Geografia - Estuda Que Passa

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Geografia
Clima
Professor Luciano Teixeira
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Geografia
CLIMA
O Estado está inserido na zona intertropical. Duas tipologias climáticas dominam o Estado de
Pernambuco, cada qual em área diversa.
Na Baixada Litorânea (Zona da Mata), predomina o clima tropical com temperaturas chegando
à casa dos 24°C. As chuvas nessa região giram em torno dos 1.500mm anuais, sendo maior este
índice no litoral (2.000mm/ano).
Em outras duas áreas, Agreste (no centro) e Sertão (oeste do Estado) ocorre o clima
caracterizado como semiárido quente. As temperaturas mais altas são registradas no sertão
(26°C), diminuindo mais para o centro, chegando à casa dos 22°C, devido às altitudes ali
localizadas (planalto da Borborema).
Quanto às chuvas, o índice anual supera 2.000mm/ano nessa região. Já no Sertão, as chuvas
são escassas e irregulares. São registrados índices pluviométricos inferiores a 600mm/ano,
originando, dessa forma, o fenômeno da seca.
A exemplo de algumas regiões do Nordeste, Pernambuco apresenta uma zona de transição
climática entre o clima do Sertão (seco) e o do Litoral, mais precisamente na Zona da Mata
(úmido).
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Polígono das Secas
Os municípios que formam o Polígono das Secas são aqueles relacionados no Manual de
Preenchimento da DITR, situados nos Estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais,
Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, compreendendo grande parte do
Nordeste brasileiro geoeconômico. Essa região é reconhecida pela legislação como sujeita a
repetidas crises de prolongamento das estiagens e, consequentemente, é objeto de especiais
providências do setor público.
Constitui-se de diferentes zonas geográficas, com distintos índices de aridez. Em algumas
delas, o balanço hídrico é acentuadamente negativo, onde somente se desenvolve a caatinga
hiperxerófila sobre solos delgados. Existem também áreas de balanço hídrico positivo e
presença de solos bem desenvolvidos. Contudo, na área delimitada pela poligonal, ocorrem,
periodicamente, secas anômalas que se traduzem, na maioria das vezes, em grandes
calamidades, ocasionando sérios danos à agropecuária nordestina e graves problemas sociais.
O Polígono (ver mapa) abrange oito dos nove Estados nordestinos – o Maranhão é a única
exceção e corresponde a 962.857,3 km² da área que corresponde a região Nordeste.
Hádiferentes zonas geográficas, com distintos índices de aridez. O combate às secas vem
sendo feito com a construção de açudes e distribuição de verbas às prefeituras dos municípios
atingidos.
Estudos indicam que o fenômeno da seca remonta a milhares de anos, antes mesmo da
ocupação humana no Nordeste brasileiro. De acordo com dados da Coordenação de Defesa
Civil da extinta Sudene, a ocorrência de secas na Região se verifica desde antes da chegada dos
europeus ao continente. Alguns vestígios de barragens foram encontrados em rios no Estado
do Ceará, o que, segundo relato do historiador Pompeu Sobrinho, mostra que o homem nativo
do Nordeste já utilizava pedras para represar a água dos rios.
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Geografia – Processos de Formação – Prof. Luciano Teixeira
As causas das secas têm proporção planetária e são influenciadas por diversos fatores, entre
os quais vale destacar: diferença de temperatura superficial das águas do Atlântico Norte,
que são mais quentes, e do Sul, frias; deslocamento da Zona de convergência intertropical
para o Hemisfério Norte, em épocas previstas para permanência no Sul; e o aparecimento do
fenômeno conhecido como El Niño, caracterizado pelo aumento da temperatura no Oceano
Pacífico Equatorial Leste. A topografia acidentada do Nordeste e a alta refletividade da crosta
são os principais fatores locais inibidores da produção de chuvas.
(Mapa da elevação da temperatura nos últimos 10 anos)
Climograma de Recife – PE
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