ESTUDOS TEÓRICOS DO BOMBEAMENTO LASER PARA O COMPRIMENTO DE ONDA 1.15 µ m A PARTIR DA REAÇÃO He3(n,p)H3 Kilder Leite Ribeiro e Yasser Ragab Shaban Departamento de Engenharia Nuclear Escola de Engenharia - UFMG Av. do Contorno, 842 - 9º andar, Centro Belo Horizonte - MG e-mail [email protected] Fax - (031)-238-1760 Telefone: (031)-238-1012 RESUMO Estudo sobre o aproveitamento da energia liberada em reações nucleares no bombeamento de meios laser vem sendo estudado largamente nos últimos anos em vários centros no mundo. Ela permite ampliar o volume de gás a ser bombeado e com isto obter um feixe de grande densidade de potência. O objetivo deste trabalho é tentar modelar um meio laser através de um conjunto de equações diferenciais de primeira ordem ditas “rate equations”, e a partir da solução do sistema linear tentar avaliar os principais parâmetros envolvidos na geração laser. As formas de bombeamento laser fazem uso de fragmentos de fissão, e de reações com B10 e He3. Neste trabalho iremos considerar como fonte de bombeamento as partículas resultantes da reação He3(n,p)H3. No modelo proposto procuraremos avaliar os principais parâmetros envolvidos em uma geração laser como inversão de população, ganho, eficiência, etc. I. INTRODUÇÃO Reatores nucleares oferecem a possibilidade de liberação de grande quantidade de energia (>MJ) em uma pequena fração de tempo (~1ms). Se uma pequena fração desta energia for depositada em um eficiente meio laser poderemos ter laser de alta potência. A possibilidade de se obter excitação de um meio laser a partir das partículas liberadas em reações nucleares tem levado a um grande número de estudos. Estes estudos envolvem desde a utilização de fragmentos de fissão até o uso do efeito de ionização pelo espalhamento elástico de nêutrons rápidos no meio laser [1,2,3,4,5,6,7]. Em nosso trabalho nos restringimos ao estudo do bombeamento provocado pelas reações de absorção com nêutrons térmicos, mostrados a seguir: 1. n + 235U → fissão + 200Mev 2. n + 10B → 4He + 7Li + 2.8 MeV 3. n + 3He → p + T + 0.8 MeV A energia liberada em cada uma das reações acima está relacionada com a energia cinética dos produtos da reação. Nos dois primeiros casos é colocada uma fina camada de 235U ou 10B no interior da cavidade laser. Alguma fração dos produtos da reação penetra no interior do gás, causando ionização e excitação. Este comprimento de penetração é geralmente de alguns centímetros para as pressões tipicamente utilizadas ( 1 a 10 atm.). Na maioria das vezes somente o 10B é utilizado devido a dificuldade de se tratar os produtos de fissão, no caso, do 235U. A terceira reação acima é utilizada pela adição de 3 He, à pressão de algumas atmosferas, na mistura do gás laser. Esta reação tem a vantagem de que a maior parte da energia liberada é absorvida pelo meio visto que o 3He se encontra diluído junto ao gás que se pretende excitar. Uma das vantagens de se utilizar esta forma de bombeamento esta relacionada com a possibilidade de se bombear grandes volumes de gás ( alguns metros cúbicos de gás ) em altas pressões de até 10 atm. Outra vantagem de se utilizar a energia liberada em reações nucleares é sua alta taxa de deposição de energia no meio que varia de 10 a 300 W/cm3 e a desvantagem é que as reações com He3 e B10 tem uma baixa eficiência de ionização sendo por isto consideradas fontes fracas de ionização. Esta baixa eficiência de ionização é mostrada fazendo-se uma comparação entre a densidade de elétrons obtidas por ionização utilizando-se fragmentos de fissão ou feixe de elétrons com a densidade de elétrons obtidas de reações com He3 e B10. A densidade de elétrons gerados por fragmentos de fissão ou feixes de elétrons está na ordem de 1015; enquanto, os produtos das reações He3 e B10 estão na ordem de 1012 elétrons/cm3. II. MONTAGEM Um sistema NPL (Nuclear Pumped Laser) consiste de uma cavidade laser no interior do reator, circundado por polietileno, o qual é utilizado para termalizar os nêutrons. Na cavidade pode ser utilizado He3 junto ao gás laser ou se pode revestir a parede da cavidade com UO2 ou B10, os quais em contato com os nêutrons térmicos produzem as partículas carregadas que irão ionizar e excitar o meio. As partículas resultantes transferem sua energia cinética para o gás laser, o qual passará a emitir pulsos óticos. O pulso é transferido para fora do reator onde será analisado. Isto é necessário para se evitar danos aos equipamentos de análise. Filtros de interferência são usados com o objetivo de isolar comprimentos de onda indesejados. III. TEMPERATURA E DENSIDADE DE ELÉTRONS. Aqui fizemos uma avaliação do efeito da reação He3(n,p)H3, no bombeamento de um meio laser He/Ne. Durante a caracterização do meio é necessário que determinemos a temperatura de elétrons e a densidade de elétrons no meio[8]. Em plasma nuclear, as partículas carregadas liberadas nas reações nucleares são a principal fonte de excitação e ionização da mistura de gases no dispositivo laser. Sabemos que o último elétron ligado ao átomo é ejetado por colisões inelásticas com as partículas carregadas pesadas, que contribuem assim para induzir ionização e excitação secundarias. Para atingir o objetivo de avaliar a densidade de elétrons ne é necessário calcular primeiramente a temperatura dos elétrons Te. Esta temperatura pode ser encontrada a partir da equação de transferência de energia por colisões inelásticas. A transferência máxima de energia Ten para um elétron ejetado em uma colisão inelástica é dada por [9]: 1 + 2.M.c 2 / E cn T =E . en cn 2 .c 2 / 2.m . E 1 + (M + m ) e e cn (1) onde: Ecn é a energia cinética da partícula carregada antes da n-ésima colisão em eV; Ten é a máxima energia transferida ao elétron em uma colisão inelástica em eV (i.e. energia de ionização); M e me são as massas de repouso da partícula carregada e do elétron respectivamente em u.m.a; e c é a velocidade da luz em m/s A transferência de energia desde o instante em que a partícula nasce até o instante em que sua energia é tal que não ocorrem mais ionizações é calculada abaixo. A transferência de energia é calculada pelo valor médio quadrático da transferência máxima de energia como é mostrado na equação 2. 1 n < Ten >= ∑ Ten2 .∆x n 0 1/2 (2) onde Ten é a energia transferida em cada colisão em eV, sendo n o número de colisões, e ∆x é o peso de cada colisão. A série acima é terminada quando Ten é menor do que a energia de ionização do gás em estudo. A densidade de elétrons é definida como função da potência depositada no meio e a temperatura de elétrons, como é mostrada na equação 3 [8,9]: ne = Pd .M 3.Te .N. < σv >.m e .k (3) onde: Pd é a densidade de potência depositada no meio pelas partículas resultantes da reação com He3, M é a massa efetiva do gás laser em Kg; Pd, é a densidade de potência em W/cm3; Te é a temperatura de elétrons em K; N é densidade do gás em cm-3; me é a massa de elétrons em Kg; k é a constante de Boltzman; e < σv > é a constante cinética para a reação. IV. ESTUDOS CINÉTICOS O estudo cinético consiste em realizar uma avaliação dos principais parâmetros envolvidos em uma geração laser, como inversão de população, ganho, eficiência e potência de saída durante o processo de bombeamento [10]. Esta avaliação é realizada a partir do estudo da variação dos principais componentes químicos no meio. É feita uma avaliação das densidades dos componentes presentes no meio para varias pressões e deposição de potência a partir da qual é possível descrever os principais parâmetros envolvidos na geração laser. Nesta avaliação é considerada a produção menos o consumo para cada componente. Em nosso trabalho foram consideradas aproximadamente 30 equações físico-químicas, que se reduzem a 7 equações diferenciais de primeira ordem [8]. Os dois principais componentes do meio são as concentrações de Ne* 2S 2 e Ne* 2P4 que são os níveis de interesse na emissão para o comprimento de onda 1.15 µm. As equações para estes dois níveis são dados a seguir: d[Ne* 2P4 ] = A 21[Ne* 2S2 ] − [Ne* 2P4 ]ne < σv > dt (5) onde os valores entre [ ] indicam as concentrações, ne é a densidade de elétrons, ϖ1 e ϖ2 indicam a probabilidade de que a reação ocorra, A21 é o coeficiente de Einstein para esta transição e < σv > é a constante cinética para a reação. Quando < σv > é multiplicada pelas concentrações dos elementos envolvidos na reação é obtida a freqüência com que esta reação ocorre. V. RESULTADOS Resolvendo o sistema de equações determinamos as concentrações de Ne* 2S 2 e Ne* 2P4 que são os níveis superior e inferior para a emissão de 1.15 µm. Estes níveis são os responsáveis pela inversão de população [10,11], que é definida da seguinte forma: ∆N = N 2 − g2 N1 . g1 (6) * onde N2 e N1 são as concentrações dos níveis Ne 2S 2 e * Ne 2P4 respectivamente e g2 e g1 é a degenerescência destes níveis. A inversão de população é obtida variando-se a concentração de He e Ne, isto é a razão entre estes gases para varias pressões totais. A partir disto resolvemos o sistema de equações para varias pressões e plotamos o gráfico abaixo, onde é mostrada a variação da inversão de população ∆N pela razão He/Ne para varias pressões totais dos gases. 10 torrs 1.00E+13 100 torrs ∆ N(cm^-3) 1.00E+12 200 torrs 300 torrs 1.00E+11 400 torrs 1.00E+10 500 torrs 600 torrs 1.00E+09 700 torrs 1.00E+08 800 torrs 0 2 4 6 Razão He/Ne 8 10 900 torrs 1000 torrs Figura 1. Variação de ∆N com a razão He/Ne para varias pressões. Este gráfico mostra que a região de melhor operação para este comprimento de onda é a de baixas pressões visto que o maior valor de ∆N ocorre para estas pressões. Aqui pode ser visto também que a melhor razão He/Ne é 3/1, obtido pelo mínimo no gráfico para cada pressão. Outro fator importante a ser determinado é o menor sinal de ganho de potência, que nos fornece uma razão da luminescência no interior da cavidade e é definido como sendo[8,11]: γ = ∆N.σ SE (7) λ2 .g(ν ), sendo A21 o coeficiente de 8πn2 Einstein para o comprimento de onda emitido λ; n o índice de refração para o meio e g(ν) a probabilidade que ocorra a emissão no comprimento de onda de interesse[8]. A variação do menor sinal de ganho de potência com a pressão é mostrado na figura a seguir: onde σ SE = A 21 0,07 0,06 Menor sinal de ganho de Potência γ (cm^-1) d[Ne* 2S2 ] = [He* 23 S1 ][Ne(1S0 )]ϖ 1 + [Ne +2 ]ne < σv > − A21[Ne* 2S2 ] − dt [Ne* 2S2 ][He(1S0 )]ϖ 2 (4) 0,05 0,04 λ= 1.15259 µm µ (Transição do Ne) He/Ne ratio 3:1 0,03 0,02 0,01 0 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 Pressão total (torrs) Figura 2. Variação do menor sinal de ganho de potência com a Pressão. Esta curva vem mostrar mais uma vez que para esta combinação de gases a região para melhor operação ocorre nas regiões de baixas pressões. A potência de saída do laser pode ser obtido pela seguinte relação[8,10,11]: Plaser = ∆N.A 21 .E foton .C1 (8) onde Efoton é a energia do foton emitido e C1 é um fator de conversão. Os valores para a potência emitida por deposição de potência é mostrado nas figuras a seguir, para as pressões de 10 e 1000 torrs, respectivamente. 1.40E-01 8.0000E-01 7.0000E-01 Eficiência (%) Potência do Laser (w/cm^3) 1.20E-01 1.00E-01 8.00E-02 6.00E-02 4.00E-02 Condições Limites: λ = 1.15259 µ m (Transição no Ne) Pl (min)= 7.71290E-4 W/cm^3 Pd = 6 mW/cm^3 6.0000E-01 5.0000E-01 4.0000E-01 Condição de Saturação: λ = 1.15259 µ m (Transição no Ne) ηl (max) = 0.766 % Pd=100 100 mW/cm^3 3 Pl (max) =13,39 mW/cm^3 Razão He/Ne = 3:1 3.0000E-01 2.0000E-01 1.0000E-01 2.00E-02 0.0000E+00 1.00E- 1.00E- 1.00E- 1.00E- 1.00E- 1.00E- 1.00E+ 1.00E+ 1.00E+ 1.00E+ 06 05 04 03 02 01 00 01 02 03 0.00E+00 1.00E-06 1.00E-05 1.00E-04 1.00E-03 1.00E-02 1.00E-01 1.00E+00 Densidade de potência Depositada (w/cm^3) Densidade de Potência Depositada (W/cm^3) Figura 3. Variação da Potência do Laser com a densidade de potência depositada para uma pressão de 10 torrs. Figura 5. Variação da eficiência com a densidade de potência depositada para uma pressão igual a 10 torr. 8.00000E-03 1.40E-03 7.00000E-03 6.00000E-03 Eficiência (%) Potência Laser (w/cm^3) 1.20E-03 1.00E-03 8.00E-04 6.00E-04 4.00E-04 Condições Limites: λ = 1.15259 µ m (Transição no Ne) Pl(min) = 8.8420E-6 W/cm^3 Pd= 16 mW/cm^3 4.00000E-03 Condições de saturação : λ = 1.15259 µm (Transiçào no Ne) ηl (max) = 0.00678 % Pd = 200 mW/cm^3 Pl(max) =0.237 mW/cm^3 3.00000E-03 2.00000E-03 1.00000E-03 0.00000E+00 1.00E-04 1.00E-03 2.00E-04 1.00E-02 1.00E-01 1.00E+00 1.00E+01 1.00E+02 1.00E+03 Densidade de Potência Depositada (W/cm^3) 0.00E+00 1.00E-04 1.00E-03 1.00E-02 1.00E-01 1.00E+00 Densidade de Potência Depositada (W/ cm^3) Figura 4. Variação da Potência do Laser com a densidade de potência depositada para uma pressão de 1000 torrs. O próximo fator a ser considerado é a eficiência para este tipo de bombeamento. A eficiência laser é definida como sendo: ηl = ηq x ηp (9) onde ηq é a eficiência quântica definida como sendo igual E 2 − E1 a: ηq = , sendo E2 e E1 a energia dos níveis E2 superior e inferior do átomo de Ne, e ηp é a eficiência no bombeamento sendo definido da seguinte forma. ηp = 5.00000E-03 potencia de saida do laser em um determinado instante potencia depositada no mesmo instante. . (10) As figuras a seguir mostram a variação da eficiência laser com a potência depositada no meio. Figura 6. Variação da eficiência com a densidade de potência depositada para uma pressão igual a 1000 torr. Neste caso temos outra demonstração de que para este comprimento de onda a região de baixas pressões apresenta uma melhor operação. Podemos ver pelos gráficos que para uma pressão de 10 torr temos uma maior eficiência de bombeamento e a potência laser de saída na saturação para este caso mostrou ser duas ordem de grandeza maior do que para 1000 torr. VI. ANALISES E CONCLUSÕES Na tabela 1 é feita uma comparação dos valores encontrados neste trabalho com valores experimentais encontrados por Prelas at al [12], sendo que os valores mostram uma concordância muito boa entre eles. Um dos grandes problemas encontrados é que não existem trabalhos propondo modelos teóricos para descrição de meios laser com os quais possamos comparar nossos resultados. Os valores de inversão de população, do limiar de deposição de energia, do menor ganho do sinal de potência e da eficiência laser encontrados neste trabalho apresentaram uma boa concordância com os valores obtidos experimentalmente por Prelas. Serão necessários ainda, estudos experimentais complementares, com o objetivo de comparar nossos resultados com dados experimentais. Esta comparação irá nos permitir validar o nosso modelo. Uma analise preliminar nos mostra que nosso modelo é capaz de, dado um sistema onde se utiliza os gases X e Y, predizer com aproximação em quais condições este meio poderá ser utilizado em uma geração laser. Nós podemos informar a melhor concentração de X e Y, razão entre os gases, limiar de potência e eficiência o que poderá evitar o gasto de tempo em testes experimentais. Tabela 1. Comparação dos principais parâmetros envolvidos em uma geração laser, gerados por nosso modelo comparado com dados experimentais e teóricos [12]. Parâmetros Este Trabalho Pressão (torr) 10 1000 Limiar de Potência (mW/cm3) 16 6 (1) [Ne (2S2)] (2) 1.1898x1010 2.2838x108 -1 6.075x10-2 5.05x10-4 γ(cm ) (1) Eficiência (%) (1) 0.766 6.78x10-3 razão He/Ne (1) 3:1 3:1 (1) experimental, (2) teórico: REFERENCIAS 1. BATYRBEKOV, G. A.; BATYRBEKOV, E. G.; DANILYCHEV, V. A. Kinetics of the laser active media on NeI 3P-3S transition with a pumping by a weak source of external ionization. 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ABSTRACT The use of the energy released in nuclear reaction for pumping a laser medium has been suggested by several research centers in the world. The use of nuclear energy permit to increase the gas volume pumped resulting a beam with large density of power. The objective of this work is modeling a laser medium based on system of differential equations of first order call “rate equations”. The results of this system of equations describe the principal parameters in interest in the laser generation. The principals forms to pumping a laser medium involve reactions with fission fragments, B10 and He3. In this work has also been studied the pumping based on reaction He3(n,p)H3.