TEMA DO EVENTO

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CONSTRUÇÃO DE UM TELESCÓPIO REFLETOR UTILIZANDO
RESÍDUOS SÓLIDOS
Hevelin Balbino de Almeida
IFG/Câmpus Luziânia
Felipe Mattiello
IFG/Câmpus Luziânia
Ronni Geraldo Gomes de Amorim
UnB/Câmpus Gama/Faculdade de Engenharia
Gesiel Gomes Silva
IFG/Câmpus Luziânia
Alan Dumont Clemente
IFG/Câmpus Luziânia
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica/PIBIC, Edital N° 22/2012
Resumo
Desde séculos remotos o homem já tinha o costume de fazer observações
do céu a olho nu, com uma sede por conhecimento, porém era necessário
enxergar além do céu terrestre, por isso a criação do telescópio foi tão
inovadora e importante para que novas descobertas fossem feitas. Nosso
objetivo principal foi o de construir um telescópio com grande potencial
minimizando ao máximo os custos de sua produção. Para tanto, optamos
por reutilizar materiais, comprando apenas aquilo que não conseguimos
reaproveitar ou e que não seria viável como no caso dos espelhos. Nosso
telescópio é do tipo refletor (Newtoniano) utilizando um espelho primário
côncavo de 180 mm de diâmetro e distância focal de 1150 mm, um espelho
secundário elíptico e uma ocular kellner de 10 mm de distância focal. Fomos
bem sucedidos na construção do telescópio, o que fica comprovado por
exemplo pelas observações das crateras na superfície lunar.
Palavras-Chave
Astronomia, Telescópio refletor, Baixo custo.
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Objetivos
O objetivo principal do projeto foi a construção de um telescópio refletor
newtoniano utilizando sempre que possível resíduos sólidos, minimizando assim os
custos. Tivemos também o objetivo de despertar o interesse da comunidade local
pela astronomia.
Fundamentação Teórica
O homem desde a pré-história já fazia observações do céu a olho nu, mas
tão logo os limites foram alcançados, os astrônomos perceberam a necessidade de
se ter alguma ferramenta de observação que permitisse ampliar estes limites de
observação. Essa missão foi bem executada a partir da invenção do telescópio, que
“é um instrumento óptico de engenho humano que estende a capacidade dos olhos
em enxergar objetos longínquos” (KARAM, 2012, 05). Podemos dizer que a
invenção do telescópio promoveu revoluções no âmbito da ciência e da astronomia
observacional, sua utilização nos ajudou a conhecer um pouco mais sobre a
imensidão que nos envolve.
O telescópio refletor Newtoniano foi o tipo de telescópio escolhido para o
desenvolvimento desta pesquisa, pois tem uma estrutura simples e eficaz, sendo
este constituído por três elementos ópticos: um espelho côncavo (primário); um
espelho plano (secundário) e uma lente convergente.
A abertura é definida pela razão entre a distância focal e o diâmetro do
espelho primário e de acordo com a característica dos nossos componentes teremos
uma abertura igual a 6,4. Esta é uma característica importante que está relacionada
com a nitidez e brilho das imagens, ou seja, a qualidade das observações.
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Metodologia
O princípio de funcionamento de um telescópio refletor newtoniano é
simples: a luz é coletada por um espelho côncavo, também conhecido como
primário, refletida para um pequeno espelho plano, o espelho secundário, com
inclinação de 45°, montado um pouco antes do foco, para que a luz seja refletida
para o focalizador, como representado na Figura 01, viabilizando a observação sem
maiores dificuldades.
Figura01: Esquema ilustrativo do interior de um telescópio refletor newtoniano.
Após algumas pesquisas decidimos por utilizar o espelho com 180 mm de
diâmetro o que automaticamente implicou em um tubo de 200 mm. . O telescópio é
constituído de várias partes cada uma com sua função: base para o corpo do
telescópio, tubo, ocular, focalizador, espelhos primário e espelho secundário.
A base do telescópio é do tipo dobsoniana permitindo uma liberdade de
movimentação nos eixos azimutal e equatorial. A base foi construída a partir de
pedaços de madeira doados por madeireiras da região de onde cortamos: dois
discos de 450 mm de diâmetro que foram montados um sobre o outro com um disco
de vinil entre eles, duas peças para compor as laterais da base onde na parte
superior fizemos cortes em meia lua para encaixar os discos presos à abraçadeira,
dois discos de 100 mm e dois de 130 mm que foram parafusados a abraçadeira. Em
toda a base foi aplicada seladora a fim de proteger e melhorar o acabamento.
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Construímos também uma base para o espelho primário utilizando dois
discos de madeira um com 180 mm, onde o espelho foi colado, e um com 200 mm
para se acomodar bem ao tubo de PVC. Os discos foram unidos por três parafusos
dispostos formando um ângulo de aproximadamente 120º entre si, com molas
colocadas entre os discos permitindo assim uma calibração do espelho primário.
Confeccionamos também o focalizador a partir de canos de PVC e luvas,
encaixando e colando as peças. Os espelhos foram os únicos que não tentamos
construir, compramos o kit com espelhos e ocular, acompanhado da haste de
sustentação do espelho secundário (aranha) para fixá-lo ao tubo de PVC.
Resultados
O telescópio foi construído dentro do que havia sido proposto e a qualidade
das observações mostra que fomos bem sucedidos. Utilizando o telescópio
conseguimos obter excelentes imagens da superfície lunar. De acordo com as
características do telescópio, pretendemos observar planetas do nosso sistema
solar, estrelas, galáxias, aglomerados e tudo mais que for possível.
O telescópio foi batizado de Telescópio Erynia pelos bolsistas da pesquisa,
em referência ao asteroide Erynia descoberto em 5 de março de 1918, pelo alemão
Max Wolf.
Referências
Karam, Hugo Abi. Telescópios amadores: Técnicas de construção e configuração ótica. 1ª
edição. São Paulo: Livraria da Física, 2012.
Casas, Renato Las. Os primeiros telescópios. Disponível em:
˂http://www.observatorio.ufmg.br/Pas90.htm˃. Acesso em: 28/07/2014.
Filho, Sebastião Santiago. Telescópios refletores. Disponível em:
˂http://www.telescopiosastronomicos.com.br/refletores.html˃. Acesso: 28/07/2014.
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