Micro- organismos - Kunene River Awareness Kit

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Referências
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>Vida nos Ecossistemas Aquáticos >Classificação de Organismos >Micro- organismos
Micro- organismos
Os micro- organismos incluem bactérias, fungos, protozoários e certas plantas. Estes
organismos diferem radicalmente, tendo apenas em comum o seu tamanho pequeno: a
maior parte não é visível sem um microscópio, apesar de que algumas colónias destes
organismos podem ser vistas a olho nu.
Os micro- organismos estão presentes em grandes quantidades por todo o lado e
podem sobreviver a extremas condições físicas e químicas. Muitos micro- organismos Explore as sub- bacias do rio
Kunene
desempenham papéis fundamentais nos ecossistemas aquáticos, captando a energia
solar através da fotossíntese e na sua função na decomposição, libertando nutrientes
armazenados no tecido orgânico (Hatfield 2008).
Bactérias
Alguns dos organismos menores e mais antigos na face da terra - as bactérias encontram- se presentes praticamente em todos os ambientes e são abundantes em
todos os sistemas aquáticos. Em rios e ribeiros a maior parte das bactérias provêm das
terras circundantes arrastadas pelas águas da chuva e o seu número aumenta
drasticamente depois das chuvas. A abundância das bactérias é tipicamente de milhões
Entrevista sobre a gestão
por mililitro ou centenas de milhões por mililitro em águas produtivas ou poluídas.
integrada e transfronteiriça da
bacia do rio Kunene
Se as condições forem adequadas, as bactérias reproduzem- se com extrema rapidez
(por divisão simples) produzindo grandes números. As bactérias podem ser
encontradas suspensas na água, associadas à matéria em decomposição (tal como
madeira morta ou folhas), ou revestindo a superfície das rochas, pedras e grãos de
areia como parte do biofilme (o revestimento escorregadio em superfícies duras dos
rios). Elas podem constituir uma grande fracção da matéria viva nos sistemas
aquáticos.
As bactérias exibem uma vasta gama de habilidades metabólicas superiores a qualquer
outro grupo de organismos. Existem dois tipos de bactérias, as Autotróficas e
Heterotróficas . As bactérias heterotróficas constituem um elo crucial na
decomposição de matéria orgânica e na ciclagem de nutrientes nos sistemas aquáticos. Explore as interacções entre os
organismos no meio aquático
As bactérias autotróficas são produtoras primárias nos sistemas aquáticos, tal como o
são as algas verdadeiras. Por este motivo, as bactérias autotróficas
(predominantemente cianobactérias) são frequentemente categorizadas como ‘algas’,
embora os organismos não estejam de modo algum evolutivamente relacionados. A
cianobactéria costumava ser equivocadamente chamada de ‘alga azul’.
Ecologicamente, muito do que se aplica á alga é relevante para as bactérias
autotróficas.
Fungos
Os fungos existem tanto como células únicas como em filamentos chamados hifas. A Examine como o ciclo
maioria dos fungos aquáticos é microscópica; os que são conhecidos como hifomicetes hidrológico faz a água circular
são os mais abundantes e mais importantes. Os fungos são heterotróficos e tal como a
bactéria heterotrófica obtêm o seu alimento por meio da secreção de exoenzimas no
seu ambiente imediato, o qual desagrega componentes em substâncias mais simples de
modo que os fungos possam absorvê- las. Os fungos são fundamentais na
decomposição de matéria vegetal nos sistemas aquáticos, porque estão entre os poucos
organismos que podem desagregar certos compostos de plantas estruturais tais como a
celulose e lignina.
Protozoários
Os protozoários são organismos microscópicos unicelulares que por vezes se agrupam
em colónias. Existem dois tipos de protozoários, autotróficos e heterotróficos. Ao
contrário das bactérias e fungos, que absorvem compostos orgânicos dissolvidos no
seu ambiente, os protozoários heterotróficos (tais como as amebas e paramécias)
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Os protozoários são organismos microscópicos unicelulares que por vezes se agrupam
em colónias. Existem dois tipos de protozoários, autotróficos e heterotróficos. Ao
contrário das bactérias e fungos, que absorvem compostos orgânicos dissolvidos no
seu ambiente, os protozoários heterotróficos (tais como as amebas e paramécias)
consomem outros organismos tais como algas, bactérias e outros protistas. Juntamente
com outros micro- organismos, os protozoários formam o revestimento dos
sedimentos do biofilme bem como as superfícies duras nos leitos dos rios, embora
alguns protozoários nadem livremente. Alguns protozoários são parasitas e causam
doenças tal como a giardíase (provocada pelo protozoário Giardia lamblia ).
Trypanosoma sp.: protozoário responsável pela doença do sono.
Fonte: Centre for Disease Control 2006
( clique para ampliar )
Algas e Fitoplâncton
Vários grupos de protistas, na sua maioria autotróficos, são referidos como algas.
Assim como o termo 'micro- organismos', o termo 'alga' é um termo informal, usado
por conveniência para descrever os micro- organismos que realizam a fotossíntese.
Assim as cianobactérias são muitas vezes incluídas no grupo das algas. As algas
variam de tamanho desde o microscópico a grandes colónias que podem ser
consideradas macrófitas. Vários tipos de algas - incluindo o fitoplâncton –
desempenham um papel importante no fornecimento de energia na base de muitas
teias alimentares aquáticas.
O fitoplâncton é constituído por pequenas plantas microscópicas que vivem suspensas
em água aberta. O fitoplâncton é geralmente mais abundante em lagos do que em rios
e é inexistentes em rios caudalosos ou onde a velocidade em que as plantas são
levadas a jusante é maior do que a rapidez com que elas se reproduzem. O
represamento de um rio faz com que as condições de águas paradas sejam mais
favoráveis ao crescimento de fitoplâncton e a proliferação da praga das algas pode
acontecer em reservatórios. A disponibilidade de nutrientes, incluindo nitrogénio e o
fósforo, pode também levar á proliferação de algas.
O fitoplâncton pode existir em forma de células isoladas ou em cadeias ou colónias. O
fitoplâncton é fonte directa de alimento para a maioria do zooplâncton e alguns peixes
e é a base de alimentação na teia alimentar das águas profundas. O fitoplâncton varia
segundo os seus requisitos em termos de nutrientes, luz e outras condições. Os corpos
de água suportam uma mistura complexa de fitoplâncton que pode mudar
significativamente com as condições ambientais. Nos rios que contêm quantidades
significativas de fitoplâncton, a concentração de células de algas (número por unidade
de volume) é geralmente mais elevada quando os fluxos são mais baixos, enquanto
que as cargas elevadas de sedimentos em suspensão durante grandes fluxos podem
levar á redução da luz e da fotossíntese. Algum fitoplâncton pode causar problemas
como a modificação do gosto e do odor das águas além de provocar condições
anóxicas (falta de oxigénio) que podem matar os peixes. Algumas cianobactérias
produzem toxinas letais para vários peixes, animais selvagens e espécies domésticas.
Perifíton e Biofilme
As algas, bactérias, fungos, protozoários e produtos de degradação de células mortas
formam camadas nas superfícies submersas, incluindo sedimentos de fundo, rochas,
plantas submersas, ramos e macrófitos. O termo perifíton refere- se á camada que
consiste principalmente de algas. A composição de todas as camadas é conhecida por
biofilme. O perifíton é uma fonte importante de alimento em rios pedregosos rasos
com penetração adequada de luz. Organismos heterotróficos, incluindo invertebrados
grandes, tais como caracóis e insectos, raspam a superfície do biofilme. Outros
animais grandes, tais como os peixes, também se alimentam de biofilme. O biofilme
pode igualmente ser importante na absorção ou decomposição de contaminantes
químicos. As mudanças sazonais na abundância do perifíton reflectem as flutuações na
com penetração adequada de luz. Organismos heterotróficos, incluindo invertebrados
grandes, tais como caracóis e insectos, raspam a superfície do biofilme. Outros
animais grandes, tais como os peixes, também se alimentam de biofilme. O biofilme
pode igualmente ser importante na absorção ou decomposição de contaminantes
químicos. As mudanças sazonais na abundância do perifíton reflectem as flutuações na
vazão dos rios, á medida que as células de algas formadas em tempos de diminuição
ou baixa dos fluxos de água desaparecem durante o período das cheias.
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