Leonardo Takei Kawata - Laboratório de Geomorfologia

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FRAGILIDADE AMBIENTAL DA BACIA DO RIO GUARAÚ – PERUÍBE – SP
KAWATA, Leonardo Takei – Universidade de São Paulo – SP – [email protected]
ROSS, Jurandyr Luciano Sanches – Universidade de São Pulo – SP – [email protected]
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Introdução
Toda a história do ser humano na Terra, sempre foi marcada por alterações em
diversos níveis. No entanto, as modificações têm gradativamente alcançado proporções
alarmantes, criando a necessidade de reflexão sobre os fatos e o desenvolvimento de
métodos de análise para mitigar os impactos negativos e constituir uma relação mais
equilibrada entre as demandas sócio-econômicas e as implicações impostas pela dinâmica
natural. Toda essa pressão do ser humano pode ser considerada ainda mais problemática
nas regiões litorâneas, dada a ocupação existente, bem como a sensibilidade desses
ambientes frente às modificações antrópicas.
O estudo da Fragilidade de uma determinada área consiste no diagnóstico quanto à
sua suscetibilidade ao remanejamento de materiais em oposição ao uso e ocupação
presente. É um importante instrumento de planejamento, pois procura identificar a maior ou
menor viabilidade para apropriação do meio pelo homem a partir de procedimentos técnicocientíficos. Foi inicialmente proposta para terrenos continentais, ou seja, sua utilização em
áreas costeiras exige algumas adaptações tendo em vista todas as especificidades existentes
neste tipo de ambiente. Trata-se de uma metodologia relativamente recente e muito de sua
base conceitual ainda passa por modificações.
O objetivo deste trabalho é a delimitação das unidades de Fragilidade nos ambientes
da bacia hidrográfica do rio Guaraú, localizada ao sul do município de Peruíbe, SP, frente
às intervenções antrópicas. Esta delimitação é fundamentada na análise das características
físicas associadas ao uso e ocupação do meio, tendo o relevo como base para compreensão
dos processos morfogenéticos em geral.
No departamento de geografia da Universidade de São Paulo, a presença deste
estudo ocorre de maneira bastante efetiva, figurando, inclusive, como conteúdo de uma
disciplina optativa denominada Geomorfologia aplicada ao planejamento e gestão
territorial, cujas experiências nos últimos anos, auxiliaram muito os autores no
amadurecimento deste trabalho.
1.2 Caracterização da área
A área de estudo localiza-se na porção centro-sul do litoral paulista, no extremo sul
do município de Peruíbe, na divisa com Iguape. É delimitada ao norte pela Serra de Peruíbe
ao norte e pelos Morros do Maceno-Itu ao sul, ambas denominações locais para o Maciço
dos Itatins, terreno cristalino bastante extenso e com grandes altitudes, abriga as nascentes
do rio Guaraú que gradativamente ganha volume e drena a planície fluvio-marinha e
intertidal até a orla.
A escolha por uma bacia hidrográfica ocorreu por se tratar de um sistema, com
características e processos extremamente típicos a particulares, tal como a circulação de
energia e matéria (Rodrigues & Adami, 2005), sendo bastante apropriada como unidade de
análise (Doornkamp & King, 1971). Rodrigues (op. cit.) destaca certa imprecisão nas bases
conceituais relacionadas à bacia hidrográfica, no entanto, ainda assim trata-se de uma
importante referência espacial utilizada na legislação e o planejamento territorial e
ambiental.
Figura 1 – Mapa para localização da área de estudo. Parcela retirada da carta Pedro de Toledo (SG-23V-A-II-4) em escala original 1:50.000 e editada pelo IBGE em 1973
O Maciço de Itatins (Sadowski, 1974a) é um grande bloco rochoso alongado na
direção E-W com material de origem pré-cambriana. Souza & Souza (2004) indicam a
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predominância de material granítico e metamórfico de médio e alto grau, formado no
Proterozóico Inferior (cerca de 2,1 bilhões de anos atrás), sendo posteriormente atingido
pelas orogenias Brasiliana e Rio Doce. Além da orientação NW, não são as raras tendências
a E-W ou N-S, possivelmente por influência das falhas de Itariri e Cubatão. (IPT, 1981a)
Pela observação da carta topográfica, é perceptível a grande influência estrutural
presente na rede de drenagem, fato provavelmente relacionado a estes grandes eventos e
feições estruturais. No entanto, contribuições de Menezes (1994) constatam dificuldade de
visualização dessas estruturas devido à existência de espessos depósitos coluviais de
encosta e os pacotes sedimentares quaternários.
Na porção mais baixa, com altitudes de 0 a 1,5 metros, Souza & Souza (2004)
destacam a presença marcante de manguezais ao longo dos rios, bem como depósitos finos
e/ou paludosos de ocorrência localizada. Na região mais para o interior as cotas variáveis
entre 1,5 e 4 metros são niveladas por terraços marinhos holocênicos presentes entre linhas
de costa e depressões paleolagunares.
Os autores ainda classificam a praia do Guaraú como dissipativa de baixa energia,
sendo menor e mais abrigada que outras existentes na região. Acrescentam que as
inclinações são no geral menores que 2º, não possuem barras submersas bem desenvolvidas
e predominam as areias muito finas. Associam ainda à formação e evolução das praias
arenosas ao último grande evento regressivo do nível do mar, iniciado há 5.100 anos A. P.,
com provável encerramento há apenas algumas centenas de anos com o início de um novo
período transgressivo. Também é preciso destacar que se trata de ambientes extremamente
dinâmicos e frágeis do ponto de vista ambiental, fato devido à grande importância dos
agentes externos continentais e oceanos atuantes sobre um material bastante friável.
Tarifa (2004) inseriu toda a área de estudo na isoieta de 2800 a 2900 mm anuais,
tendo como limite o próprio divisor, a partir de onde os índices sofrem alguma diminuição
pela posição de sotavento. Os meses mais chuvosos são janeiro, fevereiro e março com 40 a
43% do total anual e os menos são junho, julho e agosto com 13 a 15%.
A vegetação predominante na bacia do rio Guaraú é nitidamente a mata atlântica, no
entanto sua manifestação ocorre de maneira diversa, em mata de encosta, restinga,
manguezais e matas paludosas.
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Os canais meândricos, a pequena profundidade do lençol, as oscilações das marés,
bem como o significativo regime pluvial, tornam a área constantemente úmida,
apresentando manguezais em diversos pontos, como constatado por Ross et. alii. (2006),
em análise sobre as características da foz do rio Guaraú. Alterações de suas fisionomias
podem ser indicadores de mudanças na dinâmica geomorfológica local, causada por
mecanismos naturais ou por intervenções antrópicas.
A ocupação humana na região é relativamente recente, sendo o loteamento do bairro
Guaraú datado da década de 1950. Ross et. alii (op. cit.) atribui à ocupação da área a
mesma lógica de outras porções do litoral paulista e brasileiro, ou seja, um intenso processo
de especulação imobiliária vinculada à construção de segundas residências. Tal processo
teve grande impulso com a intensa urbanização e melhoria na infra-estrutura logística do
país na segunda metade do século XX. A maior concentração de edificações antrópicas,
ainda se restringe à porção mais próxima da orla por conta da maior facilidade no acesso.
Anteriormente, o rio Guaraú percorria extensas porções próximas à linha de costa,
formando um canal paralelo à praia e tinha sua foz na porção norte da planície, no entanto,
com a intensificação do processo de ocupação, tornou-se necessário a construção de um
enrocamento para desvio da foz para a extremidade sul e sua fixação para proteger o
loteamento e as casas instaladas na área. No entanto, esta obra alterou drasticamente a
dinâmica da foz, configurando-se em riscos para a própria população e um grave problema
sócio-ambiental.
Conforme as constatações de Souza & Souza (2004), a obra condicionou diversas
modificações na fisionomia deste ambiente, derivados das mudanças na movimentação de
sedimentos pela planície.
Este é um tema a ser abordado em pesquisas futuras, pois seria necessário um
exame mais aprofundado sobre documentos oficiais e processos jurídicos acerca de todo
o histórico desta intervenção, desde o loteamento até os dias atuais, passando pela
construção do enrocamento e pela criação da estação ecológica. A carta topográfica
utilizada no trabalho, editada pelo IBGE em 1973 também possui configuração
semelhante. Neste trabalho, foi realizada apenas a constatação de unidades de
Fragilidade a partir das variáveis envolvidas, as informações correspondentes à obra
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serão importantes para a definição do Zoneamento Ambiental da área, uma etapa
posterior.
Figura 2 – Enrocamento construído ao sul da praia do Guaraú na tentativa de contenção da foz nesta
porção da planície. Vista para jusante da bacia com o mar no plano de fundo. Percebe-se o intenso
preenchimento sedimentar do prisma praial até próximo do topo do espigão (à esquerda) Autor:
Leonardo Takei Kawata – Azimute: 70º - Rumo NE
2
Materiais e Métodos
A metodologia de Fragilidade utilizada neste estudo de caso, se baseia na teoria
geomorfológica e sua aplicação em estudos ambientais.
Ab’Saber (1969) divide o estudo geomorfológico em três níveis fundamentais de
tratamento. O primeiro nível é considerado pelo autor como o ponto de partida para as
pesquisas nesta área do conhecimento, trata-se da análise da compartimentação topográfica,
passando pela descrição, com a maior fidelidade possível, da realidade visual das formas do
relevo.
O segundo nível de abordagem compreende a estrutura superficial referente aos
compartimentos e formas anteriormente individualizados. Deve-se considerar os materiais
em contraposição com os agentes exógenos, é preciso dizer, no entanto, que o
comportamento das bases litológicas frente às intempéries é variável, conforme a mudança
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nos tipos de clima ou em caso de mudanças climáticas. As informações correspondentes
são obtidas por meio de observações geológicas e geomorfológicas de feições e materiais,
sejam antigos ou recentes.
Quanto ao terceiro nível, destaca-se a compreensão da fisiologia da paisagem, esta
deve ser vista sob a ótica da dinâmica climática, bem como sua sucessão no tempo e no
espaço, ou seja, demanda observações de grandes séries temporais, incluindo também,
eventos extremos, para identificação da dinâmica do presente e do passado recente. O autor
destaca a grande importância da sucessão e distribuição espacial de processos
morfoclimáticos na configuração da superfície em relação às imposições estruturais, bem
como a importância dos estudos marcadamente interdisciplinares para compreensão da
fisiologia das paisagens intertropicais brasileiras.
O primeiro e segundo nível figuram na proposta metodológica apresentada por Ross
(1992), que sistematiza bases teórico-metodológicas para mapeamento geomorfológico,
baseado na divisão taxonômica.
A proposta consiste no encadeamento das categorias de relevo de acordo com a
escala de trabalho. Suas bases remetem à Demek (1967), que divide o relevo em categorias
de análise e Gerasimov & Mercejakov (1968 apud ROSS, 1997) que desenvolvem os
conceitos de Morfoestrutura e Morfoescultura.
A escolha do táxon de representação depende da escala do mapeamento. Para
representação do modelado, adota-se códigos de indicação de formas, como “Da” para
morros com denudação de topos aguçados e “Dc”para morros com topos convexos; nas
planícies é utilizada a simbologia “A” para acumulação: “Apf” para planície fluvial, “Apm”
para planície marinha e “Api” para planície intertidal (mangue).
No terceiro nível da pesquisa geomorfológica, possui relação direta com a proposta
de Tricart (1977) com enfoque ambiental da obra Ecodinâmica, na qual o autor aproxima a
geografia física e a ecologia.
Para Tricart (op. cit.), esta proposta metodologia oferece vantagens para ambas as
partes: “diminui o excesso de unilateralismo da atitude analítica” típica geografia física e
ainda a auxilia a ecologia na consideração da influência exercida pelo meio ambiente nas
relações mútuas entre os seres vivos, preocupação bastante negligenciada pelos ecólogos,
cuja área de atuação remete quase que exclusivamente à botânica ou zoologia. Este estudo
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interdisciplinar seria a estreita cooperação entre dois tipos: os especialistas em biocenose
(conjunto de seres vivos de um ecossistema) e em ecótopos (meio ambiente de um
ecossistema).
Sob a perspectiva sistêmica, Tricart (1977) conclui que a morfogênese é um
componente de grande importância na dinâmica da superfície terrestre, sendo o fator
limitante para o desenvolvimento dos seres vivos. Desta maneira, o autor pecebeu a
necessidade de estabelecer uma classificação de meios ambientes de acordo com seu grau
de instabilidade morfodinâmica em função das condições de predominância de
morfogênese ou pedogênese. Evidentemente, estas propriedades são mutáveis de acordo
com intervenções promovidas pela ação humana. A divisão apresenta:

Meios Estáveis: A pedogênese predomina em relação à morfogênese;

Meios Intergrades: Onde o balanço pedogênese-morfogênese favorece um ou outro
e, dependendo da situação este meio tenderá para estável ou instável

Meios Instáveis: Que têm como característica a vasta predominância da
morfogênese sobre a pedogênese. São meios onde os processos erosivos
apresentam-se de maneira acentuada.
A partir desta perspectiva, surgiram as bases metodológicas da Fragilidade (ROSS,
1990 e 1994), que procuram acrescentar procedimentos práticos para as proposições
teóricas de Tricart (1977) e de Ab’Saber (1969). Utiliza como base a metodologia para
mapeamento geomorfológico apresentada por Ross (1992).
A análise da Fragilidade ambiental consiste na vulnerabilidade dos terrenos frente às
intervenções humanas baseando-se na capacidade potencial de remanejamento de material.
Diferencia-se da erodibilidade por ser mais amplo e incorporar os mais variados processos:
erosão laminar, em sulcos, quedas de blocos e movimentos de massa. É obtida por um
índice, resultado da combinação de quatro variáveis: o relevo, o tipo de solo e o
uso/ocupação da terra e pluviometria. Sendo assim, o mapa de Fragilidade é resultado da
correlação destas informações obtidas nos mapas: geomorfológico, pedológico, pelo de
uso/ocupação e variação pluviométrica.
A metodologia desenvolvida por Ross (1990 e 1994) prioriza o relevo como âncora
da análise. Apóia-se nos parâmetros estabelecidos pelos dados morfométricos, como
inclinação das vertentes e dissecação do relevo, e principalmente na classificação
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taxonômica estabelecida na divisão da geomorfologia estabelecida previamente. Em médias
e pequenas escalas, como é o caso deste trabalho, utiliza-se os Padrões de Formas baseados
na rugosidade topográfica, ou Índices de Dissecação de Relevo; em escalas maiores (como
1:2.000, 1:5.000, 1:10.000 ou 1:20.000), a morfologia das vertentes e as Classes de
Declividade. Estas são encadeadas por Ross (1994), da seguinte maneira:
Categorias Hierárquicas de Fragilidade
Muito Baixa
Até 6%
Fraca
De 6 a 12%
Média
De 12 a 20%
Forte
De 20 a 30%
Muito Alta
Acima de 30%
Como o trabalho compreende uma área costeira, o índice mais baixo de inclinação
foi considerado como inferiores a 2%, para diferenciá-la de pequenas porções aplainadas
nos morros, constituindo o primeiro intervalo das classes de inclinação.
Os padrões de formas são obtidos pela descrição das formas e pelos índices de
dissecação do relevo. A matriz de dissecação compreende o arranjo da dimensão
interfluvial ou densidade de drenagem, e o grau de entalhamento dos vales:
Tabela 1 – Matriz de Dissecação do Relevo (Mapeamento da Fragilidade)
Densidade de Drenagem ou Muito
Baixa(2)
Média(3)
Dimensão Baixa(1)
Interfluvial >3750m
1750 a 3750m
750 a 1750m
Média
Grau de
Entalhamento
>15mm
3 a 15mm
3 a 5mm
dos Vales
Muito Fraco (1)
(< 20m)
11
12
13
Fraco (2)
(20 a 40m)
21
22
23
Médio (3)
(40 a 80m)
31
32
33
Forte (4)
(80 a 160m)
41
42
43
Muito Forte (5)
(>160m)
51
52
53
Alta(4)
250 a 750m
Muito
Alta(5)
<250m
1 a 3mm
1mm
14
15
24
25
34
35
44
45
54
55
No que diz respeito aos solos leva-se em conta a textura, estrutura, plasticidade,
grau de coesão das partículas e profundidade/espessura dos horizontes superficiais e subsuperficiais. Tais características do solo estão ligadas a diversos fatores como relevo,
litologia, clima, pedogênese e suas características físicas e químicas. Sendo assim, foi
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possível desenvolver uma relação de fragilidade dos solos em função de escoamento
superficial e difuso das águas pluviais, com a seguinte classificação:
Tabela 2 – Índice de Fragilidade de Tipos de Solos
Graus de Fragilidade
Tipos de Solo (Classificação Embrapa, 1999)
Muito fraca – índice 1
Latossolo roxo, latossolo vermelho escuro e
vermelho-amarelo – textura argilosa
Fraca – índice 2
Latossolo amarelo e vermelho-amarelo – textura
média/argilosa
Média – índice 3
Latossolo vermelho-amarelo, Terra roxa, Terra Bruna,
Podzólico vermelho-amarelo – textura média/argilosa
Forte – índice4
Podzólico vermelho-amarelo – textura média/arenosa,
Cambissolo
Muito forte – índice 5
Podzolizados com cascalho, Litólicos e Areias
quartzozas
Fonte: Ross, J. L. S., Análise Empírica da Fragilidade dos Ambientes Naturais e Antropizados. In:Revista do
Departamento de Geografia nº8. FFLCH-USP, São Paulo, 1994
Org: KAWATA, Leonardo Takei, 2008
A terceira variável no estabelecimento da fragilidade é o grau de proteção do solo,
obtido pelo uso, ocupação, e tipos de cobertura vegetal. Tal informação é representada na
Carta de Uso e Ocupação.
Tabela 3 - Classes de Proteção
Graus de Proteção
Tipos de Cobertura Vegetal
Florestas/matas naturais, florestal cultivadas com
biodiversidade.
Formações arbustivas naturais com estrato
herbáceo denso, formações arbustivas densas (mata
secundária, cerrado denso, capoeira densa) mata
Alta – índice 2
homogênea de pinus densa, pastagens cultivadas
com baixo pisoteio de gado, cultivo de ciclo longo,
como o cacau.
Cultivo de ciclo longo em curvas de
nível/terraceamento como café, laranja com
Média – índice 3
forrageiras entre ruas, pastagens com baixo
pisoteio, silvicultura de eucaliptos com subbosques de nativas.
Culturas de ciclo longo de baixa densidade (café,
pimenta do reino, e laranja com solo exposto entre
Baixa – índice 4
ruas), culturas de ciclo curto (arroz, trigo, feijão,
soja, milho, algodão com cultivo em curvas de
nível/terraceamento).
Áreas desmatadas e queimadas recentemente, solo
exposto por arado/gradeação, solo exposto ao
longo de caminhos em estradas, terraplenagens,
Muito baixa a Nula – índice 5
culturas
de
ciclo
curto
sem
práticas
conservacionistas.
Fonte: Ross, J. L. S., Analise Empírica da Fragilidade dos Ambientes Naturais e Antropizados. In:Revista do
Departamento de Geografia nº8. FFLCH-USP, São Paulo, 1994
Org: KAWATA, Leonardo Takei, 2008
Muito Alta – índice 1
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O mapa de Fragilidade, inicialmente, era construído a partir da combinação destas
três variáveis. Os ambientes menos frágeis, possuem índices próximos ao 1, enquanto que
os mais frágeis, próximo ao 5. Após a combinação dos três, delimitam-se polígonos
preenchidos com gradação de cores respectivamente alteradas conforme aumentam os graus
de fragilidade (muito baixo, baixo, médio, alto ou muito alto). Na legenda consta a
categoria na qual se enquadra, composição dos índices e a legenda da fragilidade.
Posteriormente, os índices pluviométricos também passaram a ser incorporados à definição
da Fragilidade. Dentre os trabalhos de destaque, figura a contribuição de Ross e Spörl
(2001 e 2004).
No caso de aplicação em áreas costeiras, os estudos são recentes e têm se difundido
gradualmente, seja em forma de publicação de artigos, ou nas experiências que o professor
Doutor Jurandyr L. S. Ross tem realizado em tais áreas na disciplina FLG Geomorfologia
Aplicada ao Planejamento e Gestão Ambiental, ministrada no Departamento de Geografia
da Universidade de São Paulo.
Tabela 4 – Níveis hierárquicos dos comportamentos pluviométricos (adaptado)
Níveis Hierárquicos
Características Pluviométricas
1 – Muito Baixa
Situação pluviométrica com distribuição regular ao longo do ano, com
volumes anuais não muito superiores a 1000 mm.
2 – Baixa
Situação pluviométrica com distribuição regular ao longo do ano, com
volumes anuais não muito superiores a 2000 mm.
3 – Médio
Situação pluviométrica com distribuição anual desigual, com períodos secos
entre 2 e 3 meses no inverno, e no verão com maiores intensidades de
dezembro a março.
4 – Alta
Situação pluviométrica com distribuição anual desigual, com períodos secos
entre 3 e 6 meses, e alta concentração de chuvas no verão entre novembro e
abril, quando ocorrem de 70 a 80 % do total de chuvas.
5 – Muito Alta
Situação pluviométrica com distribuição regular ou não, ao longo do ano,
com grandes volumes anuais ultrapassando 2500 mm; ou ainda
comportamentos irregulares ao longo do ano, com episódios de chuvas de
alta intensidade e volumes anuais baixos, geralmente abaixo de 900 mm
(semi-árido).
Fonte: SPÖRL, C. Análise da Fragilidade ambiental relevo-solo com aplicação de três modelos alternativos
nas altas bacias do rio Jaguari-mirim, Ribeirão do Quartel e Ribeirão da Prata. Dissertação de Mestrado,
FFLCH – USP, São Paulo, 2001
Org: KAWATA, L. T., 2008
O estudo da Fragilidade pode conter imprecisões, mas serve como importante
arcabouço para o zoneamento ambiental, indicando potencialidades e fragilidades do
terreno e fornecendo elementos plausíveis para a determinação da ocupação e de usos
humanos mais adequados frente às imposições do meio físico. A avaliação crítica da
metodologia também faz parte dos objetivos das pesquisas.
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Os mapas foram confeccionados no programa de Sistemas de Informação
Geográfica ArcGIS. Os procedimentos para a produção de cada documento são variados de
acordo com a categoria de cada um, cada prática encontra-se descrita de maneira detalhada
na discussão de resultados.
3
Produtos Cartográficos e Discussão de Resultados
Seguindo a proposta metodológica, foram elaborados diversos mapas na escala
1:50.000 dentro de uma seqüência lógica, que resulta no produto de síntese, o mapa de
Fragilidade Ambiental.
Mapa Base
O mapa base é o passo inicial para o estudo, pois representa a localização e
distribuição dos principais objetos existentes. A área compõe apenas um trecho situado a
leste da carta Pedro de Toledo (SG-23-V-A-II-4) editada em 1973 na escala 1:50.000, pelo
IBGE, cujos arquivos em formato vetorial foram extraídos da página eletrônica do próprio
órgão governamental. Após a realização do devido georreferenciamento, estes vetores
foram adicionados como dados à plataforma de trabalho do ArcGIS. Sendo devidamente
editados, corrigidos os pequenos erros existentes e acrescidas as convenções cartográficas,
obteve-se o produto final.
Os temas representados são apenas os básicos para localização e contextualização
num âmbito geral: curvas de nível, toponímia, massas d’água, vias de acesso, projeção
(Universal Transversa de Mercator), datum (South American Datum 1969), orientação,
escalas o limite da bacia e o limite municipal, extraído da própria carta.
Mapa Hipsométrico
A carta hipsométrica é utilizada para a visualização de setores altimétricos do
relevo. Esta divisão é extremamente importante para a produção do mapa geomorfológico e
feita a partir de um perfil topográfico, produzido no próprio programa ArcGIS.
Com o exagero na escala vertical, pode-se perceber as variações de níveis
altimétricos, utilizados como limites das classes de hipsometria, contribuindo portanto, para
a delimitação de unidades de relevo. Esta divisão é válida para a diferenciação de unidades
morfoesculturais, no entanto, percebeu-se que para esta área, não há divisão de patamares
diferentes de morros, todos foram inclusos na categoria de morros altos. As classes
altimétricas são: até 20m, de 20 a 100m, 100 a 200m, 200 a 400, 400 a 600 e acima de 600.
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Mapa Clinográfico
O mapa clinográfico é a representação da inclinação das vertentes por setores, tratase de um documento já bastante consagrado e amplamente utilizado em trabalhos técnicos e
acadêmicos, apresentando informações de grande importância para estudos ambientais e
ligados ao planejamento territorial. Para sua elaboração, tomou-se como base as diretrizes
estabelecidas por De Biasi (1992), pela mensuração da distância existente entre duas curvas
de nível, é realizado o preenchimento dos intervalos pela escala de cores, desde o verde,
para inclinações mais baixas até o vermelho para as maiores. As cinco classes foram
divididas de acordo com as indicações fornecidas pela metodologia de Ross (1994) com
alterações propostas para áreas costeiras, onde a presença de áreas pouco inclinadas é
marcante: até 2%, de 2 a 6%; de 6 a 12%; de 12 a 20%; de 20 a 30% e acima de 30%, tendo
a preocupação de não adotar muitas classes para não dificultar a interpretação dos dados de
inclinação do terreno.
Este mapa também é de grande valia para o desenvolvimento do estudo Fragilidade,
pois indica os devidos índices para o estabelecimento do mapa síntese. Por se tratar de um
trabalho em média escala esta pesquisa não adota os parâmetros fornecidos pela inclinação,
mas sim os padrões de dissecação do relevo, no entanto, os valores gerados por este
documento cartográfico são fundamentais na identificação dos padrões de formas.
Mapa Geomorfológico
O mapa geomorfológico segue os princípios definidos pela metodologia de Ross
(1992), aplicada em diversas áreas por todo o Brasil, em diversas escalas, inclusive no
mapeamento de todo o estado de São Paulo em 1:500.000 realizado pelo Laboratório de
Geomorfologia em 1997.
A escala do trabalho (1:50.000), representando principalmente os três primeiros
táxons. Sendo as morfoestruturas existentes, o Cinturão Orogênico do Atlântico e a Bacia
Sedimentar Cenozóica Litorânea.
A Morfoestrutura do Cinturão Orogênico do Atlântico é caracterizada por vastas
áreas de ocorrência de rochas cristalinas e cristalofilianas que se estende desde o Uruguai
até o norte da Bahia.
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Na divisão das Morfoesculturas, destacam-se os Morros Litorâneos Altos e os
Morros Litorâneos Médios no cristalino e Planícies Litorâneas para a área sedimentar, estas
podem ser subdivididas de acordo com suas especificidades.
Os polígonos definidos pelos códigos de letras são representativos do padrão de
formas semelhantes (modelado), bem como os processos ocorridos no lugar, responsáveis
pela configuração dos índices de dissecação, que não são utilizados de maneira efetiva
neste estudo por conta da escala. O cristalino é representado pelos Morros Litorâneos
Baixos, quanto possuem altitudes de até 40 metros e Altos, com altimetrias acima de 40
metros. O modelado das porções sedimentares é representado por quatro tipos de planície,
todas com altitudes menores que 20 metros e inclinações de menos de 2%, são elas: a
fluvial, a intertidal, a marinha e a marinha-praia do Guaraú, que foi individualizada por
conter mecanismos naturais e atuação antrópica bastante particular.
Os códigos obtidos pela combinação de letras e números arábicos são decorrentes
da associação do indicador das formas do modelado: “D” para áreas com relevos de
denudação, sendo “Da” representativo de formação em topos aguçados e “Dc” para topos
convexos. Para as planícies, utiliza-se a representação “A” para relevos agradacionais.
Sendo “Apf” para planícies fluviais; “Api” para intertidais (mangue) e “Apm” para
marinhas.
As partes de morros cristalinos, na bacia do Guaraú apresentam formas de modelado
em Da em vastas áreas, com dissecação em torno de 45, 54, 35 e 53, enquadrando-se na
categoria de Muito Alta Fragilidade. Nas planícies, predominam vastas áreas de
sedimentação marinha, possivelmente pela influência dos eventos transgressivos e
regressivos ocorridos ao longo do Cenozóico. À montante da bacia, ocorre a presença
marcante de agradação fluvial, com contribuição de material continental na condição de
colúvios. Mais à jusante da bacia, existem amplas porções de planícies intertidais, com
sedimentos de mangues, a variação diária e sazonal da maré são responsáveis pela
formação deste singular ambiente costeiro. Finalmente, a planície marinha – praia do
Guaraú, que além de apresentar agradação marinha foi destacada das outras com a
coloração mais amarelada, por apresentar pontos críticos de erosão e pontos de
sedimentação, fato que recebeu contribuição das obras realizadas para a contenção da foz
ao sul da planície, além de todos os componentes do sistema costeiro.
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A legenda básica do mapa geomorfológico indica apenas as convenções
cartográficas e a identificação de cores, no entanto, a Legenda Integrada do Mapa
Geomorfológico contém as informações da taxonomia, formas do modelado e a matriz de
dissecação do relevo.
Tabela 5 – Legenda integrada do mapa Geomorfológico
Morfoestrutura
Cinturão Orogênico
Bacias
Sedimentares
Cebozóicas
Morfoescultura
Formas de relevo
Altimetria
Acima de 40
metros de
altitude
Solos
dominantes
Cambissolos,
Solos litólicos
e afloramentos
rochosos
Litologias
dominantes
Granitos,
Migmatitos e
Gnaisses
Cambissolos,
Solos litólicos
e afloramentos
rochosos
Granitos,
Migmatitos e
Gnaisses
Gleissolos
Sedimentos
fluviais
mal
consilidados
Sedimentos
continentais
mal
consolidados
Sedimentos
continentais e
marinhos
Sedimentos
marinhos
Morros Baixos
Pequenos morros
Até 40m
Planície Fluvial
(Apf)
Baixo índice de
dissecação do
relevo
Baixo índice de
dissecação do
relevo
Até 20m
Declividades
Predominam
declividades
acima de 12%.
Grande parte das
áreas apresentam
declividades
acima de 30%
Acima de 20%
nas vertentes e
baixas
declividades no
topo
Até 2%
Até 20m
Até 2%
Cambissolos
Baixo índice de
dissecação do
relevo
Baixo índice de
dissecação do
relevo
Baixo índice de
dissecação do
relevo
Até 20m
Até 2%
Espodossolos
Até 20m
Até 2%
Espodossolos
Até 20m
Até 2%
Espodossolos
Morros Altos
Rampa de
Colúvio (Arc)
Planície
Intertidal (Api)
Planície Marinha
(Apm)
Praia do Guaraú
Modelado
Escarpas e cristas
com modelado de
vales muito
entalhados e alta
densidade de
drenagem.
Sedimentos
marinhos
Mapa de Uso e Ocupação da Terra
Este mapa contém classes de uso, ocupação e das feições diferenciadas de
vegetação. Tendo em vista o objetivo do trabalho, tais informações não foram
detalhadamente separada e encadeadas taxonomicamente, foram apenas consideradas
quanto ao grau de proteção que desempenha frente aos agentes erosivos. Os polígonos para
separação das classes foram traçados após a visualização e interpretação de imagens
orbitais do satélite ALOS, da Japan Aerospace Exploration Agency (JAXA), datada do ano
de 2007.
As categorias de proteção foram assim definidas: Mata Atlântica em Morros,
Manguezais, Mata Atlântica de Restinga, Spartina, Áreas desmatadas, Estradas, Área
urbana de baixa densidade e Área urbana de alta densidade.
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Figura – 3 – Mapa Geomorfológico
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Mapa de Fragilidade Ambiental
Os índices de Fragilidade foram definidos pela combinação da dissecação do relevo;
da classe de solo; do grau de proteção (uso da terra) e os índices pluviométricos.
A partir da análise do mapa, conclui-se que toda a extensão da área de estudo possui
um quadro extremamente frágil em ambos os compartimentos geomorfológicos. Desta
maneira, foram identificados níveis diferenciados de acordo com suas características. Para
este trabalho, foram definidas áreas de Fragilidade Potencial e Emergente de acordo com o
tipo de uso que se faz em cada Unidade Geomorfológica.
As áreas de morros foram consideradas de Fragilidade Potencial, configurando áreas
muitos sujeitas à perda de material por diversos processos erosivos. As variáveis que
favorecem tal tendência são o relevo bastante dissecado com vertentes muito inclinadas,
solos pouco profundos e os altos índices pluviométricos. O fator que contribui para a
retenção dos materiais pela encosta é a exuberância da vegetação, que se mantém
relativamente preservada devido à legislação ambiental figurada pela Estação Ecológica
Juréia-Itatins e a relativa baixa pressão da demanda por áreas de ocupação. No caso de
intensa demanda pela ocupação, mesmo estes terrenos muito inclinados poderiam estar
densamente ocupados (como ocorre na região metropolitana de São Paulo) e
consequentemente, os processos erosivos seriam bastante atuantes.
Na planície, pela simples combinação dos índices não haveria grande tendência à
perda de material devido à baixa inclinação dos terrenos, causando uma falsa impressão de
baixa Fragilidade, no entanto, existe uma grande susceptibilidade à perda de material por
conta das inundações comuns na região. Este quadro também é agravado pelo material
sedimentar predominantemente arenoso e pouco resistente à ação dos agentes externos que
compõe a planície, além do nível hidrostático base ou lençol freático.
Nas áreas preservadas, o quadro tende apenas à Fragilidade potencial, no entanto
onde a ocupação humana está presente, não houve o ordenamento adequado, ocorrem
processos erosivos intensos típicos de áreas de Fragilidade Emergente. Há tentativas de
mitigação com enrocamentos e muros de arrimo, mas que se tratam apenas de soluções
paliativas.
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Cada unidade geomorfológica foi avaliada principalmente quanto ao seu uso, tendo
em vista que a variável de relevo e o solo apresentam, de maneira geral, propriedades
semelhantes. Portanto, a grande diferenciação entre elas, foi feita pelas características de
uso e ocupação, ou seja, quanto ao seu grau de proteção.
Em alguns pontos, ocorre uma rede de planícies fluviais e materiais de encosta. Em
ambas as áreas foram encontradas intervenções de natureza diversa, seja por áreas de
cultivo, instalação de edificações, loteamentos e vias de acesso. Esta é uma área de
Fragilidade Emergente.
Mais ao centro da planície, foi destacada área de restinga, que encontra-se
relativamente bem conservada, mas com alguns pontos de desmatamento. É bastante
complicada para ocupação, sendo muito frágil frente ao uso urbano e agrícola.
No entorno da planície do rio Guaraú e do canal do antigo leito, ocorrem vastas
áreas de manguezais, ambientes extremamente frágeis pela não ocorrência de uma efetiva
retenção de sedimentos em eventos de cheia. Além disso, o material lá existente é pouco
coeso, e facilmente pode ser levado em suspensão pelas águas de cheia que adentram pelo
rio em eventos de maré alta, ou em eventos de maior pluviosidade.
A praia do Guaraú foi individualizada e não foi classificada, pois está submetida a
muitos processos morfogenéticos, como correntes de deriva litorânea, ação de ventos, águas
correntes e pluviais, ações antrópicas entre outros. Todas estas variáveis dificultam a
aplicação da metodologia, tendo em vista o fato desta não abarcar todas estas componentes
da dinâmica costeira.
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Figura 4 – Mapa de Fragilidade Ambiental
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Considerações Finais
A pressão sobre os recursos e sobre o espaço costeiro é uma realidade e, caso não
seja devidamente controlada acarreta em graves problemas sócio-ambientais.
Este estudo de caso foi de grande importância didática, principalmente no que
condiz à discussão metodológica e aplicação desta. O desenvolvimento da pesquisa
permitiu ao aluno maior familiarização com o encaminhamento de uma pesquisa científica,
bem como sua maior capacitação acadêmica.
Seria interessante, para aperfeiçoamento da metodologia a inclusão de variáveis
típicas de ambientes costeiros inexistentes até o momento, tendo em vista o fato de esta ter
sido idealizada para áreas continentais. As correntes de deriva e o regime de marés são de
grande significância para o modelado costeiro.
Levando em consideração as diretrizes propostas por intermédio da metodologia, as
medidas a serem tomadas podem não ser possíveis, por não atenderem aos interesses sócioeconômicos e à lógica de apropriação dos recursos naturais já instalada. É preciso que estes
estudos técnicos recebam contribuições de trabalhos de educação e conscientização
ambiental. Além de medidas para minimização das disparidades sócio-econômicas.
Os estudos interdisciplinares são de enorme importância para a prevenção e
mitigação de problemas ambientais em áreas desfavoráveis à ocupação, esta prática deve
ser incentivada em diversas esferas do conhecimento seja técnico, acadêmico ou mesmo
para o senso comum.
As práticas de conservação ambiental são fundamentais para que se estabeleça uma
relação racional entre sociedade e natureza. Atividades ecoturísticas são propostas válidas,
pois são geradoras de renda para população local, são de baixo impacto e contribuem com a
educação ambiental.
4
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