1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 ATA 14/2009 – ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA DO CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE DE PELOTAS. No dia 23 de julho de 2009, com início às 18h30min, no auditório da Casa dos Conselhos, Pelotas, realizou-se uma ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA DO CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE DE PELOTAS, com a seguinte pauta: 1. Informes; 2. Aprovação das Atas 02/2009; 3. 9ª Conferência Municipal de Saúde- Formação da Comissão Organizadora e outras definições; 4. Farmácia Popular; 5. Contratualização dos hospitais de ensino: Plano Operativo 2009-2010; A assembléia foi presidida pelo conselheiro Francisco Neto de Assis e secretariada pela conselheira Jacqueline da Silva Dutra. Contou com a participação de 35 conselheiros que assinaram o livro de presença. 1. Informes: Da Direção: O presidente Francisco relata que houve reunião da direção (Francisco, Patrícia e Vasco) na secretaria no dia de ontem, 22/07, com todos os representantes dos hospitais para tratar do processo de contratualização dos hospitais de ensino. Nesta reunião ficou definido que no mês de novembro se fará uma analise de todo o processo até o momento com o acompanhamento do Conselho. Foi definido também que o novo Plano Operativo que vigorará a partir de janeiro, terá como base a necessidade de assistência total do Município e não apenas as médias realizadas, como antes. Informa que foi anunciado na reunião que a Santa Casa manifestou com documentação por escrito, junto ao Prefeito, a intenção de assumir a integralidade da urgência e emergência do Município, inclusive a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Como não havia representante da SMS no início da reunião e tendo sido informado que esta necessita realizar Informe Especial sobre a Gripe H1N1, o presidente Francisco inverte a ordem dos informes passando para os conselheiros a palavra para posterior fala da SMS. Dos Conselheiros: O conselheiro Francisco Roig, Cons Área Rural, lembra que houve um curso de Inclusão Digital na última semana, e apesar de poucos conselheiros terem conseguido comparecer, foi um curso de suma importância para o controle social. Informa e convoca a todos os conselheiros e a quem estes possam repassar este pedido, de que no site do Conselho Nacional de Saúde um link para votação para que a Emenda Constitucional nº 29 tenha processo de regulamentação rápido (www.cns.gov.br). Expõe que nesta tarde participou de uma palestra dada por Ana Casalinho que está ministrada aos profissionais da saúde das unidades básicas sobre a epidemia de gripe H1N1. Diante disso entende que a Secretaria realmente está se mobilizando e capacitando os profissionais para o acolhimento e a continuidade do tratamento da população. O conselheiro Belletti, Casa do Trabalhador, informa que no Curso de Inclusão Digital os conselheiros participantes foram os seguintes: no módulo II, Rosa Britto, Florisval, Francisco Arduim, e Francisco Roig; já no módulo I participaram os conselheiros Julio Artigas, Vanilda e Anastácio Micelli; e teve na quinta-feira uma abertura especial com a participação do conselheiro José Carril, AACVV, quando veio o representante do Ministério da Saúde no Rio Grande do Sul, o administrador do núcleo do Rio Grande do Sul e a presidente da AACVV, Zeli, que participou de um dia e meio. Houver participação de representantes da 3ª CRS (Coordenadoria Regional de Saúde), assim como também de quatro representantes da cidade do Chuí. O conselheiro Belletti relata que na segunda-feira (20/07) participou de audiência como representação do Conselho Gestor na Procuradoria da República com o Max Palombo a respeito do CEREST referente a suspensão de recursos ao CEREST pela falta de utilização/liberação por parte da SMS, feita Ministério da Saúde. Nesta reunião foi informado pelo administrador do CEREST, Mário que o atual espaço não era adequado às necessidades do Centro para prestação de atendimento por isso ficou estabelecido o prazo de 45 dias para providenciar novo local para funcionamento. Para tanto foi montada uma comissão que está em busca de prédio que comporte o 2 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 atendimento. Relata que o Conselho Gestor do CEREST solicitou a este uma série de documentos no dia 17/03/09, entre eles a prestação de contas. No dia de hoje recebeu um documento que dizia constar tais informações em anexo, e de boa fé assinou o recebimento, mas quando verificou estava faltando a metade das informações solicitadas, como por exemplo: o Relatório Patrimonial, a prestação de contas, etc. Outra questão importante que está ocorrendo é o fato de alguns dos gastos do CEREST autorizados pela SMS não estão sendo empenhados com próprios do CEREST, e acabam usando outros recursos da saúde, como por exemplo, a despesa de combustível dos carros do CEREST não estão sendo retirados da conta do CEREST e sim da SMS, o que por muitas vezes acaba faltando para outros serviços da SMS. Informa que o Estado passará a fazer fiscalização dos municípios que estão em Gestão Plena, por orientação do Secretário Estadual de Saúde, Osmar Terra. Diante disso relata que foi convidado para acompanhar essa fiscalização nas unidades de Pelotas principalmente as que recebem o Verão e Inverno Gaúcho. Expõe que dia 24/07/09 está prevista uma atividade da ANVISA de treinamento de pessoal relacionado à gripe H1N1, na região. A conselheira Jaqueline, SINURGS, expõe sua preocupação quanto ao agravamento do quadro da gripe H1N1, que atualmente não se tem apenas os “casos importados”, qualquer um pode ser contaminado, pois não há como identificar onde o vírus se localiza, o que traz a ampliação dos casos e faixas etárias atingidas, o que pode prejudicar e agravar muito a situação do sistema de saúde. É preciso pensar na questão de como é possível contribuir e ajudar na prevenção do avanço dos casos. Lembra que por Pelotas ter característica de cidade universitária, em alguns dias vários alunos de dentro e fora do Estado, estarão retornando ao Município devido ao começo das aulas, podendo haver um aumento no número de casos, sendo um fator importante e necessitando de atenção e programação dos órgãos da saúde. Salienta a importância de incrementar a divulgação sobre procedimentos preventivos da gripe em todos os segmentos. Relata que até o momento não verificou nenhum tipo de informativo sobre a gripe nos transportes coletivos, o que acredita que seja muito importante a SMS começar a fazer esse trabalho informativo, assim como em outros lugares de aglomeração. Da SMS: Zita, responsável pela Vigilância Epidemiológica faz esclarecimentos sofre a Influenza e H1N1, explicando que trata-se de um vírus que está circulando junto com o vírus comum de gripe sazonal. Lembra que num primeiro momento quando começaram a surgir os casos de Influenza H1N1 no México e nos Estados Unidos a proposta do Ministério da Saúde era tentar bloquear que o vírus entrasse no Brasil. Naquele momento estava-se tentando monitorar todos os casos de sintoma de gripe, que tinham vindo de países da onde o vírus já estava circulando normalmente (Argentina, Canadá, México, Chile, Estados Unidos, Austrália, Reino Unido). Se alguém viesse de algum lugar desses com sintomas de gripe ou que tivesse tido contato com alguém que apresentou sintoma de gripe, havia o monitoramento. Expõe que a situação mudou quando, há uns 15 dias surgiram casos de pessoas com o vírus confirmado e não haviam saído do País nem tinham contato com alguém infectado, não podendo, assim vincular essas pessoas com outras que tivessem saído. Nesse momento constatou-se que o vírus já estava circulando pelo Brasil, principalmente aqui no Rio Grande do Sul que no inverno é período epidêmico para gripe, ou seja, é um período que acontecem muitos casos de gripe e muito próximo da Argentina, onde o vírus já está circulando junto com os outros. Nesse momento o Ministério da Saúde mudou a estratégia não mais tentando bloquear o vírus, mas sim cuidando dos casos graves. A Secretaria esta monitorando e controlando todos os casos de doenças respiratórias aguda grave, que é uma das conseqüências da gripe, independendo se é da gripe sazonal ou da H1N1, porque na verdade esse vírus não é 3 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 141 142 143 144 145 146 147 148 149 150 muito diferente do vírus sazonal (gripe comum). Os sintomas são leves, quase 100% das pessoas com a H1N1 curam-se normalmente, sendo que menos de 1% apresentam complicações que podem chegar ao óbito. Até o momento, desde que começou do monitoramento, houve18 casos que já foram considerados suspeitos, foi feito acompanhamento dos familiares e outros que tiveram contato com o paciente com suspeita. Destes não houve nenhum caso confirmado ainda, mas está se aguardando nove exames que ainda não voltaram do laboratório. Explica que o caso confirmado e noticiado pela imprensa foi detectado em Porto Alegre, este paciente voltava da Austrália já doente e foi acompanhado e coletou exames na Capital. Este paciente não chegou a vir para Pelotas, mas como sua família é daqui, informou seu endereço em Pelotas, ficando registrado como caso do Município. Foi o único caso confirmado daqui. Explica que esta sendo feito um trabalho conjunto entre Departamento de Saúde Pública, Vigilância em Saúde e os hospitais, sendo montado um comitê que se reunirá para avaliar a situação e com isso a estratégia sofre constantes adaptações conforme a necessidade do momento. Quanto às ações preventivas, esclarece que foi feito reuniões com as escolas antes das férias para passar as orientações necessárias quando retornassem. Estão sendo feitas reuniões com vários segmentos informando como se prevenir do vírus. Quanto ao material informativo, expõe que todo o material entregue pela 3ª CRS (Coordenadoria Regional de Saúde) está sendo distribuindo. A medida que o material vai chegando vai suprindo-se as escolas e outras instituições que solicitam, sendo que a próxima ação a ser realizada será nos transportes coletivos. Todas as Unidades de Saúde vão atender síndrome gripal. Toda a gripe é tratada da mesma forma. Toda ela tem a mesma gravidade. Porque não tem diferença da gravidade da H1N1 da influenza e da gripe sazonal. Todas as unidades estão sendo capacitadas para atender as suspeitas de gripe, por isso qualquer febre e qualquer sintoma gripal a orientação é para não fica em casa tentando fazer passar a gripe, a orientação é para procurar o médico, procurar a unidade de saúde, pois quem fará a avaliação individual de cada um é o médico. A princípio a pessoa com sintoma de gripe tem prioridade no atendimento. O conselheiro Francisco Roig, Cons. Área Rural, solicita que seja explicado que medidas foram adotadas para proteção dos profissionais que estão fazendo esses atendimentos à população. Zita explica que o profissional que fizer atendimento direto a pacientes com sintomas de gripe a orientação é usar máscara, assim como quem ficar a menos de dois metros do paciente, o recepcionista, enfermeiro, dentista, etc. tem a mesma orientação. Todas as unidades já receberam um kit, com máscara, mais quantidade de luvas. Explica que o vírus fica no ar no momento que a pessoa tosse ou espirra, ou em superfícies lisas como mesa, maçaneta de porta, corrimão, etc, e por isso é orientado que sempre se lave as mãos. Caso a pessoa já esteja gripada deve evitar sair de casa, conforme a orientação médica passada na avaliação, que deve ser feita. Explica que não é indicado que todas as pessoas utilizem mascaras porque o vírus “gosta” de superfícies quentes e úmidas, e a utilização de mascaras, de forma contínua e incorreta, pode aumentar as chances de contaminação. Zita pede tranqüilidade aos conselheiros e população, pois não é de agora que a SMS vem trabalhando no enfrentamento da H1N1, já vem sendo desenvolvido um trabalho desde abril. Salienta que o que a população deve fazer é se cuidar, prevenir qualquer tipo de gripe, pois considera um agravante da região sul o fato da população estar “acostumada” a se gripar, o que é errado. Quanto a contaminação da população idosa, acredita que não haverá problemas, uma vez que, geralmente, tratam-se de pessoas que sabem “se cuidar”, previnem-se, o que não ocorre com a população mais jovem, que não faz prevenção, prova disso é que os números são bem maiores nesta faixa etária. 2. Aprovação da ata 02/2009: O conselheiro Vasco solicita que passe a constar nas atas o 4 151 152 153 154 155 156 157 158 159 160 161 162 163 164 165 166 167 168 169 170 171 172 173 174 175 176 177 178 179 180 181 182 183 184 185 186 187 188 189 190 191 192 193 194 195 196 197 198 199 200 número total de conselheiros participantes, seguido do número por cada segmento. Colocado em votação a aprovação da ata 2/2009 que é aprovado por 24 votos a favor, nenhum contrário e 5 abstenções. 3. 9ª Conferência Municipal de Saúde- Formação da Comissão Organizadora e outras definições: O presidente Francisco lê os pareceres das comissões: COMFIN: Sem parecer por falta de quorum; COMTEC: A comissão sugere que a Comissão Organizadora realize a conferência, entre o final de setembro e a primeira quinzena de outubro, com a prévia definição dos delegados. O presidente Francisco solicita a manifestação ou indicação de pessoas interessadas em compor a Comissão Organizadora. A comissão fica formada por Ana Lucia Costa, Niara, Vasco Morales e Jaqueline Dutra, que é aprovada por unanimidade com 31 votos a favor. Lembrando que mesmo que não façam parte, os demais conselheiros podem e devem ajudar na organização da Conferência 4. Farmácia Popular: O presidente Francisco explica que este ponto foi pautado a pedido dos conselheiros Vasco e Belletti e para subsidiar o assunto foi solicitado ao Ministério da Saúde que enviasse um representante ou material sobre o assunto, mas nenhuma das solicitações foram atendidas. Faz a leitura dos pareceres das comissões: COMFIN: Sem parecer por falta de quorum; COMTEC: Convidar representantes do MS para uma plenária específica para esclarecer o Conselho e orientar a fiscalização. Expõe que no Município existem várias empresas que se cadastraram no Ministério da Saúde para terem Farmácia Popular. Explica que em levantamento feitos sobre os recursos repassados para Fundo Nacional de Saúde para essas empresas é significativo – da ordem de R$ 1.400.000,00 reais em 2008, em torno de R$1.800.000,00 por empresa, valor este muito superior ao que assistência farmacêutica do Município recebe do mesmo fundo. Relata que estes valores são apenas das redes que atuam aqui no Município, desconsiderando aquelas redes que atuam em vários municípios, como por exemplo, a Panvel. O conselheiro Francisco Roig expõe que graças ao curso de inclusão digital, o conselheiro que participou deste aprendeu como acessar o site do Ministério e ali é possível encontrar que hoje existem 32 farmácias que aderiram ao plano da Farmácia Popular. Relata que em análise feita foi possível constatar divergências muito grandes, como por exemplo, farmácias que até o dia 20/07/09 já tinham recebido R$ 226.000,00 reais de repasse do Ministério para fornecer medicação para três tipos de tratamentos: diabéticos, hipertensos e anticoncepcionais. O que se percebeu com isso foi que a variedade e tipos de tratamento que o Programa abrange é limitado em relação aos valores que estão sendo disponibilizados de produtos que estão sendo disponibilizados na farmácia popular. Existem farmácias cadastradas que recebem um valor bem menor, R$ 3.000,00, R$ 5.000,00, R$ 7.000,00, mas outras os valores chamam atenção por ser bem mais altos. Salienta que os valores altos podem ser devido ao volume de venda, por se tratarem de farmácias maiores, ou redes maiores; já essa com recebimento bem menor podem ser farmácias de bairros onde a venda é baixa. Relata que extra oficialmente soube que o Ministério já esta auditando a situação em Passo Fundo e que muito em breve estará em Pelotas. O conselheiro Belletti expõe que 19 farmácias do Município receberam em 2008 R$ 1.856.405,06, lembrando que mais farmácias foram cadastradas até o dia de hoje. Na região existem outros 8 municípios que também tiveram farmácias cadastradas no programa que receberam juntas R$ 661.086,00, mas em contrapartida houve uma única farmácia de Rio Grande recebeu R$ 484.580,00 reais. Canguçu que possui cinco farmácias cadastradas onde uma recebeu R$ 5.000,00 reais, mas as outras quatro receberam R$ 900.416,00 reais. Explica que as farmácias cadastradas vendem, pela Farmácia Popular, 12 princípios ativos para tratamento de Diabetes, Hipertensão e ainda contraceptivos, que totalizam 390 marcas. Destaca que Pelotas recebeu R$ 1.750.000,00, isto é mais de R$ 90.000,00 reais a menos que as 5 201 202 203 204 205 206 207 208 209 210 211 212 213 214 215 216 217 218 219 220 221 222 223 224 225 226 227 228 229 230 231 232 233 234 235 236 237 238 239 240 241 242 243 244 245 246 247 248 249 250 farmácias, mesmo com uma obrigação muito maior de atendimento. O mesmo ocorreu com o município de Canguçu que recebeu do Governo Federal R$ 201.000,00 enquanto que às farmácias foram repassados R$ 900.000,00. Entende que deve ser feita uma Audiência Pública abordando todos os aspectos tanto de valores como de algumas irregularidades já denunciadas, isto é, um debate maior com todos os interessados, comunidade, Gestor, demais farmácias, etc. O conselheiro Vasco lembra que quando começou a ser discutida a questão da farmácia popular foi sugerido que primeiro as secretarias dos municípios fizessem a sua farmácia popular, e que esses medicamentos passariam pela Fio Cruz. Explica que na ocasião foi contra esse Programa pois os municípios já recebem verba para compra de outros medicamentos, alem dos que são da farmácia básica ouda lista da cesta básica. Relata que como contador tem como cliente algumas farmácias e exemplifica o caso de uma que em 2008 tentava se cadastrar e somente em março de 2009 conseguiu, sendo que dos medicamentos vendidos em março apenas agora em julho que o Ministério está repassando a verba. Outra farmácia é cadastrada há dois anos e apesar de estar se falando que são valores altos mas o que será repassado não chega a 10% do valor que a farmácia fatura e assim mesmo só recebe 60 dias depois. Acredita ser uma obrigação do Ministério da Saúde fornecer medicamentos à população, mas também é necessário que haja fiscalização de todos os órgãos responsáveis, Ministério Público, Ministério da Fazenda, etc. Explica que quando uma farmácia se cadastra do Programa deve informar que fatura no mês através de um programa que repassa as informações ao Ministério da Saúde, e após sessenta dias este faz o pagamento, então o que a farmácia faturou lá em março, agora em julho é que estará sendo depositado para ela, lembrando que é cobrado do cliente da farmácia apenas 1 a 2% do valor do medicamento, por exemplo, um medicamento de R$10,00, o governo paga 8,00 ou 8,50 e o resto é a pessoa que vai custear. Relata que a entrega de medicamentos da Farmácia Popular em casa é possível pois, quase todas as farmácias tem cadastro de seus clientes (cartão de crédito, de desconto, etc.), com todos os dados necessários e as receitas dos medicamentos são válidas por 4 meses. Para que as farmácias se enquadrem no programa devem estar em dia com todos os impostos porque de 6 em 6 meses elas tem que renovar certidões do INSS, do Fundo de Garantia, do ICMS e da Receita Federal. O conselheiro Francisco Arduim, ASUFPel, sugere que seja solicitado o número de pessoas cadastradas no Município que esta utilizando o Programa. A conselheira Anelise, ATSF, entende que existem duas “brechas” no Programa, a obrigatoriedade de o paciente ter que apresentar a receita atualizada apenas de 4 em 4 meses, e não existe um cadastro único, por exemplo, um mesmo paciente pode se cadastrar em mais de uma farmácia não acusando duplicidade de cadastro. Levanta a questão de que se o paciente deixar de comprar o medicamento pelo seu cadastro aquela cota dele não poderá ser utilizada, por outras pessoas, ou até mesmo pelo proprietário da farmácia que poderia lançar a venda em nome do cliente, “pagando” o valor correspondente ao cliente e recebendo o recurso do Ministério da saúde, quase 90% do valor do medicamento. Salienta também a questão da procedência e qualidade desses medicamentos, uma vez que não há um controle por parte do Ministério que apenas custeia parte do valor informado. O conselheiro Francisco Roig, Cons. Área Rural, lembra que existia um programa onde o município deveria cadastrar todos seus pacientes diabéticos e hipertensos, enviar essa informação ao Ministério e este repassaria os medicamentos necessário, mas devido ao alto custo de transporte e também demora nas informações, o Ministério passou a repassar de forma diferente, tomando como base o total da população do município, multiplicando por 75%(valor estimado de pessoas que utilizam o SUS), e também com base na média de idade em que as pessoas apresentam hipertensão e diabetes (a partir dos 20 anos), e com esses 6 251 252 253 254 255 256 257 258 259 260 261 262 263 264 265 266 267 268 269 270 271 272 273 274 275 276 277 278 279 280 281 282 283 284 285 286 287 288 289 290 291 292 293 294 295 296 297 298 299 300 dados faz um cálculo para encaminhar os recursos correspondentes a quantidade necessária de medicamentos. Entende que esta acontecendo neste momento é o pagamento duplo pelo tratamento desses pacientes, uma vez que, na maioria dos casos os pacientes procuram os postos, estes estão com a medicação em falta, o que faz com que os pacientes procurem as farmácias populares para comprar os medicamentos subsidiados, então o Governo Federal manda recursos aos municípios e ainda subsidia 90% dos medicamentos para esses pacientes. O presidente Francisco informa que devido a um compromisso assumido terá que deixar a plenária passando sua coordenação para a vice-presidente Patrícia Cavada. A conselheira Gislaine, SIMERS, concorda com a conselheira Anelise sobre a questão da qualidade dos medicamentos, pois também entende que não há um controle sobre a qualidade dos produtos importados ou matérias primas importadas e a falta de controle por parte do Ministério da Saúde, pois existem vários fatores que influenciam a qualidade e eficiência dos produtos, como por exemplo, luminosidade, umidade, etc. Considera um problema sério contra a saúde os medicamentos similares pois são utilizados pela população como sendo iguais aos da linha ética, o que não é verdade e pode acabar prejudicando a saúde dos pacientes. Relata que o Conselho de Medicina estabeleceu o prazo de cinco anos para a regularização e habilitação dessas industrias, mas particularmente acha que estas continuaram vendendo os medicamentos durante esse período e quando o prazo acabar irão fechar pois já terão lucrado bastante. A conselheira Jacqueline sugere que se uma o parecer da COMTEC a sugestão do conselheiro Belletti de audiência pública, isto é convidar representantes do Ministério da Saúde para participar de uma Audiência Pública, o que ampliará a discussão. Colocado em votação a sugestão da conselheira Jacqueline, ficando o conselheiro Belletti de organização a realização do evento, que é aprovado por unanimidade com 29 votos a favor. 5. Contratualização dos hospitais de ensino: Plano Operativo 2009-2010: A presidente Patrícia lê os pareceres das comissões: COMFIN - Sem parecer por falta de quorum; COMTEC - Que se priorize a necessidade de cobertura assistencial da população e que a SMS apresente até 06 de agosto o que se solicitou na última plenária, ou seja, a compatibilização do atual plano operativo, prorrogado até dezembro de 2009, com as necessidades assistenciais e com o que se deixou de produzir até o momento. O conselheiro Belletti lembra que na última reunião foram apresentados alguns pontos que os hospitais pactuados com o Município ficaram com menos de 60% das metas. Por outro lado ocorre dos hospitais terem condições de atender maior quantidade em algumas áreas, inclusive com demanda reprimida, como é o caso de otorrino, mas até o momento não foi viabilizada essa pactuação. Relata que a composição da Comissão Permanente de acompanhamento de Contratos com o SUS – CPAC, que foi criada por exigência de Portaria, não esta sendo respeitada pela direção do CMSPel. Entende que essa comissão deve acompanhar todo o processo de execução dos contratos para que quando seja encaminhado à plenária esses assuntos não venha já finalizados. O conselheiro Vasco explica que foi proposto e aceito pela SMS que fosse feita uma discussão com todos os hospitais para que fosse elaborado no novo Plano Operativo e o novo Convênio “Guarda-Chuva” (aquele convênio geral que rege os demais convênios relacionados aos hospitais de ensino) e estes deverão ser enviados ao Conselho até o dia 31/10 para análise. Relata que a SMS informou a necessidade do Município e a demanda reprimida para que seja possível contratar com cada hospital, e ainda é necessário aguardar as pactuações da PPI para se finalizar esse processo. Expõe que a Direção do CMSPel foi chamada para essas reuniões pois elas fazem parte da estruturação das discussões e não da análise e contratação de serviços e metas, pois esta fase será feita posteriormente com a participação das pessoas que se propuserem. A presidente Patrícia acredita que esse 7 301 302 303 304 305 306 307 308 309 310 311 312 313 314 315 316 317 318 319 320 321 322 323 324 325 326 327 328 329 330 331 332 333 334 335 336 337 338 339 340 341 342 343 344 345 346 347 348 349 350 processo é um ganho bem importante para o Município assim como também a nova forma que será tratada situações em que os hospitais por algum motivo (equipamentos estragados, falta de profissionais, etc.) deixem de cumprir suas metas, sendo obrigatória a prestação de serviço, mesmo que o prestador tenha que contratar terceiros para isto. A conselheira Anelise solicita que seja dado cinco minutos à Comissão Eleitoral para esclarecimentos ao final deste assunto. O conselheiro Belletti propõe que quando um prestador tem, por exemplo, contratualizado um número “X” de exames e não consiga prestar o total, ele deverá apresentar outra forma de cumprir suas metas, mesmo que seja com outro procedimento. Lembra que embora muitas vezes o Conselho é desrespeitado, não sendo ouvido ou tendo assunto aprovados a revelia, diante de uma não aprovação do CMSPel as questões que seguirem sem aprovação poderão ser contestadas judicialmente. Não havendo outros encaminhamentos é colocado em votação o encaminhamento da COMTEC que é aprovado por unanimidade com 28 votos a favor. A conselheira Jacqueline explica que a conselheira Anelise solicitou espaço para informes da Comissão Eleitoral e em seguida o Secretário de Saúde, Francisco Isaías, também solicitou espaço para realizar uma apresentação áudio visual. A conselheira Anelise, Comissão Eleitoral, relata que a Comissão teve a informação de uma nova forma de composição das chapas. Explica que hoje o CMSPel possui duas possíveis chapas candidatas à direção do Conselho, mas estas estão incompletas, e se não houver um consenso entre essas chapas, a Comissão entendeu que deveria apresentar uma alternativa, que seria a formação de chapa por indicação de segmento. Funcionando da seguinte forma, cada segmento (gestor/prestador, trabalhadores e usuários) se reúnem e definem seus representantes, formando assim uma chapa. Lembra que este Conselho possui um Regimento Interno, que deve ser respeitado, que estipula prazos para realização das eleições e por isso, caso não seja formado uma chapa consensual, deve ser chamada uma reunião extraordinária para realização desse processo. Outro ponto importante é que para a chapa ser homologada deverá ter a indicação do cargo de cada conselheiro da chapa, por isso após a escolha dos representantes de cada segmento será feita eleição destes e os cargos serão distribuídos conforme a votação, por exemplo, o mais votado será o presidente, o segundo será o 1º vice-presidente, e assim sucessivamente. A conselheira Jacqueline relata que já foi explicado à Comissão Eleitoral que esta forma de composição da chapa não esta prevista no Regimento Interno, e este descreve a forma como deverá ocorrer as eleições, por isso sugere uma análise jurídica sobre a possibilidade. A conselheira Anelise entende que deva ser feita esta análise, mas que também a plenária deve avaliar a viabilidade desta opção. O conselheiro Francisco Roig entende que no Regimento não há nenhum impedimento para que a chapa seja montada desta forma. Lembra que esta forma de compor a chapa já foi utilizada pelo Conselho Estadual de Saúde. A presidente Patrícia acredita que o prazo regimental do dia 31/07 (último dia útil do mês de julho) deva ser respeitado para depois se propor essa alternativa, pois não há como saber se existe uma terceira chapa. O conselheiro José Carril lê o artigo 80º do regimento Interno que diz que os casos omissos ao Regimento serão resolvidos pelo Plenário. O conselheiro Belletti concorda com o encaminhamento que se aguarde o prazo estipulado pelo Regimento, até porque existe a possibilidade das duas chapas que estão incompletas se reunirem e tentarem formar apenas uma. Sugere que a Comissão Eleitoral se antecipe e questione a algum órgão isento de quaisquer dúvidas, como por exemplo, a Promotoria Pública, sobre a possibilidade de realização dessa forma de compor a chapa, para que, caso finde o prazo Regimental se prossiga com este processo sugerido. O conselheiro Mário Reis, Sindicato Alimentação e membro da Comissão Eleitoral, explica que a intenção da Comissão é abrir outra alternativa para sanar esse 8 351 352 353 354 355 356 357 358 359 360 361 362 363 364 365 366 367 possível impasse existente. Fica definido que se aguarde o prazo Regimental para verificar se haverá inscrição de alguma chapa e em caso negativo será analisada pela plenária a viabilidade de utilização de outra forma de composição de chapa concorrente a direção do CMSPel. A conselheira Maria Luiza, 3ª CRS, solicita espaço para informar que o Estado esta mobilizando toda sua estrutura, no sentido de vigilância e assistência aos municípios no combate à Gripe H1N1, e aproveita para salientar a importância de que aos primeiros sintomas a comunidade deve procurar atendimento médico. Ao final da reunião o Secretário de Saúde apresentou material áudio visual sobre um Projeto realizado no Rio de Janeiro em UBSs (se alguém lembrar o nome do projeto ou evento fazer informa para registro em ata). A reunião foi encerrada às 21h15min horas e lavrada a presente ata que depois de lida e aprovada, serão encaminhadas cópias ao Prefeito Municipal, Promotor Público da Defensoria Comunitária ou Semelhante, à Câmara Municipal de Vereadores e às instituições que as requererem. Para conhecimento, registra-se para os devidos fins que as manifestações encontram-se gravadas em arquivos eletrônicos. Francisco Neto de Assis Jacqueline da Silva Dutra Presidente do CMSPel Secretária