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ciencia.mp3
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para ouvir e aprender
Redação:
Camila Jacob
Atenção:
Esta é uma transcrição literal dos programas, portanto contém peculiaridades da
linguagem oral, e está sendo disponibilizado prioritariamente com a intenção de ajudar o professor
na preparação da aula. Não substitui a experiência com o áudio e nem textos para leitura dos alunos.
Você já ouviu falar da Doença de Chagas? Ela é causada por um pequeno parasita unicelular
chamado Trypanossoma cruzi. Milhões de pessoas estão infectadas por este parasita em
todo o Brasil. Muitas apresentam problemas cardíacos ou digestivos que podem levar à
morte; outras podem viver com o parasita em seu organismo durante 20 ou 30 anos, sem
nunca apresentar qualquer sintoma da infecção.
Se as pessoas foram infectadas pelo mesmo parasita, porque que então algumas desenvolvem a
doença e outras não? A resposta para essa pergunta pode estar tanto na genética ou no modo de
vida da pessoa infectada, quanto na variabilidade genética do parasita que infecta essa pessoa.
Mas o que é variabilidade genética?
São pequenas diferenças no DNA. O DNA de um ser vivo pode sofrer pequenas mudanças em
sua seqüência ao se duplicar. Mas isso normalmente não representa qualquer problema, porque
as células têm como reparar essas modificações. Voltando para o T. cruzi, seu DNA também sofre
naturalmente modificações ao se replicar. E aquele grupo de parasitas que for menos eficiente
para reparar esses danos, acumula erros gerando uma maior variabilidade genética.
Mas como então a variabilidade genética influencia no desenvolvimento da doença? A hipótese de
alguns pesquisadores da UFMG é que aquele grupo de parasitas que apresenta maior variabilidade
genética, e, portanto, com maior diversidade de proteínas, conseguem escapar com mais facilidade
aos ataques das células do sistema de defesa humano. Em conseqüência, o parasita consegue se
manter nas células da pessoa infectada, causando os sintomas da Doença de Chagas. Mas isso é
apenas uma hipótese e, para comprová-la, muitas pesquisas ainda devem ser realizadas.
Tivemos hoje a colaboração do professor Carlos Renato Machado do Laboratório Genética e
Bioquímica da UFMG.
Eu sou Adlane Vilas Boas e eu sou Camila Jacob . Visite o nosso site no www.ufmg.br/naondadavida.
Dê o bom exemplo: Só imprima se for realmente necessário.
ciencia.mp3
Transcrição de Áudio
Link: www.ufmg.br/naondadavida/?p=1045
TER OU NÃO TER A DOENÇA DE CHAGAS – EIS A GENÉTICA!
Título: Ter ou não ter a Doença de Chagas – eis a genética!
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