O SR

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A Sra. FLÁVIA MORAIS (PDT-GO) pronuncia o
seguinte
discurso:
Senhor
Presidente,
Senhoras
e
Senhores Deputados, hoje, 8 de abril, é o Dia Mundial de
Combate ao Câncer. Considerando o perfil epidemiológico,
que vem crescendo em todo o mundo e também no Brasil,
torna-se imprescindível concentrar esforços visando à
prevenção, ao maior conhecimento dos fatores de risco e à
pesquisa para cura nos diversos estágios dessa doença.
A data serve, pois, à conscientização e educação a
respeito do câncer, assim como ao encarecimento junto às
autoridades no sentido da adoção de medidas efetivas de
controle desse mal. Trata-se, na verdade, de um problema
de responsabilidade amplamente compartilhada, uma vez
que o câncer não conhece fronteiras e vem atingindo um
número cada vez maior de pessoas em todo o mundo.
De fato, a cada ano, cerca de 8 milhões de pessoas
morrem de câncer ao redor do mundo. Sabe-se, porém,
que pelo menos um terço dessas mortes poderia ter sido
evitado por prevenção, detecção precoce e acesso aos
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tratamentos existentes. Considerando a projeção do
aumento do número de casos em pelo menos o dobro, no
período de 20 a 40 anos, o combate à doença torna-se
prioridade na agenda internacional.
No Brasil, os últimos números apontam para mais de
meio milhão de novos casos em 2013, sendo que, em
2010, foram registradas aqui exatamente 176.098 mortes
por neoplasias malignas.
Diante de tais números, o tema vem ganhando
espaço nas agendas técnica e política, sobretudo para que
se invista no conhecimento cada vez mais amplo a seu
respeito. A regularidade e amplitude da oferta de
informações
atualizadas,
sob
a
ótica
da
vigilância
epidemiológica, são essenciais para a descrição e
exploração do cenário da incidência de câncer no País.
São fatores fundamentais na formulação das políticas de
prevenção e controle, que certamente diminuirão o número
de casos, além de contribuir de modo definitivo para
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eliminar o terrível estigma da doença – que prejudica
sobremaneira o estado psicológico do paciente.
Há um enfoque especial no combate ao câncer de
pele, de mama, de colo de útero e de próstata, entre
outros, que são os mais frequentes. Nesses casos, já se
avançou significativamente no que se refere aos métodos
de diagnóstico precoce e tratamento. Isso porque o
rastreamento dos fatores de risco para neoplasias já se
está incorporando na rotina dos serviços de saúde no
Brasil.
O
advento
da
Lei
12.372/2012,
a
propósito,
estabelecendo o prazo máximo de 60 dias após o
diagnóstico da doença para o início do tratamento no
Sistema Único de Saúde, constituiu um grande avanço em
nosso País. É mais do que sabido que, quanto mais tardios
o diagnóstico e o tratamento, menores são as chances de
cura, e o tempo e a qualidade de sobrevida dos pacientes.
Por outro lado, espera-se a disseminação de planos de
atenção oncológica em regiões menos assistidas, bem
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como
a
facilitação
de
acesso
aos
medicamentos
específicos e contra a dor.
Senhor Presidente, aproveitamos, pois, o transcurso
deste 8 de abril para encarecer a expansão e o
aperfeiçoamento do sistema de informações sobre o câncer
no Brasil, em suas diversas manifestações, como passo
fundamental para o avanço mais significativo no combate a
tão importante causa de morbidade e mortalidade entre
nós. Com base nisso, certamente produziremos ações de
prevenção primária e detecção precoce, capazes de reduzir
o número de óbitos, de melhorar o prognóstico e a
qualidade de vida dos pacientes oncológicos brasileiros.
Essas as colocações que desejávamos fazer, em
sintonia com o Dia Nacional de Combate ao Câncer.
Assumimos o pleno convencimento de que as campanhas
educativas, visando à melhoria de hábitos de vida e à
possível
erradicação
dos
fatores
de
risco,
o
aperfeiçoamento do sistema de vigilância, pesquisa e
controle da doença, somados à democratização do acesso
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ao diagnóstico precoce e aos métodos terapêuticos serão
definitivos na redução de casos de câncer no Brasil. Com a
maior disponibilização de recursos para a saúde, em
especial
para
a
oncologia,
certamente
capacitados a tanto.
Muito obrigada, Senhor Presidente.
2014_3317
estaremos
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