FÁBIO AGRA - deag.ufcg.edu.br

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE TECNOLOGIA E RECURSOS NATURAIS
UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA AGRÍCOLA
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA
DOUTORADO
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: IRRIGAÇÃO E DRENAGEM
TECNOLOGIA AGROECOLÓGICA DE CULTIVO DO PINHÃO-MANSO
UTILIZANDO URINA DE VACA E MANIPUEIRA
TESE
FÁBIO AGRA DE MEDEIROS NÁPOLES
CAMPINA GRANDE
AGOSTO – 2012
FÁBIO AGRA DE MEDEIROS NÁPOLES
TECNOLOGIA AGROECOLÓGICA DE CULTIVO DO PINHÃO-MANSO
UTILIZANDO URINA DE VACA E MANIPUEIRA
Tese
apresentada
ao
Programa
de
Pós-
Graduação em Engenharia Agrícola, do Centro
de
Tecnologia
e
Recursos
Naturais
da
Universidade Federal de Campina Grande, em
cumprimento às exigências para obtenção do
Título
de
Doutor
(Doctor
scientiae)
em
Engenharia Agrícola.
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO:
IRRIGAÇÃO E DRENAGEM
ORIENTADOR:
CARLOS ALBERTO AZEVEDO - Professor - Doutor - UFCG/CTRN/UAEAg
CAMPINA GRANDE – PARAÍBA
AGOSTO – 2012
ii
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA CENTRAL DA UFCG
N116t
Nápoles, Fábio Agra de Medeiros.
Tecnologia agroecológica de cultivo do pinhão-manso utilizando urina
de vaca e manipueira / Fábio Agra de Medeiros Nápoles. – Campina
Grande, 2012.
127 f. : il. color.
Tese (Doutorado em Engenharia Agrícola) – Universidade Federal
de Campina Grande, Centro de Tecnologia e Recursos Naturais.
Orientador: Prof. Dr. Carlos Alberto Azevedo.
Referências.
1. Jatropha curcas.
2. Agroecologia.
4. Urina de Vaca.
I. Título.
3. Manipueira.
CDU 633.85(043)
iii
iv
Aos meus pais ‘Lindaci de Medeiros Nápoles’ (in
memorian) e ‘Leonília Agra Nápoles,’ pela vida,
pelos valores transmitidos, oportunidades, incentivo
e amor, fundamentais nas minhas conquistas.
DEDICO
A minha esposa, Karla e as minhas filhas
Thayane e Yasmim pelo apoio, cobrança,
paciência e compreensão durante os
momentos de dedicação a Tese. Aos
meus irmãos, João Alfredo e Carla (in
memorian). As minhas sobrinhas Luiza e
Izadora pelos momentos de paz. A
Kalyanna. A Kaly e Paulinho (in memorian)
OFEREÇO
v
AGRADECIMENTOS
Ao meu amado PAI eterno e DEUS todo poderoso, pela companhia
privilegiada e sincera, sempre me abençoando em todos os momentos com seu
infinito amor;
À minha família pela torcida e força durante esta prazerosa tarefa;
Ao meu orientador Prof. Dr. Carlos Alberto Azevedo pela amizade constante,
competência e disponibilidade em todo tempo;
À Universidade Federal de Campina Grande, em especial, a Coordenação de
Pós- Graduação em Engenharia Agrícola, pela imensurável contribuição a minha
vida profissional e presteza;
Ao Professor Dr. Suenildo Jósemo Costa Oliveira e a Professora Dra. Vera
Lúcia Antunes de Lima pelas valiosas contribuições, sem as quais não chegaria a
este momento;
Aos demais membros da banca examinadora pelas contribuições sinceras e
importantes;
À Universidade Estadual da Paraíba, meu espaço profissional e amada casa,
pela oportunidade concedida de crescimento profissional/acadêmico;
A todos que fazem parte do Centro de Ciências Agrárias e Ambientais –
CCAA, Campus II da UEPB, pela presteza, companhia, respeito e amizade ao longo
da pesquisa;
À Embrapa/Algodão, na pessoa do Dr. Napoleão Esberard de Macêdo Beltrão
por contribuir no enriquecimento desta pesquisa;
Aos queridos Bacharéis em Agroecologia Giliane Aparecida Vicente da Silva
Souza e Filipe Travassos Montenegro, sempre disponíveis, principalmente nos
momentos mais difíceis, minha mais sincera gratidão;
Aos demais contribuintes da pesquisa Jéssika, Alexandra, Kércio, Josely,
Júnior, Mário Sérgio, Wagner, Edna, Cristiano, Elaine e José Thiago.
E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte desta conquista.
vi
ÍNDICE
LISTA DE FIGURAS......................................................................................
LISTA DE TABELAS......................................................................................
RESUMO .......................................................................................................
ABSTRACT....................................................................................................
1
INTRODUÇÃO ..............................................................................................
2
OBJETIVOS........... .......................................................................................
2.1 Objetivo Geral................................................................................................
2.2 Objetivos Específicos.....................................................................................
3
REVISÃO DE LITERATURA .........................................................................
3.1 Descrição botânica, morfologia e fisiologia do pinhão-manso ......................
3.2 Uso e importância econômica da cultura ......................................................
3.3 Biocombustíveis.............................................................................................
3.4 Agroecologia .................................................................................................
3.5 Adubação orgânica no pinhão-manso...........................................................
3.6 Uso da manipueira na agricultura .................................................................
3.7 Uso da urina de vaca na agricultura .............................................................
4
MATERIAL E MÉTODOS ..............................................................................
4.1 Localização e caracterização edafoclimática da área experimental .............
4.2 Tratamentos e delineamento experimental ...................................................
4.3 Instalação do experimento.............................................................................
4.4 Características da manipueira e da urina de vaca utilizadas.........................
4.5 Tratos culturais e fertilização .........................................................................
4.6 Variáveis de crescimento...............................................................................
4.6.1 Altura de planta..................................................................................
4.6.2 Diâmetro caulinar...............................................................................
4.6.3 Número de folhas e área foliar ..........................................................
4.6.4 Taxas de crescimento relativo em altura de planta, diâmetro
caulinar e área foliar.......................................................................................
4.6.5 Fitomassa seca do caule, das folhas e das raízes.............................
4.6.5.1 Fitomassa seca epígea ...................................................................
4.6.5.2 Fitomassa seca hipógea .................................................................
4.7 Componentes de produção ...........................................................................
4.7.1 Análise da produção .........................................................................
4.7.2 Análise do teor de óleo das sementes ..............................................
4.8 Identificação das plantas espontâneas na área experimental.......................
4.9 Uso da urina de vaca e da manipueira na prevenção e controle de
pragas..........................................................................................................
4.10 Efeito da urina de vaca e da manipueira sobre as propriedades químicas
do solo.........................................................................................................
4.11 Análises estatísticas ......................................................................................
5
RESULTADOS E DISCUSSÃO.....................................................................
5.1 Dados climáticos ...........................................................................................
5.2 Análise não destrutiva da fitomassa fresca epígea........................................
Pg
x
xiv
xvi
xvii
1
3
3
3
4
4
5
7
9
12
14
17
18
18
22
24
26
26
28
28
28
28
29
30
30
30
31
31
31
32
32
32
33
34
34
35
5.2.1 Altura de planta em função de diferentes volumes da calda com
urina de vaca.................................................................................................. 37
vii
5.3
5.4
5.2.2 Diâmetro caulinar em função de diferentes volumes da calda com
urina de vaca .................................................................................................
5.2.3 Número de folhas em função de diferentes volumes da calda com
urina de vaca .................................................................................................
5.2.4 Área foliar em função de diferentes volumes da calda com urina de
vaca ..............................................................................................................
5.2.5 Número de folhas em função de diferentes volumes da calda com
manipueira......................................................................................................
5.2.6 Área foliar em função de diferentes volumes da calda com
manipueira .....................................................................................................
5.2.7 Diâmetro caulinar em função da interação urina de vaca e 1000 ml
da calda com manipueira ...........................................................................
5.2.8 Área foliar em função da interação de urina de vaca e diferentes
volumes da calda com manipueira.................................................................
5.2.9 Diâmetro caulinar em função da interação da manipueira e diferentes
volumes da calda com urina de vaca.............................................................
5.2.10 Área foliar em função da interação da manipueira e diferentes
volumes da calda com urina vaca .................................................................
Taxas de crescimento relativo em altura de planta, diâmetro caulinar e
área foliar do pinhão-manso em cinco períodos pós-plantio.........................
5.3.1 Taxas de crescimento relativo em altura de planta..............................
5.3.1.1 Equações de ajuste para taxa de crescimento relativo a altura de
planta do pinhão-manso.................................................................................
5.3.2 Taxas de crescimento relativo de diâmetro caulinar ...........................
5.3.2.1 Equações de ajuste para taxa de crescimento relativo de diâmetro
caulinar do pinhão-manso..............................................................................
5.3.3 Taxas de crescimento relativo de área foliar.......................................
5.3.3.1 Equações de ajuste para taxa de crescimento relativo a área foliar
do pinhão-manso...........................................................................................
Fitomassa seca epígea hipógea....................................................................
5.4.1 Fitomassa seca do caule em função de diferentes volumes da calda
com urina de vaca .........................................................................................
5.4.2 Fitomassa seca das folhas em função de diferentes volumes da
calda com urina de vaca .............................................................................
5.4.3 Fitomassa seca da raiz em função de diferentes volumes da calda
com urina de vaca ......................................................................................
5.4.4 Fitomassa seca da raiz, em função da interação da urina de vaca e
diferentes volumes da calda com manipueira ...............................................
5.4.5 Fitomassa seca do caule, em função da interação da urina de vaca
e diferentes volumes da calda com manipueira ............................................
5.4.6 Fitomassa seca das folhas, em função da interação da urina de
vaca e diferentes volumes da calda com manipueira ...................................
5.4.7 Fitomassa seca da raiz em função da interação manipueira dentro
de diferentes volumes da calda com urina de vaca ......................................
5.4.8 Fitomassa seca do caule em função da interação manipueira dentro
de diferentes volumes da calda com urina de vaca ......................................
5.4.9 Fitomassa seca das folhas em função da interação manipueira
dentro de diferentes volumes da calda com urina de vaca ...........................
37
38
38
39
40
42
43
46
46
55
55
57
59
61
62
64
66
68
68
69
72
73
75
77
78
79
viii
5.5
5.6
5.7
5.8
6
7
Componentes de produção, em função do uso das caldas com urina de
vaca e manipueira..........................................................................................
5.5.1 Número de frutos em função de diferentes volumes da calda com
urina de vaca..................................................................................................
5.5.2 Peso dos frutos maduros em função de diferentes volumes da calda
com urina de vaca .........................................................................................
5.5.3 Peso seco dos frutos em função de diferentes volumes da calda
com urina de vaca..........................................................................................
5.5.4 Peso seco das sementes em função de diferentes volumes da calda
com urina de vaca..........................................................................................
5.5.5 Número de frutos em função de diferentes volumes da calda com
manipueira......................................................................................................
5.5.6 Peso dos frutos maduros em função de diferentes volumes da calda
com manipueira..............................................................................................
5.5.7 Peso seco dos frutos em função de diferentes volumes da calda
com manipueira..............................................................................................
5.5.8 Peso seco das sementes em função de diferentes volumes da
calda com manipueira.................................................................................
5.5.9 Número de frutos em função da interação de urina de vaca e
diferentes volumes da calda com manipueira................................................
5.5.10 Peso dos frutos maduros em função da interação de urina de vaca
e diferentes volumes da calda com manipueira.............................................
5.5.11 Peso seco dos frutos em função da interação de urina de vaca e
diferentes volumes da calda com manipueira................................................
5.5.12 Peso seco das sementes em função da interação de urina de vaca
e diferentes volumes da calda com manipueira.............................................
5.5.13 Número de frutos em função da interação da manipueira e
diferentes volumes da calda com urina de vaca............................................
5.5.14 Peso dos frutos maduros em função da interação da manipueira e
diferentes volumes da calda com urina de vaca............................................
5.5.15 Peso seco dos frutos em função da interação da manipueira e
diferentes volumes da calda com urina de vaca............................................
5.5.16 Peso seco das sementes em função da interação da manipueira e
diferentes volumes da calda com urina de vaca............................................
5.5.17 Análise do teor de óleo nas sementes do pinhão-manso.................
Identificação
das
plantas
espontâneas
presentes
na
área
experimental................................................................................................
Uso da urina de vaca e da manipueira na prevenção e controle de
pragas..........................................................................................................
Propriedades químicas do solo sob a ação da urina de vaca e da
manipueira......................................................................................................
CONCLUSÕES ..........................................................................................
REFERÊNCIAS .............................................................................................
79
81
82
82
83
84
84
85
86
88
89
91
93
97
98
100
102
103
103
105
106
111
114
ix
LISTA DE FIGURAS
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Figura 5
Figura 6
Figura 7
Figura 8
Figura 9
Figura 10
Figura 11
Figura 12
Figura 13
Figura 14
Figura 15
Figura 16
Figura 17
Figura 18
Figura 19
Figura 20
Figura 21
Figura 22
Figura 23
Figura 24
Pg
Localização de Lagoa Seca, no estado da Paraíba ......................... 19
Temperaturas registradas no ano de 2010....................................... 19
Médias mensais da precipitação pluvial e evapotranspiração de
referência (ETo), registradas durante a condução do experimento
no município de Lagoa Seca, PB, no período de janeiro a
dezembro de 2010, segundo dados da EMEPA............................... 20
Mudas de pinhão-manso................................................................... 25
Medição e marcação das covas ...................................................... 25
Abertura das covas........................................................................... 25
Plantio das mudas ........................................................................... 25
Coroamento das plantas .................................................................. 27
Local da coleta de manipueira ......................................................... 27
Diluição da manipueira .................................................................... 27
Aplicação ......................................................................................... 27
Medição do comprimento da folha .................................................. 30
Plantas de pinhão-manso aos seis meses ...................................... 30
Início da floração .............................................................................. 31
Frutos do pinhão-manso .................................................................. 31
Coleta de solo para análise ............................................................. 32
Mistura de amostras de solo ............................................................ 32
Análise de regressão do diâmetro caulinar da planta do pinhãomanso aos 360 dias, em função dos volumes da calda com urina
de vaca (p<0,05 e p<0,01). Lagoa Seca, PB.................................... 37
Análise de regressão do número de folhas da planta do pinhãomanso aos 360 dias, em função dos volumes da calda com urina
de vaca (p<0,05 e p<0,01). Lagoa Seca, PB.................................... 38
Análise de regressão da área foliar do pinhão-manso aos 360
dias, em função dos diferentes volumes da calda com urina de
vaca (p<0,05 e p<0,01) Lagoa Seca, PB.......................................... 39
Análise de regressão do número de folhas do pinhão-manso aos
360 dias, em função dos diferentes volumes da calda com
manipueira (p<0,05 e p<0,01) Lagoa Seca, PB................................ 40
Análise de regressão da área foliar do pinhão-manso aos 360
dias, em função dos diferentes volumes da calda com manipueira
(p<0,05 e p<0,01) Lagoa Seca, PB................................................... 40
Análise de regressão do diâmetro caulinar da planta do pinhãomanso aos 360 dias, em função dos volumes da calda com urina
de vaca, dentro de 1000 ml da calda com manipueira (p<0,05 e
p<0,01). Lagoa Seca, PB.................................................................. 42
Análise de regressão da área foliar do pinhão-manso aos 360
dias, em função do uso da urina de vaca dentro de cada volume
da calda com manipueira, (p<0,05 e p<0,01). Lagoa Seca, PB........ 44
x
Figura 25 Análise de regressão do diâmetro caulinar do pinhão-manso aos
360 dias, em função da adição de manipueira dentro dos
respectivos volumes da calda com urina de vaca: 500 ml e 1000
ml, (p<0,05 e p<0,01). Lagoa Seca, PB............................................
Figura 26 Análise de regressão de área foliar da planta de pinhão-manso
aos 360 dias, em função da manipueira dentro de cada volume da
calda com urina de vaca (p<0,05 e p<0,01), Lagoa Seca, PB..........
Figura 27 Taxa de crescimento relativo de altura de planta do pinhão-manso,
durante os 360 dias, em função do uso da urina de vaca e
manipueira. Lagoa Seca, PB.............................................................
Figura 28 Taxa de crescimento relativo de diâmetro caulinar do pinhãomanso, durante os 360 dias, em função do uso da urina de vaca e
manipueira. Lagoa Seca, PB............................................................
Figura 29 Taxa de crescimento relativo de área foliar do pinhão-manso,
durante os 360 dias, em função do uso da urina de vaca e
manipueira. Lagoa Seca, PB.............................................................
Figura 30 Análise de regressão da fitomassa seca do caule de pinhãomanso aos 360 dias, em função dos diferentes volumes da calda
com urina de vaca (p<0,05 e p<0,01). Lagoa Seca, PB...................
Figura 31 Análise de regressão de fitomassa seca das folhas de pinhãomanso aos 360 dias, em função dos diferentes volumes da calda
com urina de vaca (p<0,05 e p<0,01). Lagoa Seca, PB...................
Figura 32 Análise de regressão de fitomassa seca da raiz da planta de
pinhão-manso aos 360 dias, em função dos diferentes volumes da
calda com urina de vaca (p<0,05 e p<0,01). Lagoa Seca, PB..........
Figura 33 Análise de regressão da fitomassa seca da raiz da planta de
pinhão-manso aos 360 dias, em função da interação urina de vaca
dentro de diferentes volumes da calda com manipueira, (p<0,05 e
p<0,01). Lagoa Seca, PB..................................................................
Figura 34 Análise de regressão da fitomassa seca do caule da planta de
pinhão-manso aos 360 dias, para interação entre urina de vaca
dentro de diferentes volumes da calda com manipueira (p<0,05 e
p<0,01). Lagoa Seca, PB..................................................................
Figura 35 Análise de regressão da fitomassa seca de folhas da planta de
pinhão-manso aos 360 dias, para interação entre urina de vaca
dentro de diferentes volumes da calda com manipueira (p<0,05 e
p<0,01). Lagoa Seca, PB..................................................................
Figura 36 Análise de regressão da fitomassa seca da raiz de pinhão-manso
aos 360 dias, em função da interação manipueira dentro de 250 ml
e 0 ml da calda com urina de vaca, (p<0,05 e p<0,01). Lagoa
Seca, PB............................................................................................
Figura 37 Análise de regressão da fitomassa seca do caule de pinhãomanso aos 360 dias, em função da interação manipueira dentro de
diferentes volumes da calda com urina de vaca, (p<0,05 e p<0,01).
Lagoa Seca, PB.................................................................................
Figura 38 Análise de regressão da fitomassa seca das folhas de pinhãomanso aos 360 dias, em função da interação entre manipueira
dentro de diferentes volumes da calda com urina de vaca, (p<0,05
e p<0,01). Lagoa Seca, PB..............................................................
46
48
57
61
64
68
69
69
73
74
75
77
78
79
xi
Figura 39
Figura 40
Figura 41
Figura 42
Figura 43
Figura 44
Figura 45
Figura 46
Figura 47
Figura 48
Figura 49
Figura 50
Figura 51
Figura 52
Análise de regressão do número de frutos do pinhão-manso, em
função dos volumes da calda com urina de vaca (p<0,05 e
p<0,01). Lagoa Seca, PB..................................................................
Análise de regressão do peso do fruto maduro do pinhão-manso,
em função dos volumes da calda com urina de vaca (p<0,05 e
p<0,01). Lagoa Seca, PB..................................................................
Análise de regressão do peso seco do fruto do pinhão-manso, em
função dos volumes da calda com urina de vaca (p<0,05 e
p<0,01). Lagoa Seca, PB..................................................................
Análise de regressão do peso seco das sementes do pinhãomanso, em função dos volumes da calda com urina de vaca
(p<0,05 e p<0,01). Lagoa Seca, PB.................................................
Análise de regressão do número de frutos do pinhão-manso, em
função dos diferentes volumes da calda com manipueira (p<0,05 e
p<0,01) Lagoa Seca, PB...................................................................
Análise de regressão do peso dos frutos maduros de pinhãomanso, em função dos diferentes volumes da calda com
manipueira (p<0,05 e p<0,01) Lagoa Seca, PB................................
Análise de regressão do peso seco dos frutos de pinhão-manso,
em função dos diferentes volumes da calda com manipueira
(p<0,05 e p<0,01) Lagoa Seca, PB...................................................
Análise de regressão do peso seco das sementes de pinhãomanso, em função dos diferentes volumes da calda com
manipueira (p<0,05 e p<0,01) Lagoa Seca, PB................................
Análise de regressão do número de frutos de pinhão-manso,
durante os 360 dias, para interação entre urina de vaca dentro de
diferentes volumes da calda com manipueira (p<0,05 e p<0,01).
Lagoa Seca, PB.................................................................................
Análise de regressão do peso de frutos maduros de pinhãomanso, durante os 360 dias, para interação entre urina de vaca
dentro de diferentes volumes da calda com manipueira (p<0,05 e
p<0,01). Lagoa Seca, PB..................................................................
Análise de regressão do peso seco dos frutos de pinhão-manso,
durante os 360 dias, para interação entre urina de vaca dentro de
diferentes volumes da calda com manipueira (p<0,05 e p<0,01).
Lagoa Seca, PB.................................................................................
Análise de regressão do peso seco das sementes de pinhãomanso, durante os 360 dias, para interação entre urina de vaca
dentro de diferentes volumes da calda com manipueira (p<0,05 e
p<0,01). Lagoa Seca, PB..................................................................
Análise de regressão de número de frutos do pinhão-manso, em
função da adição de manipueira dentro dos respectivos volumes
da calda com urina de vaca: 0 ml, 250 ml, 500 ml e 750 ml,
(p<0,05 e p<0,01). Lagoa Seca, PB..................................................
Análise de regressão do peso dos frutos maduros de pinhãomanso, em função da manipueira dentro de cada volume da calda
com urina de vaca (p<0,05 e p<0,01), Lagoa Seca, PB...................
81
82
83
83
84
85
85
86
89
91
93
95
98
100
xii
Figura 53 Análise de regressão do peso seco dos frutos de pinhão-manso,
em função da manipueira dentro de cada volume da calda com
urina de vaca (p<0,05 e p<0,01), Lagoa Seca, PB...........................
Figura 54 Análise de regressão do peso seco das sementes de pinhãomanso, em função da manipueira dentro de cada volume da calda
com urina de vaca (p<0,05 e p<0,01), Lagoa Seca, PB...................
Figura 55 Resultados de Ca+2, Mg+2, e H+ Al+3 em cada tratamento após a
biofertilização com urina de vaca e manipueira, Lagoa Seca, PB.....
Figura 56 Resultados de Na+ e K+ em cada tratamento após a biofertilização
com urina de vaca e manipueira, Lagoa Seca, PB............................
Figura 57 Resultados de Somas de Base e CTC em cada tratamento após a
biofertilização com urina de vaca e manipueira, Lagoa Seca, PB.....
Figura 58 Resultados de fósforo assimilável em cada tratamento após a
biofertilização com urina de vaca e manipueira, Lagoa Seca, PB....
Figura 59 Resultados do pH em cada tratamento após a biofertilização...........
101
103
107
108
108
109
109
xiii
LISTA DE TABELAS
Pg
Tabela 1
Tabela 2
Tabela 3
Tabela 4
Tabela 5
Tabela 6
Tabela 7
Tabela 8
Tabela 9
Tabela 10
Tabela 11
Tabela 12
Tabela 13
Tabela 14
Tabela 15
Tabela 16
Principais vantagens ambientais, técnicas e sócioeconômicas do
biodiesel .........................................................................................
Resultados das análises químicas das amostras de manipueira
aplicados no pomar de mexeriqueira em Campos dos
Goytacazes-RJ ...............................................................................
Composição química da manipueira em diversas análises ............
Resultados das análises químicas das amostras de urina de vaca
aplicados no pomar de mexeriqueira em Campos dos
Goytacazes-RJ ...............................................................................
Atributos físico-hídricos do material de solo, no inicio da pesquisa,
em duas profundidades. Lagoa Seca, PB............................................
Tabela 6 - Atributos químicos e de fertilidade do material de solo,
no inicio da pesquisa, em duas profundidades. Lagoa Seca, PB...
Atributos químicos (salinidade) do material de solo, no inicio da
pesquisa, em duas profundidades. Lagoa Seca, PB.......................
Esquema de análise de variância ...................................................
Tratamentos com a solução de calda contendo urina de vaca e
manipueira.......................................................................................
Análise de atributos químicos da água utilizada nas irrigações do
experimento, durante a pesquisa. Lagoa Seca, PB........................
Composição física e química da urina de vaca e manipueira
utilizadas na pesquisa.....................................................................
Resumo da análise de variância (Quadrado Médio) das variáveis:
altura de planta, diâmetro caulinar, número de folhas e área foliar
do pinhão-manso aos 360 dias, em função dos volumes das
caldas com urina de vaca e manipueira. Lagoa Seca, PB..............
Resumo da análise de variância (Quadrado Médio) das variáveis:
diâmetro caulinar e área foliar do pinhão-manso aos 360 dias, em
função da urina de vaca (UV), dentro de cada volume da calda
com manipueira (MP). Lagoa Seca, PB..........................................
Resumo da análise de variância (Quadrado Médio) das variáveis:
diâmetro caulinar e área foliar do pinhão-manso, aos 360 dias,
em função da manipueira, dentro de cada volume da calda com
urina de vaca. Lagoa Seca, PB.......................................................
Resumo da análise de variância (Quadrado Médio) das variáveis:
fitomassa seca da raiz, fitomassa seca do caule e fitomassa seca
das folhas do pinhão-manso aos 360 dias, em função dos
volumes das caldas com urina de vaca e manipueira. Lagoa
Seca, PB..........................................................................................
Resumo da análise de variância (Quadrado Médio) das variáveis:
fitomassa seca da raiz, fitomassa seca do caule e fitomassa seca
das folhas do pinhão-manso, aos 360 dias, em função da urina
de vaca, dentro de cada volume da calda com manipueira. Lagoa
Seca, PB.................................................................................
8
16
16
18
21
21
22
23
23
25
26
35
41
45
66
71
xiv
Tabela 17
Tabela 18
Tabela 19
Tabela 20
Tabela 21
Resumo da análise de variância (Quadrado Médio) das variáveis:
fitomassa seca da raiz, fitomassa seca do caule e fitomassa seca
das folhas do pinhão-manso, aos 360 dias, em função da
manipueira, dentro de cada volume da calda com urina de vaca.
Lagoa Seca, PB...............................................................................
Resumo da análise de variância (Quadrado Médio) das variáveis:
número de frutos, peso do fruto maduro, peso seco do fruto, peso
seco das sementes e teor de óleo das sementes de pinhãomanso aos 360 dias, em função do uso das caldas com urina de
vaca e manipueira. Lagoa Seca, PB...............................................
Resumo da análise de variância (Quadrado Médio) das variáveis:
número de frutos, peso dos frutos maduros, peso seco dos frutos,
peso seco das sementes de pinhão-manso, em função dos
volumes da calda com urina de vaca dentro de cada volume da
calda com manipueira. Lagoa Seca, PB.........................................
Resumo da análise de variância (Quadrado Médio) das variáveis:
número de frutos, peso dos frutos maduros, peso seco dos frutos,
peso das sementes de pinhão-manso aos 360 dias após o
plantio, em função dos volumes de manipueira dentro de
diferentes volumes da calda com urina de vaca. Lagoa Seca........
Número de quadrados (QO) onde a espécie foi encontrada,
números de indivíduos (NI), frequência (F), frequência relativa
(FR), densidade (D), densidade relativa (DR), abundância (A),
abundância relativa (AR) e índice de importância (IR) de espécies
espontâneas na área de cultivo do pinhão-manso, Lagoa Seca.....
76
80
87
96
104
xv
RESUMO
Há pouco tempo, surgiu o interesse pelo pinhão-manso (Jatropha curcas L.) para a
produção de biodiesel no país. Objetivou-se desenvolver tecnologia para a produção
agroecológica do pinhão-manso em condições de campo, utilizando-se a manipueira
e a urina de vaca, visando estudar seus efeitos sobre as características de
crescimento e desenvolvimento, sobre as propriedades químicas do solo, na
prevenção e no controle de pragas e doenças. O experimento foi desenvolvido em
condições de campo, no Campus II da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB),
em Lagoa Seca. O esquema de análise fatorial foi 5x5, em um delineamento
experimental de blocos ao acaso com 25 tratamentos e 4 repetições por tratamento,
divididos em 4 blocos cada um com 25 plantas. Os tratamentos consistiram na
combinação de 25 diferentes dosagens de caldas com urina de vaca e manipueira.
T1 a T5 se aplicou 0, 250, 500, 750 e 1000ml da calda com manipueira (MP)
respectivamente e não houve aplicação de urina de vaca (0 UV). Do T6 ao T10 as
plantas receberam 250 UV e 0, 250, 500, 750 e 1000 MP respectivamente. Do T11
ao T15, 500 UV e 0, 250, 500, 750 e 1000 MP, respectivamente. Do T16 ao T20,
750 UV e 0, 250, 500, 750 e 1000 MP, respectivamente. Do T21 ao T25, 1000 UV e
0, 250, 500, 750 e 1000 MP, respectivamente. Foram avaliadas as variáveis de
crescimento, de produção, prevenção e controle de pragas, além de atributos
químicos do solo. O uso das caldas com urina de vaca e manipueira,
proporcionaram ganhos de fitomassa epígea e hipógea. O diâmetro caulinar, número
de folhas e área foliar aumentaram em 4,75%; 18,70% e 236,53% respectivamente,
quando utilizou-se 1000ml da calda com urina de vaca (1000 UV). O volume de
1000ml da calda com manipueira (1000 MP), incrementou em 53,48% e 414% o
número de folhas e a área foliar, respectivamente. As taxas de crescimento relativo
em altura de planta, diâmetro caulinar e área foliar foram influenciados positivamente
pela urina de vaca, manipueira e principalmente pela interação entre ambos. As
maiores taxas de crescimento de altura de planta, diâmetro caulinar e área foliar,
aconteceram aos 60, 120 e 240 dias, respectivamente. A fitomassa seca da raiz
obteve o maior aumento (145%) quando recebeu urina de vaca e 1000 ml da calda
com manipueira. A fitomassa seca do caule cresceu mais quando recebeu urina com
250 MP, enquanto a fitomassa seca das folhas obteve o maior incremento ao
receber aplicação de urina e 1000 MP. O número de frutos foi maior quando se
acrescentou urina de vaca dentro de 750ml da calda com manipueira. O peso dos
frutos maduros com maior valor foi obtido quando se acrescentou urina de vaca
dentro de 1000ml da calda com manipueira. O maior valor do peso seco dos frutos
foi obtido quando se utilizou apenas urina de vaca. O uso da urina de vaca
individualmente também se mostrou mais eficiente para o peso seco das sementes.
Não houve diferença significativa para o teor de óleo das sementes nos tratamentos
utilizados. A urina de vaca e manipueira foram mais eficientes quando utilizadas
simultaneamente.
Palavras-chave: Jatropha curcas, agroecologia, urina de vaca, manipueira
xvi
ABSTRACT
Not so long ago, there was interest in jatropha (Jatropha curcas L.) for the production
of biodiesel in this country. The objective was to develop technology for the jatropha
agroecological production under field conditions, using the cassava wastewater and
cow urine, to study their effects on growth and development characteristics, on soil
chemical properties and on the pests and diseases prevention and control. The
experiment was conducted under field conditions, at the Campus II belonged to the
Universidade Estadual da Paraíba, located at Lagoa Seca. The used analysis
factorial scheme analysis was 5x5 in randomized blocks with 25 treatments and 4
replications per treatment, divided into 4 blocks each with 25 plants. The treatments
consisted of 25 different dosages of alternative pesticides, based on cow urine and
cassava wastewater. From T1 to T5 applied 0, 250, 500, 750 and 1000ml of a
solution with the cassava wastewater (MP) respectively, and no application of cow
urine (0 UV). From T6 to T10 plants received 250 UV 0, 250, 500, 750 and 1000 MP,
respectively. From T11 to T15, 500 UV and 0, 250, 500, 750 and 1000 MP,
respectively. From T16 to T20, 750 UV and 0, 250, 500, 750 and 1000 MP,
respectively. From T21 to T25, 1000 UV and 0, 250, 500, 750 and 1000 MP,
respectively. The variables of growth, production, prevention and control of pests,
and soil chemical properties, were studied. The use of alternative pesticide with cow
urine and cassava wastewater, provided gains of epigeal and hypogeal phytomass.
The stem diameter, number of leaves and leaf area increased by 4.75%, 18.70% and
236.53%, respectively, when it was used 1000ml of with cow urine solution (1000
UV). The volume of 1000ml of cassava wastewater solution (1000 MP), increased by
53.48% and 414% the number of leaves and leaf area, respectively. The relative
growth rates in plant height, stem diameter and leaf area were positively influenced
by cow urine, cassava wastewater and, mainly, by them interaction. The highest
rates of growth of plant height, stem diameter and leaf area, occurred at 60, 120 and
240 days, respectively. The root dry weight had the highest increase (145%) when
received cow urine and 1000ml of cassava wastewater solution. The dry weight of
the stem grew more when the plants were treated with cow urine, 250 MP, while the
dry weight of the leaves had the highest increment when applied this urine on1000
MP. The number of fruits was higher when added cow urine within 750ml of cassava
wastewater syrup. The weight of ripe fruits with the highest value was obtained when
added cow urine within 1000ml of cassava wastewater solution. The highest value of
the dry weight of the fruits was obtained only when it was used the cow urine. The
use of cow urine was also more efficient for dry weight of the seeds. There was no
significant difference for the oil content of the seeds using the treatments. The cow
urine and cassava wastewater were most effective when used simultaneously.
Keywords: Jatropha curcas, agroecology, cow urine, cassava wastewater
xvii
1 INTRODUÇÃO
As mudanças climáticas, ocorridas em várias partes do planeta, têm sido
creditadas em grande parte, pela liberação de gases de efeito estufa (GEE) para a
atmosfera, principalmente pela queima de combustíveis fósseis, mas, também por
práticas agropecuárias intensivas (IPCC, 2007). Acordos internacionais foram
firmados, para redução desta emissão e combustíveis renováveis estão sendo
introduzidos no mercado a cada ano, como fontes de energia com menor potencial
poluidor. Os governos federais, estaduais e municipais começam a dá atenção
especial para estas fontes de energia renováveis, como o Programa Nacional de
Biodiesel, que determina o uso de 5% de biodiesel em cada litro de óleo diesel.
(URQUIAGA et al., 2005; BARROS, 2006).
Devido a dimensão continental do nosso país, e da sua diversidade de clima e
de solos, estima-se que se tenha aqui mais de 200 espécies de oleaginosas com
potencial para produzir óleo para ser fonte de matéria-prima para a produção de
biodiesel (energia), o que é uma grande vantagem e ao mesmo tempo uma
dificuldade, pois para cada agronegócio há a necessidade de ter toda a cadeia
funcionando em sincronia (BELTRÃO, 2006).
Há pouco tempo, surgiu o interesse pelo pinhão-manso, que tem a vantagem
de ser perene possivelmente nativo daqui do Brasil, e com possibilidades de ser
mais uma alternativa para a produção de óleo de boa qualidade para a produção de
biodiesel no país. No mundo todo, existe pouco conhecimento sobre esta planta,
cujo gênero tem mais de 170 espécies, sendo a mais importante a Jatropha curcas
L. e somente nos últimos 30 anos é que foram iniciados estudos agronômicos sobre
a mesma, sendo ainda não domesticada (SATURNINO et al., 2005).
O pinhão-manso (Jatropha curcas L.), oleaginosa ainda não utilizada para
alimentação humana ou animal, é considerado uma matéria prima potencial para o
Programa Nacional de Produção e uso de Biodiesel (PNPB). A espécie possui
algumas características desejáveis e que a tornam interessante a este Programa,
tais como: potencial de altos rendimentos de grãos e óleo; boa qualidade do óleo
para produção de biodiesel; adaptabilidade a diferentes regiões; precocidade e
longevidade
e
alternativa
para
diversificação
de
cultivos.
(EMBRAPA
AGROENERGIA, 2009).
No entanto, não é só produzir intensivamente visando os lucros máximos que a
cultura pode fornecer. É preciso levar em conta o conceito de sustentabilidade, que
está diretamente ligado a mudança de rumo da produção energética mundial, que
busca combustíveis renováveis. Surgem nos diversos setores sociais discussões em
torno da “agricultura sustentável”, cujo conceito não pode ter o aspecto estático,
comumente implícito no tempo, pelo qual os sistemas agrícolas são considerados
sustentáveis,
quando
a
produção
é
pensada
como
fator
isolado.
Então, há necessidade de se promover modelos alternativos de agricultura ou
a implementação de técnicas dentro dos sistemas já existentes, no sentido de
garantir a viabilidade agrícola sob seus diversos aspectos. Frente a essa
problemática, apresenta-se o uso de biofertilizantes líquidos na agricultura, que vem
mostrando bons resultados em algumas formulações já testadas e que podem
também ser aplicadas de forma alternativa na proteção de plantas. Essa estratégia é
indicada principalmente para as pequenas propriedades, onde os recursos
financeiros
e tecnológicos
são escassos, aproveitando-se subprodutos
da
agropecuária que muitas vezes são descartados. (MEDEIROS e LOPES, 2006).
Dois subprodutos da agropecuária que estão apresentando resultados
cientificamente comprovados, como biofertilizantes, são a manipueira e a urina de
vaca, além de atuarem no controle preventivo de doenças e de pragas. Frente a
essa problemática, foram analisados os efeitos da manipueira e urina de vaca,
aplicadas via adubação foliar e no solo, no cultivo do pinhão-manso, incrementando
assim, as informações técnicas desta cultura que está em processo de
domesticação, numa perspectiva de produção agroecológica ao alcance do
agricultor familiar.
2
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Desenvolver tecnologia para a produção agroecológica de pinhão-manso em
condições de campo, utilizando-se a manipueira e a urina de vaca como
biofertilizante, visando estudar seus efeitos sobre as características de crescimento
e desenvolvimento, propriedades químicas do solo e na prevenção e controle de
pragas visando uma produção sustentável de matéria prima para biocombustível,
acessível aos agricultores familiares.
2.2 Objetivos Específicos
•
Analisar os efeitos do uso da manipueira e da urina de vaca sobre as
características de crescimento do pinhão-manso;
•
Avaliar os efeitos da aplicação da manipueira e da urina de vaca sobre os
componentes da produção do pinhão-manso;
•
Identificar as plantas espontâneas presentes na área experimental do pinhãomanso;
•
Avaliar os efeitos da aplicação via foliar da manipueira e da urina de vaca na
prevenção e controle de pragas do pinhão-manso;
• Estudar a influência da manipueira e da urina de vaca nas propriedades químicas
do solo.
3
3 REVISÃO DE LITERATURA
3.1 Descrição botânica, morfologia e fisiologia do pinhão-manso
O pinhão-manso (Jatropha curcas L) é um arbusto pertencente à família
Euphorbiaceae (KOCHHAR et al., 2005). Apesar de ser nativa da América tropical, é
amplamente cultivada nos países tropicais em todo o mundo (JONGH, 2006). Sendo
capaz de crescer em várias zonas climáticas com precipitações anuais variando de
250 a 3000 mm, de acordo com Achten et al. (2008) e temperatura média entre 18 a
28°C (DIAS et al., 2007). Segundo Abou Kheira e Atta, (2009), esta planta se adapta
às condições áridas e semi áridas e é, portanto, considerada tolerante à seca.
Heller (1996) e Arruda et al. (2004) descreveram o pinhão-manso como um
arbusto, de crescimento rápido, cuja altura normal é dois a três metros, mas pode
alcançar até cinco metros em condições especiais, apresentando raízes pivotantes e
laterais bem desenvolvidas. Segundo Ye et al. (2009), quando cultivado em solo
com boa porosidade, a raiz pivotante poderá apresentar o dobro do comprimento da
parte aérea, conferindo-lhe uma maior fixação no solo e uma maior exploração dos
nutrientes através das suas raízes secundárias.
O pinhão-manso possui caule liso, de lenho mole e medula desenvolvida, mas
pouco resistente (ROETZ, 2006). As folhas são verdes, esparsas e brilhantes, largas
e alternas, em forma de palma com três a cinco lóbulos e pecioladas. Floração
monóica, apresentando flores masculinas, em maior número, nas extremidades das
ramificações e femininas nas ramificações, a abertura desta última, ocorre entre um
a dois dias antes das masculinas. Os principais polinizadores do pinhão-manso são
as formigas, abelhas, moscas, trípes e outros insetos, sendo a importância de cada
inseto dependente do local de observação (SOLOMON RAJU & EZRADANAM 2002;
BHATTACHARAYA et al., 2005)
O fruto é capsular ovóide, trilocular com uma semente em cada cavidade.
(CORTESÃO, 1956; BRASIL, 1985). A semente é relativamente grande, o
tegumento rijo, quebradiço, de fratura resinosa. Debaixo do invólucro da semente
existe uma película branca cobrindo a amêndoa. O albúmen abundante, branco,
oleaginoso, contendo o embrião provido de dois largos cotilédones achatados
(ARRUDA et al. 2004).
4
Segundo Vivian et al. (2011), o pinhão-manso apresenta alto potencial
fotossintético e com eficiência de carboxilação estimada de 21 mol fótons mol CO2 e
uma resposta a radiação de até 1000 µmol m-2 s-1, com perspectivas de resposta
para o cultivo adensado e uso de podas durante o cultivo.
Dependendo da variedade e dos tratos culturais, as sementes de pinhãomanso poderão apresentar: massa entre 0,551 a 0,797 g; 33,7 a 45 % de casca; 55
a 66 % de amêndoa; 7,2 % de água; 37,5 % de óleo e 55,3 % de açúcar, amido,
albuminóides e materiais minerais, sendo 4,8 % de cinzas e 4,2 % de nitrogênio
(ARRUDA et al., 2004; SATURNINO et al., 2005; DIAS et al., 2007). Quanto à
produtividade, esta é bastante afetada pela irregularidade na distribuição das chuvas
e pelos ventos fortes e prolongados na época da floração (SATURNINO et al.,
2005).
3.2 Uso e importância econômica da cultura
O pinhão-manso é uma planta de multiuso, ou seja, utilizam-se deste a planta
viva, partes vegetativas, subprodutos e principalmente as suas sementes. Adaptada
as condições edafoclimáticas das regiões brasileiras e principalmente ao Nordeste,
onde seu crescimento e desenvolvimento são tidos como ótimo, o pinhão-manso
encontra-se vegetando de forma asselvajada (OLIVEIRA, 2009).
O plantio e o uso do pinhão-manso são realizados com os seguintes
objetivos: controle da erosão, cerca viva, como fonte de óleo para a produção de
sabão e combustível para lamparinas (GUBITZ et al., 1999; OPENSHAW, 2000;
ALBUQUERQUE e ANDRADE, 2002; ABREU et al., 2003). Como cultura comercial,
é cultivada como matéria prima para a produção de biodiesel (PANT et al., 2006;
KUMAR e SHARMA, 2008; OLIVEIRA et al., 2009; HENNING, 2009). As diferentes
utilidades já citadas, somadas a sua capacidade de se desenvolver em diversos
tipos de solo e as oportunidades geradas para o desenvolvimento rural nos países
em desenvolvimento, levaram a um enorme interesse em aumentar as áreas de
cultivo desta oleaginosa (JONGSCHAAP et al. 2007; ACHTEN et al., 2008;
HANUMANTHA RAO et al., 2008; KUMAR e SHARMA, 2008 e RENNER et al.,
2008).
Embora menos divulgado, o plantio do pinhão-manso já foi utilizado como
barreira natural contra incêndio, isto porque, seus galhos, tronco e folhas possuem
5
alto teor de umidade, o que lhe confere certa resistência ao fogo (YE et al., 2009).
Além disso, esta planta também pode ser usada como uma cobertura para impedir a
propagação de doenças e infestação de insetos em áreas florestadas (LI et al.,
2006).
Recentemente, o pinhão-manso tem se tornado tema de muitas pesquisas e
programas de melhoramento no mundo inteiro, muitas vezes preocupados com o
seu potencial para a produção de biodiesel (JONGSCHAAP et al., 2007; KING et al.,
2009; DIVAKARA et al. 2010). Com o advento do Programa Brasileiro de Biodiesel,
o pinhão-manso foi incluído como uma alternativa para fornecimento de matériaprima. Esta escolha baseia-se na expectativa de que essa planta possua alta
produtividade de óleo, tenha baixo custo de produção por ser perene e seja
resistente ao estresse hídrico, o que seria uma vantagem significativa principalmente
na região semi árida do país (SEVERINO et al., 2007).
Além do seu óleo, o pinhão-manso pode ter mais um valor agregado que
pode ser gerado através da torta (subproduto obtido após prensagem e extração do
óleo das sementes), a qual pode ser utilizada em diversos setores como aglutinantes
(cola), emulsionantes, filmes protéicos e plásticos, produtos químicos, entre outros
(WU e HETTIARACHCHY, 1998; KUMAR et al., 2002; VAZ et al., 2003; SCHMIDT et
al., 2005; SCOTT et al., 2007; HOJILLA-EVANGELISTA et al., 2009; KONST et al.,
2009; LAMMENS et al., 2009 e LESTARI et al., 2010). Além disso, os elevados
teores de nitrogênio, fósforo e potássio presentes na torta, faz deste, um excelente
fertilizante natural (ARRUDA et al., 2004).
Segundo Makkar et al. (2008) a torta do pinhão-manso também apresenta
um excelente teor proteico, mas, devido à presença de substancias tóxicas tais
como ésteres, saponificantes e inibidores de protease, o seu consumo torna-se
impróprio para seres humanos e animais (SUJATHA et al., 2005). Para amenizar
tais problemas, pesquisas estão sendo desenvolvidas na tentativa de desenvolver
variedades com menor toxidez e métodos de desintoxicação da torta (DEVAPPA e
SWAMYLINGAPPA, 2008).
Para Wang (2006) e Gunaseelan (2009), a torta ainda pode ser utilizada na
produção de biogás e queimado como combustível. É importante ressaltar que é
vital para a viabilidade econômica do pinhão-manso um maior incremento de renda
obtido com a utilização das várias partes da planta.
6
3.3 Biocombustíveis
Os recursos não renováveis, em especial os combustíveis fósseis, ainda são
as principais fontes de energia consumidas mundialmente. Contudo, o seu uso é
limitado pela diminuição de suas reservas e pelo aumento da emissão de gases
promotores do efeito estufa. A utilização de combustíveis alternativos renováveis
com menores emissões de gases é necessária para o desenvolvimento sustentável.
Uma dessas opções é o biodiesel, produzido por transesterificação de óleos e
gorduras de origem agrícola ou animal, com álcoois na presença de catalisadores
(SHARMA et al., 2008; LEUNG DENNIS et al., 2010; KEE et al., 2010; GERHARD,
2010), podendo substituir, parcial ou totalmente, o óleo diesel de origem fóssil em
motores de ignição por compressão (motores de ciclo diesel) automotivos e
estacionários (PNPB, 2011).
São utilizados como matéria-prima para a produção de biodiesel: soja, palma,
girassol, colza, canola, coco, entre outros (LEUNG DENNIS et al., 2010). Porém, o
desvio de óleos comestíveis para a produção deste biocombustível poderá afetar
negativamente a produção de alimentos, bem como o setor industrial de biodiesel
(LEUNG DENNIS et al., 2010; HOONG et al., 2010). Felizmente, os óleos vegetais
não comestíveis, na sua maioria produzidos pela semente de árvores e arbustos
fornecem uma alternativa para tal problema.
O óleo extraído das sementes do pinhão-manso apresenta características e
propriedades físico-químicas e composição de ácidos graxos adequados para a
produção de biodiesel (KUMAR et. al, 2003;. PRAMANIK, 2003; AKINTAYO, 2004;
SHAH et. al, 2004; FERNANDES, 2010).
O biodiesel por ser biodegradável, não tóxico, e praticamente livre de enxofre
e aromáticos, é considerado um combustível ecológico. Pode ser utilizado puro ou
misturado em quaisquer proporções, em motores do ciclo diesel sem a necessidade
de significantes ou onerosas adaptações. Mundialmente passou-se a adotar uma
nomenclatura bastante apropriada para identificar a concentração do Biodiesel na
mistura. É o Biodiesel BXX, onde XX é a percentagem em volume do Biodiesel à
mistura.
No Brasil, a Agência Nacional de Petróleo (ANP), através da resolução 30, de
20/09/2004, estabelece através do Artigo 2° que:
7
•
Biodiesel B100: combustível composto de alquil ésteres de ácidos graxos
oriundos de óleos vegetais ou gorduras animais conforme a especificação
contida no Regulamento Técnico ANP nº 20/2004, parte integrante desta
Resolução;
•
Mistura óleo diesel/biodiesel B2: combustível comercial composto de 98 % em
volume de óleo diesel e 2 % em volume de biodiesel, que deverá atender à
especificação prevista pela Portaria ANP n° 310 de 27 de dezembro de 2001 e
suas alterações;
•
Mistura teste óleo diesel/biodiesel: combustível composto de biodiesel e óleo
diesel em proporção definida quando da autorização concedida para testes e uso
experimental conforme previsto pela Portaria ANP n° 240, de 25 de agosto de
2003. Portanto, o biodiesel B2, B5, B20 e B100 são combustíveis com uma
concentração de 2%, 5%, 20% e 100% de biodiesel no diesel, respectivamente.
As principais vantagens obtidas com a utilização do biodiesel podem ser
observadas na Tabela 1.
Tabela 1 - Principais vantagens ambientais, técnicas e socioeconômicas do biodiesel
Vantagens Ambientais
Vantagens Técnicas
Vantagens
Socioeconômicas
• Não contem enxofre, por •
isso não contribui com a
chuva ácida.
O combustível pode ser • Promover
usado no motor puro
desenvolvimento ampliar o
(B100) ou em misturas
mercado de trabalho e
com o diesel (Bx).
valorizar
os
recursos
energéticos.
• É um combustível com •
índice de cetano maior
que o do diesel por isso
diminui as emissões de:
CO, material particulado e
fumaça negra.
Não há necessidade
mudanças na rede
distribuição
combustível puro ou
misturas.
• É biodegradável. Contribui •
para diminuição do efeito
estufa.
Não
precisa
de • Independência dos países
modificações nos motores
produtores de petróleo.
diesel. Apresenta maior
lubricidade e favorece o
funcionamento da bomba
injetora.
de • Viabilizar o auto abastecide
mento de combustível ao
do
produtor agropecuário.
em
Fonte: Holanda (2004).
8
Pela Lei nº 11.097/2005, a partir de janeiro de 2008, tornou-se obrigatório em
todo território nacional, a mistura B2, ou seja, 2% de biodiesel e 98% de diesel de
petróleo. Em janeiro de 2013, essa obrigatoriedade passará para 5% (B5). Há
possibilidade também de empregar percentuais de mistura mais elevados e até
mesmo o biodiesel puro (B100) mediante autorização da Agência Nacional do
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis-ANP (PNPB, 2011).
Assim sendo, os estímulos econômicos à produção de biodiesel no Brasil
decorrem da própria evolução desse mercado cativo e da conquista de mercados
externos, cabendo às políticas públicas proporcionar condições para que ele
funcione de modo eficiente e atenda aos objetivos de promover a inclusão social e o
desenvolvimento das regiões mais carentes com sustentabilidade no sentido amplo.
3.4 Agroecologia
Muitas práticas agrícolas podem ter sido denominadas sustentáveis no
passado, ou mesmo no presente, segundo as condições socioeconômicas,
edafoclimáticas e demais características locais. Num conceito dinâmico, a
sustentabilidade deve levar em conta as mudanças temporais das necessidades
humanas, especialmente relacionadas a uma população crescente, bem como uma
adequada percepção da relação ambiental com a agricultura (PATERNIANI, 2001).
Agroecologia trata de uma nova abordagem que integra os princípios
agronômicos, ecológicos e socioeconômicos à compreensão e avaliação dos efeitos
das tecnologias sobre os sistemas agrícolas e a sociedade como um todo. A noção
de agroecologia entendida enquanto unidade de estudo que inclui dimensões
ecológicas, sociais e culturais busca ultrapassar uma visão, estritamente,
unidimensional. Nesse sentido, uma abordagem agroecológica incentiva os
pesquisadores a penetrar no conhecimento e nas técnicas dos agricultores e a
desenvolver agroecossistemas com uma dependência mínima de insumos
agroquímicos e energéticos externos. A agroecologia, em seus princípios, busca
também não só restaurar a saúde ecológica como também a preservação da
diversidade cultural
que
nutre
as
agriculturas
locais.
A
desenvolvimento rural sustentável, portanto, passa pelos
busca
por
um
pressupostos
do
conhecimento agroecológico. Para os agroécologos, vários aspectos dos sistemas
9
tradicionais de conhecimentos são particularmente relevantes, incluindo aí, o
conhecimento de práticas agrícolas e do ambiente físico, os sistemas taxonômicos
populares e o emprego de tecnologias de baixo uso de insumos” (ALTIERI, et al.
2003).
Pensar estratégias de desenvolvimento rural, que fuja da lógica produtivista
da agricultura convencional, implica o desenvolvimento e difusão de tecnologias
agroecológicas baseada na conservação de energia e de recursos. Além disso,
exigem a superação dos limites impostos ao agricultor, ao acesso a terra, a água,
recursos naturais, linhas de créditos, mercados etc., bem como uma mudança nas
políticas agrárias, e incentivos governamentais. O aumento da diversidade vegetal
pode oferecer aos agricultores, opções possivelmente úteis, para diminuir a
dependência da aquisição de insumos externos, minimizar a exposição aos
agroquímicos, reduzir os riscos econômicos e a vulnerabilidade nutricional e
proteger os recursos naturais básicos, necessários para a sustentabilidade agrícola.
(ALTIERI, 2012).
A Agroecologia vem se constituindo na ciência basilar de um novo paradigma
de desenvolvimento rural, que tem sido construído ao longo das últimas décadas.
Isto ocorre, entre outras razões, porque a Agroecologia se apresenta como uma
matriz disciplinar, integradora, totalizante, holística, capaz de apreender e aplicar
conhecimentos gerados em diferentes disciplinas científicas, de maneira que passou
a ser o principal enfoque científico da nossa época, quando o objetivo é a transição
dos atuais modelos de desenvolvimento rural e de agricultura insustentáveis para
estilos de desenvolvimento rural e de agricultura sustentáveis. (CAPORAL et al.,
2006).
Ademais, como ciência integradora a Agroecologia reconhece e se nutre dos
saberes, conhecimentos e experiências dos agricultores(as), dos povos indígenas,
dos povos da floresta, dos pescadores(as), das comunidades quilombolas, bem
como dos demais atores sociais envolvidos em processos de desenvolvimento rural,
incorporando o potencial endógeno, isto é, presente no “local”. No enfoque
agroecológico o potencial endógeno constitui um elemento fundamental e ponto de
partida de qualquer projeto de transição agroecológica, na medida em que auxilia na
aprendizagem sobre os fatores socioculturais e agroecossistêmicos que constituem
as bases estratégicas de qualquer iniciativa de desenvolvimento rural ou de desenho
10
de agroecossistemas que visem alcançar patamares crescentes de sustentabilidade.
Nesta perspectiva, pode-se afirmar que a Agroecologia se constitui num paradigma
capaz de contribuir para o enfrentamento da crise socioambiental da nossa época.
Agroecologia é uma ciência para o futuro sustentável (CAPORAL et al., 2006).
Segundo Luzzi (2007), a rearticulação nacional da agroecologia, com a
criação da Articulação Nacional da Agroecologia (ANA) e da Associação Brasileira
de Agroecologia (ABA), fortaleceu o debate e aumentou a legitimidade política sobre
o tema. A continuidade do diálogo e o estreitamento das relações entre ambas
constituem um importante desafio para o avanço da agroecologia, tanto no campo
político quanto tecnológico. No entanto, esta temática ainda está sendo incorporada
e interpretada de forma bastante desigual entre as organizações do campo
agroecológico. Transformar o agricultor em sujeito do processo produtivo, com o
técnico sendo um mediador entre o conhecimento popular e o científico, em
princípio, lhe proporciona e requer um repensar das formas e dos métodos utilizados
durantes décadas pelos profissionais de assistência técnica e extensão rural,
inclusive ONGs.
Embora o debate agroecológico tenha apresentado forte crescimento nos
últimos anos e o tema esteja ganhando cada vez mais legitimidade e conhecimento,
o principal desafio para a incorporação mais efetiva e maior generalização destas
experiências de inovação é político. A força do agronegócio na política econômica e
na agricultura brasileira representa um grande entrave para o avanço na formulação
de um projeto democrático e sustentável de desenvolvimento rural para o país,
ancorado na agricultura familiar e agroecologia (LUZZI, 2007).
Para fugir desta armadilha que a economia convencional coloca, ao sugerir
que todos os problemas podem ser resolvidos no âmbito das relações econômicas,
a Agroecologia propõe uma mudança de enfoque, de maneira que se possa estudar
e entender como as atividades econômicas afetam o ambiente, assim como a
maneira como elas determinam o uso dos recursos naturais, alterando as relações
ecológicas pré-existentes. Em outras palavras, não se pode ignorar, em qualquer
atividade econômica, que a Ecologia, por assim dizer, tem sua própria Economia
(que se expressa nos fluxos de matéria e energia, nos ciclos biogeoquímicos, nas
cadeias tróficas, etc.) e que, para além da maximização dos lucros, deve-se
11
considerar a sustentabilidade dos recursos e os impactos ambientais provocados
pela atividade econômica (CAPORAL et al., 2006).
Para dar suporte a esta mudança de enfoque, a Agroecologia busca na
Economia Ecológica importantes aportes sobre externalidades. A partir destes
estudos é possível afirmar que a agricultura industrial, além de ser dependente e
responsável por alto grau de deterioração ambiental no entorno (longe ou perto), ou
em ecossistemas distantes, é economicamente insustentável se forem internalizados
os “custos” das externalidades negativas que gera. (CAPORAL et al., 2006).
A Agroecologia é um conceito em construção que propõe uma agricultura
socialmente justa, economicamente viável e ecologicamente sustentável. Trabalha
um modelo de relacionamento com a natureza que estabelece uma ética baseada
nos princípios da criação, tendo a justiça e a solidariedade como valores
fundamentais (PROGERA, 2009). Assim, a Agroecologia é relacionada diretamente
ao conceito de sustentabilidade e justiça social. Nessa visão, a Terra é considerada
um sistema vivo e complexo, e respeita a diversidade dos povos, das plantas,
animais, microrganismos e minerais, em suas infinitas formas de relações. A
Agroecologia engloba modernas ramificações e especializações, como: agricultura
biodinâmica, agricultura ecológica, agricultura natural, agricultura orgânica, sistemas
agroflorestais, permacultura e outras que contribuem para a construção de outro
modelo de desenvolvimento rural (ALTIERI, 2012).
3.5 Adubação orgânica no pinhão-manso
Práticas de manejo tais como adubação, podem afetar a suscetibilidade das
plantas a insetos-pragas ao alterar os níveis de nutrientes no tecido foliar. Solos com
elevado teor de matéria orgânica e de atividade biológica, geralmente, apresentam
boa fertilidade e cadeias tróficas complexas e organismos benéficos que previnem
infestações. As culturas que se desenvolvem nesses solos, geralmente apresentam
menor abundância de diferentes insetos herbívoros, fato que pode ser atribuído a
um teor de nitrogênio adequado nos cultivos. (ALTIERI, 2012).
O ambiente equilibrado diminui o ataque de pragas e doenças. O combate a
pragas e doenças elimina os sintomas, mas não controla as suas causas. Causas
não se combatem, mas se previnem. Não adianta trabalhar um solo doente e plantas
12
doentes e, depois, tentar evitar que as pragas e doenças as ataquem. Uma planta
está doente antes de ser atacada e continua doente mesmo quando o parasita está
morto: tanto faz se foi morto por um agrotóxico, um caldo orgânico ou inimigo
natural. Todos controlam somente o parasita, mas não curam a planta.
(PRIMAVESI, 2006).
As exigências nutricionais do pinhão-manso são tidas como mínimas, no
entanto, esta observação é feita de forma errônea, pois quando trata-se de
produtividade e não de produção, o pinhão-manso produz apenas para a
sobrevivência da espécie (ex. das plantas asselvajadas), mas quando trata-se de
plantas altamente produtivas o uso de insumos, tais como, os adubos, agem
diretamente na fisiologia da planta, afetando seu estado nutricional atendendo as
exigências para uma maior produção de frutos (OLIVEIRA, 2009). Fica evidente que
estudos sobre a adubação do pinhão-manso são necessários, principalmente
quando se tem em vista seu plantio comercial na Região Nordeste, onde a maioria
dos solos são pobres em nutrientes minerais (BELTRÃO, 2006).
Oliveira et al. (2009a), experimentando diferentes adubos orgânicos em
pinhão-manso concluíram que a adubação orgânica via esterco caprino foi a que
mais proporcionou aumento de matéria seca da fitomassa seca epígea. O
fornecimento parcelado do esterco caprino (50% em fundação + 25% em 30 dias e
25% em 60 dias após germinação, proporcionou os maiores valores médios em
ganhos de matéria seca de folhas (70,56g) e caule (231,49 g). O fornecimento
parcelado do esterco caprino (50% em fundação + 25% em 30 dias e 25% em 60
dias após germinação, proporcionou os maiores valores médios em ganhos de
matéria seca de raiz. (OLIVEIRA et al., 2009b).
Tominaga et al. (2009), chegaram a conclusão que nas variáveis de
crescimento analisadas, altura das plantas e diâmetro caulinar, assim como em
número de folhas de pinhão-manso, houve diferença estatística significativa do efeito
da adubação. O mesmo fato estatístico aconteceu com as variáveis de produção no
primeiro ano, peso do fruto, da semente e da casca. Considerando a disponibilidade
e o preço, recomendaram a adubação orgânica para a obtenção de melhores
resultados quanto ao crescimento e à produção de cultura do pinhão-manso em
13
regiões semiáridas da Paraíba. Guimarães (2008), utilizando como fonte de adubo,
esterco e torta de mamona na adubação do pinhão-manso, constatou que o
aumento da quantidade de N proporcionou um incremento de 0,0125 e 0,0264g na
fitomassa fresca radicular.
3.6 Uso da manipueira na agricultura
A geração de resíduos ainda se constitui como uma problemática,
principalmente pelas repercussões que podem ter sobre o meio ambiente, tornandose particularmente preocupante se gerenciados de forma inadequada. (GLÓRIA,
1992). Existe uma infinidade de resíduos de origem agrícola ou industrial nas formas
pastosa, sólida ou líquida, sendo o interesse no uso dos mesmos, fundamentado
nos elevados teores de carbono e compostos orgânicos, na capacidade de troca
catiônica e neutralização da acidez, o que significa incremento na produtividade e
qualidade dos produtos, (ABREU JÚNIOR et al., 2005). O uso de resíduos na
agricultura constitui-se como uma ferramenta fundamental que pode provocar o
aumento da produtividade e uma melhor distribuição no ambiente, diluindo desta
forma seus possíveis impactos ambientais, além de trazer mudanças no sistema
agrícola convencional que mantém o uso de insumos sintéticos (ALVES, 2010).
A manipueira, nome indígena brasileiro designativo do extrato líquido das
raízes de mandioca, é um subproduto da fabricação da farinha de mandioca, que até
então, era praticamente desprezado sem qualquer aproveitamento econômico
(PONTE, 1992). Porém, apresenta potencial de uso para fertilização de plantas em
cultivo orgânico por conter macro e micronutrientes, podendo ser utilizada pura ou
diluída, como fertilizante, seja em adubação via solo ou como adubação foliar
(ARAGÃO & PONTE, 1995). Quimicamente, a manipueira sustenta a potencialidade
como fertilizante, haja vista sua riqueza em potássio, nitrogênio, magnésio, fósforo,
cálcio, enxofre, e outros micronutrientes (CARDOSO, 2005). Como adubo, a
manipueira possibilita alta produtividade agrícola quando usada em solo de baixa
fertilidade, já que possui elementos requeridos à nutrição de plantas, inclusive o íon
potássio que se encontra em maior concentração. Além disto, elimina a possibilidade
do seu despejo no ambiente de forma descontrolada (FERREIRA et al., 2001).
14
Segundo Fioretto (2002), a manipueira caracteriza-se como um extrato líquido
de aspecto leitoso e cor amarelo–claro, proveniente do processamento de raízes de
mandioca possuindo um odor ácido forte, contendo de 5 a 7 % de fécula, glicose,
ácido cianídrico, bem como outras substâncias orgânicas (carboidratos, proteínas e
lipídeos) e nutrientes minerais, podendo ser utilizada como fertilizante e herbicida.
Também tem ação inseticida de acordo com Ponte et al. (1992), nematicida para
Ponte e Franco (1981) e biosurfactantes, segundo Santos et al. (2000).
As casas de farinha são a base da economia de muitas regiões do Brasil, mas
também, são responsáveis por boa parte da poluição produzida nestas áreas. A
queima da lenha polui o ar provocando doenças respiratórias e o despejo da
manipueira nos rios e açudes polui as águas, causando intoxicação nas pessoas,
além da morte dos peixes e de outros animais. A manipueira ou “manipeira” é um
líquido de cor amarelada que sai da mandioca depois dela prensada, durante a
fabricação da farinha. Se ela for despejada na natureza, provoca a poluição do solo
e das águas (rios, riachos e açudes), causando grandes prejuízos ao meio ambiente
e ao homem, que dele necessita para viver. Este despejo pode ser evitado com a
utilização de técnicas corretas de manejo da casa de farinha. (PONTE, 2006).
Ponte (2006), ainda afirma que a manipueira pode ser aproveitada de várias
maneiras: como fertilizante natural, pois é rica em vários nutrientes como Potássio
(K), Nitrogênio (N), Magnésio (Mg), Fósforo (P), Cálcio (Ca) e Enxofre (S), e pode
ser utilizada para a fertilização do solo e de folhas, substituindo os agrotóxicos nas
lavouras, como defensivo contra insetos e pragas, como formicidas, nematicididas e
no controle de doenças que atacam as lavouras, na produção de vinagre para uso
doméstico e comercial, e na produção de sabão.
Devido à grande quantidade de manipueira gerada diariamente, e a
dificuldade em se obter tratamentos que eliminem por completo a carga orgânica, a
prática da adubação pode ser a forma mais rápida de solução para disposição desse
efluente (FIORETTO et al., 1997).
Segundo Ponte (2000), a manipueira para fins de adubação, pode ser usada
por vias foliares e edáfica, o que implica em recomendações distintas para tais
modalidades de uso. Análises químicas de manipueira foram realizadas por Marinho
e Marini (2008) e os resultados apresentados na Tabela 2.
15
Tabela 2 - Resultados das análises químicas das amostras de manipueira aplicados
no pomar de mexeriqueira em Campos dos Goytacazes-RJ.
Análise
pH
N
P
1
2
4,5
4,7
2,48
2,48
0,4
0,6
K
g Kg-1
3,76
4,93
Ca
Mg
S
Fe
Cu
0,23
0,35
0,65
0,82
0,20
0,17
10,0
9,0
0,8
0,7
Zn
mg Kg-1
4,0
4,3
Mn
B
1,8
1,9
3,7
5,2
O uso de manipueira como insumo agrícola vem se tornando cada vez mais
eficaz. Em trabalhos realizados por Borszowskei (2009), na cultura do morangueiro,
contribuiu para o aumento na produtividade no decorrer do seu cultivo.
Segundo Fioretto (2002) a composição química da manipueira é variável,
dependendo da variedade utilizada, que por sua vez está correlacionada com as
condições edafoclimáticas do local onde é cultivada. No mesmo trabalho é
apresentada a composição química da manipueira, onde em um litro contém 0,11%
de N; 110 ppm de P; 73,08 meq de K; 55,0 meq de Ca; 50,0 meq.
Na Tabela 3 são apresentadas outras análises químicas da manipueira.
Tabela 3 - Composição química da manipueira em diversas análises.
Elemento
N (%)
P (ppm)
K (meq/L)
Ca (meq/L)
Mg (meq/L)
S (ppm)
Fe (ppm)
Zn (ppm)
Mn (ppm)
Cu (ppm)
Na (ppm)
pH
Amostra
1
0,15
219,0
43,0
11,25
30,50
22,0
2,4
1,5
1,0
3,27
Fonte: Fioretto (2002)
Amostra
2
0,15
250,0
56,4
13,5
45,0
4,2
Amostra
3
0,21
354,0
64,48
12,0
36,0
210,0
3,9
Amostra
4
0,09
200,2
41,0
13,75
30,0
64,0*
11,2
5,0
9,8
0,81
14,0
4,0
Média
0,15
255,8
51,22
12,62
35,38
137,0
16,8
3,7
5,65
0,90
14,0
4,03
* Sulfetos totais
16
3.7 Uso da urina de vaca na agricultura
A urina de vaca já está sendo utilizada em plantas hortícolas, frutíferas, e
ornamentais, com resultados satisfatórios, por produtores rurais do Rio de Janeiro,
São Paulo, Bahia e Minas Gerais (PESAGRO-RIO, 2001). No entanto, existe
carência de informações e de estudos sobre o emprego da mesma como
biofertilizante para as espécies oleaginosas. Por ser um produto natural composto
de diversas substâncias que melhoram a saúde da planta, diminuindo a
dependência dos agrotóxicos, pode se constituir num excelente biofertilizante
(FERREIRA, 1995). O biofertilizante bovino na forma líquida proporciona melhoria
das condições edáficas, resultando em maior produtividade agrícola (GALBIATTI et
al., 1991). A urina de vaca apresenta na sua composição microrganismos,
responsáveis pela decomposição da matéria orgânica, produção de sais e adição de
compostos orgânicos e inorgânicos que atuarão não só na planta, mas também
sobre a atividade microbiana (BETTIOL et al., 1998).
A urina de vaca possui na sua composição, elevada concentração de N e K,
não é tóxica, é adquirida a baixo custo e apresenta efeito rápido, podendo substituir
o adubo químico. A utilização do biofertilizante bovino pode ser considerada como
uma das alternativas de melhoria do desenvolvimento vegetativo de culturas em
sistemas naturais de cultivo (SANTOS, 1992). E sua aplicação, de forma equilibrada,
pode contribuir para a elevação dos teores de alguns nutrientes na folha, porém,
dependendo da espécie, pode não interferir efetivamente no metabolismo e no
desempenho produtivo (SOUSA, 1999).
Uma das preocupações para quem utiliza urina de vaca nas plantas via foliar
é a queima das folhas, porém, Oliveira et al. (2008), verificaram que a aplicação nas
concentrações de 1%, 5%, 10%, 15% e 20% não ocasionaram injúrias nas folhas de
pinhão-manso, no entanto, a urina pura provocou injúrias em 61,62% das folhas no
mesmo experimento.
A urina de vaca, quando aplicada em plantas cultivadas, tem mostrado
vantajosos atributos. Em abacaxi, por exemplo, não somente ocasionou aumentos
na produtividade, agindo como fator nutricional, mas também se comportou como
um defensivo natural contra o agente etiológico da fusariose (GADELHA &
CELESTINO, 1992). Cesar et al. (2007), aplicando urina de bovinos sob a forma de
17
pulverização, concluíram que ela promove estímulos ao desenvolvimento de mudas
de pepino, referentes ao desenvolvimento do hipocótilo, área cotiledonar e biomassa
seca e a resposta máxima à urina foi observada na concentração de 20%. Oliveira et
al. (2004), observaram que a aplicação de urina de vaca aumenta a produção de
pimentão na presença e na ausência de adubação com NPK, e afirmam que em
sistemas de cultivo orgânico de pimentão, a urina de vaca pode ser uma alternativa
como fonte não convencional de N e K.
Análises químicas de urina de vaca, realizadas em 2005 e 2006 (Tabela 4),
foram apresentadas por Marinho e Marini (2008), com os seguintes valores:
Tabela 4 - Resultados das análises químicas das amostras de urina de vaca
aplicados no pomar de mexeriqueira em Campos dos Goytacazes-RJ.
Ano
pH
N
P
K
Ca
Mg
S
Fe
Cu
g Kg-1
Zn
Mn
B
mg Kg-1
2005 8,8
5,19 0,03 10,85
0,08 0,43 0,32 2,0
0,6
0,9
0,8
4,6
2006 8,4
5,59 0,03 11,19
0,17 0,54 0,49 4,0
0,6
0,9
1,6
5,2
4 MATERIAL E MÉTODOS
4.1 Localização e caracterização edafoclimática da área experimental
O experimento foi desenvolvido em condições de campo, de janeiro a
dezembro de 2010, numa área agrícola pertencente ao Centro de Ciências Agrárias
e Ambientais (CCAA), Campus II da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB),
Lagoa Seca, Paraíba, Brasil, com as seguintes coordenadas geográficas: latitude 7º
09’ S; longitude 35º 52’ W e altitude 634m (Figura 1).
18
Figura 1: Localização de Lagoa Seca, no Estado da Paraíba
Durante o período experimental, foram registrados os dados climáticos:
temperaturas mínimas, médias e máximas, evapotranspiração de referência e
precipitação pluvial (Figuras 2 e 3), na Estação Climatológica da EMEPA, unidade
Temperaturas (°C)
de Lagoa Seca, PB, localizada próximo à área experimental.
33,0
31,0
29,0
27,0
25,0
23,0
21,0
19,0
17,0
15,0
Tmáx (°C)
Tmín (°C)
Tméd (°C)
Meses
Figura 2 - Temperaturas registradas no ano de 2010
19
250,0
200,0
mm
150,0
Prec (mm)
EV(mm)
100,0
50,0
0,0
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Meses
Figura 3 - Médias mensais da precipitação pluvial e evapotranspiração de referência
(ETo), registradas durante a condução do experimento no município de Lagoa Seca,
PB, no período de janeiro a dezembro de 2010, segundo dados da EMEPA.
O solo da área experimental é classificado como neossolo regolítico eutrófico,
moderadamente declivoso, profundo, de classe textural franco arenosa, boa
drenagem e fertilidade moderada. Quanto à salinidade é classificado como normal.
Análises físicas, químicas e de salinidade:
Foram coletadas 15 amostras simples e aleatórias de material de solo, nas
profundidades (0 a 20cm e 20 a 40cm). Em seguida, misturou-se, formando-se duas
amostras compostas (0 a 20cm e 20 a 40cm) que foram utilizadas para realização
de análises físico-hídricas, químicas e salinidade. As análises foram realizadas no
Laboratório de Solos do Centro de Ciências Agrárias da UFPB, de acordo com
metodologia da EMBRAPA (1997).
Os resultados das análises: físico-hídrica, química e de salinidade do solo
estão nas Tabelas 5, 6 e 7.
20
Tabela 5 - Atributos físico-hídricos do material de solo, no inicio da pesquisa, em
duas profundidades. Lagoa Seca, PB.
Característica físico-hídrica
Unidade
Profundidade Profundidade
(0-20 cm)
(20-40 cm)
Valor
Valor
Areia Grossa (2-0,2 mm)
g Kg-1
433
401
Areia Fina (0,2-0,05 mm)
g Kg-1
291
309
Silte (0,05-0,002 mm)
g Kg-1
118
132
Argila (<0,002 mm)
g Kg-1
158
158
-1
38
51
Grau de floculação
-1
g Kg
759
677
Densidade do solo
g cm-3
1,61
1,65
Densidade de partícula
g cm-3
2,63
2,63
0,39
0,37
Argila dispersa
Porosidade total
g Kg
3
-3
m m
Análises realizadas no Laboratório de Química e Fertilidade do Solo (CCA/UFPB)
Tabela 6 - Atributos químicos e de fertilidade do material de solo, no inicio da
pesquisa, em duas profundidades. Lagoa Seca, PB.
Característica química
pH em água (1:2,5)
P
S-SO4-2
K+
Na+
H+ + Al+3
Al+3
Ca+2
Mg+2
SB
CTC
M.O.
Fe
Mn
Zn
Unidade
mg dm-3
mg dm-3
mg dm-3
cmolc dm-3
cmolc dm-3
cmolc dm-3
cmolc dm-3
cmolc dm-3
g kg-1
mg dm-3
mg dm-3
mg dm-3
Profundidade Profundidade
(0-20 cm)
(20-40 cm)
Valor
Valor
5,6
15,21
<LDA
114
0,27
4,46
0,05
2,40
1,10
3,81
8,27
12,55
5,04
19,32
3,06
5,38
4,76
5,26
72
0,19
5,36
0,20
1,85
0,85
3,07
8,43
10,14
5,48
15,33
0,66
Análises realizadas no Laboratório de Química e Fertilidade do Solo (CCA/UFPB)
21
Tabela 7 - Atributos químicos (salinidade) do material de solo, no inicio da pesquisa,
em duas profundidades. Lagoa Seca, PB.
Característica química
(Salinidade)
Ca+2
Mg+2
Na+
K+
CO3-2
HCO3ClSO4-2
pH
C.E.
RAS
Unidade
Profundidade Profundidade
(0-20 cm)
(20-40 cm)
mmolc L-1
mmolc L-1
mmolc L-1
mmolc L-1
mmolc L-1
mmolc L-1
mmolc L-1
mmolc L-1
-1
mS/c m a 25°C
mmolc L-1
Valor
Valor
0,31
1,25
0,49
0,48
0,00
1,25
1,25
0,35
6,36
0,231
0,55
1,00
0,50
0,41
0,34
0,00
1,25
1,75
0,75
4,20
0,359
0,47
Análises realizadas no Laboratório de Química e Fertilidade do Solo (CCA/UFPB)
4.2 Tratamentos e delineamento experimental
Foi utilizado no experimento, o esquema de análise fatorial 5 x 5, em um
delineamento experimental de blocos ao acaso com 25 tratamentos e 4 repetições
por tratamento, divididos em 4 blocos. O tratamento 1 representou a testemunha,
não se submetendo a aplicação de urina de vaca e manipueira. Nos tratamentos 2,
3, 4 e 5 se utilizou 250, 500, 750 e 1000 ml da calda com manipueira
respectivamente e a urina de vaca não foi aplicada. Nos tratamentos T6 a T10 foram
utilizados os volumes fixos da calda com urina de vaca de 250 ml, enquanto se
seguiu a mesma sequência anterior em relação a manipueira: 0, 250, 500, 750 e
1000 ml de calda respectivamente. Nos tratamentos T11 a T15 o volume fixo da
calda com urina de vaca foi de 500 ml, e novamente a mesma sequência de
aplicação da calda com manipueira: 0, 250, 500, 750 e 1000 ml respectivamente.
Nos tratamentos T16 a T20 o volume fixo da calda com urina de vaca foi de 750 ml e
a quantidade de manipueira seguiu a mesma sequência crescente anterior. Os
tratamentos T21, T22, T23, T24 e T25 continham 1000 ml da calda com urina de
vaca e 0, 250, 500, 750 e 1000 ml da calda com manipueira respectivamente.
O esquema de análise de variância e os tratamentos são apresentados nas
Tabelas 8 e 9, respectivamente.
22
Tabela 8 - Esquema de análise de variância
FONTE DE VARIAÇÃO
GRAUS DE LIBERDADE
Blocos
3
Volumes de urina de vaca
4
Volumes de manipueira
4
Interação urina x manipueira
16
Resíduo
Total
72
99
Tabela 9 - Tratamentos com a solução de calda contendo urina de vaca e manipueira
Tratamentos
Urina de vaca
(ml da calda a 10%)
Manipueira
(ml da calda a 50%)
T1
T2
T3
T4
T5
T6
T7
T8
T9
T10
T11
T12
T13
T14
T15
T16
T17
T18
T19
T20
T21
T22
T23
T24
T25
0
0
0
0
0
250
250
250
250
250
500
500
500
500
500
750
750
750
750
750
1000
1000
1000
1000
1000
0
250
500
750
1000
0
250
500
750
1000
0
250
500
750
1000
0
250
500
750
1000
0
250
500
750
1000
23
4.3 Instalação do experimento
A área do experim ento foi previamente preparada em dezembro de 2009, com
uma aração. Na produção das mudas, foram utilizadas sementes oriundas do acesso
da EPAGRI-MG, as sementes de pinhão-manso (Jatropha curca L.) (Figura 4),
adquiridas na EPAGRI-MG, as quais foram semeadas em sacos de polietileno (10cm
de diâmetro x 15cm de altura), contendo substrato composto por duas partes de solo
e uma de húmus de minhocas cedido pelo Centro de Ciências Agrárias e Ambientais
da UEPB. Enquanto as plantas germinavam e cresciam, as covas foram marcadas
(40cm x 40cm x 40cm), abertas e adubadas com 5 Kg de esterco bovino (Figuras 5 e
6), de acordo com sugestão de Beltrão (2007).
Foi instalado o sistema de irrigação localizada, composto de um conjunto
eletrobomba, uma tubulação principal de 110m no centro da área com registros de
saída espaçados de 6 em 6 m, e as mangueiras irrigavam cada planta. As irrigações
foram manejadas e controladas mediante uso de planilha eletrônica. A primeira
irrigação se elevou a umidade do solo até a capacidade de campo (CC) e, a partir
daí, iniciou-se as demais. Os volumes das próximas irrigações variaram em função
da
determinação
da
evapotranspiração
de
referência
do
balanço
hídrico
climatológico, determinado pelo método indireto de Penman (1956) e por Allen et al.
(1998), e realizadas duas vezes por semana correspondendo a 100% da ET0. Todas
as plantas receberam a mesma lâmina de água.
O açude do Centro de Ciências Agrárias e Ambientais (CCAA), Campus II,
UEPB, Lagoa Seca, foi utilizado como fonte de água, nas irrigações das plantas. Com a
finalidade de se conhecer os atributos físicos e químicos da água de irrigação, foi
coletada uma amostra no ponto de captação da água e submetida a análise visando-se
ao seu uso (Tabela 10).
24
Tabela 10 - Análise de atributos químicos da água utilizada nas irrigações do
experimento, durante a pesquisa. Lagoa Seca, PB.
Caraterísticas
pH
CE
Cálcio (Ca+2)
Magnésio (Mg+2)
Sódio (Na+)
Potássio (K+)
Bicarbonatos (SO4-2)
Cloretos (Cl-)
Sulfatos (SO4-2)
RAS
Classe da água: C3
Unidade
dS m-1
mg L-1
mg L-1
mg L-1
mg L-1
mg L-1
mg L-1
mg L-1
(mmolc L-1)1/2
Valor
7,45
1,02
42,08
26,02
120,01
25,42
237,98
200,29
Presença
3,60
Análises realizadas no Laboratório de Irrigação e Salinidade, UFCG/UAEAg/CTRN
As mudas foram plantadas no espaçamento 3m X 3m (Figura 7) no mês de
janeiro de 2010. Cada bloco recebeu 25 plantas.
Figura 4 - Mudas de pinhão-manso
Figura 5 - Medição e marcação das covas
Figura 6 - Abertura da cova
Figura 7 - Plantio das mudas
25
4.4 Características da manipueira e da urina de vaca utilizadas
Amostras de urina de vaca e da manipueira também foram coletadas e
enviadas para análises químicas nos laboratórios do PROSAB/UEPB e do Centro do
Couro e do Calçado (CTCC), ambos localizados em Campina Grande-PB. Os
resultados apresentam-se na Tabela 11.
Tabela 11 - Composição física e química da urina de vaca e manipueira
utilizadas na pesquisa
PROSAB
UD
(10%)
CTCC
MP
MP
MD
(50%)
UP
UD
(10%)
8,72
8,05
4,55
4,6
2.875 362,5
1.075
537,5
905
466
Parâmetro
UP
pH
8,34
7,81
4,5
4,47
Fósforo Total (mgP/L)
41,51
20,37
273,12
139,35
Nitrogênio Total (mgN/L)
2.609,60
100,8
2.049,60
636,2
Cloreto (mgCl/L)
3.499
Condutividade (mS/cm)
5,6
1,13
8,43
7,95
DQO (mgO2/L)
12.590
956
141.036
71.713
882
MD
(50%)
UP = Urina Pura
UD = Urina Diluída (10%)
MP = Manipueira Pura
MD = Manipueira Diluída (50%)
4.5 Tratos culturais e fertilização
A área de plantio passou por um roço a cada quinze dias e o coroamento das
plantas foi realizado sempre que necessário (Figura 8), deixando-as livres da
concorrência das plantas espontâneas. A coleta e preparo da calda com urina de
vaca baseou-se na metodologia proposta pela PESAGRO-RIO (2001). A proporção
de diluição da urina foi de 10% e os volumes aplicados, em cada tratamento, estão
apresentados na Tabela 9. A urina foi coletada em vacas leiteiras mestiças, criadas
em sistema de semi-confinamento em pequenas propriedades rurais circunvizinhas.
Antes da aplicação, a urina passou por um período de repouso durante três dias em
recipiente plástico hermeticamente fechado, conforme metodologia proposta por
EMATERCE (2000). A manipueira foi coletada em uma casa de farinha da região
26
(Figura 9), após a prensa da mandioca e colocada em repouso por pelo menos uma
semana, em recipientes plásticos hermeticamente fechados.
A proporção de diluição da manipueira foi de 50% (Figura 10) e os volumes
aplicados em cada tratamento, estão apresentados na Tabela 9. Para melhor
aproveitamento, a aplicação das caldas com urina de vaca e manipueira nas plantas,
realizou-se mensalmente, no período da manhã, até 10 horas e no período da tarde
a partir de 15h:30, com pulverizador manual calibrado, com capacidade para 1,5
litros (Figura 11). As plantas receberam a metade da calda via aérea (pulverização)
e metade via solo (aplicação direta).
Figura 8 - Coroamento das plantas
Figura 9 - Local da coleta de manipueira
Figura 10 - Diluição da manipueira
Figura 11 - Aplicação
27
4.6 Variáveis de crescimento
Foram realizadas avaliações de altura das plantas (AP), diâmetro caulinar
(DC), número de folhas (NF), área foliar (AF) bimestralmente, em todas as plantas, a
partir dos 60 dias, com leituras sucessivas de 120, 180, 240, 300 e 360 dias. A
fitomassa seca do caule, das folhas e das raízes, foram analisadas no final do
experimento.
4.6.1 - Altura de planta (AP)
A altura das plantas (AP), foi medida através de uma trena graduada em
centímetros, entre o colo da planta e a gema apical da haste principal.
4.6.2 - Diâmetro Caulinar (DC)
O diâmetro do caule (DC) foi avaliado com paquímetro (mm), a 2 cm do nível
do colo das plantas.
4.6.3 - Número de folhas (NF) e área foliar (AF)
O número de folhas por planta e a estimativa da área foliar, foi calculada
considerando-se ao contar apenas as folhas completamente abertas, com pelo
menos 3 cm de comprimento (nervura principal) (Figura 12). Estimou-se a área foliar
individual com base na Equação 1, conforme metodologia proposta por Severino et
al. (2006) para o pinhão-manso:
Equação 1:
AF = 0,89P2, onde:
AF = Área foliar (cm2) e
P = Comprimento da nervura principal (m)
28
4.6.4 - Taxas de crescimento relativo em altura de planta (TCRAP),
diâmetro caulinar (TCRDC) e área foliar (TCRAF).
As taxas de crescimento foram estimadas, conforme as equações 2, 3 e 4,
descritas por Benincasa (2003), a partir dos dados de altura de planta (AP), diâmetro
caulinar (DC) e área foliar (AF), coletados a cada dois meses a partir dos 60 dias,
em cinco períodos, até os 360 dias, obtendo-se as taxas de crescimento relativo em:
altura de planta (TCRAP), diâmetro caulinar (TCRDC) e área foliar (TCRAF), em
cinco períodos (T2 - T1): (120 - 60); (180 - 120 ); (240 -180 ); (300 - 240) e (360-300).
Equação 2: TCRAP =
1nAP2 − 1nAP1
T2 − T1
Equação 3: TCRDC =
1nDC2 − 1nDC1
T2 − T1
Equação 4: TCRAF =
1nAF2 − 1nAF1
T2 − T1
Onde:
TCRAP = Taxa de crescimento relativo em altura (cm.cm-1.dia-1)
AP1 = Altura da planta no tempo t1 (cm)
AP2 = Altura da planta no tempo t2 (cm)
TCRDC = Taxa de crescimento relativo em diâmetro (mm.mm-1.dia-1)
DC1 = Diâmetro caule no tempo t1 (mm)
DC2 = Diâmetro do caule no tempo t2 (mm)
TCRAF = Taxa de crescimento relativo da área foliar (cm2. cm-2. dia-1)
AF1 = Área foliar no tempo t1
AF2 = Área foliar no tempo t2
T1 = Inicio do período de determinação das taxas de crescimento relativo
T2 = Final do período de determinação das taxas de crescimento relativo
29
Figura 12 - Medição do comprimento
da folha
Figura 13 - Plantas de pinhão-manso
aos seis meses
4.6.5 Fitomassa seca do caule, das folhas e das raízes
Para a análise de matéria seca das folhas, caule e raiz, foi utilizado o método
destrutivo, proposto por Benincasa (1988), onde as plantas de cada repetição foram
sacrificadas e suas partes separadas para cálculo da fitomassa seca epígea e
hipógea média, aos 360 dias.
4.6.5.1 - Fitomassa seca epígea: A parte área das plantas foi cortada,
separada (caule e folhas) e acondicionada em sacos de papel de acordo com cada
tratamento, para em seguida serem colocados em uma estufa a 65° C,
permanecendo durante 72 h. Depois de retirados da estufa, o material foi colocado
em sacos plásticos (para evitar ganho de umidade) para o transporte até o local
onde foi realizada a pesagem em balança de precisão, anotando-se os valores de
cada repetição para cada tratamento e calculando-se os valores médios.
4.6.5.2 - Fitomassa seca hipógea: as raízes após coletadas foram lavadas
em água corrente, e em seguida levadas a estufa a 65° C, durante 72 h. Logo após
a secagem, o material foi colocado em sacos plásticos (para evitar ganho de
umidade) para o transporte até o local onde foi feita a pesagem em balança de
precisão, anotando-se os valores de cada repetição para cada tratamento e
calculando-se os valores médios.
30
4.7 Componentes de produção
4.7.1 - Análise da produção
As produções do pinhão-manso foram avaliadas a partir do início da
produção, em junho, indo até dezembro de 2010, com base nas variáveis: número
médio de frutos, peso maduro médio de frutos, peso seco médio de frutos e peso
médio das sementes. O número médio de frutos, em cada planta, foi determinado
mediante identificação de cada cacho na planta com um cordão e contagem dos
frutos (Figura 15). O peso médio dos frutos e das sementes foi obtido através de
pesagem em balança de precisão.
4.7.2 - Análise do teor de óleo das sementes
Nas análises das sementes, foi utilizada uma balança de precisão e para a
obtenção do teor de óleo, as sementes foram aclimatadas a temperatura de 20,0°C
por 24 horas e submetidas à análise não destrutiva em triplicas autênticas por
ressonância magnética nuclear de baixo campo, realizadas em laboratório
especializado da Embrapa Algodão, conforme metodologia proposta pela AOCS
(2000). Para os cálculos estatísticos foram utilizadas 30 sementes de cada
tratamento.
Figura 14 - Início da floração
Figura 15 - Frutos do pinhão-manso
31
4.8 Identificação de plantas espontâneas na área experimental
A identificação e quantificação das plantas espontâneas foram realizadas na
área de cultivo de pinhão-manso, após seis meses do plantio. As coletas foram
realizadas utilizando-se o método do quadrado inventário baseado em Feitosa et al.
(2009).
4.9 Uso da urina de vaca e da manipueira na prevenção e controle de
pragas
O nível de controle de ataque das pragas foi determinado através da
metodologia proposta por Albuquerque et al. (2007). Inicialmente, foram identificadas
as pragas presentes nas plantas de pinhão-manso e posteriormente a contagem do
número de folhas atacadas em todas as plantas, durante os 360 dias.
4.10 Efeito da urina de vaca e da manipueira sobre as propriedades
químicas do solo
Antes do início do plantio das plantas de pinhão-manso e após o período da
pesquisa, foram coletadas amostras compostas de solo de cada bloco (Figura 16),
misturadas (Figura 17) e enviadas a laboratório especializado em análises de solos,
visando verificar os efeitos da aplicação da urina de vaca e da manipueira sobre os
elementos químicos do solo.
Figura 16 - Coleta de solo para análise
Figura 17 - Mistura de amostras de solo
32
4.11 Análises estatísticas
Os dados obtidos foram tabulados e submetidos à análise de variância,
utilizando o software SAS (Statistical Analysis Sistem, versão 6.12, 1997) sendo
interpretados quantitativamente e qualitativamente. Quando se constatou efeito
significativo na análise de variância, foi utilizada a análise de regressão para
determinação do modelo matemático. Sendo que, na escolha do melhor modelo de
regressão foram adotados os seguintes critérios em ordem de importância:
regressão significativa, coeficiente de determinação (r2) e explicação biológica em
consonância com o modelo estatístico.
33
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1 - Dados climáticos
Para uma melhor compreensão sobre as variáveis estudadas faz-se
necessário a observação sobre a temperatura e a pluviosidade ocorrida durante os
360 dias do experimento (janeiro a dezembro de 2010), pois de acordo com
Saturnino et al. (2005) e Santos (2008), o pinhão-manso apresenta comportamento
decíduo, onde as folhas caem em parte ou totalmente no final da época seca ou
durante a estação chuvosa. Segundo estes autores, o pinhão-manso permanece em
repouso, até o começo da primavera, ou da época das chuvas nas regiões secas.
Pedroni et al. (2002) e Bianchini et al., (2006) sugerem que outros fatores tais
como temperatura e fotoperíodo e disponibilidade de água, influenciam no
crescimento dos vegetais. Esta observação é corroborada por Saturnino et al. (2005)
pois, conforme a região, o desenvolvimento inicial das mudas de pinhão-manso pode
ser influenciado pela época de chuvas, ventos dominantes e outras ocorrências
climáticas típicas de cada local.
Observando os dados de temperatura, percebe-se uma variação em dois
períodos distintos. As variáveis meteorológicas, registradas no período de junho a
setembro de 2010, evidenciaram a diminuição da temperatura, atingindo seu menor
valor de 17,2°C, no mês de agosto, assim como, o aumento da precipitação pluvial,
atingindo um volume de chuva de 573,1 mm apenas no período de abril a agosto de
2010. A umidade relativa do ar também se elevou neste período, atingindo o pico de
94,0% em julho de 2010.
No período de novembro de 2009 a março de 2010, as temperaturas atingiram
seus valores máximos (29,7°C a 32,6°C), voltando a apresentar valores aproximados
no período de outubro de 2010 a janeiro de 2011. Quanto à precipitação pluvial, os
valores evidenciaram um período de estiagem entre outubro de 2009 e março de
2010, exceto no mês de janeiro que choveu 112,0 mm. Durante os meses de outubro
de 2010 a janeiro de 2011, as precipitações também ficaram escassas,
principalmente nos meses de outubro e novembro, que registraram 5,0 mm e 4,5 mm
respectivamente. A umidade relativa do ar apresentou valores abaixo de 80% neste
mesmo período.
34
A evapotranspiração (ETo) ultrapassou 1200 mm no ano de 2010, enquanto a
precipitação pluvial alcançou aproximadamente 800 mm, resultando num saldo
negativo no balanço hídrico, de aproximadamente 400 mm, no entanto, no período
entre abril e agosto, deste mesmo ano, choveu 573 mm e a ETo foi de 485 mm,
apresentando um saldo positivo de 88 mm.
É importante observar os dados climáticos, pois o pinhão-manso apresenta
sensibilidade ao frio e ao encharcamento. Isso ficou evidenciado nos períodos onde
aconteceram tais fenômenos, onde as plantas iniciaram um período de perda de
folhas quando a precipitação pluvial aumentou e a temperatura baixou de 18°C.
Também foi observada uma demora na recuperação da biomassa, provavelmente
pelo período chuvoso prolongado de abril a agosto de 2010, e em determinados dias
com excesso de chuva, corroborando com o que observaram Saturnino et al. (2005).
5.2 - Análise não destrutiva da fitomassa fresca epígea
Após a coleta e tabulação dos dados de altura de planta, diâmetro caulinar,
número de folhas e área foliar do pinhão-manso aos 360 dias de idade, realizou-se
análise estatística visando estudar os efeitos da urina de vaca e da manipueira sobre
o pinhão-manso, em todos os tratamentos. Os resultados são apresentados na
Tabela 12.
Tabela 12 - Resumo da análise de variância (Quadrado Médio) das variáveis: altura de
planta, diâmetro caulinar, número de folhas e área foliar do pinhão-manso aos 360 dias, em
função dos volumes das caldas com urina de vaca e manipueira. Lagoa Seca, PB.
FV
Urina (UV)
Regressão Linear
Regressão
Quadrática
Regressão Cúbica
Falta de Ajuste
Manipueira (MP)
Regressão Linear
Regressão
Quadrática
Regressão Cúbica
Falta de Ajuste
Interação (UV x MP)
Blocos
Resíduo
CV (%)
GL
4
1
1
Altura
0,0076ns
0,0066ns
ns
0,0023
1
1
4
1
1
0,0028
ns
0,0188
ns
0,0058
ns
0,0002
ns
0,0005
0,00
ns
2,08
ns
6,91
ns
3,38
ns
0,51
105,13
ns
122,29
**
3.235,13
**
11.205,05
*
925,29
ns
242.513.781,73
**
246.833.345,07
**
2.326.290.589,83
**
6.880.791.228,59
**
2.111.492.443,82
1
1
16
3
72
0,0001ns
ns
0,0226
ns
0,0095
ns
0,0073
0,0166
8,92
1,62ns
ns
22,13
*
58,23
ns
13,80
27,97
8,17
0,01ns
*
810,16
ns
300,94
ns
82,79
197,44
20,63
286.309.343,47**
ns
265.693.434,52
**
593.255.586,15
ns
121.048.888,86
125.449.041,99
26,15
ns
Diâmetro
28,74ns
112,50*
ns
0,36
ns
Nº de folhas
365,88ns
1.326,13*
ns
15,09
Área Foliar
108.808.218,41**
209.564.920,32**
**
2.009.846.188,25
**
(**), (*) e (ns) - Significativo a 1%, a 5% de probabilidade e não significativo, respectivamente (Teste F).
UV - Urina de vaca
MP - Manipueira
35
Nos dados apresentados na Tabela 12, verifica-se que os tratamentos
diferiram entre si para as variáveis: diâmetro caulinar, número de folhas e área foliar,
evidenciando que a aplicação de diferentes volumes das caldas com urina de vaca
e/ou manipueira, influenciaram diretamente no crescimento da planta de pinhãomanso durante os 360 dias de cultivo.
A aplicação da calda com urina de vaca nos volumes de 0, 250 ml, 500 ml,
750 ml e 1000 ml, proporcionaram valores médios de: 1.45 m; 1,42 m; 1,46 m; 1,44
m; 1,46 m, respectivamente, para a variável altura da planta. Para a variável
diâmetro caulinar: 63,35 mm; 63,80 mm; 64,90 mm; 65,30 e 66,35 mm,
respectivamente. E para a variável, número de folhas: 62,80; 66,30; 68,30; 68,55 e
74,55 unidades, respectivamente. Em relação a variável área foliar, foram
encontrados os seguintes valores: 3.563,83 cm2; 3.178,25 cm2; 2.482,56 cm2;
3.832,64 cm2 e 8.354,80 cm2 respectivamente.
Para o uso da calda com manipueira, os valores médios obtidos após
aplicação dos volumes da calda de 0, 250, 500, 750 e 1000 ml, na variável altura da
planta, foram: 1,45m; 1,43m; 1,47m; 1,43m; 1,45 m, respectivamente. Em relação ao
diâmetro caulinar obtiveram-se os seguintes valores: 66,25 mm; 65,05 mm; 63,90
mm; 65,85 mm e 62,65 mm, respectivamente. Para o número de folhas: 56,0; 61,85;
59,90; 76,80; 85,95 unidades, respectivamente. E para a variável área foliar:
1.974,74 cm2; 2.141,65 cm2; 2.807,01 cm2; 4.337,88 cm2 e 10.150,78 cm2,
respectivamente.
Para estudos dos fatores simples (urina de vaca e manipueira) e da interação
entre fatores duplos (urina de vaca x manipueira), observou-se que houve diferença
significativa para as variáveis: diâmetro caulinar, número de folhas e área foliar,
respectivamente, das plantas de pinhão-manso, evidenciando que o uso de
diferentes volumes das caldas com urina de vaca e manipueira e suas interações,
influenciaram de forma direta no crescimento da planta.
Para o estudo do comportamento do modelo de regressão, mais realista aos
resultados obtidos, o experimento conduzido baseou-se na teoria de Hunt (1982) na
qual, a escolha de uma equação ou modelo para representar o comportamento
biológico das plantas, deve considerar os padrões fisiológicos e estatísticos, sem
36
obsessões a detalhes de ordem racional, técnica estatística ou de procedimento
experimental, assim, o comportamento das curvas de regressão, foi ajustado
utilizando-se modelos lineares e polinomiais, sendo este último justificado não
somente pelo aumento do coeficiente de determinação, mas, principalmente pelo
comportamento mais realístico, do ponto de vista biológico apresentados por tais
modelos no presente estudo.
5.2.1 - Altura de planta em função de diferentes volumes da calda com
urina de vaca
Para variável altura de planta, os maiores resultados obtidos foram de 1,46 m,
valores alcançados ao se aplicar os volumes de 500 ml e 1000 ml da calda com
urina de vaca. A testemunha (0,0 ml UV) alcançou 1,45 m, seguido de 1,44 m
alcançado ao se aplicar 750 ml da calda com urina de vaca. O menor valor
alcançado, 1,42 m, foi obtido quando se aplicou 250 ml da calda com urina de vaca.
5.2.2 - Diâmetro caulinar em função de diferentes volumes da calda com
urina de vaca
Para a variável diâmetro caulinar, os resultados apresentaram uma curva de
regressão de efeito quadrático, com o maior valor obtido de 66,35mm (1000 UV),
sendo 4,75% superior à testemunha (0 UV), que foi de 63,35mm (Figura 18).
Diâmetro caulinar (mm)
Diâmetro caulinar (mm)
67
66
65
64
63
62
61
y = 62,74 + 0,5357x + 0,0357x2
R² = 0,9819
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com urina de vaca
Figura 18 - Análise de regressão do diâmetro caulinar da planta do pinhãomanso aos 360 dias, em função dos volumes da calda com urina de vaca
(p<0,05 e p<0,01). Lagoa Seca, PB.
37
5.2.3 - Número de folhas em função de diferentes volumes da calda com
urina de vaca
Em relação a variável número de folhas, o maior valor médio obtido foi de
74,55 unidades, quando se utilizou 1000 ml da calda com urina de vaca,
representando um aumento de 18,7%, em relação à testemunha (0 UV), com valor
médio 62,80 unidades, apresentando uma tendência quadrática para aumento da
quantidade de folhas (Figura 19).
Número de folhas
Número de folhas
80
75
70
65
y = 62 + 1,1821x + 0,2321x2
R² = 0,9164
60
55
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com urina de vaca (ml)
Figura 19 - Análise de regressão do número de folhas da planta do pinhãomanso aos 360 dias, em função dos volumes da calda com urina de vaca
(p<0,05 e p<0,01). Lagoa Seca, PB.
5.2.4 - Área foliar em função de diferentes volumes da calda com
urina de vaca
Para a variável área foliar, verificou-se que o maior valor médio foi 8.354,80
2
cm , utilizando-se 1000 ml da calda com urina de vaca, representando um aumento
de 236,53 % quando não se aplicou a calda com urina de vaca, com valor médio
2.482,56 cm2 (Figura 20).
38
Área foliar (cm²)
Área foliar (cm2)
10000,00
8000,00
y = 714214 - 405976x + 84723x2
R² = 0,9433
6000,00
4000,00
2000,00
0,00
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com urina de vaca (ml)
Figura 20 - Análise de regressão da área foliar da planta do pinhão-manso aos
360 dias, em função dos volumes da calda com urina de vaca (p<0,05 e p<0,01).
Lagoa Seca, PB.
Em relação ao uso da calda com manipueira, percebe-se que o
comportamento das variáveis: número de folhas e área foliar da planta de pinhãomanso aos 360 dias, quando se aplicou os diferentes volumes, apresentaram efeitos
significativos e uma tendência quadrática. Isso demonstra um maior crescimento da
planta. Este fator pode está relacionado a maior quantidade de potássio, nitrogênio e
fósforo, encontrados nestes resíduos orgânicos, e à mobilidade desses nutrientes
nas folhas da planta.
5.2.5 - Número de folhas em função de diferentes volumes da calda com
manipueira
Para a variável número de folhas de pinhão-manso aos 360 dias, o maior
valor médio absoluto foi 85,95 unidades, quando se aplicou 1000 ml da calda com
manipueira, representando um incremento de 53,48% em relação à planta sem
aplicação de manipueira, que apresentou 56,00 unidades (Figura 21).
39
Número de folhas
Número de folhas
100
80
60
40
y = 58,37 - 3,4221x + 1,8179x2
R² = 0,9374
20
0
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com manipueira (ml)
Figura 21 - Análise de regressão do número de folhas do pinhão-manso aos 360
dias, em função dos diferentes volumes da calda com manipueira (p<0,05 e p<0,01)
Lagoa Seca, PB.
5.2.6 - Área foliar em função de diferentes volumes da calda com
manipueira
Para a variável área foliar, verificou-se que o maior valor médio obtido foi de
10.150,78 cm2 quando se empregou 1000 ml da calda com manipueira,
apresentando um aumento de 414,02%, em relação ao menor valor 1.974,74 cm2,
quando não se utilizou manipueira (Figura 22).
Área foliar (cm²)
Área foliar (cm2)
12000,00
10000,00
8000,00
y = 479667 - 335552x + 86839x2
R² = 0,9664
6000,00
4000,00
2000,00
0,00
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com manipueira (ml)
Figura 22 - Análise de regressão da área foliar do pinhão-manso aos 360 dias, em
função dos diferentes volumes da calda com manipueira (p<0,05 e p<0,01) Lagoa
Seca, PB.
40
Como a interação foi significativa pelo Teste F, foi feito uma análise de
variância para estudar o efeito da urina de vaca, dentro de cada volume da calda
com manipueira, cujos resultados são apresentados na Tabela 13.
Tabela 13 - Resumo da análise de variância (Quadrado Médio) das variáveis:
diâmetro caulinar e área foliar do pinhão-manso aos 360 dias, em função da urina de
vaca (UV), dentro de cada volume da calda com manipueira (MP). Lagoa Seca, PB.
FV
UV dentro de MP0
Efeito Linear
Efeito Quadrático
Efeito Cúbico
Falta de Ajuste
UV dentro de MP250
Efeito Linear
Efeito Quadrático
Efeito Cúbico
Falta de Ajuste
UV dentro de MP500
Efeito Linear
Efeito Quadrático
Efeito Cúbico
Falta de Ajuste
UV dentro de MP750
Efeito Linear
Efeito Quadrático
Efeito Cúbico
Falta de Ajuste
UV dentro de MP1000
Efeito Linear
Efeito Quadrático
Efeito Cúbico
Falta de Ajuste
Resíduo
CV (%)
GL
4
1
1
1
1
4
1
1
1
1
4
1
1
1
1
4
1
1
1
1
4
1
1
1
1
72
Diâmetro caulinar
ns
44,05
57,60ns
ns
92,57
ns
9,03
ns
17,00
ns
37,08
ns
57,60
ns
18,29
ns
0,40
72,01ns
41,20ns
72,90ns
64,29ns
ns
3,60
ns
24,01
ns
20,63
ns
9,03
ns
27,16
ns
46,23
0,09ns
118,70**
9,03ns
ns
46,45
ns
1,60
**
417,73
27,97
8,17
Área Foliar
ns
28.504.345,03
635.958,87ns
**
106.029.495,14
ns
4.916.349,88
ns
2.435.576,23
**
54.106.090,64
**
150.424.897,13
*
51.582.683,97
ns
3.808.718,75
10.608.062,73ns
36.979.055,97*
45.368.124,57ns
10.928.109,91ns
ns
37.499.841,31
*
54.120.148,11
ns
18.535.748,49
ns
34.636.744,31
ns
12.236.256,96
ns
25.558.125,74
1.711.866,92ns
3.322.979.288,59**
5.772.166.573,05**
**
6.882.187.120,85
**
571.613.249,80
*
65.950.210,68
12.544.904,19
26,15
(**), (*) e (ns) - Significativo a 1, a 5% de probabilidade e não significativo, respectivamente (Teste F).
MP0= 0 ml manipueira; MP250= 250 ml manipueira; MP500= 500 ml de manipueira; MP750= 750 ml manipueira; MP1000= 1000 ml manipueira.
Observando-se a Tabela 13, percebe-se que para a variável diâmetro
caulinar, o efeito da urina de vaca (UV) foi significativo apenas, quando adicionou-se
1000 ml da calda com manipueira (MP), porém, para os outros volumes, não
apresentou efeitos significativos estatisticamente.
Para a variável área foliar obteve-se efeito significativo quando se utilizou
urina de vaca (UV) dentro de 0 ml, 250 ml, 500 ml e 1000 ml da calda com
manipueira (MP), entretanto, quando se acrescentou este mesmo insumo orgânico
dentro de 750 ml da calda com manipueira, não apresentou nenhum valor
41
significativo estatisticamente, apresentando seus valores absolutos com pouca
expressividade, quando comparados com os demais tratamentos.
Para o estudo da interação, as variáveis: altura de planta e número de folhas
do pinhão-manso, não foram consideradas, pois não demonstraram nenhum efeito
significativo.
5.2.7 - Diâmetro caulinar em função da interação de urina de vaca e
1000 ml da calda com manipueira
O maior valor do diâmetro caulinar (73,50 mm) foi obtido quando se adicionou
urina de vaca dentro de 1000 ml da calda com manipueira, isto significa um aumento
de 23,53%, comparado ao valor 59,5 mm, obtido quando se utilizou 500 ml da calda
com manipueira. O comportamento da curva de regressão apresentou tendência
quadrática, demonstrando que a adição da urina de vaca a 1000 ml da calda com
manipueira, favorece o aumento do diâmetro do caule da planta de pinhão-manso
Diâmetro caulinar (mm)
(Figura 23).
80
Diâmetro caulinar (mm)
Interação 1000 ml MP X UV
60
40
20
y = 74,8 - 12,061x + 2,3393x2
R² = 0,974
0
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com urina de vaca (ml)
Figura 23 - Análise de regressão do diâmetro caulinar da planta do pinhão-manso
aos 360 dias, em função dos volumes da calda com urina de vaca, dentro de 1000
ml da calda com manipueira (p<0,05 e p<0,01). Lagoa Seca, PB.
42
5.2.8 - Área foliar em função da interação de urina de vaca e diferentes
volumes da calda com manipueira
Para a variável área foliar, o maior valor encontrado foi de 26.108,46 cm 2,
quando acrescentou-se urina de vaca dentro de 1000 ml da calda com manipueira,
apresentando um aumento de 543,01% em relação ao menor valor de 4.060,30 cm2,
obtido quando se utilizou apenas a manipueira. (Figura 24).
No estudo da análise de regressão em função da adição da urina de vaca
(UV), nos diferentes volumes da calda com manipueira (MP), a variável área foliar
apresentou efeito significativo. As linhas de tendências foram quadráticas (Figuras:
24 A, 24 B, 24 D e 24 E) e cúbica (Figura 24 C), porém, o melhor resultado foi
quando adicionou-se 1000ml da calda com urina de vaca (UV) dentro de 1000ml da
calda com manipueira (MP) (Figura 24 E).
3000,00
Área foliar (cm2 )
250ml MP X UV
5000,00
y = 490104 - 257091x + 43513x2
R² = 0,9355
2000,00
1000,00
Área foliar (cm2)
Área foliar (cm2)
4000,00
Área foliar (cm2)
0 ml MP X UV
4000,00
y = 242644 - 120776x + 30350x2
R² = 0,9334
3000,00
2000,00
1000,00
0,00
0,00
0
250
500
750 1000
Volumes da calda com urina de vaca
0
250
500
750 1000
Volumes da calda com urina de vaca
Fig. 24 (A) - Área foliar sem manipueira e Fig. 24 (B) - Área foliar com 250 ml da calda
com diferentes volumes da calda com urina com manipueira e diferentes volumes da
calda com urina de vaca
de vaca
43
4000,00
3000,00
2000,00
1000,00
Área foliar (cm2)
750 ml MP X UV
6000,00
Área foliar (cm2)
Área foliar (cm2)
5000,00
Area foliar (cm2)
500 ml MP X UV
y = - 161787 + 555553x - 215670x2
+ 25515x3
R² = 0,7017
5000,00
4000,00
3000,00
2000,00
y = 242036 + 118118x - 14782x2
R² = 0,6322
1000,00
0,00
0,00
0
250
500
750 1000
Volumes da calda com urina de vaca
0
250
500
750 1000
Volumes da calda com urina de vaca
Fig. 24 (C) - Área foliar com 500 ml da calda Fig. 24 (D) - Área foliar com 750 ml da calda
com manipueira e diferentes volumes da com manipueira e diferentes volumes da
calda com urina de vaca
calda com urina de vaca
Área foliar (cm2)
1000 ml MP X UV
Área foliar (cm2)
30000,00
25000,00
20000,00
y = 2E+06 - 2E+06x + 350566x2
R² = 0,952
15000,00
10000,00
5000,00
0,00
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com urina de vaca
Fig. 24 (E) - Área foliar com 1000 ml da calda com manipueira e diferentes volumes da calda
com urina de vaca
Figura 24 - Análise de regressão da área foliar do pinhão-manso aos 360 dias, em
função do uso da urina de vaca dentro de cada volume da calda com manipueira,
(p<0,05 e p<0,01). Lagoa Seca, PB.
Como a interação de urina de vaca com manipueira foi significativa pelo Teste
F, foi realizada uma análise de variância para estudar, também, o efeito da
manipueira dentro de cada volume da calda com urina de vaca. Com base nos
dados obtidos, se realizou a análise estatística para as variáveis diâmetro caulinar e
área foliar, apresentada na Tabela 14.
44
Tabela 14 - Resumo da análise de variância (Quadrado Médio) das variáveis:
diâmetro caulinar e área foliar do pinhão-manso, aos 360 dias, em função da
manipueira, dentro de cada volume da calda com urina de vaca. Lagoa Seca, PB.
FV
MP dentro de UV 0
Efeito Linear
Efeito Quadrático
Efeito Cúbico
Falta de Ajuste
MP dentro de UV 250
Efeito Linear
Efeito Quadrático
Efeito Cúbico
Falta de Ajuste
MP dentro de UV 500
Efeito Linear
Efeito Quadrático
Efeito Cúbico
Falta de Ajuste
MP dentro de UV 750
Efeito Linear
Efeito Quadrático
Efeito Cúbico
Falta de Ajuste
MP dentro de UV 1000
Efeito Linear
Efeito Quadrático
Efeito Cúbico
Falta de Ajuste
Resíduo
CV (%)
GL
4
1
1
1
1
4
1
1
1
1
4
1
1
1
1
4
1
1
1
1
4
1
1
1
1
72
Diâmetro caulinar
8,95ns
3,60ns
16,07ns
14,40ns
1,73ns
16,30ns
40,00ns
7,14ns
5,63ns
12,43ns
119,33**
324,90**
103,14*
12,10ns
37,16ns
56,17ns
50,63ns
90,02ns
10,00ns
74,06ns
39,08ns
112,23*
0,16ns
3,03ns
40,89ns
27,97
8,17
Área foliar
328.313.269,00**
693.294.440,33**
590.660.309,36**
16.804.996,32ns
12.493.330,00ns
102.211.726,82**
367.437.307,67**
4.414.592,63ns
36.768.810,59ns
226.196,39ns
111.542.893,64**
367.517.630,64**
1.721.499,27ns
49.192.260,52ns
27.740.184,12ns
195.462.273,49**
666.751.943,46**
102.263.708,14**
12.647.741,97ns
185.700,40ns
3.961.782.771,49**
9.023.405.153,46**
4.777.918.620,37**
1.871.209.454,82**
174.597.857,29**
12.544.904,19
26,15
(**), (*) e (ns) - Significativo a 1%, a 5% de probabilidade e não significativo, respectivamente (Teste F).
UV0 = 0 ml Urina; UV250 = 250 ml Urina; UV500 = 500 ml de Urina; UV750 = 750 ml Urina; UV1000 = 1000 ml de Urina
Nos dados da Tabela 14, percebe-se que para a variável diâmetro caulinar do
pinhão-manso, houve diferença significativa quando se utilizou manipueira dentro de
500 ml e 1000 ml da calda com urina de vaca, o mesmo não acontecendo para os
outros volumes. No entanto, para a variável área foliar, a interação foi significativa
entre a manipueira e todos os volumes da calda com urina de vaca.
45
5.2.9 - Diâmetro caulinar em função da interação da manipueira e
diferentes volumes da calda com urina de vaca
No estudo do desdobramento da calda de manipueira dentro de cada volume
da calda com urina de vaca, o maior valor absoluto em relação às médias do
diâmetro caulinar da planta de pinhão-manso foi 73,50 mm, obtido quando se utilizou
manipueira dentro de 1000 ml da calda com urina de vaca, isto significa um
incremento de 22,5%, em relação ao menor valor (60,0 mm), quando se aplicou
manipueira dentro de 500 ml da calda com urina de vaca.
No estudo de regressão, em função do uso da manipueira dentro dos volumes
da calda com urina de vaca, para a variável diâmetro caulinar da planta do pinhãomanso aos 360 dias, verificou-se que houve efeito significativo (Figura 25),
apresentando uma tendência quadrática, quando se aplicou manipueira dentro de
500 ml e linear quando se aplicou 1000 ml da calda com urina de vaca (Figuras 25 A
e 25 B).
60
40
20
y = 65,85 - 5,2929x + 1,3571x2
R² = 0,8968
75
Diâmetro (mm)
Diâmetro (mm)
80
Diâmetro caulinar (mm)
MP X 500 ml UV
Diâmetro caulinar (mm)
MP X 1000 ml UV
70
65
60
y = 61,325 + 1,675x
R² = 0,718
55
0
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com manipueira (ml)
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com manipueira (ml)
Figura 25 (A) - Diâmetro caulinar em função Figura 25 (B) - Diâmetro caulinar em função
dos volumes da calda com manipueira e 500 dos volumes da calda com manipueira e
ml da calda com urina de vaca
1000 ml da calda com urina de vaca
Figura 25 - Análise de regressão do diâmetro caulinar do pinhão-manso aos 360
dias, em função da adição de manipueira dentro dos respectivos volumes da calda
com urina de vaca: 500 ml e 1000 ml, (p<0,05 e p<0,01). Lagoa Seca, PB.
5.2.10 - Área foliar em função da interação da manipueira e diferentes
volumes da calda com urina de vaca
Para a variável área foliar do pinhão-manso, o maior valor médio foi de
26.108,46 cm2, quando se utilizou manipueira dentro de 1000 ml da calda com urina
46
de vaca, representando um aumento de 837,67% em relação ao valor de 2.784,39
cm2, obtido quando não se utilizou manipueira dentro da urina de vaca.
No estudo de regressão em função do uso da manipueira dentro dos volumes
da calda com urina de vaca, para a variável área foliar da planta do pinhão-manso
aos 360 dias, verificou-se que houve efeito significativo (Figura 26).
Área foliar (cm2 )
MP X 0 ml UV
8000,00
6000,00
y = 680333 - 484554x +
R² = 0,9777
4000,00
2000,00
0,00
4000,00
2000,00
y = - 31856 + 149116x - 8878,7x2
R² = 0,9095
0,00
0
250
500
750
1000
0
Volumes da calda com manipueira (ml)
Figura 26 (A) - Área foliar com manipueira
e sem aplicação de urina de vaca
3000,00
2000,00
1000,00
0,00
y = - 493,69 + 62587x + 5544,5x2
R² = 0,8276
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com manipueira (ml)
Figura 26 (C) - Área foliar com manipueira
e 500 ml da calda com urina de vaca
500
750
1000
Figura 26 (B) - Área foliar com manipueira e
250 ml da calda com urina de vaca
Área foliar (cm2 )
MP X 500 ml UV
4000,00
250
Volumes da calda com manipueira (ml)
8000,00
Área foliar (cm2)
Área foliar (cm2 )
5000,00
Área foliar (cm2 )
MP X 250 ml UV
6000,00
102701x2
Área foliar (cm2)
Área foliar (cm2)
10000,00
Área foliar (cm2 )
MP X 750 ml UV
6000,00
4000,00
2000,00
0,00
y = 295074 - 127292x + 42733x2
R² = 0,9836
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com manipueira (ml)
Figura 26 (D) - Área foliar com manipueira e
750 ml da calda com urina de vaca
47
Área foliar (cm2)
30000,00
20000,00
Área foliar (cm2 )
MP X 1000 ml UV
y = 1E+06 - 1E+06x + 292096x2
R² = 0,8709
10000,00
0,00
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com manipueira (ml)
Figura 26 (E) - Área foliar com manipueira e 1000 ml da calda com urina de vaca
Figura 26 - Análise de regressão de área foliar da planta de pinhão-manso aos 360
dias, em função da manipueira dentro de cada volume da calda com urina de vaca
(p<0,05 e p<0,01), Lagoa Seca, PB.
Estes resultados corroboram com estudos realizados por Ferreira (1995);
Lima et al. 2006; Lima (2010) e Souza et al. (2010), e vários outros autores, que ao
estudarem a adubação do pinhão-manso concluíram que as variáveis de
crescimento são influenciadas diretamente pelo uso de adubos orgânicos.
Estudos realizados por Cereda & Fioretto (1981); Vieites (1998); Cardoso
(2005); Nascimento et al. (2010) e Maia et al. (2011), também podem colaborar com
a análise dos resultados.
Fisiologicamente a resposta da planta ao crescimento e multiplicação celular
dár-se por dois meios, o alongamento celular provocado pela absorção d´água e a
participação do nitrogênio (Taiz e Zeiger, 2007). O uso da urina de vaca (fonte de
nitrogênio) e da manipueira (facilitador da absorção de água, devido aos solutos
presentes e principalmente potássio) agiram na fisiologia das plantas que
compuseram o experimento, pois segundo Larcher (2004), a energia que a planta
requer para o seu crescimento e desenvolvimento provém da atividade
fotossintética, adubações e imobilização de minerais de reserva da planta.
Assim, de acordo com Ferreira (1995), a urina de vaca é um biofertilizante rico
em nutrientes principalmente em N e K, e pode ser usada como adubo e defensivo
natural na agricultura. Porém as composições mais importantes na urina de bovinos
adultos são a uréia e amônio, que ocorrem com grande variação em suas
48
concentrações em função da alimentação animal. O que, acordo com Jarvis et al.
(1989), a uréia representa 75% de nitrogênio total da urina de bovinos.
Para Faquin (1994), a uréia tem efeito facilitador na absorção de nutrientes.
Assim, ela pode romper ligações químicas entre os componentes da cutícula,
ocorrendo um aumento na permeabilidade da própria membrana celular, e como
consequência aumenta sua própria absorção e também a absorção de outros íons,
(Fe, Zn, P), ocorrendo assim o alongamento celular (MALAVOLTA, 1980).
Segundo a PESAGRO-RIO (1999), o potássio é um dos principais
componentes da urina de vaca, tornando-se de fundamental importância para o
desenvolvimento das plantas, pois o K é o elemento químico que aparece em maior
quantidade e atua na planta aumentando o aproveitamento de água, tornando as
paredes celulares dos tecidos resistentes e aumentando a eficiência da adubação
(PESAGRO-RIO, 1999). Já Gadelha (2001) relata sobre o elevado teor de
nitrogênio, potássio, cloro, enxofre, sódio, fenóis e no ácido indolacético na urina de
vaca, tornando-a um excelente biofertilizante para as culturas.
Resultados obtidos por Lima et al. (2010), avaliando o crescimento de plantas
de pinhão-manso em função da adubação orgânica e mineral, demonstraram que o
uso de esterco bovino associado com fertilizante mineral (P e K) aumenta o
crescimento desta espécie de euforbiácea.
Estudos realizados por Souza et al. (2010a), verificaram na avaliação da
fitomassa epígea e hipógea em mudas de mamoneira, sob diferentes dosagens de
urina de vaca que este tipo de adubação promoveu o aumento da produção de
fitomassa. A aplicação de urina de bovinos sob a forma de pulverização promoveu
estímulos ao desenvolvimento, de mudas de pepino, referentes ao desenvolvimento
do hipocótilo, área cotiledonar e biomassa seca segundo afirma Cezar et al. (2007).
Estudos do efeito da urina de vaca no estado nutricional da alface, realizados
por Oliveira et al. (2010), demonstraram que quando aplicada via solo ou foliar tem
efeito nos teores dos elementos minerais nas partes da planta, embora sem
apresentar padrão definido. Gadelha (2001) relata sobre o elevado teor de
nitrogênio, potássio, cloro, enxofre, sódio, fenóis e no ácido indolacético na urina de
vaca. Quanto à composição química, pode fornecer todos os nutrientes necessários
49
ao crescimento da planta em quantidade adequada e no momento que a planta tem
demanda por esses nutrientes (LIMA et al., 2006).
Conforme Medeiros et al. (2010), em estudos sobre a produção de mudas de
pinhão-manso produzidas em diferentes fontes de matéria orgânica, concluíram que
o esterco bovino proporcionou melhor crescimento sobre as mudas desta planta e
quando realizado o aumento da dose de fertilizantes orgânicos no substrato, houve
maior incremento do número de folhas e da área foliar das mudas de pinhão-manso,
independente da fonte utilizada. Para Larcher (2004), a energia que a planta requer
para o desenvolvimento dos brotos e dos primórdios florais provém da atividade
fotossintética, adubações e imobilização de minerais de reserva da planta.
Segundo Nascimento (2010), no processo de adubação fosfatada no
crescimento inicial do pinhão-manso verificou que houve efeito significativo das
doses de fósforo sobre a altura, diâmetro caulinar e área foliar do pinhão-manso.
Em relação a utilização da manipueira como biofertilizante, estudos realizados
por Vieites & Brinholi (1994), verificaram respostas positivas na utilização da
manipueira, nas doses de 60 e 120 m3 ha-1 associadas à adubação mineral, na
cultura da mandioca, com o aumento do comprimento e diâmetro das raízes e
elevação da produtividade.
Ferreira et al. (2010), estudando o crescimento vegetativo de mudas de
mamoneira sob diferentes dosagens de manipueira verificaram que houve aumento
na produção vegetativa, porém, não houve diferenciações estatísticas entre os
tratamentos apresentados. Santos et al. (2010), afirmaram que a manipueira pode
ser utilizada como fonte de potássio, desde que suas doses sejam ajustadas.
A recomendação de adubação de uma cultura depende das demandas
nutricionais das plantas para os crescimentos vegetativos e reprodutivos, (LAVIOLA
et al., 2007). De acordo com Prezotti (2001), também deve ser levado em
consideração a eficiência de aproveitamento aplicados e a fração de nutrientes
supridas do solo. A urina de vaca, aplicada via solo ou foliar, tem efeitos nos
elementos minerais das partes da planta, embora não apresente padrão definido
segundo (OLIVEIRA et. al, 2010).
A utilização das diferentes dosagens de urina de vaca nesta oleaginosa
proporcionou um ganho em diâmetro, número de folhas e área foliar, obedecendo-se
50
uma tendência quadrática, isto significa dizer, que o aumento em fitomassa dar-se
até certa dosagem e que logo em seguida ocorre uma diminuição mesmo que seja
ofertada uma maior quantidade deste biofertilizante. Isto pode ser observado na
Figura 18, pois a dosagem em ordem crescente teve um acréscimo seguido de uma
diminuição em ganho de fitomassa para em seguida ter um novo acréscimo.
Esses efeitos foram observados por Nascimento et al. (2008), que verificaram
a influência da adubação nitrogenada no crescimento inicial do pinhão-manso,
utilizando uréia nas dosagens de 0, 60, 90 e 120 kg ha-1 de nitrogênio, concluindo
que a dosagem de 120 kg ha-1, proporcionou os maiores valores para as variáveis
altura, diâmetro caulinar e área foliar. Conforme Souza et al. (2010b), a urina de
vaca pode ser utilizada para fertirrigação do pinhão-manso, mas com cuidado em
sua abordagem e modo de aplicação.
Autores como Oliveira et al. (2004), Cesar et al. (2007), Guimarães et al.
(2009), Albuquerque et al. (2009), Ferreira et al. (2010), e Souza et al. (2010),
estudaram e suas conclusões corroboram com os resultados obtidos das variáveis
de crescimento do pinhão-manso aos 360 dias.
Souza et al. (2010), verificaram que houve efeito significativo das doses de
urina de vaca para as variáveis: fitomassa epígea, fitomassa hipógea, fitomassa total
e relação fitomassa epígea/hipógea. Resultados semelhantes foram obtidos por
Silva et al. (2010), demonstrando que o aumento na concentração de urina de vaca
usada na adubação foliar promoveu acréscimos no desenvolvimento em diâmetro do
colo do ipê roxo (Tabebuia impetinosa).
Oliveira et al. (2004), observando a produção de pimentão em função da
concentração de urina de vaca aplicada via foliar e adubação com NPK, concluíram
que houve aumento na produção, na presença e na ausência de adubação com
NPK e a concentração de 5% de urina de vaca, promoveu a maior produção nos
dois níveis de adubação. Cesar et al. (2007), afirmam que a aplicação de urina sob
forma de pulverização promove estímulos ao desenvolvimento de mudas de pepino.
Albuquerque et al. (2009), avaliando o crescimento do pinhão-manso em
função do nível de água e adubação nitrogenada, concluíram que as maiores
51
estimativas para altura da planta e área foliar, foram obtidas quando aplicou-se
maior dose de nitrogênio e o maior nível de água no solo.
Guimarães e Beltrão (2008), estudando o crescimento de Jatropha curcas em
função de fontes e doses de fertilizantes, verificaram que o diâmetro caulinar e área
foliar quando se utilizou a torta de mamona, apresentou um aumento de 40,62% e
237,6% em relação ao tratamento não adubado. Lima et al. (2010), observaram que
as plantas de pinhão-manso quando adubadas com composto orgânico e esterco
bovino apresentaram crescimento progressivo de acordo com o aumento das doses.
As composições de Nitrogênio mais importantes na urina de bovinos adultos
são uréia e amônio, que ocorrem com grande variação em função da alimentação
animal (FERREIRA, 1995). Os efeitos positivos atribuídos ao biofertilizante bovino
são oriundos da presença das substâncias orgânicas húmicas no insumo, que são
responsáveis pela nutrição mineral das plantas, induzindo o crescimento radicular e
estímulo a atividade enzimática nos processos metabólicos, (NARDI et al., 2002;
TAIZ & ZEIGER, 2007). A uréia pode representar 75% de N-total da urina de bovinos
(JARVIS et al. 1989).
A passagem de uréia através da cutícula dos vegetais é mais rápida do que a
dos outros compostos e nutrientes, e aumenta com a concentração, mas não
proporcionalmente, sugerindo que essa passagem não seja por difusão simples,
mas por difusão facilitada (FAQUIN, 1994). O nitrogênio é usado na formação de
proteínas, que participam de processos metabólicos, junto com enzimas, tendo
grande função estrutural e promovendo elevado crescimento vegetativo. (RAIJ,
1991).
Sabendo dos teores de potássio contidos na manipueira, e da sua importância
para as plantas, é fundamental levar em consideração pesquisas que comprovaram
esta tese.
Resultados obtidos por Fioretto (1985), quando aplicou manipueira via
irrigação, em lavouras de mandioca proporcionaram aumento no teor de matéria
orgânica, P e K no solo, e também ajudando no controle de plantas daninhas.
Alguns elementos, como nitrogênio, fósforo, potássio podem prontamente
mover-se de folha para folha, outros como boro, ferro e cálcio são relativamente
52
imóveis, na maioria das espécies (TAIZ e ZEIGER, 2007). Porém, no processo de
Biofertirrigação com a manipueira é necessário um cuidado na forma de
pulverização das folhas para melhor eficiência desse nutriente. Botelho et al. (2009),
afirmam que os elevados teores de nitrogênio e potássio na manipueira, tanto
proveniente de mandioca de raízes brancas como amarelas, coletadas no produtor,
permitem considerá-las como adubo orgânico nitrogenado e potássico. Essa
observação foi constatada por Alves (2010), concluindo que a manipueira
proporciona acúmulo de íons de potássio em tecidos foliares de alface e rúcula,
superiores aos teores recomendados para as plantas.
O potássio presente nas plantas desempenha um importante papel na
regulação do potencial osmótico das células vegetais. Ele também ativa muitas
enzimas envolvidas na respiração e na fotossíntese, (TAIZ e ZEIGER, 2007).
Segundo Silva et al. (2008), verificando a aplicação de cinza de casca de
arroz e manipueira na cultura da aveia, o tratamento que apresentou maior produção
foi à combinação correspondente a 80 mm de manipueira associados a 30 t ha -1 de
cinza de casca de arroz, resultando numa produção equivalente a 23.941,7 kg ha-1.
Santos et al. (2010), verificaram que para a cultura da alface, em termos de
área foliar, as plantas que receberam 200 ml de solução de manipueira
(correspondente a 138,20 kg ha-1 de K) foram as que apresentaram os maiores
valores (média de 16,67 cm 2). Ferreira et al. (2010), concluíram em suas pesquisas
na cultura da mamoneira, que a adubação com manipueira promoveu um aumento
no crescimento vegetativo da planta.
Prado et al. (2004), encontraram resultados indicativos de que a aplicação de
potássio afetou de forma quadrática o desenvolvimento da cultura do maracujá.
Porém, o potássio em excesso pode comprometer a absorção de outros elementos,
como magnésio, manganês zinco, ferro e cálcio, (EMBRAPA, 2005). Esse nutriente
está associado a uma maior resistência das plantas em condições adversas, tais
como baixa disponibilidade de água e extremos de temperatura. Sua concentração
na solução controla a difusão até a superfície das raízes, controlando a absorção
pelas plantas (KOCH e MENGEL, 1977).
53
Segundo Malavolta (2008), as funções do potássio na planta são: economia
de água, abertura e fechamento de estômatos, fotossíntese, ativação de enzimas e
transporte de carboidratos fonte de dreno. O potássio não promove somente a
translocação de fotossintetatos recém-produzidos, mas, também tem efeitos
benéficos na mobilização de materiais estocados (KOCH e MENGEL, 1977). O
potássio é requerido pelas plantas em grande quantidade, igualando-se as
quantidades de Nitrogênio, e chegando a ser três ou quatro vezes mais acumulados
nos tecidos que o fósforo (BRADY, 1989). O K+, porém, não faz parte de nenhuma
estrutura ou molécula orgânica, sendo encontrado como cátion livre ou adsorvido, o
que o torna facilmente trocável das células ou dos tecidos e com alta mobilidade
intracelular (CHAGAS et al. 2007).
A adubação orgânica e mineral pode influenciar nos teores de fósforo, óxido
de fósforo, potássio, óxido de potássio, cálcio, óxido de cálcio, magnésio e óxido de
magnésio, causando efeito significativo na análise de tecido vegetal do pinhãomanso (GUIMARÃES, 2008).
Quimicamente, a manipueira sustenta a potencialidade como fertilizante, haja
vista sua riqueza em potássio, nitrogênio, magnésio, fósforo, cálcio, enxofre, e
outros micronutrientes (CARDOSO, 2005). Fioretto (1987), utilizando a manipueira
na fertirrigação constatou que a aplicação de doses crescentes de manipueira
resulta em aumento de fósforo e potássio, assim também como magnésio trocável
na solução de solo, mostrando-se eficiente na fertirrigação de milho e algodão.
Estudo realizado por Vieites (1998), concluiu que os efeitos da adubação com
manipueira sobre o rendimento e a qualidade dos frutos de tomate, aumentou o
rendimento, diâmetro e comprimento dos frutos comerciáveis do tomateiro,
apresentando frutos com qualidade superior, quando utilizados as maiores dosagens
de manipueira (108 m3/ha). Este efeito provavelmente está relacionado ao teor de
potássio presente no resíduo, pela sua atuação na translocação de carboidratos
(MENGEL & VIRO, 1964).
Maia et al. (2011), estudando o efeito da omissão de macro e micronutrientes
no crescimento do pinhão-manso, observaram que para a variável altura da planta,
os tratamentos com omissão de P e K e de calagem influenciaram de forma negativa
no crescimento das plantas.
54
Já Nascimento et al. (2010), em estudo da adubação potássica, no
crescimento inicial do pinhão-manso, verificaram que houve efeito linear negativo
das doses de potássio sobre todas as variáveis de crescimento estudadas. A área
foliar foi a mais negativamente afetada por esse tipo de adubação, com redução de
20,48%.
5.3 - Taxas de crescimento relativo em altura de planta, diâmetro
caulinar e área foliar do pinhão-manso em cinco períodos pósplantio
5.3.1 - Taxas de crescimento relativo em altura de planta (TCRAP)
Em relação a taxa de crescimento relativo em altura de planta
(TCRAP), o pinhão-manso alcançou seu ponto máximo entre 60 e 120 dias de idade,
apresentando um decréscimo logo em seguida (Figura 27), porém, durante o
experimento, as plantas sempre apresentaram crescimento em altura, nunca
chegando a zero. As maiores taxas médias de crescimento relativo em altura de
planta do pinhão-manso, 0,013 cm.cm-1.dia-1; 0,0128 cm.cm-1.dia-1 e 0,0128 cm.cm1
.dia-1, foram obtidas aos 60 dias, nas plantas submetidas aos respectivos
tratamentos: T9 (250 ml UV e 750 ml MP); T10 (250 ml UV e 1000 ml MP) e T19
(750ml UV e 750 ml MP). A menor TCRAP durante os 360 dias, foi 0,0001 cm.cm1
.dia-1, 99% menor em relação a 0,013 cm.cm-1.dia-1, e foi obtida pelas plantas
submetidas aos seguintes tratamentos e momentos: T5, T12, T14, T17 (aos 180
dias) e T7, T8, T14, T18, T24 (240 dias).
A menor TCRAP média no período entre 60 e 120 dias, foi de 0,0112 cm.cm1
.dia-1, obtida pelas plantas submetidas aos tratamentos T6 (250ml UV e 0 ml MP) e
T8 (250ml UV e 500 ml MP), sendo 16% menor em relação ao maior valor
encontrado em T9 (Figura 27 B), neste momento. Entre 120 e 180 dias, a maior
TCRAP média foi 0,0023 cm.cm-1.dia-1, nas plantas de pinhão-manso submetidas ao
tratamento T4 (0 ml UV e 750 ml MP), e a menor TCRAP registrada neste momento
foi de 0,001 cm.cm-1.dia-1, nas plantas do tratamento T6 (250 ml UV e 500 ml MP).
Entre 180 e 240 dias, a maior TCRAP média foi de 0,001 cm.cm-1.dia-1, nas plantas
do tratamento T10 (250 ml UV e 1000 ml MP), e a menor foi de (0,0001 cm.cm-1.dia55
1
), apresentada pelas plantas submetidas aos tratamentos T5 (0 ml UV e 1000 ml
MP); T12 (500 ml UV e 250 ml MP); T14 (500 ml UV e 750 ml MP) e T17 (750 ml UV
e 250 ml MP).
Evidencia-se na Figura 27, que as plantas de pinhão-manso que não
receberam urina de vaca, mas receberam 500 ml da calda com manipueira
(tratamento T3), e aquelas que receberam 500 ml da calda com urina de vaca e 500
ml da calda com manipueira (tratamento T13), apresentaram a maior taxa de
crescimento relativo em altura de planta, no período entre 240 e 300 dias, cujo valor
foi 0,0006 cm.cm-1.dia-1, enquanto as menores TCRAP (0,0001 cm.cm-1.dia-1), neste
momento, foram das plantas dos tratamentos: T7 (250 ml UV e 250 ml MP); T8 (250
ml UV e 500 ml MP); T14 (500 ml UV e 750 ml MP); T18 (750 ml UV e 500 ml MP) e
T25 (1000 ml UV e 1000 ml MP).
No momento entre 300 e 360 dias, a maior TCRAP também foi 0,0006 cm.cm1
.dia-1, alcançada pelas plantas submetidas aos seguintes tratamentos: T7 (250 ml
UV e 250 ml MP); T16 (750 ml UV e 0 ml MP) e T18 (750 ml UV e 500 ml MP),
enquanto que o menor valor da TCRAP (0,0002 cm.cm-1.dia-1), foram das plantas
dos tratamentos T2 (0ml UV e 250 ml MP); T6 (250ml UV e 0 ml MP); T13 (500 ml
UV e 500 ml MP) e T22 (1000 ml UV e 250 ml MP).
T1
T2
T3
T4
T5
60
120
180
Dias
240
300
360
TCRAP cm.cm-1.dia-1
TCRAP cm.cm-1.dia-1
0,013
0,011
0,009
0,007
0,005
0,003
0,001
-0,001
0
-0,003
Taxa de Crescimento Relativo da
Altura de Planta
0,013
0,011
0,009
0,007
0,005
0,003
0,001
-0,001
0
-0,003
Taxa de Crescimento Relativo da
Altura de Planta
T6
T7
T8
T9
T10
60
120
180
240
300
360
Dias
Fig. 27 (A) - Taxa de crescimento relativo de Fig. 27 (B) - Taxa de crescimento relativo de
altura da planta em função dos tratamentos altura da planta em função dos tratamentos
T1, T2, T3, T4 e T5 durante os 360 dias
T6, T7, T8, T9 e T10 durante os 360 dias
56
Taxa de Crescimento Relativo da
Altura de Planta
0,011
0,013
T11
T12
T13
T14
T15
0,009
0,007
0,005
0,003
TCRAP cm.cm-1.dia-1
TCRAP cm.cm-1.dia-1
0,013
-0,003
0,011
T16
T17
T18
T19
T20
0,009
0,007
0,005
0,003
0,001
0,001
-0,001
Taxa de Crescimento Relativo da
Altura de Planta
0
60
120
180
240
300
-0,001 0
-0,003
360
60
120
180
240
300
360
Dias
Dias
TCRAP cm.cm-1.dia-1
Fig. 27 (C) - Taxa de crescimento relativo de Figura 27 (D) - Taxa de crescimento relativo
altura da planta em função dos tratamentos de altura da planta em função dos
T11, T12, T13, T14 e T15 durante os 360 dias tratamentos T16, T17, T18, T19 e T20
durante os 360 dias
0,013
0,011
0,009
0,007
0,005
0,003
0,001
-0,001
0
-0,003
Taxa de Crescimento Relativo da
Altura de Planta
T21
T22
T23
T24
T25
60
120
180
240
300
360
Dias
Figura 27 (E) - Taxa de crescimento relativo de altura da planta em função dos tratamentos
T21, T22, T23, T24 e T25 durante os 360 dias
Figura 27 - Taxa de crescimento relativo de altura de planta do pinhão-manso, durante
os 360 dias, em função do uso da urina de vaca e manipueira. Lagoa Seca, PB.
5.3.1.1 - Equações de ajuste para taxa de crescimento relativo a altura de
planta (TCRAP) do pinhão-manso
T1
y = -3E-08x 2 + 2E-05x - 0,0009
R² = 0,0671**
T2
y = -1E-09x 3 + 6E-07x 2 - 6E-05x - 0,0008
R² = 0,4121ns
T3
y = -1E-10x 3 - 1E-08x2 + 3E-05x - 0,0011
R² = 0,0913**
T4
y = -2E-10x 3 + 3E-08x 2 + 2E-05x - 0,001
R² = 0,0884*
57
T5
y = -8E-11x 3 - 2E-08x2 + 3E-05x - 0,0011
R² = 0,0744ns
T6
y = 6E-11x 3 - 1E-07x2 + 3E-05x - 0,001
R² = 0,0602*
T7
y = -7E-08x 2 + 3E-05x - 0,0009
R² = 0,0716**
T8
y = -7E-08x 2 + 3E-05x - 0,001
R² = 0,083**
T9
y = -8E-08x 2 + 4E-05x - 0,0012
R² = 0,0789**
T10
y = -7E-08x 2 + 3E-05x - 0,0012
R² = 0,0679**
T11
y = -8E-08x 2 + 3E-05x - 0,0012
R² = 0,0734**
T12
y = -9E-08x 2 + 4E-05x - 0,0013
R² = 0,0898**
T13
y = -1E-10x 3 - 1E-08x2 + 3E-05x - 0,0011
R² = 0,0913*
T14
y = -7E-08x 2 + 3E-05x - 0,001
R² = 0,083**
T15
y = -8E-08x 2 + 3E-05x - 0,0009
R² = 0,0889**
T16
y = -8E-08x 2 + 3E-05x - 0,0012
R² = 0,0734**
T17
y = -8E-08x 2 + 3E-05x - 0,0012
R² = 0,0734**
T18
y = -8E-08x 2 + 3E-05x - 0,0012
R² = 0,0734**
T19
y = -8E-08x 2 + 3E-05x - 0,0012
R² = 0,0734**
T20
y = -8E-08x 2 + 3E-05x - 0,0012
R² = 0,0734*
T21
y = -8E-11x 3 - 2E-08x2 + 3E-05x - 0,0011
R² = 0,0744*
T22
y = -8E-08x 2 + 3E-05x - 0,0009
R² = 0,0889**
T23
y = -7E-08x 2 + 3E-05x - 0,0009
R² = 0,0716**
T24
y = -8E-08x 2 + 3E-05x - 0,0012
R² = 0,0734**
T25
y = -7E-08x 2 + 3E-05x - 0,001
R² = 0,083**
Os resultados evidenciam que a manipueira atuou mais positivamente,
comparando-se a urina de vaca, quanto a taxa de crescimento relativo em altura de
planta (TCRAP), pois dos três tratamentos com as plantas que apresentaram maiores
taxas: 0,013 cm.cm-1.dia-1;; 0,128 cm.cm-1.dia-1 e 0,128 cm.cm-1.dia-1, dois continham
volumes superiores de manipueira (T9 e T10) e um com valores iguais (T19). Além
disso, dos cinco tratamentos com as plantas que apresentaram a menor TCRAP
58
(0,0001 cm.cm-1.dia-1;), três continham volumes superiores de urina de vaca (T12, T16
e T17). Contudo, podemos concluir também, que a atuação conjunta entre a urina e
manipueira foi mais positiva, em relação a atuação de cada biofertilizante
isoladamente.
5.3.2 - Taxas de crescimento relativo de diâmetro caulinar (TCRDC)
Os resultados das taxas médias de crescimento relativo de diâmetro caulinar
(TCRDC) do pinhão-manso, durante os 360 dias, variaram entre 0,0 mm.mm-1.dia-1 e
0,0031 mm.mm-1.dia-1 (Figura 28). As maiores TCRDC (0,0031 mm.mm-1.dia-1), foram
obtidas aos 120 dias (Figura 28 B), nas plantas submetidas aos tratamentos T8 (250
ml UV e 500 ml MP) e T10 (250 ml UV e 1000 ml MP). A menor TCRDC média (0,0
mm.mm-1.dia-1), foi obtida pelas plantas do tratamento T23 (1000ml UV e 500 ml MP)
(Figura 28 E), aos 300 dias. Após 120 dias, houve decréscimo nas taxas de
crescimento relativo em diâmetro caulinar, na maioria das plantas de pinhão-manso,
no entanto, observa-se curvas suaves até 180 dias em vários tratamentos. Após este
período percebe-se uma redução mais drástica nos valores de TCRDC (Figuras 28 A,
28 B, 28 C, 28 D e 28 E)
No período entre 60 e 120 dias, a maior TCRDC foi de 0,00246 mm.mm-1.dia-1,
obtida pelas plantas submetidas ao tratamento T3 (0 ml UV e 500 ml MP) (Figura 28
A) e as menores de 0,0006 mm.mm-1.dia-1, nas plantas dos tratamentos T8 (250 ml
UV e 500 ml MP) e T15 (500 ml UV e 1000ml MP) (Figuras 28 B e 28 C). Entre 120 e
180 dias, as plantas submetidas aos tratamentos T8 (250 ml UV e 500 ml MP) e T10
(250 ml UV e 1000 ml MP), apresentaram as maiores TCRDC, com 0,0031 mm.mm1
.dia-1 (Figura 28 B), enquanto a menor TCRDC (0,0007 mm.mm-1.dia-1), foi obtida
pelas plantas do tratamento T23 (1000ml UV e 500ml MP) (Figura 28 E).
No momento entre 180 a 240 dias, a maior TCRDC foi de 0,00142 mm.mm1
.dia-1, alcançada pelo tratamento T2 (0 ml UV e 250 ml MP) (Figura 28 A) e a menor
0,00028 mm.mm-1.dia-1, nas plantas do tratamento T11 (500 ml UV e 0 ml MP) (Figura
28 C). Entre 240 e 300 dias, a maior TCRDC de 0,0015 mm.mm-1.dia-1 e a menor
0,00012 mm.mm-1.dia-1, foram obtidas pelas plantas de pinhão-manso submetidas aos
respectivos tratamentos: T14 (500ml UV e 750 ml MP) e T5 (0 ml UV e 1000 ml MP)
59
(Figuras 28 C e 28 A). No último momento de análise de TCRDC, entre 300 e 360
dias, o maior valor obtido foi 0,00078mm.mm-1.dia-1, nas plantas do tratamento T6
(250ml UV e 0 ml MP) (Figura 28 B), e o menor 0,0 mm.mm-1.dia-1, nas plantas
submetidas ao tratamento T23 (1000ml UV e 500 ml MP) (Figura 28 E).
Taxa de Crescimento Relativo de
Diâmetro Caulinar
60
120
180
240
300
0,0043
0,0038
0,0033
0,0028
0,0023
0,0018
0,0013
0,0008
0,0003
-0,0002
-0,0007 0
T6
T7
T8
T9
T10
TCRDC mm.mm-1.dia-1
T1
T2
T3
T4
T5
TCRDC mm.mm-1.dia-1
0,0043
0,0038
0,0033
0,0028
0,0023
0,0018
0,0013
0,0008
0,0003
-0,0002
-0,0007 0
Taxa de Crescimento Relativo de
Diâmetro Caulinar
360
60
120
Figura 28 (A) - Taxa de crescimento relativo
de diâmetro caulinar do pinhão-manso em
função dos tratamentos T1, T2, T3, T4 e T5
durante os 360 DIAS
180
240
300
360
Dias
Figura 28 (C) - Taxa de crescimento relativo
de diâmetro caulinar do pinhão-manso em
função dos tratamentos T11, T12, T13, T14 e
T15 durante os 360 DIAS
TCRDC mm.mm-1.dia-1
TCRDC mm.mm-1.dia-1
360
Taxa de Crescimento Relativo de
Diâmetro Caulinar
T11
T12
T13
T14
T15
120
300
Figura 28 (B) - Taxa de crescimento relativo
de diâmetro caulinar do pinhão-manso em
função dos tratamentos T6, T7, T8, T9 e T10
durante os 360 DIAS
Taxa de Crescimento Relativo de
Diâmetro Caulinar
60
240
Dias
Dias
0,0043
0,0038
0,0033
0,0028
0,0023
0,0018
0,0013
0,0008
0,0003
-0,0002
-0,0007 0
180
0,0043
0,0038
0,0033
0,0028
0,0023
0,0018
0,0013
0,0008
0,0003
-0,0002
-0,0007 0
T16
T17
T18
T19
T20
60
120
180
240
300
360
Dias
Figura 28 (D) - Taxa de crescimento
relativo de diâmetro caulinar do pinhãomanso em função dos tratamentos T16,
T17, T18, T19 e T20 durante os 360 DIAS
60
TCRDC mm.mm-1.dia-1
Taxa de Crescimento Relativo de
Diâmetro Caulinar
0,0043
0,0038
0,0033
0,0028
0,0023
0,0018
0,0013
0,0008
0,0003
-0,0002
-0,0007 0
T21
T22
T23
T24
T25
60
120
180
240
300
360
Dias
Figura 28 (E) - Taxa de crescimento relativo de diâmetro caulinar do pinhão-manso, em
função dos tratamentos T21, T22, T23, T24 e T25 durante os 360 DIAS
Figura 28 - Taxa de crescimento relativo de diâmetro caulinar do pinhão-manso,
durante os 360 dias, em função do uso da urina de vaca e manipueira. Lagoa Seca,
PB.
5.3.2.1 - Equações de ajuste para taxa de crescimento relativo de diâmetro
caulinar (TCRDC) do pinhão-manso
T1
y = 1E-09x3 - 1E-06x 2 + 0,0002x + 0,0008
T2
y = 1E-09x3 - 9E-07x 2 + 0,0002x + 0,0008
R² = 0,5631**
T3
y = 1E-09x3 - 1E-06x 2 + 0,0002x + 0,0007
R² = 0,6685**
T4
y = 1E-08x3 - 9E-06x 2 + 0,0015x + 0,0083
R² = 0,5219**
T5
y = 1E-09x3 - 9E-07x 2 + 0,0001x + 0,0007
R² = 0,6085**
T6
y = 1E-09x3 - 8E-07x 2 + 0,0001x + 0,0007
R² = 0,5031**
T7
y = 1E-09x3 - 9E-07x 2 + 0,0002x + 0,0008
R² = 0,5631**
T8
y = 1E-09x3 - 9E-07x 2 + 0,0001x + 0,0007
R² = 0,5643**
T9
y = 1E-09x3 - 9E-07x 2 + 0,0001x + 0,0007
R² = 0,5785**
T10
y = 1E-09x3 - 9E-07x 2 + 0,0001x + 0,0005
R² = 0,6977**
T11
y = 1E-09x3 - 9E-07x 2 + 0,0002x + 0,0007
R² = 0,6322**
T12
y = 1E-08x3 - 9E-06x 2 + 0,0014x + 0,0081
R² = 0,5265**
T13
y = 1E-09x3 - 9E-07x 2 + 0,0001x + 0,0008
R² = 0,5309**
R² = 0,5491**
61
T14
y = 1E-09x 3 - 8E-07x 2 + 0,0001x + 0,0008
R² = 0,4585**
T15
y = 1E-09x 3 - 9E-07x 2 + 0,0002x + 0,0008
R² = 0,5344**
T16
y = 1E-09x 3 - 8E-07x 2 + 0,0001x + 0,0008
R² = 0,4874**
T17
y = 1E-09x 3 - 9E-07x 2 + 0,0001x + 0,0007
R² = 0,6085**
T18
y = 1E-09x 3 - 9E-07x 2 + 0,0001x + 0,0007
R² = 0,5347**
T19
y = 1E-09x 3 - 9E-07x 2 + 0,0001x + 0,0007
R² = 0,5668**
T20
y = 1E-09x 3 - 9E-07x 2 + 0,0001x + 0,0006
R² = 0,61**
T21
y = 1E-09x 3 - 9E-07x 2 + 0,0001x + 0,0006
R² = 0,61**
T22
y = 1E-09x 3 - 9E-07x 2 + 0,0002x + 0,0008
R² = 0,5641**
T23
y = 1E-09x 3 - 9E-07x 2 + 0,0001x + 0,0008
R² = 0,5502**
T24
y = 2E-09x 3 - 1E-06x 2 + 0,0002x + 0,0005
R² = 0,8214**
T25
y = 1E-09x 3 - 9E-07x 2 + 0,0001x + 0,0005
R² = 0,76**
Os resultados das taxas médias de crescimento relativo, em diâmetro
caulinar (TCRDC), são semelhantes aos de altura de planta, onde mais uma vez a
manipueira atuou de forma mais positiva, comparando-se a urina de vaca, pois os
dois tratamentos (T8 e T10), com as plantas que apresentaram a maior taxa: 0,0031
mm.mm-1.dia-1, continham volumes superiores de manipueira Além disso, nos três
tratamentos (T23, T18 e T24), com as plantas que apresentaram as menores TCRDC
(0,0 mm.mm-1.dia-1; 0,0001 mm.mm-1.dia-1 e 0,0001 mm.mm-1.dia-1), continham
volumes superiores de urina de vaca. E novamente a atuação conjunta entre a urina
e manipueira foi mais positiva, em relação a atuação de cada biofertilizante
isoladamente.
5.3.3 - Taxas de crescimento relativo de área foliar (TCRAF)
Em relação a TCRAF, os maiores valores obtidos foram 0,37 cm2. cm2
. dia-1 e 0,41 cm2. cm-2. dia-1, nas plantas submetidas aos respectivos tratamentos:
T4 (0 ml UV e 750 MP), aos 60 dias e T12 (500 ml UV e 250 ml MP) aos 240 dias. A
62
menor TCRAF foi de -0,041 cm2. cm-2. dia-1 nas plantas do tratamento T19 (750 ml
UV e 750 ml MP), aos 300 dias (Figura 29). Entre 60 e 120 dias, a maior TCRAF foi
de 0,37 cm2. cm-2. dia-1, obtida pelas plantas de pinhão-manso submetidas ao
tratamento T4 (0 ml UV e 750 ml MP) (Figura 29 A), e a menor taxa foi de 0,035 cm2.
cm-2. dia-1, nas plantas do tratamento T11 (500 ml UV e 0 ml MP) (Figura 29 C). No
momento entre 120 e 180 dias, a maior TCRAF foi de 0,024 cm2. cm-2. dia-1, nas
plantas do tratamento T11 (500 ml UV e 0 ml MP) (Figura 29 C) e a menor 0,013 cm2.
cm-2. dia-1, nas plantas do tratamento T19 (750 ml UV e 750 ml MP) (Figura 29 D).
No período entre 180 e 240 dias, as plantas submetidas ao tratamento T12
(500 ml UV e 250 ml MP), alcançaram a maior TCRAF média, com 0,006 cm2. cm-2.
dia-1, enquanto a menor TCRAF média (-0,007 cm2. cm-2. dia-1), foi obtida pelas
plantas do tratamento T19 (750 ml UV e 750 ml MP) (Figuras 29 C e 29 D) . Já as
plantas do tratamento T12 (500 ml UV e 250 ml MP), no período entre 240 e 300
dias, alcançaram o maior valor da TCRAF média, com 0,41 cm2. cm-2. dia-1(Figura 29
C), e neste mesmo momento, as plantas submetidas ao tratamento T24 (1000 ml UV
e 750 ml MP), alcançaram a menor TCRAF média, com -0107 cm2. cm-2. dia-1 (Figura
29 E). Finalizando, no momento entre 300 e 360 dias, a maior taxa de crescimento
relativo em área foliar (TCRAF), foi 0,067 cm2. cm-2. dia-1, obtida pelas plantas
submetidas ao tratamento T24 (1000 ml UV e 750 ml MP) (Figura 29 E) e a menor
TCRAF foi -0,04 cm2. cm-2. dia-1, obtidas pelas plantas do tratamento T19 (750 ml UV
e 750 ml MP) (Figura 29 D).
0,4
0,5
T1
T2
T3
T4
T5
0,3
0,2
0,1
0
-0,1 0
-0,2
60
120
180
240
300
360
Dias
Figura 29 (A) - Taxa de crescimento
relativo de área foliar do pinhão-manso
em função dos tratamentos T1, T2, T3,
T4 e T5 durante os 360 DIAS
TCRAF cm2. cm-2. dia-1
TCRAF cm2. cm-2. dia-1
0,5
Taxa de Crescimento Relativo de
Área Foliar
Taxa de Crescimento Relativo de
Área Foliar
0,4
T6
T7
T8
T9
T10
0,3
0,2
0,1
0
-0,1 0
-0,2
60
120
180
240
300
360
Dias
Figura 29 (B) - Taxa de crescimento
relativo de área foliar do pinhão-manso
em função dos tratamentos T6, T7, T8,
T9 e T10 durante os 360 DIAS
63
T11
T12
T13
T14
T15
60
120
180
240
300
360
TCRAF cm2. cm-2. dia-1
TCRAF cm2. cm-2. dia-1
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
-0,1 0
-0,2
Taxa de Crescimento Relativo de
Área Foliar
0,5
Taxa de Crescimento Relativo de
Área Foliar
T16
T17
T18
T19
T20
0,4
0,3
0,2
0,1
0
-0,1 0
60
120
-0,2
Dias
Figura 29 (C) - Taxa de crescimento
relativo de área foliar do pinhão-manso
em função dos tratamentos T11, T12,
T13, T14 e T15 durante os 360 DIAS
180
240
300
360
Dias
Figura 29 (D) - Taxa de crescimento
relativo de área foliar do pinhão-manso
em função dos tratamentos T16, T17,
T18, T19 e T20 durante os 360 DIAS
Taxa de Crescimento Relativo de
Área Foliar
TCRAF cm2. cm-2. dia-1
0,5
0,4
T21
T22
T23
T24
T25
0,3
0,2
0,1
0
-0,1 0
-0,2
60
120
180
240
300
360
Dias
Figura 29 (E) - Taxa de crescimento relativo de área foliar do pinhão-manso em
função dos tratamentos T21, T22, T23, T24 e T25 durante os 360 DIAS
Figura 29 - Taxa de crescimento relativo de área foliar do pinhão-manso,
durante os 360 dias, em função do uso da urina de vaca e manipueira. Lagoa
Seca, PB.
5.3.3.1 - Equações de ajuste para taxa de crescimento relativo a área
foliar (TCRAF) do pinhão-manso
T1
y = 1E-08x 3 - 7E-06x 2 + 0,0011x - 0,0004
R² = 0,9715**
T2
y = 1E-08x 3 - 7E-06x 2 + 0,001x + 0,0011
R² = 0,6098**
64
T3
y = 2E-08x 3 - 1E-05x 2 + 0,0013x - 0,0002
R² = 0,7618**
T4
y = 5E-08x 3 - 3E-05x 2 + 0,005x + 0,0231
R² = 0,5986**
T5
y = 2E-08x 3 - 1E-05x 2 + 0,0018x - 0,004
R² = 0,8885**
T6
y = 1E-08x 3 - 8E-06x 2 + 0,0011x - 0,0006
R² = 0,9874**
T7
y = 7E-09x3 - 5E-06x 2 + 0,0007x + 0,0019
T8
y = 5E-09x 3 - 4E-06x 2 + 0,0006x + 0,0022
R² = 0,5943**
T9
y = 9E-09x 3 - 6E-06x 2 + 0,0008x + 0,0017
R² = 0,6007*
T10
y = 9E-09x3 - 5E-06x 2 + 0,0007x + 0,0033
R² = 0,171*
T11
y = 1E-08x3 - 8E-06x 2 + 0,0012x - 0,0008
R² = 0,8043**
T12
y = -3E-08x3 + 2E-05x 2 - 0,0019x + 0,0082
R² = 0,3005**
T13
y = 1E-08x3 - 9E-06x 2 + 0,0012x - 0,0002
R² = 0,7861**
T14
y = 1E-08x3 - 7E-06x 2 + 0,001x + 0,0009
R² = 0,6021**
T15
y = 1E-08x3 - 9E-06x 2 + 0,0012x - 0,0002
R² = 0,8071**
T16
y = 1E-08x3 - 8E-06x 2 + 0,0011x - 0,001
R² = 0,9467**
T17
y = 1E-08x3 - 8E-06x 2 + 0,0011x - 4E-05
R² = 0,7535**
T18
y = 1E-08x3 - 6E-06x 2 + 0,0009x + 0,0023
R² = 0,3109**
T19
y = 2E-08x3 - 9E-06x 2 + 0,0013x - 0,0017
R² = 0,8541**
T20
y = 1E-08x3 - 6E-06x 2 + 0,0009x + 0,0009
R² = 0,5993*
T21
y = 1E-08x3 - 6E-06x 2 + 0,0009x + 0,0009
R² = 0,5986**
T22
y = 2E-08x3 - 9E-06x 2 + 0,0012x - 0,0001
R² = 0,6874**
T23
y = 9E-09x3 - 5E-06x 2 + 0,0007x + 0,0024
R² = 0,3361**
T24
y = 1E-08x3 – 8E-06x² + 0,001x + 0,0022
R² = 0,305**
T25
y = 9E-09x3 - 5E-06x 2 + 0,0008x + 0,0014
R² =0,3777*
R² = 0,5325**
O melhor resultado de taxa de crescimento relativo em área foliar (TCRAF) foi
de 0,41 cm2. cm-2. dia-1, alcançado aos 240 dias, pelas plantas submetidas ao
tratamento T12, e continha 500 ml da calda com urina de vaca (500 UV) e 250 ml da
65
calda com manipueira (250 MP). Porém, as plantas do tratamento T4 (0 UV e 750
MP) também apresentaram, um valor expressivo, com 0,37 cm2. cm-2. dia-1 de
TCRAF aos 60 dias, evidenciando que os biofertilizantes atuaram nas folhas das
plantas positivamente, no entanto, a manipueira atuou melhor durante os 60 dias e a
urina de vaca no período entre 240 e 300 dias (Figuras 29 A e 29 C). Quanto a
menor TCRAF (-0,028 cm2. cm-2. dia-1), foi obtida pelas plantas do tratamento T19
(750 ml de urina de vaca e 750 ml de manipueira). Os resultados diferem um pouco
comparados aos de altura de planta e diâmetro caulinar, pois, percebe-se que
ambas as substâncias orgânicas contribuíram para o aumento da área foliar do
pinhão-manso, no entanto, nas plantas com as duas melhores taxas, a manipueira
estava presente, enquanto a urina estava em apenas uma, reforçando novamente a
importância deste produto para a agricultura.
5.4 - Fitomassa seca epígea e hipógea
Após a coleta e tabulação dos dados de peso seco da raiz, peso seco do caule e
peso seco das folhas do pinhão-manso, aos 360 dias, realizou-se análise estatística visando
estudar os efeitos da urina de vaca e da manipueira sobre o pinhão-manso, em todos os
tratamentos. Os resultados são apresentados na Tabela 15.
Tabela 15 - Resumo da análise de variância (Quadrado Médio) das variáveis: fitomassa
seca da raiz, fitomassa seca do caule e fitomassa seca das folhas do pinhão-manso aos 360
dias, em função dos volumes das caldas com urina de vaca e manipueira. Lagoa Seca, PB.
FV
Urina (UV)
Regressão Linear
Regressão Quadrática
Regressão Cúbica
Falta de Ajuste
Manipueira (MP)
Regressão Linear
Regressão Quadrática
Regressão Cúbica
Falta de Ajuste
Interação (UV x MP)
Blocos
Resíduo
CV (%)
GL
4
1
1
1
1
4
1
1
1
1
16
3
72
Peso da Raiz
ns
7.919,28
**
29.619,59
ns
1.519,67
448,59ns
ns
537,84
**
19.478,23
ns
9.205,07
ns
1.078,79
**
63.459,88
ns
4.169,19
**
12.856,23
ns
180,79
3.505,55
24,64
Peso do Caule
**
117.003,53
**
413.065,06
**
49.642,31
0,41ns
ns
5.306,76
*
21.339,57
*
39.837,89
*
43.780,76
ns
1.737,43
ns
2,21
**
18.973,70
ns
3,98
6.395,21
15,59
(**), (*) e (ns) - Significativo a 1, a 5% de probabilidade e não significativo, respectivamente (Teste F).
UV - Urina de vaca
Peso das Folhas
**
2.114,67
ns
523,23
7.025,92**
310,83ns
ns
909,54
ns
196,97
ns
104,08
ns
24,73
ns
359,23
ns
299,82
**
482,05
ns
135,41
162,21
20,57
MP - Manipueira
66
Nos dados da Tabela 15, percebe-se que os tratamentos diferiram entre si
para as variáveis fitomassa seca da raiz, do caule e das folhas, evidenciando que o
uso da urina de vaca (UV) e a manipueira (MP), em diferentes volumes,
influenciaram nas variáveis estudadas.
A aplicação da calda com urina de vaca nos volumes de 0 ml, 250 ml, 500 ml,
750 ml e 1000 ml, proporcionaram os seguintes valores médios para a variável
fitomassa seca da raiz, respectivamente: 271,09 g; 246,17 g; 237,19 g; 227,82 g;
219,41 g. Para a variável fitomassa seca do caule apresentaram os seguintes
valores médios: 446,65 g; 462,02 g; 474,59 g; 552,73 g; 628,52 g; respectivamente.
Já para a variável fitomassa seca da folha apresentaram os seguintes valores
médios: 50,56 g; 60,26 g; 75,86 g; 68,42 g; 54,54 g.
Quanto ao uso da calda com manipueira, os valores médios de fitomassa
obtidos para os volumes de 0 ml, 250 ml, 500 ml, 750 ml, 1000 ml, na variável
fitomassa seca da raiz foram respectivamente: 238,93 g; 206,79 g; 233,91 g; 291,61
g; 230,44 g. Para a variável fitomassa seca do caule apresentaram os seguintes
valores médios respectivamente: 462,57 g; 505,56 g; 537,67 g; 545,57 g; 513,13 g.
Na fitomassa seca das folhas, os resultados obtidos foram respectivamente: 60,19 g;
61,73 g; 64,10 g; 57,81 g; 65,76 g.
Quanto ao estudo de fatores simples (urina de vaca e manipueira) e duplo
(interação entre volumes da urina de vaca e volumes de manipueira), houve
interação significativa em todas as variáveis. Isto significa que a urina de vaca
quando aplicada em seus diferentes volumes, influenciou diretamente no resultado
estatístico, ocorrendo uma resposta positiva na fisiologia da planta quando
submetida a aplicação de manipueira, e que o inverso (manipueira x urina de vaca),
também apresentou aspectos verdadeiros, ou seja, quando se utilizou a manipueira
em um determinado momento, a planta de pinhão-manso apresentou uma resposta
à adubação com urina de vaca, demonstrando ganhos positivos nas variáveis
estudadas.
O comportamento do pinhão-manso, aos 360 dias, em função dos diferentes
volumes da calda com urina de vaca, em cada variável, apresentou efeito linear para
peso seco da raiz, efeito linear e quadrático para peso seco do caule, e em relação a
67
variável peso seco das folhas, percebe-se um incremento até certo volume de calda
utilizada, apresentando um decréscimo logo em seguida.
5.4.1 - Fitomassa seca do caule em função de diferentes volumes da
calda com urina de vaca
Quanto à fitomassa seca do caule, o maior valor médio obtido foi quando
utilizou-se 1000 ml da calda com urina de vaca, apresentando média de 628,52 g,
40,71% superior ao menor valor médio de 446,65 g, quando não se aplicou a calda
com urina de vaca. Observa-se que na medida em que foram sendo acrescentados
os diferentes volumes da calda nas plantas, houve um incremento no peso seco
desta variável (Figura 30 ).
Peso seco do caule (g)
Fitomassa seca do caule (g)
700
600
500
400
300
200
100
0
y = 469,77 - 34,445x + 13,315x2
R² = 0,9887
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com urina de vaca (ml)
Figura 30 - Análise de regressão da fitomassa seca do caule de pinhão-manso aos
360 dias, em função dos diferentes volumes da calda com urina de vaca (p<0,05 e
p<0,01). Lagoa Seca, PB.
5.4.2 - Fitomassa seca das folhas em função de diferentes volumes da
calda com urina de vaca
Percebe-se que, quando se utilizou 500 ml de volume da calda com urina de
vaca, as plantas apresentaram maior valor médio de fitomassa seca das folhas, com
75,86 g, apresentando um aumento de 50,03 % em relação as plantas que não
receberam urina de vaca, que alcançaram a menor média 50,56g. Demonstrando
68
um decréscimo nos tratamentos com 750 ml e 1000 ml de volume da calda com
urina de vaca (Figura 31 ).
Peso das folhas (g)
Fitomassa seca das folhas (g)
80
70
60
50
40
30
20
10
0
y = 21,998 + 31,673x -5,0093x2
R² = 0,8925
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com urina de vaca (ml)
Figura 31 - Análise de regressão da fitomassa seca das folhas de pinhão-manso aos
360 dias, em função dos diferentes volumes da calda com urina de vaca (p<0,05 e
p<0,01). Lagoa Seca, PB.
5.4.3 - Fitomassa seca da raiz em função de diferentes volumes da calda
com urina de vaca
Para a variável matéria seca da raiz, percebe-se uma redução após a
aplicação dos volumes da calda com urina de vaca de: 250 ml, 500 ml, 750 ml e
1000 ml, em relação à testemunha. O maior valor médio obtido foi de 271,09 g,
quando não se utilizou urina de vaca, cujo valor é 23,55% superior ao da dosagem
de 1000 ml da calda com urina de vaca, que atingiu o menor valor 219,41g (Figura
32).
Peso seco da raiz (g)
Fitomassa seca da raiz (g)
300
250
200
150
y = 293,15 - 26,148x + 2,3297x2
R² = 0,983
100
50
0
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com urina de vaca
Figura 32 - Análise de regressão da fitomassa seca da raiz de pinhão-manso aos
360 dias, em função dos diferentes volumes da calda com urina de vaca (p<0,05 e
p<0,01). Lagoa Seca, PB.
69
A fitomassa seca da planta é um importante parâmetro na avaliação do
crescimento, pois sua determinação no ciclo da cultura possibilita estimar o
crescimento e o desenvolvimento das plantas (LOPES et al., 2005).
Lira et al. (2010), concluíram em seus estudos de fitomassa de mudas de
pinhão-manso, sob diferentes dosagens de biofertilizantes, que a aplicação de 20 ml
de biofertilizante foi a melhor dosagem para incremento na fitomassa.
Plantas de pinhão-manso cultivadas com a adição de uréia ao meio de cultivo
apresentaram no maior valor de fitomassa seca de folha acumulada um aumento de
146,79% em relação às plantas cultivadas sem adição de uréia (OLIVEIRA et al.,
2009). O nitrogênio influencia não apenas a taxa de expansão quanto a divisão
celular determinando, assim, o tamanho final das folhas, o que faz com que o N seja
um dos fatores determinantes da taxa de acúmulo de biomassa.
Conforme Albuquerque et al. (2009), o padrão de resposta para todas as
variáveis de fitomassa seca na cultura do pinhão-manso, foram significativas,
quando realizado a aplicação de diferentes níveis de água e adubação nitrogenada.
Lima et al. (2007), estudando a adubação fosfatada em mudas de pinhão-manso,
constataram quem as plantas produziram maior quantidade de massa seca da parte
aérea e de raiz com a dose de superfosfato simples até 4,25 kg/m3 de substrato,
reduzindo a massa seca em doses superiores a esta.
Segundo Nascimento et al. (2010), houve efeito significativo das doses de
fósforo sobre a biomassa seca da parte aérea e do sistema radicular do pinhãomanso, onde as doses de fósforo entre 60 e 70 kg ha-1 são ideais para a produção
de fitomassa de plantas de pinhão-manso.
Como a interação entre os fatores urina de vaca dentro de diferentes volumes
de manipueira apresentaram efeitos significativos pelo Teste F, foi realizada uma
análise de variância para estudar o efeito da urina de vaca, dentro de cada volume
de manipueira. Os resultados estão apresentados na Tabela 16.
70
Tabela 16 - Resumo da análise de variância (Quadrado Médio) das variáveis:
fitomassa seca da raiz, fitomassa seca do caule e fitomassa seca das folhas do
pinhão-manso, aos 360 dias, em função da urina de vaca, dentro de cada volume da
calda com manipueira. Lagoa Seca, PB.
FV
UV dentro de MP0
Efeito Linear
Efeito Quadrático
Efeito Cúbico
Falta de Ajuste
UV dentro de MP250
Efeito Linear
Efeito Quadrático
Efeito Cúbico
Falta de Ajuste
UV dentro de MP500
Efeito Linear
Efeito Quadrático
Efeito Cúbico
Falta de Ajuste
UV dentro de MP750
Efeito Linear
Efeito Quadrático
Efeito Cúbico
Falta de Ajuste
UV dentro de MP1000
Efeito Linear
Efeito Quadrático
Efeito Cúbico
Falta de Ajuste
Resíduo
CV (%)
GL
4
1
1
1
1
4
1
1
1
1
4
1
1
1
1
4
1
1
1
1
4
1
1
1
1
72
Peso Raiz
2.732,47ns
2.876,92ns
60,13ns
388,81ns
7.604,00ns
16.754,74**
2.221,44ns
31.216,67**
32.317,52**
1.263,31ns
14.522,53**
8.730,55ns
35.043,51**
12.719,92ns
1.596,14ns
2.479,73ns
1.556,63ns
6.603,53ns
1.459,14ns
299,63ns
22.854,72**
52.937,99**
29.306,99**
1.466,04ns
7.707,84ns
3.505,55
24,64
Peso Caule
61.976,55**
94.138,51**
137.067,52**
7.764,58ns
8.935,59ns
59.187,10**
152.389,15**
53.019,17**
26.161,18*
5.178,92ns
35.438,57**
119.526,12**
17.122,01ns
135,90ns
4.970,24ns
12.276,99ns
25.256,66ns
1.335,36ns
16.590,96ns
5.924,98ns
24.019,14**
55.358,81**
38.645,80*
2.020,80ns
51,15ns
6.395,21
15,59
Peso Folhas
1.389,64**
303,00ns
4.398,99**
25,49ns
831,07*
219,33ns
4,34ns
280,63ns
90,42ns
501,91ns
223,67ns
352,06ns
169,58ns
372,77ns
0,27ns
1.003,94**
786,95*
1.240,80**
1.661,39**
326,61ns
1.206,29**
229,78ns
3.147,75**
503,11ns
944,51*
162,21
20,57
(**), (*) e (ns) - Significativo a 1, a 5% de probabilidade e não significativo, respectivamente (Teste F).
MP0= 0 ml manipueira; MP250= 250 ml manipueira; MP500= 500 ml de manipueira; MP750= 750 ml manipueira; MP1000= 1000 ml manipueira.
Observando-se os dados da Tabela 16, percebe-se que quando houve o
desdobramento da interação dos volumes da calda com urina de vaca e a
manipueira, os efeitos lineares e quadráticos significativos foram maioria.
Para a variável peso seco da raiz, não houve diferença significativa quando
utilizou-se urina de vaca sem manipueira (0 MP), e urina de vaca com 750 ml da
calda com manipueira (750 MP). Para o peso seco do caule não foi significativo
quando se utilizou urina de vaca dentro de 750 ml da calda com manipueira. Os
resultados da variável peso seco das folhas, não apresentaram efeitos significativos
quando se utilizou urina de vaca dentro de 250 ml e 500 ml da calda com
manipueira.
71
5.4.4 - Fitomassa seca da raiz, em função da interação da urina de
vaca e diferentes volumes da calda com manipueira
Para a variável fitomassa seca da raiz, as linhas de regressão obtidas,
apresentaram efeitos quadráticos para urina de vaca dentro de 250 ml, 500 ml e
linear e quadrático para urina de vaca e 1000 ml da calda com manipueira (Figura
33). O maior valor médio foi obtido quando se utilizou urina de vaca dentro de 1000
ml da calda com manipueira, apresentando o valor de 349,76 g, sendo 145,8 %
superior ao menor valor obtido de 142,28 g, quando se utilizou 250 ml da calda com
manipueira.
Fitomassa seca da raiz (g)
(UV x 250 MP)
Peso da raiz (g)
400
300
200
y = 56,775 + 74,219x - 6,6036x2
R² = 0,7509
100
0
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com urina de vaca (ml)
Figura 33 (A) - Fitomassa seca da raiz em função da interação de urina de vaca
dentro de 250 ml da calda com manipueira
Fitomassa seca da raiz (g)
(UV x 500 MP)
Peso da raiz (g)
400
300
200
y = 103,12 + 135,32x - 25,016x2
R² = 0,7536
100
0
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com urina de vaca (ml)
Figura 33 (B) - Fitomassa seca da raiz em função da interação de urina de vaca
dentro de 500 ml da calda com manipueira
72
Fitomassa seca da raiz (g)
(UV x 1000 MP)
Peso da raiz (g)
400
300
200
100
y = 499,71 - 173,64x + 22,877x2
R² = 0,8997
0
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com urina de vaca (ml)
Figura 33 (C) - Fitomassa seca da raiz em função da interação de urina de vaca
dentro de 1000 ml da calda com manipueira
Figura 33 - Análise de regressão de fitomassa seca da raiz da planta de pinhãomanso aos 360 dias, para a interação de urina de vaca dentro de diferentes volumes
da calda com manipueira (p<0,05 e p<0,01). Lagoa Seca, PB.
5.4.5 - Fitomassa seca do caule, em função da interação da urina de
vaca e diferentes volumes da calda com manipueira
Em relação aos efeitos de regressão, para a variável fitomassa seca do caule,
percebe-se uma tendência quadrática, para as seguintes interações: urina de vaca
dentro de 0 ml, 250 ml, 500 ml e 1000 ml da calda com manipueira (Figura 34). O
maior valor médio obtido foi quando se utilizou urina de vaca dentro de 250 ml de
manipueira (Figura 34 B), apresentando o valor médio de 720,42 g, sendo 70,56%
superior a testemunha com 329,73 g.
Fitomassa seca do caule (g)
(UV x 0 MP)
Peso do caule (g)
800
600
400
y = 663,35 - 248,33x + 49,474x2
R² = 0,9326
200
0
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com urina de vaca (ml)
Figura 34 (A)- Fitomassa seca do caule em função da interação de urina de vaca
dentro de 0 ml da calda com manipueira
73
Fitomassa seca do caule (g)
(UV x 250 MP)
Peso do caule (g)
800
600
400
y = 535,78 - 122,89x + 30,77x2
R² = 0,8676
200
0
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com urina de vaca (ml)
Figura 34 (B) - Fitomassa seca do caule em função da interação de urina de vaca
dentro de 250 ml da calda com manipueira
Fitomassa seca do caule (g)
(UV x 500 MP)
Peso do caule (g)
800
600
400
y = 496,08 - 50,25x + 17,486x2
R² = 0,964
200
0
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com urina de vaca (ml)
Figura 34 (C) - Fitomassa seca do caule em função da interação de urina de vaca
dentro de 500 ml da calda com manipueira
Fitomassa seca do caule (g)
(UV x 1000 MP)
Peso do caule (g)
800
600
400
y = 217,64 + 194,82x - 26,27x2
R² = 0,9784
200
0
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com urina de vaca (ml)
Figura 34 (D) - Fitomassa seca do caule em função da interação de urina de vaca
dentro de 1000 ml da calda com manipueira
Figura 34 - Análise de regressão da fitomassa seca do caule da planta de pinhãomanso aos 360 dias, para interação entre urina de vaca dentro de diferentes
volumes da calda com manipueira (p<0,05 e p<0,01). Lagoa Seca, PB.
74
5.4.6 - Fitomassa seca das folhas, em função da interação da urina de
vaca e diferentes volumes da calda com manipueira
Para a variável fitomassa seca das folhas, os dados de regressão
apresentaram tendência linear e quadrática, nas seguintes interações: urina de vaca
dentro de 0 ml, 750 ml e 1000 ml da calda com manipueira (Figura 35). O maior valor
médio obtido foi quando se utilizou urina dentro de 1000 ml da calda com
manipueira, apresentando valor médio de 91,77 g, representando um incremento de
fitomassa de 132,45 % em relação a testemunha (0MP X 0UV) que obteve 39, 48g.
Fitomassa seca das folhas (g)
(UV x 0 MP)
Peso das folhas (g)
100
80
60
40
y = - 10,109 + 55,93x - 8,863x2
R² = 0,8459
20
0
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com urina de vaca (ml)
Figura 35 (A) - Fitomassa seca das folhas aos 360 dias, em função da interação de urina de
vaca dentro de 0 ml da calda com manipueira
Fitomassa seca das folhas (g)
(UV x 750 MP)
60
40
y = 0,432 + 41,239x -6,0309x2
R² = 0,7616
20
Peso das folhas (g)
Peso das folhas (g)
80
Fitomassa seca das folhas (g)
(UV x 1000 MP)
100
80
60
40
y = 20,464 + 42,587x -7,4973x2
R² = 0,70
20
0
0
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com urina de vaca (ml)
Figura 35 (B) - Fitomassa seca das folhas aos
360 dias, em função da interação de urina de
vaca dentro de 750 ml da calda com manipueira
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com urina de vaca (ml)
Figura 35 (C) - Fitomassa seca das folhas aos
360 dias, em função da interação de urina de
vaca dentro de 1000 ml da calda com manipueira
Figura 35 - Análise de regressão da fitomassa seca de folhas da planta de pinhãomanso aos 360 dias, para interação entre urina de vaca dentro de diferentes
volumes da calda com manipueira (p<0,05 e p<0,01). Lagoa Seca, PB.
75
Como a interação entre os fatores manipueira dentro de diferentes volumes
da calda com urina de vaca também apresentaram efeitos significativos pelo Teste
F, foi realizada uma análise de variância para estudar o efeito da manipueira, dentro
de cada volume da calda com urina de vaca. Os resultados estão apresentados na
Tabela 17.
Tabela 17 - Resumo da análise de variância (Quadrado Médio) das variáveis:
fitomassa seca da raiz, fitomassa seca do caule e fitomassa seca das folhas do
pinhão-manso, aos 360 dias, em função da manipueira, dentro de cada volume da
calda com urina de vaca. Lagoa Seca, PB.
FV
MP dentro de UV0
Efeito Linear
Efeito Quadrático
Efeito Cúbico
Falta de Ajuste
MP dentro de UV250
Efeito Linear
Efeito Quadrático
Efeito Cúbico
Falta de Ajuste
MP dentro de UV500
Efeito Linear
Efeito Quadrático
Efeito Cúbico
Falta de Ajuste
MP dentro de UV750
Efeito Linear
Efeito Quadrático
Efeito Cúbico
Falta de Ajuste
MP dentro de UV1000
Efeito Linear
Efeito Quadrático
Efeito Cúbico
Falta de Ajuste
Resíduo
CV (%)
GL
4
1
1
1
1
4
1
1
1
1
4
1
1
1
1
4
1
1
1
1
4
1
1
1
1
72
Peso Raiz
12.586,74*
7.463,82ns
21.771,67*
12.293,79ns
8.817,69ns
17.286,47**
16.647,62*
1.689,93ns
36.657,58**
14.150,75*
26.686,68**
1.305,31ns
13.857,50ns
84.764,25**
6.819,68ns
6.396,31ns
1.223,79ns
3.992,63ns
4.071,32ns
16.297,53*
7.946,93ns
0,07ns
1,04ns
16.322,41*
15.464,21*
3.505,55
24,64
Peso Caule
8.880,82ns
4.631,10ns
5.102,38ns
25.230,53ns
559,27ns
15.805,76ns
53.805,89**
8.657,99ns
753,86ns
5,30ns
32.609,22**
114.458,97**
6.994,88ns
6.019,17ns
2.963,87ns
16.835,27*
27.829,32*
5.084,64ns
32.378,38*
2.048,77ns
23.103,31**
49.613,71**
22.037,48ns
19.750,47ns
1.011,60ns
6.395,21
15,59
Peso Folhas
254,04ns
524,61ns
2,85ns
486,02ns
2,67ns
598,76**
236,83ns
48,45ns
1.724,10**
385,66ns
795,99**
203,72ns
2.491,78**
303,55ns
184,93ns
93,31ns
116,45ns
11,77ns
74,67ns
170,37ns
383,05ns
95,39ns
1127,44*
23,78ns
285,59ns
162,21
20,57
(**), (*) e (ns) - Significativo a 1, a 5% de probabilidade e não significativo, respectivamente (Teste F)
UV0= 0 ml Urina; UV250= 250 ml Urina; UV500= 500 ml de Urina; UV750= 750 ml Urina; UV1000= 1000 ml Urina
Observando a Tabela 17, verifica-se que quando houve desdobramento das
interações da calda com manipueira, dentro de diferentes volumes da calda com
urina de vaca, os efeitos lineares e quadráticos foram maioria.
76
Para a variável peso seco da raiz, os efeitos não foram significativos, quando
se utilizou manipueira dentro de 500 ml, 750 ml e 1000 ml da calda com urina de
vaca. Em relação a fitomassa seca do caule, os efeitos não foram significativos
quando se utilizou apenas manipueira. Verificou-se também, que os efeitos, para a
fitomassa seca das folhas, não foram significativos em três oportunidades: quando
se utilizou apenas a manipueira, manipueira dentro de 250 ml da calda com urina de
vaca e manipueira dentro de 750 ml da calda com urina de vaca.
5.4.7 - Fitomassa seca da raiz em função da interação manipueira dentro
de diferentes volumes da calda com urina de vaca
Para a variável fitomassa seca da raiz, quando se utilizou manipueira dentro
de 250 ml da calda com urina de vaca e apenas manipueira (MP X 0 UV), os efeitos
apresentaram valores significativos, proporcionando tendência linear e quadrática
respectivamente (Figuras 36 A e 36 B). O maior valor médio, 304,18 g, foi obtido
quando se utilizou manipueira dentro de 250 ml da calda com urina de vaca,
apresentando um aumento de 113,78% em relação ao menor valor obtido de 142,28
g.
Fitomassa seca da raiz (g)
(MP x 250 UV)
300
200
100
y = -0,5304x2 + 32,774x + 178,6
R² = 0,696
400
Peso da raiz (g)
Peso da raiz (g)
400
Fitomassa seca da raiz(g)
(MP x 0 UV)
300
200
100
y = -24,668x2 + 177,36x - 14,553
R² = 0,9911
0
0
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com manipueira (ml)
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com manipueira (ml)
Fig. 36 (A) - Fitomassa seca da raiz de Fig. 36 (B) - Fitomassa seca da raiz de
pinhão-manso aos 360 dias, em função da pinhão-manso aos 360 dias, em função da
interação entre MP dentro de 0 ml de UV
interação entre MP dentro de 250 ml de UV
Figura 36 - Análise de regressão da fitomassa seca da raiz de pinhão-manso aos
360 dias, em função da interação manipueira dentro de 250 ml e 0 ml da calda com
urina de vaca, (p<0,05 e p<0,01). Lagoa Seca, PB.
77
5.4.8 - Fitomassa seca do caule em função da interação manipueira
dentro de diferentes volumes da calda com urina de vaca
Em relação a fitomassa seca do caule, as interações manipueira dentro de
250 ml, 500 ml, 750 ml e 1000 ml da calda com urina de vaca, apresentaram
tendência quadrática (Figura 37), sendo o maior valor médio
568,24 g, obtido
quando se utilizou manipueira dentro de 500 ml da calda com urina de vaca,
demonstrando um incremento de 72,33% de fitomassa seca em relação a
testemunha, com valor de 329,73 g.
Fitomassa seca do caule (g)
(MP x 250 UV)
400
200
y = 264,95 + 111,28x -12,434x2
R² = 0,988
600
Peso do caule (g)
Peso do caule (g)
600
Fitomassa seca do caule (g)
(MP x 500 UV)
400
200
y = 235,88 + 120,55x - 11,176x2
R² = 0,9311
0
0
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com manipueira (ml)
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com manipueira (ml)
Fig. 37 (A) - Fitomassa seca do caule de Fig. 37 (B) - Fitomassa seca do caule de
pinhão-manso aos 360 dias, em função da pinhão-manso aos 360 dias, em função da
interação entre MP dentro de 250 ml de UV
interação entre MP dentro de 500 ml de UV
Fitomassa seca do caule (g)
(MP x 750 UV)
600
400
200
y = 327,85 + 144,4x R² = 0,8606
18,939x2
0
800
Peso do caule (g)
Peso do acule (g)
800
Fitomassa seca do caule (g)
(MP x 1000 UV)
600
400
200
y = 595,32 + 83,807x - 19,838x2
R² = 0,7753
0
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com manipueira (ml)
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com manipueira (ml)
Fig. 37 (C) - Fitomassa seca do caule de Fig. 37 (D) - Fitomassa seca do caule de
pinhão-manso aos 360 dias, em função da pinhão-manso aos 360 dias, em função da
interação entre MP dentro de 750 ml de UV
interação entre MP dentro de 1000 ml de UV
Figura 37 - Análise de regressão da fitomassa seca do caule de pinhão-manso aos
360 dias, em função da interação manipueira dentro de diferentes volumes da calda
com urina de vaca, (p<0,05 e p<0,01). Lagoa Seca, PB.
78
5.4.9 - Fitomassa seca das folhas em função da interação manipueira
dentro de diferentes volumes da calda com urina de vaca
Para a fitomassa seca das folhas, a curva apresentou tendência quadrática,
para a interação manipueira com 500 ml e 1000 ml da calda com urina de vaca
(Figura 38). O maior valor médio foi 91,7 g, 57,76% maior do que o menor valor
médio obtido de 58,17 g.
Fitomassa seca da folha (g)
(MP x 500 UV)
80
60
40
20
y = 115,78 - 37,766x + 6,6705x2
R² = 0,8466
0
80
Peso da folha (g)
Peso da folha (g)
100
Fitomassa seca da folha (g)
(MP x 1000 UV)
60
40
20
y = 27,763 + 25,378x - 4,487x2
R² = 0,7981
0
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com manipueira (ml)
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com manipueirea (ml)
Fig. 38 (A) - Fitomassa seca das folhas de Fig. 38 (B) - Fitomassa seca das folhas de
pinhão-manso aos 360 DIAS, em função da pinhão-manso aos 360 DIAS, em função da
interação entre MP dentro de 500 ml de UV
interação entre MP dentro de 1000 ml de UV
Figura 38 - Análise de regressão da fitomassa seca das folhas de pinhão-manso aos
360 dias, em função da interação entre manipueira dentro de diferentes volumes da
calda com urina de vaca, (p<0,05 e p<0,01). Lagoa Seca, PB.
5.5 - Componentes da produção, em função do uso das caldas com
urina de vaca e manipueira
Após a coleta e tabulação dos dados de número de frutos, peso maduro dos
frutos, peso seco dos frutos e peso seco das sementes de pinhão-manso, realizouse análise estatística visando estudar os efeitos da urina de vaca e da manipueira
sobre o pinhão-manso, em todos os tratamentos. Os resultados são apresentados
na Tabela 18.
79
Tabela 18 - Resumo da análise de variância (Quadrado Médio) das variáveis:
número de frutos, peso do fruto maduro, peso seco do fruto, peso seco das
sementes e teor de óleo das sementes de pinhão-manso aos 360 dias, em função
do uso das caldas com urina de vaca e manipueira. Lagoa Seca, PB.
Número de
Frutos
FV
GL
Urina (UV)
Regressão Linear
Regressão
Quadrática
Regressão Cúbica
Falta de Ajuste
Manipueira (MP)
Regressão Linear
Regressão
Quadrática
Regressão Cúbica
Falta de Ajuste
Interação (UV x MP)
Blocos
Resíduo
CV (%)
4
1
1
168,74**
ns
14,58
1
1
4
1
1
283,22
*
290,08
**
334,04
*
237,62
1
1
16
3
72
898,88
ns
7,43
**
227,05
ns
32,11
43,88
36,26
**
370,30
*
192,23
*
**
Peso do
fruto
maduro
6.736,69**
**
19.135,94
ns
2.795,46
Peso seco
do fruto
Peso seco
das sementes
Teor de
óleo
1.183,32**
**
2.913,21
ns
479,17
617,47**
ns
130,70
*
444,73
10,26ns
ns
0,01
ns
29,59
1.947,88
*
5.431,66
**
14.775,08
ns
4.019,10
47.407,92**
ns
812,57
**
1.296,93
**
2.582,44
**
1.360,44
7.055,31**
ns
750,43
**
1.195,60
**
1.483,79
ns
142,91
168,47
27,61
3.412,04
ns
4.313,30
**
11.741,53
ns
524,17
1.153,79
30,05
(**), (*) e (ns) - Significativo a 1, a 5% de probabilidade e não significativo, respectivamente (Teste F).
*
1.654,33
**
1.850,87
**
969,64
**
809,95
685,47**
**
0,81
ns
11,42
ns
11,88
ns
9,12
18,92ns
ns
*
2.357,03
ns
1,71
**
662,19
ns
58,94
81,07
30,43
**
0,56
ns
18,92
ns
9,97
ns
29,17
7,67
8,30
ns
Nos dados apresentados na Tabela 18, verifica-se que os tratamentos
diferiram entre si para as variáveis: número de frutos, peso do fruto, peso seco dos
frutos e peso seco das sementes, comprovando que a aplicação de diferentes
volumes das caldas com urina de vaca e/ou manipueira, influenciaram diretamente
nos componentes de produção do pinhão-manso durante os 360 dias de cultivo.
A aplicação da calda com urina de vaca nos volumes de 0, 250 ml, 500 ml,
750 ml e 1000 ml, proporcionaram valores médios de: 15,25 unid.; 22,35 unid.; 20,15
unid.; 17,05 unid.; 16,55 unid. respectivamente, para a variável número de frutos por
planta. Para a variável, peso dos frutos maduros: 143,62 g; 107,11 g; 116,19 g;
100,03 g; 98,25 g respectivamente. Para a variável, peso seco dos frutos: 40,57 g;
43,57 g; 47,93 g; 43,14 g; 59,87 g, respectivamente. Em relação a variável peso
seco das sementes, foram encontrados os seguintes valores: 25,44 g; 38,91 g; 29,86
g; 25,79 g; 27,95 g respectivamente.
Para o uso da calda com manipueira, os valores médios obtidos após
aplicação dos volumes da calda de 0, 250, 500, 750 e 1000 ml, na variável número
de frutos, foram: 24,30; 14,00; 17,05; 20,30 e 15,70 unidades respectivamente. Em
80
relação ao peso dos frutos maduros os resultados foram os seguintes: 153,92 g;
89,23 g; 97,55 g; 96,79 g; 127,72 g, respectivamente. Para peso seco dos frutos:
65,13 g; 37,03 g; 42,52 g; 39,56 g; 50,82 g, respectivamente. Para a variável, peso
seco das sementes: 40,21 g; 23,03 g; 26,67 g; 32,74 g; 25,30 g, respectivamente.
Para estudos dos fatores simples (urina de vaca e manipueira) e da interação
entre fatores duplos (urina de vaca x manipueira), observou-se que houve diferença
significativa para as variáveis: número de frutos, peso dos frutos maduros, peso
seco dos frutos e peso seco das sementes de pinhão-manso, evidenciando que o
uso de diferentes volumes das caldas com urina de vaca e manipueira e suas
interações, influenciaram de forma direta nos componentes de produção da planta.
5.5.1 - Número de frutos em função de diferentes volumes da calda com
urina de vaca
Para a variável, número de frutos, o maior resultado médio obtido foi de 22,35
frutos, valor alcançado ao se aplicar o volume de 250 ml da calda com urina de
vaca, sendo 46,55% superior ao valor do tratamento que não recebeu aplicação da
calda com urina de vaca, que foi de 15,25 frutos (Figura 39).
Número de frutos (unid)
Número de frutos
25
20
15
10
y = 7,85 + 7,69x - 1,15x²
R² = 0,7336
5
0
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com urina de vaca (ml)
Figura 39 - Análise de regressão do número de frutos do pinhão-manso, em
função dos volumes da calda com urina de vaca (p<0,05 e p<0,01). Lagoa Seca,
PB.
81
5.5.2. - Peso dos frutos maduros em função de diferentes volumes da
calda com urina de vaca
Para a variável, peso dos frutos maduros, os resultados apresentaram uma
curva de regressão de efeito quadrático, com o maior valor obtido de 143,62 g, do
tratamento que não recebeu a calda com urina de vaca, sendo 46,17% superior ao
valor da aplicação que recebeu 1000 ml da calda com urina de vaca, que foi de
98,25 g (Figura 40).
Peso do fruto maduro (g)
Peso do fruto maduro (g)
160
140
120
100
80
60
40
20
0
y = 164,5 - 28,74x + 3,16x²
R² = 0,8015
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com urina de vaca (ml)
Figura 40 - Análise de regressão do peso do fruto maduro do pinhão-manso, em
função dos volumes da calda com urina de vaca (p<0,05 e p<0,01). Lagoa Seca,
PB.
5.5.3 - Peso seco dos frutos em função de diferentes volumes da calda
com urina de vaca
Em relação a variável peso seco dos frutos, o maior valor médio obtido foi de
59,87 g, quando se utilizou 1000 ml da calda com urina de vaca, representando um
aumento de 47,57%, em relação aos tratamentos que não receberam aplicação da
calda com urina de vaca, com valor médio 40,57 g, apresentando uma tendência
quadrática para aumento do peso seco dos frutos (Figura 41).
82
Peso seco dos frutos (g)
Peso seco dos frutos (g)
70
60
50
40
30
20
10
0
y = 44,72 - 4,03x + 1,30x²
R² = 0,7234
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com urina de vaca (ml)
Figura 41 - Análise de regressão do peso seco do fruto do pinhão-manso, em
função dos volumes da calda com urina de vaca (p<0,05 e p<0,01). Lagoa Seca,
PB.
5.5.4 - Peso seco das sementes em função de diferentes volumes da
calda com urina de vaca
Para a variável, peso seco das sementes, verificou-se que o maior valor
médio obtido foi 38,91 g, utilizando-se 250 ml da calda com urina de vaca,
representando um aumento de 52,95 % quando não se aplicou a calda com urina de
vaca, com valor médio de 25,44 g (Figura 42).
Peso seco das sementes (g)
Peso seco das sementes (g)
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
y = -17,072 + 63,31x - 22,83x² + 2,39x³
R² = 0,919
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com urina de vaca (ml)
Figura 42 - Análise de regressão do peso seco das sementes do pinhão-manso,
em função dos volumes da calda com urina de vaca (p<0,05 e p<0,01). Lagoa
Seca, PB.
83
5.5.5 - Número de frutos em função de diferentes volumes da calda com
manipueira
Para a variável, número de frutos de pinhão-manso, o maior valor médio
absoluto foi 24,30 unidades, quando não se aplicou a calda com manipueira,
representando um incremento de 73,57% em relação à planta que recebeu 250 ml
da calda com manipueira, que apresentou 14,00 unidades (Figura 43).
Número de frutos (unid.)
30
Número de frutos
25
20
15
10
y = 57,02 - 47,75x + 16,72x² - 1,76x³
R² = 0,9944
5
0
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com manipueira (ml)
Figura 43 - Análise de regressão do número de frutos do pinhão-manso, em função
dos diferentes volumes da calda com manipueira (p<0,05 e p<0,01) Lagoa Seca, PB.
5.5.6 - Peso dos frutos maduros em função de diferentes volumes da
calda com manipueira
Para a variável, peso do fruto maduro, verificou-se que o maior valor médio
obtido foi de 153,92 g, quando não se empregou a calda com manipueira,
apresentando um aumento de 72,50%, em relação ao menor valor 89,23 g,
quando se utilizou 250 ml da calda com manipueira (Figura 44).
84
Peso do fruto maduro (g)
Peso do fruto maduro (g)
180
160
140
120
100
80
60
40
20
0
y = 217,57 - 82,555x + 13,012x2
R² = 0,8694
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com manipueira (ml)
Figura 44 - Análise de regressão do peso dos frutos maduros de pinhão-manso, em
função dos diferentes volumes da calda com manipueira (p<0,05 e p<0,01) Lagoa
Seca, PB.
5.5.7 - Peso seco dos frutos em função de diferentes volumes da calda
com manipueira
Para a variável, peso seco dos frutos de pinhão-manso, o maior valor médio
absoluto foi 65,13 g, quando não se aplicou a calda com manipueira, representando
um aumento de 75,88% em relação à planta que recebeu 250 ml de manipueira, que
apresentou 37,03 g (Figura 45).
Peso seco dos frutos (g)
Peso seco dos frutos (g)
70
60
50
40
30
20
y = 89,97 - 32,726x + 5,0197x2
R² = 0,8122
10
0
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com manipueira (ml)
Figura 45 - Análise de regressão do peso seco dos frutos de pinhão-manso, em
função dos diferentes volumes da calda com manipueira (p<0,05 e p<0,01) Lagoa
Seca, PB.
85
5.5.8 - Peso seco das sementes em função de diferentes volumes da
calda com manipueira
Para a variável, peso seco das sementes, verificou-se que o maior valor
médio obtido foi de 40,21 g, quando não se utilizou a calda com manipueira,
apresentando um incremento de 74,60%, em relação ao menor valor 23,03 g,
quando se utilizou 250 ml da calda com manipueira (Figura 46).
Peso seco das sementes (g)
Peso seco das sementes (g)
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
y = 94,64 - 78,915x + 27,312x2 - 2,8608x3
R² = 0,9996
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com manipueira (ml)
Figura 46 - Análise de regressão do peso seco das sementes de pinhão-manso, em
função dos diferentes volumes da calda com manipueira (p<0,05 e p<0,01) Lagoa
Seca, PB.
Como a interação foi significativa pelo Teste F, foi feito uma análise de
variância para estudar o efeito da urina de vaca, dentro de cada volume da calda
com manipueira, cujos resultados são apresentados na Tabela 19.
86
Tabela 19 - Resumo da análise de variância (Quadrado Médio) das variáveis:
número de frutos, peso dos frutos maduros, peso seco dos frutos, peso seco das
sementes de pinhão-manso, em função dos volumes da calda com urina de vaca
dentro de cada volume da calda com manipueira. Lagoa Seca, PB.
FV
GL
UV dentro de MP0
Efeito Linear
Efeito Quadrático
Efeito Cúbico
Falta de Ajuste
UV dentro de MP250
Efeito Linear
Efeito Quadrático
Efeito Cúbico
Falta de Ajuste
UV dentro de MP500
Efeito Linear
Efeito Quadrático
Efeito Cúbico
Falta de Ajuste
UV dentro de MP750
Efeito Linear
Efeito Quadrático
Efeito Cúbico
Falta de Ajuste
UV dentro de MP1000
Efeito Linear
Efeito Quadrático
Efeito Cúbico
Falta de Ajuste
Resíduo
CV (%)
4
1
1
1
1
4
1
1
1
1
4
1
1
1
1
4
1
1
1
1
4
1
1
1
1
72
Número de
frutos
102,55ns
112,23ns
ns
141,45
ns
48,40
ns
108,13
**
259,88
*
280,90
**
604,57
ns
18,23
135,80ns
172,93**
240,10*
**
311,14
ns
16,90
ns
123,56
**
494,68
ns
2,50
**
658,29
**
1.265,63
ns
52,29
46,93ns
3,03ns
ns
154,45
ns
25,60
ns
4,63
43,88
36,26
Peso do fruto
maduro
5.536,74**
9.106,51**
ns
2.416,45
ns
3.197,30
*
7.426,71
**
13.806,42
ns
2.087,59
*
7.299,44
**
26.460,22
19.378,44**
7.454,02**
3.890,56ns
*
4.852,93
**
13.615,36
*
7.457,23
ns
1.788,62
*
6.053,32
ns
0,62
ns
749,87
350,67ns
25.301,91**
14.257,80**
**
22.748,14
ns
554,43
**
63.647,25
1.153,80
30,05
(**), (*) e (ns) – Significativo a 1, a 5% de probabilidade e não significativo, respectivamente (Teste F).
Peso seco do
fruto
930,90**
1.519,18**
**
2.104,18
ns
48,55
ns
51,68
**
1.893,82
**
1.639,30
**
5.159,62
ns
54,62
721,74*
919,11**
569,19ns
**
2.864,15
ns
37,09
ns
205,99
ns
340,97
*
881,25
ns
123,05
ns
259,34
100,26ns
3.022,72**
4.713,89**
ns
17,17
**
5.377,53
**
1.982,29
168,47
27,61
Peso das
sementes
547,07**
757,60**
ns
44,79
*
495,33
**
890,57
**
781,41
**
642,08
**
2.225,41
ns
39,54
218,61ns
303,31**
499,85*
**
592,02
ns
0,36
ns
120,99
**
1.430,65
ns
17,52
**
1.391,71
**
4.303,76
ns
9,59
172,93ns
0,57ns
**
676,03
ns
14,44
ns
0,67
81,07
30,43
UV = urina de vaca
MP0 = 0 mL manipueira; MP250 = 250 mL manipueira; MP500 = 500 mL manipueira; MP750 = 750 mL manipueira; MP1000 = 1000 mL manipueira.
Observando-se a Tabela 19, percebe-se que para a variável número de
frutos, o efeito da urina de vaca (UV) foi significativo, quando se adicionou 250, 500
e 750 ml da calda com manipueira (MP), porém, para os volumes de 0 e 1000 ml,
não houveram efeitos significativos estatisticamente.
Para as variáveis: peso dos frutos maduros, peso seco dos frutos e peso seco
das sementes, obteve-se efeito significativo quando se adicionou a calda com urina
de vaca (UV) dentro de 0 ml, 250 ml, 500 ml, 750 ml e 1000 ml da calda com
manipueira (MP).
87
5.5.9 - Número de frutos em função da interação de urina de vaca e
diferentes volumes da calda com manipueira
Para a variável número de frutos, o maior valor encontrado foi de 33,00
unidades, quando se acrescentou urina de vaca dentro de 750 ml da calda com
manipueira, apresentando um aumento de 325,80% em relação ao menor valor de
7,75 unidades, obtido quando se utilizou apenas a calda com manipueira. (Figura
47).
No estudo da análise de regressão, em função da adição da urina de vaca
(UV), nos diferentes volumes da calda com manipueira (MP), a variável número de
frutos apresentou efeitos significativos. As linhas de tendências foram quadráticas
(Figuras 47 A e 47 B) e cúbicas (Figura 47 C), porém, o melhor resultado foi quando
adicionou-se 750ml da calda com urina de vaca (UV) dentro de 750ml da calda com
manipueira (MP) (Figura 47 C).
Número de frutos
30
25
y = 44,95 - 22,364x +
R² = 0,8518
20
3,2857x2
15
10
5
0
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com urina de vaca (ml)
Número de frutos
Número de frutos (unid)
250 ml MP x UV
Número de frutos (unid)
500 ml MP x UV
30
25
20
15
10
5
0
y = -6,8 + 16,593x - 2,3571x2
R² = 0,7969
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com urina de vaca (ml)
Fig. 47 (A) - Número de frutos de pinhão- Fig. 47 (B) - Número de frutos de pinhãomanso, em função da interação entre urina de manso, em função da interação entre urina de
vaca e 250 ml da calda com manipueira
vaca e 500 ml da calda com manipueira
88
Número de frutos (unid)
750 ml MP x UV
Número de frutos
40
30
20
10
y = 26,80 - 37,22x + 20,38x2 -2,64x3
R² = 0,9736
0
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com urina de vaca (ml)
Fig. 47 (C) - Número de frutos de pinhão-manso, em função da interação entre urina de vaca e
750 ml da calda com manipueira
Figura 47 - Análise de regressão do número de frutos de pinhão-manso, durante os 360
dias, para interação entre urina de vaca dentro de diferentes volumes da calda com
manipueira (p<0,05 e p<0,01). Lagoa Seca, PB.
5.5.10 - Peso dos frutos maduros em função da interação de urina de
vaca e diferentes volumes da calda com manipueira
Na variável peso dos frutos maduros, o maior valor encontrado foi de 224,59
g, quando se acrescentou urina de vaca dentro de 1000 ml da calda com
manipueira, apresentando um acréscimo de 526,82% em relação ao menor valor de
35,83 g, obtido quando se utilizou apenas a calda com manipueira. (Figura 48).
No estudo da análise de regressão em função da adição da urina de vaca,
nos diferentes volumes da calda com manipueira, a variável, peso maduro dos
frutos, apresentou efeitos significativos. As linhas de tendências foram quadráticas
(Figuras 48 A, 48 B, 48 C e 48 E) e linear (Figura 48 D), porém, o melhor resultado
foi quando se adicionou 750 ml da calda com urina de vaca dentro de 1000 ml da
calda com manipueira (Figura 48 E).
89
Peso dofruto maduro (g)
Peso do fruto maduro (g)
Peso do fruto maduro (g)
250 ml MP x UV
Peso do fruto maduro (g)
0 ml MP x UV
200
150
100
y = 143,65 + 40,00x R² = 0,9642
50
9,97x2
0
0
250
500
750
200
150
100
50
0
0
1000
Volumes da calda com urina de vaca (ml)
Figura 48 (A) - Peso dos frutos maduros de
pinhão-manso, em função da interação entre
urina de vaca e 0,0 ml
da calda com
manipueira
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com urina de vaca (ml)
Figura 48 (C) - Peso dos frutos maduros de
pinhão-manso, em função da interação entre
urina de vaca e 500 ml da calda com
manipueira
500
750
1000
Figura 48 (B) - Peso dos frutos maduros de
pinhão-manso, em função da interação entre
urina de vaca e 250 ml da calda com
manipueira
Peso do fruto maduro (g)
Peso do fruto maduro (g)
y = 9,93 + 97,40x -18,60x2
R² = 0,9203
250
Volumes da calda com urina de vaca (ml)
Peso do fruto maduro (g)
500 ml MP x UV
160
140
120
100
80
60
40
20
0
y = 240,21 - 152,91x + 27,977x2
R² = 0,9556
Peso do fruto maduro (g)
750 ml MP x UV
140
120
100
80
60
40
20
0
y = -12,302x + 133,69
R² = 0,8461
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com urina de vaca (ml)
Figura 48 (D) - Peso dos frutos maduros de
pinhão-manso, em função da interação entre
urina de vaca e 750 ml da calda com
manipueira
90
Peso do fruto maduro (g)
Peso do fruto maduro (g)
1000 ml MP x UV
250
200
150
100
y = -127,59 + 159,52x - 20,30x2
R² = 0,7911
50
0
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com urina de vaca (ml)
Figura 48 (E) - Peso dos frutos maduros de pinhão-manso, em função da interação entre urina de
vaca e 1000 ml da calda com manipueira
Figura 48 - Análise de regressão do peso de frutos maduros de pinhão-manso, durante os
360 dias, para interação entre urina de vaca dentro de diferentes volumes da calda com
manipueira (p<0,05 e p<0,01). Lagoa Seca, PB.
5.5.11 - Peso seco dos frutos em função da interação de urina de vaca e
diferentes volumes da calda com manipueira
Para a variável peso seco dos frutos, o maior valor encontrado foi de 89,04 g,
quando se acrescentou urina de vaca dentro de 0 ml da calda com manipueira,
apresentando um aumento de 82,01% em relação ao menor valor de 48,92 g, obtido
quando se utilizou 250 ml de urina de vaca dentro de 0 ml da calda com manipueira.
(Figura 49).
No estudo da análise de regressão em função da adição da urina de vaca
(UV), nos diferentes volumes da calda com manipueira (MP), a variável, peso seco
dos frutos apresentou efeitos significativos. As linhas de tendências foram lineares
(Figura 49 D), quadráticas (Figuras 49 A, 49 B e 49 C) e cúbicas (Figura 49 E),
porém, o melhor resultado foi quando se adicionou 1000 ml da calda com urina de
vaca (UV) dentro de 0 ml da calda com manipueira (MP) (Figura 49 A).
91
100
Peso seco dos frutos (g)
Peso seco dos frutos (g)
Peso seco dos frutos (g)
0 ml MP x UV
80
60
40
y = 89,55 - 30,616x +
R² = 0,9731
20
6,1298x2
0
0
250
500
750
Peso seco dos frutos (g)
250 ml MP x UV
80
y = 123,43 - 63,99x + 9,59x2
R² = 0,8975
60
40
20
0
0
1000
Volumes da calda com urina de vaca (ml)
250
500
750
1000
Volumes da calda com urina de vaca (ml)
Peso seco dos frutos (g)
500 ml MP x UV
80
Peso seco dos frutos (g)
Peso seco dos frutos (g)
Figura 49 (A) - Peso seco dos frutos de Figura 49 (B) - Peso seco dos frutos de
pinhão-manso, em função da interação pinhão-manso, em função da interação entre
entre urina de vaca e 0 ml da calda com urina de vaca e 250 ml da calda com
manipueira
manipueira
60
40
y = -18,86 + 46,68x - 7,15x2
R² = 0,9339
20
0
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com urina de vaca (ml)
Figura 49 (C) - Peso seco dos frutos de
pinhão-manso, em função da interação
entre urina de vaca e 500 ml da calda com
manipueira
Peso seco dos frutos (g)
750 ml MP x UV
60
50
40
30
20
10
0
y = 23,78 + 5,25x
R² = 0,811
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com urina de vaca (ml)
Figura 49 (D) - Peso seco dos frutos de
pinhão-manso, em função da interação entre
urina de vaca e 750 ml da calda com
manipueira
92
Peso seco dos frutos (g)
1000 ml MP x UV
Peso seco dos frutos (g)
100
80
60
40
20
y = 23,90 - 27,83x + 29,09x2 - 4,65x3
R² = 0,9526
0
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com urina de vaca (ml)
Figura 49 (E) - Peso seco dos frutos de pinhão-manso, em função da interação entre urina
de vaca e 1000 ml da calda com manipueira
Figura 49 - Análise de regressão do peso seco dos frutos de pinhão-manso, durante
os 360 dias, para interação entre urina de vaca dentro de diferentes volumes da
calda com manipueira (p<0,05 e p<0,01). Lagoa Seca, PB.
5.5.12 - Peso seco das sementes em função da interação de urina de
vaca e diferentes volumes da calda com manipueira
Na variável, peso seco das sementes, o maior valor encontrado foi de 59,63
g, quando se acrescentou urina de vaca dentro de 0 ml da calda com manipueira,
apresentando um acréscimo de 90,51% em relação ao menor valor de 31,30 g,
obtido quando se utilizou 500 ml de urina de vaca dentro de 0 ml da calda com
manipueira (Figura 50).
No estudo da análise de regressão em função da adição da urina de vaca,
nos diferentes volumes da calda com manipueira, a variável, peso seco das
sementes, apresentou efeitos significativos. As linhas de tendências foram
quadráticas e cúbicas, porém, o melhor resultado foi quando se acrescentou 250 ml
da calda com urina de vaca dentro de 0 ml da calda com manipueira (Figura 50 A).
93
70
60
50
40
30
20
10
0
Peso seco das sementes (g)
Peso seco das sementes (g)
Peso seco das sementes (g)
0 ml MP x UV
y = -2,25 + 70,22x - 27,28x2 + 2,93x3
R² = 0,593
0
250
500
750
Peso seco das sementes (g)
250 ml MP x UV
50
y = 78,29 - 40,37x + 5,98x2
R² = 0,8956
40
30
20
10
0
0
1000
Peso seco das sementes (g)
500 ml MP x UV
40
30
20
y = -6,69 + 23,04x - 3,25x2
R² = 0,90
10
0
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com urina de vaca (ml)
Figura 50 (C) - Peso seco das sementes de
pinhão-manso, em função da interação entre
urina de vaca e 500 ml da calda com
manipueira
500
750
1000
Figura 50 (B) - Peso seco das sementes de
pinhão-manso, em função da interação entre
urina de vaca e 250 ml da calda com
manipueira
Peso seco das sementes (g)
Peso seco das sementes (g)
Figura 50 (A) - Peso seco das sementes de
pinhão-manso, em função da interação entre
urina
de vaca e 0,0 ml da calda com
manipueira
250
Volumes da calda com urina de vaca (ml)
Volumes da calda com urina de vaca (ml)
Peso seco das sementes (g)
750 ml MP x UV
80
60
y = -149,36 + 234,57x - 82,78x2 + 8,64x3
R² = 0,9983
40
20
0
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com urina de vaca (ml)
Figura 50 (D) - Peso seco das sementes de
pinhão-manso, em função da interação entre
urina de vaca e 250 ml da calda com
manipueira
94
Peso seco das sementes (g)
Peso seco das sementes (g)
1000 ml MP x UV
40
30
20
y = 0,61 + 20,96x - 3,47x2
R² = 0,9782
10
0
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com urina de vaca (ml)
Figura 50 (E) - Peso seco das sementes de pinhão-manso, em função da interação entre urina de
vaca e 1000 ml da calda com manipueira
Figura 50 - Análise de regressão do peso seco das sementes de pinhão-manso, durante
os 360 dias, para interação entre urina de vaca dentro de diferentes volumes da calda
com manipueira (p<0,05 e p<0,01). Lagoa Seca, PB.
Como a interação de urina de vaca com manipueira foi significativa pelo Teste
F, foi realizada uma análise de variância para estudar, também, o efeito da
manipueira dentro de cada volume da calda com urina de vaca. Com base nos
dados obtidos, realizou-se a análise estatística para as variáveis: número de frutos,
peso dos frutos maduros, peso seco dos frutos e peso seco das sementes,
apresentada na Tabela 20.
95
Tabela 20 - Resumo da análise de variância (Quadrado Médio) das variáveis:
número de frutos, peso dos frutos maduros, peso seco dos frutos, peso das
sementes de pinhão-manso aos 360 dias após o plantio, em função dos volumes de
manipueira dentro de diferentes volumes da calda com urina de vaca. Lagoa Seca,
PB.
FV
MP dentro de UV0
Efeito Linear
Efeito Quadrático
Efeito Cúbico
Falta de Ajuste
MP dentro de UV250
Efeito Linear
Efeito Quadrático
Efeito Cúbico
Falta de Ajuste
MP dentro de UV500
Efeito Linear
Efeito Quadrático
Efeito Cúbico
Falta de Ajuste
MP dentro de UV750
Efeito Linear
Efeito Quadrático
Efeito Cúbico
Falta de Ajuste
MP dentro de UV1000
Efeito Linear
Efeito Quadrático
Efeito Cúbico
Falta de Ajuste
Resíduo
CV (%)
GL
4
1
1
1
1
4
1
1
1
1
4
1
1
1
1
4
1
1
1
1
4
1
1
1
1
72
Número de
frutos
**
247,88
**
555,03
ns
123,02
*
216,23
97,23ns
362,70**
115,60ns
ns
114,29
**
893,03
**
327,89
**
425,70
ns
96,10
ns
0,07
1.368,90**
237,73*
168,30**
25,60ns
*
208,29
ns
24,03
**
415,29
ns
37,68
ns
24,03
ns
24,45
ns
99,23
ns
3,00
43,88
36,26
Peso do fruto
maduro
**
12.373,88
ns
4.249,16
**
44.475,37
ns
743,13
27,86ns
11.107,07**
12.738,47**
ns
514,49
**
23.247,34
*
7.927,97
**
15.269,32
**
11.594,71
**
13.087,63
*
6.958,78
29.436,16**
20.511,94**
62.286,82**
ns
4.080,75
ns
959,22
**
14.720,98
ns
2.572,82
ns
2.286,30
*
5.626,63
ns
2.213,10
165,26ns
1.153,80
30,05
Peso seco dos
frutos
2.303,94**
**
6.859,42
ns
322,32
ns
235,81
1.798,23**
336,64ns
11,76ns
ns
546,19
ns
399,61
ns
389,00
**
2.233,92
**
1.578,16
**
1.338,00
1.607,19**
4.412,34**
1.101,27**
1.047,45*
ns
96,44
**
2.815,18
ns
446,02
**
2.549,85
ns
12,86
**
10.019,48
ns
11,92
155,14ns
168,47
27,61
Peso das
sementes
**
921,18
**
2.362,22
*
471,37
**
573,65
277,49ns
1.269,88**
439,83*
*
536,43
**
3.504,76
**
598,48
**
865,95
**
640,08
ns
3,16
2.355,76**
464,79*
377,85**
44,04ns
*
499,99
ns
55,96
**
911,42
ns
157,47
ns
161,97
ns
109,56
ns
299,04
ns
59,31
81,07
30,43
(**), (*) e (ns) – Significativo a 1, a 5% de probabilidade e não significativo, respectivamente (Teste F).
MP = Manipueira
UV0 = 0 ml Urina; UV250 = 250 ml Urina; UV500 = 500 ml de Urina; UV750 = 750 ml Urina; UV1000 = 1000 ml Urina.
Nos dados da Tabela 20, observa-se que para as variáveis, número de frutos
e peso seco das sementes, houve diferença significativa quando se utilizou
manipueira dentro de 0 ml, 250 ml, 500 ml e 750 ml da calda com urina de vaca; já
na variável, peso seco dos frutos, houve diferença significativa quando usou-se 0 ml,
500 ml, 750 ml e 1000 ml da calda com urina de vaca. No entanto, para a variável,
peso maduro dos frutos, a interação foi significativa entre a manipueira e todos os
volumes da calda com urina de vaca.
96
5.5.13 - Número de frutos em função da interação da manipueira e
diferentes volumes da calda com urina de vaca
No estudo do desdobramento da calda com manipueira dentro de cada
volume da calda com urina de vaca, o maior valor médio absoluto em relação ao
número de frutos do pinhão-manso foi 33,00 unidades, obtido quando se utilizou
manipueira dentro de 250 ml da calda com urina de vaca, isto significa um
incremento de 325,80%, em relação ao menor valor (7,75 unidades), quando se
aplicou 750 ml de manipueira dentro de 0 ml da calda com urina de vaca.
No estudo de regressão, em função do uso da manipueira dentro dos volumes
da calda com urina de vaca, para a variável, número de frutos do pinhão-manso,
observou-se que houve efeito significativo, verificando-se linhas de tendência
quadráticas e cúbicas, quando se aplicou manipueira dentro de 0 ml, 250 ml, 500 ml
e 750 ml da calda com urina de vaca (Figura 51).
30
25
20
15
10
5
0
Número de frutos
250 ml UV x MP
y = 14,75 + 20,35x - 11,64x2 + 1,5x3
R² = 0,9391
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com manipueira (ml)
Figura 51 (A) - Número de frutos de pinhãomanso, em função da interação entre
manipueira e 0,0 ml da calda com urina de
vaca
Número de frutos
Número de frutos
Número de frutos
0 ml UV x MP
35
30
25
20
15
10
5
0
y = 52,6 - 23,05x + 2,25x2 + 0,31x3
R² = 0,9966
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com manipueira (ml)
Figura 51 (B) - Número de frutos de pinhãomanso, em função da interação entre
manipueira e 250 ml da calda com urina de
vaca
97
Número de frutos
500 ml UV x MP
Número de frutos
750 ml UV x MP
30
20
y = -37,85 + 53,11x - 12,96x2 + 0,91x3
R² = 0,9999
10
0
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com manipueira (ml)
Figura 51 (C) - Número de frutos de pinhãomanso, em função da interação entre
manipueira e 500 ml da calda com urina de
vaca
Número de frutos
Número de frutos
40
30
25
20
15
10
5
0
y = -4,55 + 18,78x - 3,16x2
R² = 0,8328
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com manipueira (ml)
Figura 51 (D) - Número de frutos de pinhãomanso, em função da interação entre
manipueira e 750 ml da calda com urina de
vaca
Figura 51 - Análise de regressão de número de frutos do pinhão-manso, em função
da adição de manipueira dentro dos respectivos volumes da calda com urina de
vaca: 0 ml, 250 ml, 500 ml e 750 ml, (p<0,05 e p<0,01). Lagoa Seca, PB.
5.5.14 - Peso dos frutos maduros em função da interação da manipueira
e diferentes volumes da calda com urina de vaca
Para a variável, peso dos frutos maduros de pinhão-manso, o maior valor
médio foi de 224,59 g, quando se utilizou manipueira dentro de 0 ml da calda com
urina de vaca, representando um aumento de 526,82% em relação ao valor de 35,83
g, obtido quando se utilizou 1000 ml da calda com manipueira dentro de 750 ml da
calda com urina de vaca.
No estudo de regressão em função do uso da manipueira dentro dos volumes
da calda com urina de vaca, para a variável peso dos frutos maduros de pinhãomanso, verificou-se que houve efeito significativo (Figura 52).
98
Peso do fruto maduro (g)
Peso do fruto maduro (g)
Peso do fruto maduro (g)
0 ml UV x MP
250
200
150
100
50
y = 309,97 - 158,78x +
R² = 0,9844
0
0
250
500
28,18x2
Peso do fruto maduro (g)
250 ml UV x MP
200
150
100
y = -44,69 + 138,38x - 23,94x2
R² = 0,7473
50
0
750
0
1000
250
Peso do fruto maduro (g)
500 ml UV x MP
200
150
100
y = -34,52 + 76,72x - 7,22x2
R² = 0,7774
50
0
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com manipueira (ml)
Figura 52 (C) - Peso do fruto maduro de
pinhão-manso, em função da interação entre
manipueira e 500 ml da calda com urina de
vaca
750
1000
Figura 52 (B) - Peso do fruto maduro de
pinhão-manso, em função da interação
entre manipueira e 250 ml da calda com
urina de vaca
Peso do fruto maduro (g)
Peso do fruto maduro (g)
Figura 52 (A) - Peso do fruto maduro de
pinhão-manso, em função da interação entre
manipueira e 0,0 ml da calda com urina de
vaca
500
Volumes da calda com manipueira (ml)
Volumes da calda com manipueira (ml)
Peso do fruto maduro (g)
750 ml UV x MP
250
200
y = 278,17 - 90,68x + 8,53x2
R² = 0,8089
150
100
50
0
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com manipueira (ml)
Figura 52 (D) - Peso do fruto maduro de
pinhão-manso, em função da interação
entre manipueira e 750 ml da calda com
urina de vaca
99
Peso do fruto maduro (g)
Peso do fruto maduro (g)
1000 ml UV x MP
150
100
y = 145,74 - 52,58x + 10,02x2
R² = 0,7689
50
0
0
250
500
750
1000
Volumes da calda com manipueira (ml)
Figura 52 (E) - Peso do fruto maduro de pinhão-manso, em função da interação entre
manipueira e 1000 ml da calda com urina de vaca
Figura 52 - Análise de regressão do peso dos frutos maduros de pinhão-manso, em
função da manipueira dentro de cada volume da calda com urina de vaca (p<0,05 e
p<0,01), Lagoa Seca, PB.
5.5.15 - Peso seco dos frutos em função da interação entre manipueira e
diferentes volumes da calda com urina de vaca
No estudo do desdobramento da calda de manipueira dentro de cada volume
da calda com urina de vaca, o maior valor médio em relação ao peso seco dos frutos
do pinhão-manso foi 89,04 g, obtido quando se utilizou manipueira dentro de 1000
ml da calda com urina de vaca, isto significa um incremento de 366,91%, em relação
ao menor valor (19,07 gramas), quando se aplicou 1000 ml de manipueira dentro de
0 ml da calda com urina de vaca.
No estudo da regressão, em função do uso da manipueira dentro dos volumes
da calda com urina de vaca, para a variável, peso seco dos frutos do pinhão-manso,
observou-se que houve efeito significativo, verificando-se linhas de tendência
quadráticas e cúbicas, quando se aplicou manipueira dentro de 0 ml, 500 ml, 750 ml
e 1000 ml da calda com urina de vaca (Figura 53).
100
80
Peso seco dos frutos (g)
500 ml UV x MP
y = 62,65 + 20,26x - 15,81x2 + 2,02x3
R² = 0,8049
60
40
20
0
0
250
500
750
Peso seco dos frutos (g)
Peso seco dos frutos (g)
Peso seco dos frutos (g)
0 ml UV x MP
80
60
40
y = -21,74 + 42,42x - 5,23x2
R² = 0,7141
20
0
0
1000
Volume da calda com manipueira (ml)
Peso seco dos frutos (g)
Peso seco dos frutos (g)
750 ml UV x MP
80
60
40
20
y = -58,07 + 117,33x - 35,65x2 + 3,14x3
R² = 0,8305
0
0
250
500
750
1000
Volume da calda com manipueira (ml)
Figura 53 (C) - Peso seco do fruto de pinhãomanso, em função da interação entre
manipueira e 750 ml da calda com urina de
vaca
500
750
1000
Figura 53 (B) - Peso seco do fruto de
pinhão-manso, em função da interação
entre manipueira e 500 ml da calda com
urina de vaca
Peso seco dos frutos (g)
Figura 53 (A) - Peso seco do fruto de pinhãomanso, em função da interação entre
manipueira e 0,0 ml da calda com urina de
vaca
250
Volume da calda com manipueira (ml)
Peso seco dos frutos (g)
1000 ml UV x MP
100
y = 155,20 - 80,82x + 13,37x2
R² = 0,9836
80
60
40
20
0
0
250
500
750
1000
Volume da calda com manipueira (ml)
Figura 53 (D) - Peso seco do fruto de
pinhão-manso, em função da interação
entre manipueira e 1000 ml da calda com
urina de vaca
Figura 53 - Análise de regressão do peso seco dos frutos de pinhão-manso, em
função da manipueira dentro de cada volume da calda com urina de vaca (p<0,05 e
p<0,01), Lagoa Seca, PB.
101
5.5.16 - Peso seco das sementes em função da interação da manipueira
e diferentes volumes da calda com urina de vaca
Para a variável, peso seco das sementes de pinhão-manso, o maior valor
médio foi de 59,63 g, quando se utilizou manipueira dentro de 250 ml da calda com
urina de vaca, representando um aumento de 148,97% em relação ao valor de 23,95
g, obtido quando se utilizou manipueira dentro de 500 ml de urina de vaca.
No estudo de regressão em função do uso da manipueira dentro dos volumes
da calda com urina de vaca, para a variável, peso seco das sementes de pinhãomanso, verificou-se que houve efeito significativo quando se aplicou manipueira
dentro de 0 ml, 250 ml, 500 ml e 750 ml de calda com urina de vaca (Figura 54).
Peso seco das sementes (g)
50
40
y = 168,37 - 184,58x + 66,05x2 - 7,01x3
R² = 0,9247
30
20
10
0
0
250
500
750
1000
Volume da calda com manipueira (ml)
Figura 54 (A) - Peso seco das sementes de
pinhão-manso, em função da interação
entre manipueira e 0,0 ml da calda com
urina de vaca
Peso seco das sementes (g)
Peso seco das sementes (g)
250 ml UV x MP
Peso seco das sementes (g)
0 ml UV x MP
80
60
y = 199,01 - 206,95x + 74,67x2 - 8,01x3
R² = 0,8508
40
20
0
0
250
500
750
1000
Volume da calda com manipueira (ml)
Figura 54 (B) - Peso seco das sementes de
pinhão-manso, em função da interação entre
manipueira e 250 ml da calda com urina de
vaca
102
60
y = 126,96 - 148,35x + 57,79x2 - 6,39x3
R² = 0,8658
40
20
0
0
250
500
750
1000
Volume da calda com manipueira
Figura 54 (C) - Peso seco das sementes de
pinhão-manso, em função da interação
entre manipueira e 500 ml da calda com
urina de vaca
Peso seco das sementes (g)
Peso seco das sementes (g)
Peso das sementes (g)
500 ml UV x MP
Peso das sementes (g)
750 ml UV x MP
40
30
20
10
y = 81,72 - 81,24x + 32,67x2 - 3,81x3
R² = 0,6909
0
0
250
500
750
1000
Volume da calda com manipueira
Figura 54 (D) - Peso seco das sementes de
pinhão-manso, em função da interação entre
manipueira e 750 ml da calda com urina de
vaca
Figura 54 - Análise de regressão do peso seco das sementes de pinhão-manso, em
função da manipueira dentro de cada volume da calda com urina de vaca (p<0,05 e
p<0,01), Lagoa Seca, PB.
5.5.17 - Análise do teor de óleo nas sementes do pinhão-manso
O teor médio de óleo nas sementes de pinhão-manso, aos 360 dias, nos 25
tratamentos, foi de 33,39% e os melhores resultados 35,03%, 36,0% e 37,15%, foram
alcançados pelas plantas submetidas aos seguintes tratamentos respectivamente:
T23 (500 ml MP e 1000 ml UV); T3 (500 ml MP e 0 ml UV) e T4 (750 ml MP e 0 ml
UV), este último apresentando um teor médio de óleo nas sementes 20% superior ao
do Tratamento 13, que alcançou o menor percentual (31%). Os resultados da análise
de variância não foram significativos, corroborando com Albuqurque et. al (2008).
Os resultados de produção diferem dos obtidos por Drumond et. al (2008),
Silva (2009) e Queiroz (2012), exceto em relação ao teor de óleo das sementes.
5.6 - Identificação das plantas espontâneas presentes na área
experimental
Foram coletadas e identificadas, como plantas espontâneas predominantes
no cultivo do pinhão-manso (Jatropha curcas L.) 3.670 indivíduos (Tabela 21),
103
correspondente a 18 espécies, distribuídas por 11 famílias: as famílias Asteraceae e
Poaceae apresentaram maior número de espécies, sendo que a Tiririca (Cyperus
rotundus L.) e a Espinho-de-carneiro (Acanthospermun hispidum L.), se destacaram
das demais. A Tiririca (Cyperus rotundus L.) aparece cerca de 39,62% e o Espinhode-carneiro (Acanthospermum hispidum L.), cerca de 22,78%. Resultados
semelhantes foram obtidos por Feitosa et al. (2009), no cultivo de pinhão-manso na
região de Maringá, PR.
Tabela 21 - Número de quadrados (QO) onde a espécie foi encontrada, números de
indivíduos (NI), frequência (F), frequência relativa (FR), densidade (D), densidade
relativa (DR), abundância (A), abundância relativa (AR) e índice de importância (IR)
de espécies espontâneas na área de cultivo do pinhão-manso, Lagoa Seca, PB.
-2
ESPÉCIE
QO
NI
F
FR%
Dm
DR
A
AR
IR
Cyperus rotundus L.
Amaranthus
hybridus Thell.
Echinochloa
colonum (L.) Link.
Brachiaria
decumbens Stapf.
Cenchrus echinatus
L.
Eleusine indica (L.)
Gaertn.
Ipomoea triloba L.
Tagetes minuta L.
Chenopodium
ambrosioides L.
Acanthospermum
hispidum DC.
Partemum
hysterophorus L.
Mimosa pudica L.
Sida cordifolia L.
Ricinus communis
L.
Senna obtusifolia
(L.) Irwin & Barneby
Blainvillea
rhomboidea Cass.
Richardia
brasiliensis Gomes
18
1454
0,90
13,33
72,70
39,62
80,78
25,81
78,76
11
54
0,55
8,15
2,70
1,47
4,91
1,57
11,19
9
139
0,45
6,67
6,95
3,79
15,44
4,93
15,39
12
587
0,60
8,89
29,35
15,99
48,92
15,63
40,51
4
26
0,20
2,96
1,30
0,71
6,50
2,08
5,75
4
2
2
180
5
13
0,20
0,10
0,10
2,96
1,48
1,48
9,00
0,25
0,65
4,90
0,14
0,35
45,00
2,50
6,50
14,38
0,80
2,08
22,24
2,42
3,91
6
41
0,30
4,44
2,05
1,12
6,83
2,18
7,74
18
836
0,90
13,33
41,80
22,78
46,44
14,84
50,95
8
6
16
42
22
100
0,40
0,30
0,80
5,93
4,44
11,85
2,10
1,10
5,00
1,14
0,60
2,72
5,25
3,67
6,25
1,68
1,17
2,00
8,75
6,22
16,57
6
11
0,30
4,44
0,55
0,30
1,83
0,59
5,33
2
4
0,10
1,48
0,20
0,11
2,00
0,64
2,23
5
125
0,25
3,70
6,25
3,41
25,00
7,99
15,10
6
31
0,30
4,44
1,55
0,84
5,17
1,65
6,94
3670
6,75
100
183,5
100
312,99
100
300
TOTAL
As Asteraceae estão entre as primeiras plantas espontâneas que surgem
após o preparo do solo, devido a sua adaptação em locais desbravados, possui uma
104
grande produção de sementes aonde uma única planta chega a produzir de 3000 a
6000 sementes, apresenta um fácil processo de dispersão no solo em estado de
dormência podem germinar após três a cinco anos (LORENZI, 2000).
De acordo com Beltrão (2000), das 250 espécies tidas como problemáticas,
dentre as dez mais agressivas e competitivas, oito são gramíneas ou ciperáceas,
possuidoras de metabolismo fotossintético C4, eficientes, e cinco são perenes,
destacando a Tiririca (Cyperus rotundus L.).
5.7 - Uso da urina de vaca e manipueira na prevenção e controle de
pragas
Algumas pragas comuns à cultura do pinhão-manso como: percevejo pintado
(Pachycoris torridus), tripes (Selenothrips rubrocincta) e a cigarrinha (Empoasca
kraemeri), foram observadas na área experimental, porém, sem danos severos ao
longo da pesquisa, no entanto, o ácaro branco (Polyphagotarsonemus latus),
produziu danos em proporções maiores, embora sem causar impactos significativos,
sendo que a análise do seu controle, ficou prejudicada devido a perda natural das
folhas das plantas no período do seu aparecimento.
As plantas mais atacadas foram as que se submeteram aos tratamentos T8
(500 ml MP e 250 ml UV), T15 (1000 ml MP e 500 ml UV), T20 (1000 ml MP e 750
ml UV e T25 (1000 ml MP e 1000 ml UV), com valores médios de 10 folhas atacadas
por planta, enquanto as plantas menos atacadas foram aquelas submetidas aos
tratamentos T7 (250 ml MP e 250 ml UV), T17 (250 ml MP e 750 ml UV) e o T21
(250 ml MP e 1000 ml UV), com os seguintes valores médios obtidos
respectivamente: 3,2; 3,6 e 3,4 folhas atacadas por planta. Tais resultados,
corroboram com o que Alburquerque et al. (2007) afirmaram sobre o aumento de
incidência do ácaro branco, em função de maiores teores de nitrogênio.
O ácaro branco (Polyphagotarsonemus latus), é um ácaro polífago (que se
alimenta de várias plantas) e que eventualmente pode causar danos ao pinhãomanso. Ele incide nas folhas novas tornando-as coriáceas (rijas e resistentes, mais
espessas, com pequenos cristais espalhados que dificultam curvaturas do limbo e o
funcionamento dos estômatos) e quebradiças. (ALBUQUERQUE et al. 2007).
105
A manipueira é um ótimo defensivo contra diversas pragas e doenças,
destacando-se também pelos seus elevados níveis de nutrientes, logo se apresenta
com um caráter alternativo e natural para sua utilização (BORSZOWSKEI et al.
2009). Já a urina de vaca, um bioinseticida natural, pode ser utilizado na agricultura,
pois é composto por vários nutrientes essenciais à planta, destacando- se o
nitrogênio (PESAGRO-RIO, 2001). Entretanto Alburquerque et al. (2007), ressaltam
que quando aplica-se esse nutriente em grande quantidade aumenta o grau de
vulnerabilidade da planta ao ataque do ácaro branco, e Daud et al. (2007), ressaltam
que além do adubo nitrogenado, outros fatores podem se somar para favorecer o
ataque de ácaros, tais como alguma forma de estresse, baixa população de
predadores e a localização dos ácaros na base das folhas, o que os protege contra o
efeito mecânico da chuva.
5.8 - Propriedades químicas do solo sob a ação da urina de vaca e da
manipueira
Para a verificação do efeito da aplicação da urina de vaca e da manipueira no
solo, foram realizadas análises de solo antes e depois do plantio. Para efeito de
comparação, foram utilizados os valores da profundidade de 0 a 20 cm.
Observando as Figuras 55, 56, 57, 58 e 59 percebe-se mudanças em
praticamente todos os valores dos elementos químicos do solo após um ano de
pesquisa, sendo alguns com maior e outros em menor proporção.
Os teores de Ca+2 não apresentaram mudanças expressivas em relação ao
valor da primeira análise de 2,40 cmolc dm-3, exceto nos tratamentos T11 e T10, que
se elevaram alcançando teores de 2,9 e 3,2 cmolc dm-3 respectivamente (Figura 55).
O Mg+2 foi o elemento que apresentou a maior elevação nos seus teores, em
relação ao valor da primeira análise de 1,10 cmolc dm-3, em todos as amostras dos
tratamentos, com destaque para os resultados dos tratamentos T12 e T14, que
apresentaram teores de Mg2+ de 4,4 cmolc dm-3 e 3,9 cmolc dm-3 respectivamente. Os
valores de H+Al+3 também reduziram em todos os tratamentos, sendo que mais de
50% dos tratamentos ficaram com valores abaixo de 2,0 cmolc dm-3 (Figura 55).
106
O íon Na+ apresentou redução em todos os tratamentos em relação ao valor
da primeira análise de 0,27 cmolc dm-3, com teores abaixo de 0,11 cmolc dm-3, sendo
o menor valor 0,03 cmolc dm-3 do tratamento T10. O valor de potássio (K+) na
primeira análise foi de 0,29 cmolc dm-3, e com exceção dos tratamentos T2, T3, T9,
T11, T13 e T24, houve elevação dos teores nos demais tratamentos (Figura 56).
Em relação a soma de bases trocáveis (SB), houve elevação dos valores em
todos os tratamentos em relação ao valor da primeira análise de 3,81, destacando-se
os resultados dos tratamentos T12 e T14 com 7,7 e 7,0 respectivamente. Os
resultados da capacidade de troca catiônica (CTC) apresentaram redução em todos
os tratamentos em relação ao valor da primeira análise de 8,27, em torno de 50% nas
amostras de solo dos tratamentos, no entanto, uma elevação nos teores dos
tratamentos T11, T12 e T14 (Figura 57).
O valor de fósforo assimilável (P) na primeira análise foi de 15,21 mg dm-3 e
apresentou redução em todos os valores dos tratamentos submetidos a urina de vaca
e manipueira (Figura 58). O pH só apresentou valor semelhante ao da primeira
análise (5,6) no Tratamento T24, nos demais houve elevação, com destaque para os
tratamentos T4, T5 e T12, que apresentaram valores entre 6,2 e 6,4 (Figura 59).
5,00
cmolc/dm3
4,00
3,00
2,00
1,00
0,00
1
2
3
4
5
6
7
8
9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
Tratamentos
Ca
Mg
H + Al
Figura 55 - Resultados de Ca+2, Mg+2, e H+ Al+3 em cada tratamento após a
biofertilização com urina de vaca e manipueira, Lagoa Seca, PB.
T1
T2
T3
T4
T5
-
0 UV
0 UV
0 UV
0 UV
0 UV
0 MP
250 MP
500 MP
750 MP
1000 MP
T6 - 250 UV
0 MP
T7 - 250 UV
250 MP
T8 - 250 UV
500 MP
T9 - 250 UV
750 MP
T10 - 250 UV 1000 MP
T11
T12
T13
T14
T15
-
500 UV
500 UV
500 UV
500 UV
500 UV
0 MP
250 MP
500 MP
750 MP
1000MP
T16 T17 T18 T19 T20 -
750
750
750
750
750
UV
0 MP
UV 250 MP
UV 500 MP
UV 750 MP
UV 1000 MP
T21
T22
T23
T24
T25
- 1000 UV
- 1000 UV
- 1000 UV
- 1000 UV
- 1000 UV
0 MP
250 MP
500 MP
750 MP
1000 MP
107
0,50
cmolc/dm3
0,40
0,30
0,20
0,10
0,00
1
2
3
4
5
6
7
8
9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
Tratamentos
Na
K
Figura 56 - Resultados de Na+ e K+ em cada tratamento após a biofertilização com
urina de vaca e manipueira, Lagoa Seca, PB.
T1
T2
T3
T4
T5
-
0 UV
0 UV
0 UV
0 UV
0 UV
0 MP
250 MP
500 MP
750 MP
1000 MP
T6 - 250 UV
0 MP
T7 - 250 UV
250 MP
T8 - 250 UV
500 MP
T9 - 250 UV
750 MP
T10 - 250 UV 1000 MP
T11
T12
T13
T14
T15
-
500 UV
500 UV
500 UV
500 UV
500 UV
0 MP
250 MP
500 MP
750 MP
1000MP
T16 T17 T18 T19 T20 -
750
750
750
750
750
UV
0 MP
UV 250 MP
UV 500 MP
UV 750 MP
UV 1000 MP
T21
T22
T23
T24
T25
- 1000 UV
- 1000 UV
- 1000 UV
- 1000 UV
- 1000 UV
0 MP
250 MP
500 MP
750 MP
1000 MP
3
9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
12,00
cmolc/dm3
10,00
8,00
6,00
4,00
2,00
0,00
1
2
4
5
6
7
8
Tratamentos
SB
T
Figura 57 - Resultados de Somas de Base e CTC em cada tratamento após a
biofertilização com urina de vaca e manipueira, Lagoa Seca, PB.
T1
T2
T3
T4
T5
-
0 UV
0 UV
0 UV
0 UV
0 UV
0 MP
250 MP
500 MP
750 MP
1000 MP
T6 - 250 UV
0 MP
T7 - 250 UV
250 MP
T8 - 250 UV
500 MP
T9 - 250 UV
750 MP
T10 - 250 UV 1000 MP
T11
T12
T13
T14
T15
-
500 UV
500 UV
500 UV
500 UV
500 UV
0 MP
250 MP
500 MP
750 MP
1000MP
T16 T17 T18 T19 T20 -
750
750
750
750
750
UV
0 MP
UV 250 MP
UV 500 MP
UV 750 MP
UV 1000 MP
T21
T22
T23
T24
T25
- 1000 UV
- 1000 UV
- 1000 UV
- 1000 UV
- 1000 UV
0 MP
250 MP
500 MP
750 MP
1000 MP
108
Fósforo assimilável, mg/dm3
3,50
3,00
2,50
2,00
1,50
1,00
0,50
0,00
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
Tratamentos
Figura 58 - Resultados de fósforo assimilável em cada tratamento após a
biofertilização com urina de vaca e manipueira, Lagoa Seca, PB.
T1 T2 T3 T4 T5 -
0 UV
0 UV
0 UV
0 UV
0 UV
0 MP
250 MP
500 MP
750 MP
1000 MP
T6 - 250 UV
0
T7 - 250 UV
250
T8 - 250 UV
500
T9 - 250 UV
750
T10 - 250 UV 1000
MP
MP
MP
MP
MP
T11 T12 T13 T14 T15 -
500 UV
500 UV
500 UV
500 UV
500 UV
0 MP
250 MP
500 MP
750 MP
1000MP
T16 T17 T18 T19 T20 -
750
750
750
750
750
UV
0 MP
UV 250 MP
UV 500 MP
UV 750 MP
UV 1000 MP
T21
T22
T23
T24
T25
-
1000 UV
1000 UV
1000 UV
1000 UV
1000 UV
0 MP
250 MP
500 MP
750 MP
1000 MP
6,60
6,40
pH, H2O
6,20
6,00
5,80
5,60
5,40
5,20
5,00
4,80
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
Tratamentos
Figura 59 - Resultados do pH em cada tratamento após a biofertilização
T1 T2 T3 T4 T5 -
0 UV
0 UV
0 UV
0 UV
0 UV
0 MP
250 MP
500 MP
750 MP
1000 MP
T6 - 250 UV
0
T7 - 250 UV
250
T8 - 250 UV
500
T9 - 250 UV
750
T10 - 250 UV 1000
MP
MP
MP
MP
MP
T11 T12 T13 T14 T15 -
500 UV
500 UV
500 UV
500 UV
500 UV
0 MP
250 MP
500 MP
750 MP
1000MP
T16 T17 T18 T19 T20 -
750
750
750
750
750
UV
0 MP
UV 250 MP
UV 500 MP
UV 750 MP
UV 1000 MP
T21
T22
T23
T24
T25
-
1000 UV
1000 UV
1000 UV
1000 UV
1000 UV
0 MP
250 MP
500 MP
750 MP
1000 MP
109
Percebe-se, ao analisar os resultados obtidos, que os biofertilizantes
manipueira e urina de vaca agiram diretamente, nos teores dos elementos químicos
do solo da área experimental do pinhão-manso, após 12 aplicações, durante os 360
dias de cultivo, corroborando com estudos realizados por Melo et al. (2006), nos
quais, verificaram as concentrações residentes dos íons de sódio, potássio, cálcio e
magnésio ao utilizarem manipueira em diferentes texturas de solo.
Por apresentar elevados teores de fósforo (219 ppm), potássio (1.675 ppm),
cálcio (225ppm) e magnésio (366 ppm), a manipueira caracteriza-se como um
resíduo promissor na manutenção da fertilidade do solo (CEREDA & FIORETTO,
1981). Quimicamente, a manipueira sustenta a potencialidade como fertilizante, haja
vista sua riqueza em potássio, nitrogênio, magnésio, fósforo, cálcio, enxofre, e
outros micronutrientes (CARDOSO, 2005).
Fioretto (1987), utilizando a manipueira na fertirrigação constatou que a
aplicação de doses crescentes de manipueira resulta em aumento de fósforo e
potássio, assim também como magnésio trocável na solução de solo, mostrando-se
eficiente na fertirrigação de milho e algodão.
110
6 CONCLUSÕES
De acordo com as condições edafoclimáticas em que foi conduzido o
experimento, pode-se concluir que:
- Os diferentes volumes dos biofertilizantes com urina de vaca e manipueira,
influenciaram no crescimento das plantas de pinhão-manso durante os 360 dias,
exceto na variável altura das plantas;
- A aplicação de 1000 ml do biofertilizante a base de urina de vaca, proporcionou
incremento no diâmetro caulinar de 4,75%, no número de folhas de 18,70% e na área
foliar de 236, 53%, quando comparados a testemunha;
- O uso de 1000 ml da calda com manipueira, proporcionou um aumento no número
de folhas e na área foliar nas plantas de pinhão-manso de 53,48% e 414,02%,
respectivamente, quando comparado ao menor valor obtido;
- A interação da urina de vaca com 1000 ml da calda com manipueira proporcionou
um incremento em diâmetro caulinar de 23,53% em relação ao menor valor e em
área foliar de 543,01%;
- A interação manipueira com 1000 ml do biofertilizante a base de urina de vaca,
ocasionou um aumento de 22,5% e de 837,67% nas variáveis diâmetro caulinar e
área foliar respectivamente, em relação ao menor valor;
- As taxas de crescimento relativo das variáveis: altura, diâmetro e área foliar das
plantas de pinhão-manso, obtiveram seu ponto máximo entre 60, 120 e 240 dias
respectivamente;
- A maior taxa de crescimento relativo, para altura da planta, foi de 0,013 cm.cm
-1
dia-1 para a dosagem de 250 ml da calda de urina de vaca e 750 ml da calda com
manipueira;
- Para o diâmetro da planta, a maior taxa de crescimento relativo, foi de 0,0031 mm.
mm-1 dia-1, quando se utilizou o volume de 250 ml de calda de urina de vaca e 1000
ml da calda com manipueira;
111
- A taxa de crescimento relativo da variável área foliar apresentou seu ponto máximo
aos 240 dias com valor de 0,41 cm².cm-2 dia-1 , nas plantas submetidas a 500 ml da
calda com urina de vaca e 250 ml da calda com manipueira;
- A fitomassa seca do caule e das folhas da planta do pinhão-manso, foram afetadas
de forma positiva pela urina de vaca, apresentando incremento, em relação a
testemunha, de 40,71% (500 ml da calda com urina de vaca) e 50,03% (1000 ml da
calda com urina de vaca), respectivamente;
- A fitomassa seca da raiz apresentou um incremento de 145,8% em relação ao
menor valor obtido, quando se utilizou urina de vaca com 1000 ml de manipueira;
- O maior valor obtido de fitomassa seca do caule foi obtido pelas plantas submetidas
a interação de urina de vaca com 250 ml da calda com manipueira
- Quando se utilizou urina de vaca com 1000 ml da calda com manipueira, a
fitomassa seca das folhas de pinhão-manso, obteve 132,45% de incremento em
relação a testemunha;
- A utilização da manipueira com 500 ml da calda com urina de vaca, apresentou um
aumento de 72,33% de fitomassa seca do caule, em relação ao menor valor obtido;
- A utilização da manipueira com 500 ml e 1000 ml da calda com urina de vaca,
aumentou em 57,76% a fitomassa seca das folhas do pinhão-manso, em relação ao
menor valor obtido;
- Nas variáveis de produção, os diferentes volumes de urina de vaca e manipueira
apresentaram efeitos positivos, no entanto, o excesso de chuva e as baixas
temperaturas ocorridas entre seis e oito meses de cultivo afetaram negativamente;
- A maior quantidade de frutos foi obtida quando adicionou-se 750ml da calda com
urina de vaca dentro de 750ml da calda com manipueira;
- Na variável peso dos frutos maduros, o maior valor encontrado foi quando se
acrescentou urina de vaca dentro de 1000 ml da calda com manipueira;
- O maior valor do peso seco das sementes foi obtido quando se utilizou manipueira
dentro de 250 ml da calda com urina de vaca;
112
- Em relação ao teor de óleo das sementes das plantas de pinhão-manso,
submetidas a diferentes volumes das caldas com urina de vaca e manipueira, os
resultados não apresentaram diferença significativa;
- Em relação as plantas espontâneas, foram identificadas 3.670 indivíduos no cultivo
do pinhão-manso, predominando as espécies: Cyperus rotundus L. (Tiririca) e
Acanthospermun hispidum L. (Espinho-de-carneiro);
- As pragas presentes no cultivo não afetaram significativamente e o ácaro branco
(Polyphagotarsonemus latus) atacou no total 10 folhas por planta do pinhão-manso;
- As plantas menos atacadas pelo ácaro branco, foram aquelas submetidas aos
volumes de calda com proporção maior de urina de vaca, apresentando em média
dano em 3,4 folhas/planta comprovando seu efeito repelente;
- A adição dos biofertilizantes a base de urina de vaca e manipueira, em diferentes
volumes, alteraram o equilíbrio iônico de elementos presente no solo, podendo ser
consideradas como fontes de nitrogênio e potássio para culturas agrícolas
oleaginosas,
- A urina de vaca e a manipueira contribuíram para a elevação do pH do solo, do
magnésio e da soma de bases trocáveis.
- Os efeitos dos biofertilizantes com urina de vaca e manipueira foram positivos, em
todas as variáveis estudadas, e individualmente a manipueira teve atuação superior
em relação a urina de vaca, na maioria dos resultados obtidos, no entanto, o uso
simultâneo destes produtos orgânicos, foi melhor para as plantas de pinhão-manso.
113
7 REFERÊNCIAS
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