UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL COLÉGIO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
COLÉGIO DE APLICAÇÃO
Departamento de Ciências Exatas e da Natureza
Disciplina: Biologia
Professora: Lauren Valentim
Aluno(a):_______________________ Data: __ /__ /__ Turma: ___
Membrana plasmática
A célula viva é um compartimento microscópico isolado do ambiente por uma finíssima
película, a membrana plasmática, constituída fundamentalmente por fosfolipídeos e proteínas. A
membrana é uma estrutura muito fina com cerca de 5nm de espessura. Permite a passagem de certas
substâncias através dela e impede a passagem de outras, mantendo o meio celular interno adequado
às necessidades da célula.
Organização molecular da membrana
A membrana tem constituição lipoprotéica (lipídeos+proteínas) e as moléculas de
fosfolipídeos (moléculas de fósforo+lipídeos) dispõem-se lado a lado. As proteínas de membrana
estão incrustadas na dupla lâmina de fosfolipídeos, sendo que algumas estão aderidas
superficialmente, enquanto outras se encontram totalmente mergulhadas na estrutura homogênea,
atravessando a membrana de lado a lado.
Os fosfolipídeos e as proteínas de membrana movimentam-se continuamente como um
mosaico molecular em constante modificação = modelo do mosaico fluido proposto por Singer &
Nicolson em 1972: “A membrana é formada por uma bicamada fosfolipídica fluida na qual as
proteínas globulares são livres para se difundirem e estão embebidas ou imersas em diferentes
graus”.
Funções das proteínas da membrana plasmática: 1. Formam poros que permitem a
passagem de moléculas de água. 2. Capturam substâncias fora ou dentro da célula, transportando-as
através da membrana. 3. Reconhecem a presença de certas substâncias no meio, alertando a célula e
estimulando-a a reagir (receptores hormonais).
Permeabilidade celular
O isolamento que a membrana plasmática promove ao redor da célula não pode ser absoluto.
Para viver a célula precisa permitir a entrada de certas substâncias úteis (água, oxigênio, alimento,
etc.) e a saída de outras (gás carbônico e substâncias tóxicas). A membrana plasmática é, portanto,
semipermeável ou possui permeabilidade seletiva.
Passagem de substâncias através da membrana
1. Transporte passivo: certas substâncias podem atravessar a membrana espontaneamente
sem gasto de energia. O transporte passivo pode ser de dois tipos:
1. A. Difusão simples: a difusão ocorrerá sempre da região em que as partículas
estão mais concentradas para regiões em que sua concentração é menor, até que a solução
atinja a homogeneidade. Para isto ocorrer a membrana deve ser permeável às substâncias e
deve haver diferença de concentrações da substância dentro e fora da célula. Exemplo:
Entrada de O2 e saída de CO2 na célula.
1. B. Osmose: é um caso especial de difusão onde somente a água (o solvente das
soluções biológicas) se difunde através da membrana semipermeável das células. O
citoplasma é uma solução aquosa, em que a água é o solvente e as moléculas dissolvidas no
citosol são os solutos. Quando uma de nossas células é colocada em água pura, a
concentração externa desse solvente é necessariamente maior: a água tende a se difundir
para o interior da célula fazendo-a inchar. Se a célula for colocada em uma solução muita
concentrada de sacarose, por exemplo, haverá maior difusão de água de dentro para fora da
célula, fazendo-a murchar. As células do nosso corpo estão em solução isotônica proveniente
do sangue e por isso não ganham nem perdem água.
1. C. Difusão facilitada: poucos tipos de moléculas e praticamente nenhum tipo de
íon conseguem atravessar em quantidades apreciáveis uma bicamada de lipídeos,
necessitando da participação de proteínas componentes da membrana para que isto ocorra.
Estas proteínas formam canais ou simplesmente capturam substâncias fora ou dentro da
célula, liberando-as na face oposta. São as proteínas transportadoras ou carreadoras.
2. Transporte ativo: certas substâncias atravessam a membrana da célula contra um
gradiente de concentração e com gasto de energia. Isto ocorre porque as células necessitam manter
em seu interior moléculas e íons em concentrações diferentes das encontradas no meio externo. O
íon K+ é essencial para síntese de proteínas e respiração celular, e está cerca de 20 a 40x mais
concentrado no meio interno da célula. Já o íon Na + está 8 a 12x menos concentrado do que no meio
externo para compensar a grande concentração de íons K +. Proteínas da membrana atuam como
“bombas” de íons capturando os íons de Na+ no citoplasma e transportando-os para fora da célula. O
contrário acontece com os íons K+. Isto é conhecido como bomba de sódio potássio e se caracteriza
como um transporte ativo por ocorrer com gasto de energia.
Endocitose e exocitose
Endocitose: as substâncias entram na célula através da formação de bolsas por invaginações
da membrana que englobam materiais externos. Pode se de dois tipos:
1. Fagocitose – célula emite expansões citoplasmáticas (pseudópodes) que englobam
a partícula formando uma bolsa membranosa ou fagossomo. Este se desprende e passa para o
citoplasma.
2. Pinocitose – Processo de englobamento de líquidos e pequenas partículas. Neste
processo a membrana plasmática aprofunda-se no citoplasma formando uma bolsa ou
pinossomo.
Exocitose: As substâncias que devem ser eliminadas das células são armazenadas em bolsas
citoplasmáticas membranosas que se fundem com a membrana plasmática e expelem seu conteúdo.
Envoltórios externos à membrana plasmática
Glicocálix: malha protetora externa da membrana plasmática formada por glicolipídeos
(açúcares + lipídios), glicoproteínas (proteínas + açúcares) e proteoglicanos. Os açúcares destas
moléculas se entrelaçam e formam uma malha chamada glicocálix.
Paredes celulares
1. Parede celular bacteriana – Impede que a bactéria estoure quando submetida a
ambientes hipotônicos. Formada por um componente rígido chamado peptídioglicano. As bactérias
Gram-positivas apresentam uma grossa camada de peptídioglicanos em sua parede. As Gramnegativas tem uma parede bem mais fina de peptídioglicanos + membrana lipoprotéica com
polissacarídeos.
2. Parede celulósica – Presente nas células vegetais e tem função de dar rigidez ao
corpo das plantas. Pode ocorrer um reforço na parede celulósica com a presença de lignina em
algumas plantas. Entre as células vegetais formam-se canais de comunicação nas paredes celulósicas
chamados de plasmodesmos.
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