UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DAYANA RUTH BOLA OLIVEIRA ESTUDO COMPARATIVO DE ALTERNATIVAS PARA VEDAÇÕES INTERNAS DE EDIFICAÇÕES CURITIBA 2013 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DAYANA RUTH BOLA OLIVEIRA ESTUDO COMPARATIVO DE ALTERNATIVAS PARA VEDAÇÕES INTERNAS DE EDIFICAÇÕES Trabalho de Final de Curso em Engenharia Civil, Departamento de Construção Civil, Universidade Federal do Paraná como requisito parcial à conclusão do curso de Engenharia Civil. Orientador: Prof. Me. José de Almendra Freitas Junior. CURITIBA 2013 TERMO DE APROVAÇÃO DAYANA RUTH BOLA OLIVEIRA ESTUDO COMPARATIVO DE ALTERNATIVAS PARA VEDAÇÕES INTERNAS DE EDIFICAÇÕES Trabalho de Final de Curso aprovado como requisito parcial à conclusão do curso de Engenharia Civil, Departamento Construção Civil, da Universidade Federal do Paraná, pela seguinte banca examinadora: ___________________________________ Prof. Me. José de Almendra Freitas Junior - Orientador Departamento de Construção Civil, UFPR ___________________________________ Prof. Dr. Carlos Frederico Alice Parchen Departamento de Construção Civil, UFPR ___________________________________ Prof. Dra. Laila Valduga Artigas Departamento de Construção Civil, UFPR Curitiba, 18 de Março de 2013. À minha Nona, a quem eu mais queria poder ter dito Adeus... AGRADECIMENTOS À minha mãe por estar sempre presente, me dando força e incentivo, acreditando em mim. A meu pai pelo exemplo de determinação, quem me ajudou a chegar onde estou. Ao meu namorado por ter me acompanhado nessa caminhada e por todo amor e carinho que me dedicou. Aos amigos Abee, André, Anitcha, Bruno, Carol, Cássio, Graseffe e Jhonny, que me acompanharam no decorrer de mais uma etapa de minha vida. Em especial a Elaine, pelo tempo dedicado em me ajudar com este trabalho, pelas leituras, correções e dicas. Também a Ana Paula pelos esclarecimentos e alternativas, e a ambas pelo apoio e palavras de força e fé. Ao meu amigo Eng. Ronaldo, por sua colaboração em minha formação como profissional e ajuda com este trabalho. Ao Prof. Cristóvão por suas palavras de motivação, me dando ânimo para seguir em frente com determinação. E principalmente ao meu orientador José A. Freitas, por toda paciência e dedicação, tempo e ajuda que tem despendido para comigo. RESUMO Com o crescimento da concorrência no mercado da construção civil e a grande demanda no setor, a exigência de agilidade, racionalização e principalmente economia na execução, são prioridades das empresas construtoras na execução de um empreendimento; construir deixou de ser uma simples materialização de formas e volumes e passa cada vez mais a ser uma questão de custos e controles. Há exigência de sistemas que atendam as necessidades do mercado atual em relação a novas tecnologias, mão de obra qualificada e materiais de qualidade, relacionandoos diretamente aos custos. Isso mostra a importância de estudar os sistemas de vedação vertical e revestimentos que hoje no Brasil tem maior emprego, para oferecer uma alternativa viável economicamente e de qualidade. Neste sentido, este trabalho apresenta um estudo comparativo entre os sistemas: Bloco cerâmico revestido com argamassa preparada em obra, bloco cerâmico revestido com argamassa industrializada, bloco cerâmico revestido de pasta de gesso, bloco de concreto revestido com argamassa industrializada, bloco de concreto revestido com pasta de gesso, drywall com e sem isolamento em lã mineral. O estudo será demonstrado através de tabelas de quantitativos e de características dos materiais citados, apontando suas vantagens e limitações. Em relação ao comparativo de custos, podem ser observados por diferentes aspectos: custo direto com materiais da opção, custo para execução do sistema, custo durante vida útil (manutenção), custos indiretos relativos à redução de prazos, valorização dada pelo cliente e confiabilidade do sistema. Quanto às características técnicas, os comparativos dependerão do processo de fabricação à que o material foi submetido, das propriedades dos materiais, tipologia da edificação, da qualificação de mão de obra, necessidade do cliente, mercado financeiro e condições ambientais que o sistema estará submetido. Tendo isto em vista, pode-se dizer que dentre todas as alternativas apresentadas, o sistema mais eficaz é o que inclui as alvenarias, mais especificamente as de blocos cerâmicos furados e revestidos em argamassa industrializada, logo após está o drywall, porém ainda não é bem difundido na sociedade. Porém, esclarescendo, que não existe efetivamente um tipo de vedação que seja mais eficaz que outro, que há uma série de fatores que determinam esta definição. Palavras-chave: Custo, Qualidade, Características, Bloco cerâmico, Bloco de concreto, Argamassa industrializada, Argamassa preparada em obra, Pasta de Gesso e Drywall. LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 – CONDIÇÕES PARA INÍCIO DOS SERVIÇOS DE REVESTIMENTO . 19 FIGURA 2 – CAMADAS DO REVESTIMENTO DE ARGAMASSA DA VEDAÇÃO VERTICAL: EMBOÇO E REBOCO; MASSA ÚNICA. ............................................... 23 FIGURA 3 – ARGAMASSA PRODUZIDA EM OBRA ............................................... 27 FIGURA 4 –ARGAMASSA ENSACADA ................................................................... 30 FIGURA 5 – ARGAMASSA ENSACADA COM TRANSPORTE VERTICAL ............ 31 FIGURA 6 – PASTA DE GESSO .............................................................................. 33 FIGURA 7 – PROJEÇÃO MANUAL – PASTA DE GESSO ....................................... 34 FIGURA 8 – PROJEÇÃO MEÂNICA – PASTA DE GESSO...................................... 34 FIGURA 9 – EXECUÇÃO DE TALISCAMENTO ....................................................... 35 FIGURA 10 – EXECUÇÃO DE PASTA DE GESSO ................................................. 35 FIGURA 11 – EXECUÇÃO DE SARRAFEAMENTO ................................................. 35 FIGURA 12 – EXECUÇÃO DE ACABAMENTO ........................................................ 35 FIGURA 13 – VARIEDADES DE BLOCOS DE CONCRETO................................... 38 FIGURA 14 – BLOCO CERÂMICO FURADO DE VEDAÇÃO................................... 40 FIGURA 15 – INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E HIDRÁULICAS.................................. 48 FIGURA 16 – EXECUÇÃO DE PAREDE DE DRYWALL .......................................... 48 FIGURA 17 – RECICLADOR - RESÍDUOS DE ALVENARIA RECICLADOS PARA REUTILIZAÇÃO COMO AGREGADOS DE PAVIMENTAÇÃO EM PRÓPRIA OBRA .................................................................................................................................. 51 FIGURA 18 – USINA PARA RECICLAGEM DE ENTULHO DE CONSTRUÇÃO CIVIL – ATERRO DE RESÍDUOS INERTES ...................................................................... 51 FIGURA 19 – RESÍDUOS GERADOS DO REVESTIMENTO DE PASTA DE GESSO .................................................................................................................................. 52 FIGURA 20 – ARMAZENAGEM DOS RESÍDUOS DE GESSO ................................ 53 FIGURA 21 – ÁREAS DE TRANSBORDO E TRIAGEM (ATTs) ............................... 54 FIGURA 22 – CUSTO TOTAL DOS ORÇAMENTOS DOS SISTEMAS DE VEDAÇÃO VERTICAL INTERNA COM REVESTIMENTOS ....................................................... 76 FIGURA 23 – PERDAS DOS SISTEMAS CONSTRUTIVOS .................................... 77 FIGURA 24 – TEMPO DE EXECUÇÃO DE 1m² DOS SISTEMAS ........................... 79 LISTA DE TABELAS TABELA 1 – PROPRIEDADES DA ARGAMASSA NOS ESTADOS FRESCO E ENDURECIDO .......................................................................................................... 22 TABELA 2– CAMADAS DO REVESTIMETNO ......................................................... 22 TABELA 3 – DIMENSÕES REAIS DOS BLOCOS DE CONCRETO SIMPLES ........ 38 TABELA 4– CARACTERÍSTICAS DE DESEMPENHO DO DRYWALL .................... 47 TABELA 5 – BLOCO CERÂMICO REVESTIDO COM ARGAMASSA PREPARADA EM OBRA .................................................................................................................. 56 TABELA 6 – BLOCO CERÂMICO REVESTIDO COM ARGAMASSA INDUSTRIALIZADA .................................................................................................. 59 TABELA 7 – BLOCO CERÂMICO REVESTIDO COM PASTA DE GESSO ............. 61 TABELA 8 – BLOCO DE CONCRETO REVESTIDO COM ARGAMASSA INDUSTRIALIZADA .................................................................................................. 62 TABELA 9 – BLOCO DE CONCRETO REVESTIDO COM PASTA DE GESSO ...... 64 TABELA 10 – DRYWALL SEM E COM ISOLAMENTO EM LÃ MINERAL ................ 66 TABELA 11 – COMPARATIVO DE CARACTERÍSTICAS ENTRE BLOCO DE CONCRETO E BLOCO CERÂMICO. ........................................................................ 67 TABELA 12 – CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA DE DRYWALL E ALVENARIA .. 68 TABELA 13 – PARÂMETROS PARA ANÁLISE DOS REVESTIMENTOS EM ARGAMASSA............................................................................................................ 70 TABELA 14 – CARACTERÍSTICAS DO REVESTIMENTO EM PASTA DE GESSO E ARGAMASSA............................................................................................................ 74 TABELA 15 – RESIDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL (DESTINAÇÃO) .................... 76 TABELA 16 – VIABILIDADE DOS SISTEMAS CONSTRUTIVOS ............................ 80 LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas ABCP Associação Brasileira de Cimento Portland a.C. Antes de Cristo BDI Benefícios e Despesas Indiretas NBR Norma Brasileira TCPO Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos UFPR Universidade Federal do Paraná SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................................................12 1.1. 2. 3. IMPORTANCIA DA PESQUISA ............................................................................................................... 12 OBJETIVOS DO ESTUDO .................................................................................................................13 2.1. OBJETIVOS GERAIS ............................................................................................................................ 13 2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS................................................................................................................... 13 REVISÃO DE LITERATURA ..............................................................................................................14 3.1. CONCEITOS BÁSICOS .......................................................................................................................... 14 3.2. VEDAÇÃO VERTICAL INTERNA ............................................................................................................ 15 3.2.1. Histórico........................................................................................................................................ 15 3.2.2. Definição ...................................................................................................................................... 16 3.3. REVESTIMENTO VERTICAL ................................................................................................................. 17 3.3.1. Histórico........................................................................................................................................ 17 3.3.2. Definição ...................................................................................................................................... 18 3.3.3. Revestimento em Argamassa Mista ........................................................................................ 20 3.3.3.1. Definição ............................................................................................................................................ 20 3.3.3.2. Características ...................................................................................................................................21 3.3.3.3. Procedimento Executivo ...................................................................................................................24 3.3.3.3.1.Revestimento em Argamassa Mista Preparada em Obra ..........................................................26 3.3.3.3.2.Revestimento em Argamassa Mista Industrializada ...................................................................29 3.3.4. 3.4. Revestimento em Gesso............................................................................................................ 33 3.3.4.1. Definição .............................................................................................................................................33 3.3.4.2. Características ...................................................................................................................................33 3.3.4.3. Procedimento Executivo ...................................................................................................................35 ALVENARIA DE VEDAÇÃO VERTICAL INTERNA COM BLOCO DE CONCRETO ..................................... 36 3.4.1. Definição ...................................................................................................................................... 36 3.4.2. Características ............................................................................................................................ 37 3.4.3. Procedimento Executivo ............................................................................................................ 38 3.5. ALVENARIA DE VEDAÇÃO VERTICAL INTERNA COM BLOCO CERÂMICO ............................................ 39 3.5.1. Definição ...................................................................................................................................... 39 3.5.2. Características ............................................................................................................................ 40 3.5.3. Procedimento Executivo ............................................................................................................ 42 3.6. VEDAÇÃO VERTICAL EM DRYWALL .................................................................................................... 43 3.6.1. Definição ...................................................................................................................................... 43 3.6.2. Características ............................................................................................................................ 44 3.6.3. 4. 5. Procedimento Executivo ............................................................................................................ 47 RESÍDUOS DOS SISTEMAS CONSTRUTIVOS..............................................................................50 4.1. RESÍDUOS DE ENTULHOS .................................................................................................................... 50 4.2. RESÍDUOS DE GESSO .......................................................................................................................... 52 METODOLOGIA..................................................................................................................................55 5.1. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ................................................................................................. 55 6. ESTUDO COMPARATIVO ......................................................................................................................55 6.1. CUSTO DOS SISTEMAS ....................................................................................................................... 55 6.2. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DOS SISTEMAS .................................................................................... 67 6.2.1. Comparativo entre vedações verticais internas ..................................................................... 67 6.2.1.1. Comparativo entre: Blocos de concreto e Blocos cerâmicos .....................................................67 6.2.1.2. Comparativo entre: Drywall e Alvenaria .........................................................................................67 6.2.2. Comparativo entre os revestimentos das vedações verticais interns ................................. 69 6.2.2.1. Comparativo entre: Argamassa Produzida em Obra e Argamassa Industrializada ................69 6.2.2.2. Comparativo entre: Pasta de Gesso e Argamassas ....................................................................74 7. RESULTADOS E DISCUSSÃO .........................................................................................................75 8. CONCLUSÃO ......................................................................................................................................84 9. REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................86 12 1. INTRODUÇÃO A presente pesquisa originou-se da necessidade de conhecimento dos sistemas construtivos no setor da construção civil. O estudo de vedação vertical interna mais empregados no Brasil, com intenções de otimização, produtividade, diminuição de custos, qualidade, praticidade, agilidade e redução de desperdício, de modo a aliar as peculiaridades da obra que se pretende executar com as vantagens e limitações da alternativa construtiva. 1.1. Importância da Pesquisa A presente pesquisa tem caráter informativo, e possibilita ter uma visão mais ampla e aprofundada sobre as alternativas de vedação vertical interna empregadas no Brasil com finalidade de: Produtividade e racionalização (otimização); Redução de prazos, custos e desperdício, garantindo qualidade ao setor da construção civil. Atualmente as principais formas de construção empregadas são: Alvenaria não estrutural de blocos cerâmicos ou blocos de concreto, revestidas em argamassa ou pasta de gesso e vedação em chapas de gesso acartonado. Foram levados em consideração os aspectos qualitativos e quantitativos desses sistemas. Através deste estudo, pode ser levantada a opção construtiva mais adequada que poderá ser empregada em função do tipo de obra e das necessidades da mesma. A pesquisa quantitativa aferirá aquilo que pode ser mensurado, medido, contado. Possui, portanto, alto teor descritivo. Já a pesquisa qualitativa constitui uma propriedade de ideias, coisas ou pessoas que permite que sejam diferenciadas entre si de acordo com suas naturezas (BONAT, 2009). 13 2. OBJETIVOS DO ESTUDO 2.1. Objetivos Gerais Análise comparativa através dos custos de execução e características tecnológicas entre os sistemas de vedações verticais internas em alta no mercado brasileiro a partir de material bibliográfico, no sentido de servir como apoio para a construção ou reforma de edificações. 2.2. Objetivos Específicos a) Identificar as alternativas mais usuais de vedação vertical interna; b) Levantar custos para cada processo construtivo; c) Levantar as características tecnológicas dos materiais e sistemas; d) Comparar custos; e) Analisar as potencialidades e limitações em relação às características. 14 3. REVISÃO DE LITERATURA 3.1. Conceitos Básicos Para facilitar o entendimento do trabalho, alguns conceitos fundamentais são descritos abaixo: Vedação vertical: A vedação vertical pode ser entendida como sendo um subsistema do edifício constituído por elementos que compartimentam e definem os ambientes internos, controlando a ação de agentes indesejáveis (FRANCO et. al., 2008). Alvenaria: A alvenaria caracteriza-se por ser um subsistema da construção produzido no canteiro, resultante da união de seus componentes (tijolos ou blocos) através de juntas de argamassa, formando um conjunto rígido e coeso (SABBATINI, 1984). Argamassa de cal: argamassa preparada com cal como único aglomerante (NBR 13529 - ABNT, 1995). Argamassa mista: argamassa na qual os aglomerantes são o cimento e a cal, em proporções adequadas à finalidade a que se destina (YAZIGI, 2004). Revestimento: é o recobrimento de uma superfície lisa ou áspera com uma ou mais camadas sobrepostas de argamassa, em espessura normalmente uniforme, apta a receber um acabamento final (NBR 13529 ABNT, 1995). Conformação: vedações obtidas por moldagem a úmido no local – emprega materiais com plasticidade obtida pela adição de água, (SABBATINI, 2003). Acoplamento a seco: vedações obtidas por montagem através de dispositivos (pregos, parafusos, rebites, cunhas, etc). Compõe a técnica construtiva conhecida no exterior como “Dry Construction”, por não empregar materiais obtidos com adição de água (SABBATINI, 2003). 15 Racionalização: ato ou efeito de racionalizar alguma coisa, tornar racional, tornar mais eficientes os processos de trabalho ou a organização de empreendimentos (BARROS, 1998). Vedações leves: representados por elementos de pequena densidade superficial, não estruturais (SOUZA, 1998). Vedações pesadas: são elementos com função estrutural ou não e com densidade superficial elevada (SOUZA, 1998). Vida útil de projeto: a vida útil é uma indicação do tempo de vida ou da durabilidade de um edifício e suas partes, como uma aproximação da durabilidade desejada pelo usuário,representando uma expressão de caráter econômico de uma exigência do usuário, contemplando custos iniciais, custos de operação e de manutenção ao longo do tempo (NBR 15575-1:2008). 3.2. Vedação Vertical Interna 3.2.1. Histórico A evolução da alvenaria acompanha a evolução da humanidade, composta de materiais de alta tecnologia que oferecem maior resistência, leveza e um menor custo, além de apresentarem elevada resistência ao tempo. O desenvolvimento de materiais como os blocos de concreto, cerâmico, sílico-calcáreo, concreto celular etc., representam uma revolução na história da alvenaria. A alvenaria de vedação é constituída por blocos ou tijolos unidos por juntas de argamassa, formando um conjunto monolítico de características próprias. Os elementos que formam a alvenaria de vedação possuem, cada um, características próprias, porém são independentes mas interagem entre si (TRAMONTIN, 2005). Segundo SILVA (2002), com a necessidade de novas técnicas para produção de vedação vertical em 1898 nos Estados Unidos, Augustine Sackett desenvolve a chapa de gesso acartonado que veio revolucionar a construção civil. Com o passar do tempo a “chapa drywall” sofreu muitas alterações, e em meados de 1990 ganhou aceitação no Brasil (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DRYWALL, 2011). A modernização da construção civil é hoje uma exigência da sociedade. Os desperdícios, o “atraso tecnológico”, a primariedade dos métodos construtivos, o 16 despreparo da mão de obra, são temas discutidos por toda a coletividade e não apenas no setor. Mas, além da exigência social e ambiental, a modernização constitui um fator essencial de sobrevivência para empresas que atuam neste setor, levando assim muitas delas a investir em seus meios de produção. A necessidade obriga a manter-se competitiva e isto cria uma corrente favorável para modernização (MACIEL et.al. 1998). 3.2.2. Definição CARDOSO (2001), define as vedações verticais como sendo um subsistema do edifício, constituído pelos elementos que: definem e limitam verticalmente o edifício e seus ambientes internos e controlam a passagem de agentes indesejáveis. O autor encara o edifício como um sistema, do ponto de vista construtivo, pode-se dividi-lo nas seguintes partes: fundações, estrutura, vedações verticais, esquadrias, instalações, revestimentos das vedações verticais, vedações horizontais, revestimentos das vedações horizontais, cobertura, impermeabilização, entre outros. A vedação como um sistema está associado ao cumprimento dos requisitos de desempenho: segurança estrutural, isolação térmica, isolação acústica, estanqueidade, segurança ao fogo, estabilidade, durabilidade, estética e economia (FRANCO, 1998). São muitas as tipologias possíveis de serem empregadas como vedação vertical, da parede tradicional de alvenaria de tijolo cerâmico com reboco mais emboço aos painéis pré-fabricados, dos processos de moldagem no próprio local aos processos de moldagem mecânica e componentes industrializados. Processos dos mais variados graus de industrialização e níveis de custo. E também, com uma ampla diferenciação no desempenho funcional (MACIEL et.al., 1998). Segundo SABBATINI (2003) As vedações verticais representam cerca de 35% a 60% do custo total do edifício. BARROS (1998) descreve que através da racionalização da produção das alvenarias de vedação é possível reduzir os custos, aumentar a produtividade e reduzir os problemas patológicos. Porém tais desempenhos só podem ser obtidos se, antes de mais nada, houver um projeto. 17 Segundo a ABCP (2012), o projeto de vedação tem a função de coordenar e compatibilizar todos os sistemas envolvidos. Além disso, permite ajustes e detalhes técnicos que beneficiam a produtividade da obra. Assume papel importante por definir parâmetros como: Escolha dos materiais e componentes que deverão ser empregados; Geometria das paredes evitando desperdícios e retrabalho; Reforços e detalhes adequados para o bom desempenho; Execução adequada aos padrões escolhidos; Compatibilidade das vedações às estruturas e instalações; Planejamento logístico; Tecnologias de produção mais adequadas – incluindo equipamentos; Controle de qualidade também para serviços; Integração das soluções de todos os subsistemas. Ter um projeto de vedação vertical é ferramenta essencial para o planejamento e produção no canteiro de obras. O conceito de racionalização construtiva só pode ser plenamente empregado quando as ações são planejadas desde o momento da concepção do empreendimento. O nível de detalhamento alcançado e a diminuição das incertezas trazidas pela padronização na execução das técnicas e detalhes construtivos, com especificações claras de todos os componentes que devem ser empregados, bem como a forma de montagem ou assentamento, e características tecnológicas, fornece informações necessárias para o planejamento operacional da obra, auxiliando na atividade de suprimento de materiais e ferramentas, no controle físico e financeiro e a gestão da mão de obra durante a execução dos serviços (FRANCO, 1998). 3.3. Revestimento Vertical 3.3.1. Histórico Em recentes descobertas arqueológicas, tornou-se evidente que o emprego do gesso remonta ao 8º milênio a.C (ruínas na Síria e na Turquia). As argamassas em gesso e cal serviram de suporte em afrescos decorativos e na realização de 18 pisos. Foram encontrados também, nas ruínas da cidade de Jericó, no 6º milênio a.C. traços do emprego de gesso em moldagens e modelagens. O gesso é bastante conhecido na grande pirâmide erguida por Quéops, rei do Egito. Entretanto, o filósofo Theofraste, que viveu entre IV e III séculos antes de Jesus Cristo, tornou-se conhecido por seu “Tratado de Pedra”, que é o mais antigo e mais documentado dos autores que se interessam pelo gesso. Theofraste citou a existência de gesseiras em Chipre, na Fenícia e na Síria (CLARO, 2013). Segundo ANTUNES (1999), o gesso é o mais antigo aglomerante que se tem notícia. Seu emprego era variado, desde a confecção de objetos decorativos até revestimento de paredes. A medida que o conhecimento acerca do gesso se desenvolveu, a adição da cal também passou a ser estudada. Segundo CLARO (2013), o desenvolvimento da argamassa de cal como sistema construtivo, ocorreu em Roma, durante o Império Romano, há mais de 2000 anos. No Brasil, a argamassa passou a ser utilizada no primeiro século de nossa colonização, para assentamento de alvenaria de pedra. A cal que constituía tal argamassa era obtida através da queima de conchas e mariscos. Já a argamassa industrializada só chegou ao Brasil na década de 1980 com o objetivo de minimizar as variações decorrentes da dosagem em obra; nos anos 90 disseminou-se sua utilização com o uso das chamadas “argamassas de múltiplo uso”, lançadas no mercado como adequadas para revestimento, assentamento e contrapiso. Atualmente são disponíveis quatro tipos de argamassas para uso em situações específicas, tais como: revestimento interno, revestimento externo, assentamento de vedação e assentamento estrutural (AGUIAR, 2004). 3.3.2. Definição Segundo SABBATINI (2003) os revestimentos são definidos como sendo um conjunto de camadas que recobre as vedações de um edifício e a estrutura, com funções de: protegê-las contra a ação de agentes de deterioração; complementar as funções de vedação (estanqueidade ao ar e a água, proteção termo-acústica e funções de segurança, contra ação do fogo) e, se constituir no acabamento final exercendo funções estéticas e de valorização econômica, relacionadas com o uso do edifício. 19 Para início da execução dos revestimentos internos são necessárias algumas verificações iniciais quanto as vedações em alvenaria, como descreve (FIGURA 2) Manual de Revestimentos de Argamassas da ABCP (2012): Todas as alvenarias devem estar concluídas há pelos menos 30 dias e fixadas internamente há pelo menos 15 dias; A estrutura deve estar concluída há pelo menos 120 dias, à exceção dos 3 últimos pavimentos onde se admite 60 dias; Contra-marcos e batentes (se for o caso) devem estar chumbados ou os referenciais de vão devem estar definidos; Quaisquer dutos que passem pelas alvenarias devem estar concluídos, fixados e testados. FIGURA 1 – CONDIÇÕES PARA INÍCIO DOS SERVIÇOS DE REVESTIMENTO FONTE: Manual de Revestimentos de Argamassa (2012) 20 3.3.3. Revestimento em Argamassa Mista 3.3.3.1. Definição A NBR -7200 (1998) define a argamassa para revestimento como uma mistura homogênea de aglomerante, agregado miúdo e água, contendo ou não aditivos ou adições, com propriedades de aderência e endurecimento. Segundo o Manual de Revestimentos em Argamassa, as argamassas mais utilizadas para revestimentos são à base de cal, à base de cimento e as mistas de cal e cimento, dependendo das proporções entre os constituintes da mistura e sua aplicação. Este estudo se refere ao uso das argamassas mistas, que segundo CLARO (2013), são compostas de cimento, cal e areia. A cal pode ser classificada em: cal hidratada (em pó) ou cal virgem (em pedras ou em pó), esta deve passar por um processo de hidratação, enquanto a cal hidratada pode ser comprada pronta. Cada um dos componentes citados apresentam características próprias que interferem nas propriedades da argamassa e do revestimento, formando uma mistura mais completa (CLARO, 2013). A função da cal é plastificante, por sua capacidade de reter água e ter trabalhabilidade. A função do cimento é dar resistência e aumentar a velocidade de endurecimento. Esse tipo de argamassa se adapta e é indicada para vários usos em alvenaria, seja ela estrutural ou não. FREITAS JR. (2012) descreve que as argamassas devem apresentar ainda resistência mecânica aos impactos, à tração, ao cisalhamento, resistência as tensões normais e tangenciais, a umidade e agentes agressivos, além de oferecer boa aderência e estar livres de fissuras e bolhas. AZEREDO (1987) diz que quando se utilizada a cal hidratada, deve-se ter cuidado de peneirar a cal para evitar no futuro a existência de grãos minúsculos de cal que, com o tempo, irá estufar e estourar o revestimento. Segundo AZEREDO (1987), na construção civil, mais especificamente na construção de um edifício, a argamassa entra como elemento que fixa os materiais entre si como uma cola e é responsável pela ligação dos elementos, bem como pela aparência e qualidade. 21 3.3.3.2. Características Neste trabalho, optou-se pela utilização argamassa fabricada com cal hidratada, por possuir as seguintes vantagens em relação a argamassa preparada com cal virgem, como descreve CLARO (2013): Maior facilidade de manuseio, transporte e armazenamento; Produto pronto para ser utilizado, eliminando operação de extinção e longos envelhecimentos; Por ser um produto seco, pulverulento, oferece maior facilidade de mistura na elaboração das argamassas que a pasta de cal resultante da extinção da cal virgem; Não está sujeita aos riscos provocados pela hidratação espontânea da cal virgem e por incêndios que podem ocorrer durante o seu transporte ou seu armazenamento. Quanto as principais funções dos revestimentos em argamassa, MACIEL et al. (1998) define: Proteger os elementos de vedação dos edifícios da ação direta dos agentes agressivos; Auxiliar as vedações no cumprimento das suas funções como, por exemplo, o isolamento termo-acústico e a estanqueidade à água e aos gases; Regularizar a superfície dos elementos de vedação, servindo de base regular e adequada ao recebimento de outros revestimentos ou constituir-se no acabamento final; Contribuir para a estética. A fim de que os revestimentos de argamassa possam cumprir as funções acima citadas, é importante que apresente um conjunto de propriedades específicas (TABELA 1) relativas à argamassa no estado fresco e no estado endurecido (MACIEL et al., 1998). 22 TABELA 1 – PROPRIEDADES DA ARGAMASSA NOS ESTADOS FRESCO E ENDURECIDO ESTADO FRESCO ESTADO ENDURECIDO Massa específica e teor de ar Aderência Capacidade Trabalhabilidade de absorver deformações Retenção de água Resistência mecânica Aderência inicial Resistência ao desgaste Retração na secagem Durabilidade Fonte: MACIEL et al., 1998. FIORITO (1994) ressalta que a aplicação deve seguir os padrões recomendados pelas normas tanto em termos de traço como na seleção dos materiais que fazem parte de sua composição. Em relação à espessura para ambientes internos, SABBATINI (2003) cita uma variação de 5mm a 20 mm. Quanto às camadas de revestimentos de argamassa podem ser resumidas na TABELA 2, de acordo BAÍA e SABBATINI (2001). TABELA 2 – CAMADAS DO REVESTIMENTO Número de camadas Camada única Duas Camadas Tipo Funções Massa Regularização e única acabamento Emboço Regularização Reboco Acabamento FONTE: Baía e Sabbatini, 2001. Para BAÍA e SABBATINI (2001), esses dois tipos de revestimento podem ser aplicados sobre uma camada de preparo de base, denominada chapisco conforme apresenta a FIGURA 2 a seguir: 23 FIGURA 2 – CAMADAS DO REVESTIMENTO DE ARGAMASSA DA VEDAÇÃO VERTICAL: EMBOÇO E REBOCO; MASSA ÚNICA FONTE: MACIEL et.al. (1998). Os revestimentos de modo geral são sempre constituídos de diversas camadas de materiais diferentes ligados entre si, as quais deve se ter muita atenção, pois qualquer deformação no conjunto resultara em tensões no mesmo (FIORITO, 1994). Para obter um resultado satisfatório na produção do revestimento e no seu desempenho, através do aumento da qualidade e produtividade e da redução de falhas, desperdícios e custo, MACIEL et.al. (1998) fala que é necessário a elaboração do Projeto de Revestimentos, devendo conter: O tipo de revestimento (número de camadas); O tipo de argamassa; Espessuras das camadas; Os detalhes arquitetônicos e construtivos; As técnicas mais adequadas para a execução; O padrão de qualidade dos serviços. 24 3.3.3.3. Procedimento Executivo Segundo MACIEL et.al. (1998), para qualquer tipo de revestimento (emboço e reboco ou camada única) deve-se executar a camada de aderência e a preparação da superfície para recebimento da camada de revestimento. Camada de aderência (Chapisco) Refere-se ao preparo da base, aplicada de forma contínua ou descontínua, com a finalidade de uniformizar a superfície quanto à absorção e melhorar a aderência do revestimento (NBR 13529/95). O chapisco é composto basicamente de argamassa de cimento e areia grossa no traço em volume de 1:3 e 1:4 bastante fluida. O acabamento é extremamente áspero e irregular, criando ancoragens mecânicas para aderência da camada seguinte (FIORITO, 1994; LORDSLEEM Jr., 2001). Segundo a TCPO (2010): Para aplicação do chapisco, a base devera estar limpa, livre de pó, graxas, óleos, eflorescências, materiais soltos, ou quaisquer produtos que venham prejudicar a aderência. A aplicação do chapisco devera ser realizada através de aspersão vigorosa da argamassa, continuamente sobre toda área da base que se pretende revestir. AZEREDO (1987) lembra também que deve ser lançado com certa violência, de uma distância aproximada de um metro. Quando a base apresentar elevada absorção, molhar antes da aplicação. AZEREDO (1987),sugere que em concreto não se deve molhar a superfície que receberá chapisco, já em superfícies de alvenarias devese molhar a superfície, para que não ocorra absorção da água necessária à cura da argamassa do chapisco (YAZIGI, 2006). Entretanto, o autor observa que o excesso de água (saturamento), pode ser prejudicial, uma vez que os poros saturados irão inibir o microagulhamento da pasta de aglomerante dentro dos mesmos (mecanismo que configura a aderência sobre substratos porosos). 25 Preparação da superfície para recebimento da camada de revestimento TCPO (2010): Deve ser executada 3 dias após a aplicação do chapisco. Usar guias para sarrafeamento, espaçadas no mínimo 2m. Segundo BAÍA e SABBATINI (2001), o taliscamento é a definição da espessura do revestimento, consistindo na fixação de cacos cerâmicos, com a mesma argamassa utilizada para o revestimento, em pontos específicos e respeitando a espessura definida. É recomendável que o taliscamento seja feito previamente em toda a extensão da superfície a ser revestida, de forma que a argamassa se encontre endurecida, mantendo as taliscas fixas e firmes, para apoiarem e servirem de referência para a execução das mestras. Executar as guias ou mestras. Segundo MACIEL et.al. (1998), as mestras são faixas estreitas e contínuas de argamassa feitas entre duas taliscas, que servem de guia para a execução do revestimento. Através desses elementos, fica delimitada uma região onde será aplicada a argamassa. Sobre as mestras, a régua metálica é apoiada para a realização do sarrafeamento. Retirar o excesso e regularizar a superfície com a passagem do sarrafo. Em seguida, as depressões deverão ser preenchidas mediante novos lançamentos de argamassa nos pontos necessários, repetindo-se a operação ate conseguir uma superfície cheia e homogênea. É aconselhável que a aplicação da argamassa seja feita de maneira sequencial, em cada trecho delimitado pelas mestras. Depois de aplicada a argamassa, deve ser feita uma compressão com a colher de pedreiro, eliminando os espaços vazios e alisando a superfície (MACIEL et.al.,1998). Segundo a ABNT NBR 7200 (1998) durante esta operação devem ser retiradas as taliscas e preenchidos os vazios deixados por elas. A partir dos procedimentos apresentados, segue-se a execução de acordo com o tipo de argamassa empregado: Argamassa mista preparada em obra ou argamassa industrializada. 26 3.3.3.3.1. Revestimento em Argamassa Mista Preparada em Obra Segundo o Manual de Revestimentos de Argamassas, a argamassa preparada em obra é conhecida como um sistema tradicional, onde a fabricação empírica (traço), resume-se em definir os materiais constituintes em volume ou massa misturados na própria obra, mecanicamente em uma certa sequencia por um dado tempo (NBR 13529/95). Segundo AZEREDO (1987), nos canteiros de obra das edificações habitacionais e comerciais, a definição dos traços das argamassas é feita, em geral, ao arbítrio de mestres, pedreiros ou serventes. Dessa forma, há dificuldade com as quantidades e mistura, tornando a qualidade variável e ainda existe a possibilidade de contaminação dos materiais, ou seja, é uma argamassa muito mais suscetível a problemas (FREITAS JR., 2012). O Manual de Revestimentos de Argamassas cita a importância de ter controle da uniformidade do produto, seja através do controle dos materiais constituintes, seja pelo controle da própria argamassa. Outro fator que deve ser levado em consideração é quanto a armazenagem dos materiais (FIGURA 3), que deve ser feita de maneira adequada, havendo a necessidade de se prever áreas de estocagem para as matérias-primas, tais como agregados e cal. A cal deve ser sempre armazenada protegida de intempéries e em local de fácil acesso. Os agregados devem ser estocados em baias cujos pisos devem ser preferencialmente cimentados e separadas em função de cada tipo de material (Manual de Revestimentos de Argamassas (2012). 27 FIGURA 3 – ARGAMASSA PRODUZIDA EM OBRA Recebimento Armazenagem: Cal Cal (sacos) Areia Areia (sacos) Preparo da Argamassa Armazenagem: Espera por Armazenagem no transporte andar: vertical Espera por aplicação Aplicação FONTE: Manual de Revestimentos de Argamassas (s/d) SALGADO (2012), cita os dois tipos de revestimentos de argamassas, cada uma com propriedades diferenciadas, adequadas ao cumprimento das funções específicas. Argamassa de regularização (Emboço) Camada de revestimento executada para cobrir e regularizar a superfície da base ou chapisco, propiciando uma superfície que permita receber outra camada, de reboco ou de revestimento decorativo, ou que se constitua no acabamento final (NBR 13529/95). Para FREITAS JR. (2012), o emboço, ou massa grossa, é composto basicamente de argamassa de cimento, cal e areia média no traço 1:2:9 em volume e deve apresentar espessura média entre 15mm e 25mm, admitindo-se até 30mm. É aplicada diretamente sobre a base previamente preparada (chapiscada) e se destina receber as camadas posteriores (reboco e revestimento final). Para tanto deve apresentar porosidade e textura superficiais compatíveis com a capacidade de aderência do acabamento previsto. Ambas são características determinadas pela granulometria dos materiais e pela técnica de execução. Segundo SABBATINI (2003). 28 Argamassa de acabamento (Reboco) Camada de revestimento utilizada para cobrimento do emboço (NBR 13529/95). Segundo FREITAS JR. (2012), é composto por argamassa de cal e areia fina no traço 1:4, em volume. Tem finalidade de servir de acabamento dos revestimentos de argamassa ou de suporte para a pintura, devendo ser perfeitamente regular, com pouca porosidade. Sua espessura, apenas o suficiente para constituir uma película sobre o emboço, não deve ultrapassar 5mm. Deve apresentar resistência superficial elevada, para absorver as solicitações sem danificar-se, pois está sujeita a desgaste superficial provocado por atividades do usuário ou por agentes agressivos (SABBATINI, 2003). Para SILVA (2006) a aplicação segue molhando-se o emboço, colocando a argamassa na desempenadeira e comprimindo-a, de baixo para cima no emboço, de maneira que se obtenha uma espessura de 3 a 4 mm. Em seguida, com movimentos circulares, procura-se desbastar a espessura e ao mesmo tempo uniformizar a parede de maneira a se atingir uma camada de 2 a 3 mm. MACIEL et al. (1998) descreve as atividades, equipamentos e aspectos quanto a produção e organização do canteiro, para produção de argamassa preparada em obra: Atividades: medição, em massa ou em volume, das quantidades de todos os materiais constituintes; Transporte desses materiais até o equipamento de mistura; Colocação dos materiais no equipamento; mistura. Equipamentos: equipamento de mistura (betoneira ou argamassadeira); Recipientes para a medição dos materiais (carrinhos de mão ou padiolas); pás; peneiras para eliminar torrões e materiais estranhos ao agregado. Central de produção: número de equipamentos de mistura adequado ao volume diário de consumo e próxima ao estoque dos materiais e ao equipamento de transporte vertical). Estocagem individual de cada material, tendo assim, maior área de estocagem e interferência com o transporte vertical de outros materiais. 29 Normatização para execução de argamassa preparada em obra: NBR 7200:1998 - Execução de revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas – Procedimento. NBR 5735:1991 - Cimento Portland de alto-forno. NBR 5732:1991 - Cimento Portland comum. NBR 13749:1996 - Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas – Especificação. NBR 13530:1995 - Revestimentos de paredes e tetos de argamassas inorgânicas. NBR 13529:1995 - Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas. NBR 13276:2005 – Argamassa para assentamento de paredes e revestimentos de paredes e tetos – Determinação do teor de água para obtenção do índice de consistência-padrão – Método de ensaio. NBR 13277:2005 – Argamassa para assentamento de paredes e revestimento de paredes e tetos – Determinação da retenção de água – Método de ensaio. NBR 13278:2005 – Argamassa para assentamento de paredes e revestimento de paredes e tetos – Determinação da densidade de massa e do teor de ar incorporado NBR 13279:2005 – Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos – Determinação da resistência a compressão – Método de ensaio. NBR 13280:2005 - Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos - Determinação da densidade de massa aparente no estado endurecido. NBR13281:2005 - Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos NBR 15258:2005 - Argamassa para revestimento de paredes e tetos - Determinação da resistência potencial de aderência à tração. NBR 15259:2005 - Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos - Determinação da absorção de água por capilaridade e do coeficiente de capilaridade. 3.3.3.3.2. Revestimento em Argamassa Mista Industrializada Segundo a NBR 13529/95, a argamassa industrializada é proveniente da dosagem controlada, em instalação própria, de aglomerante(s) de origem mineral, agregado(s) miúdo(s) e, eventualmente, aditivo(s) e adição(ões) em estado seco e homogêneo. A embalagem pode ser plástica ou de papel Kraft, semelhante aos 30 sacos de cal e cimento. No momento da utilização, o preparo da argamassa é feito apenas com adição de água. No que se refere as composições, optamos pelo chapisco rodado em obra e o camada única com argamassa industrializada. O Manual de Revestimentos em Argamassa fala que por serem produzidas por processos industriais, mecanizados e com controle rígido de produção, as argamassas ensacadas apresentam grande uniformidade de dosagem. Isto significa dizer que se pode conseguir a repetição de um traço com um grau de confiança satisfatório. O preparo pode ser efetuado em uma única central que se faça o transporte da argamassa pronta até o local de uso (FIGURA 4), ou de uma maneira mais racional, pode-se transportar os sacos e armazená-los nos andares (FIGURA 5), efetuando o preparo através de misturadores alocados no pavimento, no momento da aplicação (Manual de Revestimentos em Argamassa (s/d). FIGURA 4 - ARGAMASSA ENSACADA Recebimento: Sacos de argamassa Armazenagem no andar: Sacos de argamassa Armazenagem no andar: Pequenas quantidades Preparo da Argamassa Aplicação FONTE: Manual de Revestimentos de Argamassas (2012). 31 FIGURA 5 – ARGAMASSA ENSACADA COM TRANSPORTE VERTICAL Recebimento: Sacos de argamassa Preparo da Argamassa Armazenagem: Sacos de argamassa Armazenagem: Espera por transporte vertical Armazenagem no andar: Espera por aplicação Aplicação FONTE: Manual de Revestimentos de Argamassas (s/d). MACIEL et al. (1998) descreve as atividades, equipamentos e aspectos quanto a produção e organização do canteiro: Atividades: colocação da quantidade específica do material em pó no equipamento de mistura, seguida da adição da água. Equipamentos: argamassadeira e os recipientes para a colocação da água. Central de produção: caso não seja produzida nos próprios pavimentos do edifício, há possibilidade de redução da ocupação do canteiro e interferência com o transporte vertical dos outros materiais. Estocagem dos sacos de argamassa, menor área de estocagem, maior facilidade de controle do material. Características: Na mistura da argamassa recomenda-se o uso de equipamentos de mistura mecânica, onde pode ser utilizada a argamassadeira. A mistura manual deve ser evitada, pois não permite uma mistura homogênea, podendo comprometer o desempenho do revestimento. 32 A quantidade de água que será acrescentada na mistura deve “sempre” ser dosada, de acordo com o traço exigido; Exige a regularidade das alvenaria, assim como, blocos de concreto e cerâmicos de melhor qualidade. As propriedades são asseguradas pelo fabricante. Espessura varia de 5mm a 10mm, podendo chegar até no máximo 20mm.(FREITAS JR., 2012). Normatização para execução de argamassa industrializada: NBR 13281:2005 – Argamassa industrializada para assentamento de paredes e revestimento de paredes e tetos – Especificação. NBR 13276:2005 – Argamassa para assentamento de paredes e revestimentos de paredes e tetos – Determinação do teor de água para obtenção do índice de consistência-padrão – Método de ensaio. NBR 13277:2005 – Argamassa para assentamento de paredes e revestimento de paredes e tetos – Determinação da retenção de água – Método de ensaio. NBR 13278:2005 – Argamassa para assentamento de paredes e revestimento de paredes e tetos – Determinação da densidade de massa e do teor de ar incorporado NBR 13279:2005 – Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos – Determinação da resistência a compressão – Método de ensaio. NBR 13280:2005 - Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos - Determinação da densidade de massa aparente no estado endurecido. NBR 15258:2005 - Argamassa para revestimento de paredes e tetos - Determinação da resistência potencial de aderência à tração NBR 15259:2005 - Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos - Determinação da absorção de água por capilaridade e do coeficiente de capilaridade. 33 3.3.4. Revestimento em Gesso 3.3.4.1. Definição Segundo CLARO (2013) o revestimento de gesso é o recobrimento de superfícies, paredes e tetos confeccionado in-loco. É uma mistura de aglomerante e água, conforme FIGURA 6. Quando aplicado em paredes substitui o chapisco, o emboço, o reboco e a massa corrida. Este tipo de revestimento é chamado de gesso sarrafeado (FREITAS JR., 2012). FIGURA 6 – PASTA DE GESSO FONTE: Revista Téchne (2012) 3.3.4.2. Características CLARO (2013) recomenda a utilização em superfícies internas secas, pois a umidade e a água alteram as características do gesso. De acordo com Antunes (1999), a aderência e a dureza superficial são as principais propriedades mecânicas a sofrerem influência pela relação água/gesso. De maneira geral, o aumento da relação água/gesso provoca o aumento da porosidade na pasta. Segundo SILVA (2012), a aplicação da pasta de gesso pode ser executada por projeção manual (FIGURA 7) ou mecânica (FIGURA 8) para alvenarias de blocos cerâmicos e de concreto. De acordo com SABBATINI (2003) a pasta têm as seguintes características: 34 Tempo de pega inicial: 10 min. Tempo de pega final: 45 min. Espessura do revestimento: 4 a 15mm. FIGURA 7 - PROJEÇÃO MANUAL FIGURA 8 - PROJEÇÃO MECÂNICA PASTA DE GESSO PASTA DE GESSO FONTE: Revista Téchne (2012) Para aplicação da pasta há necessidade de bases com boa regularidade superficial e precisão geométrica (SABBATINI, 2003). Este tipo de revestimento proporciona excelente acabamento e de pequena espessura, substituindo com vantagens de rapidez e custo os revestimentos convencionais. Não necessita acabamento, frequentemente dispensa massa corrida ou reduz muito seu uso, proporcionando economia de mão de obra (FREITAS JR., 2012). Porém, são suscetíveis a deformações, choques, não auxiliam no isolamento acústico e fixação de cargas suspensas (SABBATINI, 2003). FREITAS JR. (2012) fala ainda da importância de utilizar proteção ou pintura anticorrosiva quando há presença de peças metálicas, para que sejam evitados aparecimento de manifestações patologicas. Quanto a estocagem do material: A pasta de gesso é fornecida em sacos, e a estocagem do material é feita sobre paletes de madeira, em lugar seco, afastado das paredes e empilhamento máximo de 15 sacos (SABBATINI, 2003). 35 3.3.4.3. Procedimento Executivo De acordo com SILVA (2012), a pasta de gesso é lançada manualmente ou mecanicamente sobre a alvenaria, e as demais etapas de acabamento do revestimento de gesso são iguais às do processo convencional: Preparação da superfície; Execução das taliscas (FIGURA 9); Execução das mestras (FIGURA 10); Projeção da pasta; Sarrafeamento (FIGURA 11); Correção do sarrafeamento e alisamento (FIGURA 12) . Em relação ao revestimento com argamassa, eliminam-se as etapas de chapisco, emboço e reboco (CORSINI, 2011). FIGURA 9 – EXECUÇÃO DE TALISCAMENTO FIGURA 10 – EXECUÇÃO DE MESTRAS FONTE: Revista Téchne (2012) FIGURA 11 – EXECUÇÃO DE SARRAFEAMENTO FONTE: Revista Téchne (2012) FIGURA 12 – EXECUÇÃO DE ACABAMENTO 36 SILVA (2012) explica que este sistema é aplicável apenas em áreas internas do edifício, isto é, ambientes secos. Não é recomendável a utilização da pasta de gesso nas paredes ou estruturas de cozinhas, banheiros, áreas de serviço e outras áreas molháveis e molhadas do edifício. No caso de revestimento de gesso sobre estruturas de concreto armado (lajes, vigas e pilares) deve ser prevista a preparação da superfície com a aplicação de “chapisco rolado”, a fim de eliminar a possibilidade de deslocamento do gesso de revestimento em função do desmoldante utilizado nas fôrmas usadas na concretagem, sendo este removido da superfície do concreto antes da aplicação do revestimento de gesso projetado. De acordo com CORSINI (2011), a espessura da camada de gesso vai depender, principalmente, da regularidade da superfície, não ultrapassando 20mm. Normatização para execução de pasta de gesso: NBR 12127:1991 Gesso para construção - Determinação das propriedades físicas do pó; NBR 12128:1991 Gesso para construção - Determinação das propriedades físicas da pasta; NBR 12129:1991 Gesso para construção - Determinação das propriedades mecânicas; NBR 12130:1991 Gesso para construção - Determinação da água livre e de cristalização de teores de óxido de cálcio e anidrido sulfúrico; NBR 13207:1994 Gesso para construção civil – Especificações NBR 13867:1994 Revestimento interno de paredes e tetos com pastas de gesso Materiais,preparo, aplicação e acabamento 3.4. Alvenaria de Vedação Vertical Interna com Bloco de Concreto 3.4.1. Definição Conforme a NBR 6136:2007, caracteriza-se bloco vazado de concreto simples para alvenaria sem função estrutural o componente de alvenaria em concreto cuja área líquida for igual ou inferior a 75% da área bruta. Classificam-se na Classe D, para uso em paredes acima do nível do solo. 37 3.4.2. Características Segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos de Cimento, os blocos de concreto são fabricados com cimento, agregados e água, sendo ainda permitido o uso de aditivos. A cura deve assegurar a homogeneidade e integridade em todo processo construtivo. A NBR 6136:2007 apresenta as características técnicas que a alvenaria vertical interna com blocos de concreto sem função estrutural deve atender: Resistência à compressão: A resistência à compressão dos blocos de concreto simples (sem função estrutural) deve ser maior ou igual a 2,0 MPa. Aspecto visual: Os blocos devem ter arestas vivas e não apresentar trincas ou outras imperfeições que possam comprometer a resistência e durabilidade da construção ou prejudicar o seu assentamento. Absorção de água: No caso de uso de agregado normal, a absorção média de água deve ser menor ou igual a 10%. Caso tenha sido utilizado agregado leve, a absorção média deve ser menor ou igual a 13% e a absorção individual deve ser menor ou igual a 16%. Retração na secagem: Menor ou igual a 0,0065%. Tolerâncias dimensionais: As tolerâncias dimensionais são de para largura e 2mm 3mm para altura e comprimento. Classificação quanto a dimensão : Possuem diversas dimensões de fabricação, como é possível observar na FIGURA 13, entre elas as mais comuns existentes no mercado são (largura x altura x comprimento): blocos da família 09x19x39cm, blocos da família 14x19x39cm e blocos da família 19x19x39cm. 38 FIGURA 13 - VARIEDADES DE BLOCOS DE CONCRETO FONTE: TRAMONTIN (2005) As dimensões reais dos blocos vazados de concreto, devem corresponder as dimensões apresentadas na TABELA 3. TABELA 3 - DIMENSÕES REAIS DOS BLOCOS DE CONCRETO SIMPLES Dimensão (cm) Designação Dimensões padronizadas (mm) Largura Altura 20 M - 20 190 190 15 M - 15 140 190 12,5 M - 12,5 115 190 10 M - 10 90 190 Comprimento 390 190 390 190 390 190 390 190 FONTE: NBR 6136:2007 Vida útil de projeto : A vida útil do projeto da alvenaria de vedação interna com blocos de concreto simples é de 20 a 30 anos (NBR 6136:2007). Resíduos de blocos de concreto sem função estrutural : Conforme a resolução Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) 307 de 05 de julho de 2002, os resíduos de concreto e argamassa são considerados classe A, sendo possível serem reutilizados conforme item 4.1 Resíduos de Entulhos. 3.4.3. Procedimento Executivo Quanto à execução da alvenaria com blocos de concreto, são sempre assentados em pé com os furos na vertical, e devem ser molhados para que não absorvam a água da argamassa de assentamento, não ocasionando diminuição de sua resistência (Rodrigues, (s/d)). 39 O TCPO (2010) apresenta o procedimento para execução de vedações com bloco de concreto: 1) Executar a marcação da modulação da alvenaria, assentando-se os blocos dos cantos, em seguida, fazer a marcação da primeira fiada com blocos assentados sobre uma camada de argamassa previamente estendida, alinhados pelo seu comprimento. 2) Atenção à construção dos cantos, que deve ser efetuada verificando-se o nivelamento, perpendicularidade, prumo e espessura das juntas, porque eles servirão como gabarito para a construção em si. 3) Esticar uma linha que servirá como guia, garantindo o prumo e horizontalidade da fiada. 4) Verificar o prumo de cada bloco assentado. 5) As juntas entre os blocos devem estar completamente cheias, com espessura de 10 mm. 6) As juntas verticais não devem coincidir entre fiadas contínuas, de modo a garantir a amarração dos blocos. Normatização para execução de vedação com bloco de concreto NBR6136:2007 - Blocos vazados de concreto simples para alvenaria - Requisitos. 3.5. Alvenaria de Vedação Vertical Interna com Bloco Cerâmico 3.5.1. Definição Segundo a NBR 15270-1 (ABNT, 2005), os blocos cerâmicos para vedação constituem as alvenarias externas ou internas que não tem a função de resistir a outras cargas verticais, além do peso da alvenaria da qual faz parte. 40 FIGURA 14 - BLOCO CERÂMICO FURADO DE VEDAÇÃO COM FUROS NA HORIZONTAL FONTE: NBR 15270-1, 2005 Os blocos cerâmicos são definidos como sendo um componente de alvenaria em forma de um prisma reto, que possui furos prismáticos ou cilíndricos perpendiculares às faces que os contém. A qualidade dos blocos cerâmicos está intimamente relacionada à qualidade das argilas empregadas na fabricação e também ao processo de produção, queimado a elevadas temperaturas (NBR152701:2005). 3.5.2. Características Segundo a NBR 15270:2005, a alvenaria vertical interna com blocos cerâmicos deve atender as seguintes características técnicas: Resistência à compressão: A resistência à compressão dos blocos cerâmicos de vedação tem os seguintes valores mínimos: 1,5 MPa para blocos usados com furos na horizontal e 3,0 MPa para blocos com furos na vertical, referida à área bruta. Aspecto visual: A norma especifica que o bloco cerâmico de vedação seja isento de defeitos sistemáticos, como quebras, superfícies irregulares ou deformações (desvios de forma) que não permitam seu emprego na função especificada. As características da superfície externa do bloco são especificadas de comum acordo entre fornecedor e comprador (face lisa ou com ranhuras). 41 Absorção de água: Limite mínimo de 8% e máximo de 22%. Desvio em relação ao esquadro: Máximo de 3mm. Planeza das faces ou flecha: Flecha máxima de 3mm. Tolerâncias dimensionais (relacionadas às dimensões de fabricação): As tolerâncias dimensionais individuais são de ± 5mm e as tolerâncias dimensionais relativas à média das dimensões são de ± 3mm, para cada grandeza considerada: largura, altura e comprimento. Espessura das paredes dos blocos e dos septos: A espessura mínima das paredes dos blocos deve ser de 7mm e a espessura mínima dos septos, de 6mm. Quando a superfície do bloco apresentar ranhuras, a medida das paredes externas corresponderá à menor espessura. De acordo com Martins (2009) outros aspectos a serem analisados quanto às alvenarias de blocos cerâmicos: Arestas vivas e cantos resistentes; Som “claro” quando percutido; Ausência de fendas e cavidades; Facilidade no corte; Homogeneidade da massa e cor uniforme; Pouca porosidade (baixa absorção). As alvenarias apresentam um bom comportamento às solicitações de compressão, e o principal fator que influi na resistência à compressão da parede é a resistência à compressão do bloco. Quando executadas com juntas de amarração, elas apresentam um razoável poder de redistribuição de cargas, distribuindo as cargas das paredes mais carregadas para as paredes menos carregadas. A redistribuição de cargas só será interrompida em vãos de portas e janelas, onde haverá uma concentração de tensões, onde a utilização de elementos pré-moldados (cintas, vergas e contravergas), elimina possibilidades de rupturas e aparecimento de fissuras (RIPPER, 1995). 42 Os blocos furados têm também um bom comportamento quanto ao isolamento térmico e acústico, devido ao ar que permanece aprisionado no interior dos seus furos (RODRIGUES (s/d)). Vida útil de projeto: A vida útil do projeto de alvenaria de vedação com blocos cerâmicos sem função estrutural é de 20 a 30 anos (NBR15270:2005). Resíduos de blocos de concreto sem função estrutural: Conforme a resolução Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) 307 de 05 de julho de 2002, os resíduos de concreto e argamassa são considerados classe A, sendo possível serem reutilizados conforme item 3.1 Resíduos de Entulhos. 3.5.3. Procedimento Executivo A TCPO (2010) apresenta o procedimento para execução de vedações internas e externas: 1) Executar a marcação da modulação da alvenaria, assentando-se os tijolos dos cantos, em seguida, fazer a marcação da primeira fiada com tijolos assentados sobre uma camada de argamassa previamente estendida, alinhados pelo seu comprimento. Segundo LORDSLEEM JR. (2001), é desejável que para a locação da alvenaria seja designado um pedreiro ou equipe de pedreiros, devidamente qualificados e treinados (habilidosos, motivados, de grande responsabilidade profissional e com capacidade para ler e interpretar o projeto). Recomenda-se também que este pedreiro ou equipe sejam os únicos a executar a locação de todos os pavimentos, resultando no ganho de produtividade, uniformidade e qualidade do serviço. 2) Atenção à construção dos cantos, que deve ser efetuada verificando-se o nivelamento, perpendicularidade, prumo e espessura das juntas, porque eles servirão como gabarito para a construção em si. 3) Esticar uma linha que servirá como guia, garantindo o prumo e horizontalidade da fiada. 4) Verificar o prumo de cada tijolo assentado. 43 5) As juntas verticais não devem coincidir entre fiadas contínuas, de modo a garantir a amarração dos tijolos. Segundo LORDSLEEM Jr. (2001), antes da locação deverá ser verificado o nivelamento da laje, através do nível de mangueira ou aparelho de nível, devendo-se fazer correções caso o desnivelamento seja superior a 2cm. De acordo com o mesmo autor, deve-se dar atenção quanto à marcação da alvenaria em relação aos eixos de referencia, os quais, preferencialmente devem ser os mesmos que foram utilizados na locação da estrutura. Iniciando a locação pelas paredes da fachada e em seguida, locar as paredes internas de acordo com a locação das paredes de fachada. Normatização para execução de vedação com bloco cerâmico NBR 15270-1:2005 - Componentes cerâmicos - Blocos cerâmicos para alvenaria de vedação: terminologia e requisitos. NBR 15270-3:2005 – Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural e de vedação: métodos de ensaio. NBR 8545:1984 - Execução de alvenaria sem função estrutural de tijolos e blocos cerâmicos 3.6. Vedação Vertical em Drywall 3.6.1. Definição Segundo COMAT (2012), o sistema drywall é utilizado na construção de paredes e forros para ambientes internos. É um sistema composto por chapas de gesso (“sanduíche” de cartão com gesso), parafusadas em perfis de aço galvanizado, com alta resistência mecânica e acústica. É também chamado de “Sistema de Construção a seco”. São compostos por um conjunto de componentes, com funções de compartimentação, que definem e limitam verticalmente os ambientes internos dos edifícios, controlando o fluxo de agentes solicitantes e cumprindo as exigências dos usuários (NBR 15758-1:2009). 44 3.6.2. Características O sistema construtivo é composto de chapas de gesso com grandes dimensões (120cm de largura e comprimento variando de 180cm a 360cm, podendo ser produzidas com outros comprimentos mediante encomenda) e espessuras de 6,0, 6,5, 9,0, 12,5 e 15 mm, sendo a de 12,5mm a de uso mais comum (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DRYWALL, 2011). As chapas são compostas por massa de gesso com aditivos prensada entre duas lâminas de cartão. Há três tipos de chapas principais: Standard (ST), para uso geral; Resistente à umidade (RU), também conhecida como “chapa verde”, para usos em ambientes sujeitos a umidade; e Resistente ao Fogo (RF), para áreas nas quais o Corpo de Bombeiros exige maior resistência a incêndios, conhecidas como “chapa rosa”. As bordas ainda podem ser rebaixadas ou quadradas (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DRYWALL, 2011). Segundo a NBR 14715:2001, as chapas de gesso acartonado devem ter as seguintes especificações: Marca e/ou fabricante; Identificação do lote de produção; Tipo de chapa; Tipo de borda; Dimensões da chapa: espessura, largura, expressas de acordo com Sistema Métrico Internacional; Referências a esta Norma. Quanto ao aspecto, às chapas devem ser sólidas, ter faces planas, sem ondulação aparente e sem manchas. O cartão deve estar solidário ao gesso. As peças utilizadas para fixar os componentes do sistema Drywall (paredes) são: buchas plásticas e parafuso com diâmetro mínimo de 6mm e a fixação deve ser à base de “tiros” (com pistolas adequadas para a finalidade) (COMAT, 2012).A fixação entre os componentes do sistema drywall se dividem em dois tipos: Fixação dos perfis metálicos entre si (metal/metal). Fixação das chapas de gesso sobre os perfis metálicos (chapa/metal). Para as juntas e colagens se utiliza massas (em pó ou massa pronta) e fitas apropriadas para o acabamento, não devendo usar gesso em pó ou massa-corrida 45 para pintura na execução das juntas.Definidos em projetos ou especificados por profissionais qualificados, os acessórios responsáveis pela montagem do sistema de drywall são citados a seguir, por COMAT (2012): Tirante; Junção H; Suporte nivelador (possuir três tipos); Peça de reforço; Clip; Conector; Apoio poliestireno (banda acústica); Apoio ou suporte metálico; Alçapão. COMAT (2012) ainda faz uma relação de equipamentos utilizados para montagem do sistema: Marcação, medição e alinhamento (nível laser e bola, prumo e mangueira de nível e linha de náilon); Corte das chapas (faca retrátil ou estilete, serrote comum e de ponta); Parafusamento automático das chapas nos perfis (parafusadeira); Furação (furadeira); Desbaste das bordas das chapas (plaina); Abertura articulares (serra copo); Corte de perfis metálicos (tesoura); Fixação dos perfis entre si (alicate puncionador); Posicionamento e ajustes das chapas (levantador de chapa de pé e levantador manual); Tratamento das juntas entre as chapas (espátula metálica, espátula metálica larga, espátula metálica de ângulo e desempenadeira metálica); Preparo das massas (batedor); Fixação (pistola finca-pino). Os paredes podem ser dividas em parede simples (composta por uma única camada de chapas de gesso acartonado em cada face) e parede dupla (parede composta por duas camadas de chapas de gesso acartonado em cada face), 46 podendo ter isolamento acústico com o uso da lã mineral instalada entre as chapas (COMAT, 2012). A definição das paredes é descrita por uma sequencia de até 9 itens, entre números e letras, definidos pela COMAT (2012): 1ª letra – identificação do tipo de parede pelo fabricante; 1º número – espessura total da parede (mm); 2º número – largura dos montantes (mm); 3º número – largura dos montantes (mm); Detalhe construtivo dos montantes: MD – Montante duplo; MS – Montante simples; DE (L ou S) – Dupla estrutura (ligada ou separada); Chapas de 1ª face – quantidade e tipos de chapas de uma face; Chapas 2ª face – quantidades e tipos de chapas da outra face; LM – presença de lã mineral (de vidro/ de rocha) com quantidade de camadas e respectivas espessuras. As características do desempenho das paredes com chapa de gesso acartonado são apresentadas por COMAT (2012) de acordo com a TABELA 7: 47 TABELA 4 – CARACTERÍSTICAS DE DESEMPENHO DO DRYWALL FONTE: COMAT – SINDUSCON-MG (2012) 3.6.3. Procedimento Executivo O processo de montagem da parede de gesso acartonado pode ser executado como descreve MEDEIROS (2005): a) Marcação e fixação da estrutura metálica no piso nivelado e limpo; b) Colocação de uma das faces da chapa; c) Colocação de reforços em madeira e acessórios metálicos; d) Instalações elétricas e hidráulicas (FIGURA 15 ); f) Isolamento termo-acústico; g) Fechamento com chapa da 2ª face da parede; h) Tratamento das juntas e acabamento. 48 FIGURA 15 – INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E HIDRÁULICAS FONTE: Apartamentos novos <http://www.apartamentosnovosweb.com.br> (2013). Para MACIEL et.al. (1998), após a montagem das paredes de drywall (FIGURA 16) a estrutura da edificação pode ser executada de maneira independente das vedações e instalações, o que aumenta a produtividade. FIGURA 16 – EXECUÇÃO DE PAREDE EM DRYWALL FONTE: Drytec <http://drytecmaodeobra.blogspot.com.br> (2012). 49 Normatização para execução de gesso acartonado (Drywall) NBR14715:2010 - Chapas de gesso acartonado - Requisitos NBR 15758:2009 – Sistemas construtivos em chapas de gesso para drywall – Projeto e procedimentos executivos para montagem. 50 4. RESÍDUOS DOS SISTEMAS CONSTRUTIVOS A gestão de resíduos passou a demandar atenção cada vez maior dos construtores, em razão das exigências da legislação ambienta brasileira. Uma boa gestão ambiental do canteiro de obras não tem como objetivo único o cumprimento da legislação. Em paralelo, gera qualidade e produtividade, contribuindo para a diminuição dos acidentes de trabalho, além de reduzir os custos de produção dos empreendimentos e de destinação de resíduos. O grande benefício para o meio ambiente é a menor geração de resíduos e, consequentemente, o menor uso dos recursos naturais (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DRYWALL, 2011). A coleta seletiva ou diferenciada melhora a qualidade do resíduo a ser enviado para a reciclagem, tornando-a mais fácil. Nesse sentido, o treinamento da mão de obra envolvida nas operações, incluindo os prestadores de serviços terceirizados, é fundamental para a obtenção de melhores resultados (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DRYWALL, 2011). 4.1. Resíduos de Entulhos É um conjunto de fragmentos e restos de construção civil, provenientes de reformas, ou demolição de estruturas (prédios, residências, pontes, etc.), conhecidos como entulho. Compõe-se de restos (concretos e argamassas, ou seja, aqueles que contem cimento, cal, areia e brita) e fragmentos de materiais (elementos prémoldados, como materiais cerâmicos, blocos de concreto, e outros). São classificados como Resíduos Classe A. A reciclagem do entulho tem como destino peças não estruturais, pois geralmente não apresenta característica de homogeneidade de resistência e de outras propriedades para ser usado em concretos estruturais, por ter origem variada (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DRYWALL, 2011). A Resolução nº307/2002 (Anexo I) estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil através da implementação de diretrizes para a efetiva redução dos impactos ambientais gerados pelos resíduos oriundos da construção civil (SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS – PR). De acordo com essa mesma resolução (Anexo 10), os resíduos da construção civil Classe A deverão ser destinados das seguintes formas: deverão ser 51 reutilizados ou reciclados na forma de agregados (FIGURA 17), ou encaminhados a áreas de aterro de resíduos da construção civil (FIGURA 18), sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura (obras de edificação, infraestrutura ou outras obras de engenharia). FIGURA 17 - RECICLADOR – RESÍDUOS DE ALVENARIA RECICLADOS PARA REUTILIZAÇÃO COMO AGREGADOS DE PAVIMENTAÇÃO EM PRÓPRIA OBRA. FONTE: Revista Téchne – Construção e Tecnologia de Materiais (s/d) FIGURA 18 - USINA PARA RECICLAGEM DE ENTULHO DE CONSTRUÇÃO CIVIL – ATERRO DE RESÍDUOS INERTES. FONTE: Diário de Sorocaba<http://www.diariodesorocaba.com.br/site2010/materia2.php?id=217181> 52 De acordo com FREITAS JR. (2012), a destinação dos resíduos Classe A (entulhos) tem em média custo de R$ 150,00 por caçamba. 4.2. Resíduos de Gesso Todas as utilizações do gesso (paredes, forros e revestimentos) geram resíduos. Estes, ao contrário do que se imaginava até pouco tempo, não é lixo, mas materiais que podem ser reaproveitados de diferentes formas (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DRYWALL, 2011). Segundo o mesmo autor, o gesso merece cuidado, nas diversas formas em que é aplicado na construção civil, desde sua especificação correta, passando pelo treinamento da mão de obra responsável por sua aplicação e pelo cumprimento das normas técnicas relacionadas à sua utilização, até a fase de coleta, segregação, transporte e destinação final dos seus resíduos. Em ordem de importância, pelo volume de resíduos gerados nas obras, estão os seguintes materiais produzidos à base de gesso: gesso para revestimento; placas e ornamentos de gesso fundido; chapas para drywall; e massas para tratamento de juntas de sistemas drywall (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DRYWALL, 2011). No revestimento de pasta de gesso, a geração de resíduos ocorre tanto na operação de aplicação quanto no posterior nivelamento da superfície do revestimento como mostra a FIGURA 19 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DRYWALL, 2011). FIGURA 19 – Resíduos gerados do revestimento de pasta de gesso. FONTE: Associação Brasileira do Drywall, 2011. 53 Quanto aos resíduos gerados pelo drywall, além das chapas e massas de tratamento das juntas, são compostos por perfis estruturais de aço galvanizado, parafusos, fitas de papel para tratamento de juntas e banda acústica (fita autoadesiva de espuma colada em todo o perímetro externo da estrutura, visando compensar pequenas imperfeições da superfície de contato, bem como aumentar o índice de isolamento sonoro, assegurando o conforto acústico do ambiente). Todos esses componentes, assim como as chapas e as massas são 100% recicláveis (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DRYWALL, 2011). Todos os resíduos de gesso devem ser coletados e armazenados em local específico nos canteiros conforme FIGURA 20. Devem ser separados de outros materiais com madeira, papéis, restos de alvenaria (tijolo, blocos, argamassa, etc.) e lixo orgânico. O local de armazenagem dos resíduos de gesso na obra deve ser seco e pode ser feita em caixa com piso concretado ou em caçamba. Em ambos os casos o local deve ser coberto e protegido das chuvas e outros possíveis contatos com a água (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DRYWALL, 2011). FIGURA 20 – ARMAZENAGEM DOS RESÍDUOS DE GESSO FONTE: Associação Brasileira do Drywall, 2011. O transporte de resíduos deve obedecer às regras estabelecidas pelo órgão municipal responsável pelo meio ambiente ou pela limpeza pública. Os transportadores devem ser cadastrados nesses órgãos são e autorizados a circular (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DRYWALL, 2011). Quanto à destinação, deverão ser encaminhados a Áreas de Transbordo e Triagem (ATTs), licenciadas pelas prefeituras para receber os resíduos de gesso, 54 entre outros materiais (FIGURA 21). Algumas dessas empresas fazem a coleta dos resíduos nas obras, mediante o pagamento de taxa por metro cúbico. As ATTs, depois de triar e homogeneizar os resíduos, vendem para os setores que farão a sua reciclagem. Após a reciclagem os resíduos do gesso readquirem as características químicas da gipsita, minério do qual se extrai o gesso, desse modo, o material limpo pode ser utilizado novamente na cadeia produtiva. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DRYWALL, 2011). FIGURA 21 - ÁREAS DE TRANSBORDO E TRIAGEM (ATTS) FONTE: Associação Brasileira do Drywall, 2011. De acordo com FREITAS (2012), a destinação dos resíduos Classe B (gesso) tem em média custo de R$ 700,00 por caçamba. 55 5. METODOLOGIA O método utilizado para a realização desta pesquisa foi baseado em coleta de informações, bibliografias, visitas à obras, artigos, monografias e outros trabalhos realizados. Teve o intuito de fazer uma avaliação comparativa entre os sistemas construtivos de vedações verticais internas, para servir de parâmetro para a escolha do sistema que poderá ser aplicado em determinada obra. 5.1. Procedimentos Metodológicos O presente trabalho, como refere-se a um estudo no ramo da Construção Civil, além de também avaliar características quantitativas das alternativas estudadas, se utiliza principalmente de dados obtidos das Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos (TCPO-14, 2012) comparando custos. As informações qualitativas foram coletadas na pesquisa bibliográfica. Quando não utilizada a TCPO para a avaliação dos custos, é citado o meio utilizado para se obter os custos. 6. ESTUDO COMPARATIVO O método aplicado neste trabalho consiste em um estudo comparativo baseado no confronto entre elementos, levando em consideração seus atributos. O método promove o exame dos dados a fim de obter diferenças ou semelhanças que possam ser constatadas, e as devidas relações entre as duas (BONAT, 2009). 6.1. Custo dos Sistemas Em um projeto de edificação, a tecnologia envolvida deve surgir junto com os estudos de viabilidade físico-financeiras. Cada fase de pensar o projeto é fundamental. Especial atenção deve ser dada na forma efetiva de aplicar os recursos tecnológicos, tanto das características das alternativas, quanto propriamente no que se refere aos custos, evitando que decisões sejam tomadas sem informações mais aprofundadas. Após levantamento de dados das tabelas de composição de custos da TCPO e orçamentos na região de Curitiba, têm-se as tabelas de orçamentos a seguir: 56 Na TABELA 5 é descrito o orçamento referente à elevação com blocos cerâmicos revestidos com argamassa preparada em obra (Orçamento TCPO); A TABELA 6 refere-se ao orçamento de vedação vertical com blocos cerâmicos revestidos com argamassa industrializada (Orçamento TCPO); Na TABELA 7 tem-se o orçamento da elevação com blocos cerâmicos revestidos com pasta de gesso (Orçamento TCPO e fornecedor); Na TABELA 8 é descrito o orçamento de vedação vertical em blocos de concreto revestido com argamassa industrializada (Orçamento TCPO); A TABELA 9 refere-se ao orçamento da elevação com bloco de concreto revestido com pasta de gesso (Orçamento TCPO e fornecedor); E por fim na TABELA 10 é levantado o orçamento de drywall para elevação vertical sem e com o emprego de lã mineral (Orçamento diretamente com fornecedor). Para o levantamento dos custos das argamassas na cidade de Curitiba, utilizou-se para a composição a areia média, devido a disponibilidade na região. TABELA 5 - BLOCO CERÂMICO REVESTIDO COM ARGAMASSA PREPARADA EM OBRA - INÍCIO ORÇAMENTO - BLOCO CERÂMICO REVESTIDO COM ARGAMASSA PREPARADA EM OBRA Vedação vertical interno com Bloco cerâmico Descrição Un Clas Qtd/Coef. Alvenaria de vedação com bloco cerâmico furado, 9 x 19 x 39 cm m² 1,00 (furos verticais), espessura da parede 9 cm e juntas de 10 mm. Bloco cerâmico de vedação (altura: 190 mm / comprimento: 390 mm / MAT 13,5 largura: 90 mm) Un. Argamassa de assentamento Descrição Bloco assentado com argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia sem peneirar traço 1:2:8 Areia lavada tipo média Cal hidratada CH III Cimento Portland CP II-E-32 Pedreiro Servente Un Clas m² m³ kg kg h h Qtd/Coef. Preço Unit.R$ 0,91 Preço Unit.R$ Preço TotalR$ 12,29 Preço TotalR$ 1,00 MAT MAT MAT MOD MOD 0,017934 54,27 2,6754 0,32 2,6754 0,44 0,71 5,14 0,577 3,65 Total s/ Taxas: 0,97 0,86 1,18 3,65 2,11 21,05 57 TABELA 5 - BLOCO CERÂMICO REVESTIDO COM ARGAMASSA PREPARADA EM OBRA - CONTINUAÇÃO Revestimento com Argamassa preparada em obra Preço Descrição Un Clas Qtd/Coef. Unit.R$ Chapisco para parede interna ou externa com argamassa de cimento m² 1,00 e areia sem peneirar traço 1:3 e=5 mm Areia lavada tipo média m³ MAT 0,0061 54,27 Cimento Portland CP II-E-32 kg MAT 2,43 0,44 Pedreiro h MOD 0,1 5,14 Servente h MOD 0,15 3,65 Preço TotalR$ 0,33 1,07 0,51 0,55 Total s/ Taxas: 2,46 Emboço para parede interna com argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia sem peneirar traço 1:2:9, e=30 mm m² Areia lavada tipo média Cal hidratada CH III Cimento Portland CP II-E-32 Pedreiro Servente m³ kg kg h h MAT MAT MAT MOD MOD 0,0366 4,86 4,86 0,57 0,64 54,27 0,32 0,44 5,14 3,65 1,99 1,56 2,14 2,93 2,34 Betoneira elétrica monofásico (potência: 2 HP / capacidade: 400 l) un EQA 0,00017 2.438,00 0,41 Ajudante h MOD 0,009194 3,65 0,03 1,00 Total s/ Taxas: 11,4 Reboco parede interna, com argamassa de cal hidratada e areia peneirada traço 1:3,e=5 mm m² Areia lavada tipo média Cal hidratada CH III Pedreiro Servente m³ kg h h MAT MAT MOD MOD 0,00561 1,215 0,5 0,55122 54,27 0,32 5,14 3,65 0,30 0,39 2,57 2,01 h MOD 0,001530 3,65 0,01 un. EQA 0,000028 2.438,00 0,07 Total s/ Taxas: 5,35 Ajudante Betoneira elétrica monofásico (potência: 2 HP / capacidade: 400 l) 1,00 Total execução do revestimento em Argamassa Preparada em Obra Total do sistema 19,21 R$ 40,26 58 Conteúdo do serviço: Vedação vertical interna com bloco cerâmico 1) Consideram-se material e mão de obra para preparo da argamassa, marcação e execução da alvenaria de vedação. Excetos os serviços de fixação (encunhamento) da alvenaria. 2) Perda adotada para os blocos cerâmicos: 5%. 3) Perda considerada para a argamassa: 30% Revestimento com argamassa preparada em obra 1) Considera material e mão de obra para preparo e aplicação da argamassa. 2) O chapisco é empregado como base para outros revestimentos, quando a superfície for muito lisa ou pouco aderente, ou ainda quando apresentar áreas com diferentes graus de absorção. 3) Para emboço consideram-se material e mão de obra para secagem e peneiramento da areia e preparo da argamassa. 4) No reboco são considerados material e mão de obra para execução das mestras, preparo e aplicação da argamassa. 59 TABELA 6 - BLOCO CERÂMICO REVESTIDO COM ARGAMASSA INDUSTRIALIZADA - INÍCIO ORÇAMENTO - BLOCO CERÂMICO REVESTIDO COM ARGAMASSA INDUSTRIALIZADA Vedação vertical interno com Bloco cerâmico Descrição Alvenaria de vedação com bloco cerâmico furado, 9 x 19 x 39 cm (furos verticais), espessura da parede 9 cm e juntas de 10 mm. Un Clas m² Qtd/Coef. Bloco assentado com argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia sem peneirar traço 1:2:8 Areia lavada tipo média Cal hidratada CH III Cimento Portland CP II-E-32 Pedreiro Servente Un Clas m² m³ kg kg h h Preço TotalR$ 1,00 Bloco cerâmico de vedação (altura: 190 mm / comprimento: 390 mm / Un. MAT 13,5 largura: 90 mm) Argamassa de assentamento Descrição Preço Unit.R$ Qtd/Coef. 0,91 Preço Unit.R$ 12,29 Preço TotalR$ 1,00 MAT MAT MAT MOD MOD 54,27 0,32 0,44 5,14 3,65 0,97 0,86 1,18 3,65 2,11 Total s/ Taxas: Revestimento com Argamassa industrializada 21,05 Descrição Un Chapisco (rodado em obra) para parede interna ou externa com argamassa de cimento e areia sem peneirar traço 1:3, e=5 mm m² Areia lavada tipo média Cimento Portland CP II-E-32 Pedreiro Servente m³ kg h h Reboco para parede interna ou externa, com argamassa préfabricada, e=15 mm Argamassa pré-fabricada para revestimento interno, externo e assentamento de alvenaria e pisos Energia elétrica Ajudante Pedreiro Servente Clas 0,017934 2,6754 2,6754 0,71 0,577 Qtd/Coef. Preço Unit.R$ Preço Total R$ 1,00 MAT MAT MOD MOD m² 0,0061 2,43 0,1 0,15 54,27 0,44 5,14 3,65 0,33 1,07 0,51 0,55 Total s/ Taxas: 2,46 1,00 kg MAT 25,500 0,36 9,18 kw h h h MAT MOD MOD MOD 0,011 0,005 1,500 1,500 0,48 3,65 5,14 3,65 0,005 0,02 7,71 5,48 60 TABELA 6 - BLOCO CERÂMICO REVESTIDO COM ARGAMASSA INDUSTRIALIZADA CONTINUAÇÃO Argamassadeira elétrica (capacidade: 3,5 m³/h / potência: 3 HP) Un. EQA 0,000 5.026,50 0,49 Total s/ Taxas: 22,87 Total execução do revestimento em Argamassa Industrializada Total do sistema 25,33 R$ 46,38 Conteúdo do serviço: Vedação vertical interna com bloco cerâmico 1) Consideram-se material e mão de obra para preparo da argamassa, marcação e execução da alvenaria de vedação. Excetos os serviços de fixação (encunhamento) da alvenaria. 2) Perda adotada para os blocos cerâmicos: 5%. 3) Perda considerada para a argamassa: 30% Revestimento com argamassa industrializada 1) Considera material e mão de obra para preparo e aplicação da argamassa. 2) O chapisco não é industrializado, é obtido através do processo em obra, empregado como base para outros revestimentos, quando a superfície for muito lisa ou pouco aderente, ou ainda quando apresentar áreas com diferentes graus de absorção. 3) Considera material e mão de obra para execução das mestras, preparo e aplicação da argamassa. 4) Amassamento da argamassa feito mecanicamente através de argamassadeira. 61 TABELA 7 - BLOCO CERÂMICO REVESTIDO COM PASTA DE GESSO ORÇAMENTO - BLOCO CERÂMICO REVESTIDO COM PASTA DE GESSO Vedação vertical interno com Bloco cerâmico Descrição Un Clas Qtd/Coef. Alvenaria de vedação com bloco cerâmico furado, 9 x 19 x 39 cm (furos m² verticais), espessura da parede 9 cm e juntas de 10 mm. Bloco cerâmico de vedação (altura: 190 mm / comprimento: 390 mm / largura: 90 Un. MAT mm) Argamassa de assentamento Descrição Un Bloco assentado com argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia sem peneirar traço 1:2:8 Areia lavada tipo média Cal hidratada CH III Cimento Portland CP II-E-32 Pedreiro Servente Clas m² m³ kg kg h h Preço Unit.R$ Preço Total R$ 1,00 13,5 Qtd/Coef. 0,91 Preço Unit.R$ 12,29 Preço Total R$ 1,00 MAT MAT MAT MOD MOD 0,017934 2,6754 2,6754 0,71 0,577 54,27 0,32 0,44 5,14 3,65 0,97 0,86 1,18 3,65 2,11 Total s/ Taxas: 21,05 Revestimento com Pasta de gesso Descrição Gesso aplicado em parede interna através de projeção manual Sarrafeado (Empreitada) Un. m² Clas Qtd/Coef. Preço Unit.R$ Preço TotalR$ 1,00 Gesso Gesseiro Servente Total s/ Taxas: Total do sistema R$ 41,05 20,00 62 Conteúdo do serviço: Vedação vertical interna com bloco cerâmico 1) Consideram-se material e mão de obra para preparo da argamassa, marcação e execução da alvenaria de vedação. Excetos os serviços de fixação (encunhamento) da alvenaria. 2) Perda adotada para os blocos cerâmicos: 5%. 3) Perda considerada para a argamassa: 30% Revestimento com Pasta de gesso 1) Consideram-se material e mão de obra. 2) Perda adotada no gesso: 20% TABELA 8 - BLOCO DE CONCRETO REVESTIDO COM ARGAMASSA INDUSTRIALIZADA - INÍCIO ORÇAMENTO - BLOCO DE CONCRETO REVESTIDO COM ARGAMASSA INDUSTRIALIZADA Vedação vertical interno com Bloco de concreto Descrição Un. Alvenaria de vedação com blocos de concreto, 14 x 19 x 39 cm, espessura da parede 14 cm e juntas de 10 mm. Bloco de concreto de vedação (altura: 190 mm / comprimento: 390 mm / largura: 140 mm) Clas. Qtd/Coef. m² un Preço Unit.(R$) Preço Tot.(R$) 1,00 MAT 13,5 2,23 30,11 Argamassa de assentamento Descrição Un. Clas. Qtd/Coef. Preço Unit.(R$) Preço Tot.(R$) Bloco assentado com argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia sem peneirar traço 1:0,5:8 m² Areia lavada tipo média m³ MAT 0,023546 54,27 1,28 Cal hidratada CH III kg MAT 0,8878 0,32 0,28 Cimento Portland CP II-E-32 kg MAT 3,5126 0,44 1,55 Pedreiro h MOD 0,75 5,14 3,86 Servente h MOD 0,663 3,65 2,42 Total s/ Taxas: 39,49 1,00 63 TABELA 8 - BLOCO DE CONCRETO REVESTIDO COM ARGAMASSA INDUSTRIALIZADA - CONTINUAÇÃO Revestimento com Argamassa industrializada Descrição Chapisco (rodado em obra) para parede interna ou externa com argamassa de cimento e areia sem peneirar traço 1:3, e=5 mm Areia lavada tipo média Cimento Portland CP II-E-32 Pedreiro Servente Un. Clas. Qtd/Coef. m² m³ kg h h Preço Unit.(R$) Preço Total(R$) 1,00 MAT MAT MOD MOD 0,0061 2,43 0,1 0,15 54,27 0,44 5,14 3,65 0,33 1,07 0,51 0,55 Total s/ Taxas: 2,46 Reboco para parede interna ou externa, com argamassa préfabricada, e=15 mm m² Argamassa pré-fabricada para revestimento interno, externo e assentamento de alvenaria e pisos kg MAT 25,50 0,36 9,18 Energia elétrica Ajudante Pedreiro Servente kw h h h MAT MOD MOD MOD 0,011 0,005 1,500 1,500 0,48 3,65 5,14 3,65 0,005 0,02 7,71 5,48 Argamassadeira elétrica (capacidade: 3,5 m³/h / potência: 3 HP) Un. EQA 0,000 5.026,50 0,49 Total s/ Taxas: 22,87 1,00 Total execução do revestimento em Argamassa Industrializada Total do sistema 25,33 R$ 64,82 Conteúdo do serviço: Vedação vertical interna com bloco de concreto 1) Considerados material e mão de obra para preparo da argamassa, marcação e execução da alvenaria. Exceto os serviços de fixação (encunhamento) da alvenaria. 2) Perda adotada para os blocos de concreto: 3%. 3) Perda adotada para a argamassa: 30% 4) Volume da argamassa considerado para juntas horizontais e verticais. 64 Revestimento com argamassa industrializada 1) Considera material e mão de obra para preparo e aplicação da argamassa. 2) O chapisco não é industrializado, é obtido através do processo em obra, empregado como base para outros revestimentos, quando a superfície for muito lisa ou pouco aderente, ou ainda quando apresentar áreas com diferentes graus de absorção. 3) Considera material e mão de obra para execução das mestras, preparo e aplicação da argamassa. 4) Amassamento da argamassa feito mecanicamente através de argamassadeira. TABELA 9 - BLOCO DE CONCRETO REVESTIDO COM PASTA DE GESSO - INICIO ORÇAMENTO - BLOCO DE CONCRETO REVESTIDO COM PASTA DE GESSO Vedação vertical interno com Bloco de concreto Preço Descrição Un. Clas. Qtd/Coef. Unit.(R$) Alvenaria de vedação com blocos de concreto, 14 x 19 x 39 cm, m² 1,00 espessura da parede 14 cm e juntas de 10 mm. Bloco de concreto de vedação (altura: 190 mm / comprimento: 390 un MAT 13,5 2,23 mm / largura: 140 mm) Argamassa de assentamento Preço Descrição Un. Clas. Qtd/Coef. Unit.(R$) Preço Tot.(R$) 30,11 Preço Tot.(R$) Bloco assentado com argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia sem peneirar traço 1:0,5:8 m² Areia lavada tipo média m³ MAT 0,023546 54,27 1,28 Cal hidratada CH III kg MAT 0,8878 0,32 0,28 Cimento Portland CP II-E-32 kg MAT 3,5126 0,44 1,55 Pedreiro h MOD 0,75 5,14 3,86 Servente H MOD 0,663 3,65 2,42 Total s/ Taxas: 39,49 1,00 65 TABELA 9 - BLOCO DE CONCRETO REVESTIDO COM PASTA DE GESSO CONTINUAÇAÕ Revestimento com Pasta de gesso Descrição Gesso aplicado em parede interna através de projeção manual - Sarrafeado (Empreitada) Gesso Un. Clas. Qtd/Coef. m² Preço Unit.(R$) Preço Total(R$) 1,00 Gesseiro Servente Total s/ Taxas: Total do sistema 20,00 R$ 59,49 Conteúdo do serviço: Vedação vertical interna com bloco de concreto 1) Considerados material e mão de obra para preparo da argamassa, marcação e execução da alvenaria. Exceto os serviços de fixação (encunhamento) da alvenaria. 2) Perda adotada para os blocos de concreto: 3%. 3) Perda adotada para a argamassa: 30% 4) Volume da argamassa considerado para juntas horizontais e verticais. Revestimento com Pasta de gesso 1) Consideram-se material e mão de obra. 2) Perda adotada no gesso: 20% 66 TABELA 10 - DRYWALL SEM E COM ISOLAMENTO EM LÃ MINERAL ORÇAMENTO - VEDAÇÃO COM DRYWALL Preço Descrição Un. Clas. Qtd/Coef. Unit.(R$) Parede de gesso acartonado com isolamento acústico, espessura final 125 mm Gesseiro Painel de gesso acartonado (ST) Guia Montante M - 75 Parafusos Cola para painéis de gesso (arremate entre painel e piso) Massa de rejunte para acabamento entre painéis de gesso Fita para juntas Lã mineral m² 1,00 h m² m m Un. MOD MAT MAT MAT MAT kg MAT kg MAT m m² Preço Total(R$) 1,25 MAT MAT 1 22,00 Total s/ Taxas SEM lã de rocha Total s/ Taxas COM lã de rocha 50,00 72,00 Conteúdo do serviço: 1) Considera-se serviço contratado de empresa especializada para instalação da parede, incluindo-se material e mão de obra. 67 6.2. Características Técnicas dos Sistemas 6.2.1. Comparativo entre vedações verticais internas 6.2.1.1. Comparativo entre: Blocos de concreto e Blocos cerâmicos As principais vantagens e limitações dos blocos de concreto e de tijolo cerâmico, são descritas na TABELA 11, por: Freitas (2012), LEMOS e DALL’AGNOL (s/d), MILITO (2009) e SABBATINI (2003): TABELA 11 – COMPARATIVO DE CARACTERÍSTICAS ENTRE BLOCO DE CONCRETO E BLOCO CERÂMICO Bloco de concreto Resistência a compressão ≥ 2,0 MPa. Absorção de água entre 10% e 16%. Perda adotada de 3% Bloco cerâmico Resistência a compressão - Bloco com furos na horizontal 1,5 MPa e Bloco com furos na vertical 3,0 MPa. Absorção de água entre 8% e 22%. Perda adotada de 5% Grande dificuldade de manuseio Pouca dificuldade de manuseio Menor utilização de revestimentos Maior utilização de revestimentos Dimensões regulares (precisão) Dimensões irregulares (menor precisão) Peças para transporte 1352 Peças para transporte 3.200 Maior custo da estrutura (peso) Menor custo da estrutura (peso) Peso (kg/m²) 156,0 Peso (kg/m²) 80,0 Menor capacidade térmica Maior capacidade térmica Desempenho acústico (dB) 48 (sem Desempenho acústico (dB) 42 (sem revestimento) revestimento) 6.2.1.2. Comparativo entre: Drywall e Alvenaria As principais vantagens e limitações do uso de chapas de gesso acartonado comparada o sistema de alvenaria (bloco cerâmico e bloco de concreto), são descritas na TABELA 12, por: COMAT (2012), SABBATINI (2003) e MEDEIROS e MIRANDA (2012). 68 TABELA 12 – CARACTERISTICAS DO SISTEMA DE DRYWALL E ALVENARIA - INICIO CARACTERÍSTICAS - DRYWALL Vantagens Desvantagens Rápida execução do sistema, ou seja, elevada produtividade. Baixa resistência mecânica. Imediatamente após a montagem está pronto para receber decoração. Construção a seco (maior limpeza e organização da obra). Redução de resíduo, por ser um sistema planejado. Cargas superiores a 35 kg devem ser previstas com antecedência para instalação de reforços na execução. Ganho de área útil . Barreira cultural (construtor e consumidor). Menor peso por m² (25kg/m²) , o que permite reduzir o peso da estrutura e aliviar as fundações, possibilitando maior espaçamento entre pilares, a Menor contraventamento das adoção de lajes planas de concreto armado ou edificações: necessidade de protendido e eliminação de vigas entre pilares. estruturas mais rígidas. O comportamento da parede atende aos critérios de impacto. Vazamento acidental, este é o maior Facilidade de instalação dos sistemas elétricos e problema que pode ocorrer com as hidráulicos. divisórias de gesso acartonado. Capacidade de atendimento de diferentes Menor isolamento acústico (para necessidades em termos de desempenho valor igual a alvenaria) ou altos acústico, quando realizado com chapa dupla e lã custos para o fazer o isolamento. mineral. Resistência ao fogo Depende menos da habilidade do profissional. Desmontabilidade Sem trincas, por ser feito com juntas de dilatação através de fitas microperfuradas. Perfeito acabamento, resultando em uma superfície plana, sem trincas ou imperfeições, comuns na alvenaria convencional e pronta para receber os acabamentos. Baixa resistência à alta umidade. Cuidado com encontro divisóriaparede externa, pode eventualmente umedecer o gesso acartonado. Os vazios internos pode se transformar em ninho e esconderijo de insetos, baratas, cupins e formigas. Os detalhes construtivos devem impedir totalmente esta possibilidade. Necessidade de nível organizacional elevado para obter vantagens potenciais. 69 TABELA 12 – CARACTERISTICAS DO SISTEMA DE DRYWALL E ALVENARIA CONTINUAÇÃO Incremento da velocidade de execução da obra, com a eliminação de etapas de trabalho e liberação para fase de acabamento em curto espaço de tempo. Maior custo por m², porém, há possibilidade de obtenção de ganhos diversos pela redução dos prazos de obra - custos globais da construção em até 15% em relação aos processos construtivos tradicionais já registrados por construtores brasileiros que adotaram o sistema. Umidade relativa do ar permanentemente elevada no ambiente, tende a desenvolver fungos. CARACTERÍSTICAS - ALVENARIA Vantagens Desvantagens Bom isolamento termo-acústico Requer mão de obra especializada Boa estanqueidade à água Excelente resistência ao fogo Domínio técnico centrado na mão de obra executora Excelente resistência mecânica Durabilidade superior a de qualquer outro material Elevada massa por unidade de superfície Maior aceitação pelo usuário Melhor relação custo-benefício dentre todos os materiais para vedação existentes. Baixa produtividade relativa a execução (elevado consumo de mão Não existe material de construção mais econômico (em todo mundo), considerando-se os de obra) investimentos inicial e de manutenção. 6.2.2. Comparativo entre os revestimentos das vedações verticais internas 6.2.2.1. Comparativo entre: Argamassa Produzida em Obra e Argamassa Industrializada Segundo o Manual de Revestimentos de argamassas, quando comparadas apresentam as seguintes características: 70 Argamassa produzida em obra com betoneira: Menor custo e menor qualidade. Central com betoneira: mistura mais homogênea, mais uniformidade, melhor controle, necessidade de transporte para distribuição. Argamassa industrializada: Melhor qualidade, maior custo, maior homogeneidade, possibilita transporte por mangueiras e aplicação por projeção. Alguns aspectos devem ser levados em conta para escolha do sistema de revestimento em argamassa, estes são apresentados na TABELA 16 abaixo: TABELA 13 – PARÂMETROS PARA ANÁLISE DOS REVESTIMENTOS EM ARGAMASSA INICIO Área para estocagem de materiais Produzida no canteiro Ensacada Há necessidade de grande área em baias especialmente montadas para esta finalidade, sendo necessário separar os diversos insumos. Há necessidade de apenas uma área para armazenamento dos sacos, ou já diretamente nos pavimentos de utilização. Desperdício de materiais Produzida em canteiro Maior probabilidade de perdas diretas de material, seja na estocagem, no manuseio, no preparo ou no transporte. Por não haver estoque de matérias-primas, a tendência é que haja Ensacada pequena perda de materiais, até porque há eliminação de etapas de manuseio. Gestão do estoque de insumos Produzida no canteiro Ensacada Há necessidade de constante monitoramento dos estoques de maneira a não paralisar o fluxo de produção. Logística no recebimento de diferentes materiais. Por ser apenas um item a ser controlado, fica mais fácil de ser gerido do que os diversos itens que compõem a argamassa. 71 TABELA 13 – PARÂMETROS PARA ANÁLISE DOS REVESTIMENTOS EM ARGAMASSA - CONTINUAÇÃO Local de produção Tem que estar no contexto da logística do canteiro de obras como um Produzida no canteiro todo. Por ser uma área grande e que abastece todos os locais da obra, deve ser escolhida com extremo cuidado. Prova intenso tráfego de caminhões de abastecimento de insumos que devem ter acesso facilitado. A produção da argamassa quando utiliza a argamassa ensacada pode ser em uma central e esta é transportada já pronta para os pontos de Ensacada aplicação. No entanto, é indicado que a produção ocorra próxima aos locais de aplicação através da utilização de argamassadeiras mecânicas, pois isto facilita o transporte, exigindo menos mão de obra e propiciando menor perda. Perdas no transporte Produzida no canteiro Dado que existe um ponto central de produção e a argamassa é transportada pronta, com trajetos por vezes longos, existe um potencial grande de perdas nos carrinhos e nas jericas. Se a argamassa for produzida próxima ao local de aplicação, as perdas Ensacada podem ocorrer por danos provocados nos sacos ao serem transportados, cuja probabilidade de ocorrência é baixa. Mobilização dos meios de transporte Por se utilizar dos meios convencionais de transporte (elevador, grua, Produzida no canteiro etc.), a argamassa "compete" com outros elementos que devem ser transportados por estes meios na obra, gerando as vezes congestionamentos no sistema. Há apenas o transporte de sacos para os locais de aplicação, o que pode Ensacada ser realizado fora dos horários de pico do sistema de transportes e portanto não gerar nenhum transtorno para a obra. Instalações e consumo de água e energia Produzida no canteiro Instalações centralizadas de água e energia elétrica. 72 TABELA 13 – PARÂMETROS PARA ANÁLISE DOS REVESTIMENTOS EM ARGAMASSA - CONTINUAÇÃO Ensacada Considerando que a mistura ocorre próxima aos locais de aplicação, há necessidade de instalações elétricas e hidráulicas nestes pontos. Ajuste de traço Produzida no canteiro Ensacada Há total possibilidade de ajuste de traço, mas o controle de uniformidade e manutenção da qualidade são mais difíceis, sobretudo em função da variação das características do agregado e da própria dosagem. Os trações são padronizados e não necessitam de ajuste. Responsabilidade na dosagem Produzida no canteiro Ensacada A responsabilidade da dosagem e sua uniformidade é totalmente da Construtora A responsabilidade da fórmula é da empresa fabricante da argamassa. Domínio da tecnologia e treinamento Apesar de ser uma tecnologia extremamente difundida, para que a Produzida no canteiro atividade de produção e transporte ocorra com a maior produtividade possível é necessário que se invista em treinamento. Usualmente não há domínio da tecnologia de dosagem, a qual na maioria das vezes é feita empiricamente em função da experiência de mestres e encarregados. Ensacada Deve existir treinamento para a correta utilização do equipamento. Mão de obra e Produtividade Este é o tipo que mais necessita e utiliza mão de obra. No entanto, o Produzida no canteiro sistema vai na contramão da tendência atual de se retirar do canteiro de obras atividade que não agregam valor diretamente ao produto final, como a fabricação de argamassa. 73 TABELA 13 – PARÂMETROS PARA ANÁLISE DOS REVESTIMENTOS EM ARGAMASSA - CONTINUAÇÃO A mão de obra na preparação é bem mais reduzida que no sistema Ensacada convencional e não requer treinamento. Desta maneira, pode-se dizer que o sistema como um todo é mais produtivo que o convencional. Planejamento Produzida no canteiro Há necessidade de se pensar as atividades de aquisição, produção e aplicação na obra integradamente. Há possibilidade de grande flexibilidade no planejamento. Permite que Ensacada seja possível realocar recursos rapidamente, bem como potencializar o uso do equipamento de transporte. Cronograma Há pouca interferência do cronograma sobre o sistema e seus custos, a Produzida no canteiro não ser no dimensionamento de estoques de insumos. Apenas no caso de locação do equipamento de mistura, há consideração como variável importante. Ensacada Há pouca interferência, apenas considera-se como variável importante a locação do equipamento de mistura. Fonte: Manual de Revestimentos de Argamassas (2012). 74 6.2.2.2. Comparativo entre: Pasta de Gesso e Argamassa As principais vantagens e limitações da pasta de gesso quando comparada com a argamassa são apresentadas por FREITAS JR. (2012) na TABELA 14 abaixo: TABELA 14 – CARACTERÍSTICAS DO REVESTIMENTO EM PASTA DE GESSO E ARGAMASSA PASTA DE GESSO X ARGAMASSA Vantagens de aplicação da pasta Desvantagens da aplicação da pasta Necessidade de bases com boa Alta produtividade e rapidez de execução regularidade superficial e precisão geométrica. Sem chapisco (ou chapisco fino) Maior susceptibilidade à deformação dos substratos. Maior produtividade global Não auxilia na fixação de cargas suspensas. Rugosidade final lisa Pouco ajuda no isolamento acústico. Prazo de cura menor (geralmente), possibilita a antecipação do serviço de pintura. Revestimento de baixa condutividade térmica, indicado para proteção contra fogo. Grande sensibilidade à umidade. Amarelamento do revestimento de gesso por eflorescências. 75 7. RESULTADOS E DISCUSSÃO A avaliação custo/benefício comparativa entre diferentes opções para a construção civil é normalmente marcada por inúmeras dificuldades, principalmente em função da não padronização dos produtos. Tal diversidade de conteúdo e de contexto (uma mesma tipologia de edifício pode ser construída em condições bastante diferentes de prazo, qualificação da mão de obra, condições atmosféricas, etc) fazem com que respostas bastante diferentes possam ser dadas a uma mesma avaliação. Avaliações custo/benefício pode ser observada por diferentes aspectos: custos direto da opção, custo financeiro, custos indiretos relativos à redução de prazos, custo durante a vida útil, valorização dada pelo cliente (SOUZA,1998). Segundo SABBATINI (2003), para a escolha do sistema de vedação vertical é importante levar alguns parâmetros em consideração: A adequação dos requisitos funcionais às exigências do usuário (todos relativos aos requisitos de desempenho); A consideração dos aspectos construtivos, ou seja: o Facilidade de montagem; o Produtividade; o Rapidez de execução; o Necessidade de mecanização e de equipamentos. o Aspectos ligados ao uso e manutenção, ou seja: a flexibilidade da parede. Cabe observar que a vedação vertical interfere profundamente no processo construtivo do edifício. Assim sendo, uma decisão postergada pode inviabilizar o emprego de uma série de alternativas. Portanto, sua escolha deve ser feita de imediato, juntamente com a concepção estrutural. Através da FIGURA 22, podemos ver claramente a diferença de custos entre as alternativas apresentadas. 76 FIGURA 22 – CUSTO TOTAL DOS ORÇAMENTOS DOS SISTEMAS DE VEDAÇÃO VERTICAL INTERNA COM REVESTIMENTOS Custo dos sistemas Bloco cerâmico revestido com argamassa rodada em obra R$ 72,00 R$ 64,82 Bloco cerâmico revestido com argamassa industrializada R$ 59,49 Bloco cerâmico revestido com pasta de gesso R$ 50,00 R$ 46,38 R$ 41,05 R$ 40,26 Bloco de concreto revestido com argamassa industrializada Bloco de concreto revestido com pasta de gesso Sistema Drywall simples Sistema Drywall com isolamento termo-acústico Neste gráfico pôde-se ter um panorama quanto aos custos de materiais e execução dos sistemas construtivos. Em destaque, com preço mais elevado, temos o drywall com revestimento termo-acústico, quanto aos mais vantajosos economicamente apresentados temos os blocos cerâmicos revestidos com argamassa rodada em obra e os blocos cerâmicos revestidos com pasta de gesso. Podemos dizer que estes dois últimos, são as alternativas mais viáveis quando a intenção é redução de custos. Em relação à destinação dos resíduos provenientes dos sistemas construtivos abordados, temos a TABELA 15: TABELA 15 - RESIDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL DESTINAÇÃO PARA USINAS DE RECICLAGEM - CAÇAMBA Material Tipo Custo/un. Resíduos Classe A - Entulhos Caçamba R$ 150,00 Resíduos Classe B - Gesso 6m³ R$ 600,00 FONTE: FREITAS JR. (2012) 77 Verifica-se que os materiais mais caros para destinação final são os oriundos dos resíduos de gesso, já que tem como única opção a destinação para usinas de reciclagem. Quanto aos entulhos, podem ser reutilizados em forma de agregados na própria obra: aterramento e bases (obras de edificação e infraestrutura) ou encaminhados para usinas de reciclagem. A viabilidade da destinação dos resíduos está diretamente ligada às perdas geradas pelos sistemas, sendo possível verificar na figura a seguir: FIGURA 23 - PERDAS DOS SISTEMAS CONSTRUTIVOS Perdas dos sistemas construtivos Vedações 30 Revestimentos 30 20 5 5 20 3 3 5 É possível chegar a conclusão de que ao mesmo tempo em que o gesso é o constituinte mais caro para destinação final de um sistema construtivo, é o que menos gera perdas, ao mesmo tempo em que os resíduos classificados como entulhos são os mais econômicos para destinação final, porém são os que mais geração perdas. Sendo assim, podemos dizer que os sistemas são equivalentes. 78 Quando se fala das características das alternativas construtivas, podemos levar em consideração os estudos apresentados na sequencia. Transporte vertical das vedações: Bloco de concreto Peso: 156kg/m² Dimensões: 14x19x39cm Bloco cerâmico Peso: 80kg/m² Dimensões: 9x19x39cm Drywall (com isolamento) Peso: 25kg/m² Dimensões: 1m² O drywall é o sistema mais vantajoso nesse quesito, pois é leve, porém de grande dimensão. No que se refere às alvenarias, estão equiparadas: O transporte e assentamento dos blocos de concreto é mais lento, pois são mais pesados e maiores, mas são previstas instalações elétricas e hidráulicas, já os blocos cerâmicos, por sua vez tem agilidade para ser transportado e assentado, no entanto, não preveem instalações, o que atrasa o processo. Transporte vertical dos revestimentos: Argamassas preparadas em obra: interferência no transporte vertical de outros materiais; Feito de acordo com a demanda, independente de horário. Argamassas industrializadas e pasta de gesso: por serem fornecidas em sacos, a estocagem pode ser feita nos andares fora dos horários de pico. Neste caso, a utilização das argamassas industrializadas ou pasta de gesso é mais viável. Interferências no transporte de materiais implica em atraso no cronograma da obra. A produtividade é um fator importante no canteiro de obras, principalmente no que se refere ao sistema de vedação, é o que vai preceder os acabamentos e finalização da obra. A FIGURA 24 apresenta o tempo para se executar 1m² de cada um dos sistemas estudados. 79 FIGURA 24 – TEMPO DE EXECUÇÃO DE 1m² DOS SISTEMAS Bloco cerâmico revestido com argamassa preparada em obra 45 40,21 dias 40 33,15 dias 35 30 Bloco cerâmico revestido com argamassa industrializada 33,2 dias 30,1dias 30,15 dias Bloco cerâmico revestido com pasta de gesso 25 20 Bloco de concreto revestido com argamassa industrializada 15 10 Bloco de concreto revestido com pasta de gesso 5 0 1h e 36min Vedação com Drywall No que se refere ao ganho de área, podemos optar pelo uso de drywall. Neste estudo optou-se pela maior espessura de parede de gesso acartonado fabricada, ou seja, as espessuras podem ser bem menores do que a apresentada, atingindo diferenças de até 6 cm. Outra opção viável são os blocos cerâmicos, de acordo com as espessuras finais das paredes apresentadas abaixo: - Bloco cerâmico e argamassa preparada em obra espessura final: 13cm. - Bloco cerâmico e argamassa industrializada espessura final: 11cm. - Bloco cerâmico e pasta de gesso espessura final: 11cm. - Bloco de concreto e argamassa industrializada espessura final: 16cm. - Bloco de concreto e pasta de gesso espessura final: 16cm. - Drywall com isolamento em lã mineral espessura final: 12,5cm. 80 TABELA 16 – VIABILIDADE DOS SISTEMAS CONSTRUTIVOS - INICIO VIABILIDADE DOS SISTEMAS CONSTRUTIVOS Características Sistema Construtivo mais viável Sistema Construtivo menos viável Custo / m² Bloco cerâmico revestido com argamassa preparada em obra Sistema Drywall Entre as alvenarias: Bloco de concreto revestido com argamassa industrializada Menor peso por m² Sistema Drywall Entre as alvenarias: Bloco cerâmico revestido com pasta de gesso. Bloco concreto revestido com argamassa industrializada Facilidade de manuseio Sistema Drywall Entre as alvenarias: Bloco cerâmico revestido com pasta de gesso. Bloco concreto revestido com argamassa industrializada Bloco de concreto revestido com Resistência à impacto argamassa industrializada Drywall Entre as alvenarias: Bloco cerâmico revestido com pasta de gesso. Resistência a umidade Entre as alvenarias não diferem muito, o que influencia é o revestimento. Drywall Entre as alvenarias não diferem muito, o que influencia é o revestimento: Pasta de gesso. Resistência ao fogo Drywall com chapas resistentes ao fogo (Chapa rosa). Entre as alvenarias: Blocos de concreto revestidos com pasta de gesso Blocos cerâmicos revestidos com argamassa industrializada Desempenho térmico Drywall Entre as alvenarias: Bloco cerâmico revestido com argamassa preparada em obra Bloco de concreto revestido com pasta de gesso Drywall com isolamento acústico. Entre as alvenarias: Bloco de Desempenho acústico concreto com revestimento em argamassa industrializada. Regularidade dimensional Drywall Entre as alvenarias: Bloco de concreto Bloco cerâmico revestido com pasta de gesso Blocos cerâmicos 81 TABELA 16 – VIABILIDADE DOS SISTEMAS CONSTRUTIVOS - CONTINUAÇÃO Facilidade para Drywall instalações elétricas e Entre as alvenarias: Blocos de hidro-sanitárias concreto Blocos cerâmicos Ganho de área útil Drywall Entre as alvenarias: Bloco cerâmico revestido com pasta de gesso ou argamassa industrializada. Espaço utilizado no canteiro Drywall Revestimento com As alvenarias não diferem, o que argamassa preparada em influencia é o revestimento: Pasta de obra gesso ou argamassa industrializada. Menor custo para destinação final de resíduos Alvenarias (Blocos cerâmicos e blocos de concreto) Drywall e resvestimento em pasta de gesso. Consumo de revestimentos Drywall Entre as alvenarias: Bloco de concreto revestido com pasta de gesso. Bloco cerâmico revestido com argamassa preparada em obra Manutenção Alvenarias Drywall Bloco de concreto com revestimentos. As análises obtidas nos permitem afirmar que efetivamente não existe um tipo de vedação que seja mais eficaz que outro, pois há uma série de fatores que determinam esta definição. Isso vai variar de região para região, qualificação da mão de obra empregada, tipologia da edificação, necessidade do cliente, mercado financeiro e também depender de uma boa compra. Quanto ao planejamento da compra dos materiais, alguns aspectos devem ser considerados, como a localização da fábrica ou indústria, pois esta informação poderá elevar ou diminuir o custo de transporte, bem como as possibilidades de logística disponíveis (rodovias, ferrovias, etc). O sistema mais vantajoso em relação a custo é a alvenaria de vedação com bloco cerâmico furado revestido com argamassa preparada em obra, porém é um material mais frágil, sujeito a quebras e grande geração de resíduos, havendo maior desperdício, quando comparado com os blocos de concreto, e também maior consumo de argamassa, já que se trata de um material com irregularidades dimensionais. A sociedade brasileira tem ainda certa barreira cultural quanto a aplicação de sistemas diferentes do tradicional (alvenaria de blocos). Por este motivo o drywall 82 não é amplamente empregado no Brasil, porém está aos poucos conquistando o mercado. Em relação a custos, as chapas simples, estão no mesmo patamar do que os sistemas tradicionais. Estas são úteis na aplicação em ambientes onde o objetivo não seja isolamento termo-acústico. Porém quando se quer uma parede com boas características termo-acústicas é necessário a utilização de lã mineral, o que torna o sistema o mais caro de todos entre os que foram comparados. Em relação ao cronograma e velocidade de execução, o sistema drywall é o que mais difere demais sistemas. Quando utilizado de maneira correta e racional, traz benefícios significativos que viabilizam sua aplicação, pois é um sistema rápido, o que reduz o tempo de ciclo na execução de paredes, ou seja, ganho de tempo no cronograma, sendo também o mais econômico, eficiente e limpo, tem perfeito acabamento das faces, e garantem ganho de área útil, pois as paredes são menos espessas e leves, proporcionando otimização da estrutura e alívio nas fundações, reduzindo indiretamente os custos globais da obra, sendo possível também aplicar o revestimento logo após a fixação dos painéis. Por se tratar de um sistema planejado e flexível, gera menos resíduos, há mais controle e limpeza, e a flexibilidade atende a diferentes necessidades do usuário. Na sequência, temos os blocos de concreto e os cerâmicos, que quase se equiparam no quesito produtividade. Os blocos de concreto apesar de mais pesados, o que faz com que o tempo de transporte e assentamento se torne maior, tem vantagens quanto a facilidade com as instalações elétricas e hidráulicas por serem vazados. Já os cerâmicos são mais leves, tornando o processo mais rápido, porém precisam ser quebrados para a realização das instalações. Quanto aos revestimentos para esses sistemas, temos a pasta de gesso que proporciona produtividade e rapidez. É aplicada em camada única, porém necessita de bases bem regulares para execução e cuidados com a umidade dos ambientes. Logo após temos a argamassa industrializada (chapisco e massa única) e por último a dosada em obra (chapisco, emboço e reboco). Quando se utiliza argamassa preparada em obra as incertezas quanto as características da massa são grandes, por isso, quando o objetivo é confiabilidade, é interessante utilizar a argamassa industrializada, já que a diferença de valores entre 83 elas não é exorbitante, e tem-se garantias de padronização de fábrica, portanto é vantajosa sua utilização. Para canteiros de obras onde há pouco espaço para armazenagem de materiais é interessante utilizar drywall, já que são placas que pode ser armazenadas sobrepostas, não precisam de grande área para estoque. Temos também as pastas de gesso e argamassa industrializadas, onde é necessário apenas guardar os sacos dos materiais, que pode ser armazenado no próprio andar, diminuindo as áreas de estoque. O que se constata é categoricamente afirmado por vários autores, devem-se elevar os índices de qualidade dos materiais do setor civil, obrigando as empresas à padronização de produtos e que busquem a melhoria dos processos de confecção e de aspectos financeiros, bem como a gestão de geração e reaproveitamento de entulhos, visando a garantia do produto final e a busca do desenvolvimento sustentável. 84 8. CONCLUSÃO O objetivo geral e os objetivos específicos foram atendidos. A identificação e posterior comparativo das alternativas mais usuais de vedação vertical interna foram realizadas. O levantamento por m² dos sistemas de vedação vertical interna, assim como suas características, limitações e vantagens foram levadas em conta no comparativo desses processos construtivos. Os resultados revelam que os fatores decisivos para escolher o sistema a ser empregado variam de acordo com as seguintes características: prazo executivo do sistema, domínio técnico, produtividade, fabricação e padronização dos materiais, resistência, peso, capacidade termo-acústica, durabilidade, facilidade para instalações elétricas e telefônicas, geração de resíduos, tipo e distancia de transporte, organização e espaço no canteiro, gerenciamento da obra, como também as condições ambientais. Pode-se chegar à conclusão de que a alvenaria convencional (tijolo furado) é ainda a mais viável, pelo menor custo do bloco e execução, capacidade térmica, maior demanda de mão de obra, pela facilidade de aquisição, transporte e manuseio, e pela aceitação no mercado, por estar culturalmente enraizada no nosso país. Quanto à produtividade o drywall é o mais viável, pela agilidade da montagem e tempo para aplicação do revestimento, menor peso e facilidade de movimentação. No que se refere à padronização e a garantia de desempenho, entram o bloco de concreto e as argamassas industrializadas. O bloco de concreto prevê instalações, a fabricação é padronizada, características geométricas de alta regularidade. Já as argamassas industrializadas, por serem compradas ensacadas, tem a garantia do fabricante, sabendo-se exatamente o que está sendo utilizado. Nos aspectos ambientais, a alternativa que mais gera resíduos é a alvenaria de bloco cerâmico revestida com argamassa produzida em obra, porém o valor da caçamba para destinação à usina tem baixo custo quando comparada com a caçamba de resíduos de gesso. Portando, a conclusão a que se chega é que ainda os sistemas construtivos com alvenaria (bloco cerâmico e bloco de concreto) são as melhores opções em relação custo-benefício dentre todos os materiais para vedação existentes. Assim 85 como afirma SABBATINI (2012) não existe material de construção mais econômico (em todo mundo), considerando-se os investimentos inicial e de manutenção. Com base nos resultados apresentados, pode-se responder a questões que posam vir a ser decisivas para adotar determinado sistema em relação a outro, depende muito do que se pretende construir e sua funcionalidade. Tanto os custos como as características variam de obra para obra e são vários os fatores que interferem no desempenho e no custo das vedações e revestimentos. Este estudo comparativo não permite generalizações, é necessário analisar em particular as características da obra em questão, sendo este trabalho uma base para escolha do sistema construtivo. 86 9. REFERÊNCIAS AGUIAR, E. S. de. Caracterização da Produção de Argamassa Tradicional Racionalizada para Revestimentos de Fachadas. Universidade de São Paulo., EPUSP-PCC, 2004. Disponível em: < http://otavio.pcc.usp.br/Artigos/Monografia%20Enio.pdf>. Acesso em: 04 nov. 2012 ANTUNES, R. P. do N.. Estudo da Influencia da Cal Hidratada nas Pastas de Gesso. Universidade de São Paulo. São Paulo, EPUSP-PCC, 1999. Disponível em: <http://rubipna.pcc.usp.br/Disserta%C3%A7%C3%A3_Rubiane.pdf>. Acesso em: 21 dez. 2012 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND (ABCP). Manual de Revestimentos de Argamassa, (s/d). Disponível em: http://www.comunidadedaconstrucao.com.br/upload/ativos/279/anexo/ativosmanu.pd f>. Acesso em: 27 out. 2012. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORLTAND. Projeto aumenta o desempenho da alvenaria de vedação. Disponível em: <http://www.abcp.org.br/conteudo/imprensa/projeto-aumenta-o-desempenho-daalvenaria-de-vedacao>. Acesso em: 27 nov. 2012. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS FABRICANTES DE DRYWALL. Resíduos de Gesso na Construção Civil – Coleta, Armazenagem e Destinação para Reciclagem – 2ª edição. São Paulo – SP, Setembro de 2011. Disponível em: <http://www.sindusconsp.com.br/img/meioambiente/22.pdf> . Acesso em: 08 jan. 2013. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7200: Execução de revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas - Procedimento. Rio de Janeiro, 1998. 87 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13729: Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorganicas – Terminologia. Rio de Janeiro: ABNT, 1995. AZEREDO, H. A. de. O edifício e seu acabamento. São Paulo: Edgard Blucher Ltda, 1987. BAÍA, L. L. M.; SABBATINI, F. H. Projeto e execução de revestimento de argamassa. 2. ed. São Paulo: O Nome da Rosa, 2001. BARROS, M.M.B. Processo de Produção das alvenarias Racionalizadas. São Paulo, EPUSP-PCC, 1998. BARROS, M.M.B; SABBATINI, F. H. Tecnologia de produção de revestimentos verticais. Notas de aula: Características das argamassas de revestimento: critérios para escolha. São Paulo, 1997. Disponível em: <http://tgp-mba.pcc.usp.br/TG006/Aulas/Arquivos/aula3--v2.pdf>. Acesso em: 10 jan. 2013. BAUER, E. ; PEREIRA, C. H. A. ; RAMOS, D. ; SANTOS, C. ; PAES, I. L. ; SOUSA, J. G. G. ; ALVES, N. ; do Ó ; GONCALVES, S. R. C. ; LARA, P. L. O. . Revestimentos de argamassa - características e peculiaridades. 1. ed. BRASÍLIA: LEM-UnB - SINDUSCON/DF, 2005. v. 1. 92p . BONAT, D. Metodologia da Pesquisa. 3ªed. Curitiba: IESDE Brasil S.A, 2009. BORGES, A. C.; MONTEFUSCO E.; LEITE J.L. Prática das Pequenas Construções. 8 ed. Curitiba: Edgard Blucher Ltda, 1996. CAMACHO, J.D. Projeto de edifícios de alvenaria estrutural. Ilha Solteira – SP: Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, 2006. Notas de aula. Disponível em: <http://www.nepae.feis.unesp.br/downloads.html>. Acesso em: 29 out. 2012. CLARO, A.. Notas de aula da disciplina de Tecnologia da Construção I. Florianópolis: UFCS, 2013. 88 CARDOSO, F. Notas de aula da disciplina de Tecnologia da Construção de Edifícios. São Paulo: EPUSP-PCC, 2001. CARVALHO Jr. Antônio Neves. Notas de aula da disciplina Tecnologia das Edificações III. Minas Gerais: UFMG, s/d. COMISSÃO DE MATERIAIS E TECNOLOGIA (COMAT) - Sindicato da Indústria da Construção Civil (SINDUSCON). Sistema Drywall. Minas Gerais – MG, 20092012. Disponível em: <http://www.sinduscon- mg.org.br/site/arquivos/up/comunicacao/cartilha_qualimat_sistema_drywall.pdf>. Acesso em: 17 jan. 2013. CORSINI, R. Gesso Projetado. Revista Equipe de Obra. São Paulo, 2011. Disponível em: < http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/43/gessoprojetado-saiba-quais-os-procedimentos-para-fazer-o-243493-1.asp> Acesso em: 02 dez. 2012. DIAS, J. F.. Notas de aula: Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos. São Paulo: USP, 2006. FIORITO, A.J. S. I. Manual de argamassas e revestimentos: estudos e procedimentos de execução. São Paulo, Pini, 1994. FRANCO, L.S. Notas de aula da disciplina de Tecnologia da Construção de Edifícios I. São Paulo. PCC-POLI-USP – Departamento de Engenharia de Construção Civil – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, 2008. FRANCO, L. S. O Desempenho Estrutural e a Deformabilidade das Vedações Verticais. São Paulo, EPUSP-PCC, 1998. FREITAS Jr. J. de A. Notas de aula da disciplina Construção Civil II. Curitiba: UFPR, 2012. 89 GOMES, A. de O. Argamassas para revestimentos de edificações. Salvador, 2002. Disponível em: <http://www.reciclar.ufba.br/palestras/sppg/adailton/argamassas_revestimentos.htm> . Acesso em: 02 fev. 2013. GOMES, A. R. Notas de aula da disciplina de Práticas da Construção Civil II – Alvenarias. São Paulo: UNICAMP, 2007. LEMOS, F. A.; DALL’AGNOL, R. J. Bloco Cerâmico ou Bloco de concreto. Disponível em: <http://artigos.netsaber.com.br/resumo_artigo_56358/artigo_sobre_bloco_cer%C3% 82mico_ou_bloco_de_concreto>. Acesso em: 13 dez. 2012. LORDSLEEM Jr., A. C. Execução e Inspeção de Alvenaria Racionalizada. 2ª Ed. São Paulo: O nome da Rosa, 2001. MACIEL, L.L.; BARROS, M.M.S.B.;SABBATINI, F.H.. Recomendações para a execução de revestimentos de argamassa para paredes de vedação internas e exteriores e tetos . São Paulo, EPUSP-PCC, 1998. MARTINS, J. G. Notas de aula da disciplina de Materiais de Construção II Alvenarias – Condições Técnicas de Execução. Portugal – Porto: Universidade Fernando Pessoa, 2009. Disponível em: <http://www2.ufp.pt/~jguerra/PDF/Construcoes/Alvenarias.pdf>. Acesso em: 25 set. 2012. MEDEIROS, M.; MIRANDA, L. Notas de aula da disciplina de Construção Civil II. Curitiba: UFPR, 2012. MEDEIROS, R. de C. F.. Vedações Verticais em Gesso Acartonado – Recomendações para os Ambientes Úmidos. São Paulo, EPUSP-PCC, 2005. 90 MILITO, J. A. Notas de aula: Técnicas de Construção Civil e Construção de Edifícios. São Paulo: Faculdade de Ciências Tecnológicas da Pontifica Universidade Católica, 2009. RIPPER, E. Manual Prático de Materiais de Construção. São Paulo: Pini, 1995. RODRIGUES, E. Execução de Alvenarias. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://www.ufrrj.br/institutos/it/dau/profs/edmundo/cap%EDtulo4-Alvenaria.pdf>. Acesso em: 02 dez. 2012. SABBATINI, F.H. Notas de aula da disciplina de Tecnologia da Construção de Edifícios. São Paulo: EPUSP-PCC, 2003. SALGADO, M.S. FAU:Universidade Revestimentos Federal do Rio – de Acabamentos Janeiro, 2006. Argamassados. Disponível em: <http://www.nova.fau.ufrj.ber>. Acesso em: 08 nov. 2012. SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS – Estado o Paraná. Resíduos da Construção Civil. Curitiba (s/d). Disponível em: <http://www.meioambiente.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=51> Acesso em: 15 dez. 2012. SELMO, S. M. de S.; HELENE P. R. do L. Dosagem de argamassas de Cimento Portlhand e cal para revestimento externo de fachada dos edifícios. São Paulo. PCC-POLI-USP – Departamento de Engenharia de Construção Civil – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, 1991. SILVA, F. B. da. Revestimento de Gesso Projetado. São Paulo, 2012. Revista Techne. Disponível em: <http://www.revistatechne.com.br/engenharia- civil/178/artigo244749-1.asp> . Acesso em: 01 dez. 2012. 91 SINAPROCIM – SINCIDICATO NACIONAL DA INDÚSTRIA DE PRODUTOS DE CIMENTO. Blocos de Concreto. Disponível em: <http://www.sinaprocim.org.br/Upload/Esp_Tecn/blocos.pdf>. Acesso em: 26 nov. 2012. SOUZA, U. E. L. Produtividade e Custos dos Sistemas de Vedação Vertical. São Paulo, EPUSP-PCC, 1998. TANIGUTTI, E. K.; BARROS, M.M.B. Recomendações para a produção de vedações verticais para edifícios com placas de gesso acartonado. São Paulo, 1998. Disponível em: < http://pcc2435.pcc.usp.br/pdf/PCC2435-aula26- gesso_acartonado.pdf>. Acesso em: 11 dez. 2012. TCPO, Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos, 2010. 13ª Ed. São Paulo: Pini, 2010. TRAMONTINI, A. P. Avaliação experimental dos métodos de prevenção de fisuras na interface da alvenaria de vedação de pilar de concreto. São Paulo. Dissertação de mestrado – Universidade Estadual de Campinas, faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo, 2005.