CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ ARQUITETURA E URBANISMO Disciplina: Estudos Ambientais Estudo da Atmosfera O Tempo e o Clima O tempo corresponde às condições atmosféricas existentes num dado momento e numa dada região. O clima corresponde às condições atmosféricas médias e à sua variação ao longo do ano numa dada região. Isto quer dizer, que o tempo traduz um estado atual da atmosfera, ao passo que o clima representa um estado médio da atmosfera. Como o Clima resulta, em última análise, de uma sucessão de estados de tempo, pode-se defini-lo melhor como sendo “a sucessão mais freqüente dos diversos estados de tempo ao longo do ano”. O estado de tempo corresponde a uma determinada situação meteorológica existente numa dada região e num momento. É caracterizado pelo conjunto dos elementos meteorológicos que assumem na ocasião determinados valores. São a temperatura, a umidade, a nebulosidade, a precipitação, a pressão atmosférica e o vento. O seu estudo é feito tendo por base as cartas sinóticas. Estas dão a situação meteorológica, com maior ou menor detalhe, numa região mais ou menos extensa e num dado momento. Nelas inscrevem-se os valores dos principais elementos por meio de números ou símbolos. O aspecto mais saliente é o traçado das isóbaras, que dão uma imagem sugestiva da repartição da pressão e, portanto uma indicação da circulação atmosférica à superfície na região considerada. A interpretação cuidadosa das cartas sinóticas permite, não só a caracterização do estado de tempo nesse momento, mas também prever com maior ou menor precisão a evolução provável do tempo, desde que se disponha de alguns dados complementares. O Clima O Clima é constituído por certo número de elementos que o caracterizam. Entre os principais, temos, a temperatura e a precipitação, a insolação, a umidade, a nebulosidade, a pressão atmosférica e o vento. O clima é determinado por fatores que o condicionam. Entre os principais temos a latitude, a altitude, a proximidade e distancia do mar (também denominados de continentalidade e maritimidade), as correntes marítimas, a orientação das massas do relevo, a natureza do solo, o tipo de vegetação e a exposição geográfica das vertentes. CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ ARQUITETURA E URBANISMO Disciplina: Estudos Ambientais Da imensa combinação possível entre elementos determinados pelos fatores, resulta uma variedade de tipos climáticos. A estes correspondem à superfície da Terra uma série de regiões climáticas. Em qualquer região climática, mais ou menos extensa, o tipo climático que lhe corresponde não é uniforme em toda ela. As diferenças locais de relevo, solo, vegetação, etc., introduzem uma variação espacial de que resultam subtipos climáticos. De acordo com a extensão da área, podem-se então identificar microclimas e mesoclimas1. O estudo destes climas restritos é muito importante, em especial para a agricultura e a urbanização, uma vez que correspondem mais à realidade. Já os macroclimas, ou grandes tipos climáticos das classificações usuais, são sempre generalizações. A Importância dos Climas O clima condiciona de tal modo a vegetação e a fauna, que a repartição das plantas e, em menor grau, dos animais coincide em larga medida com a distribuição dos vários tipos climáticos. A dependência entre clima e a vegetação é tal que nas classificações climáticas alguns dos limites entre os diferentes tipos de clima são definidos a partir de limites da vegetação. Este condiciona ainda de modo decisivo as características dos solos e o comportamento dos cursos de água. Até o próprio relevo não escapa à sua influência, originando-se tipos de relevo em estreita ligação com os tipos de climas. Deste modo, as grandes paisagens naturais da Terra, e, portanto as grandes regiões geográficas, coincidem muito aproximadamente com as regiões climáticas. Os vários tipos climáticos podem-se classificar atendendo a um, dois ou mais elementos. Teoricamente, dever-se-ia entrar em linha de conta com todos os elementos para caracterizar totalmente o clima, mas tal tentativa tornaria qualquer classificação impossível. Escolhem-se, por isso, para base da classificação apenas um ou dois elementos principais. Um só elemento é, no entanto, insuficiente. Como exemplo, têm-se as classificações que só atendem à temperatura. Já os Antigos dividiram os climas em quentes, temperados e frios, repartidos pelas cinco zonas terrestres, a tórrida, as temperadas do norte e do sul e as frígidas do norte e do sul. Note-se de passagem que a palavra grega Klima significa inclinação. A relação entre a temperatura e a inclinação dos raios era já então evidente. Dada, pois, a pouca precisão, escolhe-se mais um elemento, em geral a precipitação. O rigor é já bastante maior. 1 Micro de pequeno e Meso de médio. CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ ARQUITETURA E URBANISMO Disciplina: Estudos Ambientais Este procedimento corresponde às classificações do tipo essencialmente descritivo. Entre estas figuram as de Köppen, Martonne, Thornwaithe, Trewartha, Miller, Troll, Gorczynski. Os vários tipos climáticos podem-se classificar também atendendo a um, dois ou mais elementos. As dificuldades são grandes, pois a interdependência é complexa e o modo de atuação nem sempre conhecido. Além disso, a sua quantificação é impossível na maior parte dos casos. Daqui a imprecisão no estabelecimento dos limites entre os vários tipos climáticos. Este procedimento corresponde às classificações de tipo genérico. Entre estas figuram as de Flohn, Alissov, Creutzburg. Conclui-se, pois, que existem numerosas classificações climáticas, na verdade mais de 70! Mas nenhuma dela satisfaz plenamente. Descrição da Atmosfera A atmosfera é constituída pela camada de gases que envolvem o globo terrestre. O limite inferior é definido pela superfície terrestre, os continentes e oceanos. O limite superior é desconhecido. A passagem da atmosfera para o espaço interplanetário, onde reina quase o vácuo, faz-se por transição gradual, de modo que se torna difícil marcar um limite superior. Estrutura vertical da atmosfera A estrutura da atmosfera compreende várias zonas distintas. A divisão depende naturalmente da característica escolhida para base. Pode ser a temperatura, a composição, a ionização, a atividade química, o estado dinâmico. Troposfera A troposfera corresponde à parte inferior da atmosfera, desde a superfície até uma altitude média de 12 Km. O limite superior é designado por tropopausa. A altitude da troposfera varia com a latitude, diminuindo da região equatorial, onde alcança 16 Km, para as regiões polares, onde é apenas de 8 Km. A troposfera corresponde à parte agitada da atmosfera. Nela têm lugar as perturbações atmosféricas que definem os vários estados de tempo e, por isso, mais afetam a vida à superfície terrestre. A temperatura diminui com a altitude até à tropopausa, onde atinge valores de cerca de -60º C. Em média, o decréscimo é de 0,6ºC/100 m denominado gradiente térmico. CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ ARQUITETURA E URBANISMO Disciplina: Estudos Ambientais Estratosfera A estratosfera estende-se acima da troposfera, desde a tropopausa até cerca de 50 Km de altitude. O limite superior é designado por estratopausa. Nesta zona, verifica-se uma concentração elevada de Ozônio (O3) com um máximo por volta dos 25 Km de altitude. Deve-se o fato à ação dos raios ultravioletas do sol sobre o Oxigênio (O2) da atmosfera. Em resultado da turbulência do ar, uma parte deste Ozônio (O 3) desce até à troposfera. Note-se que em tempo de trovoada as descargas elétricas produzem igualmente pequenas quantidades de ozônio, cuja presença é assinalada por um cheiro característico. A existência de ozônio na estratosfera é de extrema importância. Por um lado, absorve grande parte dos raios ultravioletas enviados pelo Sol. Deste modo provoca um aquecimento com apreciável subida da temperatura. A partir da tropopausa, esta mantém-se, primeiro, mais ou menos constante, mais, depois, aumenta relativamente depressa até alcançar cerca de 0 º C na estratopausa. Este aumento da temperatura tem conseqüências importantes na circulação da alta atmosfera. Por outro lado, o ozônio protege a superfície terrestre de uma excessiva radiação ultravioleta (UV) que tornaria a vida impossível. Os tecidos dos seres vivos seriam rapidamente destruídos, pois a radiação seria 50 vezes superior à CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ ARQUITETURA E URBANISMO Disciplina: Estudos Ambientais que se registra atualmente nas altas montanhas durante o Verão. Mas, se a concentração do ozônio na estratosfera aumentasse, a radiação ultravioleta que chega à superfície terrestre diminuiria a ponto de não se produzir a vitamina D, e os ossos dos animais e do homem deixariam de se desenvolver convenientemente. Mesosfera A mesosfera vem a seguir à estratosfera e vai dos 50 Km até aos 80 Km de altitude. O limite superior é designado por mesopausa. A densidade do ar é, nesta zona, já muito baixa. A temperatura decresce rapidamente, alcançando cerca de -90º C na mesopausa. Ionosfera A ionosfera divide-se em duas sub-camadas, a Termosfera e a Exosfera. A termosfera segue-se à mesosfera e vai desde os 80 Km até cerca dos 500 Km. O limite superior é designado por termopausa. É na termosfera que se verifica uma ionização geral resultante da baixa densidade do ar e da intensa radiação solar. Por isso, esta zona da atmosfera também é designada por Ionosfera. É na termosfera que se produzem as auroras, boreais e austrais. Resultam do bombardeamento da alta atmosfera por partículas enviadas pelo Sol e eletricamente carregadas. As suas formas espetaculares são devidas à ação do campo magnético terrestre. Aparecem geralmente entre os 80 Km e os 300 Km de altitude, coincidindo pois com as camadas ionizadas. É na termosfera que se observa a passagem de grande parte das estrelascadentes. Como se sabe, a Terra está sendo bombardeada por fragmentos, rochosos ou metálicos, que vêm do espaço. São os meteoritos. No entanto, ao entrarem na atmosfera, aquecem rapidamente devido ao atrito com o ar e volatilizam-se, deixando atrás de si um rasto luminoso. São os meteoros ou estrelas-cadentes. Claro que os meteoróides podem atravessar toda a atmosfera e atingir o solo, caso as dimensões sejam importantes. São os meteoros. Calcula-se que todos os dias caiam na Terra cerca de 5 t destes fragmentos. Exosfera CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ ARQUITETURA E URBANISMO Disciplina: Estudos Ambientais A exosfera corresponde à parte superior da atmosfera a partir de cerca de 500 Km de altitude. A característica principal é a densidade extraordinariamente baixa do ar. Já não se pode falar de uma mistura de gases. (…). A 2400 Km de altitude tem-se apenas 1 átomo por cm3. É a densidade do espaço interestelar. Composição da Atmosfera A composição da atmosfera é praticamente uniforme na troposfera, dada a turbulência do ar, que provoca uma mistura contínua. Quando seco, o ar tem a seguinte composição em volume: O Nitrogênio (N2) domina a composição com cerca de 78%, seguido do Oxigénio (O2), com cerca de 21%. O 1% restante distribui-se por gases como o Argônio (Ar), o Dióxido de Carbono (CO2), o Neônio (Ne), o Hélio (He), o Criptônio (Kr), o Xenônio (Xe), o Ozônio O3, etc.. O Dióxido de Carbono, apesar de existir em apenas 0,03%, é um importante regulador térmico (é um gás de estufa), no entanto é muito importante para a fotossíntese das plantas, já que estas reciclam durante o processo. O Vapor de Água (H2O) é outro componente da nossa atmosfera, no entanto a sua quantidade é variável, depende do tempo e do lugar. A sua percentagem pode atingir cerca de 4% do volume. O vapor de água encontra-se nas camadas mais baixas da atmosfera, uma vez que provém principalmente da evaporação da água do mar e da transpiração dos seres vivos. Cerca de 50% encontra-se abaixo dos 2000 m de altitude. O vapor de água é também um gás de estufa, e é o único que muda de estado físico com relativa facilidade. No estado gasoso, é invisível, no estado liquido, constitui as gotas de água que formam as nuvens, a chuva e o orvalho; no estado sólido, constitui os cristais de gelo que formam as nuvens altas, a neve, o granizo e a geada. A atmosfera possui ainda impurezas em quantidades variáveis que são constituídas por poeiras, fuligens, sais, e de microrganismos, como as bactérias, fungos, esporos, pólen e até pequenos insetos. Funções da Atmosfera Filtra e Absorve Apresenta-se como uma “capa protetora”, refletindo para o espaço exterior ou absorvendo as radiações solares que seriam excessivas para a vida na Terra. CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ ARQUITETURA E URBANISMO Disciplina: Estudos Ambientais Na estratosfera a camada de ozônio filtra grande parte da radiação nociva, os raios ultravioletas. Protege Constitui uma barreira imprescindível à entrada de corpos estranhos na atmosfera, tais como os meteoritos. Estes, devido ao atrito provocado pelo ar, incendeiam-se e acabam por pulverizar-se, evitando que atinjam a superfície do planeta na sua total dimensão. Controla a temperatura Absorve uma parte significativa da radiação ultravioleta (UV) – através do ozônio estratosférico – que, ao atingir a Terra, inviabilizaria provavelmente, as formas de vida tal como as conhecemos, uma vez que a temperatura seria muitas vezes mais elevada, impossível de suportar pelas atuais espécies animais e vegetais. Evita que o calor libertado pela superfície da Terra, a irradiação terrestre, se perca para as altas camadas da atmosfera, e fique retido na troposfera e, deste modo, assegura a manutenção das temperaturas durante a noite (efeito de estufa). Os Elementos do Clima Os elementos do clima são: a temperatura, a precipitação, a pressão atmosférica, a nebulosidade, a radiação solar, a umidade e o vento. Distinguem-se dos fatores por serem mensuráveis, ou seja, podem-se medir; e são também aqueles que mais facilmente conseguimos sentir os seus efeitos por um motivo ou outro. Por serem muito importantes para as classificações climáticas, foi entendido destinar uma página a cada um deles, até porque o estudo da atmosfera é muito complexo e a melhor forma de o entender é segmentá-lo nas suas variáveis, assim aqui ficam as ligações a cada um deles. Circulação Atmosférica Foi separado dos ventos com o objetivo de refletir somente os grandes movimentos globais da atmosfera. O Vento O vento é o ar em movimento. E o deslocamento contínuo do ar na superfície terrestre. São as diferenças de pressão atmosféricas que explicam esses movimentos, que ocorre principalmente na horizontal, isto é, de uma área para CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ ARQUITETURA E URBANISMO Disciplina: Estudos Ambientais a outra. Mas esse movimento também pode ser vertical, ou seja, da superfície, onde o ar é mais aquecido para o alto. O movimento conjunto dos ventos na atmosfera, deslocando ar quente para as zonas frias e vice-versa, é chamado de circulação geral da atmosfera. Temperatura De maneira geral, a temperatura diz respeito a maior ou menor quantidade de calor dos corpos que se encontram na superfície terrestre. Mas o ar atmosférico não absorve toda a radiação solar. Uma parte atinge a superfície terrestre, sendo absorvida pelos continentes e oceanos; a outra é refletida e retorna para atmosfera. A temperatura é medida por um instrumento chamado: termômetro. Este aparelho geralmente fica dentro de um abrigo de madeira, com outros instrumentos ele faz parte de uma estação meteorológica. A dois tipos principais de escalas de temperatura, definidos entre dois pontos extremos: o congelamento e a ebulição da água. - A escala Celcius (ºC) é a mais usada no mundo, inclusive no Brasil. Ela divide a distância entre esses dois pontos em 100 partes iguais. Sendo assim, 0 ºC representa o congelamento da água e 100ºC o ponto de fervura. - Escala Fahrenheit (ºF), muito usada nos EUA – situa o ponto de congelamento entre 32º F e o de ebulição em 212º F. A Precipitação A chuva, a neve, e a geada são corpos com formas de precipitações atmosféricas, assim como o orvalho e o granizo. Todas elas resultam da condensação, fenômeno que ocorre quando há resfriamento ou excesso de vapor de água de um determinado lugar da superfície terrestre. A água da atmosfera pode cair em estado líquido, constituindo a chuva, ou em estado sólido, formando a neve e o granizo, ambos os casos são compreendidos pela designação de precipitação. Esta inclui ainda o orvalho e a geada. As nuvens resultam da condensação do vapor de água em torno de pequeníssimas partículas higroscópicas, que servem de núcleos de condensação. Com a continuação da condensação, as gotas vão aumentando de tamanho e peso até vencerem a resistência do ar e as correntes ascendentes. Dá-se então a queda em forma de chuva. CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ ARQUITETURA E URBANISMO Disciplina: Estudos Ambientais Um aumento da condensação tem normalmente como resultado um aumento do número das gotas pequenas, e não um aumento do tamanho das gotas. De fato, as gotas de condensação têm em geral diâmetros inferiores a 0,01 mm. Já as gotas de chuva têm normalmente diâmetros superiores a 0,5 mm e há gotas que chegam a atingir 0,6 mm. Portanto, é enorme a diferença entre as gotas de condensação e a chuva. A ocorrência de chuva abundante implica a existência de nuvens com grande desenvolvimento vertical para que, na sua parte superior possa haver cristais de gelo. Mas, chuva intensa, também tem sido observada com nuvens de pequenas dimensões, nas quais a temperatura é superior a 0º C em toda a sua altura. A formação de grandes nuvens e abundante chuva implica sempre um vigoroso arrefecimento, normalmente resultante de uma energética ascensão do ar. De acordo com o tipo de ascensão das massas de ar, podemos considerar três tipos fundamentais de chuva. As chuvas convectivas são produzidas pela ascensão energética de ar fortemente aquecido. Ao subir, o ar expande-se e arrefece até alcançar o ponto de saturação. Formam-se então nuvens com grande desenvolvimento vertical do tipo cumulo nimbo (cb). A chuva desta origem costuma ser breve, mas abundante, isto é, em forma de fortes aguaceiros, e é muitas vezes acompanhada de granizo ou saraiva. Este tipo é característico das trovoadas que se verificam nas tardes quentes de Verão, em que o solo, muito aquecido, favorece a formação de intensas correntes ascendentes. As chuvas orográficas são produzidas pela ascensão do ar ao longo das vertentes montanhosas expostas aos ventos úmidos. Nas vertentes opostas, a chuva é escassa ou mesmo nula. Este tipo de chuva é muito característico das regiões montanhosas da Ásia Meridional e Oriental, sujeitas à Monção marítima de Verão. É bem conhecido o fato de muitas montanhas se encontrarem rodeadas de nuvens a partir de determinada altitude, que corresponde ao nível de condensação. As chuvas ciclônicas ou frontais são produzidas pela ascensão do ar úmido nas zonas de baixa pressão, para onde convergem as massas de ar. Se estas apresentam acentuado contraste de temperatura e de umidade, estabelecemse superfícies de descontinuidade ou superfícies frontais, mais ou menos inclinadas, que favorecem a subida do ar mais quente sobre o ar mais frio e, portanto, a formação de chuva. Este tipo é característico das regiões temperadas, onde é grande a instabilidade atmosférica, e das regiões tropicais, onde são freqüentes furacões e tufões. CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ ARQUITETURA E URBANISMO Disciplina: Estudos Ambientais Distribuição da precipitação A distribuição da precipitação à superfície terrestre é muito desigual. Em média, tem-se para todo o globo um total de 857 mm ou L/m 2, recebendo os oceanos 77% e os continentes 23%. Unindo os lugares com a mesma precipitação média, obtêm-se as linhas isioéticas ou isioetas. Estas mostram que o principal fator na distribuição da chuva é a latitude, em relação evidente com a distribuição das zonas de baixas e altas pressões. Segue-se a proximidade do mar, em relação com os ventos dominantes, e a altitude, em relação com os principais relevos. Assim, é na região equatorial, onde dominam as baixas pressões, Amazonas, Congo, Insulíndia, e nas regiões tropicais montanhosas, expostas à monção, Ásia Meridional que mais chove. As médias anuais mais elevadas são registradas na ilha de Kauai, Hawai, com 11 990 mm, e em Cherrapunji, Índia, com 11 440 mm. Esta zona de chuvas máximas é interrompida na África Oriental, devido à orientação da monção no oceano Índico, e no nordeste do Brasil, devido à circulação particular dos ventos nesta região. Nas regiões temperadas, a precipitação é igualmente abundante do lado ocidental dos continentes, sujeitos aos ventos marítimos de oeste, em especial quando o relevo oferece boa exposição. É o caso da Noruega, da Escócia, da Califórnia, da Nova Zelândia. Em Portugal, é na vertente ocidental do Gerês que se verifica a precipitação anual mais elevada do país, com 3500 mm. Do lado oriental dos continentes, as chuvas são também importantes, favorecendo as correntes quentes do Golfo e de Kuro Shivo a instabilidade do ar no Sudeste dos Estados Unidos, na China e no Japão. Nas regiões tropicais sujeitas às altas pressões, Saara, Arábia, Irã, Atacama, Kalahári, Austrália, nas latitudes médias no interior dos continentes, Turquestão, Mongólia, Oeste dos Estados Unidos, e nas regiões polares de intenso frio, Sibéria, Groenlândia, Canadá, Antártida, a precipitação é muito escassa, por vezes quase nula. Uma parte importante da precipitação cai sob a forma de neve em vastas regiões. Se o vapor de água da atmosfera se condensa a temperaturas inferiores a 0°C, passa diretamente por sublimação ao estado sólido, formandose pequenos cristais hexagonais de gelo. Estes se agrupam em flocos de neve, que chegam a ocupar um volume 10 vezes maior do que o da água resultante da sua fusão. Alcançam diâmetros de 2 cm. CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ ARQUITETURA E URBANISMO Disciplina: Estudos Ambientais Para que a neve chegue à sua superfície, é necessário que a temperatura do ar seja inferior a 0°C em todo o seu trajeto. Se for superior, pode-se derreter no caminho. Por isso, muitas chuvas são apenas neve derretida. A neve, que é freqüente nos países de elevada latitude e nas altas montanhas, pode cobrir o solo com vários metros de espessura durante um maior ou menor número de dias por ano. Nas regiões montanhosas, a neve chega a muitos casos a não desaparecer por completo durante o Verão, dando origem a neves perpétuas. Variação da precipitação A variação da precipitação ao longo do ano difere muito conforme os casos e dá origem a regimes particulares, que são fundamentais para caracterizar os diversos tipos de clima. Na zona equatorial, chove durante todo o ano de modo mais ou menos regular, se bem que haja diferenças apreciáveis entre os vários meses. Com freqüência, notam-se dois máximos relacionados com a passagem do Sol pelo zênite, um na Primavera e outro no Outono. São chuvas essencialmente de origem convectiva. Nas zonas tropicais, há um período de chuvas distinto e bem marcado, e outro período completamente seco. As chuvas coincidem com a posição mais alta do Sol, portanto na época de Verão do respectivo hemisfério. Também são chuvas essencialmente convectivas. Com a latitude, vai aumentando a duração da estação seca, de modo que nos desertos tropicais praticamente deixa de haver precipitação. As chuvas são então muito irregulares, esporádicas e breves. Nas zonas subtropicais da margem ocidental dos continentes, as chuvas concentram-se no Inverno, sendo em grande parte de origem ciclônica. Pode haver dois máximos, um no outono e outro na primavera, se o inverno tiver caráter anticiclônico. Nas zonas subtropicais, da margem oriental dos continentes, registram chuvas, no inverno do tipo ciclônico, e no verão do tipo convectivo, sendo que a precipitação se verifica ao longo de todo o ano. Nas zonas temperadas, do lado ocidental dos continentes, as chuvas caem durante todo o ano, com um máximo no Inverno. São de origem ciclônica e mais ou menos influenciadas pelo relevo. Para o interior dos continentes as chuvas vão-se reduzindo, mostrando tendência para se concentrarem no verão. Nas zonas polares, a precipitação é muito mais escassa e, em geral, sob a forma de neve. Reparte-se de modo mais ou menos irregular ao longo do ano. CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ ARQUITETURA E URBANISMO Disciplina: Estudos Ambientais O regime das chuvas é dependente da latitude e da proximidade do mar, ou seja, da localização das faixas de altas e baixas pressões e dos ventos que lhes andam associados. O relevo é outro fator de importância muito variável. A Umidade Umidade do Ar: capacidade do ar para conter um volume limitado de vapor de água. Umidade Relativa do Ar: é a relação entre a quantidade de vapor de água (calculada em gramas por metro cúbico de ar), o volume e a temperatura da atmosfera de um determinado lugar. A Pressão Atmosférica A pressão atmosférica nada mais é do que o peso do ar. Ela é medida por um aparelho chamado barômetro. A unidade que mede a pressão atmosférica é o milibar. 1mb ---------------0,75mm (mercúrio) Recentemente passou a ser denominada Hectorpascal (Hpa) em homenagem ao cientista Pascal que demonstrou a influencia da altitude na variação da pressão. Referência----------nível do mar (1000mb), (Maior 1000mb a pressão é considerada alta), (Menor 1000mb a pressão é considerada baixa) A Nebulosidade Refere-se a fração do céu coberta pelas nuvens quando observado de uma localização em particular. Dos nevoeiros às grandes nuvens de desenvolvimento vertical, existe uma gama de famílias que merecem atenção especial, por se encontrarem associados a alguns dos fenômenos atmosféricos mais espetaculares. Fatores do clima Os fatores do clima, ao contrário dos elementos, exercem uma influência localizada no clima, mas não é fácil quantificá-la, porque as massas montanhosas e a sua disposição não é igual, a latitude, a altitude, a distância ao oceano, a distribuição das massas continentais também é diferente, e por isso só conhecemos a sua influência onde se localizam. A Latitude na distribuição da Radiação Solar A distribuição da radiação solar é determinante na diferenciação e repartição dos tipos climáticos. CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ ARQUITETURA E URBANISMO Disciplina: Estudos Ambientais A radiação solar varia à superfície. Em cada lugar, o seu valor depende da espessura da atmosfera e do ângulo de incidência dos raios solares. Por massa atmosférica, entende-se a espessura da atmosfera que os raios solares têm de atravessar até chegarem ao solo. Será igual à unidade, se os raios incidirem perpendicularmente à superfície terrestre, maior, se inclinados. A lei de Bouguer afirma que a energia solar recebida à superfície aumente segundo uma progressão geométrica, quando a massa atmosférica aumenta segundo uma progressão aritmética. Portanto, a radiação solar recebida diminuirá rapidamente com a inclinação dos raios. Por isso, o Sol aquece tão pouco quando se encontra perto do horizonte. Basta dizer que a 10º acima do horizonte os raios têm de atravessar a atmosfera numa espessura 5,6 vezes maior do que no caso de raios verticais. Por inclinação, entende-se o ângulo que os raios solares fazem com a vertical do lugar. A lei de Lambert afirma que a energia solar recebida diminui segundo uma proporção crescente quando o ângulo de incidência aumenta. Em conseqüência, a radiação solar recebida à superfície terrestre diminui muito rapidamente com a inclinação dos raios. Um mesmo feixe de raios (Q) repartirá a energia solar por uma superfície (S) tanto maior quanto maior for o ângulo de incidência. Podemos então concluir que a uma maior inclinação dos raios solares, corresponde também uma maior massa atmosférica a atravessar. CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ ARQUITETURA E URBANISMO Disciplina: Estudos Ambientais Ora, a inclinação dos raios solares aumenta do Equador para os Pólos e, portanto, a radiação diminui quando aumenta a latitude. Mas esta diminuição não é regular, pois, à escala global, a repartição das nuvens interfere de maneira expressiva. Assim, não é nas regiões equatoriais que se atingem os valores médios mais elevados, mas sim nas regiões tropicais, onde os grandes desertos se caracterizam por uma nebulosidade extremamente baixa. Como a temperatura média anual para todo o globo se mantém constante, tem de haver necessariamente um equilíbrio entre a energia solar recebida e a energia irradiada pela Terra para o espaço. Caso contrário, a Terra iria aquecendo ou arrefecendo continuamente. Como a radiação recebida é maior do que a perdida nas regiões equatoriais e tropicais e menores nas regiões temperadas e polares poderá haver equilíbrio térmico se houver um transporte importante de calor das baixas latitudes para as altas latitudes. Assim acontece, por intermédio dos ventos e das correntes marítimas. O equilíbrio verifica-se próximo do paralelo 37º. Variação da Radiação Solar A radiação solar varia com o tempo. Esta variação está em estreita relação com o movimento aparente do Sol. Varia durante o dia devido ao movimento diurno do Sol. É nula no momento em que o sol se encontra no horizonte, nascimento e ocaso. É máxima quando o sol passa pelo meridiano do lugar ao meio-dia (hora solar). A temperatura reflete normalmente esta variação. CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ ARQUITETURA E URBANISMO Disciplina: Estudos Ambientais A temperatura diária e anual depende ainda da latitude do lugar. Devido à inclinação dos raios solares, que aumenta do Equador para o pólo (Norte ou Sul) - denominada obliqüidade dos raios solares -, a quantia de energia solar recebida diminui, devido ao maior percurso e a uma maior espessura da atmosfera que esta tem de atravessar (perdendo-se no caminho), e aumenta a superfície onde é recebida a energia solar, fazendo-a dispersar. Mas, a quantidade total de radiação recebida em cada lugar depende da duração do dia. Esta varia não só com a latitude, mas também com a época do ano. Assim, para o hemisfério norte, é máxima no solstício de Verão (21 Junho) e mínima no solstício de Inverno (21 Dezembro). Para o hemisfério sul, verifica-se o contrário. E, quanto maior for à latitude, maior será a diferença anual. O movimento de translação Varia durante o ano devido ao movimento anual do Sol. Como se sabe, este desloca-se no seu movimento aparente entre o Trópico de Câncer (23º 27’ N), onde se encontra no solstício de Junho, e o Trópico de Capricórnio (23º 27’ S), onde se encontra no solstício de Dezembro. Passa pelo Equador duas vezes, nos equinócios de Primavera (22 de Março) e no de Outono (22 de Setembro). O movimento de translação Terra, ou seja, o movimento executado em torno do Sol (com a duração de 365 dias e 6 horas), e a inclinação do eixo da Terra fazem com que a Terra não tenha sempre a mesma posição em relação ao Sol e descreva o seu movimento aparente anual, entre os Trópicos de Câncer (23º 27' N) e o Tópico do Capricórnio (23º 27' S). Deste modo, além das estações do ano, este movimento determina a duração dos dias e das noites, assim como o número de horas de sol recebidas (insolação), que variam durante todo o ano, exceto para as regiões equatoriais, onde os dias são sempre iguais às noites. Assim, a temperatura varia ao longo do ano, com exceção feita para as regiões próximas do Equador. Nas regiões do hemisfério norte, ela diminui com o Outono e com o aumento da duração das noites e volta a aumentar na Primavera com a diminuição destas e com o aumento de um maior número de horas de Sol, ocorrendo, assim, máximas de temperatura no período de Verão e mínimas na estação de Inverno. CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ ARQUITETURA E URBANISMO Disciplina: Estudos Ambientais O movimento de rotação O movimento de rotação, movimento que a Terra executa em volta do seu eixo e que dura cerca de 24 horas, é responsável pela sucessão dos dias e das noites e pelo movimento aparente do Sol. A variação diária da temperatura registra o máximo diário durante o dia (cerca das 14 ou 15 horas) e o mínimo durante a noite, antes do nascer do Sol (cerca das 6 horas) CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ ARQUITETURA E URBANISMO Disciplina: Estudos Ambientais - Latitude Quanto mais nos afastarmos do Equador, menor a temperatura. A Terra é iluminada pelos raios solares com diferentes inclinações. Quanto mais longe do Equador a incidência de luz solar é menor. - Altitude Quanto mais alto estivermos menor será a temperatura. Isto porque o ar se torna rarefeito, ou seja, a concentração de gases e de umidade à medida que aumenta a altitude, é menor, o que vai reduzir a retenção de calor nas camadas mais elevada da atmosfera. Há a questão também que o oceano ou continente irradiam a luz solar para a atmosfera, ou seja, quanto maior a altitude menos intensa será a irradiação. - Massas de ar Apresentam características particulares da região em que se originaram, como temperatura, pressão e umidade, e se deslocam pela superfície terrestre. As massas podem se polares, tropicais ou equatoriais. As massas de ar tropicais se formam nos trópicos de Capricórnio e de Câncer. Elas podem se formar na altura dos oceanos (oceânicas) e serem úmidas; serão secas se forem formadas no interior dos continentes (continental). As massas polares são frias. Isto porque elas se formam em regiões de baixas temperaturas, como o nome já diz, nas regiões polares. Elas também são secas, visto que as baixas temperaturas não possibilitam uma forte evaporação das águas. CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ ARQUITETURA E URBANISMO Disciplina: Estudos Ambientais As massas equatoriais são quentes, se formam próximas a linha do Equador. O encontro de duas massas, geralmente uma fria e outra quente, dá-se o nome de frente. Quando elas se encontram ocorre as chuvas e o tempo muda. As Frentes Quando massas de ar de temperatura e umidade diferentes entram em contato, elas não se misturam, mas conservam-se separadas por uma faixa fronteiriça mais ou menos larga, chamada superfície frontal. Trata-se de uma superfície de descontinuidade, onde se verifica uma mudança brusca da temperatura, da umidade e do vento. Na realidade, é uma zona de transição rápida, que pode ter 100 Km de largura. A interseção da superfície frontal com a superfície terrestre é uma linha, ou melhor, uma faixa sinuosa, designada por frente. As superfícies frontais nunca são verticais, nem horizontais, mas levemente inclinadas, de modo que a massa de ar mais pesada fica sempre por debaixo da massa de ar mais leve. Tal como as massas de ar, também as superfícies frontais e, portanto, as suas frentes, não permanecem fixas no mesmo lugar durante muito tempo. Distinguem-se assim uma frente quente, quando o ar quente, menos denso, avança sobre o ar frio, mais denso, e uma frente fria, quando o ar frio, mais denso, avança sob o ar quente, menos denso. As superfícies frontais formam-se em regiões de convergência de massas de ar, que são por isso designadas por regiões de frontogénese. As superfícies frontais dissipam-se em regiões de divergência de massas de ar, que são por isso designadas por regiões de frontólise. Quanto maior for o contraste entre as massas de ar que entram em contacto, tanto melhor definidas serão as superfícies frontais que as separam. Tendo em conta as massas de ar, podemos assim distinguir as seguintes frentes: Convergência Intertropical A convergência Intertropical resulta da convergência de ar tropical transportadas pelos ventos alísios para a região equatorial. O contraste verifica-se em virtude do ar do hemisfério sul ser levemente menos quente e mais úmido do que o do hemisfério norte. Mas, não sendo a diferença muito grande, também a frente não é muito bem definida. Daqui ser preferível designar esta descontinuidade por convergência intertropical (CIT). A existência de calmarias e de ventos de oeste equatoriais leva a distinguir uma CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ ARQUITETURA E URBANISMO Disciplina: Estudos Ambientais convergência intertropical norte (CITN) e uma convergência intertropical sul (CITS). Frentes Polares As frentes polares resultam da convergência de massas de ar tropical e de massas de ar polar. Como os contrastes de temperatura e umidade são normalmente muito grandes, as frentes polares são bem marcadas e constituem zonas de sucessivas perturbações atmosféricas. Distinguem-se duas frentes polares, uma no hemisfério norte e outro no hemisfério sul. Frentes Ártica e Antártica As frentes árticas e antárticas resultam da convergência de massas de ar polar, de temperatura e umidade diferentes. Não são bem definidas, pois em geral os contrastes não são muito grandes. As frentes indicadas não são contínuas.. Além disso, as frentes oscilam durante o ano, acompanhando com atraso o movimento anual aparente do Sol. Frente Polar Os contrastes de temperatura e umidade são grandes, que se verificam as contínuas perturbações atmosféricas tão características do tempo instável das latitudes médias, em especial entre 35º e 65º, norte e sul. De fato, é ao longo da frente polar que durante todo o ano se deslocam sucessivos centros depressionários, no sentido oeste-leste, integrados no fluxo geral dos ventos de oeste. O ar polar tende a deslocar-se em direção ao Equador, entrando em conflito com o ar tropical, que tende a expandir-se em direção às regiões polares. Na zona de contato, que é normalmente bastante irregular, o ar polar, mais denso, introduz-se sob o ar tropical, menos denso, que é obrigado a subir. Originam-se assim centros de baixa pressão, ligados à frente polares. - Continentalidade e Maritimidade A proximidade de grandes quantidades de água exerce influencia na temperatura. A água demora a se aquecer, enquanto os continentes se aquecem rapidamente. Por outro lado, ao contrário dos continentes, a água demora irradiar a energia absorvida. Por isso, o hemisfério Norte tem invernos mais rigorosos e verões mais quentes, devido a quantidade de terras emersas ser maior, ou seja, sofre influencia da continentalidade, boa parte deste hemisfério. O oposto ocorre no hemisfério sul influenciado pela maritimidade. CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ ARQUITETURA E URBANISMO Disciplina: Estudos Ambientais - Correntes Marítimas São massas de água que circulam pelo oceano. Tem suas próprias condições de temperatura e pressão. Tem grande influencia no clima. As correntes quentes do Brasil determinam muita umidade, pois a ela está associada massas de ar quente e úmida que provocam grande quantidade de chuva. - Relevo (condicionantes topográficos) O relevo pode facilitar ou dificultar as circulações das massas de ar, influindo na temperatura. No Brasil, por exemplo, as serras no Centro-Sul do país formam uma “passagem” que facilita a circulação da massa polar atlântica e dificulta a massa tropical atlântica. - Vegetação A vegetação impede a incidência total dos raios solares na superfície. Por isso, com o desmatamento há diminuição de chuvas, visto a umidade diminuir, e há um aumento da temperatura na região. Tipos de clima Para estudo dos vários tipos de Clima, optou-se pela ordenação dos principais tipos climáticos, primeiro de acordo com a temperatura e depois com a precipitação. Deste modo temos uma classificação mais simplificada dos diferentes tipos de climas terrestres. Distribuídos segundo a Latitude, a partir do Equador: CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ ARQUITETURA E URBANISMO Disciplina: Estudos Ambientais I. Climas Quentes Clima Equatorial Clima Tropical Clima Desértico II. Climas Temperados Clima Mediterrâneo (ou Subtropical Seco) Clima Temperado Marítimo Clima Temperado Continental III. Climas Frios Clima Subpolar (ou Subártico) Clima Polar (ou Ártico) Clima de Altitude Os principais tipos são: Climas polares São climas de baixa temperatura o ano inteiro, chegando por volta, no máximo 10°. Pois não há concentração de calor, o sol fica sempre baixo no horizonte na época do verão, e no inverno ele nem aparece. Portanto essas regiões polares (próximas aos círculos polares Ártico e Antártico) estão sempre cobertas de neve e gelo. As temperaturas mais baixas foram registradas em Vostok, Antártida, -88°C. CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ ARQUITETURA E URBANISMO Disciplina: Estudos Ambientais Climas temperados Os climas temperados são caracterizados por ser possível ver as quatro estações do ano de uma maneira bem clara, sendo possível às atividades humanas durante a maior parte do ano. Dividem-se em: - marítimo: Sofre influencia dos oceanos, por isso as temperaturas são constantes. - continental: apresenta verões mais quentes e invernos mais frios e secos. Clima mediterrâneo Apresenta invernos mais brando e chuvosos, verões quentes e secos. As chuvas ocorrem no outono e inverno. Algumas áreas de sua ocorrência são ao longo do Mar Mediterrâneo, ao sul da Califórnia, parte meridional da África do Sul e sul da Austrália. Clima tropical É considerado como transição entre o clima equatorial e o desértico. Apresenta temperatura elevada o ano inteiro. Tem duas estações bem definidas: verão, que ocorre as chuvas, e inverno ameno e seco. Este tipo de clima ocorre na maior parte do território brasileiro. Clima equatorial Ocorre na zona climática mais quente do planeta, faixa Equatorial. A temperatura média anual é superior a 24°C. As chuvas são abundantes, cerca de 2000mm, com pequena amplitude entre o dia e a noite. Clima subtropical Ocorre entre os climas tropicais e temperados. Apresentam chuvas abundantes, verões quentes e invernos frios. É característico das médias latitudes. Clima desértico Os desertos apresentam baixo índice pluviométrico, cerca de 250mm por ano. É comum uma temperatura acima de 42°C durante o dia, mas à noite pode chegar a menos de 0°C principalmente no inverno. CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ ARQUITETURA E URBANISMO Disciplina: Estudos Ambientais Algumas áreas de desertos são: África do Norte (Saara) e Ásia Ocidental (Arábia). Clima semi-árido Apresenta poucas chuvas, sendo mal distribuídas durante o ano. São climas de transição, encontrados tanto em regiões tropicais como em zonas temperadas. Climas no Brasil No Brasil predomina climas quentes e úmidos, por possuir maior parte do seu território na zona intertropical. Equatorial É um clima quente e úmido, que fica ao redor da linha do Equador. As chuvas são abundantes e maior parte de convecção. Este tipo de clima fica na região Norte do Brasil. Com temperaturas que variam de 24°C a 27°C. Nessa região o índice pluviométrico é de 2000mm por ano. CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ ARQUITETURA E URBANISMO Disciplina: Estudos Ambientais Tropical úmido Situa-se na costa leste do Brasil, desde o Rio Grande do Norte até São Paulo. No inverno se formam frentes frias e em alguns dias do ano a temperatura fica baixa. As chuvas ocorrem no verão, apenas no litoral nordeste que chove mais no inverno. É um clima quente e úmido, apesar das “ondas de frios” que ocorrem as vezes. Tropical típico ou semi-úmido Este tipo de clima ocorre na região central do Brasil. As médias de temperatura variam de 20° a 28°C. Chove por volta de 1500mm por ano. É um tipo de clima quente e semi-úmido, com chuvas no verão e seco no inverno. Semi-árido Ocorre no sertão nordestino. Com chuvas inferiores a 800mm por ano. É seco e árido, mas não como o deserto. Tem quatro massas que exercem influência duas equatoriais e duas tropicais, que terminam sua trajetória no sertão. Subtropical Este tipo de clima se localiza no sul do país até o sul do trópico de Capricórnio. Tem temperaturas médias nem quentes e nem frias. Com chuvas abundantes e bem distribuídas durante todo o ano. O verão é bem quente e o inverno é bem frio, em lugares mais altos ocorrem geadas. Em alguns lugares chegou a cair neve, mais é raro. Referências Bibliográficas AYOADE, J. Introdução à Climatologia para os Trópicos. São Paulo : Ed. Bertrand Brasil, 1986. www.e-Geographica.com: Disponível em (25/10/2006)