OK - Nadia - EAPV febre amarela seminário 2012

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Superintendência de Vigilância em Saúde
Gerência de Imunização e Rede de Frio
Seminário Estadual das Ações de controle
da Febre Amarela
Vacina Febre Amarela
Eventos adversos pós-vacinais
Nádia Teixeira Gabriel
Médica GIRF
Março - 2012
Objetivos
Conhecer e detectar precocemente casos de eventos
adversos graves após vacina febre amarela através da
vigilância ativa em serviços de saúde.
Notificar e investigar de casos suspeitos de EAPV -VFA,
através de critérios clínicos e/ou laboratoriais e exclusão de
outras etiologias (diagnósticos diferenciais).
Informar às autoridades competentes da ocorrência de
EAPV-VFA (fluxo de notificação).
DETECTAR OS SINAIS DE ALERTA!!!!!
EAPV – Febre amarela
Definição EAPV:
Qualquer ocorrência clínica indesejável em indivíduo
que tenha recebido algum imunobiológico.
Classificação quanto intensidade:
-Leve: Não necessita de exame complementar ou
tratamento médico
-Moderado: Necessita de exame complementar ou
tratamento médico.
-Grave:Necessita de hospitalização, causa disfunção
ou incapacidade significativa e/ou persistente
(sequela) ou resulte em anomalia congênita ou
morte.
EAPV - Febre amarela
Eventos Adversos:
Locais: Dor, eritema, enduração,edema e/ou vermelhidão
extensos, linfadenopatia, limitação de movimentos.
Sistêmicos gerais: Febre baixa, cefaléia e mialgia em
2 – 5% vacinados e duração 1-3dias.
Os eventos adversos pós-vacinação com VFA
considerados graves incluem:
1.
Doença viscerotrópica associada à VFA (DVA/VFA):
Caracteriza-se por falência múltipla de órgãos semelhante à doença
natural (febre amarela) e com taxas de mortalidade semelhantes.
2.
Doença neurológica associada à VFA (DNA/VFA): pode manifestar-se de
2 formas:
doença neurotrópica: caracteriza-se pela invasão do sistema
nervoso central pelo vírus vacinal.
doença autoimune: doença autoimune pós-vacinação com
envolvimento dos sistemas nervoso central e/ou periférico.
3.
4.
Anafilaxia
Qualquer morte que ocorra no período de 30 dias após vacinação em
campanhas em que os sinais clínicos e circunstâncias sejam suspeitos
de evento adverso.
Febre amarela
DEFINIÇÃO:
Doença viral não contagiosa causada por vírus RNA, do gênero
Flavivirus, da família Flaviridae.
FAS X FAU
PATOGENIA
QUADRO CLÍNICO:Formas oligoassintomáticas a graves.
-Período de infecção
-Período de remissão
-Período toxêmico (Insuficiência hepato-renal)
.Manifestações hemorrágicas
.Icterícia
.Oligúria /anúria.
DVA – VFA: definição de caso
►
DVA/VFA nível 1
Todo caso com início dos sintomas dentro de 1 a 10 dias após a
vacinação, sem evidência clínica de outra etiologia, com febre >
38°C (duração maior que 24 horas) e:
um ou mais dos sinais/sintomas:
náuseas
vômitos
mal estar (duração > 72 horas)
mialgia (duração > 72 horas)
artralgia (duração > 72 horas)
dispnéia
dor abdominal
DVA – VFA: definição de caso
DVA/VFA nível 2: DVA nível 1 E um ou mais dos seguintes sinais
de viscerotropismo:
Fíígado:
Icterícia (bilirrubina total elevada 1,5 vezes o normal)
Disfunção hepática (elevação das transaminases séricas
vezes o valor normal)
Progressão para insuficiência hepática.
até 3
Cardiovascular:
bradicardia (FC < 50 bpm) ou taquicardia (FC > 100 bpm)
miocardite (anormalidades compatíveis em ECG ou
ECHO,
alterações de enzimas cardíacas ou inflamatórias por biópsia de
tecido cardíaco
hipotensão postural: (pressão sistólica ≤ 90 mm Hg em adultos
ou < percentil 5 por idade em crianças < 16 anos, queda da
pressão diastólica ≥ 15 mm Hg comparando a posição deitada e
assentada, síncope ou vertigem ortostática
DVA – VFA: definição de caso
PULMONAR:
■ dispnéia ou hipóxia com necessidade de assistência
ventilatória
HEMATOLÓ
ÓGICO:
■ trombocitopenia (plaquetas < 100.000/mL)
■ coagulação intravascular disseminada (elevação do tempo de protombina
– INR ou tempo de tromboplastina parcial com produtos de degradação da fibrina)
■ hemorragia
RENAL:
■ decréscimo na taxa de filtração renal medida pelo aumento de 1,5 vezes o
valor normal de uréia e creatinina
■ nenhuma história de doença renal prévia, podendo progredir para falência
renal com necessidade de diálise
■
Rabdomiólise: CPK total 5 vezes maior que o valor normal
■ Histopatológico: compatível com FA: necrose mediozonal
hepática, corpúsculos de Councilman
Classificação DVA/VFA
DVA/VFA Suspeita
Início dos sintomas ocorre dentro de 1-10
dias da vacinação ( isoladamente/junto
com outras vacinas
E
Doença viscerotrópica nível 2, com
evidência de disfunção hepática
E
Sem evidência de diagnósticos
alternativos
Classificação DVA/VFA
DVA-VFA Provável
DVA-VFA suspeita E um ou mais do seguinte:
Histopatologia consistente com febre amarela (p. ex,
necrose médio-zonal do fígado, corpúsculos de
Councilman)
Isolamento do sangue de vírus da FA 17DD* (> 7 dias
após a vacinação)
Concentração de vírus da FA 17DD * no soro em
qualquer dia excede 3 log10 PFU/mL
*
Confirmado como vírus 17DD na análise por anticorpos monoclonais ou seqüenciamento de
nucleotídios onde existe a possibilidade de infecção por vírus selvagem da FA, inclusive vacinas derivadas
do vírus 17D.
Classificação DVA/VFA
DVA-VFA Confirmada
DVA-VFA suspeita E
um ou mais dos
seguintes sinais:
Antígenos específicos da FA nos tecidos,
demonstrados por imunohistoquímica (IHQ)
Isolamento do vírus da FA 17DD* dos tecidos
Amplificação do vírus da FA 17DD*
dos
tecidos
Diagnósticos Diferenciais
Dengue
Leptospirose
Malária
Calazar
Hepatites virais
Sepsis
Outros
DOENÇA NEUROLÓGICA AGUDA
As manifestações neurológicas surgem de
1-4 semanas após vacinação.
Sinal de alerta: cefaléia intensa e prolongada.
Outras: rigidez de nuca, confusão mental,
afasia, paresias, paralisias, convulsões.
DOENÇA NEUROLÓGICA AGUDA
São consideradas DNA:
-Meningite asséptica
-Encefalite
-Meningoencefalite
-ADEM ( encefalomielite disseminada aguda)
-Sd Guillain-Barré
-E outras manifestações auto-imunes.
• Febre e/ou cefaléia e/ou início dos sintomas entre 1 e 30 dias após a aplicação da VFA
associados com:
- Um ou mais dos seguintes sinais ou sintomas
- Um ou mais dos seguintes sinais ou sintomas com
característica monofásica
• Sinais meníngeos (rigidez de nuca)
• Paralisia flácida ascendente com hiporreflexia ou arreflexia
• Alterações do sensório (irritabilidade, sonolência,torpor/coma)
• Alterações comportamentais
Suspeito
• Crises convulsivas
• Alterações motoras: ataxia, hemiparesia, paraparesia
• Alterações disautonômicas (sudorese anormal, alterações
de pressão arterial, arritmias)
• Parestesias
• Anormalidades nos nervos cranianos
• Afasia
•Um ou mais dos seguintes achados em exames
complementares
•Um ou mais dos seguintes achados em exames
complementares
•Líquor com pleocitose (de acordo com a faixa etária )
•Líquor com elevação de proteínas (superior a 1,5
vezes, de acordo com a faixa etária )
Provável
•Achados de lesões desmielinizantes na RNM
•IgM positiva para VFA
em líquor
•Meningite secundária a VFA confirmada
•Lesões desmielinizantes na
RNM
•Líquor com elevação de proteínas (superior a 1,5
vezes, de acordo com a faixa etária) e celularidade
normal
•Achados eletroneuromiográficos de polirradiculopatia
•Descartadas as demais causas possíveis
•ADEM ou SGB possivelmente relacionados com
VFA
DNA – VFA: Caso Confirmado
Qualquer caso provável com 1 ou mais das
seguintes condições:
IgM
FA detectada em LCR
Antígenos específicos para FA em LCR
ou
tecido
nervoso
através
de
imunohistoquímica (IHC)
Isolamento do 17 DD VFA em LCR ou
tecido nervoso
PCR 17 DD VFA positivo em LCR ou
tecido nervoso
Diagnósticos diferenciais
Meningites em geral
Enteroviroses
Herpes
CMV
Epsteion-Barr
Anafilaxia
Reações de hipersensibilidade: são raras
(incidência <1/1.000.000)
Reação de hipersensibilidade tipo I de Gell e
Coombs.
Emergência médica.
Instalação em segundos ou minutos após exposição
a alérgenos( maioria 1°hora).Envolve múltiplos
sistemas com progressão rápida e risco de morte.
IgE específica interage com alérgeno(vacina) com
ativação de mastócitos e liberação de citocinas.
Anafilaxia
Instalação súbita
+
Progressão rápida de sinais e sintomas
+
Envolvimento de múltiplos sistemas > = 2
(incluindo sempre os sistemas cardiovascular e o
respiratório).
Algoritmo EAPV pós VFA
Algoritmo EAPV pós VFA
cura
óbito
Algoritmo EAPV pós VFA
Algoritmo EAPV pós VFA
Fluxo de Notificação e
Investigação dos EAPV*
Unidade
Notificadora
Suspeita de EAPV
Imediato
(fax/telefone/meio eletrônico)
Nível local/Distritos
Evento
inusitado/grave
Nível Municipal
?
GERÊNCIA DE IMUNIZAÇÃO GO
CIEVS
Nível Regional
Nível Estadual
VISA de Produtos - Farmacovigilância
Centro de Referência de
Imunobiológicos Especiais
Outros parceiros
*Adaptado e modificado do Manual de EAPV
Nível Nacional
Comitê Nacional de Imunizações
EVENTOS ADVERSOS PÓS VACINA FEBRE AMARELA
Notificar e
encaminhar se
necessário
Fonte:
Manual de Vigilância Epidemiológica de Eventos Adversos Pós-Vacinação, 2007. PNI/SVS/MS
Eventos Adversos no Estado de Goiás
1998 a 2012- 315 eventos adversos em
10.168.353milhões de doses aplicadas.
Freqüência :
30,9 eventos adversos/1.000.000 doses
aplicadas.
Eventos Adversos no Estado de Goiás
2007 a 2008- SURTO: 171eventos
adversos em 3.474.184 milhões de doses
aplicadas.
Freqüência :
49,2 eventos adversos/1.000.000 doses
aplicadas.
Total 171eventos notificados, 25 casos foram
suspeitos de EAPV graves.
2007 = 687.801 doses aplicadas.
2008 = 2.786.383 doses aplicadas.
ATUAL FICHA DE NOTIFICAÇÃO E
INVESTIGAÇÃO DE EAPV
Obrigada!
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