PERCEPÇÃO PÚBLICA SOBRE O

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PERCEPÇÃO PÚBLICA SOBRE O AQUECIMENTO GLOBAL NA COMUNIDADE DE
PRAIA GRANDE, ILHA DE MARÉ, SALVADOR, BAHIA
Estudantes: Wilton Cardoso dos Santos, Jonathan William de Sousa Lopes, Marcos
Antonio de Jesus Lima
Orientadora: Rosiléia Oliveira de Almeida
Instituição: Colégio Estadual Marcílio Dias, Salvador, BA
E-mail: [email protected], [email protected],
[email protected], [email protected]
A Política Nacional sobre Mudanças no Clima determina que todos têm o dever de
atuar, em benefício das presentes e futuras gerações, para a redução dos impactos
decorrentes das interferências antrópicas sobre o sistema climático (Lei nº 12.187, de
29 de dezembro de 2009) e a Política sobre Mudança do Clima do Estado da Bahia
(Lei nº 12.050, de 7 de janeiro de 2011) recomenda o desenvolvimento de programas
para compreensão e mobilização da sociedade, no que concerne à mudança do clima.
Em consonância com estas políticas, investigou-se a percepção pública sobre o tema
na
comunidade
de
Praia
Grande,
Ilha
de
Maré
visando
subsidiar
ações
socioeducativas junto aos habitantes com vistas à ampliação do entendimento público
sobre o tema. A pesquisa foi desenvolvida na comunidade de Praia Grande,
envolvendo a realização de entrevistas com base em roteiro semiestruturado, com seis
questões iniciais para definição do perfil dos moradores entrevistados (n = 61) e onze
questões para identificação da percepção pública sobre o tema. A maioria dos
entrevistados (66%, n= 40) apresenta entre 14 e 40 anos de idade, é do sexo feminino
(62%, n= 38) e apresenta nível de escolaridade Ensino Fundamental (40%, n=25), seja
incompleto (29%, n = 18) ou completo (11%, n= 7), sendo que poucos (32%, n = 19)
possuem Ensino Médio completo (28%, n = 17) ou ensino superior completo ou
incompleto (4%, n= 2). Para a maioria dos entrevistados existem problemas ambientais
que afetam todo o planeta (93%, n= 57), sendo que alguns (7%, n= 4) se referiram
espontaneamente ao aquecimento global. Ao serem questionados, um número
expressivo de entrevistados afirmou já ter ouvido falar em aquecimento global (87%, n=
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Instituto de Biologia – Universidade Federal da Bahia – Av. Barão de Geremoabo – s/n
Campus Universitário de Ondina – Salvador – Bahia – CEP: 40.170-210
Telefone: (71) 3283-6564
53), sendo a televisão a principal fonte de informação. Um número expressivo de
entrevistados (85%, n= 52) considera que está ocorrendo o aquecimento do planeta,
sendo que destes a maioria (98%, n= 51) relaciona o problema às ações humanas,
que o provocariam (69%, n= 36) ou intensificariam (29%, n=15). No que se refere às
ações que podem aumentar o aquecimento global, os 54 entrevistados que
responderam a questão identificaram corretamente várias delas, embora um alto
percentual (85%, n= 46) tenha feito referência à pesca com bombas. Nas respostas
abertas sobre o que é aquecimento global percebe-se baixo nível de entendimento do
fenômeno. Embora a maioria dos entrevistados (80%, n= 49), considere que o
aquecimento global afeta a ilha, eles têm baixo nível de entendimento de como esta
interferência ocorreria e de como as ações dos moradores da ilha se relacionam com o
problema. No que diz respeito a se preocuparem com a possibilidade de aumento do
nível do mar, dos 54 entrevistados que se manifestaram um alto percentual respondeu
que sim (87%, n = 47). Quanto à confiança nas afirmações dos cientistas sobre o
aquecimento global, para os moradores entrevistados a afirmação fictícia de que, para
um renomado cientista, daqui a 10 anos ninguém poderá morar em ilhas, pois elas vão
ficar embaixo da água, envolveu discordância da maioria (80%, n= 48), que o
consideram equivocado, exagerado ou precipitado. Os resultados indicam a
necessidade de ampliar a compreensão pública do tema na comunidade de Praia
Grande, com foco nas relações entre problemas ambientais locais e globais.
Palavras-chave: Percepção pública, problemas ambientais, aquecimento global.
Financiamento: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB)
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