TÍTULO: INCIDÊNCIA E CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DO

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TÍTULO: INCIDÊNCIA E CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DO VÍRUS PAPILOMA HUMANO (HPV) EM
MULHERES DA REGIÃO NORTE E NORDESTE DA CIDADES DE SÃO PAULO.
CATEGORIA: EM ANDAMENTO
ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE
SUBÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO - UNIAN-SP
AUTOR(ES): GABRIELA GARCIA RODRIGUES, IGOR LUNGATO POLIDO
ORIENTADOR(ES): FLAVIO CANELLAS CANAVEZ, RUAN CESAR APARECIDO PIMENTA
COLABORADOR(ES): CLEIDE ILEK, JULIANA CANAVEZ, KATIA RAMOS MOREIRA LEITE, LUIZ
HERALDO CAMARA LOPES
RESUMO
O HPV se mostra como um grande problema de saúde pública e é o principal
causador de lesões intra-epiteliais e surgimento de neoplasias uterinas. Nosso
trabalho tem como objetivo realizar uma quantificação da carga viral para
compreendermos em qual ponto surge uma lesão a partir de determinada carga viral
e genotipar todos os casos positivos para HPV. No momento realizamos análises
apenas de casos positivos e negativos e a genotipagem destes. Encontramos em
nossos resultados prévios um maior acometimento entre os tipos 6, 16 e 18 que se
mostram como grandes causadores do câncer de colo de útero.
INTRODUÇÃO
É sabido que o vírus papiloma humano (HPV) é um dos grandes causadores
do câncer de colo de útero. Pesquisas têm demonstrado que o HPV pode ser
dividido em mais de 100 tipos, sendo que os principais tipos de alto risco são os
tipos 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59 e 68. Mulheres que apresentam
infecções provindas dos tipos 16 e 18 exibem um risco significativamente
aumentado de desenvolverem neoplasias malignas em colo uterino quando
comparadas as infecções causadas por outros agentes virais (CARVALHO et al.,
2005; MAHDAVI e MONK, 2005).
Para detecção deste vírus ou até mesmo alterações por decorrência do
mesmo existem métodos que nos auxiliam a detecção deste como a colpocitologia
oncológica que é um método amplamente utilizado em nível propedêutico na
prevenção de câncer de colo de útero. Esta técnica teve inicio nos EUA na década
de 1940 por Georg Papanicolau, que compôs este método de diagnóstico simples e
de grande valia prática. Atualmente é considerado um dos métodos mais
importantes para detecção de células pré-cancerosas e cancerosas do colo de útero
(SERRANO e RAMIRES, 2002).
OBJETIVOS
Realizar um levantamento epidemiológico de mulheres acometidas pelo HPV
na região norte e nordeste da cidade de São Paulo-SP.
Identificar qual a genotipagem viral mais comum dentre as mulheres com
resultados positivos.
METODOLOGIA
Até o presente momento foram coletadas amostras de 500 mulheres na
região norte e nordeste da cidade de São Paulo. O projeto foi aprovado pelo Comitê
de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo sob
o número 051/16.
Após extração do material genético das amostras foi realizada análise pela
técnica de reação em cadeia de polimerase conforme recomendações do fabricante
para pré-análise dos casos positivo e negativos. Os casos que se mostraram
positivos foram processados novamente para genotipagem viral e realizada outra
técnica conhecida como sequenciamento por método de Sanger também conforme
recomendações do fabricante.
DESENVOLVIMENTO
Com os avanços biotecnológicos, a biologia molecular se torna um método de
identificação de primeira linha, mais preciso e eficiente na detecção do HPV. A
detecção de um diagnóstico mais precoce permite uma melhor vigilância e até
mesmo um melhor acompanhamento no tratamento, assim consentindo, uma
análise mais detalhada sobre o que está sendo analisado (ASSUNÇÃO e CORREIA,
2014).
Estão disponíveis atualmente várias técnicas moleculares para detecção e até
mesmo quantificação do HPV, estas variam quanto sua sensibilidade e
especificidade (Zaravinos et al., 2009). Dentre esses métodos moleculares, a
Hibridização in situ (ISH), reação em cadeia de polimerase que pode variar desde a
PCR alelo específica, passando pelo tipo Nested e a PCR multiplex, e também em
uma nova técnica que está sendo uma das mais utilizadas nos últimos tempos à
tecnologia de microarray (FARSHADPOUR et al., 2011).
RESULTADOS
Como resultado, obtivemos 36 casos positivos para o HPV. Destes 36 casos
obtivemos 1 caso positivo para os tipos 46, 11, 39, 35, 70, 33, 52 e 61. Para o tipo
MM7 obtivemos 2 casos, 3 casos positivos para o tipo 58, 6 casos para o tipo 16, e 8
casos para os tipos 6 e 18. Um dos casos não foi possível a realização da tipagem
mesmo com análise molecular positiva para o HPV. Analisando os dados em
conjuntos podemos verificar que os tipos 6, 16 e 18 foram os tipos com mais casos
positivos, sendo estes os tipos que mais apresentam risco aumentado para o
desenvolvimento do câncer de colo de útero.
REFERÊNCIAL TEÓRICO
CARVALHO, M. O. et al. Human papillomavirus infection in Rio de Janeiro, Brazil: a
retrospective study. Braz J Infect Dis, v. 9, n. 5, p. 398-404, Oct 2005. ISSN 14138670. Available at: < http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16410891 >.
MAHDAVI, A.; MONK, B. J. Vaccines against human papillomavirus and cervical
cancer: promises and challenges. Oncologist, v. 10, n. 7, p. 528-38, Aug 2005.
ISSN 1083-7159. Available at: < Http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16079320 >.
SERRANO, D. R.; RAMIRES, R. C. Colpocitologia Oncológica. In: Piato S.
Tratado de Ginecologia. 2. São Paulo: 2002. 26- 34.
ASSUNÇÃO, J. G. F.; CORREIA, A. K. D. A. ANÁLISE COMPARATIVA DAS
TÉCNICAS DE BIOLOGIA MOLECULAR PARA GENOTIPAGEM DO PAPILOMA
VÍRUS HUMANO – HPV. Revista Científica da Escola de Saúde, v. 2, p. 97-105,
2014 2014.
ZARAVINOS, A. et al. Molecular detection methods of human papillomavirus (HPV).
Int J Biol Markers, v. 24, n. 4, p. 215-22, 2009 Oct-Dec 2009. ISSN 0393-6155.
Available at: < http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20108214 >.
FARSHADPOUR, F. et al. Human Papillomavirus and Oropharyngeal Squamous
Cell Carcinoma: A Case-Control Study regarding Tobacco and Alcohol Consumption.
Patholog Res Int, v. 2011, p. 806345, 2011. ISSN 2042-003X. Available at: <
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21789265 >.
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