Polos da Terra Os polos norte e sul da Terra Os polos da Terra – nesse caso, os polos geográficos da Terra – são os pontos extremos do planeta. Eles são definidos como os pontos onde o eixo do movimento de rotação terrestre passa pela superfície do planeta. Os dois polos da Terra possuem a importante função de amenizar as temperaturas do planeta por serem recobertos por gelo e apresentarem as menores temperaturas. Eles estão sempre congelados porque são as zonas terrestres que recebem os raios solares em menor intensidade. Na verdade, durante quase seis meses, o sol ilumina um dos polos, caracterizando o verão em um deles e o inverno (noite) em outro. Depois, o contrário acontece. É durante esse grande dia que o degelo das calotas polares acontece, com o posterior recongelamento quando o inverno retorna. É claro que entre o grande dia e a noite existe um período de transição, em que a luz vai avançando sobre a noite e vice-versa. O instante em que os polos encontram-se igualmente divididos “meio a meio” entre sol e noite ocorre durante os equinócios. O polo norte – também chamado de Ártico – não possui terra firme, sendo basicamente formado por gelo. Assim, ele não é considerado um continente. Sua área, ainda, abrange o extremo norte dos continentes europeu, americano e asiático, além do Oceano Glacial Ártico (que é um mar, e não um oceano). Já o polo sul, bem maior, envolve a área do continente antártico, o extremo sul da América do sul e o Oceano Glacial Antártico, que também é um grande mar. Nele, as temperaturas são mais baixas por causa das altitudes mais elevadas, e a camada de gelo recobre a terra firme. Em ambos os polos, as condições de vida são muito reduzidas, havendo poucas populações. No norte, os esquimós não chegam a habitar o polo norte propriamente dito, mas as zonas continentais mais extremas na Groenlândia, no Canadá e na Rússia, principalmente. No sul, há uma ampla divisão territorial entre os países, que utilizam o espaço para a realização de pesquisas científicas. Os animais do polo norte da Terra são, em geral, lebres e espécies adaptadas ao frio, como o ursopolar, focas, orcas, baleias, raposa-do-ártico, entre outras. Já os animais do antártico são os leões-marinhos, os pinguins, as baleias-azuis, pequenos artrópodes (como o carrapato) e alguns outros tipos. Assim, é possível afirmar que não há pinguins no norte e nem ursospolares no sul. LINHA DO EQUADOR A linha do Equador é uma linha imaginária responsável pela divisão do globo terrestre em dois hemisférios: Hemisfério Sul, também denominado meridional ou austral. Hemisfério Norte, também conhecido como setentrional ou boreal. A distância de qualquer ponto da superfície terrestre em relação à linha do Equador recebe o nome de latitude, e é dada em graus. Define-se, portanto, como 0° a latitude do Equador. Nos hemisférios Norte e Sul têm-se, respectivamente, latitude norte (N) e latitude sul (S), que medem até 90°. Existem outros quatro paralelos importantes: o trópico de Câncer e o círculo polar Ártico, no hemisfério Norte, e o trópico de Capricórnio e o círculo polar Antártico, no hemisfério Sul. A linha do Equador possui extensão de 40.000 quilômetros, presente em toda a circunferência da Terra, passa pelo trecho centro-meridional da América, pela porção central da África e pelo extremo sul da Ásia. TRÓPICOS DA TERRA Ao observarmos um mapa-múndi, notamos a existência de algumas “linhas imaginárias” traçadas no sentido horizontal. Duas delas são conhecidas como trópico de câncer e trópico de capricórnio, respectivamente. Mas o que são essas linhas? Os trópicos da Terra são paralelos, ou seja, linhas traçadas no sentido leste-oeste, paralelas à Linha do Equador. Sendo assim, eles possuem latitudes específicas. No caso do Trópico de Câncer, a latitude é de 23º27' N (23 graus e 27 minutos norte), enquanto no Trópico de Capricórnio as latitudes são de 23º27' S (23 graus e 27 minutos sul). O fato de ambos os trópicos possuírem a mesma latitude, porém em hemisférios diferentes, significa que ambos estão a uma mesma distância da Linha do Equador, que demarca a metade da Terra, isto é, a área que possui uma distância igual entre o extremo norte e o extremo sul do nosso planeta. Dessa forma, tudo o que se encontra entre os trópicos é chamado de intertropical, ao passo que as localidades posicionadas ao norte ou ao sul deles são chamadas de subtropicais. Mas para que servem os trópicos de Câncer e Capricórnio? Graças aos solstícios e equinócios, o sol incide sua luz e calor de formas diferentes ao longo do ano. Em alguns períodos, ele está mais inclinado para o norte, em outros, para o sul, havendo também as épocas em que os dois hemisférios são igualmente iluminados. Os trópicos servem para demarcar o limite dessa diferença, ou seja, o Trópico de Câncer é a zona mais ao norte possível em que o sol incide na vertical. Da mesma forma, o Trópico de Capricórnio é a faixa no hemisfério sul onde a iluminação vertical atinge o seu ponto máximo. Quando essa zona de iluminação alcança um dos trópicos, nele se observa o posicionamento do Sol sobre o zênite, que é o ponto mais acima no céu em uma observação vertical. Portanto, essa é a função dos trópicos, marcar as zonas da Terra que recebem a máxima luz solar durante o ano. Dessa forma, é possível dizer que as faixas intertropicais são mais iluminadas pelo sol do que as subtropicais, o que as torna, em geral, mais quentes. Monumento dedicado ao Trópico de Câncer em Taiwan Além dessa função, os trópicos também auxiliam na demarcação das estações do ano. Quando o eixo vertical do sol atinge um trópico, as estações mudam. Quando ocorre no Trópico de Câncer, há o verão no hemisfério norte e o inverno no hemisfério sul, acontecendo o inverso quando o sol alcança o Trópico de Capricórnio. Polos Magnéticos da Terra A propriedade pela qual alguns materiais conseguem atrair metais é chamada magnetismo. Esse fenômeno era conhecido há muitos séculos e sempre intrigou sábios e cientistas em diferentes épocas. Acredita-se que os chineses tenham percebido que quando um imã é colocado livre para movimentar-se, assume sempre a mesma orientação (um lado aponta para o Norte e o outro para o Sul). Esse é o princípio do que hoje conhecemos como bússola. O alinhamento da bússola ocorre porque a Terra pode ser considerada um grande imã. Dividimos os imãs em dois polos: norte e sul. Essa divisão tem um motivo histórico ligado às bússolas. A partir dos estudos sobre magnetismo, ocorridos somente nos últimos dois séculos, descobriu-se que o lado norte de um imã atrai o lado sul do outro e vice-versa. Se considerarmos a Terra simplesmente como um imã e admitirmos que a agulha da bússola esteja corretamente indicada perceberemos que o polo norte geográfico para onde a bússola aponta é na verdade o polo sul do grande imã chamado Terra. Caso contrário, teríamos o polo norte de um imã atraindo o norte de outro imã, o que não acontece. Devemos tomar cuidado para não confundir os Polos Geográficos, os Polos Magnéticos (do imã Terra) e as indicações da Bússola. Os Polos Geográficos são os pontos onde os meridianos se cruzam. Meridianos são as linhas usadas para fazer a localização no globo terrestre. Os Polos Geográficos são fixos e representam aproximadamente os pontos onde o eixo de rotação da Terra passa pela superfície. Polos Magnéticos são os locais de maior intensidade magnética gerada pela Terra na sua crosta. O interior quente do nosso planeta é feito principalmente de ferro derretido misturado a outros materiais. O deslocamento e o atrito desses fluidos produzem, através de um processo bastante complicado, o campo magnético. As posições dos polos magnéticos variam com o tempo. Por esse motivo a indicação da bússola não é exatamente o Norte Geográfico. A presença de certos minerais no solo também podem alterar essa indicação. Este "Norte Magnético" nada mais é do que a indicação da bússola que aponta para um Polo Magnético. Além de serem importantes para a localização, os Polos também são importantes porque atraem partículas carregadas vindas do Sol que chamamos de vento solar. Esse efeito é responsável pelo fenômeno conhecido como Aurora Boreal.