2 GEO046 Geofísica Magnetômetro de campo total a Baseia-se na precessão do próton do núcleo do átomo de hidrogênio, quando este procura se alinhar com um campo magnético externo. a Por ter momento magnético, o próton é alinhado a um campo magnético Hexterno, constante, artificial e não alinhado com HTerra. Aula no 07 MÉTODO MAGNÉTICO Anomalias magnéticas H Terra H externo intenso June 04 Hédison K. Sato 3 Magnetômetro de campo total a Desligado o campo artificial, o próton tende a se alinhar com o campo da Terra. Entretanto, por também possuir momento angular, ele precessiona a freqüência f P = (γ P 2π ) H Terra , onde γ P é a razão giromagnética do próton (2π γ P = 23,4874 nT/Hz). H Terra movimento de precessão 4 Magnetômetro “flux-gate” Considere o material magnético não linear, envolvido por duas bobinas. Supondo uma corrente senoidal circulando por uma delas, o campo magnético será senoidal mas a indução magnética não terá o comportamento similar devido a não linearidade da relação B - H. B H I cos ωt n0 f .e.m. n1 5 Magnetômetro “flux-gate” 6 Magnetômetro “flux-gate” B B H + HT H H B H B I cos ωt n0 ∂B f .e.m. ∝ ∂t f .e.m. n1 I cos ωt ∂B f .e.m. ∝ ∂t observar as simetrias n0 f .e.m. n1 Campo externo H T 7 Magnetômetro “flux-gate” Considere o material magnético não linear, envolvido por duas bobinas. Magnetômetro “flux-gate” Considere o material magnético não linear e a aproximaçã o B H I cos ωt n0 n1 HT 8 A B B = c0 H − c1 H 3 = µH (1 − a0 H 2 ) Campo magnético no interior das bobinas : H = n0 AI cos ωt + H T = H 0 cos ωt + H T , onde H T é o campo da Terra na direção do eixo da bobina, e I cos ωt é a corrente elétrica circulando em uma das bobinas. H I cos ωt n0 n1 HT A 9 Magnetômetro “flux-gate” Anomalias magnéticas a Na prática, consideram-se dois tipos anomalias: Considerando a relação não linear, a f.e.m. induzida na outra bobina será d (µH (1 − a0 H 2 )) dB = n1 A dt dt dH 2 (1 − 3a0 H ) = n1 Aµ dt f .e.m. = n1 A n0 f .e.m. HT 10 n1 A `anomalia de campo vertical, e `anomalia de campo total. a Nos dois casos, tratam-se das feições devidas ao campo magnético anômalo criado pelo corpo geológico, que se soma ao campo magnético da Terra. a A anomalia de campo vertical é o componente vertical do campo anômalo. a A anomalia de campo total é a diferença entre as amplitudes dos campos com e sem a presença do campo anômalo. 11 Anomalias magnéticas Quando H a << H Terra , Componente Campo vertical ∆z do anômalo a anomalia de campo campo anômalo Anomalia de total campo total ∆T ∆T = H total − H Terra aproxima - se do valor do componente do campo anômalo na direção do campo da Terra Campo da Terra (ou do campo total) : Campo total ∆T ≈ H a ⋅ (H Terra H Terra ) 12 Esfera magnetizada O campo vertical anômalo é dado por ∆z = M (2h 2 − x 2 − y 2 )sen α − 3 xh cos α (x + y 2 + h2 ) onde M é o momento magnético da esfera, α , sua inclinação , e h, a profundidade do centro. No desenho, α deve ser negativo. 2 52 Campo vertical ∆z Campo anômalo +x M α +z Campo da Terra Campo total 13 Esfera magnetizada Esfera magnetizada Anomalias de campo vertical (∆z ) e total (∆T ) Também, tem - se ∆x = − M (2h 2 − x − y )cos α + 3 xh sen α 2 a diferentes latitudes magnéticas 2 (x ) 2 52 + y2 + h 3 y ( x cos α − h sen α ) ∆y = M . (x 2 + y 2 + h 2 )5 2 2 14 , NM ∆z Se ( H Terra H Terra ) = i cos α + k sen α , a magnetização e o campo da Terra têm a mesma direção, ∆T = − M (2h 2 ∆T − x 2 − y 2 )cos 2α + 3 xh sen 2α (x 2 + y 2 + h2 ) 52 α = 0° α = −13° α = −23,5° α = −33° 15 Esfera magnetizada Anomalias de campo vertical (∆z ) e total (∆T ) ∆z ∆T 16 Esfera magnetizada (∆t) α = αT = 0o α = αT = −30o 17 Esfera magnetizada (∆t) α = αT = −60o 18 Esfera magnetizada (∆t) α = αT = −90o α = αT = 0o e δ T = 0o α = αT = 0o e δ T = 30o 19 Esfera magnetizada (∆t) α = αT = 0o e δ T = 60o α = αT = 0o e δ T = 90o 20 Esfera magnetizada (∆t) α = −30o , αT = 0o e δ T = 0o α = −30o , αT = 0o e δ T = 30o 21 Esfera magnetizada (∆t) α = −30o , αT = 0o e δ T = 60o 22 Semi-placa magnetizada α = −30o , αT = 0o e δ T = 90o a Anomalia de campo vertical devido a uma semi-placa magnetizada verticalmente. Para x → ±∞, ∆z → 0 23 Interpretação qualitativa a Inspeção visual do mapa magnético, considerando as formas e tendências das anomalias principais. a Detalhamento das características individuais das anomalias, visando determinar: `as posições relativas e amplitudes das partes positivas e negativas da anomalia, `o alongamento e extensão superficial dos contornos, `a agudeza da anomalia, visualizada nos espaçamentos entre os contornos. a Assim, em muitos casos, a visualização do mapa basta para, de forma direta, inferir as informações geológicas, dispensando-se os cálculos. Curaçá: Campo total 24 24 Curaçá: Campo total 25 26 Paleo necrópole a Mapa magnético de uma necrópole. a Área de Chatillon-sur-Seine, França. `Gradiômetro (sensores a 0.4 e 0.9 m) `Cancelam o ruído de fundo e objetos metálicos próximo à região. `Espaçamento de linha: 0,25 m. `A: Túmulo de família, B: feição geológica, C: valetas, D, E: lixo metálico (parafuso e partes de um trator) `4 Setas: Estrutura circular 27 Paleo necrópole a Estrutura circular `Originalmente coletada `Levantamento com 12,5 cm de intervalo, após a remoção de 30 cm de solo. `a: fecho de roupa, b: outro objeto, c: estrutura em direção ao centro do túmulo. 28 Paleo necrópole a Estrutura circular `Após a remoção de 50 cm de solo. `a: centro do túmulo, b: outro objeto, c: fecho de roupa mais visível, d e e: metais modernos. 29 Referências: a Osten-Woldenburg, H., Chaume, B., Reinhard, W. ,2002, Magnetic imaging of the late Bronze Age tumulus in France before and during excavation. The Leading Edge, SEG, 21(5), 465:466. a Sharma, P. V., 1986, Geophysical methods in geology. 2. ed., Elsevier, New York. a Telford, W. M., Geldart, L. P., Sheriff, R. E. e Keys, D. A., 1978, Applied geophysics. Cambridge University Press.