sua vez, também executa uma órbita elíptica (quase circular) em torno do Sol, que
também causam diferenças nas distâncias. Seu plano de órbita ao redor do Sol é conhecido
como eclíptica. Sua órbita em torno do Sol está a uma distância média de 149.600.000 Km
(aproximadamente 150.000.000 Km). Esta distância é definida como sendo uma "Unidade
Astronômica"
(U.A.).
A Terra está mais próxima do Sol, na posição chamada periélio, por volta de 2 de janeiro de cada
ano. Neste momento ela está a uma distância de 147.100.000 Km do Sol. A Terra está mais
afastada do Sol, na posição chamada afélio, por volta de 2 de julho de cada ano. Neste momento
ela
está
a
uma
distância
de
152.600.000
Km.
A Terra e a Lua giram juntas no espaço, num sistema duplo ou binário de astros (alguns
cientistas não aceitam essa afirmação), onde cada corpo orbita ao redor do centro comum de
gravidade. A localização desse ponto está no segmento de reta que une os centros dos dois
corpos. O plano de órbita da Lua em torno da terra está inclinado 5,2º em relação ao plano de
órbita da Terra em torno do Sol (conhecida como eclíptica).
Caso ambos possuíssem a mesma massa, o centro comum de gravidade ficaria no ponto médio
do segmento de reta que une os centros dos dois astros. Assim, se as órbitas fossem circulares, os
dois corpos descreveriam um mesmo círculo em torno do centro comum de gravidade, girando
com posições diametralmente opostas.
Caso as massas fossem diferentes, o centro comum de gravidade ficaria mais perto do corpo de
maior massa. Numa situação extrema em que a massa de um dos corpos é desprezível em relação
à outra, o centro comum de gravidade praticamente coincidiria com o centro de gravidade do
corpo maior. Então, este centro permaneceria imóvel e o corpo menor descreveria sua órbita em
torno dele.
No caso específico do sistema Terra-Lua, nosso satélite natural tem 1/81 da massa da Terra.
Assim, o centro de gravidade do sistema Terra-Lua fica a 4.670 Km do centro da Terra, ou seja,
1.710 Km abaixo da sua superfície.
Marés alta e baixa dos oceanos na Terra:
Pelo efeito da interação gravitacional Terra-Lua, ocorre o fenômeno das marés. Marés são o
aumento ou diminuições regulares do nível dos oceanos. Ainda que o Sol tenha alguma
influência, as marés oceânicas são causadas principalmente pela interação gravitacional entre a
Terra e a Lua.
A atração da Lua faz com que ocorra um "abaulamento" dos oceanos na direção da Lua. Com
isso, do lado em que a Lua está, as águas da Terra são "amontoadas" por causa da atração. Além
disso, no lado contrário, a Terra também é “puxada” das águas, em direção à Lua, deixando
assim, uma “protuberância” na água no lado oposto da Terra.
À medida que a Terra gira em seu eixo, cada posição na Terra experimenta duas marés por dia. À
medida que a Terra gira, outras regiões passam a sofrer elevações, como se o nível da água se
deslocasse seguindo a Lua.
O Sol também contribui com sua força própria de atração .Apesar do Sol ser imensamente mais
massivo que a Lua, ele está muitíssimo distante e, por isso, a força de atração do Sol que incide
nas marés, tem aproximadamente apenas a metade da magnitude da força da Lua.
Fases da Lua:
O Sol sempre ilumina uma metade da Lua. Num ciclo completo que dura em torno de 29,53 dias,
a Lua recebe ou não a luz do Sol na metade que nos é visível. Nesse período, devido ao ângulo
mutável entre o Sol, a Terra e a Lua, a luz do Sol vai cobrindo parcialmente a Lua, produzindo
formas diferentes conhecidas como fases. Quando a Lua se encontra do mesmo lado da Terra em
que o Sol está (ou seja, posicionada entre a Terra e o Sol), a face da Lua voltada para a Terra não
está iluminada, é a fase Lua Nova. Quando a Lua se encontra do lado oposto ao nosso em
relação ao Sol, podemos vê-la totalmente iluminada, é a fase Lua Cheia. Entre às fases Nova e
Cheia, à medida que a Lua se desloca em sua órbita, a luz vai mudando o visual da forma lunar,
acontecendo as fases intermediárias, incluindo o Quarto Crescente e Quarto Minguante.
Na Lua Nova a temperatura no centro do disco lunar cai para cerca de -150oC. Na Lua Cheia a
temperatura no centro do disco lunar atinge cerca de 110oC.
Uma visão mais detalhada das fases da Lua:
À medida que a Lua se desloca em torno da Terra e ambas giram ao redor do Sol, a cada santo
dia a Lua recebe a luz solar sob um ângulo diferente. Um ciclo completo leva 29,53 dias (29
dias, 12 horas, 44 minutos) e se chama lunação, mês lunar, revolução sinódica ou ainda período
sinódico da Lua. Porém, apesar dessa dinâmica de mudanças de aspecto visual diário, na prática,
geralmente apenas quatro fases lunares recebem denominações especiais: Nova, Crescente,
Cheia e Minguante.
É bom lembrar que a mesma fase da Lua ocorre para todo o planeta porém, a Lua quando vista
por um observador do hemisfério norte da Terra terá um aspecto invertido em relação ao visto
por um observador no hemisfério sul.
Na fase de Lua Cheia vemos o disco lunar 100% iluminado. Quando é Lua Nova não há luz
solar refletida (0% iluminado). Nos demais dias do mês a Lua não é Cheia e nem Nova. Ela pode
estar na fase Crescente ou Minguante. Somente quando a luz solar iluminá-la pela metade
ocorrerá então o “Quarto-Crescente” ou o “Quarto-Minguante”. No caso do
“Quartos” Crescente ou Minguante, vemos a metade do lado visível da Lua iluminado. Isso
significa que 1/4 da superfície total da Lua está iluminada, daí veio o termo.
Quando a fase é Lua Nova a face voltada para nós está no escuro, mas o lado oposto ou oculto
da Lua está 100% iluminado, ou seja é dia.
Durante os Quartos Crescente e Minguante, metade da Lua está de dia e a outra metade está de
noite. O mesmo ocorre na metade oculta.
Entre duas fases iguais (entre duas Luas Cheias, por exemplo) existe a diferença de 29,53 dias.
Com isso, durante 1 ano, temos uma mesma fase ocorrendo de 12 a 13 vezes.
imagem: moonconection.com
Fase de Lua Nova:
Ocorre quando o lado visível da Lua não reflete nenhuma luz do Sol, pois a Lua está em
conjunção com o Sol. A Lua Nova só é visível para nós durante a ocorrência de eclipses do Sol
que, por sua vez, só acontecem quando é Lua Nova. Para ocorrer o eclipse lunar, é necessário
que a Terra esteja exatamente entre a Lua e o Sol.
A Lua Nova nasce por volta das seis horas da manhã e se põe às seis da tarde, transitando pelo
céu durante o dia.
Um fenômeno que acontece próximo da Lua Nova chama-se luz cinérea. Caracteriza-se por uma
claridade tênue, porém visível por contraste, que ilumina a porção escura da Lua. A luz cinérea
acontece poucos dias antes e depois da Lua Nova, quando a maior parte não iluminada da Lua
está voltado para nós. Como a Terra reflete muito mais luz que a Lua, acaba iluminando a
superfície lunar por reflexão da luz do Sol.
Fase Crescente:
Cerca de sete dias e meio depois da Lua Nova, a Lua deslocou-se 90° em relação ao Sol e está na
quadratura ou primeiro quarto (Quarto-Crescente). A Lua nasce aproximadamente ao meio-dia e
se põe à meia-noite. Seu aspecto é o de um semicírculo voltado para o oeste. Vista do hemisfério
sul, o Quarto-Crescente lembra a letra “C”, de crescente. Mas vista do hemisfério Norte, ao
contrário, a Lua crescente se parece um “D”.
Fase Cheia:
Passados 15 dias da Lua Nova, dizemos que a Lua está em oposição ao Sol. É Lua Cheia. Os
raios solares incidem verticalmente sobre a superfície lunar, iluminando 100% da metade voltada
para a Terra. O ângulo Sol-Terra-Lua agora é de 180 graus. Lua e Sol estão em lados
diametralmente opostos do céu. A Lua Cheia é visível durante toda a noite, nascendo por volta
das dezoito horas e se pondo às seis da manhã. Apenas na fase Lua Cheia pode acontecer um
eclipse lunar.
O albedo (valor percentual que indica quanto a superfície de um corpo celeste, sem luz própria,
consegue refletir a luz que incide sobre ele) da Lua Cheia é 7%, ou seja, ela consegue refletir 7%
da luz do Sol. Quando vista da Lua, a Terra totalmente iluminada, reflete 39% da luz solar,
devido ao seu maior tamanho (quando vista da Lua, é 13 vezes maior do que a Lua vista da
Terra) e componentes que ajudam a refletir luz, como a atmosfera, oceanos, nuvens, desertos,
etc.
Quando ocasionalmente uma Lua Cheia coincide com o perigeu (ponto de maior aproximação
com a Terra) ela pode se apresentar visualmente 14% maior e até 30% mais brilhante do que
uma Lua Cheia no apogeu (ponto de menor aproximação da terra).
Fase Minguante:
Quando a diferença angular da Lua em relação ao Sol é de 270°, uma nova quadratura (QuartoMinguante) surge. Neste dia, o aspecto da Lua é de um semicírculo voltado para o Leste. A Lua
nasce à meia-noite e se põe ao meio-dia, aproximadamente. Visto do hemisfério sul, a Lua
lembra uma letra “D” (de decrescente).
O que melhor se observa em cada fase da Lua ?
Em relação à observações envolvendo objetos de “céu profundo” (deep Sky), ou seja, alvos de
brilho fraco fora do sistema solar, como galáxias, nebulosas e aglomerados de estrelas, é
necessário fugir da poluição luminosa natural que a Lua Cheia produz, pois a claridade ofusca a
visão de objetos tênues como galáxias por exemplo. Nesse caso, deve-se buscar principalmente a
fase Lua Nova ou próximo dela (observar mais tarde na noite, após a Lua se por, quando a fase
for crescente ou mais cedo, antes da Lua nascer, quando a fase for minguante.).
No caso de observações lunares, na fase de Lua Cheia ou próximo dela, com os raios solares
atingindo frontalmente, do nosso ponto de observação, a superfície lunar, não ser formam
sombras e, algumas estruturas lunares como crateras relativamente jovens com seus sistemas de
raios brilhantes, podem ser vistas com destaque.
A Lua Cheia é a pior ocasião para observar a Lua ao telescópio, pois a luz do Sol que incide
verticalmente sobre o satélite quase não produz sombra, o que dificulta o reconhecimento de
crateras e outros acidentes do terreno.
Nas fases Quarto Crescente, Quarto Minguante ou próximo delas, com os raios solares atingindo
obliquamente, do nosso ponto de vista, na superfície lunar (perto da divisão entre a parte
iluminada e a parte que está no escuro, ou seja, perto da divisão entre o dia e a noite, que é
conhecido como “terminator”) formam-se sombras que realçam muito o visual das formações
geológicas, destacando altitudes e profundidades de montanhas e crateras.
“Nascimento” e “morte” da Lua em suas fases:
Lua Nova– nasce com o Sol e morre com ele;
Quarto Crescente– nasce por volta do meio-dia e morre por volta da meia-noite;
Lua Cheia– nasce quando o Sol está se pondo e morre quando o Sol nasce;
Quarto Minguante– nasce por volta da meia-noite e morre por volta do meio-dia.
A Superfície Lunar, o Regolito e os Nomes das Crateras:
A superfície da Lua é coberta por uma fina camada de uma substância poeirenta com pequenos
fragmentos de rocha. As rochas da superfície lunar reduzidas a pó, que se fragmentaram e foram
pulverizadas ao longo dos tempos pela “chuva” interminável de micrometeoritos vindos do
espaço, deram origem ao material de sedimentos finos que cobre a superfície da Lua, conhecido
como regolito. O regolito é composto por silíco, ferro, cálcio, alumínio e magnésio, além de
outros minerais provenientes do espaço exterior.
Foto: Neil Armstrong- NASA.
Há cerca de 4 bilhões de anos atrás a jovem Lua foi bombardeada por asteroides e cometas, que
abriram crateras em toda a sua superfície. Os impactos nas rochas também ergueram montanhas.
Com o tempo, a lava que escapou do interior da Lua (por causa dos fortes impactos que
causaram falhas e fissuras na crosta) e de antigos vulcões, infiltrou-se pelas rachaduras da
superfície e inundou muitas crateras e vastas áreas baixas ou planícies, conhecidas como
“maria”. Porém, a atividade geológica da Lua cessou há muito tempo e, sem a erosão causada
por vento ou água como ocorre na Terra, a paisagem lunar pouco mudou desde então e preservou
sua história. Hoje nosso satélite natural é um mundo geologicamente inerte, coberto por uma
manta porosa de pedregulhos, que são bombardeados por micrometeoritos.
Quando observamos a Lua mesmo a olho nu, podemos distinguir os principais acidentes
geológicos de sua superfície, divididos em 2 grandes grupos: Partes claras, que são os “continentes"
(planaltos - terras altas) e a parte escura, que saõ os “mares" (planície - terras baixas).
Os “continentes” são formações mais antigas, elevadas, irregulares e visualmente mais claras. Os
“mares” tem formação mais recente, são planos, lisos e visualmente mais escuros, formados por
lava basáltica que escapou do interior da Lua e inundou as regiões mais baixas, até o
encerramento dos grandes fenômenos geológicos há cerca de 3,2 bilhões de anos.
Milhares de crateras lunares são visíveis da Terra através de pequenos telescópios. Dentre
elas, 810 possuem nomes oficiais (Ex.: Archimedes). Outras 5.425 foram designadas por um
nome seguido de uma letra (Ex.: Guericke E), indicando ser uma cratera pequena e não
"batizada", situada perto de uma maior que designou seu nome antes da letra. Os nomes das
crateras e de outras formações lunares foram definidos pela IAU (International Astronomical
Union), fundada em 1919 e com sede em Paris / França. Os nomes são designados em
homenagem a grandes personalidades do passado, como cientistas, astrônomos, matemáticos,
físicos, filósofos, etc.
Eclipses Lunares:
Um eclipse lunar é um fenômeno celeste que ocorre quando a Lua penetra, totalmente ou
parcialmente, no cone de sombra projetado pela Terra, sempre que o Sol, a Terra e a Lua se
encontram próximos ou em perfeito alinhamento, estando a Terra no meio destes outros dois
corpos.
Por ser iluminada pelo Sol, a Terra sempre projeta uma imensa sombra no espaço, na direção
oposta aos raios solares. Sua sombra estende-se formando um cone por mais de um milhão de
quilômetros, dividindo-se em duas regiões: a penumbra (região da sombra que recebe pouca luz
de alguns pontos da fonte) e a umbra (sombra propriamente dita). O cone de penumbra envolve
o cone de sombra ou umbra. Como a Lua gira em torno da Terra, vez por outra ela pode adentrar
no cone da umbra ou da penumbra.
Para um eclipse lunar acontecer, é necessário que a Terra esteja exatamente entre a Lua e o Sol.
Se por acaso a Lua girasse em torno da Terra no mesmo plano da órbita terrestre em volta do Sol,
ocorreria eclipse Lunar a cada Lua Cheia e eclipse solar a cada Lua Nova. Isso não acontece,
pois o plano de órbita da Lua em torno da terra está inclinado 5,2º em relação ao plano de
órbita da Terra em torno do Sol (conhecida como eclíptica).
Para que um eclipse lunar aconteça é necessário coincidir que a Lua esteja na fase Cheia e o Sol
esteja sobre a linha dos nodos (linha de intersecção do plano da órbita da Terra ao redor do Sol,
com o plano da órbita da Lua em torno da Terra).
Sendo a Terra maior que a Lua, sua umbra (ou cone de sombra) pode envolver todo o nosso
satélite natural. Quando isso acontece, então dizemos que o eclipse é total. Caso somente parte
dela atravesse pela umbra, e o resto passe pela penumbra, o eclipse ocorre de forma parcial.
Caso a Lua atravesse somente a região da penumbra da Terra, ocorrerá um eclipse penumbral.
Um eclipse penumbral é difícil de ver diretamente a olho nu, pois o brilho da Lua permanece
perto do normal.
Mesmo totalmente imersa na sombra gerada pela Terra, a Lua não desaparece por completo.
Nesse momento, a Lua é tingida por um tênue vermelho-alaranjado. Isso ocorre porque parte da
luz solar é refletida na atmosfera da Terra e atinge a superfície da Lua.
Todas as pessoas na Terra que tiverem a Lua Cheia acima de seus horizontes assistirão ao
fenômeno e, um observador que estivesse na Lua, veria o Sol totalmente encoberto pelo nosso
planeta. Um eclipse lunar demora do início ao fim, cerca de 5 horas e 30 minutos.
A cada ano ocorrem no máximo sete eclipses, sendo que no mínimo dois são lunares. Após 18
anos e 11 dias eles voltam a ocorrem numa mesma seqüência. Este período de tempo é
conhecido como “Saros” e já era conhecido em civilizações antigas. Em cada Saros ocorrem 70
eclipses, sendo 29 lunares.
Informações importantes sobre a Lua:
Formas da Superfície:
Crateras, montanhas, vales, terras altas ou planícies e mares de lava (ou mare, plural maria em
Latin).
Diâmetro no equador:
3.474 Km
Circunferência no equador:
10.920 Km
Área da superfície:
37,9 milhões de Km2
Temperatura média da superfície:
-23º C
Maior temperatura na superfície:
124º C
Menor temperatura na superfície:
-230º C
Massa:
0,074 (Terra= 1)
Volume:
0,020 (Terra= 1)
Densidade Média:
3,34g por cm3 (Terra=5,5g por cm3)
Gravidade:
0,165 (Terra= 1)
Distância média da Terra;
384.400 Km
Menor distância da Terra (perigeu):
363.104 Km
Maior distância da Terra (apogeu):
405.696 Km
Velocidade média orbital:
1,02 Km/s
Maior velocidade orbital:
1,08 Km/s
Menor velocidade orbital:
0,97 Km/s
Mês Sideral (período de giro sobre seu próprio eixo no mesmo tempo que leva para
completar uma volta em torno da Terra. Corresponde ao período orbital da Lua ao redor
da Terra:
27 dias, 7 horas, 43 minutos (27,32 dias)
Mês Sinódico (intervalo de tempo entre duas sucessivas fases de “Lua nova”):
29 dias, 12 horas, 44 minutos (29,53 dias)
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