Relação entre hormônios sexuais femininos e tabagismo e danos

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51º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 51º Congresso Brasileiro de Genética • 7 a 10 de setembro de 2005
Hotel Monte Real • Águas de Lindóia • São Paulo • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 85-89109-05-4
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Palavras-chave: Genotoxicidade, Hormônios
sexuais femininos, Tabaco, Teste do Cometa.
Braz, MG; Salvadori, DMF
Departamento de Patologia – Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP.
Relação entre hormônios sexuais
femininos e tabagismo e danos no DNA
Fatores como variabilidade genética, dieta, exercício físico, tabagismo, entre outros, podem interferir
nos resultados do monitoramento genotóxico de populações expostas a compostos ambientais.
Entretanto, não há estudos que avaliem a influência das oscilações hormonais durante o ciclo menstrual
sobre os níveis de danos no DNA detectados pelo teste do cometa. Sabe-se que vários metabólitos do
estrógeno podem ter efeito genotóxico de forma direta ou indireta, e que no tabaco há mais de 4.700
substâncias tóxicas, sendo 48 cancerígenas. Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar
a influência dos hormônios sexuais femininos estrógeno e progesterona sobre os níveis de danos no DNA
induzidos pelo tabaco. Foram recrutadas para o estudo 16 voluntárias com ciclos menstruais regulares (26 a
32 dias), sendo 8 fumantes (29 ± 6,6 anos de idade; 5-25 cigarros/dia e 5-30 anos de duração) e 8 não
fumantes (26,5 ± 4,9 anos). Foram coletadas amostras de sangue periférico em três momentos distintos
do ciclo menstrual das voluntárias (fase folicular, meio do ciclo e fase lútea) e analisadas pelo teste do
cometa, 300 células (leucócitos) por indivíduo (100 células/momento), utilizando-se o software Comet
Assay II. O parâmetro utilizado para a medida do nível de danos no DNA foi o tail moment (produto
entre quantidade de DNA na cauda e comprimento da cabeça até a cauda). Os resultados mostraram
que não houve diferença estatística no nível de danos basais nas três coletas realizadas, indicando
que a oscilação hormonal não influenciou nos níveis de danos no DNA. Não foi observada, também,
diferença significativa quando se comparou mulheres fumantes e não fumantes. Concluindo, os níveis
fisiológicos dos hormônios sexuais femininos não tiveram efeito sobre os níveis de danos genotóxicos
induzidos pelo tabaco.
Apoio financeiro: FAPESP e CNPq.
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