Introdução - Igreja Lusitana

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Introdução
Viver a vida com a Marca de Cristo
“…Jesus veio para a Galileia, pregando o Evangelho do reino de Deus, e dizendo: “O tempo está
cumprido e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no Evangelho” (Marcos 1,14-15)
“Quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade;” (João 16,13)
Quando pensamos na palavra “missão” o que nos vem à mente? Um
trabalho que tem de ser feito? Uma tarefa que tem de ser realizada? Imensas
vezes queremos ir directos seja ao que for que tenhamos de fazer só para
termos o trabalho feito! Mas quando pela frente temos a Missão de Deus é
importante pararmos, ficarmos em silêncio, ouvirmos e esperarmos. Oração
e discernimento devem ser sempre os primeiros passos a ser dados.
Através da oração e do discernimento, ouvimos a voz do Espírito
Santo. Procuramos a verdade de Deus nas nossas vidas e no mundo à nossa
volta, pedindo ao Espirito que nos oriente. Tentamos descobrir os planos de
Deus e como poderemos ser parte activa neles. Vamos a Cristo através dos
Evangelhos para apreender neles quem Cristo foi na Sua época e quem é
Cristo hoje. Permanecemos completamente abertos à Sua presença na nossa
vida e nas vidas daqueles que nos rodeiam. Ouvimos e observamos – e depois
seguimos por onde Ele nos guiar.
Procurar e seguir o trajecto pode ser difícil quando existam muitas
coisas no caminho. É impossível ouvir uma forte voz tranquila se nas nossas
vidas há muito barulho. Como podemos silenciar o barulho para que o
Espírito Santo possa chegar até nós? Como podemos remover da nossa vida
o que não é necessário de forma a darmos espaço à Luz de Deus?
Comecemos pelo arrependimento. Através do arrependimento,
limpamos as coisas que se entrepõem no caminho de Deus e entregamo-nos
ao poder purificador do amor e do perdão sem limites de Deus. Reorientando
a nossa vida outra vez para Deus, escolhemos o caminho que está marcado
pelo Amor em vez do caminho aberto pelo egoísmo, a violência ou a
indiferença.
Neste processo intencional de oração, discernimento e
arrependimento, a Missão de Deus começa a revelar-se. Tornamo-nos
capazes de ver os sinais do reino de Cristo aqui na terra: sinais de renovação
e de restauração, de esperança e de cura. A visão de Cristo sobre como tornar
tudo novo e com vida através do seu Amor, começa por se revelar a Si próprio
nas nossas vidas e no mundo à nossa volta. A transformação das nossas vidas,
e das nossas comunidades e do nosso mundo, começa a parecer possível.
À medida que avançamos no estudo e na vivência destas “Cinco
Marcas de Amor” que caracterizam a missão de Deus, tomemos tempo para
parar, ouvir e orar para que Deus nos revele o Seu caminho e a Sua verdade.
Oremos com o salmista: “Senhor, diz-me o que queres que eu faça, ensina-me
a seguir os teus caminhos. Ensina-me a viver a tua verdade,…” (Salmo 25,45).
Questões a considerar individualmente.
· Consegues ouvir Deus a dizer: “És o meu filho amado”?
· Como, de pequenas maneiras, poderás realizar, hoje, a Missão de Deus?
· Qual a “Marca da Missão” que mais te toca o coração?
· Ondes vês Deus a trabalhar neste mundo?
· Como podes ajudar à realização da Missão de Deus?
Dicas para a actividade “Carta a
Deus”
”És o meu filho muito amado!”
Estas foram as palavras que Deus
dirigiu a Jesus no Seu baptismo no
Rio Jordão. De imediato foi levado
pelo Espírito para o deserto, onde
passou quarenta dias reflectindo no
seu chamamento e absorvendo a
verdade destas poderosas palavras.
Estas exactas palavras são
dirigidas por Deus a cada um de
nós. Pela graça de Deus é-nos
oferecido o mesmo amor. Nós,
também, somos os filhos muito
amados de Deus – não por algo
que tenhamos feito ou que
faremos, mas simplesmente pelo
dom da graça de Deus. Deus
escolheu-nos no amor, para Lhe
estarmos unidos numa relação
reciproca, na qual, tanto nós
como Deus, experimentemos e
expressemos a alegria e o deleite
mútuos.
Tomemos tempo para reflectir
nestas coisas. Absorvendo-as no
mais profundo dos nossos
corações para que se tornem nas
verdades definidoras das nossas
próprias identidades. Somos os
filhos muito amados de Deus e
nada nos poderá separar nunca
do amor de Deus em Cristo
Jesus. Tomemos agora tempo
para reflectir nas maneiras
como temos experienciado e
conhecido o amor de Deus por
nós. Através de quem e de que
maneiras ouvimos Deus a dizer
“És o meu filho amado”? Já
adoptamos esta verdade como a
essência da nossa identidade?
Já descobrimos a liberdade que
isto nos dá?
Carta a Deus
A escrita de cartas é uma arte que se está gradualmente a perder na nossa geração. Se
podemos rapidamente enviar uma mensagem ou um email, porque iremos perder tempo
com uma caneta e papel? Mas escrever calma e vagarosamente os nossos desejos,
alegrias, memórias e palavras de amor por outra pessoa pode ser uma prática meditativa
que nos una e ligue de uma forma mais profunda.
E se despendêssemos tempo a escrever uma carta a Deus? Que Lhe diríamos?
Como poderemos expressar o nosso amor por Deus em palavras? No espaço abaixo,
passa algum tempo a escrever uma carta a Deus. Tenta expressar os teus mais
profundos pensamentos e sentimentos.
Querido Deus,
Oração Final: Deus da Graça, estás aqui connosco. Estás presente no meio de nós. Abre
os nossos olhos e limpa os nossos corações para que Te possamos ver e aperceber-Te
no mundo à nossa volta. Guia-nos no caminho que leva à vida. Ámen.
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