Exposição Ocupacional a Material Biológico: Medidas de Profilaxia

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Exposição Ocupacional a Material
Biológico:
Medidas de Profilaxia Pós Exposição
Oficina de Exposição a Agentes de Risco Biológico no
Trabalho
Ana Paula Volpato Kuga
Centro de Referência e Treinamento DST-AIDS
VE do Programa Estadual DST-AIDS
Email: [email protected]
Dados Epidemiológicos
 OMS estima:
 ocorrência dois a três milhões de acidentes percutâneos com agulhas
com material biológico por ano entre trabalhadores da área da
saúde no mundo, sendo:
 2.000.000 com exposição ao vírus da hepatite B (VHB);
 900.000 ao vírus da hepatite C (VHC);
 170.000 ao vírus da imunodeficiência humana (HIV).
 OMS 2000
 Recomendações para terapia antirretroviral em adultos infectados pelo HIV - 2008 - Suplemento III Tratamento e prevenção
SINABIO – SES-SP
PE- DST/Aids
SISTEMA DE NOTIFICAÇÃO DE ACIDENTES BIOLÓGICOS
1999- 2006
BRASIL – Portaria MS 777/ 2004
 Torna obrigatória a notificação compulsória dos
acidentes com exposição a material biológico –
SINAN NET.
 NR 32 – Norma Regulamentadora de Segurança e
Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde
(Ministério do Trabalho e Emprego): 2005
Ganhos
• Dados do SINABIO de 1999 a 2006 (7 anos):
– Total de notificados 14.096 – 228 notificantes
• De janeiro de 2007 a junho de 2010 (3 anos):
– Total de notificados 33.856 – 436 notificantes
• Representa um aumento de 140% na
notificação de casos
• Em 2008 : 645 dos municípios do estado
notificaram o agravo.
Histórico das Recomendações de
Profilaxia pós exposição
Ano
Quem
1996
CDC
MMWR 1996:45:468-472
1998:
CDC
MMWR 1998;47(suppl RR-7)
Considera exposição x status para HIV
2001
CDC
MMWR 2001;50 (RR-11)
2005
CDC
MMWR 2005 / Vol. 54 / No.
RR-9
MS
Atualização recomendações HBV e HCV
Possibilidade de outros regimes de
drogas: IDV,NFV, EFV, ABC, KLT
Descrição de falências com PPE
Reforço da necessidade de seguimento
Aumenta o número de combinações e
antiretrovirais para serem utilizados em
acidente ocupacional. Inclui ATZ,
Fosamprenavir, SQV, Enfuvirtida
2006
2010
MS- Suplemento de 2008
Uso de AZT, 3TC e/ou IDV
Simplifica as indicações de ARV
Introduz o PCR para HCV
Profilaxia Pós Exposição (PEP)
 Inicialmente: Profissionais de Saúde
 2011: Violência Sexual
 2012: Qualquer acidente sexual
 ex. rompimento de preservativo
Protocolo MS 2015
ESQUEMA ÚNICO : Todos tipos de Exposição
Acidente Ocupacional, Violência Sexual,
PEP Sexual
A simplificação das recomendações:
aumentar o envolvimento de serviços da
atenção básica e de urgência e emergência,
que não possuem especialistas no tema,
além dos atuais centros de referência
Esse protocolo traz recomendações somente
para prevenção de HIV
Patógenos veiculados pelo Sangue
VÍRUS
HIV
RISCO DE
TRANSMISSÃO
0,09 a 0,3 %
PEP
HEPATITE B
6 a 30 %
VACINA
IMUNOGLOBULINA
HEPATITE C
1,7%
NÃO HÁ
QUIMIOPROFILAXIA
HIV
Materiais Biológicos de Risco
(HIV)
Alto risco de transmissão:
 Sangue e qualquer outro
material contendo
Sangue
 Sêmen
 Potencialmente
infectantes:
 Secreções Vaginais
 Líquidos de serosas
(peritoneal, pleural,
pericárdico), liquido
amniótico, líquor e
líquido articular.
 Sem risco de transmissão
 Suor
 Lágrima
 Fezes
 Urina
 Vômitos
 Secreções nasais
 Saliva, exceto em
ambientes
odontológicos
Tipos de exposições de Risco
 Percutâneas:
instrumentos perfurantes e cortantes
 Mucosas:
respingos olhos, nariz, boca
 Cutâneas:
contato com pele não íntegra;
 Por mordeduras humanas:
exposição de risco quando envolvem a
presença de sangue.
 Estudo caso-controle
multicêntrico
retrospectivo,
envolvendo acidentes
percutâneos
Fatores associados
à transmissão do
HIV em exposições
ocupacionais
Cuidados imediatos com a área
de exposição
 Exposição percutâneas ou cutâneas:
 Lavagem exaustiva do local com água e sabão:.
 Soluções antissépticas degermantes é uma
opção.
 Exposições de mucosas:
 lavá-las exaustivamente com água ou com SF
0,9%
 Contraindicados :
 Procedimentos que aumentam a área exposta: cortes,
injeções locais, expressão da área
 Utilização de soluções irritantes :Éter, hipoclorito ou
glutaraldeído.
Investigação diagnóstica da
pessoa Exposta e Pessoa Fonte
 O status sorológico da pessoa fonte, sempre que possível
deve ser conhecido.
 Os resultados da investigação sorológica sempre devem ser
comunicados à pessoa que foi testada. E caso sorologias
positivas, deve ser encaminhada para acompanhamento.
 Se a pessoa exposta chegar ao serviço após 72 horas após o
acidente deve-se proceder a investigação e
acompanhamento sorológico.
Coleta de Exames
Paciente Fonte
Pessoa Exposta
 Teste Rápido HIV
 Sorologia anti HCV
 Sorologia HbsAg
 Teste Rápido HIV
 Sorologia anti HCV
 Sorologia HbsAg/AntiHbc e
antiHbs
Cuidados com as Amostras da
Pessoa Expostos
Garantir o sigilo
Estabelecer fluxo de coleta
Nunca entregar o sangue para ser
encaminhado para o laboratório diretamente
a Pessoa acidentada.
Era assim MS 2008 - Suplemento
Fluxograma 1: PROFILAXIA ANTI-RETROVIRAL APÓS EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
HIV+
Fonte ou sorologia
anti-HIV
desconhecidas
)
+grave
- grave
3 drogas
Em geral, não se
recomenda ( 1)
HIV -
Não se
recomenda
Grande
volume
Pequeno
volume
Exposição percutânea.
2 drogas
Em geral, não se
recomenda( 1)
Não se
recomenda
Exposição de membrana - mucosa e pele não intacta.
+ grave: agulha de grosso calibre e grande lúmen, lesão profunda, sangue visível no objeto contaminante ou agulha
usada recentemente em artéria ou veia do paciente-fonte;
- grave: lesão superficial , agulha sem lúmen;
pequeno volume: poucas gotas de material biológico de risco;
grande volume: contato prolongado ou grande quantidade de material biológico de risco
(1) Considerar uso em locais com alta prevalência de indivíduos HIV+ ou história epidemiológica para HIV e outras DST.
*PEP poderá ser
indicada se a
pessoa fonte tiver
exposição de
risco nos últimos 30
dias, devido
à janela imunológica
Diário Oficial Poder Executivo - Seção I quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016
CENTRO DE REFERÊNCIA e TREINAMENTO –DST/AIDS
Nota técnica : Profilaxia Pós Exposição ao HIV (PEP)
 Considera Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – PEP da Comissão
Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) de
julho/2015:
 constitui um avanço na ampliação da oferta de ARV para indivíduos
vulneráveis à aquisição do HIV;
 O Estado de São Paulo conta com rede especializada de atendimento
em DST e aids abrangente, treinada e capilarizada;
 Assim sendo, para o Estado de São Paulo, entende:
 no acidente ocupacional com material biológico contaminante, onde
a fonte é desconhecida, geralmente a PEP não é indicada;
 deve-se avaliar criteriosamente sua indicação;
 em função do risco insignificante de transmissão e do risco de
toxicidade dos medicamentos;
Paciente Fonte Desconhecido
 Avaliar a probabilidade de risco para
infecção :




Prevalência da infecção naquela população;
Local em que o material perfurante foi encontrado;
Procedimento ao qual ele esteve associado;
Presença ou não de sangue;
 Prevenção da transmissão secundária : Orientar
uso de preservativo.
 Realizando acompanhamento clínico-laboratorial do
trabalhador.
Esquema preferencial para PEP
Tenofovir (TDF) + Lamivudina (3TC) + Atazanavir/ritonavir (ATV/r)
A duração da PEP é de 28 dias.
Resumindo ....
• Fonte Sem uso ARV:
Utilizar esquema padrão
• Em caso de CV detectável:
Utilizar esquema ARV de resgate
Situações Especiais
 Paciente fonte conhecido com sorologia
desconhecida
 Paciente fonte sabidamente Multirresistente
 Acesso à genotipagem : últimos 12 meses
 Acidente com RN de mãe sem sorologias do último
trimestre de gestação :
 Coletar exames da mãe
Adesão a PEP
 A adesão aos 28 dias de antirretrovirais é essencial para a maior
efetividade da profilaxia.
 Os estudos publicados mostram baixas proporções de pessoas que
completaram o curso completo de PEP.
Oldenburg et al. AIDS and behavior 18(2):217-25, 2014.
 Estratégias aprimoradas de acompanhamento e adesão podem incluir
métodos alternativos, como mensagens pelo celular (SMS),ligações
telefônicas, etc.
 Recomenda-se que os serviços de emergência dispensem um
quantitativo de doses suficientes até que a pessoa seja atendida no
serviço que realizará seu acompanhamento clínico.
 Quando possível, os serviços podem dispensar o esquema completo de
PEP (28 dias), uma vez que essa estratégia tem um impacto positivo na
adesão.
HBV
Risco de Transmissão do HBV
 Em temperatura ambiente, o VHB pode sobreviver em superfícies por até
uma semana.
 Sangue é o que possui a maior concentração de partículas infectantes
 Outros fluidos: leite materno, líquido amniótico, líquido biliar, líquor e
líquido articular contêm partículas infectantes, porém com menor
potencial de transmissibilidade.
 Existe uma relação direta entre o grau de viremia do paciente-fonte e a
transmissibilidade
 No Brasil-três padrões de endemicidade da hepatite B:
 alta (prevalência maior ou igual a 8%) na Região Norte e em alguns
locais do Espírito Santo e Santa Catarina
 intermediária (entre 2% e 7%) nas regiões Nordeste, Centro-Oeste e
Sudeste;
 baixa (menor que 2%), na Região Sul do país.
Populações de Risco para HBV
 usuários de drogas injetáveis, inaladas ou pipadas
 pacientes em programas de diálise
 contatos domiciliares e sexuais de portadores de HBsAg
positivo
 HSH;
 heterossexuais com vários parceiros e relações sexuais
desprotegidas
 história prévia de DST
 pacientes provenientes de áreas geográficas de alta
endemicidade para hepatite B;
 pacientes provenientes de prisões e de instituições de
atendimento a pacientes com transtornos mentais.
Vacina é a
melhor forma
de prevenir
Vacinar
sempre no
deltóide
Associada a
Reduzida
resposta à
Vacina:
estresse,
masculino,
tabagismo,
vacina em
glúteo e
obesidade
HCV
Risco de Transmissão do HCV
 O principal risco de infecção pelo vírus da hepatite C (VHC) é o contato
com sangue.
 Outros materiais biológicos acredita-se que seja muito baixo o risco de
transmissão.
 Populações de risco para VHC:
 indivíduos que receberam transfusão de sangue e/ou hemoderivados
antes de 1993;
 os usuários de drogas
 pessoas colocação de piercing e confecção de tatuagens, bem como a
procedimentos cirúrgicos, odontológicos, de hemodiálise e
acupuntura sem as adequadas normas de biossegurança.
 indivíduos provenientes de prisões e de instituições de atendimento
a pacientes com transtornos mentais
Profilaxia Pós Exposição para HCV
• Não existe!
• O único fator de eliminação desse risco é a prevenção do
próprio acidente.
• Recomenda-se o acompanhamento clínico e laboratorial de
todo trabalhador com exposição ocupacional ao VHC
• Tratamento precoce de trabalhadores da saúde que
apresentam soroconversão e infecção aguda pelo VHC
apresentam ótimos resultados.
– Diagnóstico precoce da infecção aguda(PCR)
– Tratamento deverá ser realizado até 120 dias após a data conhecida
da exposição ou até 90 dias após o início dos sintomas (nos casos
sintomáticos sem data de exposição conhecida).
Diário Oficial Poder Executivo - Seção I quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016
CENTRO DE REFERÊNCIA e TREINAMENTO –DST/AIDS
Nota técnica : Profilaxia Pós Exposição ao HIV (PEP)
 Os serviços de emergência que realizarem o primeiro atendimento dos casos
de exposição podem fornecer medicação para os primeiros sete dias se
tiverem condições de fracionamento, ou o frasco completo (28 dias).
 O paciente deve sair do primeiro atendimento encaminhado para referência
local a fim de realizar o acompanhamento clínico.
 A não realização da testagem rápida para HIV não deve constituir
impedimento para a prescrição do esquema profilático;
 Que o indivíduo em uso de antirretrovirais para profilaxia pós-exposição
deva ser reavaliado dentro dos primeiros sete dias nas unidades
especializadas (SAEs, Ambulatórios de MI, CRTs, alguns CTAs) para coleta de
exames, avaliação de gradiente de risco, continuidade ou não da PEP, e,
quando indicado, dispensação da medicação para que se complete o tempo
preconizado da profilaxia (28 dias).
 Nos serviços especializados a testagem rápida para HIV do indivíduo exposto
é necessária no primeiro atendimento;
Diário Oficial Poder Executivo - Seção I quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016
CENTRO DE REFERÊNCIA e TREINAMENTO –DST/AIDS
Nota técnica : Profilaxia Pós Exposição ao HIV (PEP)
 Que a unidade especializada ou serviço de referência será responsável
pelo seguimento do exposto e deverá fazer o acompanhamento, devendo
o HIV ser retestado com 30 e 90 dias, os vírus das hepatites B e C com 90 e
180 dias e a sífilis com 30, 90 e, em casos especiais, 180 dias;
 Que caso a fonte seja sabidamente HIV positiva em uso de
antirretroviral e carga viral detectável, deve-se realizar o primeiro
atendimento iniciando o esquema ARV padrão e encaminhar com
urgência a pessoa exposta para um serviço de referência visando uma
possível adequação do esquema ARV;
 Que no caso de acidente com material biológico deve-se proceder a
notificação do agravo na Ficha de
 Investigação e Notificação do Sistema Nacional de Agravos de
Notificação (SINAN);
Prevenção
 A prevenção é a principal medida.
 Precauções padrão
6 meses
6 semanas
x
x
x
x
x
Anti HCV
x
X
x
X
x
X
x
PCR HCV
HBsAG
x
AntiHBc
x
x
Se Fonte portadora de HIV-HCV : acompanhamento por 1 ano
x
x
Tabela 1. Casos notificados de acidentes com material biológico, nos 30 municípios com maior número de notificações, por ano de notificação,estado de São Paulo, 2007-2015*.
Município de ocorrência
2007
2008
2009
N
%
N
%
N
%
São Paulo
1.963
20,9
2.887
25,6
2.757
22,3
Ribeirão Preto
288
3,1
453
4,0
1.182
9,6
São José do Rio Preto
347
3,7
508
4,5
433
3,5
Campinas
259
2,8
395
3,5
418
3,4
Marília
256
2,7
306
2,7
334
2,7
Taubaté
254
2,7
276
2,5
298
2,4
São Bernardo do Campo
197
2,1
196
1,7
182
1,5
Guarulhos
235
2,5
197
1,7
249
2,0
Botucatu
186
2,0
166
1,5
223
1,8
São José dos Campos
192
2,0
230
2,0
182
1,5
Piracicaba
84
0,9
140
1,2
181
1,5
Jundiaí
164
1,8
237
2,1
193
1,6
Barretos
154
1,6
178
1,6
176
1,4
Araraquara
160
1,7
159
1,4
161
1,3
Moji das Cruzes
145
1,5
126
1,1
158
1,3
Bauru
95
1,0
122
1,1
104
0,8
Diadema
107
1,1
78
0,7
104
0,8
Catanduva
132
1,4
123
1,1
211
1,7
Sorocaba
31
0,3
54
0,5
125
1,0
Franca
59
0,6
93
0,8
107
0,9
Presidente Prudente
24
0,3
42
0,4
96
0,8
Araçatuba
88
0,9
98
0,9
98
0,8
Moji-Guaçu
108
1,2
103
0,9
116
0,9
Santos
35
0,4
59
0,5
66
0,5
Rio Claro
67
0,7
80
0,7
88
0,7
Votuporanga
56
0,6
71
0,6
100
0,8
Taboão da Serra
87
0,9
118
1,0
86
0,7
Barueri
0
0,0
39
0,3
68
0,6
Bragança Paulista
76
0,8
91
0,8
68
0,6
Outros
3.522
37,6
3.635
32,3
3.798
30,7
Total
9.371
100,0
11.260
100,0
12.362
100,0
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/Aids -SP)
(*) Dados preliminares até 30/06/2015, sujeitos à revisão mensal
2010
N
2.771
1.427
485
404
251
250
239
260
216
201
214
128
179
163
155
117
111
129
136
132
208
145
106
77
56
100
111
101
82
4.237
13.191
%
21,0
10,8
3,7
3,1
1,9
1,9
1,8
2,0
1,6
1,5
1,6
1,0
1,4
1,2
1,2
0,9
0,8
1,0
1,0
1,0
1,6
1,1
0,8
0,6
0,4
0,8
0,8
0,8
0,6
32,1
100,0
Ano de notificação
2011
N
%
2.720
20,4
952
7,1
584
4,4
385
2,9
299
2,2
280
2,1
287
2,2
210
1,6
216
1,6
239
1,8
219
1,6
154
1,2
161
1,2
159
1,2
144
1,1
142
1,1
147
1,1
131
1,0
144
1,1
153
1,1
155
1,2
110
0,8
98
0,7
173
1,3
50
0,4
85
0,6
111
0,8
103
0,8
78
0,6
4.652
34,9
13.341
100,0
2012
N
2.776
793
511
322
284
251
320
335
251
222
236
174
199
158
162
120
183
82
161
124
121
138
83
154
59
109
101
121
100
5.089
13.739
2013
%
20,2
5,8
3,7
2,3
2,1
1,8
2,3
2,4
1,8
1,6
1,7
1,3
1,4
1,2
1,2
0,9
1,3
0,6
1,2
0,9
0,9
1,0
0,6
1,1
0,4
0,8
0,7
0,9
0,7
37,0
100,0
N
3.221
766
449
341
279
274
310
368
230
237
232
175
167
165
145
154
184
84
149
135
118
138
117
127
229
83
80
112
70
4.832
13.971
2014
%
23,1
5,5
3,2
2,4
2,0
2,0
2,2
2,6
1,6
1,7
1,7
1,3
1,2
1,2
1,0
1,1
1,3
0,6
1,1
1,0
0,8
1,0
0,8
0,9
1,6
0,6
0,6
0,8
0,5
34,6
100,0
N
3.060
745
462
428
286
273
316
256
166
204
193
257
173
178
150
282
148
113
119
134
124
59
85
100
128
86
57
117
73
5.080
13.852
Total
2015
%
22,1
5,4
3,3
3,1
2,1
2,0
2,3
1,8
1,2
1,5
1,4
1,9
1,2
1,3
1,1
2,0
1,1
0,8
0,9
1,0
0,9
0,4
0,6
0,7
0,9
0,6
0,4
0,8
0,5
36,7
100,0
N
1.824
497
309
200
201
180
191
97
117
43
42
57
120
128
95
73
76
39
85
51
52
35
64
48
41
81
16
75
73
3.023
7.933
%
23,0
6,3
3,9
2,5
2,5
2,3
2,4
1,2
1,5
0,5
0,5
0,7
1,5
1,6
1,2
0,9
1,0
0,5
1,1
0,6
0,7
0,4
0,8
0,6
0,5
1,0
0,2
0,9
0,9
38,1
100,0
N
23.979
7.103
4.088
3.152
2.496
2.336
2.238
2.207
1.771
1.750
1.541
1.539
1.507
1.431
1.280
1.209
1.138
1.044
1.004
988
940
909
880
839
798
771
767
736
711
37.868
109.020
%
22,0
6,5
3,7
2,9
2,3
2,1
2,1
2,0
1,6
1,6
1,4
1,4
1,4
1,3
1,2
1,1
1,0
1,0
0,9
0,9
0,9
0,8
0,8
0,8
0,7
0,7
0,7
0,7
0,7
34,7
100,0
Tabela 2. Casos notificados de acidentes com material biológico, segundo Grupo de Vigilancia Epidemiológica (GVE) de ocorrência, por ano de notificação, estado de São Paulo, 2007-2015*.
GVE Notificação/ Ano de notificação
GVE 1 CAPITAL
GVE 17 CAMPINAS
GVE 24 RIBEIRAO PRETO
GVE 29 SAO JOSE DO RIO PRETO
GVE 7 SANTO ANDRE
GVE 8 MOGI DAS CRUZES
GVE 33 TAUBATE
GVE 20 PIRACICABA
GVE 10 OSASCO
GVE 19 MARILIA
GVE 31 SOROCABA
GVE 26 SAO JOAO DA BOA VISTA
GVE 12 ARARAQUARA
GVE 25 SANTOS
GVE 15 BAURU
GVE 11 ARACATUBA
GVE 14 BARRETOS
GVE 27 SAO JOSE DOS CAMPOS
GVE 16 BOTUCATU
GVE 21 PRESIDENTE PRUDENTE
GVE 18 FRANCA
GVE 13 ASSIS
GVE 30 JALES
GVE 9 FRANCO DA ROCHA
GVE 28 CARAGUATATUBA
GVE 32 ITAPEVA
GVE 22 PRESIDENTE VENCESLAU
GVE 23 REGISTRO
Total
2007
N
1.963
890
319
569
471
517
520
369
444
397
233
361
269
255
173
270
272
217
222
74
69
111
71
89
109
32
27
58
9.371
2008
%
20,9
9,5
3,4
6,1
5,0
5,5
5,5
3,9
4,7
4,2
2,5
3,9
2,9
2,7
1,8
2,9
2,9
2,3
2,4
0,8
0,7
1,2
0,8
0,9
1,2
0,3
0,3
0,6
100,0
N
2.887
1.183
493
770
386
436
503
593
394
443
299
360
277
311
241
256
282
246
175
89
115
95
86
114
88
50
39
49
11.260
2009
%
25,6
10,5
4,4
6,8
3,4
3,9
4,5
5,3
3,5
3,9
2,7
3,2
2,5
2,8
2,1
2,3
2,5
2,2
1,6
0,8
1,0
0,8
0,8
1,0
0,8
0,4
0,3
0,4
100,0
N
2.757
1.223
1.219
834
386
557
553
522
418
504
407
374
273
295
234
267
292
244
267
136
127
95
115
79
70
33
53
28
12.362
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/Aids -SP)
(*) Dados preliminares até 30/06/2015, sujeitos à revisão mensal
%
22,3
9,9
9,9
6,7
3,1
4,5
4,5
4,2
3,4
4,1
3,3
3,0
2,2
2,4
1,9
2,2
2,4
2,0
2,2
1,1
1,0
0,8
0,9
0,6
0,6
0,3
0,4
0,2
100,0
Ano de Notificação
2010
2011
N
%
N
%
2.771
21,0
2.720
20,4
1.277
9,7
1.305
9,8
1.467
11,1
999
7,5
802
6,1
909
6,8
537
4,1
718
5,4
604
4,6
552
4,1
495
3,8
562
4,2
437
3,3
527
4,0
478
3,6
498
3,7
434
3,3
454
3,4
414
3,1
453
3,4
326
2,5
359
2,7
335
2,5
378
2,8
310
2,4
407
3,1
319
2,4
320
2,4
347
2,6
329
2,5
309
2,3
253
1,9
247
1,9
301
2,3
263
2,0
236
1,8
257
1,9
208
1,6
168
1,3
227
1,7
124
0,9
132
1,0
140
1,1
162
1,2
62
0,5
88
0,7
108
0,8
86
0,6
65
0,5
67
0,5
60
0,5
56
0,4
35
0,3
35
0,3
13.191
100,0
13.341
100,0
2012
N
%
2.776
20,2
1.340
9,8
862
6,3
795
5,8
749
5,5
681
5,0
519
3,8
655
4,8
525
3,8
448
3,3
522
3,8
359
2,6
409
3,0
446
3,2
370
2,7
341
2,5
295
2,1
327
2,4
315
2,3
172
1,3
157
1,1
136
1,0
150
1,1
118
0,9
76
0,6
102
0,7
54
0,4
40
0,3
13.739
100,0
2013
N
3.262
1.334
850
755
689
656
511
609
535
455
454
430
367
387
417
322
284
302
293
178
187
154
128
120
97
90
61
43
13.971
%
23,3
9,5
6,1
5,4
4,9
4,7
3,7
4,4
3,8
3,3
3,3
3,1
2,6
2,8
3,0
2,3
2,0
2,2
2,1
1,3
1,3
1,1
0,9
0,9
0,7
0,6
0,4
0,3
100,0
2014
N
%
3.192
23,0
1.344
9,7
931
6,7
749
5,4
823
5,9
560
4,0
527
3,8
393
2,8
483
3,5
455
3,3
359
2,6
435
3,1
687
5,0
325
2,3
448
3,2
256
1,8
284
2,0
211
1,5
211
1,5
189
1,4
175
1,3
194
1,4
165
1,2
119
0,9
127
0,9
101
0,7
67
0,5
40
0,3
13.852
100,0
2015
N
%
1.747
22,0
777
9,8
562
7,1
489
6,2
367
4,6
360
4,5
331
4,2
328
4,1
297
3,7
283
3,6
249
3,1
235
3,0
226
2,8
216
2,7
194
2,4
190
2,4
179
2,3
167
2,1
158
2,0
102
1,3
96
1,2
80
1,0
79
1,0
61
0,8
59
0,7
41
0,5
32
0,4
26
0,3
7.933
100,0
Total
N
%
24.075
22,1
10.673
9,8
7.703
7,1
6.672
6,1
5.126
4,7
4.923
4,5
4.521
4,1
4.433
4,1
4.072
3,7
3.874
3,6
3.390
3,1
3.238
3,0
3.221
3,0
2.952
2,7
2.717
2,5
2.578
2,4
2.450
2,2
2.262
2,1
2.140
2,0
1.405
1,3
1.321
1,2
1.122
1,0
1.096
1,0
850
0,8
820
0,8
582
0,5
450
0,4
353
0,3
109.020
100,0
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/Aids -SP)
Tabela 4- Casos notificados de acidentes ocupacionais com material biológico, segundo categoria profissional, por ano de notificação, estado de São Paulo, 2007-2015*.
Ano de notificação
Categoria Profissional
2007
2008
2009
2010
2011
N
%
N
%
N
%
N
%
N
%
Auxiliar de enfermagem
3.730
39,8
4.149
36,8
4.343
35,1
4.510
34,2
4.253
31,9
Técnico de enfermagem
1.315
14,0
1.749
15,5
2.216
17,9
2.526
19,1
2.835
21,3
Médico
975
10,4
1.280
11,4
1.461
11,8
1.387
10,5
1.394
10,4
Faxineiro/ Coletor de Lixo
727
7,8
912
8,1
912
7,4
1.107
8,4
1.018
7,6
Enfermeiro
588
6,3
777
6,9
795
6,4
869
6,6
894
6,7
Estudante
536
5,7
703
6,2
823
6,7
876
6,6
834
6,3
Cirurgião dentista/Tec.em higiene dental
375
4,0
446
4,0
485
3,9
549
4,2
537
4,0
Biologo/Trab. de laboratório de Patol. Clínica
123
1,3
147
1,3
171
1,4
192
1,5
259
1,9
Auxiliar de lavanderia
120
1,3
136
1,2
146
1,2
136
1,0
101
0,8
Agente comunitário de saúde
105
1,1
108
1,0
131
1,1
131
1,0
126
0,9
Policial militar/Bombeiro/Vigia
71
0,8
85
0,8
105
0,8
131
1,0
113
0,8
Motorista de Caminhão de Lixo
39
0,4
39
0,3
50
0,4
45
0,3
54
0,4
Outros Profissinais de saúde
198
2,1
282
2,5
307
2,5
274
2,1
352
2,6
Ignorado
469
5,0
447
4,0
417
3,4
458
3,5
571
4,3
Total
9.371
100,0
11.260
100,0
12.362
100,0
13.191
100,0
13.341
100,0
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/Aids -SP)
(*) Dados preliminares até 30/06/2015, sujeitos à revisão mensal
2012
N
4.028
3.242
1.426
1.034
981
742
568
226
128
134
115
74
387
654
13.739
2013
%
29,3
23,6
10,4
7,5
7,1
5,4
4,1
1,6
0,9
1,0
0,8
0,5
2,8
4,8
100,0
N
3.861
3.528
1.467
1.008
1.053
628
607
204
137
166
137
47
392
737
13.971
2014
%
27,6
25,3
10,5
7,2
7,5
4,5
4,3
1,5
1,0
1,2
1,0
0,3
2,8
5,3
100,0
N
3.531
3.698
1.460
1.084
1.093
567
610
225
148
112
156
43
426
699
13.852
Total
2015
%
25,5
26,7
10,5
7,8
7,9
4,1
4,4
1,6
1,1
0,8
1,1
0,3
3,1
5,0
100,0
N
2.576
1.627
853
612
549
456
326
121
82
80
71
31
203
346
7.933
%
32,5
20,5
10,7
7,7
6,9
5,7
4,1
1,5
1,0
1,0
0,9
0,4
2,6
4,4
100,0
N
34.981
22.736
11.703
8.414
7.598
6.165
4.503
1.668
1.134
1.093
984
422
2.821
4.798
109.020
%
32,1
20,9
10,7
7,7
7,0
5,7
4,1
1,5
1,0
1,0
0,9
0,4
2,6
4,4
100,0
Casos de acidente com material biológico notificados segundo
categorial ocupacional, periodo de 2009-2014
5000
4500
Número de casos notificados
4000
3500
3000
Auxiliar de enfermagem
y = 309x + 1925
R² = 0,99
p < 0,001
Técnico de enfermagem
2500
Médico
2000
Faxineiro/ Coletor de Lixo
1500
Enfermeiro
1000
500
Linear (Técnico de enfermagem)
0
2009
2010
2011
2012
Ano de notificação
2013
2014
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/Aids -SP)
Tabela 5. Casos notificados de acidentes com material biológico segundo tipo de encerramento e ano de notificação, estado de São Paulo, 2007 a 2015*.
Ano de notificação
Evolução do caso
2007
N
Alta com conversão sorológica para HIV
2008
%
N
2009
%
N
2010
%
N
TOTAL
2011
%
N
2012
%
N
2013
%
N
2014
%
N
2015
%
N
%
N
%
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1
0,0
-
-
-
-
1
0,0
Alta após 06 meses sem conversão sorológica
2.360
25,2
2.548
22,6
2.744
22,2
3.076
23,3
3.279
24,6
3.502
25,5
3.388
24,2
2.664
19,2
729
9,2
24.288
22,3
Alta paciente fonte negativo
3.322
35,4
4.470
39,7
5.228
42,3
5.679
43,1
5.415
40,6
5.610
40,8
5.402
38,7
5.548
40,1
2.654
33,5
43.328
39,7
Abandono
1.094
11,7
1.299
11,5
1.499
12,1
1.651
12,5
1.634
12,2
1.756
12,8
1.787
12,8
1.607
11,6
146
1,8
12.473
11,4
1
0,0
2
0,0
2
0,0
1
0,0
1
0,0
1
0,0
0
0,0
2
0,0
1
0,0
11
0,0
2.594
27,7
2.941
26,1
2.889
23,4
2.784
21,1
3.012
22,6
2.870
20,9
3.394
24,3
4.031
29,1
4.402
55,5
28.919
26,5
9.371
100,0
11.260
100,0
12.362
100,0
13.191
100,0
13.341
100,0
13.739
100,0
13.972
100,0
13.852
100,0
7.932
100,0 109.020
100,0
Óbito por outra causa
Ignorado
TOTAL
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/Aids -SP)
(*) Dados preliminares até 30/06/2015, sujeitos à revisão mensal
Primeiro Caso de AIDS Ocupacional entre
Profissionais da Área da Saúde - Brasil
Seabra Santos et al. Braz J Infect Dis 2002;6(3):140-1
Transmission of a multidrug-resistant HIV-1 from an
occupational exposure, in São Paulo, Brazil
 Lopes, Giselle I.S. López –a; Coelho, Luana P.O.a; Hornke,
Lorenab; Volpato, Ana P.c; Lopércio, Ana P.S.c; Cabral, Gabriela
B.a; Ferreira, João L. de P.a; Domingues, Carmen S.B.c; Brígido,
Luis F.M.a
AIDS : 31 July 2015 - Volume 29 - Issue 12 - p 1580–1583
Fluxo da Informação
IAL
CRT DST AIDS
Programa municipal
DST AIDS
COVISA
Gerencia em
Vigilância em Saúde
ambiental
R
Vigilância em Saúde
do Trabalhador
IIER
Caso clínico
 LCS, 27 anos, feminino, branca, auxiliar de laboratório de análises
clínicas , tempo na ocupação 1 ano e 3 meses, residente Osasco.
 Acidente com exposição percutânea 12/01/2013, punção venosa para
coleta de sangue, Jelco nº 20, lúmen com sangue.
 Ferimento Indicador da mão direita
 Fonte : MCMS, 44 anos, feminino, em situação de rua.
 Exames da Funcionária momento zero :



HIV negativo
HBsAg negativo, Anti-HBc não reagente, Anti HBs reagente
HCV negativo
Caso clínico
 Exames da Fonte :
 HIV teste rápido positivo
 Prontuário SAE : usuária de drogas, múltiplos parceiros,
distúrbios mentais.
 Notificação:
Gestante HIV
15/03/2010
Hepatite
18/01/2010 ( PCR HCV 910.683
03/2013)
AIDS
05/02/2013
Caso clínico
 Atendimento da funcionária :
 26 min. após acidente;
 45 min. 1ª dose Biovir + Kaletra
 Tratamento 28 dias
 08/04 /2013 : 3 meses após acidente :
 Hepatite aguda sintomática : náuseas,vômitos, icterícia, fraqueza....
 Atendimento :
HIV reagente
 Anti HCV reagente
 CR : genotipagem HIV MR

 Acidente ocupacional prévio em 23/05/2012
 Situação semelhante ao segundo acidente
 Fonte do acidente HIV positivo :Recebeu Biovir + tenofovir : abandonou o
acompanhamento
Evolução do Caso
 Realizou tratamento para Hepatite C com peginterferon e
ribavirina com resposta virológica sustentada
 Mantem tratamento e acompanhamento do HIV
Dúvidas ?????
OBRIGADA !!!!
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