Música no ensino de Geografia: estimulando o senso

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Resumo registrado no evento sob nº 306
ISSN 1807-3441
Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO
17 a 20 de outubro de 2006
MÚSICA NO ENSINO DE GEOGRAFIA: ESTIMULANDO O SENSO CRÍTICO
DALVANI FERNANDES
[email protected]
Orientadora Profª. MARQUIANA DE FREITAS VILAS BOAS GOMES
Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO)
Palavras-chave: GEOGRAFIA, METODOLOGIA, MÚSICA
Grande Área: Ciências Humanas
Área: Geografia
Lecionar de uma maneira geral, é um grande desafio, sobretudo no que diz respeito ao
saber
e
ao
fazer.
Este
último
envolve
varias
situações,
dentre
elas,
a
escolha
da
metodologia mais adequada para se alcançar o objetivo. Buscando contribuir com esta
questão, este trabalho apresenta o resultado de uma pesquisa-ação realizada no bojo do
estágio supervisionado em Licenciatura, no curso de Geografia, realizado no período de
29/05 à 12/06 de 2006, em Guarapuava-PR, no Colégio Estadual Francisco Carneiro Martins,
onde pesquisamos o papel da música, como instrumento de ensino, junto a uma turma de 8ª
série. A música é uma das linguagens possíveis para contribuir com o fazer pedagógico,
instrumento
riquíssimo
a
ser
apropriado
no
ensino
da
geografia.
Aplicamos
um
questionário, com a intenção de sabermos como os alunos viam a geografia e qual a
metodologia que estava sendo utilizada. Descobrimos que essa ferramenta ainda não havia
sido usada, notamos ainda que todos os alunos apresentavam uma forte tendência a gostos
musicais divulgados pela mídia, ponto esse onde direcionamos nossas atenções. Nas escolas
é possível perceber os efeitos do bombardeio diário de informações desconectadas que os
alunos
recebem
através
dos
meios
de
comunicação
em
massa.
Com
isso,
os
estudantes
constroem uma maneira de ver e interpretar o mundo de forma fragmentada que muitas vezes
não condizem com a realidade. Baseando-nos em referenciais teóricos sobre a temática,
entendemos que as possibilidades de auto-reflexão e de pensamento crítico dos alunos são
ameaçadas
por
essas
influências,
uma
vez
que
esses
meios
apresentam
o
evento,
interpretam, discutem e concluem, sem que haja possibilidade de reflexão critica, por
parte do receptor das informações. Tendo verificado isso empiricamente, junto aos alunos,
da escola supracitada, organizamos nossas aulas com temas como ideologia de consumo e
indústria
cultural,
trabalhamos
com
músicas
de
diversos
gêneros,
com
letras
que
apresentassem conteúdo crítico, como -“é o terror” do rapper G.O.G. e “geração coca-cola”
do Legião Urbana, contextualizando com a letra da banda Rebeldes, predileta pela maioria
dos alunos. Procuramos contrastar as músicas e as ideologias criadas pela indústria
cultural, com as criações musicais da contracultura. Com isso, conseguimos fazer uma
discussão rica dentro dos mais variados temas da geografia cultural, bem como facilitar o
diálogo entre professor e estudante buscando despertar o senso crítico de cada um.
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