Estudos compulsivo. de associação genética no transtorno obsessivo- Esse artigo é uma revisão sistemática que estudou a associação genética do Transtorno Obsessivo compulsivo (TOC). O TOC e um transtorno em geral crônico e se manifesta independentemente de sexo, raça, inteligência, estado civil, nível socioeconômico, religião ou nacionalidade. Já estava bem estabelecido o caráter familial do TOC, que segue o modelo complexo de transmissão genética que envolve a influencia de diversos genes de pequeno efeito em interação com o ambiente. Nessa revisão sistemática, por meio de busca de artigos publicados ate 2012 nas bases de dados, PubMed, Embase e SciELO foram selecionados 105 artigos cujos principais resultados foram agrupados em grupos de genes relacionados a serotonina, dopamina, glutamato, GABA, substancia branca, hormônios, sistema imune e outros genes (MAO-A, BNDF, COMT). Concluiu-se que há grande variabilidade nos achados de estudos de associação entre os diversos genes candidatos estudados e o TOC. Genes relacionados às vias glutamatergicas são candidatos promissores, porem não ha associação conclusiva entre nenhum dos genes candidatos estudados e o TOC. Estudos de associação com grande tamanho amostral, avaliação de subgrupos mais homogêneos do fenótipo e metanalises ainda são necessários. Diversos estudos com genes candidatos já foram realizados e, por varias razoes, seus achados não são conclusivos. Possíveis explicações para a diversidade dos resultados e sua baixa replicabilidade são o seu pequeno tamanho amostral e baixo poder estatístico da maioria dos estudos. Além disso, muitos deles realizaram múltiplas analises sem a adequada correção estatística para seus resultados, o que aumenta a chance de resultados falsopositivos. Outra possível explicação para a diversidade dos resultados e a heterogeneidade fenotípica do TOC. Os subgrupos do TOC podem ser organizados por gênero, idade de inicio dos sintomas e comorbidade com tiques. Existe também uma tentativa de subdividir o TOC de acordo com a dimensão de sintomas, pois eles estariam relacionados com um substrato neurobiologico diferente. O colecionismo, por exemplo, tem características especificas na epidemiologia, na resposta ao tratamento, em achados de neuroimagem e achados genéticos. Quanto a comorbidade com tiques, existe evidencia de envolvimento do sistema dopaminérgico no TOC e, ainda, foram encontrados achados positivos de associação entre alguns genes relacionados a dopamina e TOC com comorbidade com transtorno de tiques. O TOC também e geneticamente ligado a síndrome de Tourette a qual foi associada a genes relacionados a dopamina, tais como o gene do receptor da dopamina D2 (DRD2), receptor da dopamina D4 (DRD4), transportador da dopamina (DAT) e monoamino oxidase A (MAO-A). Aspectos genéticos do transtorno obsessivo-compulsivo. Desde as primeiras descrições de distúrbio obsessivo-compulsivo (OCD), os fatores genéticos foram implicados na etiologia da doença. Este artigo delineia as provas colhidas até o momento, incluindo as recentes descobertas na análise genética molecular. A maior parte dos estudos de gêmeos e de famílias apoia a hipótese de que o TOC é familiar e que fatores genéticos são importantes na expressão do transtorno. Estudos de análise de segregação sugerem o possível efeito no papel de um gene principal na etiologia do TOC. Os estudos de associação utilizando técnicas moleculares têm sido realizados para tentar encontrar um gene ou polimorfismo específico envolvido no TOC. Nos últimos anos, vários estudos moleculares têm sido realizados para se tentar identificar um gene envolvido na etiologia do transtorno. Até o momento, poucos são os achados positivos, e mais avanços são necessários para um melhor entendimento da contribuição de fatores genéticos na patogênese da doença. Estudos de associação entre transtorno obsessivo- compulsivo e genes candidatos – uma revisão Este artigo objetiva revisar os principais resultados de estudos de associação entre genes candidatos e TOC através de uma revisão da literatura na base de dados Medline até agosto de 2006. Inúmeros estudos têm apresentado resultados negativos ao compararem pacientes com TOC e controles, entretanto resultados positivos têm sido observados em pacientes com TOC com características clínicas particulares (sexo, idade de início, dimensão ou gravidade dos sintomas obsessivos e compulsivos e presença de tiques). Para garantir a continuidade do avanço de estudos genéticos, é necessária a identificação de subgrupos homogêneos de pacientes com TOC. Diante desses grupos será possível delinear endofenótipos confiáveis que permitam explorar de forma mais específica a contribuição dos diferentes genes na patogênese da doença.Além disso, são necessárias reproduções de resultados positivos em amostras de pacientes provenientes de diferentes países antes de se aceitar um agente ambiental e/ou um gene candidato como fator de suscetibilidade. Genética dos transtornos afetivos Os autores revisam neste artigo o conjunto de evidências genéticoepidemiológicas que indicam a presença de fatores genéticos na vulnerabilidade para os transtornos afetivos. Um consistente conjunto de evidências indica a existência de fatores genéticos na suscetibilidade para as doenças afetivas. Os dados disponíveis no momento não identificam de modo inequívoco nenhum gene de vulnerabilidade, mas a velocidade com que surgem novas tecnologias e abordagens na área de genética molecular aponta que, provavelmente nos próximos anos, alguns dos genes relacionados à vulnerabilidade para a depressão e para o transtorno afetivo bipolar serão identificados. Muito provavelmente, essa identificação também propiciará uma revolução na prática clínica com os benefícios advindos da elucidação das vias bioquímicas relacionadas à patogênese dessas doenças afetivas. Genética etológica, psicométrica, psicossocial e epistemológica: foco nas interações infanto-juvenis. Diversos estudos estão sendo realizados na genética, biologia molecular, psicologia e medicina para a melhoria da qualidade de vida de jovens e crianças, principalmente aqueles com necessidades especiais. O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão de literatura dos principais estudos, pesquisas e conceitos da genética etológica, psicométrica, psicossocial e epistemológica voltada para as interações sociais infantojuvenis. A pesquisa foi feita nas bases de dados Scielo, Psycoinfo e Google Scholar. Foram selecionados para avaliação 48 artigos científicos , quais sejam: genética etológica (11), genética psicométrica (11), genética psicossocial (14) e genética epistemológica (12). Esta revisão proporcionou o conhecimento de estudos nacionais e internacionais sobre os temas, demonstrando que estas áreas são fundamentais para aprimoramento de técnicas educacionais e terapêuticas. O estudo e pesquisa apresentado nesta revisão é importante, tendo em vista a contribuir para precaução de diversas doenças hereditárias, genéticas, congênitas e psicológicas. Outra área de pesquisa relevante que poderá ser estudada é o desenvolvimento de estratégias de intervenção psicológica, garantindo a oferta de exames pré-sintomáticos contribuindo para a redução do sofrimento causado pelas doenças genéticas e pelo risco genético, bem como a melhoria da qualidade de vida das famílias confrontadas com esta realidade. O estudo da genética etológica permite conhecer tendências comportamentais e predisposições individuais hereditárias. De acordo com Gatz (1990) e Young et al.(2000), os comportamentos influenciados pela hereditariedade podem ser modificados. Assim, psicólogos estão aptos a fornecerem orientações para o indivíduo criar ou localizar ambientes que possam-lhes confortar emocional e/ou ambientalmente. No caso de gêmeos, uma análise do microambiente formado pela história filogenética (conjunto de características favoráveis à aquisição e aperfeiçoamento de comportamentos sociais que se mostram adequados na sobrevivência da espécie), ontogenética (desenvolvimento da adaptação durante o ciclo de vida do indivíduo) e cultural, na qual o que mais interessa é o nível ontogenético, haja vista que suas variáveis biológicas são úteis para previsão e controle de um comportamento específico. A abordagem psicométrica dedica-se à investigação objetiva dos aspectos que envolvem a inteligência, tais como QI e outras medidas psicológicas que apresentam os dados do indivíduo avaliado, para tanto utiliza de um grande conjunto de testes psicológicos, fundamentados na análise estatística dos resultados, a partir do desenvolvimento de padrões específicos para cada população, respeitando-se as variáveis envolvidas na investigação da inteligência (SILVA, 2005). A genética psicométrica pauta-se, também, no estudo e nas concepções do desenvolvimento infantil, nessa proposta, a investigação da inteligência relaciona-se às capacidades que os indivíduos apresentam ao longo de seu desenvolvimento (PAIN, 1992). Parte-se da premissa que cada momento do desenvolvimento humano é caracterizado por uma aquisição de habilidades intelectuais e, por conta disso, em cada período de existência há um conjunto de elementos cognitivos associados (MEIRA e SPINILLO, 2006). Para a genética Psicosocial o desenvolvimento humano constitui um processo complexo pelo qual a criança, à medida que vai crescendo, adquire habilidades. Cada indivíduo possui unicidade e se desenvolve mediante uma interação complexa entre os fatores biológicos, genéticos, psicológicos, culturais e ambientais, indiciando o surgimento de áreas propícias para a ajuda de crianças e jovens especiais. As diversas implicações das afecções genéticas impõem a realização de investigações multidisciplinares com auxílio, principalmente, da genética e psicologia. Neste sentido, a genética psicossocial tem emergido como nova disciplina científica no acompanhamento de tais indivíduos, investigados por meio dos testes genéticos moleculares indicado o aconselhamento genético a todos estes casos. O aconselhamento genético, diferente dos testes genéticos, é um processo que lida com problemas humanos associados à ocorrência e/ou risco de distúrbio genético na família, refletindo em implicações éticas, sociais e financeiras relevantes (COSTA JR, 1996; BRUNONI, 2002). Um tipo comum hoje em dia é o oncogenético, que designa o processo de identificação e aconselhamento a indivíduos com risco acrescido de desenvolver cancro, distinguindo entre os que possuem risco elevado, dos que possuem risco moderado e risco semelhante ao da população geral A epistemologia genética estuda o conhecimento sobre o adulto e as condições necessárias para que a criança chegue à vida adulta, tomando a capacidade de conhecer como resultado de trocas entre organismo e ambiente. Ela explica o sujeito epistêmico, ou seja, o sujeito do conhecimento que constrói do ponto de vista da forma, sem levar em conta os conteúdos que variam no espaço e no tempo, de povo para povo, de época para época (RAMOZZI-CHIAROTTINO, 1988; 2012). Transtorno bipolar: da genética à reabilitação psicossocial Não se trata de um artigo em si, mas de uma apresentação da Revisata Brasileira de Psiquiatria. O texto é curtinho e separei a parte “mais importante”: Ao descrever os pacientes com folie circulaire, em 1854, Falret já enfatizava a importância dos fatores hereditários predisponentes, curso, prognóstico e adaptação dos pacientes na sociedade. Passados 150 anos desta importante descrição, continuamos na busca de conhecimentos mais aprofundados sobre a doença.