LECTIO DIVINA Domingo XV do Tempo Comum

NA GRANDE MISSÃO CONTINENTAL COM A NOVA EVANGELIZAÇÃO
LECTIO DIVINA
Domingo XV do Tempo Comum Ano B
Ir. Ricardo Grzona, frp
Cristian Buiani, frp
Tradução: Adriano Israel (PASCOM)
PRIMEIRA LEITURA: Amós 7, 12-15
SALMO RESPONSORIAL: Salmo 84
SEGUNDA LEITURA: Efesios 1, 3-14
Invocação ao Espírito SAnto:
Vem Espírito Santo,
Vem agir em nossas vidas, em nossos corações, em nossas consciências
Move nossa inteligência e nossa vontade para entender o que o Pai quer nos dizer através de seu Filho
Jesus, o Cristo.
Que tua Palavra chegue a toda nossa vida e faça vida em nós.
Amém.
TEXTO BIBLICO: Marcos 6, 7-13
«Partiram e pregaram a penitencia, ungiam e curavam»
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7 Então chamou os Doze e começou a enviá-los, dois a dois; e deu-lhes poder sobre os espíritos
imundos. 8 Ordenou-lhes que não levassem coisa alguma para o caminho, senão somente um bordão;
nem pão, nem mochila, nem dinheiro no cinto; 9 como calçado, unicamente sandálias, e que se não
revestissem de duas túnicas. 10 E disse-lhes: Em qualquer casa em que entrardes, ficai nela, até vos
retirardes dali. 11 Se em algum lugar não vos receberem nem vos escutarem, saí dali e sacudi o pó dos
vossos pés em testemunho contra ele.12 Eles partiram e pregaram a penitência. 13 Expeliam numerosos
demônios, ungiam com óleo a muitos enfermos e os curavam.
BIBLIA AVE MARIA
1.- LEITURA: O que diz o texto?
Estudo Bíblico
Este é o 15º Domingo do Tempo Comum, e a liturgia nos segue conduzindo na leitura do Evangelho de
São Marcos. Este é um texto que tem um caráter profundamente “apostólico” , já que descreve muito
bem o chamado, envio e missão dos apóstolos. O termo apóstolo, provém do grego e significa “enviado”
A primeira observação que cabe fazer é citar as primeiras palavras com que começa o relato: “Chamou
os doze”. É importante frisar isto, é Jesus que chama, convoca e convida a missão. Isto mesmo ocorre
em toda a história da salvação, desde Abrahão até a Igreja em nossos dias, Jesus convoca a homens e
mulheres para que levem sua Palavra, para que cumpram uma missão confiada. E o faz dando certas
tarefas que deveriam cumprir, para que a missão fosse proveitosa e para que fossem verdadeiros
apóstolos do Senhor. Devem ir despojados de elementos e costumes que não representam a Boa Nova a
que estão chamados a pregar com suas palavras e com sua vida.
As condições para percorrer o mesmo caminho de Jesus são poucas mas fundamentais, quer dizer,
estreito, exige sacrifício e uma entrega total.
Os envia de dois a dois para que estejam mais próximos um do outro; como disse Eclesiastes 4, 9:
“Melhor dois junto que um só. Se um cai, o levanta seu companheiro”. Dois apóstolos são sinal de
comunhão e fraternidade, estas eram características próprias do Cristianismo em seus primeiros anos,
que atraiam e maravilhavam a tantos povos pagãos que terminavam se convertendo.
Jesus lhes dá poder sobre os espíritos imundos, este é o sinal dos apóstolos, que impregnados pela
presença de Deus fazem prevalecer o bem, purificando as almas de toda opressão, e de tantas maldades
que escurecem a vida.
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Os ordena que não levem nada para o caminho, chamados a ser servos humildes e confiados à
providência de Deus. Ao indicar-lhes o que não devem levar, mostra-lhes quão distante devem estar dos
desejo de riqueza. A única coisa permitida é um bastão, hoje o conhecemos como báculo pastoral,
utilizado pelos bispos como distintivo que expressa o poder recebido do Senhor, especialmente para
atrair às ovelhas que deixam o curral. Não vestir duas túnicas significa abandonar a abundância e a
duplicidade.
Não os envia a pregar em grandes cidades ou auditórios, mas na casa de família de lugares pobres e
humildes, onde a semente do Reino brota com mais docilidade. Jesus lhes faz algumas advertências
sobre o que iam viver nas diferentes casas que visitariam e a forma de comportar-se de acordo com a
situação. “Em qualquer casa em que entrardes, ficai nela, até vos retirardes dali”, sinal de hospitalidade
e de bom compartamento para com as famílias que os recebem. signo de hospitalidad, y de buen
comportamiento para con las familias que los reciben. Se em algum lugar não vos receberem nem vos
escutarem, saí dali e sacudi o pó dos vossos pés em testemunho contra ele” este é um gesto simbólico
que expressava que não se tinha nada em comum com os habitantes dessa casa ou cidade.
Depois disto os apóstolos saem para a missão e o evangelista resgata suas principais características. A
pregação unida ao chamado à conversão, expulsão de demônios e cura dos enfermos, ungindo- os com
óleo. O uso do óleo mostra o costume da Igreja de ungir os endemoniados e enfermos, infundindo-lhes
a graça do Espírito Santo. A unção significa a misericórdia de Deus, o remédio da doença e a purificação
do coração, manifestando tanto a dimensão corporal como espiritual.
Os doze apóstolos são o sinal mais evidente da vontade de Deus com respeito a existência e missão da
Igreja. Cristo está presente hoje em seu povo através da Igreja, construída sobre o fundamento dos
apóstolos, está viva pela sucessão dos Apóstolos. Assim também os leigos, pelo batismo formam parte
da missão profética de Cristo e estão chamados a viver em plenitude sua vocação discipular.
Reconstruímos o texto
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De que forma Jesus envia os Apóstolos? Que poder lhes dá?
O que lhes ordena não levar no caminho?
E com relação a vestimenta, como deviam ir?
Que lhes pede que façam naquelas casas em que lhes derem alojamento?
E naquelas que lhes neguem estadia, ou sejam tratados com indiferença?
Na missão dos apóstolos, que outras obras acompanham a pregação?
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2.- MEDITAÇÃO: O que nos diz Deus no texto?
Façamo-nos umas perguntas para aprofundar mais nesta Palavra de Salvação
1. O que significa para mim ser Apóstolo de Cristo? Escolhi ser ou por sobre todas as coisas me
sinto chamado e convocado por Deus? Entendo que é um dom, um presente do Senhor que pôs
seus olhos em mim? Ser Apóstolo é também uma tarefa. Ponho meu esforço para fazer a
vontade de Deus e ser seu reflexo fiel?
2. Entendo que o Batismo me deu a dignidade de Profeta e como tal tenho que sair e levar a Boa
Nova aos demais? Falo da Palavra do Senhor aqueles que estão próximos e nos lugares
cotidianos? Hà algo que me não me leva a fazê-lo?
3. O que levo em meu caminho discipular, que me faz por no centro da minha vida coisas que me
fazem errar e perder-me? Entre elas estão os objetos materiais, o êxito, o prazer, a ambição?
Estou disposto a levar comigo só o necessário e indispensável? Custa me desapegar?
4. Meu anúncio ou pregação vão acompanhados de obras de caridade para com os necessitados e
enfermos? Entendo que meu anúncio da Boa Nova como ap´sotolo não deve ser só “oral”, mas
também testemunhão, quer dizer anunciar com minha própria vida? Como é meu testemunho
de vida cristã hoje? É coerente?
5. Como Apóstolo busco configurar-me de acordo com a imagem do meu Mestre e Senhor? Busco
pensar, agir e amar ao estilo de Jesus? Tento ou me comprometo a fazê-lo apesar de saber que
sou fraco? Me dirijo ao senhor para que me fortaleça sempre?
3.- ORAÇÃO: O que lhe dizemos a Deus?
Orar é responder ao Senhor que nos fala primeiro. Estamos querendo escutar sua Palavra Salvadora.
Esta palavra é muito diferente da que o mundo nos oferece e é o momento de dizer algo ao Senhor.
AQUI ME TENS, SENHOR
disposto a tudo o que queres de mim,
disposto a viver com alegria tua Boa Nova.
Disposto a fazê-la possível no ambiente me que movo,
Com palavras e obras,
Com humildade, mas também com firmeza.
Envia-me, Senhor, pelos caminhos do mundo,
Escassos de poder e dinheiro, mas ricos em solidariedade e carinho.
Que igual a todos meus irmãos
Me incomode ver gente que não é feliz,
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Mas eleve as pessoas pequenas e simples que sofrem,
Que não dispõe do necessário para viver dignamente
Que igual a todos meus irmãos,
Me arda o coração e a cabeça
Para que seja capaz de contagiar de amor e de espernaça
A pobre realidade que me envolve.
AQUI ME TENS, SENHOR
Disposto a obedecer sempre a vontade do Pai,
Ainda que as vezes seja muito difícil.
Aqui me tens, Senhor,
Disposto a andar nos caminhos da vida a teu lado,
Aprendendo de ti a ser feliz
E ajudando a outros que também o sejam.
AQUI ME TENS, SENHOR
Disposto a participar com meus irmãos e companheiros
Em todas aquelas iniciativas que gerem justiça e paz
Para cada um de nós e para o mundo inteiro.
Aqui me tens, Senhor,
Caminhando contigo, Senhor da vida,
Experimentando que me amas como um pai ama a seus filhos.
ESCUTE, Ó DEUS, MINHA ORAÇÃO CONFIANTE!
AMÉM.
Façamos um momento de silêncio e reflexão para responder ao Senhor. Hoje damos graças por sua
ressurreição e porque nos enche de alegria. Acrescentemos nossas intenções de oração.
4.- CONTEMPLAÇÃO: Como interiorizamos a
mensagem de Deus?
Para o momento da contemplação podemos repetir várias vezes este versículo do Evangelho para que
vá entrando em nossas vidas, em nossos corações.
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«Eles partiram e pregaram a penitência»
(Versículo 12)
E assim, vamos pedindo ao Senhor ser testemunhas da ressurreição para que outros creiam.
5.- AÇÃO: A que nos comprometemos com Deus?
Deve haver uma mudança notável em minha vida. Se não mudo, então, não posso ser um verdadeiro
cristão.
Se estou só, volto a ler atentamente as leituras. Hoje o Senhor me convida a recordar que sou chamado
a ser apóstolo. Como tal me comprometo a anunciar a alegria do evangelho, primeiro no meu entorno
mais próximo, família e amigos. Para ser um verdadeiro apóstolo, devo acompanhar meu anúncio de
obras. Por isso buscarei na “Cáritas” ou em algum centro assistencial quais são as necessidades que
apresentam para fazer minha doação, especialmente meu tempo.
No grupo, nos comprometemos a ser uma comunidade de Apóstolos, que anunciam o bom e belo da
vida em Cristo. Imitamos a missão dos apóstolos que o evangelho de hoje nos apresenta, nos
aproximando dos enfermos, para levar-lhes nossa proximidade, consolo e o tesouro precioso da Palavra
de Deus. Comprometendo-nos a orar por eles e seus familiares.
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