Anais do XIX Congresso Brasileiro de Automática, CBA 2012. MODELAGEM E CONTROLE DOS CONVERSORES DAB E TAB UTILIZANDO A TEORIA DO GYRATOR WALBERMARK M.DOS SANTOS, DENIZAR C. MARTINS Instituto de Eletrônica de Potência-INEP, Departamento de Engenharia Elétrica-DEE, Universidade Federal de Santa Catarina –UFSC, Caixa Postal 5119, Cep: 88040-970 E-mails: [email protected], [email protected] Abtract This paper presents the modeling and control of the converters DAB (Dual Active Bridge) and TAB (Triple Active Bridge ) single phase, using the gyrator theory. It is determined the gyrostatic coefficient between the ports of the converter DAB and between the ports of the converter TAB. The gyrostatic coefficient is used as the main variable for voltage control in the load ports of these converters. In the case of the TAB converter, the voltage control in the load port is performed by adopting the policy of current proportional sharing between the generator ports. Computer simulations and experimental results are presented validating the developed methodology. Keywords DAB Converter,TAB Converter,Gyrator, Modeling and Control, Proportional sharing of current Resumo Este trabalho apresenta a modelagem e controle dos conversores DAB (Dual Active Bridge) e TAB (Triple Active Bridge) monofásicos, utilizando a teoria do gyrator. É determinado o coeficiente gyrostático entre as portas do conversor DAB e entre as portas do conversor TAB. Usa-se o coeficiente gyrostático como principal variável de controle das tensões nas portas de carga desses conversores. No caso do conversor TAB, o controle da tensão na porta de carga é realizado adotando-se a política da divisão proporcional de corrente entre as portas geradoras. Simulações computacionais e alguns resultados experimentais são apresentados validando a metodologia desenvolvida. Palavras-chave Conversor DAB,Conversor TAB,Gyrator, Modelagem e Controle, Divisão proporcional de Corrente 1 Introdução A introdução do conceito de gyrator na literatura foi feito por (Tellegen, 1948) na década de 40. Segundo (Tellegen, 1948) existem basicamente 5 (cinco) tipos de elementos lineares utilizados em circuitos elétricos: a resistência, a capacitância, a indutância (ambos elementos de uma porta), o transformador e o quinto elemento definido por ele como gyrator (estes dois últimos elementos de duas portas). O gyrator, elemento que pode ser visto como uma variação do transformador (Barazarte, 2010) é uma rede realizável de duas portas, antirecíproca, que acopla a porta de entrada à porta de saída através de um coeficiente chamado de coeficiente girostático (Ehsani,1993). Um dos requisitos básicos para um sistema ser representado por gyrator é satisfazer a condição de conservação de potência ou condição POPI (Power Output equals Power Input). Diversos conversores chaveados podem satisfazer a condição POPI através de um controle em malha fechada de tensão ou corrente. Porém os conversores DAB e TAB, possuem naturalmente comportamento de gyrator entre suas portas (Barazarte, 2010), (EHSANI,1993). ISBN: 978-85-8001-069-5 Aproveitando essa característica, em dos Santos et.all (2011), é introduzida uma metodologia utilizando a teoria do gyrator para dimensionamento do conversor DAB. Resultados computacionais e experimentais são apresentados, validando a metodologia proposta. Todavia em dos Santos et.all (2011), são apresentados somente resultados do conversor funcionando em malha aberta. Dessa forma, nesse trabalho é desenvolvido o controle do conversor DAB utilizando o circuito equivalente derivado da teoria do gyrator. Como extensão, apresenta-se também neste trabalho, uma abordagem do conversor TAB utilizando-se a mesma teoria. Para este conversor, é desenvolvido um controle com desacoplamento entre as portas e realizada uma divisão proporcional de corrente entre as fontes geradoras. Para uma melhor apresentação do trabalho, o mesmo é dividido em 3 seções: na primeira seção é apresentado a origem do gyrator e o objetivo do trabalho; na segunda seção é apresentada a modelagem matemática sucinta dos conversores DAB e TAB utilizando a teoria do gyrator, e o desenvolvimento de suas malhas de controle; e na terceira seção, são apresentados alguns resultados de simulação e experimental com base nesta teoria. 3678 Anais do XIX Congresso Brasileiro de Automática, CBA 2012. 2 Modelagem dos conversores e de seus controles utilizando o gyrator A variável g12 tem unidade 1 e é o gyrator condutância do conversor DAB. Da mesma forma, pode-se definir para a corrente de entrada a equação 2.1 O conversor DAB(Dual Active Bridge) Na Figura 1, mostra-se a topologia do conversor DAB da forma tradicional, onde a porta 2 alimenta uma carga resistiva. A potência em watts transmitida entre as portas, negligenciando as perdas, é dada por P V1 V2 1 a L (1). V2 P I1 1 V1 a L (5) Na forma matricial, a relação entre as correntes e as tensões nas portas do conversor pode ser expressa por (6). I1 0 I g 2 12 g12 V1 0 V2 (6) A obtenção de (1) de forma detalhada é encontrada em dos Santos (2011). Dessa forma então, o conversor DAB pode ser representado como um gyrator de duas portas, como mostrado na Figura 2. Figura 1: Conversor DAB Figura 2. Circuito do DAB como gyrator onde V1 , V2 -tensões nas portas 1 e 2 respectivamente; N2 -razão entre as espiras dos enrolamentos N1 secundários e primários respectivamente; 2 1 -defasagem angular entre as tensões nas portas, dado em radianos; L -indutância total (externa + dispersão), em Henry; 2 f - é a freqüência de operação do conversor em radianos/segundo e f -freqüência de operação em Hertz. a Partindo-se de (1), e considerando o sistema conservativo, a corrente de saída do conversor pode ser determinada por V1 P I2 1 V2 a L (2) De (2), observa-se que a corrente de saída do conversor DAB é o produto da tensão de entrada por uma variável que tem unidade de condutância. Assim a corrente na carga pode ser redefinida como I 2 g12 V1 Com base em (3), determina-se um circuito elétrico equivalente visto da porta 2, onde a carga é alimentada por uma fonte de corrente, como mostrado na Figura 3. Figura 3. Circuito elétrico equivalente do DAB visto do lado da carga (porta 2) Considerando a tensão de entrada fixa, observa-se da Figura 3 que a tensão sob a carga pode ser controlada pelo ajuste do gyrator. Assim, uma sugestão de controle da tensão de saída é apresentada na Figura 4. (3) onde g12 1 1 a L (4). Figura 4. Controle da tensão na carga do DAB ISBN: 978-85-8001-069-5 3679 Anais do XIX Congresso Brasileiro de Automática, CBA 2012. Considerando o controle a partir de um ponto de operação qualquer, têm-se para o circuito da Figura 4 R2 I 2 R2C2 s 1 V2 I 2 g12 V1 conversor TAB (Haimin;Duarte,2008),(Haimin; Kotsopoulos,2008), conforme se mostra na Figura 6. (7) (8) Para a determinação de g , é considerada a aproximação Figura 6. Conversor TAB 8 1 2 sen (9). Dessa forma, substituindo-se (9) em (4) e considerando uma pequena variação angular em torno do ponto de operação sen() , g é determinado por g 1 8 a L 2 (10). Para simplificar o estudo do fluxo de potência entre as portas do conversor TAB, é determinado um modelo equivalente para o transformador (Duarte,2007). Quando feito isto, o conversor pode ser visto como uma pequena rede de energia elétrica de alta freqüência. Nesta rede, conforme mostrado na Figura 7, as portas são as “barras” do sistema e o fluxo de potência circula entre as 3 (três) barras por intermédio de indutâncias ou ramos que as interligam. De posse de (10), (7) e (8), chega-se à malha de controle da tensão de saída mostrada na Figura 5. Figura 5. Laço de controle da tensão na porta 2 Onde kT 1000 é o ganho do modulador phase-shift do DSP TMS320F2808 que foi utilizado; G 8V1 aL2 H 2 ( s) Figura 7. Rede equivalente do conversor TAB é o ganho natural do laço de controle; R2 R2C2 s 1 é a função de transferência da O fluxo de potência entre as barras da Figura 7 é determinado por planta; kv 2 0, 007 é ganho da malha de realimentação de tensão utilizada. Assim, ficam determinados todos os elementos necessários para o controle da tensão de saída do conversor DAB, utilizando o circuito equivalente que advêm de sua modelagem como gyrator. No próximo item, é realizado um procedimento semelhante para o conversor TAB. P31 V3 .V1 31 1 31 L31 n3 (11) P12 V1 V2 12 1 12 L12 n2 (12) P32 V3 V2 32 1 32 L32 n3 n2 (13). onde 2.2 O conversor TAB(Triple Active Bridge) Partindo-se do conversor DAB, quando é colocado mais um enrolamento no transformador e, conseqüentemente, mais um conversor ponte completa neste enrolamento, a literatura especializada denomina a topologia resultante de ISBN: 978-85-8001-069-5 12 2 1 31 1 3 32 2 3 (14) é a defasagem angular entre as tensões das barras, 3680 Anais do XIX Congresso Brasileiro de Automática, CBA 2012. lm n2 l l a2 m 1 l n m a 3 3 lm l1 (15) são relações de transformações entre os enrolamentos secundários e terciários com relação ao enrolamento primário considerando a queda de tensão na indutância de dispersão do enrolamento primário, a2 a 3 N2 N1 N3 N1 (16) é a relação entre o número de espiras dos enrolamentos do transformador e o enrolamento primário; e lm Figura 8: Representação do TAB como 3 gyrators acoplados. As equações (21), (22) e (23) podem ser representadas na forma matricial como I1 0 I 2 g 21 I 3 g31 é a indutância de magnetização vista do lado primário, l1 é a indutância de dispersão do enrolamento primário. Convencionando-se que as injeções de potência nas barras são dadas por P1 P31 P12 P12 P32 P2 P P P 3 31 32 (17), e substituindo-se (17) devidamente em (11), (12) e (13), a potência injetada em cada barra é dada por P1 V3 V1 V1 V2 12 1 12 31 1 31 L n L12 n2 31 3 (18) P2 V3 V2 V1 V2 12 1 12 32 1 32 L n n L12 n2 31 2 3 (19) P3 V3 V1 V3 V2 31 1 31 32 1 32 L n n L31 n3 32 3 2 (20) g12 0 g32 g13 V1 g 23 V2 0 V3 (24) onde g 21 g12 g31 g13 g g 23 32 (25) são os gyrators condutância entre as portas do conversor TAB, dados por 12 1 12 g12 L n 12 2 31 1 31 g31 L31 n3 32 g 1 32 32 L32 n2 n3 (26). De (24) pode-se determinar a corrente na porta 2 como I 2 g12 V1 g32 V3 (27), cujo circuito elétrico equivalente é mostrado na Figura 9. Dividindo-se (18), (19) e (20) pelas tensões de suas respectivas portas, determina-se as injeções de correntes nas portas do conversor como I1 V3 V2 12 1 12 31 1 31 L n L12 n2 31 3 (21) I2 V3 V1 12 1 12 32 1 32 L12 n2 L32 n2 n3 (22) I3 V1 31 1 31 L31 n3 (23). V2 32 1 32 L n n 32 2 3 Verifica-se de (21), (22) e (23) que similar ao conversor DAB, o conversor TAB também pode ser modelado utilizando a teoria do gyrator. Então a representação do conversor TAB na forma de gyrator, fica como mostrada na Figura 8. ISBN: 978-85-8001-069-5 Figura 9: Circuito elétrico equivalente do TAB visto do lado da carga (porta 2). Da mesma forma que no conversor DAB, verifica-se que no conversor TAB o controle da tensão na carga pode ser realizado ajustando-se o valor das fontes de correntes equivalente, vista pela porta de carga, através do ajuste dos respectivos gyrators entre as portas. 3681 Anais do XIX Congresso Brasileiro de Automática, CBA 2012. Todavia, observa-se um forte acoplamento entre as portas 1 e 3, visto que o valor do gyrator g31 depende dos ângulos 12 e 32 . Para resolver este problema, no presente trabalho foram adotadas duas ações: 1) foi feito o desacoplamento dinâmico entre as fontes de tensão, utilizando a técnica destilation (Chuanhong ,20052008); 2) foi adotada como porta de referência a porta de carga. Isso faz com que 2 0 , e o conversor seja forçado a operar no 4ºquadrante. Então, as relações angulares entre as tensões nas portas ficam dadas por 12 1 32 3 32 12 31 (28). Usando-se a mesma aproximação de (9), têm-se para os ângulos entre as tensões no transformador do TAB as relações 31 1 31 8 2 sen 31 (29) 8 32 1 32 2 sen 32 (30). G (31) onde I1 V2 8 cos 12 ... 12 L12 n2 2 V3 8 sen(32 ) sen(12 ) ... L31 n3 2 V2 8 cos(32 ) L32 n3 n2 2 (35). Determina-se uma matriz X inversa à matriz dos pontos de operação do conversor dada por X X 11 X 21 I1 X12 12 X 22 I 3 12 I1 32 I 3 32 1 (36) Dessa forma, para um determinado ponto de operação, as correntes nas portas 1 e 3 podem ser determinadas como I1 I1 12 I 3 I 3 12 I1 32 I 3 32 1 I1 12 I 3 12 I1 32 ˆ 12 (37), I 3 ˆ 32 32 (38). Dessa maneira, percebe-se que as correntes nas portas geradoras ficam dependentes somente do ângulo entre a referida porta e a porta de carga. Em outras palavras, as correntes entre as fontes geradoras estão desacopladas. Nesta situação então, têm-se o sistema MIMO do conversor, incluindo o desacoplamento, mostrado na Figura 10, onde ̂12 e ̂32 são os ângulos gerados pelos compensadores de corrente das portas 1 e 3 respectivamente. (32) V3 8 cos(12 ) cos(32 ) L31 n3 2 V3 I1 8 cos 32 cos 12 ... 32 L31 n3 2 V1 8 sen(12 ) sen(32 ) ... L31 n3 2 I1 1 0 ˆ 12 I 3 0 1 ˆ 32 I1 32 I 3 32 o que pela propriedade da multiplicação de matrizes resulta em Para desacoplar as malhas de controle das portas de geração, inicialmente é determinada uma matriz G que contêm os pontos de operação desejado do conversor, dada por I1 G11 G12 12 G21 G22 I3 12 I3 V1 8 cos 32 cos 12 ... 32 L31 n3 2 V3 8 sen(12 ) sen(32 ) L31 n3 2 I3 V1 8 sen 32 sen 12 ... 12 L31 n3 2 V1 8 cos(12 ) cos(32 ) L31 n3 2 (33) Figura 10: Sistema MIMO do conversor, com desacoplamento entre as malhas de corrente da porta 1 e porta 3 (34) Observando-se as Figuras 9 e 10, pode-se dizer que no ponto de operação com desacoplamento entre as malhas, consegue-se g12V1 I1 g32V3 I3 ISBN: 978-85-8001-069-5 (39), 3682 Anais do XIX Congresso Brasileiro de Automática, CBA 2012. Assim, a corrente de carga I 2 pode ser dada por I 2 I1 I3 (40). De (40) observa-se que para suprir uma determinada corrente de carga I 2 , as correntes I1 e I 3 combinam-se de forma linear. Dessa maneira (40) pode ser reescrita como I 2 1I1 3 I3 3 Simulações computacionais e resultados experimentais (41) Nesta seção, mostram-se os resultados das simulações computacionais com o conversor TAB e simulações computacionais e resultados experimentais para o conversor DAB, utilizando a teoria apresentada e os controles desenvolvidos. Nas tabelas 1 e 2 respectivamente, resume-se os parâmetros dos conversores DAB e TAB utilizados. Tabela 1: Especificação do Conversor DAB onde 1, 3 são pesos atribuídos as correntes das portas 1 e 3 que satisfaçam a condição 1 3 1 . Inserindo-se essa condição no circuito da Figura 9, as malhas de controle sugeridas nesse trabalho ficam como mostradas na Figura 11. Principais dados do conversor DAB V1; V2 130;110V P 900 W fs 50 kHz L 33µH a 1 Tabela 2: Especificação do Conversor TAB Figura 11: Controle de tensão da porta 2 do TAB Na Figura 11, observa-se que o sistema de controle proposto consta de: um compensador de tensão responsável por gerar a corrente de referência da porta 2; a referência de corrente na porta 2 é multiplicada por pesos 1, 3 , determinando-se então as referências de corrente das portas 1 e 3 respectivamente; cada porta possui um compensador de corrente, que vai garantir com que seja entregue a corrente solicitada da mesma. O diagrama completo das malhas de controle do sistema, incluindo os ganhos de realimentação, a malha de desacoplamento e a divisão proporcional das correntes nas portas, é apresentado na Figura 12. Principais dados do conversor TAB V1;V2;V3 200;400;150V N1;N2;N3 16;32;12 L12;L31;L32 300;300;300µH P2 2kW P1;P3 1kW fs 50kHz 1 3 0,5 3.1 Simulações para o conversor TAB Uma simulação foi realizada para o conversor TAB com o intuito de validar a metodologia de controle proposta. A carga é variada entre 50% e 100% de seu valor. Na Figura 13 mostra-se o comportamento da tensão na carga, destacando-se que o controle mantém a tensão regulada em seu valor nominal Na Figura 14, mostra-se os valores de corrente nas portas (de carga e geradoras). Observa-se que, considerando a relação de transformação, há uma divisão proporcional de corrente entre as fontes. Figura 12: Controle de tensão da porta 2 com desacoplamento e divisão proporcional de corrente Figura 13: Controle de tensão para variação de carga ISBN: 978-85-8001-069-5 3683 Anais do XIX Congresso Brasileiro de Automática, CBA 2012. Na Figura 16 mostra-se o comportamento da tensão na carga para variação da mesma. Observa-se que o controle mantêm a tensão no valor especificado de 110V. Na Figura 17 mostra-se a variação da potência na carga. Figura 14: Valores de correntes nas portas de carga e geradoras para o conversor TAB Figura 17: Simulação da potência consumida pela carga 3.2 Simulações e resultados experimentais para o conversor DAB Para validar a metodologia proposta foram realizadas simulações computacionais e testes de bancada com o conversor DAB. Na Figura 15 é mostrada a resposta em freqüência para a função de transferência de malha aberta da tensão. O compensador usado é um PI e a frequencia de corte ficou em torno de 200Hz. Observa-se que a margem de fase ficou em torno de 50º o que garante a estabilidade. Na Figura 18 é mostrado o resultado experimental da forma de onda de corrente e tensão na carga para os mesmos valores de troca de carga usados na simulação. Observa-se que o controle responde de forma rápida. Na Figura 19 é mostrado o resultado experimental da potência consumida pela carga, destacando-se que chega-se em torno de 850W . V2 I2 Figura 15: Resposta em freqüência para a função de transferência em malha aberta da tensão Figura 18: Resultado experimental para tensão na carga (V2) 50V/div; e corrente na carga (I2) 2A/div Para verificar a validade do controle no conversor DAB, foi realizada uma simulação computacional na qual a carga na porta 2 é variada entre 50% e 100% do seu valor nominal. Figura 16: Simulação do controle de tensão para variação de carga ISBN: 978-85-8001-069-5 Figura 19: Resultado experimental para potência consumida pela carga (500W/div) 3684 Anais do XIX Congresso Brasileiro de Automática, CBA 2012. Conclusão Neste trabalho apresentou-se o desenvolvimento do controle para os conversores DAB e TAB utilizando seus circuitos equivalentes derivados da teoria do gyrator. Mostrou-se que, por serem gyrators naturais, obtêm-se circuitos equivalentes simplificados destes conversores, o que facilita em alguns aspectos, o entendimento de seu funcionamento e a concepção de um circuito de controle. No caso do conversor TAB, além do desenvolvimento do controle de tensão na carga através do circuito equivalente do gyrator, apresentou-se uma proposta de controle baseada na divisão proporcional de corrente entre as portas geradoras. As análises teóricas foram validadas por simulações computacionais para ambos os conversores e resultados experimentais para o conversor DAB. Nas duas situações, a proposta de controle mostrou-se satisfatória. Dissertação de Mestrado.Universidade Federal de Santa Catarina,Instituto de Eletrônica de Potência,Junho,2011. Duarte, J. L.; Hendrix, M.; Simoes, M. G.( 2007). Three-Port Bidirectional Converter for Hybrid Fuel Cell Systems, IEEE Transactions on Power Electronics, Vol. 22, n°. 2, pp. 480-487. EHSANI, M.; Husain, I.; Bilgic, M. O.( 1993). Power Converters as Natural Gyrators, circuits and systems. IEEE Transactions on Fundamental Theory and Applications, Vol. 40, n°. 12, pp. 946-949. Haimin, T.; Duarte, J. L.; Hendrix, M. A. M.( 2008). Multiport Converters for Hybrid Power Sources, IEEE Power Electronics Specialists Conference, 2008. Pesc 2008. Vol., pp. 3412-3418, 15-19 June. Haimin, T; Kotsopoulos, A.; Duarte, J. L. et al.(2008), Transformer-Coupled Multiport ZVS Bidirectional DC-DC Converter with Wide Input Range, IEEE Transactions on Power Electronics,Vol. 23, n°. 2, pp. 771-781 . Tellegen, B. D. H.( 1948). The Gyrator, a New Eletric Network Element, Philips Research Laboratories,The Netherlarnds. Agradecimentos Os autores agradecem à CAPES e ao CNPQ pelo aporte financeiro para o desenvolvimento de pesquisa, e ao INEP(Instituto de Eletrônica de Potência) pelo suporte logístico e de infra-estrutura necessária para o desenvolvimento deste trabalho. Referências Bibliográficas Barazarte, R. Y.; Gonza; X et al.( 2010), Generalized Gyrator Theory, IEEE Transactions on Power Electronics, Vol. 25, n°. 7, pp. 1832-1837. Chuanhong, Z.; Round, S. D.; Kolar, J. W.( 2008). An Isolated Three-Port Bidirectional DC-DC Converter with Decoupled Power Flow Management, IEEE Transactions on Power Electronics, Vol. 23, n°. 5, pp. 2443-2453. Chuanhong, Z.; Round, S.; Kolar, J. W.( 2005). Buck and Boost Start-up Operation of a ThreePort Power Supply for Hybrid Vehicle Applications. IEEE 36th Power Electronics Specialists Conference, 2005. Pesc '05., vol., pp. 1851-1857, 16-16 June. dos Santos, W. M.; Ortmann, M. S.; Schweitzer, R. et al.(2011), Design and Conception of a DAB Converter (Dual Active Bridge) Using the Gyrators Theory. Power Electronics Conference (COBEP), 2011 Brazilian, vol., pp. 359-364, 11-15 Sept. dos Santos(2011), W.M. Estudo e Implementação do Conversor TAB (Triple Active Bridge) Aplicado a Sistemas Renováveis Solares Fotovoltaicos. ISBN: 978-85-8001-069-5 3685