Yi-Chen Lin was born on 10th December 1985 in a musician family

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AGENDA/CULTURA
Joana Carneiro dirige ópera de John Adams A Flowering Tree, no
Centro Cultural de Belém, dez anos após a sua estreia absoluta
Com música de John Adams e libreto de John Adams e Peter Sellars, a Temporada
Lírica do Teatro Nacional de São Carlos prossegue agora no Grande Auditório do
Centro Cultural de Belém, com a apresentação de uma das óperas do compositor
John Adams (n. 1947).
Kumudha, uma jovem e bela rapariga engendra um plano para ajudar a sua família
pobre: transforma-se em árvore, da qual ela e sua irmã colhem as flores perfumadas
e entretecem-nas em grinaldas para depois as venderem no mercado local.
Começa assim a história de A Flowering Tree, inspirada num conto tradicional
indiano e traduzido pelo escritor A. K. Ramujan onde Kumudha e um príncipe são
submetidos a vários rituais e provações destinadas a demonstrar o poder
transfigurador do amor.
O prodigioso imaginário de A Flowering Tree parece imitar o de A Flauta Mágica; o
paralelismo não é despropositado, pois A Flowering Tree foi uma encomenda de
Peter Sellars, encenador e diretor do Festival do New Crowned Festival de Viena, ao
seu amigo e compositor norte-americano John Adams para celebrar os 250 anos do
nascimento de Mozart. Segundo as suas palavras, “tal como em A Flauta Mágica, A
Flowering Tree trata o tema da redenção através da transformação individual e da
emergência de uma consciência moral”.
A ópera, em dois atos, teve estreia mundial em Viena, em novembro de 2006 e a
sua primeira representação em Portugal, no Auditório Calouste Gulbenkian, em
setembro de 2010 (versão de semi-encenada).
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Numa co-produção da Göteborg Opera, Teatro Comunale di Bolzano e Chicago
Opera Theatre com encenação de Nicola Raab, e direção musical de Joana Carneiro,
A Flowering Tree apresenta-se desta vez no CCB a 6 e 8 de abril, pelas 20h.
O elenco reduz-se apenas três vozes solistas: a rapariga, anónima na história
original e a quem Adams dá o nome tâmil de Kumudha, o Príncipe, e o Narrador,
este uma invenção de Adams a quem se refere como “um barítono-narrador,
omnisciente, e para todo o serviço”.
Todos os outros papéis desta história são desempenhados por bailarinos e, por
vezes, pelo coro, quanto canta as linhas das várias personagens.
O texto está escrito em inglês, com secções para coro em castelhano, dado terem
sido pensadas para os coros do El Sistema, da Venezuela
À exceção da Oratória de Natal El Niño, todas incursões de John Adams na ópera e
no teatro musical têm tratado temas contemporâneos: Nixon in China, The Death of
Klinghoffer, I Was Looking at the Ceiling and Then I Saw the Sky, e Doctor Atomic.
Esta é a primeira vez que ele e Peter Sellars se aventuraram no passado distante.
Claro que o que eles reconheceram no velho conto tradicional indiano é que ele nos
remete para o nosso tempo de forma tão urgente como qualquer outro assunto
contemporâneo.
Para esta ópera – a sua sexta colaboração, e a terceira para a qual criaram um
libreto – escolheram poemas e contos tradicionais da literatura canaresa traduzidos
pelo poeta, tradutor e académico sul indiano, A. K. Ramanujan.
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CRÍTICAS
“A partitura é opulenta, onírica, ferozmente lírica, por vezes tintada de sombras escuras e estranhas –
nada comparável ao que o compositor de 59 anos de idade tenha escrito até hoje…”
The New Yorker
“ alguns dos mais belos momentos musicais que Adams já compôs…(Ele) continua a progredir e a
surpreender – algo como se, ele mesmo, fosse o desabrochar outonal de uma árvore.”
Daily Telegraph
“…uma explosão luminosa de beleza orquestral. Uma partitura fértil em música encantadora, alguma
dela a mais puramente deslumbrante escrita nos últimos anos…Adams tornou-se possivelmente o
nosso maior compositor vivo. Na sua composição nunca recorre a elementos que não sejam
estritamente apropriados, uma marca da beleza e da elegância desta partitura.”
Audiophile Audition
“…a partitura de Adams mais sensual, mais generosa e evocativa, com uma instrumentação colorida
e delicada que evoca world music, ritmos primitivos que ecoam Stravinsky e cantos místicos para
coro.”
Janelle Gelfand, Cincinnati Enquirer
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NOTAS BIOGRÁFICAS
Joana Carneiro
Diretora musical
Joana Carneiro é, desde janeiro de 2014, maestrina titular da Orquestra Sinfónica Portuguesa.
É maestrina convidada da Orquestra Gulbenkian e diretora artística do Estágio Gulbenkian para
Orquestra da Fundação Calouste Gulbenkian. Tem-se apresentado em concertos com as Orquestras
Sinfónicas de Berkeley, Toronto, Gothenburg, Gävle, Malmö, Sydney, Nova Zelândia, a Orquestra
Nacional de Espanha, ainda com as orquestras filarmónicas da Radio France e da Royal Stockholm e
com a Florida Orchestra.
Nascida em Lisboa, formou-se em Direção de Orquestra na Academia Nacional Superior de
Orquestra. Concluiu o seu mestrado em Direção de Orquestra pela Universidade de Northwestern e
prosseguiu estudos de Doutoramento na Universidade de Michigan. Estudou com Kenneth Kiesler,
Kurt Masur, Michael Tilson Thomas, Victor Yampolsky, Mallory Thompson e Jean-Marc Burfin. Desde
que Joana Carneiro se tornou diretora musical da Berkeley Symphony, a orquestra recebeu dois
prémios da American Society of Composers, Authors and Publishers (ASCAP) de programação.
Nicola Raab
Encenadora
Iniciou carreira como assistente de Robert Carsen, Willy Decker, David Pourtney, David Alden, Tim
Albery, Patrice Caurier e Moshe Leiser.
O seu trabalho foi levado à cena da Staatsoper de Munique, Staatsoper de Viena, Welsh National
Opera, Opernhaus de Zurique, New Israeli Opera, Festical de Salzburgo, Teatros Regio de Turim e La
Fenice de Veneza, Ópera Janackova e Opera North.
No Teatro Nacional de São Carlos encenou La Rondine, de Giacomo Puccini, na Temporada 20112012.
Jessica Rivera
Soprano
Descrita pelo San Francisco Chronicle como possuidora de “uma mistura admirável de timbre quente
com uma profunda e precisa emotividade”, Jessica Rivera combina, de forma única, versatilidade,
inteligência e espiritualidade com uma sonoridade plena de alma e brilho que continuamente a levam
a estar presente nos palcos mais importantes do mundo. Com uma próspera carreira internacional,
Jessica Rivera é frequentemente solicitada a desempenhar, por mais que uma vez, papéis de
repertório clássico e contemporâneo. Interpretou papéis principais em óperas de compositores como
John Adams e Osvaldo Golijov, e participou em estreias mundiais, de obras de Gabriela Lena Frank,
Paola Prestini, Jonathan Leshnoff, Chris Theofanidis e Nico Muhly. Apresentou-se em importantes
palcos e com prestigiantes orquestras mundiais e colaborou com notáveis maestros como Sir Simon
Rattle, Gustavo Dudamel, Michael Tilson Thomas, Esa-Pekka Salonen, Bernard Haitink, Joana
Carneiro e Robert Spano.
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Ficha Artística
Centro Cultural de Belém
6 e 8 de abril, às 20h00
A FLOWERING TREE
de John Adams
Ópera em 2 atos
Libreto de John Adams e Petter Sellars, baseado num conto homónimo do folclore indiano traduzido
por A. K. Ramanujan
Direção musical | Joana Carneiro
Encenação | Nicola Raab
Cenografia e figurinos | George Souglides
Desenho de luz | Aaron Black
Coreografia | Renato Zanella
Kumudha | Jessica Rivera
O Príncipe| Shawn Mathey
Narrador | Luís Rodrigues
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
Maestro titular | Giovanni Andreoli
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Maestrina titular | Joana Carneiro
Cenários e figurinos
em co-produção Teatro Comunale di Bolzano /Chicago Opera Theatre
Co-Produção CCB
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