InPharma Informativo de Saúde da ePharma Volume 22 Alzheimer Nesta edição: Janeiro: Alzheimer Dica de saúde Dica de saúde Facilitando o dia a dia do portador e do cuidador: - Auxiliar o paciente com a escolha adequada das peças do vestuário pode evitar situações constrangedoras. Estimular o vestuário independente é ideal, mas... Pense que prevenir acidentes também o é...; - Faça com que a pessoa se conserve bem vestida e elogie o seu bom aspecto. Enquanto ele tiver autonomia, deixe-a atuar enquanto ainda pode; - O paciente deve sempre levar consigo algo que o identifique, por exemplo, uma pulseira com o nome, endereço e telefone; - Avise os vizinhos e comerciantes próximos da situação do paciente. Estes podem ajudá-lo em qualquer momento caso se perca e peça informações; - Em casa, feche as portas de saída para a rua, para evitar que o paciente saia sem que se perceba; - Tenha uma foto atual do paciente, para o caso deste se perder e precisar pedir informações; Não tente lidar com tudo sozinho. Você pode ficar deprimido ou esgotado. Procure a j u d a e aconsel ha mento médico se não conseguir lidar com a situação. O Mal de Alzheimer é uma doença neuro-degenerativa que provoca o declínio das funções intelectuais, reduzindo as capacidades de trabalho e social e interferindo no comportamento e na personalidade. A doença de Alzheimer, ou Mal de Alzheimer foi descrita pela primeira vez, em 1906, pelo psiquiatra alemão Alois Alzheimer, de quem herdou o nome. De início, o paciente começa a perder sua memória mais recente. Pode até lembrar com precisão acontecimentos de anos atrás e esquecer que acabou de realizar uma refeição. Com a evolução do quadro, a doença causa grande impacto no cotidiano do paciente e afeta a capacidade de aprendizado, de atenção, de orientação, de compreensão e de linguagem. A pessoa fica cada vez mais dependente da ajuda dos outros, até mesmo para rotinas básicas, como a higiene pessoal e a alimentação A Doença de Alzheimer é a principal causa de demência que causa problemas de memória, pensamento e comportamento. A doença é responsável por 50% a 80% dos casos de demência no mundo. A evolução da doença está dividida em quatro fases: Primeira fase - O sintoma primário mais notável é a perda de memória de curto prazo (falta de memória para acontecimentos recentes). O paciente perde a capacidade de dar atenção a algo, perde a flexibilidade no pensamento, repetição da mesma pergunta várias vezes em curto espaço de tempo. Segunda fase (Demência inicial) - Com o passar dos anos aumenta a dificuldade em reconhecer e identificar objetos. O paciente pode apr es ent ar dif iculdades de coordenação motora para realizar algumas tarefas simples como escrever, vestir-se. Terceira fase - A degeneração progressiva dificulta a independência. O paciente pode deixar de reconhecer os seus parentes e conhecidos. Manifestações de apatia, irritabilidade e instabilidade emocional são Com o avançar da doença comuns. surgem novos sintomas como Quarta fase - Durante a última confusão mental, irritabilidade e fase do Mal de Alzheimer, o paciente agressividade, alterações de humor, está completamente dependente de falhas na linguagem, perda de outras pessoas, não coseguindo memória em longo prazo e desempenhar as tarefas mais simples, desconexão da realidade. Antes de se sua masssa muscular e sua mobilidade tornar totalmente aparente, o Mal de degeneram-se a tal ponto de ficar Alzheimer evolui por período deitado numa cama, perdendo até a indeterminado pode manter-se não capacidade de comer sozinho. diagnosticado e assintomático durante anos. FALE CONOSCO: [email protected] “Vamos garantir a sustentabilidade do Planeta, evite a impressão de folhetos” Diagnóstico Em geral é difícil prever a doença antes que ela já tenha progredido. Cerca de 75% dos portadores em todo mundo não tem dignóstico conhecido, de acordo com Azhiemer´s Disease International (ADI), instituição ligada a Organização Mundial da Saúde (OMS). O diagnóstico atualmente se dá com a entrevista médica e a exclusão de outras doenças por meio de exames de sangue e de imagem (tomografia ou ressonância magnética). Não existe ainda um marcador biológico da doença, ou seja, um exame único que o médico possa pedir e ter a segurança total do diagnóstico. Tratamento Tem por característica o desligamento progressivo e irreversível de funções cerebrais. Esse desligamento ocorre pela morte dos neurônios – células que constituem o cérebro. Responsável Técnico: Dr. Antônio Pedro de Oliveira Janeiro de 2013 O tratamento visa minimizar os sintomas, proteger o sistema nervoso e retardar o máximo possível a evolução da doença. Existem medicações atualmente que estabilizam a doença ou diminuem a velocidade de perda funcional em cerca de cinco anos ou mais, podendo oferecer mais tempo com qualidade de vida ao paciente e aos familiares. Apesar do Alzheimer não ter cura, estas medicações, desde que bem otimizadas, podem oferecer conforto e alívio. Você Sabia? Sistema Único de Saúde (SUS) oferece, por meio do Programa de Medicamentos Excepcionais, remédios utilizados para o tratamento do Alzheimer. Esses medicamentos não impedem a evolução da doença, que não tem cura, mas ajuda a retardá-la. No Brasil, existem cerca de 15 milhões de pessoas com mais de 60 anos de idade. Seis por cento delas sofrem do Mal de Alzheimer, segundo dados da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz). Em todo o mundo, 15 milhões de pessoas têm Alzheimer, doença incurável acompanhada de graves transtornos às vítimas. Nos Estados Unidos, é a quarta causa de morte de idosos entre 75 e 80 anos. Perde apenas para infarto, derrame e câncer.