2 de Fevereiro - Dia mundial das zonas húmidas No passado dia 2 de Fevereiro comemorou-se o Dia Mundial das zonas húmidas, estabelecido pela Convenção sobre zonas húmidas (Convenção de Ramsar), a 2 de Fevereiro de 1971. O que são as zonas húmidas? As zonas húmidas são, segundo a definição adoptada na Convenção de Ramsar, áreas de pântano, charcos, turfa ou água, natural ou artificial, permanente ou temporária, com água estagnada ou corrente, doce, salobra ou salgada, incluindo áreas de água marítima com menos de seis metros de profundidade na maré baixa, e que podem incluir zonas ribeirinhas ou costeiras a elas adjacentes, assim como ilhéus ou massas de água marinha com uma profundidade superior a seis metros em maré baixa, integradas dentro dos limites da zona húmida. Qual a Importância das zonas húmidas? As zonas húmidas são muito importantes quer para o Homem quer para o equilíbrio ecológico e para a manutenção da biodiversidade, desempenhando um papel muito importante no ciclo da água. São locais de abastecimento de água, indispensável a todos os seres vivos, funcionando como zonas de captação, armazenamento e transporte da água. Intervenção do Homem das zonas húmidas A acção do Homem sobre as zonas húmidas, como a interrupção dos cursos de água para a construção de barragens, a poluição das águas pelos esgotos domésticos e industriais, a introdução de espécies invasoras, ou o esgotamento de aquíferos subterrâneos por exploração excessiva, tem um impacte muito negativo nestes ecossistemas, com consequente perda de habitats aquáticos e a extinção de espécies. As zonas húmidas são ecossistemas abertos e interligados, portanto qualquer alteração numa zona húmida pode reflectir-se em toda a bacia hidrográfica. Biodiversidade das zonas húmidas As zonas húmidas, como ecossistemas de grande biodiversidade, são muito importantes no que toca à conservação de espécies, existindo já zonas húmidas protegidas. FONTE: ICNB Pág. 1 de 2 Rã-verde (Rana perezi) O ecossistema ribeirinho, um exemplo de zona húmida, alberga uma grande diversidade biológica. Entre os inúmeros seres vivos que facilmente se podem observar encontra a rã-verde (Rana perezi). DISTRIBUIÇÃO A rã-verde encontra-se distribuída pela Península Ibérica e Sul de França. Em Portugal ocorre em todo o território, sendo considerada uma espécie residente. HABITAT Esta espécie aparece sempre associada a massas de água. Ocupa qualquer tipo de habitat aquático. HÁBITOS Apresenta actividade diurna e nocturna. Ocorre principalmente na Primavera. IDENTIFICAÇÃO A rã-verde tem um comprimento que ronda entre 75 a 100 mm. O seu focinho é pontiagudo ou ligeiramente arredondado. A pele é lisa ou ligeiramente verrugosa. Tem uma coloração esverdeada, embora possam surgir exemplares acastanhados ou acinzentados. ALIMENTAÇÃO A sua dieta baseia-se essencialmente em insectos, aranhas, minhocas, crustáceos, moluscos, bem como juvenis da própria espécie e pequenos peixes. CURIOSIDADE O seu principal mecanismo de defesa consiste na fuga para a água, enterrando-se no lodo do fundo. CLASSIFICAÇÃO Classe: AMPHIBIA; Ordem: ANURA; Família: RANIDAE; Género: Rana. FONTE: Fapas, ICNB Pág. 2 de 2