Pirenópolis – Goiás – Brasil 20 a 22 de outubro de 2015 O USO DE

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O USO DE FILMES EM SALA DE AULA: uma metodologia da aprendizagem significativa no
Ensino Superior
Gilmagda Silva de Paula1, Andréa Kochhann2, Ândrea Carla Machado de Moraes3
1
Acadêmica de Pedagogia do 2º ano da UEG do Câmpus São Luís de Montes Belos. Bolsista de Extensão.
[email protected]
2
Pedagoga. Mestre em Educação. Orientadora do Projeto de Extensão. Dedicação Exclusiva da UEG Câmpus São Luis
de Montes Belos e Jussara. [email protected]
3
Mestranda pelo MIELT – Mestrado Interdisciplinar em Educação, Linguagem e Tecnologia. Pedagoga. Bolsista FAPEG
(2014-2016). Colaboradora do Projeto de Pesquisa. [email protected]
INTRODUÇÃO
O presente trabalho compõe um projeto de pesquisa maior intitulado “ESTILOS DE
APRENDIZAGEM E APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA: uma experiência no Ensino Superior”,
vinculado ao GEFOPI – Grupo de Estudos em Formação de Professores e Interdisciplinaridade,
registrado pelo Câmpus São Luís de Montes Belos.
Para discutir aprendizagem significativa no ensino superior é preciso discutir as questões
conceituais da teoria supracitada. Aprender de maneira significativa passa pelo entendimento de que
o aluno quer aprender e tem condições cognitivas para isso. O professor deve ser o mediador do
processo de ensinagem. A teoria da aprendizagem significativa foi criada por David Ausubel, um
psicólogo cognitivista. Inquieto com a forma como foi ensinado, desenvolveu uma teoria visando a
aprendizagem dos alunos com mais significância. Assim, discute a postura como o professor deve
trabalhar em sala de aula. O professor para iniciar suas atividades deve conhecer os subsunçores dos
alunos ou seus conhecimentos prévios e dar sentido a tudo o que forem discutir. Depois apresentar
com palavras ou pequenas frases os novos conceitos a serem apreendidos. Ausubel (1982) apresenta
que o uso de mapas conceituais favorece a aprendizagem significativa e pode servir inclusive de
avaliação. O professor não deve esquecer de que cada aula precisa ter uma aula introdutória.
Com metodologias variadas o professor deve partir do conhecimento geral para o específico,
valendo-se de uma linguagem clara e um relacionamento de respeito e produtividade. É importante
destacar que o discurso da aprendizagem significativa aparece nos documentos legais brasileiros,
como os PCNs. As metodologias devem acompanhar os estilos de aprendizagem ou as modalidades
de aprendizagem. Para que a aprendizagem seja significativa é eminente levar em conta os estilos
diferentes de aprendizagem, que são as variadas formas que uma pessoa aprende. Na concepção de
Barros é possível apresentar quatro estilos de aprendizagem, que podem ser equilibrados ou não.
Sendo eles: ativo, reflexivo, teórico e pragmático.
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O estilo de aprendizagem ativo é aquele que coloca valor nas experiências, o aluno se
entusiasma com novas atividades, sendo ágil para executá-las. Já o estilo de aprendizagem reflexivo é
aquele que leva o aluno a atualizar dados de maneira rápida, é muito reflexivo de suas atividades e
analisa-as com intensidade. E o estilo de aprendizagem teórico se embasa no debruçar da teoria. E
por fim, o estilo de aprendizagem pragmático é primeiramente teoriza para depois experienciar.
Na concepção de Santos (2009), um neoausubeliano, as modalidades de aprendizagem
influenciam na compreensão dos conteúdos a serem apreendidos. Para o autor as modalidades são:
cinestésica, auditiva e visual. A modalidade cinestésica é apresentada pelo autor como sendo aquela
em que o aluno precisa estar ativo no processo, como por exemplo, com dramatizações ou
declamações de poesias. Na modalidade auditiva o aluno consegue compreender os conceitos ao
ouvir palestras, música e leitura em voz alta. Enquanto que na modalidade visual o aluno apreende
conceitos com mais significado se realizar anotações com destaques de textos, com uso de canetas
coloridas ou imagens e, principalmente, com o uso de filmes em sala de aula.
As obras cinematográficas trazem valores inseridos de forma velada que muitas vezes não são
percebidos. Valores capitalistas, desejo de riqueza e ascensão social. A própria linguagem
cinematográfica pode ser questionada. Ela se apresenta muitas vezes exagerada e artificializada.
Muitas vezes falamos de bons filmes, que podem ser usados em sala de aula, mas a própria
linguagem cinematográfica, deve ser analisada. Os bons filmes também usam este modelo.
Os filmes veiculam valores claramente perceptíveis como violência, justiça com as próprias
mãos, sensualidade, imoralidade e vingança. Muitas vezes preconceitos, como por exemplo o
preconceito contra homossexuais, racial, de classe ou religioso. Além de texto e contexto pedagógico
que o filme apresenta, o olhar crítico do professor e do aluno, deve estar atento as mazelas sociais,
econômicas, políticas, morais e religiosas, que podem estar implícitos ou explícitos no filme. Os
filmes contêm sempre valores muito questionados, mas são aceitos em função das emoções, do
entretenimento e também por não colocar esses valores questionados de forma clara.
Outrora diziam que o uso de filmes na sala de aula era somente para embromar tempo. Mas,
felizmente podemos afirmar que não é isso. Utilizando o filme como método de ensino, o mesmo
poderá proporcionar ao professor uma aproximação otimizada com seus alunos. O filme contendo a
linguagem cinematográfica pode até se tornar complexa. Contudo, misturando emoção, desafio,
suspense, mistério, movimento, indignação, ação, música, luz, enredo, envolvimento técnico,
superação, lição de vida e entre outros quesitos; pode se chegar ao ponto almejado - a aprendizagem.
O filme pode ter um conteúdo que desperta nos jovens a curiosidade. Sendo assim, os filmes
se tornam um aproveitamento significativo no processo educativo de cada um. Pois, ao aprender
assistir o filme com um olhar crítico, o aluno compreende a metodologia e, passa a ver, ouvir e
relacionar as cenas do filme com a sua realidade. Com o uso de filmes nas salas de aulas se pode
inferir que há uma melhora expressiva no desenvolvimento e na compreensão do aprendizado dos
alunos, reafirmando o conhecimento já existente e afirmando novos conhecimentos.Para usá-lo
adequadamente os filmes em salas de aula é necessário um planejamento. Por exemplo, o professor
assistir o filme com antecedência, marcar as partes mais eminentes, os elementos ou as cenas que
exemplifiquem e vivenciam o conteúdo pedagógico proposto e entre outros. Incentivar os alunos a
olharem a ficha técnica, a trilha sonora, atores, atrizes, diretor, ano de lançamento, entre outros
requisitos é de suma importância para compreender melhor o que o filme transmite.
É interessante que o docente explique para os educandos que o filme não é passa tempo.
Sendo bem planejado o mesmo se torna uma ferramenta importante no processo educativo e na
perspectiva de mundo, bem como uma possibilidade avaliativa. Entretanto, o uso de filmes na
educação não apresenta apenas aspectos positivos. Existem também questões negativas, que devem
ser consideradas quando se planeja utilizar um filme em aula. O professor deve compreender que
trabalhar com filmes tem sim aspectos positivos, mas também negativos. É importante que fique
claro ao docente que o trabalho com filmes é complexo, contraditório e também problemático. Ele
exige do professor grande capacidade de interpretação, de reflexão e de interação com os alunos.
Esta conduta vai ajudar inclusive no desenvolvimento do raciocínio, da postura crítica e da
autonomia de pensamento, tão valorizados pela educação. Deve ser destacado que cabe ao professor
promover a reflexão, pois o filme em si não a estimula. Na sua grande maioria, o espectador dessas
obras é passivo. Na verdade os filmes induzem a reflexão de forma muito limitada, atingindo
somente àqueles elementos que já apresentam gosto e preparo para isso, como os professores, por
exemplo. Eis o papel do professor com o uso de filmes em sala de aula – possibilitar o debate, a
crítica e a construção da autonomia do pensamento.
OBJETIVOS
Apresentar as contribuições da teoria da aprendizagem significativa e dos estilos de
aprendizagem para o ensino superior. Assim, temos como objetivos específicos discursar sobre os
estilos de aprendizagem de Barros, discursar sobre a aprendizagem significativa de Ausubel,
apresentar as contribuições do uso de filmes em sala de aula para o processo de ensinagem.
METODOLOGIA
Pesquisa qualitativa bibliográfica, com análise de um projeto de extensão do GEFOPI –
Grupo de Estudos em Formação de professores e interdisciplinaridade e, aplicação de questionário.
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
Muitas pessoas pensam que o uso de filmes na sala de aula tem a finalidade de embromação
de tempo. Mas, felizmente pode-se afirmar que não é isso. Utilizando o filme como metodologia de
ensino, poderá proporcionar ao professor uma aproximação otimizada com seus alunos. Com esse
viés o uso de filmes em sala de aula pressupõe uma formação multidisciplinar e interdisciplinar. Os
currículos educacionais se apresentam abertos e flexíveis a metodologias variadas que visem uma
aprendizagem mais significativa. O filme pode ser encarado de várias formas: entretenimento,
educação e passatempo. Segundo Moran (1995), para muitos alunos filme é sinônimo de diversão, e
não chega nem perto de se considerar uma aula. Porém a utilização do filme como recurso didático
deve facilitar a aprendizagem, fazendo com que o aluno encontre uma nova maneira de pensar e
entender e história exposta. Uma opção interessante e motivadora, que não seja meramente
ilustrativa, e nem substitua o professor, mas, que seja um momento crítico e reflexivo de
aprofundamento para compreensão de novas ideologias.
O filme bem escolhido pode ser um conteúdo que desperte nos jovens a curiosidade. Sendo
assim, se tornam um aproveitamento significativo no processo educativo de cada um. Pois, ao
aprender assistir o filme com um olhar crítico, o aluno compreende a metodologia e, passa a ver,
ouvir e relacionar as cenas do filme com a sua realidade. Pode-se inferir que há uma melhora
expressiva no desenvolvimento e na compreensão do aprendizado dos alunos.
Não basta apenas passar o filme e não saber ler o conjunto de cenas. E é aqui que surge mais
uma vez a condição do professor de interpretar com seus alunos o enredo, voltar à cena e rever se
necessário para discussão, mostrar os dados técnicos do filme, sua origem, onde foi gravado, quem
são seus atores, etc. Revelar aos alunos espectadores o que não podemos ver apenas nos filmes,
extrapolar o simples assistir, mas refletir e discutir diversos aspectos da obra.
O filme não deve ser trabalhado de forma casual, como se os alunos estivessem em casa
assistindo. Este recurso precisa de atenção e tratamento especial, pois pode ser uma ferramenta
maravilhosa dentro do contexto escolar e da realidade sociocultural que nos encontramos hoje. Os
alunos devem ter a consciência de que é uma aula e o quanto é necessária à participação de todos;
tanto no ver o filme, como na participação após o filme. Sobre isso Cipolini (2008, p. 19) diz que “O
filme pode ser utilizado como instrumental didático ilustrando conteúdos, principalmente referentes a
fatos históricos; como motivador, na introdução de temas psicológicos, filosóficos e políticos,
estimulando o debate; ou como um objeto de conhecimento, na medida em que é uma forma de
reconstrução da realidade.”.
Caso o filme seja para introduzir um conteúdo o professor deve orientar com mais detalhes o
que os alunos devem perceber nas cenas do filme. Se for como finalização de conteúdo o professor
poderá deixar livre para que verificar se os alunos conseguiram fazer a relação da teoria trabalhada
com as cenas ou a temática do filme. A proposta para depois do filme pode ser variada, dependendo
da turma, do conteúdo e do objetivo com o referido trabalho.
A escolha do filme deve se adequar ao projeto e aos objetivos do professor, sempre em
consonância com o projeto político-pedagógico da escola ou instituição de ensino na qual ele
trabalha. Dessa forma, obrigatório é o planejamento e a reflexão teórico-metodológica sobre o uso de
determinada obra. Nessa perspectiva, qualquer filme pode ser bom e qualquer filme pode ser ruim.
Através do filme, por exemplo, podemos destacar os erros, as incoerências e trabalhar sobre eles.
Desse ponto de vista, se o objetivo é discutir as versões e até o papel da mídia, os piores filmes
podem ser os melhores. Além disso, a análise das condições de produção de uma obra
cinematográfica explora a dimensão da instrumentalização para a leitura de mundo pretendida.
Para usá-lo adequadamente os filmes em salas de aula é necessário um minucioso
planejamento. O professor precisa assistir ao filme com antecedência, deve apresentar a resenha
indicativa do mesmo e eleger alguns elementos norteadores da observação dos alunos enquanto
assistem ao filme. Dependendo do objetivo do filme é a forma como o professor deve conduzir suas
orientações. Sobre isso Viana (2010, p.12) apresenta que
Os filmes devem ser escolhidos pela articulação dos conteúdos e conceitos (a serem)
trabalhados (ou já trabalhados) tendo-se em mente o conjunto de objetivos e metas a
serem atingidas na disciplina. Por isso, certamente não serão encontrados filmes
próprios para todos os conteúdos, tendo de haver conexão do conteúdo do filme a ser
trabalhado com a disciplina lecionada.
Entretanto, o uso de filmes na educação não apresenta apenas aspectos positivos. Existem
também questões negativas, que devem ser consideradas quando se planeja utilizar um filme em aula.
As obras cinematográficas trazem valores inseridos de forma velada que muitas vezes não são
percebidos. Valores capitalistas, desejos de riqueza e ascensão social. Para tal o professor precisa
assistir o filme antecipadamente para planejar o roteiro de observações, discussões e atividades.
Os filmes também veiculam outros valores mais claramente perceptíveis como violência,
justiça com as próprias mãos, sensualidade, imoralidade e vingança. Muitas vezes preconceitos são
passados sem que se perceba, como por exemplo, o preconceito contra homossexuais, racial, de
classe ou religioso. Além de texto e contexto pedagógico que o filme apresenta o olhar crítico do
professor e do aluno, devem estar atentas as mazelas sociais, econômicas, políticas, morais e
religiosas, que podem estar implícitos ou explícitos no filme.
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Alguns conteúdos e disciplinas são fortemente caracterizados enquanto decorativas ou
memorísticas. Mas, o modelo educacional atual não mais se alicerça no princípio cartesiano de
ensino. Agora a tendência é o modelo sistêmico e da complexidade, como assevera Moran (2003).
Nessa perspectiva de compreensão e não mera reprodução, as metodologias utilizadas pelos
professores, devem instrumentalizar cada um de nossos alunos que realizarem a leitura de mundo e,
dessa forma, localizar-se e orientar-se no tempo presente. Além disso, por meio das imagens é
possível a apropriação e compreensão de conceitos que, para os alunos mais novos, se torna muito
difícil, especialmente por causa do desenvolvimento cognitivo. Nessa perspectiva novamente
apontamos que o uso de filmes em sala de aula, independente da idade, pode favorecer a
aprendizagem. O professor que deseja ir além e fazer de suas aulas um meio de buscar seu aluno e
nele fazer a diferença pode usar o cinema como estratégia didática.
O professor holístico ou sistêmico que utiliza o cinema pode fazer um diferencial muito
grande na vida de seu aluno, pois possibilitará a passagem do espectador passivo para o crítico. É
imprescindível que a utilização dos filmes em sala de aula faça parte de um planejamento por parte
do professor. E um trabalho planejado, com desenvolvimento de um roteiro para análise de filmes,
talvez seja uma das formas de romper o paradigma cartesiano.
A facilidade de ver o filme não significa que há uma compreensão garantida. Às vezes é
preciso vê-lo duas ou três vezes para perceber fatos e acontecimentos que na primeira vez não foi
possível ver. Nem sempre o que parece estar claro é tão óbvio assim. Existem vários tipos de filmes:
drama, comédia, ação, aventura, documentário, etc. Os do tipo série ou trilogia, por exemplo, é
necessário assistir todos para ter uma boa compreensão da história. Todas essas questões fazem parte
do planejamento do professor. A educação deve ter como papel principal o desenvolvimento do
indivíduo em sua totalidade. Para tanto, ela precisa modificar-se constantemente, observando as
mudanças ao redor, essencialmente o desenvolvimento tecnológico e a influência que a mídia exerce
o dia a dia do mundo globalizado. O desafio dos educadores é estimular, no ambiente escolar, o
envolvimento da mídia nos objetivos educacionais para desenvolver valores e atitudes que
contribuam para a construção da reflexão e do conhecimento.
Vale ressaltar a importância do docente desmitificar e explicar para os educandos que o filme
não é passa tempo. Sendo bem planejado o mesmo se torna uma ferramenta extremamente importante
no processo educativo e na perspectiva de mundo, bem como uma possibilidade avaliativa. Teixeira
(2006, p. 08) apresenta que “Ver filmes discuti-los, interpretá-los é uma via para ultrapassar as nossas
arraigadas posturas etnocêntricas e avaliações preconceituosas, construindo um conhecimento
descentrado e escapando às posturas ‘naturalizantes’ do senso comum.”. Tratar questões históricas
como diversidade cultural, organizações econômicas, povos, mentalidades de uma determinada
sociedade, gênero e tantas outras com ajuda de filmes proporcionará aos alunos melhor compreensão
dos conceitos e possibilitará construírem suas percepções como sujeitos históricos.
Como a pesquisa tinha como delimitação análise dos questionários aplicados durante as
atividades desenvolvidas pelo GEFOPI – Grupo de Estudos em Formação de Professores e
Interdisciplinaridade, no projeto de extensão “CINEMA E EDUCAÇÃO: uma experiência crítica em
sala de aula”, apresentar-se-á os resultados a seguir. Como forma de avaliar o uso de filmes como
metodologia para uma aprendizagem significativa e que possibilite a construção da autonomia no
Ensino Superior, aplicamos os questionários com os acadêmicos dos cursos Superiores para fins
pedagógicos, com algumas perguntas. Os encontros realizados pelo GEFOPI, totalizam quatro, sendo
dois no curso de graduação em Pedagogia e dois em curso de Pós-Graduação, aqui relatadas.
O primeiro encontro foi realizado dia 19 de março de 2015 na turma do 1º ano de Pedagogia,
da Universidade Estadual de Goiás, Câmpus São Luís de Montes Belos. Foi aplicado o filme “O
espelho tem duas faces” e logo após uma roda de conversa com os educandos. No término das
atividades, foi aplicado um questionário com as seguintes questões e respectivas análises.
Questionou-se como entendia que deveria ser a postura didático-metodológico do professor
preocupado com a aprendizagem de seus alunos. De acordo com os alunos respondentes o professor
deve ter o domínio teórico do conteúdo e trabalhar de forma holística, isto é, abordar novos métodos,
técnicas e estratégias, sendo assim proporcionarão aos educandos a capacidade de produzirem e á
construírem sua própria autonomia. Também se evidenciou que é necessário o educador estar sempre
em formação para proporcionar novas janelas do conhecimento para seus alunos. Outro
questionamento é como utilizaria um filme em sala de aula para trabalhar um conteúdo. Segundo os
alunos respondentes trabalhariam com os filmes que se engajam ao conteúdo na qual estariam
trabalhando. Fariam dinâmicas e rodas de conversa para visarem à troca de conhecimento. Destaca-se
a resposta de uma aluna, ao dizer nunca pensou na possibilidade que o filme proporciona; pois “além
de ser uma simples dinamização de aula, o que eu via era apenas a subjetividade do filme; hoje vejo
que um filme tem muita utilidade como um conteúdo”. Questionou-se também se acredita que o uso
do filme “O espelho tem duas faces” facilitou a compreensão dos paradigmas, a aprendizagem
significativa e a postura didático-metodológico do professor do ensino superior e solicitou-se que
justifique a resposta. Todos os respondentes disseram que sim, ou seja, 100%. Segundo eles o filme
proporciona um espaço amplo de imaginação e também notaram a importância de sempre estar em
busca de novos conhecimentos, porque isto às vezes se torna necessidade, para a melhor interação
com a sociedade atual. Outro questionamento é se percebeu que houve planejamento por parte dos
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professores e do GEFOPI e de que maneira. Da mesma forma, 100% disseram que sim. Alegando
que foi bastante perceptível e explícito o planejamento, pois ambos abordaram e direcionaram o
assunto com tranquilidade, sintonia, organização e segurança.
O segundo trabalho foi realizado foi no dia 21 de março de 2015, na turma do 4º ano de
Pedagogia da Universidade Estadual de Goiás, Câmpus São Luís de Montes Belos. Foi aplicado o
filme “A escola da vida”, e logo após uma socialização em forma de roda de conversa com os
educandos. E para a coleta de dados, no término das atividades, foi aplicado um questionário. Uma
das perguntas era como se entende que deve ser a postura didático-metodológica do professor de
história preocupado com a aprendizagem de seus alunos. De acordo com os alunos respondentes as
posturas do professor preocupado com a formação do conhecimento de seus alunos devem ter
posicionamento holístico e reflexivo, para almejar o conhecimento. Outra questão foi como você
utilizaria um filme em sala de aula para trabalhar um conteúdo. Afirmaram que utilizariam na
introdução ou na concretização do conteúdo, relacionando-o filme com a metodologia e instigando os
seus alunos à pensarem sobre o assunto direcionado. Questionou-se se o uso do filme “A escola da
vida” facilitou a compreensão dos paradigmas, a aprendizagem significativa e postura didática do
docente de história e que justifique a resposta.
100% disseram que sim. Para eles o filme
proporcionou a reflexão sobre a quebra dos paradigmas; do paradigma cartesiano para o holístico.
Por fim, foi questionado se perceberam que houve planejamento por parte do professor e do GEFOPI
e de maneira. Também 100% disseram que houve planejamento, pois sucedeu sintonia, organização,
postura acadêmica e domínio do conteúdo.
O terceiro trabalho foi realizado no dia 15 de abril de 2015 na Faculdade Montes Belos
(FMB); na Pós de Urgência e Emergência . Foi aplicado o filme “O óleo de Lorenzo”, e logo após
uma roda de conversa com os pós-graduandos. Ao término, foi aplicado um questionário. Um
questionamento foi como você entende que deve ser a postura didático-metodológica do professor de
história preocupado com a aprendizagem de seus alunos. Foi geral a resposta quanto ser necessário o
educador buscar novos meios de ensino para a melhor compreensão do conhecimento. Outro
questionamento foi como entendem que deve ser a postura didático-metodológica do professor ou um
palestrante preocupado com a aprendizagem de seus alunos ou compreensão de seus ouvintes.
Responderam que deve ser de maneira holística, visando sempre à aprendizagem do jovem,
utilizando recursos inovadores para aguçar no educando a curiosidade e o gosto em aprender e ter o
potencial de construir sua própria autonomia. Questionou-se também se acredita que o uso do filme
“O óleo de Lorenzo” facilitou a compreensão e reflexão da teoria sobre pesquisa e os tipos de
conhecimento. Foi unânime a resposta positiva. Afirmaram que a pesquisa proporciona a fonte
inesgotável do conhecimento, que fará ter perspectiva melhor acerca dos fatos. Por fim questionou-se
se houve planejamento por parte do professor e do GEFOPI e de que maneira. A resposta foi positiva
e também unânime. Afirmaram que ficou bastante clara a organização que tiveram antes de
direcionar a roda de conversa; havendo entre ambos, segurança, domínio teórico e harmonia.
O quarto trabalho foi executado no dia 25 de abril de 2015, na Faculdade Montes Belos
(FMB), na Pós de Docência Universitária. Foi aplicado o filme “O espelho tem duas faces”, e logo
após uma roda de conversa com os pós-graduandos. Em seguida aplicou-se um questionário. Uma
das perguntas foi como você entende que deve ser a postura didático-metodológica do professor
preocupado com a aprendizagem de seus alunos. A resposta coincidiu em que o professor deve
desenvolver distintos métodos, para instigar no aluno a curiosidade e a vontade em aprender.
Também é de enorme eminência o professor observar e saber distinguir as modalidades de
aprendizagem de cada aluno; sendo assim, haverá a compreensão entre ambos para almejar o
conhecimento. Outro questionamento é como utilizaria um filme em sala de aula para trabalhar um
conteúdo. Responderam que assimilariam o filme na introdução ou na conclusão de um conteúdo,
para vislumbrar no jovem o conhecimento. Também foi questionado se acredita que o uso do filme
“O espelho tem duas faces” facilitou a compreensão dos paradigmas, a aprendizagem significativa e a
postura didático-metodológico do professor do ensino superior e que justifique. De maneira unânime
responderam que sim, pois a maneira que estamos pesquisando demonstramos ser holísticos e
estamos cumprindo o papel da postura didático-pedagógica. O educador tem o papel de proporcionar
um espaço amplo de imaginação para os alunos. Evidenciando-se a importância de sempre buscar
novos conhecimentos, para a melhor interação com a sociedade atual. Ao final questionou-se se
perceberam que houve planejamento por parte do professor e do GEFOPI e de que maneira. De
forma explícita a resposta foi positiva, afirmando que demonstraram organização.
Para além da teoria que adquirimos com os estudos sobre o uso de filmes na sala de aula
como forma de aprendizagem significativa, bem como a compreensão das metodologias da
aprendizagem significativa e do papel do pedagogo e da importância de uma formação com bases
sólidas para a construção da autonomia do pensamento, pode-se perceber que o trabalho que o
GEFOPI realiza com projetos de extensão tem sido positivo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pode concluir que o uso de filmes em sala de aula como metodologia de ensino pode ajudar
bastante no desenvolvimento do raciocínio do aluno, gerando uma nova postura crítica do
pensamento e da autonomia, que, porém são tão focalizados pela educação. Mas, deve ser
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evidenciado também que, cabe ao professor promover no aluno a reflexão e a curiosidade, pois o
filme em si não a estimula. Desta maneira evidenciou-se que o filme não é um mero entretenimento e
sim, um meio para ultrapassar as nossas arraigadas posturas e opiniões, construindo então um
conhecimento descentrado e escapando às posturas cartesianas do senso comum.
Como pode ser percebido os acadêmicos concordam que o uso de filmes tanto no Ensino
Superior quanto na Pós-Graduação quando bem planejado é uma metodologia que contribui para a
aprendizagem crítica e a autonomia do pensamento. Tudo depende do planejamento do professor e da
forma de mediação durante a execução do planejamento. Um filme pode construtor de aprendizagem
significativa. Nossa pesquisa foi apresentada como comunicação oral no IX Encontro do GEFOPI,
em São Luís de Montes Belos, no dia 26 de outubro de 2014 e uma palestra no GEFOPI sobre o uso
de filmes em sala de aula. Apresentamos uma comunicação oral e publicamos um artigo no evento IV
Semana de Integração da UEG Câmpus Inhumas, entre os dias 08 e 12 de junho, intitulado “O USO
DE FILMES EM SALA DE AULA: as mídias como metodologias de aprendizagem na Educação
Básica e no Ensino Superior”.
AGRADECIMENTOS
Á Deus por ter me dado saúde e forças para superar as dificuldades
Á Universidade Estadual de Goiás, seu corpo docente, direção e administração que me
proporcionaram vislumbrar novos conhecimentos.
Á minha querida orientadora Andréa Kochhann, que não mediu esforços para me auxiliar; e
incentivar.
Aos meus pais, pelo amor e apoio.
E á todos que direta ou indiretamente contribuíram para a construção deste trabalho.
REFERÊNCIAS
AUSUBEL, D.P. A Aprendizagem Significativa: a teoria de David Ausubel. São Paulo: Moraes,
1982.
KOCHHANN, A. e MORAES, A.C. Manual Didático-Pedagógico da aprendizagem significativa
na perspectiva de David Paul Ausubel. Anápolis: UEG, 2012.
SANTOS, J.C.F. Aprendizagem significativa: modalidade de aprendizagem e o papel do
professor. 2.ed. Porto Alegre: Mediação, 2009.
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