O ataque ao amor

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O ataque ao amor
O diálogo entre Sócrates e Fedro começa com um forte
ataque ao amor, condenando esse sentimento. Os dois
concordam inteiramente com o número de malefícios que o
amor traria aos homens, sendo portanto um sentimento
indesejado. Os alunos do curso de Leitura Crítica de
"Fedro" separaram alguns exemplos do texto que mostra
os males do amor:
- quem ama faz sacrifícios pelo seu amado, mas depois
cobra esforços de volta, ou seja, nada é feito de forma
incondicional.
- aqueles que amam abrem mão de suas próprias
atividades, e exigem que o amado faça o mesmo.
- quando o relacionamento termina e aquele que ama
escolhe ficar com outra pessoa, pode ser capaz de fazer
mal à antiga pessoa a que amava se seu novo parceiro
assim pedir.
- quem ama perde a noção do que é certo e do que é
errado.
- quem ama busca o prazer mesmo quando sabe que ele
não faz bem para si.
- ao contrário da amizade, pessoas que amam dificilmente
continuam tendo contato saudável depois que o amor
termina.
- as juras feitas por quem ama são quebradas depois que o
amor termina, de modo que pessoas que amam não são
confiáveis.
- quem ama quer poder ter seu amado o tempo inteiro, de
modo que tenta acabar com sua liberdade.
- quem ama não quer que seu amado descubra que não
precisa do relacionamento, então tenta afastar seu amado
do conhecimento e da Filosofia.
- quem ama não quer que seu amado possa ser feliz sem
ele, então deseja secretamente que seu amado fique triste
o tempo todo.
- quem ama quer ter prazer com o relacionamento, mesmo
que para isso tenha que machucar outras pessoas.
- a pessoa que ama toma decisões baseadas em seu amor
e não em sua razão, podendo assim fazer mal para si
mesmo, para seu amado e para os outros.
- para ser admirada, a pessoa que ama sempre tentará
tornar o seu amado inferior a si.
- o amor é, portanto, um sentimento egoísta e que muda
rapidamente assim como muda a vontade por novos
prazeres.
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