As Mulheres são as principais vítimas da Infecção Urinária A Ação

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As Mulheres são as principais vítimas da Infecção Urinária
A Ação Social conta com médicos que realizam gratuitamente o atendimento para a identificação de
diversas doenças, dentre elas a Infecção Urinária, oferecem orientação clínica para a prevenção
deste mal, além da prescrição da Imunoterapia, importante método de tratamento da doença.
O Projeto Social está à disposição de toda população para a realização de consultas gratuitas na Rua
Conde de Porto Alegre nª167 casa 01, no bairro 25 de Agosto em Duque de Caxias. Os interessados
devem agendar seus horários de segunda à sexta de 9h às 18h através do 2652 - 2175. Coordenada
pelo Imunologista e Alergista, Dr. Marcello Bossois, a iniciativa assume um papel importante no
diagnóstico da Infecção Urinária com a análise de exames e histórico de vida de seus pacientes,
além de orientá-los sobre uma forma de tratamento pouco conhecida, porém com ótimos resultados.
A Imunoterapia consiste na aplicação de vacinas com antígenos bacterianos e representa uma forte
barreira à progressão da Infecção Urinária, ou Infecção do Trato Urinário ( ITU ). Ela é uma
modalidade de tratamento eficaz na ação contra à doença, pois é feita a introdução de micro
organismos que fortalecem o sistema imune. Eles são denominados Germes Urinários ( bactérias ),
que podem ser Escherichia Coli, Staphylococcus Aureus, Streptococcus Faecallis, Streptococcus
Pyogenes e Neisseria Gonorrhoeae.
As vacinas compostas destes antígenos bacterianos podem ser usadas para fornecer proteção de
longa duração contra a ITU e são consideradas imunoestimulantes. Elas vão incitar a criação de
anticorpos e fortalecer o sistema celular para combater a infecção, o que poderá evitar sua
reincidência, além de diminuir o risco de multi-resistência antibiótica.
A Imunoterapia preenche uma significativa lacuna no combate à doença, uma vez que o tratamento
convencional da mesma seja a base de antibióticos, não raro com a arriscada utilização do
medicamento por um tempo prolongado. É comum que em seguida ao primeiro episódio de ITU,
muitos pacientes apresentem recorrência nos próximos 6 a 12 meses, sendo aproximadamente 30%
dos casos. A administração de antibióticos para cada recorrência pode levar ao surgimento de focos
de resistência, prejudicando significativamente a saúde do paciente.
Segundo o Imunologista e Alergista, Coordenador Técnico do Brasil Sem Alergia, Dr. Marcello
Bossois, a prescrição de antibióticos é fundamental para o combate às infecções urinárias e não deve
ser descartada, no entanto o seu uso prolongado pode gerar sérios riscos à saúde da população. A
Imunoterapia surgiu como uma alternativa a ser levada em consideração, sobre tudo após a recente
proibição por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária ( ANVISA ) aos antibióticos sem
receita médica, que passaram a figurar na lista de medicamentos especiais.
"No caso da Infecção do Trato Urinário, a Imunoterapia atua de maneira eficaz na
hipossensibilização às bactérias presentes na fórmula das vacinas, que podem variar de acordo com
a indicação médica para cada paciente, de modo a auxiliar o organismo a criar mecanismos de
defesa contra tais agentes infecciosos. Ela varia em seu grau de intensidade e tempo de tratamento
de acordo com o quadro de cada paciente, podendo ser necessário de poucas semanas até alguns
anos", comenta o médico.
As doses das vacinas e a concentração nos extratos utilizados deverão ser progressivas, sendo,
inicialmente em pequenas quantidades, com um aumento gradativo do número de aplicações, de
acordo com as respostas do sistema imunológico dos afetados. A técnica pode ser realizada em
pessoas de todas as idades e em algumas semanas os pacientes já apresentam melhoras dos
sintomas da ITU, bem como importantes evoluções em seus quadros clínicos.
Segundo Dr. Bossois, a Imunoterapia é uma "arma" muito importante no controle das diferentes
manifestações da Infecção Urinária, entretanto outros fatores também são fundamentais no combate
à doença. Associado a aplicação das vacinas, e dos antinióticos, quando necessários, os pacientes
devem ter a preocupação de manter algumas medidas comportamentais como: lavar bem a região
genital, principalmente após o coito, evitar calças apertadas, trocar as roupas íntimas com
freqüência, além de higienizar-se corretamente após a evacuação.
Tais mudanças de hábitos garantem uma distância da doença, ou ao menos a diminuição de sua
incidência, uma vez que seu surgimento está muito ligado aos maus costumes de higiene. A Infecção
Urinária é, na maioria das vezes, causada pela migração de microorganismos através da uretra,
principalmente oriundos da flora intestinal. As bactérias são as maiores provocadoras das diferentes
infecções do trato urinário, sendo a Escherichia coli a principal delas, bactéria presente na flora
intestinal, podendo afetar a uretra, bexiga, rins e próstata.
A Uretrite é caracterizada por ardência ao urinar, aumento da frequência urinária e dor após urinar.
Na infecção da bexiga, a Cistite, o paciente manifesta cólica no local do órgão, aumento da
frequência urinária e urgência ao urinar, podendo levar a febre, prostação, calafrios e dores. A Pielo
Nefrite, infecção dos rins, é muito perigosa e Caracteriza-se por dor intensa no dorso, muita febre e
calafrios, náuseas e vômitos. Na próstata, cujo nome é Prostatite, a doença pode causar dor ao
urinar, dificuldade para urinar, ejaculação precoce e ou expontânea, febre e calafrios.
"Eventualmente, a infecção pode ser tão importante, podendo levar a todas essas
manifestações em conjunto. Deve levar-se em consideração, principalmente, as bactérias
que desenvolvem uma forma de defesa que, seria, criar "braços" que se aderem a parede da
bexiga, as chamadas Fímbrias ou Pilis. Essas estruturas tornam as bactérias de difícil
controle, pois mecanismos naturais, como a lavagem da bexiga pela urina, tornam-se pouco
eficazes", alerta o Médico do Projeto Social.
A presença de qualquer um desses sintomas deve levar à procura de um médico, já que um
diagnóstico precoce pode evitar maiores riscos à saúde, como a migração dos agentes infecciosos à
instalação nos rins. O principal exame a ser solicitado é o exame de urina, pois ele é capaz de
mostrar a presença de bactérias, além de outros sinais que ajudam a fazer o diagnóstico. Juntamente
com o exame de urina, é importante a solicitação de uma cultura ( urocultura ), que pode mostrar
proliferação de bactérias e permite identificar a real causadora da doença.
Em alguns casos, principalmente em pacientes com história de recorrência da ITU, é necessária a
realização de exames de imagem, como o ultra-som, o raio X com contraste das vias urinárias (
urografia excretora ) dentre outros. Eles ajudam a diagnosticar defeitos congênitos das vias
urinárias que podem favorecer o desenvolvimento da doença.
Um fator de extrema importância no desenvolvimento da ITU é a estase urinária, dificuldade de
esvaziamento da bexiga, o que facilita o surgimento da infecção devido ao longo tempo em que a
urina fica acumulada. Isso favorece a proliferação de bactérias na urina, levando ao desenvolvimento
da doença. Além dela, a Diabetes facilita seu aparecimento, e o climatério nas mulheres está
relacionado às infecções, uma vez que as alterações no organismo das mesmas favorecem seu
surgimento.
Outros fatores como doenças sexualmente transmissíveis podem ocasionar a ITU, além da obstrução
urinária, pois qualquer fator que impeça o fluxo constante da urina como aumento da próstata,
defeitos congênitos e cálculos renais podem propiciar seu aparecimento. Mas a gravidez pode ser
uma grande provocadora deste tipo de doença, o que, devido a alguns fatores, pode se tornar um
risco às vidas da mãe e do feto.
Segundo o Ginecologista Dr. Paulo Sérgio Viana, durante a gravidez as mulheres devem estar
atentas aos sinais da Infecção Urinária, já que existe o risco de uma infecção dos rins, a Pielo Nefrite,
que poderá provocar graves problemas à gestação. Alterações anatômicas e fisiológicas ocorrem, de
maneira natural, nas gestantes, fatores que poderão repercutir com intensidade no sistema urinário,
possibilitando o desenvolvimento de quadros infecciosos.
"Há um aumento da perfusão renal, acarretando um aumento do resíduo urinário, o que é
retido na bexiga após cada micção ( ação de urinar ), com consequente distensão da
mesma. Conforme o útero gravídico vai aumentando ao longo da gestação, ele comprime as
vias urinárias, levando à dilatação do sistema coletor e refluxo vésico-ureteral. Este refluxo
provoca estase urinária, resultando na incidência de infecções, entre elas a Pielo Nefrite,
que é a mais grave, pois, pode levar ao choque séptico durante a gravidez, ou a um parto
prematuro", diz o Ginecologista.
Embora todos possam ser afetados pela ITU, as mulheres representam 80% dos pacientes e
estima-se que aproximadamente 15% da população do sexo feminino desenvolva a infecção em
algum momento da vida. Isso se deve a fatores anatômicos, como o órgão genital, incluindo a uretra,
ser muito próximo do ânus, sendo a proximidade das bactérias intestinais um grande causador de
infecção urinária. Além disso, a uretra da mulher é mais larga e de menor comprimento em
comparação a dos homens, o que facilita, uma vez mais, a migração das bactérias para o trato
urinário.
"Existem ainda alguns fatores fisiológicos que se manifestam nas mulheres e facilitam o
aparecimento da infecção do trato urinário. Os principais dentre eles são o desequilíbrio
hormonal, que favorece a proliferação de germes oportunistas, baixa no sistema
imunológico, além da menopausa e climatério, momentos em que há grandes distúrbios
hormonais no organismo das mulheres", comenta Dr. Paulo Sérgio Viana.
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