InPharma JAN- 2013: Alzheimer

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InPharma
Informativo de Saúde da ePharma
Volume 22
Alzheimer
Nesta edição:
Janeiro: Alzheimer
Dica de saúde
Dica de saúde
Facilitando o dia a dia do portador e do
cuidador:
- Auxiliar o paciente com a escolha
adequada das peças do vestuário pode evitar
situações constrangedoras. Estimular o
vestuário independente é ideal, mas... Pense
que prevenir acidentes também o é...;
- Faça com que a pessoa se conserve bem
vestida e elogie o seu bom aspecto. Enquanto
ele tiver autonomia, deixe-a atuar enquanto
ainda pode;
- O paciente deve sempre levar consigo algo
que o identifique, por exemplo, uma pulseira
com o nome, endereço e telefone;
- Avise os vizinhos e comerciantes próximos
da situação do paciente. Estes podem ajudá-lo
em qualquer momento caso se perca e peça
informações;
- Em casa, feche as portas de saída para a
rua, para evitar que o paciente saia sem que se
perceba;
- Tenha uma foto atual do paciente, para o
caso deste se perder e precisar pedir
informações;
Não tente lidar
com tudo sozinho.
Você pode ficar
deprimido
ou
esgotado. Procure
a j u d a
e
aconsel ha mento
médico se não conseguir lidar com a situação.
O Mal de Alzheimer é uma
doença neuro-degenerativa que
provoca o declínio das funções
intelectuais, reduzindo as capacidades
de trabalho e social e interferindo no
comportamento e na personalidade. A
doença de Alzheimer, ou Mal de
Alzheimer foi descrita pela primeira
vez, em 1906, pelo psiquiatra alemão
Alois Alzheimer, de quem herdou o
nome.
De início, o paciente
começa a perder sua
memória mais recente. Pode
até lembrar com precisão
acontecimentos de anos atrás
e esquecer que acabou de
realizar uma refeição. Com a
evolução do quadro, a doença
causa grande impacto no
cotidiano do paciente e afeta
a capacidade de aprendizado,
de atenção, de orientação, de
compreensão e de linguagem.
A pessoa fica cada vez mais
dependente da ajuda dos
outros, até mesmo para
rotinas básicas, como a higiene
pessoal e a alimentação A Doença de
Alzheimer é a principal causa de
demência que causa problemas de
memória,
pensamento
e
comportamento. A doença é
responsável por 50% a 80% dos casos
de demência no mundo.
A evolução da doença está
dividida em quatro fases:
Primeira fase - O sintoma
primário mais notável é a perda de
memória de curto prazo (falta de
memória
para
acontecimentos
recentes). O paciente perde a
capacidade de dar atenção a algo,
perde a flexibilidade no pensamento,
repetição da mesma pergunta várias
vezes em curto espaço de tempo.
Segunda fase (Demência inicial)
- Com o passar dos anos aumenta a
dificuldade em reconhecer e
identificar objetos. O paciente pode
apr es ent ar
dif iculdades
de
coordenação motora para realizar
algumas tarefas simples como
escrever, vestir-se.
Terceira fase - A degeneração
progressiva dificulta a independência.
O paciente pode deixar de reconhecer
os seus parentes e conhecidos.
Manifestações de apatia, irritabilidade
e instabilidade emocional são
Com o avançar da doença comuns.
surgem novos sintomas como
Quarta fase - Durante a última
confusão mental, irritabilidade e
fase do Mal de Alzheimer, o paciente
agressividade, alterações de humor,
está completamente dependente de
falhas na linguagem, perda de
outras pessoas, não coseguindo
memória em longo prazo e
desempenhar as tarefas mais simples,
desconexão da realidade. Antes de se
sua masssa muscular e sua mobilidade
tornar totalmente aparente, o Mal de
degeneram-se a tal ponto de ficar
Alzheimer evolui por período
deitado numa cama, perdendo até a
indeterminado pode manter-se não
capacidade de comer sozinho.
diagnosticado
e
assintomático
durante anos.
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Diagnóstico
Em geral é difícil prever a
doença antes que ela já tenha
progredido. Cerca de 75% dos
portadores em todo mundo não tem
dignóstico conhecido, de acordo com
Azhiemer´s Disease International
(ADI), instituição ligada a Organização
Mundial da Saúde (OMS). O
diagnóstico atualmente se dá com a
entrevista médica e a exclusão de
outras doenças por meio de
exames de sangue e de
imagem
(tomografia
ou
ressonância magnética). Não
existe ainda um marcador
biológico da doença, ou seja,
um exame único que o médico
possa pedir e ter a segurança
total do diagnóstico.
Tratamento
Tem por característica o
desligamento
progressivo
e
irreversível de funções cerebrais.
Esse desligamento ocorre
pela morte dos neurônios – células
que constituem o cérebro.
Responsável Técnico: Dr. Antônio Pedro de Oliveira
Janeiro de 2013
O tratamento visa minimizar
os sintomas, proteger o
sistema nervoso e retardar o
máximo possível a evolução da
doença. Existem medicações
atualmente que estabilizam a doença
ou diminuem a velocidade de perda
funcional em cerca de cinco anos ou
mais, podendo oferecer mais tempo
com qualidade de vida ao paciente e
aos familiares. Apesar do Alzheimer
não ter cura, estas medicações, desde
que bem otimizadas, podem oferecer
conforto e alívio.
Você Sabia?
Sistema Único de Saúde (SUS) oferece,
por meio do Programa de Medicamentos
Excepcionais, remédios utilizados para o
tratamento
do
Alzheimer.
Esses
medicamentos não impedem a evolução da
doença, que não tem cura, mas ajuda a
retardá-la.
No Brasil, existem cerca de 15 milhões
de pessoas com mais de 60 anos de idade.
Seis por cento delas sofrem do Mal de
Alzheimer, segundo dados da Associação
Brasileira de Alzheimer (Abraz). Em todo o
mundo, 15 milhões de pessoas têm
Alzheimer, doença incurável acompanhada
de graves transtornos às vítimas. Nos
Estados Unidos, é a quarta causa de morte
de idosos entre 75 e 80 anos. Perde apenas
para infarto, derrame e câncer.
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