Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA TURMA - PDE/2013 Título: Trabalhando a Dengue de Forma Lúdica. Autor Vânia Maria de Oliveira Disciplina/Área Biologia Escola de Implementação do Projeto e sua localização Colégio EstadualProfessor Joaquim Adrega de Moura EMPN / Rua Município da escola Ribeirão Claro Núcleo Regional de Educação Jacarezinho Professor Orientador Mestre Fernando Emmanuel Gonçalves Vieira Instituição de Ensino Superior UENP – Universidade Estadual do Norte do Paraná Resumo Dengue é um tema que tem sido objeto de estudo de muitos cientistas, diante da preocupação quanto à proliferação do seu agente transmissor – Aedes aegypti; com base em particularidades adaptativas as relações dessa espécie com o ambiente e com o homem. Com esta inquietação, propusemos desenvolver uma proposta lúdica que instigue o educando a analisar e pesquisar ações/atitudes que ajudem na redução da propagação e contaminação do agente transmissor. O estudo será realizado com alunos do 2° ano – Formação de Docentes, partindo da importância do tema, pois se trata de um problema de saúde pública. Palavras-chave Ludicidade – Dengue – Propagação - Ações/Atitudes Formato do Material Didático Unidade Temática Público Alvo Alunos do 2° Ano – Formação de Docentes Tema Saúde Pública Coronel Emílio Gomes, n° 1449, Centro. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ - UENP PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE VÂNIA MARIA DE OLIVEIRA TRABALHANDO A DENGUE DE FORMA LÚDICA RIBEIRÃO CLARO, PARANÁ 2013 VÂNIA MARIA DE OLIVEIRA TRABALHANDO A DENGUE DE FORMA LÚDICA Produção Didático-pedagógica apresentada ao Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE da Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED. Área de conhecimento: Biologia Orientador: Prof. Gonçalves Vieira RIBEIRÃO CLARO, PARANÁ 20013 Me. Fernando Emmanuel 1. DADOS DEIDENTIFICAÇÃO: Professora: Vânia Maria de Oliveira Área: Biologia Núcleo Regional de Educação: Jacarezinho Professor Orientador: Me. Fernando Emmanuel Gonçalves Vieira IES: Universidade Estadual do Norte do Paraná - UENP Escola de Implementação: Colégio Estadual Joaquim Adrega de Moura EMPN Público objeto da intervenção: Alunos do 2º Ano – Formação de Docentes Tema de Estudo: Saúde Pública Título:Trabalhando a Dengue de Forma Lúdica 1. INTRODUÇÃO Dengue é um dos mais sérios problemas da Saúde Pública da atualidade. A prevenção e o combate requer ações que envolvem a cidadania de todos nós. Somente a efetiva participação da comunidade, adotando medidas que ajudem na redução da propagação e contaminação do agente transmissor, revertendo assim o quadro de situação epidêmica do Estado do Paraná, possibilitandouma melhor qualidade de vida da população. Sendo assim, este projeto de intervenção foi idealizado visando abordar a ludicidade e a aplicação de atividades que visam desenvolver a temática Dengue, envolvendo ações do dia a dia dos educandos, propiciando desta maneira uma aprendizagem mais significativa, objetivando o que determina as Diretrizes Curriculares Estaduais (DCEs) que contemplam o processo de ensino e aprendizagem a relação educador/educando ferramentas essenciais de trabalho na construção do conhecimento. Os saberes escolares, em sua constituição, vão sendo profundamente marcados pelas relações que professores e alunos estabelecem com o conhecimento, a partir de múltiplas possibilidades de interesses, de ênfases, de modos de transmissão, de complexidade das análises e de articulações dos conteúdos com a prática social. Tais saberes expressam-se no currículo real da escola, constituído no desenvolvimento de aprendizagens previstas nas propostas de seus educadores e que também inclui aprendizagens de um conjunto mais implícito ou oculto de normas, valores e práticas que estão impregnadas na cultura da escola (PARANÁ, 2006, p.9). Baseando desta forma em uma aprendizagem colaborativa. Aprendizagem colaborativa refere-se ao processo em que aprendizes trabalham em grupo, geralmente na produção de algo (um texto, um projeto, uma apresentação, um produto etc.). Trata-se de uma abordagem congruente com as perspectivas educacionais construtivistas, tais como o sociointeracionismo, a abordagem histórico-cultural da aprendizagem e a perspectiva da cognição distribuída. Apesar de ser aplicável a diversos contextos de ensino, a aprendizagem colaborativa pode ser particularmente interessante para se trabalhar com domínios complexos e fracamente estruturados. Isso, porque, a interação em grupo pode fazer emergir múltiplas visões, interpretações, conhecimentos e valores em torno dos problemas propostos, e, com isso, abrir espaço para a emergência de conflitos, negociações, argumentações voltadas para o consenso ou o dissenso, e tomadas de decisão pelo grupo. O professor pode aproveitar todas essas situações para evidenciar a natureza complexa, dinâmica e diversa do próprio conhecimento, trabalhar as relações dos aprendizes com esse conhecimento, bem como as relações dos alunos entre si (TRACTMBERG; STRUCHINER, 2011). 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA/REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Saúde Pública A palavra Saúde, de origem latina salute – salvação, conservação da vida – vem assumindo significados muito diversos, pois a concepção de saúde que permeia as relações humanas não pode ser compreendida de maneira abstrata ou isolada. Os valores recursos e estilos de vida que contextualizam e compõem a situação de saúde das pessoas e grupos em diferentes épocas e formações sociais se expressam por meio de seus recursos para a valorização da vida, de seus sistemas de cura, assim como das políticas públicas que revelam as prioridades estabelecidas (BRASIL, PCNs – Saúde, 1998). A definição mais completa de Saúde Pública é apresentada por Amory(1920): Saúde Pública é a arte e a ciência de prevenir a doença, prolongar a vida, promover a saúde e a eficiência física e mental mediante o esforço organizado da comunidade, abrangendo o saneamento do meio, o controle das infecções, educação dos indivíduos nos princípios de higiene pessoal, a organização de serviços médicos e de enfermagem para o diagnóstico precoce e pronto tratamento das doenças e o desenvolvimento de uma estrutura social que assegure a cada indivíduo na sociedade um padrão de vida adequado à manutenção da saúde. A promoção da boa saúde e evitar doenças são objetivos das políticas de saúde pública, portanto, quando são garantidas as condições para a vida digna dos cidadãos, e, especialmente, por meio da educação, da adoção de atitudes e ações de vida saudáveis. Desta forma, podemos destacar que os maiores problemas de saúde que a humanidade enfrenta estão relacionados com a natureza da vida comunitária. Dengue A palavra “Dengue” é de origem espanhola e significa “melindre”, “manhã” que, por sua vez, é a maneira ou estado em que uma pessoa se encontra. É uma doença febril aguda, de etiologia viral que persiste na natureza mediante o ciclo do homem – Aedes aegypti - homem, sendo o homem a fonte de infecção e reservatório (BRASIL, 1997). O A. aegyptié de origem africana e veio para o continente americano logo depois do descobrimento. Nas Américas se tornou um mosquito urbano e doméstico. Sua associação ao habitat humano é estreita e acompanha o homem em seus deslocamentos, principalmente, na forma de transporte passivo (REY, 1992). Sedundo Braga e Valle (2007), a dengue e a febre amarela urbana (FAU) têm sido objeto de uma das maiores campanhas de Saúde Pública já realizada no País. O combate ao A. aegypti foi institucionalizado no Brasil, de forma sistematizada, a partir do século XX. Diversas epidemias de febre amarela urbana ocorriam no País, levando à morte milhares de pessoas. Uma primeira campanha pública contra a dengue, iniciada por Oswaldo Cruz no Rio de Janeiro (1902-1907), instituiu as brigadas sanitárias, cuja função era detectar e eliminar os focos de A. aegypti. Em abril de 1990, a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) foi criada e passou a ser responsável pela coordenação das ações de controle da dengue. Em 1996, o Ministério da Saúde elaborou o Plano de Erradicação do Aedes aegypti (PEAa), cuja principal preocupação residia nos casos de dengue hemorrágica, que podem levar à morte. Entretanto, com aumento do número de casos de dengue e o avanço da infestação vetorial demonstravam que a implementação do PEAa não havia alcançado o êxito esperado. Acredita-se que as principais causas do fracasso do PEAa tenham sido a não-universalização das ações em cada Município e a descontinuidade na execução das atividades de combate ao vetor. Em julho de 2001, a Funasa abandonou oficialmente a meta de erradicar A. aegypti do País e passou a trabalhar com o objetivo de controlar o vetor. Foi implantado o Plano de Intensificação das Ações de Controle da Dengue (PIACD), que focalizou as ações em Municípios com maior transmissão da doença, considerados prioritários, escolhidos entre aqueles com infestação por A. aegypti e registro de transmissão de dengue nos anos de 2000-2001. Em 2002, foi implantado o Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD), que dá continuidade a algumas propostas do PIACD e enfatiza a necessidade de mudanças nos modelos anteriores, inclusive em alguns aspectos essenciais, como: 1) a elaboração de programas permanentes, pois não há qualquer evidência técnica de que a erradicação do mosquito seja possível àcurto prazo; 2) o desenvolvimento de campanhas de informação e de mobilização da população, de maneira a se promover maior responsabilização de cada família na manutenção de seu ambiente doméstico livre de potenciais criadouros do vetor; 3) o fortalecimento da vigilância epidemiológica e entomológica, para ampliar a capacidade de predição e detecção precoce de surtos da doença; 4) a melhoria da qualidade do trabalho de campo no combate ao vetor; 5) a integração das ações de controle da dengue na atenção básica, com a mobilização do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e do Programa Saúde da Família (PSF); 6) a utilização de instrumentos legais que facilitem o trabalho do poder público na eliminação de criadouros em imóveis comerciais, casas abandonadas etc.; 7) a atuação multissetorial, no fomento à destinação adequada de resíduos sólidos e à utilização de recipientes seguros para armazenagem de água; 8) o desenvolvimento de instrumentos mais eficazes de acompanhamento e supervisão das ações desenvolvidas pelo Ministério da Saúde, Estados e Municípios. Discussões recentes sobre o controle da dengue apontam para a necessidade de maiores investimentos em metodologias adequadas, para sensibilizar a população sobre a necessidade de mudanças de comportamento que objetivem o controle do vetor; e no manejo ambiental, incluindo a ampliação do foco das ações de controle racional de vetores, para minimizar a utilização de inseticidas e, dessa forma, garantir maior sustentabilidade às ações. Segundo a FUNASA, a Dengue é um dos mais sérios problemas da Saúde Pública brasileira da atualidade, pois o clima do Brasil é favorável para a proliferação de vetores de agentes causadores desta arbovirose. No Brasil, a dengue apresenta um padrão sazonal, com maior incidência de casos nos primeiros cinco meses do ano, período mais quente e úmido, típico dos climas tropicais. O controle da dengue na atualidade é uma atividade complexa, tendo em vista os diversos fatores externos ao setor saúde, que são importantes determinantes na manutenção e dispersão tanto da doença quanto do seu vetor transmissor. Dentre esses fatores, destacam-se o surgimento de aglomerados urbanos, inadequadas condições de habitação, irregularidade no abastecimento de água, destinação imprópria de resíduos, o crescente trânsito de pessoas e cargas entre países e as mudanças climáticasprovocadas pelo aquecimento global (BRASIL, 2009). De acordo com o PORTAL DA SAÚDE - o vírus causador da doença possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A infecção por um deles dá proteção permanente para o mesmo sorotipo e imunidade parcial e temporária contra os outros três. Existem duas formas de dengue: a clássica e a hemorrágica. A dengue clássica apresenta-se geralmente com febre, dor de cabeça, no corpo, nas articulações e por trás dos olhos, podendo afetar crianças e adultos, mas raramente mata. A dengue hemorrágica é a forma mais severa da doença, pois além dos sintomas citados, é possível ocorrer sangramento, ocasionalmente choque e conseqüências como a morte. A dengue não é transmitida de pessoa para pessoa. Seu principal vetor é o mosquito Aedes aegypti que, após um período de 10 a 14 dias, contados depois de picar alguém contaminado, pode transportar o vírus da dengue durante toda a sua vida. O ciclo de transmissão ocorre do seguinte modo: a fêmea do mosquito deposita seus ovos em recipientes com água. Ao saírem dos ovos, as larvas vivem na água por cerca de uma semana. Após este período empupam e sofrem metamorfose transformando-se em adultos,onde a fêmea está pronta para picar as pessoas. O Aedes aegypti procria em velocidade prodigiosa e o mosquito adulto vive em média 45 dias. A ovoposiçãodo A. aegypti é feita em recipientes que acumulam água o que facilita o ciclo de seu desenvolvimento. Sendo assim, períodos chuvosos são favoráveis para a reprodução do mosquito, pois efetiva-se nestes períodos a presença de criadouros de mosquitos, tais como: latas, vidros, pneus, caixas d’água, tanques, piscinas, poços, vasos. Deve-se destacar também a responsabilização dos administradores e proprietários, com a supervisão da secretaria municipal de saúde, na adoção dos métodos de controle dos imóveis não domiciliares,que se constituem em áreas de concentração de grande número de criadouros produtivos e funcionamcomo importantes dispersores do Aedes. Citamos como exemplos os prédios públicos que tem a função de guarda de veículos e locais de grande circulação de pessoas e cargas (terminais rodoviários e ferroviários,portos e aeroportos). No setor privado, destacamos os canteiros de obras, grandes indústrias edepósitos de materiais utilizados na reciclagem, além dos ferros-velhos e sucatas (Brasil, 2009). Pesquisas realizadas em campo indicam que os grandes reservatórios, como caixas d’água, galões e tonéis (muito utilizados para armazenagem de água para uso doméstico em locais dotados de infraestrutura urbana precária), são os criadouros que mais produzem A. aegypti e, portanto, os mais perigosos. Isso não significa que a população possa descuidar da atenção a pequenos reservatórios, como vasos de plantas, calhas entupidas, garrafas, lixo a céu aberto, bandejas de ar-condicionado, poço de elevador, entre outros. O alerta é para que os cuidados com os reservatórios de maior porte sejam redobrados, pois é neles que o mosquito seguramente encontra melhores condições para se desenvolver de ovo a adulto. Por ser um mosquito que vive perto do homem, sua presença é mais comum em áreas urbanas e a infestação é mais intensa em regiões com alta densidade populacional - principalmente, em espaços urbanos com ocupação desordenada, onde as fêmeas têm mais oportunidades para alimentação e dispõem de mais criadouros para desovar. A infestação do mosquito é sempre mais intensa no verão, em função da elevação da temperatura e da intensificação de chuvas – fatores que propiciam a eclosão de ovos do mosquito. Para evitar esta situação, é preciso adotar medidas permanentes para o controle do vetor, durante todo o ano, a partir de ações preventivas de eliminação de focos do vetor. Como o mosquito tem hábitos domésticos, essa ação depende sobretudo do empenho da população. Ciclo de vida Do ovo à forma adulta, o ciclo de vida do A. aegypti varia de acordo com a temperatura, disponibilidade de alimentos e quantidade de larvas existentes no mesmo criadouro, uma vez que a competição de larvas por alimento (em um mesmo criadouro com pouca água) consiste em um obstáculo ao amadurecimento do inseto para a fase adulta. Em condições ambientais favoráveis, após a eclosão do ovo, o desenvolvimento do mosquito até a forma adulta pode levar um período de 10 dias. Por isso, a eliminação de criadouros deve ser realizada pelo menos uma vez por semana: assim, o ciclo de vida do mosquito será interrompido. Genilton Vieira/IOC - As larvas do A. aegypti têm tamanho reduzido, aproximadamente o de uma cabeça de agulha de costura. Fonte:http://www.ioc.fiocruz.br/dengue/textos/oportunista.html Os maiores índices de infestação pelo A. aegypti são registrados em bairros com alta densidade populacional e baixa cobertura vegetal, onde o mosquito encontra alvos para alimentação mais facilmente. Outro fator importante é a falta de infraestrutura de algumas localidades. Sem fornecimento regular de água, os moradores precisam armazenar o suprimento em grandes recipientes, que na maioria das vezes não recebem os cuidados necessários e, por não serem completamente vedados, acabam tornando-se focos do mosquito. Alimentação Machos e fêmeas do Aedes aegypti alimentam-se de substâncias açucaradas, como néctar e seiva. Somente a fêmea pica o homem para sugar sangue (hematofagia), alimento necessário à maturação dos ovos. Geralmente, a hematofagia é mais voraz a partir do segundo ou terceiro dia depois da emergência da pupa e da cópula com o macho. Reprodução e desova O acasalamento do Aedes aegypti se dá dentro ou ao redor das habitações, geralmente nos primeiros dias depois que o mosquito chega à fase adulta. É preciso somente uma cópula para a reprodução ser concretizada, pois a fêmea guarda o esperma na espermateca. Após a cópula, as fêmeas precisam realizar a hematofogia (alimentação com sangue) importante para o desenvolvimento completo dos ovos e sua maturação nos ovários. Normalmente, as fêmeas do Aedes aegypti encontram-se aptas para a postura de ovos três dias após a ingestão de sangue, passando então a procurar local para desovar. A desova acontece, preferencialmente, em criadouros com água limpa e parada. Os ovos são depositados nas paredes do criadouro, bem próximo à superfície da água, porém não diretamente sobre o líquido. Daí a importância de lavar, com escova ou palha de aço, as paredes dos recipientes que não podem ser eliminados, onde o ovo pode permanecer grudado. Ovos Segundo o Instituto Osvaldo Cruz, uma fêmea pode dar origem a 1.500 mosquitos durante a sua vida. Os ovos são distribuídos por diversos criadouros – estratégia que garante a dispersão e preservação da espécie. Se a fêmea estiver infectada pelo vírus da dengue quando realizar a postura de ovos, há a possibilidade de as larvas filhas já nascerem com o vírus, no processo chamado de transmissão vertical. Inicialmente, os ovos possuem cor branca e, com o passar do tempo, escurecem devido ao contato com o oxigênio. O ovo do A. aegyptimede aproximadamente 0,4 mm de comprimento e é difícil de ser observado. Genilton Vieira/IOC - Na natureza, os ovos do A. aegypti podem sobreviver até 450 dias fora d’água.Fonte:http://www.ioc.fiocruz.br/dengue/textos/oportunista.html Os ovos adquirem resistência ao ressecamento muito rapidamente, em apenas 15h após a postura. A partir de então, podem resistir a longos períodos de dessecação – até 450 dias, segundo estudosdo Instituto Osvaldo Cruz. Esta resistência é uma grande vantagem para o mosquito, pois permite que os ovos sobrevivam por muitos meses em ambientes secos, até que o próximo período chuvoso e quente propicie a eclosão. Em condições favoráveis de umidade e temperatura, o desenvolvimento do embrião do mosquito é concluído em 48 horas. A resistência à dessecação permite também que os ovos sejam transportados a grandes distâncias, em recipientes secos. Esse aspecto importante do ciclo de vida do mosquito demonstra a necessidade do combate continuado aos criadouros, em todas as estações do ano. Quantas pessoas um mosquito é capaz de infectar? Os mosquitos fêmea sugam sangue para produzir ovos. Se o mosquito da dengue estiver infectivo, poderá transmitir o vírus da dengue neste processo. Em geral, mosquitos sugam uma só pessoa a cada lote de ovos que produzem. O mosquito da dengue tem uma peculiaridade que se chama “discordância gonotrófica”, que significa que é capaz de picar mais de uma pessoa para um mesmo lote de ovos que produz. Genilton Vieira/IOC - A fêmea do Aedes aegypti precisa de sangue para a produção de ovos.Fonte:http://www.ioc.fiocruz.br/dengue/textos/oportunista.html Conforme Dr. Drauzio Varella (2013), pode-se descrever sobre esta doença: Sintomas A grande maioria das infecções é assintomática. Quando surgem, os sintomas costumam evoluir em obediência a três formas clínicas: dengue clássica, forma benigna, similar à gripe; dengue hemorrágica, mais grave, caracterizada por alterações da coagulação sanguínea; e a chamada síndrome do choque associado à dengue, forma raríssima, mas que pode levar à morte, se não houver atendimento especializado. Vacina Uma vacina contra os quatro tipos da dengue, desenvolvida a partir de uma cepa do vírus vivo, geneticamente modificado, está sendo testada em humanos. Até o momento os voluntários não apresentaram reações adversas. Tratamento Não existe tratamento específico contra o vírus da dengue. Tomar muito líquido para evitar desidratação e utilizar medicamentos para baixar a febre e analgésicos são as medidas de rotina para aliviar os sintomas. Pacientes com dengue, ou com suspeita da doença, precisam de assistência médica. Sob nenhum pretexto, devem recorrer à automedicação, pois jamais podem usar antitérmicos, nem anti-inflamatórios que interferem no processo de coagulação do sangue. Recomendações * Dengue é uma doença que pode evoluir rapidamente da forma clássica para quadros de maior gravidade; * A pessoa só desenvolve imunidade para o tipo de vírus que contraiu e pode infectar-se com outro sorotipo, o que aumenta o risco de doença hemorrágica; * A identificação precoce dos casos de dengue é de importância fundamental para o controle das epidemias; * Combater os focos do mosquito transmissor é a única maneira de prevenir a transmissão da doença. 3. ATIVIDADES Para implantação desta proposta, estão previstas atividades que irão compor uma Unidade Temática, que constará para a sua aplicação as seguintes estratégias de ação: ATIVIDADE 1 Pesquisa e leitura de textos informativos da SESA - Secretaria de Estado da Saúde.Situação da Dengue no Paraná<www.dengue.pr.gov.br>.para verificação de dados sobre a 19ª Regional de Saúde. Com base nestes dados desenvolver atividade interdisciplinar para confeccionar mapa geográfico informativo para visualização da real situação da região sobre os casos de dengue. Realizando discussões sobre formas de controle do vetor na região. ATIVIDADE 2 Após organização de informações sobre a temática, os educandos deverão iniciar a confecção de cartazes, em grupo, sob a orientação do educador, levantando questões voltadas as formas de controle da Dengue. Uma vez confeccionados, os mesmos serão digitalizados para elaboração de quebra-cabeça através do software Gimp (GNU ImageManipulationProgram). Ao final, os cartazes serão expostos no ambiente escolar e os quebracabeças utilizados como mais uma ferramenta na conscientização do combate à Dengue. ATIVIDADE 3 CAÇA-PALAVRAS Dicas para combater o mosquito e os focos de larvas Fonte: http://www.dengue.org.br/dengue_prevenir.html Procure e marque,no caça-palavras abaixo, sete prováveis locais onde podemos encontrar focos do transmissor da dengue. S E O T O R N E I R A S V P I S C I D A O C G D H A R R J B D E B I C V M M P T J F I P M T N F C L K G D U I X J R U L W Z V I A K X A B T E P E D E T A M P H L A J E O R H Ç I C C V R J S T I A A E T H U V R E O M A P M A I S I L X I K O F H N U I V I U Z I Ç F E N I H C H M N O U B C X S E V S A C M H K N A E U H F E Z A U J I L D V D S O C P G O B Z U X D M G I R M S L V B S I A U C A E H A U Z O L R R O I H A D H P A U I Q G U J I Z P A I H O G R E V I S O N U I X O K V Ç W X L N J R V C X I L A H K G A T A N I H E G B I A V M A P K U H H U I S H M W V K O S S I N W O U O X O I A S C W K S M H D O Z E M I B A P V F N E A S N U V I A S H V A P H S I A C O O L U D E G F G S K I R A G E R O B P Z H B X N O V U O M X Z R W R A Q U X V A F A P V G A Q U A R I A Q N Z S S P S C Q T P J F P D K R G J U M F H G K L J H D M C I O C I B L F I B T O N E I R U I O A L A V H X I T Z E F K M N D O I U S B O ATIVIDADE 4 Conscientizar os educandos através de Palestra na área da saúde, quanto aos riscos causados pelo Aedes aegypti,cujo palestrante esteja envolvido no controle de vetor no município, com exposição de larvas e pupas adultas. 4. REFERÊNCIAS AMORY, E. Saúde pública. EUA, 1920. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Saúde_pública>. Acesso em: 10 de jun 2013. BRAGA,Ima Aparecida e VALLE, Denise. Aedes aegypti: história de controle no Brasil .Epidemiol. Serv. Saúde , v.16, n.2, p.113-118, jun. 2007. ISSN 1679-4974. BRASIL. Fundação Nacional de Saúde. Evolução temporal das doenças de notificação compulsória no Brasil 1980-1998. Boletim Eletrônico Epidemiológico Edição Especial. Brasília: Funasa; 1999. ________ Ministério da Saúde. Portal da Saúde. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=23620&>. Acesso em 17 out 2013. ________, Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Dengue – Manual de Normas e Técnicas. Instrução para pessoal de combate ao vetor. Brasília, 1997. ________, Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais – Saúde, Brasília – MEC, 1998. ________, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. 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