Papilomavírus e Câncer Laura Sichero [email protected] Departamento de Virologia Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer Hospital Alemão Oswaldo Cruz São Paulo Vírus associados a tumores em humanos IARC – Carcinógenos tipo 1 Vírus Vírus de RNA HTLV-1 HIV-1 HCV Vírus de DNA HBV HPV EBV Tumores Associados Possíveis co-fatores leucemia de células T adultas linfoma de células T adultas linfoma não-Hodgkin sarcoma de Kaposi carcinoma hepático imunodeficiência carcinoma hepático cirrose hepática alcoolismo comida contaminada por aflotoxinas luz solar, doenças genéticas número de parceiros sexuais fumo carcinoma cutâneo carcinoma anogenital papiloma laríngeos condilomas orais e genitais linfoma de Burkitt linfoma imunoblástico carcinoma nasofaríngeo imunodeficiência cirrose hepática malária imunodeficiência nitrosaminas na dieta fatores genéticos Papilomavírus Família: Papillomaviridae Vírus não-envelopados Partícula de 50 nm DNA circular dupla fita Genoma de ~ 8000 pb/ histonas Ciclo de Infecção Viral Epiteliotrópicos Espécie-específicos Fonte: modificado de Doorbar, 2005 e Merk, 2006 Biologia da Infecção por HPV Útero As infecções causadas por HPV são restritas ao sítio inicial da infecção HPV16 Ectocérvice A. Infeção por HPV dos queratinócitos das camadas basal e suprabasal Membrana basal Replicação viral não-citolítica. Expressão dos genes precoces Vírions de HPV As infecções causadas por HPV não são citolíticas e causam pouca ou nenhuma inflamação Movimento distal das células infectadas B. Linearização do DNA viral C. Neoplasia Invasiva Expressão dos genes tardios e formação do capsídeo viral Integração do DNA viral no genoma da célula hospedeira leva à produção descontrolada das oncoproteínas virais e transformação da célula hospedeira Liberação de Vírus no processo de descamação do epitélio Lesão Displásica As proteínas do HPV são expressas em baixos níveis, e em diferentes camadas do epitélio Vagina Tindle, 2002 Genoma do HPV-16 Estímulo do crescimento E6 E7 LCR 7906/1 7000 Proteína principal do capsídio L1 1000 HPV-16 6000 7000 2000 3000 4000 Proteína secundária do capsídio E4 Alteração da matriz intracelular L2 E5 Estímulo do crescimento E1 E2 Regulação da transcrição viral Regulação da replicação viral Carcinogênese mediada por HPV A proteína E6 dos HPVs de alto risco: * liga-se à proteína p53, degradando-a. * liga-se a várias outras proteínas celulares, alterando sua função. * induz a expressão de telomerase. A proteína E7 dos HPVs de alto risco: * liga-se à proteína do gene do retinoblastoma. * liga-se a várias outras proteínas celulares, alterando sua função. Tais interações levam à imortalização celular e instabilidade cromossômica. Podem causar transformação celular in vitro. A progressão tumoral depende de co-fatores ambientais (físicos, químicos e biológicos) e do hospedeiro (genéticos, hábitos). HPV: Análise Filogenética *baseada na identidade da seqüência nucleotídica do gene L1 E5 E2 E4 L2 HPV-16 genoma 7906 bp, ds DNA E1 1628 nt L1 E7 E6 L1: Inter-type phylogeny (types) MY09/11: Inter-type phylogeny(types) LCR: Intra-type phylogeny (variants) LCR Filogenia dos Papilomavírus • 96 Papilomavírus humanos e 22 de outros animais (bovinos, cavalos, coelhos, aves....). • Filogenia baseada em outros segmentos genoma – mesma topologia. • Árvores revelaram 3 níveis taxonômicos: gênero, espécies, tipos. Gêneros Gênero Alfa-papilomavirus - genitais 60% identi L1 Filogenia/biologia 13 2 8 1 10 12 6 7 9 15 5 14 1 1 3 2 Espécies 60-70% identi L1 Filogenia/Biologia Patologia 4 5 4 4 1 Deltapapilomavirus 1 2 BetaPapilomavirus cutâneos 3 1 2 Zeta-papilomavirus 4 2 Tipos Mu-papilomavirus Lambda-papilomavirus Iota-papilomavirus Gammapapilomavirus 5 1 71-89% identi L1 3 Pipapilomavirus Omikron-papilomavirus Xi-papilomavirus Taxonomia dos Papilomavírus *baseada na identidade da seqüência nucleotídica do gene L1 Tipo: identidade < 90% Sub-tipo: 90 a 98% de identidade Variante: identidade > 98% LCR- até 5% HPV-16 e -18 são carcinogênicos em humanos (grupo 1: IARC Working Group, vol 64, 1995) HPV-16 é o tipo mais prevalente no mundo todo, seguido por HPV-18 (Bosch et al., 1995; Walboomers et al., 1999) HPV-31, -33, -35, -39, -45, -51, -52, -56, -58, -59, -66 são carcinogênicos em humanos (grupo 1: IARC Working Group, vol 90, 2007) Classificação dos HPV Divisão de acordo com especificidade pelos diferentes sítios anatômicos Epidermodisplasia verruciforme > 120 TIPOS DE HPV Tipos não genitais Tipos Genitais Papilomavírus Humano (HPV) Epidermodisplasia verruciforme > 120 TIPOS DE HPV Papilomavírus Humano (HPV) Tipos não genitais > 120 TIPOS DE HPV Papilomavírus Humano (HPV) Tipos Genitais (> de 40 tipos) > 120 TIPOS DE HPV Classificação dos HPV - Tipos Genitais > 120 TIPOS DE HPV ~ 40 INFECTAM TRATO ANO-GENITAL BAIXO RISCO (HPV 6, 11, 42, 43, 44) LESÕES DE BAIXO GRAU E VERRUGAS GENITAIS ALTO RISCO (HPV 16, 18, 31, 33, 35,39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 66) LESÕES DE ALTO GRAU E CARCINOMA INVASIVO Câncer do Colo do Útero Perspectiva Global * Segundo tipo de neoplasia mais comum na população feminina (Pisani et al., 2008). * Incidência: ~ 400.000 a 500.000 novos casos/ano * Mortalidade: ~ 203.000 mortes/ano ~80% em países em desenvolvimento * As taxas mais altas de incidência de CCU: América do Sul, África e no Sul Asiático. Em 2002: N estimado de casos de câncer de colo de útero: 490.000 Fonte: modificado de IARC, 2002 Câncer do Colo do Útero Brasil - Terceiro tipo de neoplasia mais comum na população feminina (INCA). - Norte e Nordeste entre as regiões de maior incidência mundial. - Estimativas do INCA para 2010: - 18.430 novos casos. INCA-Instituto Nacional do Câncer Principal fator de risco para o desenvolvimento do carcinoma do colo do útero 99,7% dos carcinomas do colo do útero apresentam DNA de HPV Walboomers et al., 1999 Infecção anogenital por HPV de alto risco confere um risco relativo de até 100 para o desenvolvimento de câncer de colo de útero (Bosch & Muñoz, 2002). História Natural da Infecção por HPV • Maior parte das infecções por HPV não resulta no aparecimento de lesões detectáveis. • Tempo entre a infecção primária por tipos de HPV de alto risco oncogênico e o desenvolvimento de neoplasias intraepiteliais cervicais, carcinoma in situ e câncer invasivo é relativamente longo. • Neoplasias intraepiteliais cervicais têm um pico de incidência entre 25 e 30 anos de idade, enquanto que a incidência de câncer cervical está entre 45 e 55 anos. Essenciais para carcinogenêse – Infecção, persistência e progressão EXPOSIÇÃO INFECÇÃO TRANSIENTE INFECÇÃO PERSISTENTE Expressão contínua E6/E7 Instabilidade genética Desenvolvimento de aneuploidias progressão Colo normal Infecção produtiva eliminação NORMAL Lesão precursora Lesão invasiva regressão CIN 1 CIN 2 CIN 3 CÂNCER Riscos relativos de desenvolvimento de lesão de alto grau de acordo com a duração da infecção por HPV Fonte: IARC Proporção de mulheres que permanecem HPV-positivas 1,0 0,8 HPVs de alto risco 0,6 0,4 HPVs de baixo risco 0,2 0,0 0 4 8 Tempo (meses) 12 16 HPV X Doença 100 90 negativo HPV baixo risco HPV alto risco Freqüência (%) 80 70 60 50 40 30 20 10 0 Normal L-SIL H-SIL Câncer Parceiro promíscuo Hábitos sexuais Estado imune > Risco de Doença Contraceptivos Fumo Susceptibilidade genética Outras DSTs Prevalência Mundial Específica por Idade Mulheres da População em Geral PREVALENCIA DE HPV % 30 25 24.9 20 17.7 16.3 15 13.2 11.7 10 10.2 8.9 8.8 8.8 45- 50- 55- 10.2 7.5 5 0 <20 20- 25- 30- 35- 40- 60- 65+ IDADE DE SANJOSÉ ET AL. 2009 Prevalência Específica por Idade PREVALENCIA DE HPV % Mulheres por Continente e com Citologia Normal 30 25 África América - CS 20 15 Europa América - N 10 Asia 5 0 < 25 25- 35- 45- > 54 IDADE DE SANJOSÉ ET AL., 2009 PREVALÊNCIA MUNDIAL DO HPV NO CÂNCER CERVICAL % 0 10 20 30 40 50 60 HPV 16 HPV 18 HPV 45 HPV 31 HPV 33 HPV 52 HPV 58 META-ANALYSIS n= 14,465 HPV 35 Muñoz et al. 2004, Clifford et al. 2006 Frequência dos diferentes tipos de HPV em mulheres da América Latina e Região Caribenha 6.0 5.0 3.7 3.2 2.9 2.0 1.8 1.7 53.5 11.9 0 20 HPV-Type 5.5 5.2 4.3 4.1 3.9 3.7 3.5 3.5 0 5 7.2 6.5 5.4 5.1 4.5 4.0 3.7 2.8 0 40 60 HPV prevalence (%) LOW-GRADE LESIONS -16 -6 -58 -31 -52 -18 -56 -51 -33 -53 -16 -58 -18 -31 -33 -51 -6 -45 -52 -39 50-90% 39.6 13.4 10 20 30 40 HPV prevalence (%) NORMAL CYTOLOGY 10-50% 19.6 7.4 10 15 20 HPV prevalence (%) HPV-Type HPV-Type -16 -18 -31 -45 -33 -52 -58 -35 -59 -39 HPV-Type HIGH-GRADE LESIONS CERVICAL CANCER -16 -18 -61 -71 -58 -31 -53 -51 -62 -70 1.2 1.2 1.2 1.2 1.1 1.1 1.0 1.0 1.0 0 1 3.1 2 3 HPV prevalence (%) Herrero R, et al. J Infect Dis 2005 [7]; de Sanjose S, et al. Lancet Infect Dis 2007 [8]; Smith JS, et al. Int J Cancer 2007 [9]; Clifford GM, et al. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev 2005 [10]; Piña-Sanchez P, et al. Int J Gynecol Cancer 2006 [11]; Krul EJ, et al. Int J Gynecol Cancer 1999 [12]; Pinheiro NA, Villa LL. Braz J Med Biol Res 2001 [13]; Carrillo A, et al. Salud Publica Mex 2004 [14]; Hindryckx P, et al. Sex Transm Infect 2006 [15]; Sijvarger CC, et al. Rev Argent Microbiol 2006 [16]; Tabora N, et al. Am J Trop Med Hyg 2005 [17]; Abba MC, et al. RevArgent Microbiol 2003 [18]. Prevalência dos tipos de HPV em amostras de lesão cervical por região do Brasil Norte Belém - PA HPV-16 (26,7%) HPV-51 (13,3%) HPV-56/58 (10,0%) (Noronha et al. , 2006) Nordeste Recife - PE HPV-16 (55,1%) HPV-31 (15,6%) HPV-33 (10,2%) HPV-58 (8,2%) Natal - RN HPV-16 (19,6%) HPV-58 (8,7%) HPV-59 (3,3%) HPV-18 (1,1%) (Lorenzato et al., 2000) (Fernandes et al ., 2008) Sul Porto Alegre - RS HPV-16 (53,8%) HPV-18 (8,6%) HPV-31/33 (3,2%) (Bosch et al. ,1995) Sudeste Rio de Janeiro - RJ São Paulo - SP HPV-16 (35,5%) HPV-16 (52,2%) HPV-18 (11,2%) HPV-18 (8,7%) HPV-35 (4,6%) HPV-31/45 (4,3%) HPV-58 (3,9%) (Pereira et al., 2007) Centro-Oeste Goiânia - GO Distrito Federal HPV-16 (55,4%) HPV-16 (49,2%) HPV-33 (8,1%) HPV-58 (13,43%) HPV-18 (4,0%) HPV-31 (11,9%) HPV-31 (2,7%) HPV-53 (6,0%) (Rabelo-Santos et al., 2003) (Camara et al., 2003) (Eluf-Neto et al ., 1994) Fonte: IARC HPV x Câncer de Pênis • Comportamento sexual do parceiro influencia a taxa de câncer cervical. • HIM (HPV in men) – 65,2% HPV positivos - 12% AR, 20% BR, 15% não classificados • Mais comuns HPV-16, -51, -59, -84. • s/ associação com idade. • Circuncisão associada a menor risco de infecção. Prevalência de HPV em tumores de cabeça e pescoço Kreimer et al., 2005 História natural não completamente elucidada. < prevalência genital - < exposição/ resistência Conclusões: HPV e etiologia Todos os tumores de colo do útero estão relacionados a infecção por HPV • + de 70% dos casos associados a HPV 16 e 18. • 80% a HPV 16, 18, 45, 31 e 33. • 87% dos adenocarcinomas associados a HPV 16, 18 e 45. • HPV 16 e 18 também estão associados a tumores de vulva (40%), vagina (80%), penis (40%), anus (80%), cavidade oral (25%) e orofaringe (35%). • HPV 6 e 11 estão associados ao desenvolvimento de mais de 90% das verrugas genitais. Vacinas contra HPV Eficácia Segurança Imunogenicidade • Em infecções naturais anticorpos contra L1 são predominantemente tipo-específicos. • Sequência de aa de L1 de HPV filogenéticamente relacionados são bastante semelhantes. • Qd compara seq aa destes tipos próximos observam-se regiões variáveis no meio de regiões muito conservadas. • As regiões variáveis são utilizadas para a caracterização dos tipos de HPV e são os sítios dos epitopos neutralizantes. Vacinas Profiláticas - VLP de L1 ou L1/L2 dos tipos mais prevalentes. Vacinas Profiláticas -VLP de L1 ou L1/L2 dos tipos mais prevalentes. Visam a produção de altos títulos de ac neutralizantes a fim de prevenir a infecção inicial por HPV. Anticorpos Neutralizantes contra HPV Anticorpos que apresentam a capacidade de neutralizar partículas virais ANTES que as mesmas penetrem nas células do hospedeiro. Kawana et al. (2002) relataram que a incidência da presença de anticorpos neutralizantes em mulheres sem lesão cervical é significativamente maior do que naquelas portadores de lesão. A regressão de lesões precursoras de baixo grau foi associada à presença de anticorpos neutralizantes. Vacinas Profiláticas Comerciais Desenvolvimento da Vacina Quadrivalente (GARDASIL) HPV type 6 HPV type 11 HPV type 16 HPV type 18 Nova geração de vacinas – inclusão de VLP de outros tipos virais Disease burden of HPVs 6, 11, 16, 18 Attributable fraction – – – – – – Cervical cancer CIN-2/3 CIN-1 / ASCUS Anal Cancer Ca.Vulva / Vagina / Penis Ca. oropharynx 70 % 50 % 30 % ~70 % ~40 % ~3-12 % – CIN-1 / ASCUS 10 % – Genital warts / condylomas 90 % – Recurrent Respiratory Papillomatosis (RRP) 90 % Clifford, BJ Ca 2003; Munoz Int J Cancer 2004; Brown J Clin Micro 1993; Carter Cancer Res 2001; Clifford Cancer Epi Biomarkers Prev 2005; Gissman Proc Natl Acad Science 1983; Kreimer Cancer Epidemiol Biomarkers Prev 2005 Resultados • A vacina é bem tolerada - poucos efeitos colaterais . • Altos títulos de anticorpos contra HPV. • Os anticorpos dominantes são neutralizantes, reconhecem epítopos conformacionais em L1 e são tipo específico. • Pode existir reação cruzada para tipos de HPV relacionados. Koutsky et al., 2002 Harper et al., 2004 Villa et al., 2005 Mao et al., 2006 VLP 16 16,18 6,11,16,18 16 Financiado Merck GSK Merck Merck País EUA EUA, Canadá,Brasil EUA, Brasil, União Européia EUA Idade 16-23 15-25 16-23 16-23 Número 1533 721 468 1505 Vacinação 0,2,6 0,1,6 0,2,6 0,2,6 Seguimento anos 1,5 1,5 2,5 3,5 Inf. Persistente 100 % 100 % 90 % 94 % CIN2/3 100 % 100 % 100 % 100 % Níveis de Anti-HPV ao término da vacinação (7o mês) Título 1000 20/40/40/20 mg 40/40/40/40 mg 80/80/40/80 mg 100 10 Níveis após Infecção natural Placebo HPV 6 HPV 11 HPV 16 HPV 18 Villa et al. 2005 Duração da Resposta- Imunogenicidade Anti-HPV 16 em 36 meses 10000 Per-Protocol Subjects (Phase III formulation) Baseline Seropositive & PCR Negative Subjects (Placebo Group) 1000 Título 100 10 0 2 3 6 7 12 18 Tempo (Meses) 24 30 36 Eficácia Profilática: 100% Eficaz contra lesões precursoras do Câncer Cervical associadas aos HPV-16 e -18 Quadrivalent Vaccine Cases Placebo Cases (n=8487) (n=8460) CIN 2/3 0 CIN 3 0 End Point: HPV 16/18Related Efficacy 95% CI 53 100% 93–100 32 100% 88–100 Eficácia Profilática: 100% Eficaz contra lesões precursoras do Câncer de Vulva e Vagina associadas aos HPV-16 e -18 End Point: HPV 16/18Related VIN 2/3 or VaIN 2/3 Quadrivalent Vaccine Cases Placebo Cases (n=7769) (n=7741) 0 10 Efficacy 95% CI 100% 56–100 Eficácia Profilática: contra lesões associadas aos HPV-6/11/16/18 End Point: HPV 6/11/16/18Related Quadrivalen t Vaccine Cases (n=7897) Placebo Cases (n=7899) Genital warts 1 91 Vaccine Efficacy 95% CI 99% 94–100 Conclusões • Administração da vacina quadrivalente de VLP de L1 de HPV (Tipos-6, -11, -16, -18) : – reduz incidência de infecções persistentes em 96%. – previne desenvolvimento de doença associada ao HPV, incluindo CIN2/3 e verrugas genitais. • Eficácia é mantida por 7 anos de seguimento pósvacinação. Conclusões Em homens observou-se: • Aproximadamente 85% de proteção contra infecção persistente causadas por HPV6/11/16/18. • Aproximadamente 90% redução no aparecimento verrugas genitais causadas por HPV-6/11/16/18. As recomendações de implementação de vacinas profiláticas contra HPV podem variar em diferentes países, mas há consenso em: • Vacinar ANTES do início da atividade sexual (meninas, meninos e adolescentes entre 9 e 14 anos) • Há benefício em vacinar jovens e mulheres adultas, e homens • Rastreamento câncer cervical não deve ser abandonado. • Aprovada em mais de 110 países para aplicação em mulheres de 9 a 26 anos, em alguns países para homens de 9 a 26 anos e mulheres acima de 26 anos, recomendada para administração em adolescentes de 9 a 14 anos em diversos países do Mundo. No Brasil, a vacina quadrivalente de HPV foi aprovada em 2006 e a bivalente em 2009. No entanto, ainda não há recomendações sobre seu uso no sistema público de Saúde. A implementação destas vacinas esbarra em diversas questões incluindo questões culturais, de introdução no sistema nacional de imunização e de custo.