o papel da escola bilingue na preservacao - TCC On-line

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UNIVERSlDADE
TUIUTI DO PARANA
Vivian .lfll1ine ESflU Spenst
o PAI'EL
DA ESCOLA BlLiNGUE
CULTURAS:
NA PRESERVA(:AO
DE DlFERENTES
ALGUMAS CONSIDERA(:OES
CUlUTIBA
2003
Vivi:1I1 J:1I1ine
o I'AI'ELDA
[SHU
Spcnst
ESCOLA BTLiNGUE NA I'RESERVACAO
CULTURAS:
DE DIFERENTES
ALGUMAS CONSIDERA<;:OES
Trab.1lho de COllclus:io de Curse :l.prc-5entado
como rcqlli~ito p.-trcial 1),11.1cQnclus~io do Curro
dt: Gr.\dU':H;:10~m Pedagog.ia da Uniwl'$idadc
Tuiuti do P:l.r!ln:l..
Profa. Orientadom Jallinc Gross
CURITIBA
2003
Ji'1 ~~~o~~~~~~~~
,~~~~!.~?oo
~~~~~
UAP
lINIVERSIDADE
TllJlJTI DO PARANA
FACliLDADE
DE C1ENCIAS IIL;MANAS, LETRAS
ClIl{SO DE I'ED,\GOGIA
E ARTES
TERMO DE APROV A<;AO
NOME
DO ALUNO:
VIVfAN
JANINE
ESAri
SI'ENST
TiTULO:
0 PAI'EL DA ESCOLA BILiNGUE
CULTURAS:
ALGUMAS
CONSIDERACOES.
TRABALI-IO
PARA
DE CONCLUSAo
A OBTENCAo
PEDAGOGIA
DA FACULDADE
UNIVERSIDADE
MEMBROS
DE CURSO
DO GRAU
NA PRESERVACAo
APROVADO
DE LlCENCIADO
DE CIENCIAS
COMO
DE DIFERENTES
REQUISITO
EM I'EDAGOGIA.
I-IUMANAS,
LETRAS
PARCIAl.
CURSO
DE
E ARTES.
DA
TUIUTI DO PARANA.
DA COMISSAO
A VALIADORA:
PROF'. ~~MBERG
GROSS
OIUENTjDBR
PROF'. ELiSABEJ,H
MJl!'f1l1~O~A
LAVA~LE
~NCA
MEMIlRO
;ARMI
//
/7,'JftU'
UltU:.,/!'l.1~6F'.)0 ELlA SCHWA
,'J;(mi
SILVA
"
A SALOME
I)A IlANCA
DATA: 27/10/2003.
~rEI)[A:
---,,3-'-.0__
CURITISA- PARANA
2003
c..",~~. ";"'"jUI. AliIl"3. R,JO"yd~~M~""...,.I;""k:I.
:)1. ~~~lnarb·
cerol:lll(l·l!t·
F~n~:iil>111 nOCIF •. (Iljlll
1)n
Ca"'l' •••
~"."""CI_J.lLI
••••
IkoJS.""·I~~·~.CEpml.11i1C1."-(41):MI07U/r_{I1)~W014'
·CE,.107'O-:"A·r_;(41)nl,.../F"":i41)Ulnl'O
C__
".-..w.IWaJ"IftIn.l1't·~"lv'·CE"'H'OO·xro.F_(.11Iln~~IF"':i~')J71Wl
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c.••••.••
c~:rw.."",_
•••
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C.....,..,.~"""E"f'.llic~ •••
=.l:"':'N*:.•c:..'7"'.w.""''''~l••
:i41)m~u.!
Dcdjeo
aDs
I1ICIIJ
Clcol11pal1liaram
cnmpl't'..:ml.l0
e
nesfa
apoio.
pais,
qlle
comilJllado,
me
pc/a
AGRADECIMENTOS
Agradec;o primciranlcnte a Deus, por ser meu tiel companheiro. Ao Diretor e its
Profe-ssoras
d<l primeira
serie do Ensino Fundamental da EscoJa Estadual Fritz
Kliewer, bcm como HOS pais dos alullos pela compreensiio e auxilio durante n
realiztly;lo da pesquisa.
"Dires quc sou ()iuluro,
nao me de!lamparcs no prc.'H!I1lc,
Dizcs que sou a esperal1(,"a da paz,
"do me i"du=as ci guerra.
Dizes que
a promessa dn bem,
SOli
me conjies do mal.
1/(10
Dizes qut!
a
SOli
11IZ d05
lells
OIlIOS,
me ahol1done /las IrCl·a.".
ml0
N<io espero s01l1enle 0 tell plio,
da-me
111=
c enlelldimelllo.
Nao de."cjo fifo 56 a /esla de tells caril1/lOs,
slIplico-file
N{io
amvr com
que me ceillqucs.
Ie rogo apellas brillquedos,
pe<;O-le bons exemploJ e boas palallras.
Niio
SOli
,')imples orl1omenlo de
SOli
tell
carinho,
algllem que Ie bale a porIa.
Ensina-me () iraballlO e a /lIlmildadc,
o clevo/amenta e 0 perddo.
CompadeCt"-/e de mim e orieme-mc,
para
Corrija-me
que
cnqllanto
('11
scja bom cjus/o.
C tempo, mesmo que ell so/ra.
Ajllda-lIIe I/Oje para qlle amanlli} ellllaO fefa~a chorm·. ,.
(Allfor de.I'COllhecido)
ORrENTADORA
Prof •. Mestre JANINE GROSS
Pedagog. docente do curso de Gradu.,ilo
de Pedagogi.
d. Universidade
Parana. Mestre em Educnc;ao.
Tuiu!i do
COLABORADORES
Prof •. Mestre Elisabeth Farall Silva
Coordenadoru
do curso de Linguas
da
Urtiversidade Tuiuti do Parana. Mestre em
Linguas.
Profa. Nlestrc Rosangela Guidelli
Pedagoga docente do curso d(~Gradua<;ao
em Pedagogin da Universidade
Tuiuti do
Parana. Mestre em Educayao.
Prof. Leon Wlasenko
Pedagogo
gestor
da Escola
Est.dual
e
Colegio Fritz Kliewer.
Prof •. Gisele Schnell Bus
Pedagoga
docente
do Ensino
Fundamental
da Escola Estadual Fritz Kliewer.
Profa. Milrin Helena Penner
Pedagoga docente de Alemao do Ensino
Fundamental
Kliewer.
da
Escola
Estadual
Fritz
RESUMO
Observ.ndo
0
papel dn escola bilillgiie nn preservnyiio de diferentes cullums,
pode-se p~rceber diversos aspectos rclacionados ao dominio de duns lingua'.;..
MesIllo que 0
alUHO
e.steja mIT" estitgio initial de aprendizado. nfio podemos
esquecer que. de se encontm
110
pais de orifrc.m da lingua e que te-m prcssa em se
comutticar C.om os falantes mltivQs e pOllea tempo pm1t c:stuclar.
Muit'os professores se cnganam ao a har que
0
aprender as pcculiaridades lingiiisticas e slmpleSlllcnte
cont'e:xtualizndas,
ruuno
0110
rem capacidnde de
as omitem. Ma-. se cIa forem
0 aluno nao s6 nprendent cOmo tambem 8 llri]jzanl.
Diversos fntores influenciam na aquisiciio de umn scgunda lingua bern
bilingiiislllO. 0 mcentjvo dos pais
e de fundamental
dc-Ies depemlenl n vontnde dc, aprender do
6-"10.
exercer a cOl11unic:tyao com os mesmos como com
tAnto quanto
Q
alcma.
PALA VRAS-CHA VE
LinbrtJa-mlle
Bilingliislllo
AquisiQao de lingua gem
Linguage.nl
Lingua
Sc:gunda Lingua
01110
no
llnpOltfinc.ia nesses processos pais.
0
seu exemplo em
lnoximo. dominRnte da lingua
SUMARIO
RESUMO
.
lNTRO})U(:AO
..... riii
.
.
A(!U1SI(:;iO
D.-I LlNGUAG£M
A(!U1SI(:"iO
DA LiNGUA
MiL
.
1
.
3
.
.
7
VMA 8£GVNI>A LiNGVA ..
..11
BILINGUISftlO
.
ANALIS£
P£SQVlS,J 1)£ ClMPO
DOS })ADOS})A
.
Entrevist:1. eorn :l.prorcssora de dllsse
Eni~vist:l
16
......••.. 16
.
...... 17
.
.18
ClINCLvs;io
.
R£F£RENCIA!>
AN£XOI
14
.
.
com rl:proressor:. de alemiio
Entrevj$ln com 05 pais
.
.
24
.
..25
.
ENTREV\STA
.... 26
COM A PROFESSORA
DE ALEMAO
..... 26
AN£X01.
ENTIlEVISTA
.
COM .~ 1'1l0FESSORA
AN£X03
ENTIlEVISTA
DE CLASSE
.
.
COM OS PAIS
AN£X04..............
CAIlTA AOS I'AIS
.
.
27
.....................
27
28
........... 28
.
... 29
.
29
INTRODUCAo
A lingua gem abre
mundo para n crian~a. Scm cIa olio haveria entendimento
0
nem comunica~ao. pois cIa
e mais
do que a quantidade de palavrns que se aprende no
lango da vida, mais do que lima sequencia
de vocabulos. A linguagem reflcte urn
processo de desenvolvirnento que tern suns regras proprias. que a cria1l9a inconsciente,
e mais tarde, conscientemente, compreende. ex.perimenta e
US8.
Num mundo globalizado. percebe-se a cresccnte nccessidade de 131ar mais de
uma lingua. As escolas tern procurado
oferecer
0
en sino de diferentes
tingllas
estrangeiras para que as criiUl~as tenham urn maior preparo para esse mundo com
novas
exigencias.
Parem,
0
contexto que sem pesCluisndo neste trabalho apresenta uma realidnde
que se diferencia
das esco18s convencionais.
Trata-se
de umn escola bilingiie
fundamcntada nos valores eOlicos e culturnis da cOnlunidade alema, onde esta inserida.
as alunos ja vern com a culturn bilingtie adquirida do seu meio socio-cultural, a qual
continua clllrivada e aperfcilYOadapela instihlic~o escolar.
ConsidenUldo a alfabetizacito dessas crian~as e
0
fnto de que nem todas elas
aprende," com tanta facilidade uma Segwlda lingua, este trabalho pretende analisar
posturns adotadas por pais e profcssores para a preservacao da cultum alema, por meio
do nprendizado dn lingua, nn Escola Bilingiie Estadual Fritz Kliewer.
Este trabalho sera desenvolvido
abordagem explomtona
maior familiaridade
na forma de uma pesquisa qualitativa
com
0
problema. com vistas a toma-Io mais explicito
construir hipoteses, e tendo por objetivo principal,
descoberta de intui\3es."
de
que, segundo Gil (1989), «tem como objetivo proporcionar
Para ele, embora
0
0
aprimorrune.nto de ideias
Oll
a
Oll
a
planejrunc.nto de pesquisa seja bastante
Oexivel. na maioria dos casos assume a forma de pesquiSt, bibhogrftfica ou de estudo
de caso.
A pcsquisa sent fe.alizadn corn 14
alullOS
de uma primeira sene de
bilingUe e desenvolvida por mcio de questionarios
a professora
lUna
escola
de classe. t\ professora
de alemiio e aos pais dos alunas, com 0 objerivo de identificar 0 papel da escola
bilingUe na preSerVal'30 de diferentes cultums.
2
e
Para urn me-Ihor entendimento desse trabalho.
fundamental a abordag,em de
alguns cOllceitos e diferenciaQoes. Entre eies. 0 de lingua e lingua gem, de lingua e fala,
ale-m de aspectos relativos
a aquisicao
da linguagem.
e
Para Sapir (1929) citado por Lyons (1987), "a linglla!;em
puramente humano e naD instintivo de se comullicarem
11m metodo
ideias. emolfl3es e desejos por
meio de sfmbolos voluntariamente produzidos'·. Para Blosch e Trager (1942), tambem
citados por Lyons (1987), "Umn Hngua
e urn
sistema de simbolos vocais nrbitrinios
por meia dos quais urn gmpo sacin) coopera.'· Ou pode ser ainda
paJavras e expressoes usadas por um povo,
pOT
uma nayi'io, e
0
0
conjunto de
conjunto de regras da
sua grnmatica, idioma. (Diciamina Aurelio, 1986)
Lingua Materna
011
Primcira Lingua, pode-se entender por aquela que a crianyit
aprende a f;dar prirneiro, g,emhnentc ligada
30
ambiente (Diciontirio Aurelio, 1999).
Seglillda Lingua ou Lingua Estrangeiro
e
considentda
(1993), a lingua dos outros, que podem se·r antepassados,
por Almeida Filho
estranhos,
dominadores au Hngun exotica. Para ele., a lingua sO inicialmente
que te-nde a 'desestrangeirizar-se'
barbaros,
e estrangeira
mas
para quem se dispoe a aprende-Ia.
Dialetos sao fonnas caracteristicns
que uma lingua assume regional mente.
Almeida Filho (1993), wateto seria urn sistema de sinais desgarrado de lI1na lingua
comum,
viva
au
desaparecida;
normalmente,
com
uma
concreta
delirnitayMo
geognificn, mas scm uma forte diferenciac;:ao diante dos outros da mesma origem. De
modo secllndi:irio, poder-se-iam
tnmbem
chamar dialetos
as estruturas lingiiisticas,
simultaneas de outra, que n:1o a1canyam a categoria de lingua.
No Dicionmo
Aurelio (1999), encontramos
dialeto como uma vnriedade
subpadrao Oll nao-padrno de uma lingua, associ ada a gmpos que nao contam com
prestigio social. Uma variedade regional
que conta com forte tradiyao literitrii!1.
Variedade lingti,istica regional que nao tern escrita~ cada urna das subdivisoes que se
podem aplicar a determinada
lingua,
utilizando
como eriterio
geogratica au a camada social a que pertence a fnlante.
basico
a regi~o
AQUlSI(;:Ao
Ate
DA LINGUAGEM
as ailOS scssenta, predominllva a descri~ao sabre a explicBc;ao. Tratava-se
exclusiv3mente de estabelecer as idades em que se produziam os diferentes marcos no
processa de aprender a falar.
Noam Chomsk,), revolucionou
0 campo da lingiHstica e 0 de l1utnerosos ambitos
relacionados ils ciencias humanas. Para Chomsky, citado por Coli (1995), a linha de
demarcac;ao entre n especie humana e as demais especies nnimais estnbelece-se
mediante
it
linguagem.
Em outras
palavras,
e
a linguagem
lima capacidade
exclusivamente humann. ChomskY' vai ainda mnis longe e aponta novas aspectos que
faram cmciais para
0
n3scimento da modemll psicolinguistica.
afinna que a capacidade para falar dos seres humanos
Em primeiro lugar,
e genehearnentc
determinndn..
Acredita que faz parte do c6digo generieo e, a aquisiciio dn lingua gem 6 simplesmente
um processo de desenvolvimcnto
de capacidades inatas, de modo que as crianeas
aprendem a falar da mesma forma que as passaros aprcndem a voar.
Em segundo lugar, relaciona os universais lingUisticos com a siutaxe. Em slias
primeiras eoneepeoes,
aeredita que os aspectos comuns dns linguas fnladas sao
descritos mediante a sintaxe.
A influe.ncia de Chomsl...,)' (1994) nas invesrigacoes
lingua gem foi extremarnente
notavel.
Se a lingua gem
e
sabre a aquisicfio dn
eomnnicaeao,
seu usa
obrigatoriamente eoruportn umn inteneno, ou seja, mediante a 1inguagem, pretendemos
que nossos illterloeutores tomem eonsciencia de alga que, estando em nossa mente,
nao esta na sua. Estas inteny(5es podem ser de diversos tipos. Assim, podemos
empregar a Iinguagem para regular a conduta de outra pessoa para infonnar algo
referente a nos mesmos ou para informar sobre alga que nos eerca.
Segundo
Neuner
(1995),
0
reeem nascido
incessantemente estimuIos e organiza progressivamente
e
urn ser ativo,
repert6rio condut'a1 e Dotavel mostrando condutas especificas relacionadas
humann. Ndo demora muito tempo a dominar as earaeteristieas
sistema visllal~ pennirindo-Ihe
ineorporar-sc
possibilitando-Ihe evitar ou sustentar 0 01l18I.
que busea
a informaeao adquirida. Seu
n situacoes
a linguagem
acomodativas
de jogo
do
earn a eara.
ha
Durante os primeiros tres mcses de vida, nlio
habilidade
comunica~1o. 0 binomio 3dulto-crian~a cleve transfonllar-se
companlvel
it
em um trinomio, de
modo que os objetos fa~am parte das atividades sociais entre ambos. Entre os 4-6
meses, a dupla comev:.t n diversificar sellS jogos. Estes deixam de estar concentrndos
em seus pr6prios corpos e seu foco de ateo~fio dirige-se a temas extemos, Neuner
(1995).
Bruner (1986), cit.do por Coli (1995), esn,da • relal'iio entre estes jogos e a
aquisi~ao da lingua gem. Este autor emprega
° nome de "forma to" pam descrever
intera~oes triangulares. Em surna, distingue entrejormatos
de
a~'(fo COlljllnta,
de ale,,~·t1oCOJ1jl/llla e/i)nl1GloS mislos. Nos tres tipos de fonnatos.
envolvem-se
conjuntamente
convenciooais para assegurar
As implicayocs
oa
0
elabora~iio
de
0
adulto e a crialH;a
procedimeotos
arbitnirios
e
no progrcsso
da
transcllfSO da intera~i'io.
educacionais
das camcteristicas
inerentes
comUniCilyaOsao importantes. Em prime.ira lugar, afinna Coil (1995),
eIlteoder que
0
estas
jorma/os
dominic das habilidades comunicativas
e conseguido
0
educador deve
no contexte das
relayoes individuais em situayoes extremamente varindas. Em segundo lugar, as tarefas
envolvidas nestas interary6es tern que scr motivantes para a crinn<;:ac estar ao sell
"Ilcance de modo que esta se envolva nelns. Em terceira lugar, a organizayao da
interavHo
e
portanto,
control ada iniciahnente
reaJizada pel0 adulto, resultando
desenvolvimento
comullicativo,
pelo
em uma assimila~ao
adulto,
que nao
somente
assimetrica
e,
possibilita
0
mas que, no oferccer tun modelo de intcray30 da
crianya com a realidade, peffilite seu progrcsso cognitivo.
Entre os 6 e 12 meses aparecem gestos culturahnente
detenninados.
Ocorre
tambem uma diversjfica~ao importantissima nas expressoes faciais, pennitindo assim a
expressao
de uma boa quantidade
de cmoyoes, sentimentos.
estados de animo,
inten~oes subjetiv.s.
Alem dos sons tipicos do choro, as vocalizayoes
praticamente desde
0
primeiro mes de vida. Ndas,
estao presentes no bebe
sobretudo a partir de urn mes e
meio, pode aparecer qualquer fonerna das Jinguas conhecidas, como ocorre nn fase
chamada balbl/cio, na qual com uma cen. cadencia, as clianl'"S imit1lll1configural'ocs
[oneticas nas quais aparecem diversos fonemas, incluindo alguTls que nno sao pr6prios
da lingua falada em sell meio. Em tomo dos 24 meses todas as vogais e urn grande
T1lIlnero de cOIlsonIltes~ bem como alguns ditongos sa:o prollullciados
correnunente,
embora a dom.ittio completo do sist.ema fonol6glcQ possa demorar-se ate 0 cinco aIlOS
de vida, Coli 1995
No inicio do segundo
Entre
0
HIlO
penada pre-linguisrico e
de vida a c.rian~a comeya a cmitir alg.umn palavra.
0
lingiiistico existe. ullIa conrinuidade funcionru, de
fonna que as primeims palavrns g,ernlmente estllo inse.ridas em situ890eS interativas
cUlllprindo
1IS mesrnas
fun~oes que as gestos os quais elas substituenl.
Ate 0
final do
segundo ano de vida, aparccem tambem as primeiras f1exoes. em fOml!l de marcos do
plural e de genera.
Sabemos que todos as :mInntes aprendem llntumlmente
a falar. quando inscridos
em lima cOllmuidade de fala. Esse contntO com a lingua pennite a incorpOfaitUO de
regras que vilo estruturar umit gramatica l.ntemalizadn, que e.quiVA]eno conhecimento
intuitivo que 0 falante p S5ui sobre
1ingua que utiliza e faz parte de sua teorin
it
imp1icitn de mundo.
Por volta de
Ulll
-rres
anos de idade, a c.rianea jn di~p(5e de um conjunto de reg:rllS e
lexica razoavel que Ihe pennite cxpre.ssar os seus desejos, afinlln
As rcspostas que a c.rinnr;.1tdii, provlIm que ela possui
0
Silveira (1997
conhecimento necess~rio pam
comprecnder a lingua, b~m como que dest!nvolvclI regms para produzir seu proprio
discurso.
Ao disclItir 0 desenvolvimento
da Iinguagem, Vygostsky. citado par Silveira
(1997). aponta pam diversos tipos de categorizAr;.iio uti1izados pelas clianY3s. Durante
a primeirn
etapa deste
descnvo]vimento,
as palavras uno sao usnda - como
uma
{'strategia para org,anizar e classificar a experienciu, a criam;:a as pere-ebe isoladamente.
A segllir. comeyn n perceber semelhall~as e diferen~as entre e1as, comec;a a compan'ilas, cOllsiderando lima (micn carnctetistica fisica.
c.aracteristica,
substihlindo-a
A llle-dida que aprende
pOT Olltra, oude
s[o
orgallizados
abandQni1 eSSIl
conjuIltos
de
conhecimentos. Na proxima dapn, com base nas suns impress5es imediatas, passa a
genernljzar, c-ategorizando
t:ertns llltlfCaS dos obje:tos, relaciollando-os
a c,onceitos
abstraros. Apes essa categoriZll,ilo, ela desenvolve um esquema conceitual que
6
expressa carla vez maiores
gntliS
de generaliZRyaO
e abstrac;:ao. A lillguagem
estn
articulada a mna rede complexa de capacidades cognitivas.
A teor;a de lllundo
pensamento
a medida
que
0
arquivada na memoria dos falantes
e
arquivada pelo
cerebro realiza sua pr6pria tarefa de eria! e testar possiveis
infQrma<;oes.finna Smith, citado por Silveira (\997).
AQUlSI(;:AO DA LiNGUA MAE
Mesmo que a maiorin das pessons llscm as palavrns linguagem. lingua e fala
para 131ar a me-sma coisa. do ponto de vista. lillgUistico. esses tennos nlio deviam ser
cOllfundidos.
E
claro que a distul 'ao que se fitz entre essas pnlavms tem carilter
rnctodol6gico.
Segundo Terra (1997),
e dado
0 nome de ling.uagem 11todo s.istcma de sillais
convenciouais que nos pennite rcalizar atas de cOJllunicayao.
ExistClll varias tipos de
ling,uag,em: linguagem dos surdos, sinais de trinsito. etc.
De acordo com os sinais que l1tiliza. cosUuna-se, dividir em:
*' verbal: sao as palavras., as sinais uti1izados.
*' nao-verbal:
utiliza
para atas de c0Tl1UniC8yao outros si11ais que n:'io as
paiavras.
A lingua, pant Terra 1997).
cOll1unicayao.
e a lit1b'llftgemque
ela e urn aspecto da linguagem.
utiliz3 a palavra como sinal de
A liJlgua e lima lTlstihli~ao social de
carMer abstrnto. exterior que a.os individuos que n utilizttm, que some-nte sc concretiza
atrnves da fala, que 6 urn ato individual de vontncie e inte1igencia.
Para Bee (1996 . a litlf,'llagelll nao
fazcm vtirios
SOIlS
e
ja
apenas uma colectao de sons. as bebes
dife-re-utes. mas achamos que das n;to estno
us..'l.ndo
a linguagem.
pOlS parece que eles nao utilizam esses sons para se referir n algmnn COiSR.Alguns
outros anjl.T13istambem podem aprellder a
USaf
sistemas de sons
u gestos de m3neira
simb61ica que definilllos como linguagem.
Trunbem
HaD
podemos confulldir lingua e escrih1. A escrita representa
urn
estilgio posterior de lima lingua. tanto que muitas pcssaas utilizam a lingua scm saber
utilizar a fanna escrita.
'"Embora a linguagem falada seja muito mais largamellte
utilizada que a
linguagem escrita.. as tearias grnm<ltic8is trn.dicionais SC'l11pre se baseanun nesta. por
considerar que e1a possui urn aspecto mais pennanente.'·
A fala, par ser run ate privado,
e um ato indivi.dual.
Terra. 1997)
ca.da falallte tem 0 dominic
da li..nguaque ftUn e. em de.correncia elisso, pode usa-Ia como bern Ihe nprouve~rl
tro
~S\nADE/-
das regrns preestnbelecidas pelo contrato coletivo njustndo com as de-mitis fal"l~
.
\\
\~.!!~~~12L;;;f.M:-)
~.1;i\l~
A cria.IH;acomecta a fnJar por volta dos 18 meses e aos cinco anos
conversar de modo seme.lhnnte ao dos ndu1tos, evidentemente
e
capaz de
com um vocabulnrio
mais restrito. Mas a gramatica de sua lingua cIa ja interiorizou completamente. atrnves
de um processo gradual que acompanha
0
seu desenvolvimento biol6gico e psiquico.
Pel a idade de 4 a 6 anos. a crianya noml3i
corn pequcnas exce~oes, se nlguma,
esfof\:o
0
0
e urn ndulto
lingUistico. Ela domina,
sistema fonol6gico de sua lingua, maneja sem
essencial da gnunatica; conbece e emprega
0
vocabuhirio basico da lingua.
afiml. Term (1997).
Dois conceitos do mologo suil;:o Ferdinand de Saussure, citado por Bragan~a
(2002), silo biisicos para os estudos lingtiistieos: lingua e [.Ia. Segundo ele, a lingua
ea
estrutUf8 que compreende us conven~oes adotadas por determinado gropo social. A
fala esta sujeitn a modificayoes regionnis, girias e jargoes, relncionados it forma como
os individuos uti.lizam essas conven~oes. A fala varia, alem disso, em funyao dos
diversos registros em que
e
empregnda, ou seja. os niveis de linguagem ora mais
formais, ora mais descontraidos.
Nao se fala da mesma maneira quando se estii
pronwlCiando uma conferencia ou conversando despreocupadamente
com urn amigo
pclo telefone~ e olio se escreve da mesma manei.ra lim ensaio ncadcmico e lima carta
posso.1.
Um:! lingua mmca
e
identica em todas as suns manifestayoes
(1997). "As varia<;oos podem ser hjstoricas
Oil
afimla Terra
diaer6nicas (de epoea para epoea),
dint6picas (de lugar para Ingar), diastritficas (de classe social para classe social) e,
ainda de s.itua~fio pam situ<lyiio (fomla] ou infonna1)'". (Terra, 1997). As vnriayoes
podem se dar em varios niveis: fonetico, sint~ltico. ou lexical.
A variabilidade da lingua deve-se its diferen~as socioeconomicas e regionais do
pais. Existe, entretanto, a necessidade de se estabelecer uma lingua padrilo, acima de
toclas as vnnantes, para ser llsada no ensino baslco e na produ~iio cultural. As
convenc?ies que regem essa lingua padma a tommn distante da lingua escrita i11fonnal,
e ma.is distrulte ainda das formas oralS. lsso nao significa que as demais varianles da
ling.ua sejam melhores
OU
piores que
H
nonTIa padriio, culta ou liter6.ria.
Os falantes nativos de uma lingua possuelO um e6digo
compreeodido dentro de uma determinada comunidade.
COffiUffi
que
e utilizado
0
0 fnlaTlte possui, desde a
infoincia.
lim
mcmbros
da cOl11unidade
cOlltr{u;o
do ensino
estrutura
da lingua
nas escolas
sistema
de
de
regras
e exige
Segundo
ele.
a
0
norma
que
ser
culta,
deve
nos meios
funcionamento
da
variabilidade
0
ft Hngua
abranger
e
descartando
clilssica
da
lingua
por exemplo.
eventuais
refofmus
pennitindo
consist'e
e
mesilla
gmm;'ltica
implicitn
compreende
regras
lingiiistieas
de palavras.
e nomenclaturas~
que
outras,
oticiais.
no
a
ensino
dns
As grnmaticas
b11sicil de c0ll1unic<19aO do scr humano
natural
est.l
em
rcvlsta
constante
pam
que
passu
que n.1o acompanha
mortas,
como
a gralia
falantes.
pelos
Este sistema
as regr'as
das
0
a
bTfC£O
palavras.
Tambem
falantes
e
e mll
chamada
desde
saber
da grnm3ticl1
a estrllturnyITo
l1iio sc
incorporando
ou Pariamento.
dos
dos te6rieos
processo
que
seja,
controlnm
as signifienc;ocs,
que
da Hng113 portuguesa,
Iinguas
int'eriorizado
s3iba
da
rapidmnellte.
ou
do COllgresso
cOlllllnicativa.
naa
de
decoITcntes
A gnun.1tjca
caso
a gral11atica
complcxl1s
esse
das
Reflete
dos mecanismos
frequentcmentc
ol1ognlticas
de regras
do processo
domina.
aleat6ria
e
de nonnas
falada.
no
aprovnCilo
o rulante
estrutums
passivel
implicitn
(1995).
diversidade
gramaticais
A rala evo]lIi
scr
da lingua
num sistema
a eficilcia
deve
JiI as nonnas
rcql1crem
E a gramittica
"natural".
grum;\tica
s6
a
que comec;a
corretalllente.
a descri'Vllo
variac;oes
0 conjullto
da lingua.
tldvindas
da
pOliuguesa
Oliveira
dentTo d"
e cerimonias
cOlltem
as
expressoes
as mudanc;as
vnriabilidade
explicitH
abrange
e imlilavei.
boa
desde
nfinn3
e escrever
Ao
e na maior pm1e dos modos de prodl1l:;iio culhlral.
nile
Uma
falar
em documentos
de grmnMica.
novas
Illodificaviio.
e
e escrita,
normat"ivn registra.
a gr:umi.tica
lingua
dn lingua
que a crian'Va ja possui,
oral
pe]os
intelechml.
desconhecimento
0
0 ensino
artificial.
de como
usada
compartilhado
desenvolvimento
que pressupoe
a exprcssil.o
padrffo
e da evollH;ao
nome
saber
0
eficaz
de comunic:1'Vao
Pam Coli (1995),
seu
estrangeira,
grnm{\ticn
da lingua,
interiorizado,
com
lim treinmnento
e tornando
modalidades
reeebe
lingua
Ulna
deve complemcntar
falar, rnelhorando
b:isico.
intuitivmnente
e aperfei'Vondo
de textos
com
e cstudiosos
reproduzcll\.,
e implicito
que vive em sociedade.
resuhnnte
intuitivo
tl'adicional.
confundem
uma
de
a infancia,
que
Essa
e frnsc:s e as
combill119il0
atraves
de
da llecessidade
afLOna Coli (1995).
Enquillllo falilnlcS s6 do pOilugues, as criancas descnl'oll'em uma "gIlnlHitica
natural".
isto
e,
a capacidndc
inata
de.
atraves
de
lllll
conjllllto
de
hip6teses
e
10
associa,oes, idenrificar as infonna,3es
que Ihes
SilO
dirigidas, .firma Oliveira (1995).
Afinna ainda que, quando a crian't'a fn]a lUna frnse e recebe aprova~ao. ela arquiva a
rCh'T3.0 seu potencial lingUistico
com 0 significado
estmturas
(conteudo
adequadas
pennite a articul8l;ao
da mensagem),
do som (proTlIUlcia das £rases)
fazendo a crianCR utilizar as paJavras e
panl se comurucar.
No cotidiano da sala de aula, 0 professor se depara corn uma selie de situa90es
que envolvem
entao
a
formacao da identidade
do
ahltlo. Mujtas vezes as prnticas utilizadas
pelo professor apontam quest<5es que colocam em foco a maneim pela qual
aluno se percebe,
au seja, a imagem
que faz de si mesmo
Segundo Oliveira (1995), dest.que especial
na 5.11a de
0
nula.
e dado a Iinguagem
nesse processo,
carninho pelo qual a consciencia se elabora. Vygotsky citado par Oliveira (1995),
aponta
0
signa, a palavrn, como clemento mediador das interayoes sociais.. que pennite
a aquisiyao dos mais vatindos bens culturais, e a aponta como elemento organizador e
constituidor da atividadc mental.
UMA SEGUNDA LINGUA
E !let6rio e surpreendentc 0 contmste entre a facilidade com que algumas
pessoas nprendem Jinguns estrangeirns e a quase impossihilidade com que outros se
defrontarn. Maior ou mellor ritmo de assimila~ao da Hngua estrangeira (maior ou
menor taienlo) pode depender de inumeros falores, comenta Schiitz (2002).
Segundo eIe, urn dos fatores mais notories
bio16gica e psicol6gica,
e
a idadc. Por rawes
de ordem
quanta mais ceclo, melllor. 0 ritmo de assimilacao
das
crianyas nao 56 e mllis rapido, como mnis ample.
Uma crianca normal exposta a uma lingua qualquer adquire esta lingua em
ritmo acelerado e com plena aptidao. ate par volta dos set.e
de idade, afm.na
a1105
LCllncnberg. citado por Silveim (1997). Apos esse periodo. dilllillUi sua capacidade de
aquisi9aO da litl£;ungem, por causa da perda da plasricidade cerebral, resuitante do
termino da iateraliza9ao.
Muitas vezes, a escola nilo conhece a realidade lingtiistica da crian~a com quem
trabaIha, bem como sua capacidade de entender a lingua e sua capacidade de utilizar a
lingua falada em sjhla~(5es de comunjca~ao. Ignora muitas vezes que ao iniciar a
processo de alfabetiza~ao, n crian~a ja 6 urn adulto lingOistico, e assim, ja
e capaz
de
entender e [alar a lingua, argnmentando e participnndo em situa~(5es do din-a.-dia. A
crian~a nao s6 usa a lingua como tambem reflcte sobre ela.
Outra fator de peso
e
a formacao lingiiistica da pessoa. isto
e.. 0
gran de
sc.melhan~a que a lingua mae do alImo tern com a lingua alvo. afinna Schlitz (2002).
A
semelhalwa lingliistica Ilormalmente
veJ11
acompanhada de semelJlalwa culhlra!.
E
cvidente a facilidade com que alemaes, holandeses,. dinamarqueses e suecos aprendem,
por ex:emplo, ingles.
MeSIllO
brasileiros
demonstram
para a lingua ingJesa uma
faci1idade muito superior a japoneses e chjneses.
As vezcs, a lingua alva
e
e
n tcrceira lingua do alullo. Este
outro fator de
decisiva importallcia. as monolingtics demonstnun uma forte dependencia das fonnas
da lingua mae para estmhlrarem
seu pensall1ento. ao passo
que os bilingties
demonstram maior versatilidade mental. Para SchOtz (2002), aqueJa menle que ja tmta
vez
PUSSOll
pela experiencia de boscat e, descobrir novas fonnas
de expressnr
0
12
pensrunento que nao as da lingua mae, com mais facilidade con segue repetir estn
favanha. Esta maior versatilidadc lingiijstiC~l e. nonnalmente.
acompanhada
de
U1ll3
wIete
nn
major versati1idade cultural, facilitando a identificacao com a cultum alvo.
Fatores de ordem psicol6gico-afetiva
(.~apacidade de aprendizado,
podem
C8USRf
illfluindo tanto positivamente
\UTI
impacto
como negativamente.
AqueJas pessoas introvertidas e perfeccionistas, por exemplo, nonnalmente encontram
mais dificuldade.
Sendo a lingua urn fen6mcno essencialmcnte
oral, naa 56 a percepltHO
mas
tambem a articulacao de sons depcndem diretamcnte da capacidacle auditiva. uma vez
que 0 ouvido funcioDa como monitor da articulac;.ao. afiona SchUtz (2002). Quem uao
dispoe de boa nudicao. leva desvantagem.
Para ele,
e
eSlrangeira
0
grnu de disponibilidade
mentnl da pessoa para com a ling.ua
inversallle.nte proporcional ao nlullero e ao peso das preocupa~oes de
ordem familiar, profissiollnJ e financeira com que n pessoa vive. Quanto mcnor a
disponibilidade mental, tanto menor 0 ritmo de assimila~ao. A motiv8'Yao pode tomarse lima fo~a propulsora de importaJlcia decisivu. 0 fato da pessoa se identificar com a
culturn estrangeirn, e 0 conseqUe-ute desejo de im.itar, de pensar e falar igual
de peso. Desmotiv8'V80, por outro lado,
e freqiientcmente
motivo expont~neo ou pela frustrayao de ntlo se conseguir proficiencia
estudo fonnal. Este
enfatizam
0
e um
e urn fator
causnda pela ausencia de urn
atraves do
problema freqiicnteTucnte observado em salas de aula que
ensino da lingua em vez de aqu.isicrnoda lingua.
o pleno
desenvolvimento da competencia n8 lingua estrangeira ocorre quando 0
alullo, alem de ser movido por
Ulll
interesse ou necessidade pessoal, asswne 0 conlTole
de seu proprio destino neste processo, adquire consciencia de suas habi.lidadcs' e de-suas Iimitll.'Voes.,c desenvolve uma estrategia que consegue tirar vnntagem de-suns
habilidades
e
compensar
suas
limitn<;oes, afinna
Silveira
(1997).
Portanto,
independeIlcia em rela'Vilo a professores e program as e, no plano psicolobr1CO,um
elemento fundamental.
Logicamente,
quanto mais tempo for dedicado
estrangeira, tanto maior sera 0 grau de assimjia,ao.
ao contato
Nao 56 0 t=po
com. a
liJ1b'lUl
de contato,
13
cntretanto, mas tambem
0
grau de cnvolvimento afetivo e psicoJ6gico por oeasino do
contato, terit influencia decisiva.
Segundo Oliveira (1995), programas de eosino de Hnguas serlla menos eficazes
se predeternlinarem
considclltyao
0 mesmo ritmo para todos. Deveriam
difereUy3S individuals,
pennitindo
que
cada
isto sim levaf em
urn
constTuR
seu
desellvolvimellto de "cordo com seu talento, motivayao e disponibilidade.
Ou seja,
devem saber explorar
ritmo de
0
tnlento dos mnis rnpidos, bern como respeitar
assimilayao daqueles que precisam de mnis tempo.
0
81LINGUISMO
Para Lyons (1987), as linguas estrangeirns ainda tendem a seT ensinadas sem a
devida cO.llsiderncao
peln diferenC8 cntre a Hngun escrita e a fnlada.
Ja
0 ensino da
lingua matema, para esse autor, apresentn problemas de Dutra naturez...1. Pam cle.
gnmde pane dos professores, como a maioria dos membros instmidos da comunidade,
seja qunl for a sua propria origem social, tcm preconceito contra os dialetos naopadrno regionais e socinis. Eles padem ate jul!!;1f luna crianca como menos iJlteiigente
simpiesmente
porque seu dialeto eu sotaque
e
mnis forte do que
0
de seus
comp;.mheiros.
as problemas sao paT1iculannente graves para os filhos de im.ibrrantes e de
outras minorias etnicas.
Divididos entre duns culturas, eles pode-Ill seT bilingiles de
Inaneira imperfeita em dois dialetos nilo-p.c1riio, diz Lyons (1987).
Existem tanto vantagens quanta desvantagens
no bilingiiismo
e nn dupia
cultura, contant'o que n1\o interfiram no progresso educativo e social da crim1<;n. Hoje
em din a Iinguu materna de minorias etnicas
e mnis ampiamente
foi e. deve ser encorajada e nao desestimulada.
all,
reconhecida do que
j{l
ser vista como mna barreirn na sua
illtcgraf;ao na comunidade rnais ampJa.
Para Lyons (1987) as crianc;as que
entTam
nn escoln falando urn diaieto, que
difere de maneira significativa do pildnio, enfrentrun urn problema que os fnlantes do
padrao nao rem. Grande parte do vocabuIario e da estrutura gramatical do material
didatico utilizado para ensinnr leitura pode Ihes seT e.strnnho. Estc problema especifico
pode seTaJiviado pel a utiliza930 de material elaborndo cuidadosamente para aproveitar
a justaposi~iio entre
as pais 030
0
padriio e detenninados dialetos.
devem ter medo de expor seus filhos a dois ou mais idiomas desde
o inic.io. Essa exposi~fio simultfuJ.ea pode resultar em passos inieiais um poueo mais
lentos na aprendizagem das palavras e na constru~i'io das frases. mas as crian~as
bilingiies alcan~am as outras rapidamente. Afinna Bee (1996). que a melhor maneira
de ajudar uma erian~a a aprcnder duas Hngua.s fluentemente
inicio.
e falar
ambns desde
0
Pam Illuitas
rianY<lS. a necessidade
dt'
bilin"lie t~Oll1t't;;aTU1idadc: escolar.
SCI'
r..lcsmo os programas ideais de educalt~ biHngiie
llaO
senl
efctiv s pnra. as crianytLs
que cheg:ull na escola sem falnr bem a sua lill~'lInnativn. Aprender
R ler requer que a
CriaTlO;:ilperccba a cstruturn da linguagem.
Segundo Ly ns (1987 os fulantes nativQs de um3 lingua possuem
e
{:omulTI que
utilizndo e cQlTljJrct'Tldido dentrn de uma detenuinttdn
fhlflilte. possui, desde a infatlci3. um sistema de regm~ intuiti'(tuncnte
compmtilhndo
pelos
desC'nvolvimento
presslIpoe
membros
da
C'olllll1lidude
intelec.tual. Ao contnlrio
\.lTll c6digo
cort1l1nidnde. 0
interiorizado.
apt"rfei~( ado
com
da estrutum da lingua e exige lIlll treinllmcnto
0 desconhecillle-nto
sell
do l':nsino de lima lingua estrange-ira, que
o ensino cia lingua portugues3 nas es olas cleve complementar
possui desde que come\"8 n faInl". melhoITmdo e
t
attificial.
saber que n crialli;n.iil
mando eficaz a express;io oral e
escrita.
A tri:I1I~·a. mais do que 0 adulto. precisa e se beneficia de contut· humano para
descnvo\nn
[ol111al,
habilidades 1ingiiisticllS.
da lingu3 estrange-ira
habilidade
em sitlUH;des de :lutcnticn
e t'Ollsh'uindo sell pr( prio nprendizudo
internO;:Hoem :unbiente
frustmnte
artificialidade
autenticidade
11.0).
e
do amuit"nte
3 Jl3ltir
tbla Slut IinglUl mile. diiicilmentc
desenvQt en do 'Sua
de situac; es rcais de
que n pessoa
SI! slIbmetelll it dineiJ e
de usar outro me to de cOlllunicilYUo. Para a autora.
e mais
umbos sao mnis
predetenlli.1lada.
necessidade.
da lingua e da cultum estrullgeim. Ao perceberem
que deles se aproxima
ou
CrianC;t1stt~ll1 grande resist Ilcia no apn:ndizado
nrtifici.11 e dirigido, afirma Bee (1996). EJas s6 pro ,uram .1Ssimil:tr e fnzC'1" usa
impOTinllte d que
imp
rtalltes
do
(.~ariiter
que qualquer
0 ritmo de assimilay:'io das crianc;as
e lIlnis
a
dns atividades (Ill bcas
ni.pid
planifieac;i\o
didatica
ANALISE DOS DADOS DA PESQUISA DE CAMPO
Entrt'\'ist:l ('om a prOfl'S50rn de rlass('
A
protcssora
de c1asse da
c,ursou 0 magisteria.
Psicopedagogia
Clfnicn.
C0l110
bilingiie.
do Ensino
Fundamental
enrre\dstnda,
hn
nO\/t"
nIlOS
como
realiza
sell
pl:1l1ejamenta
quaiqut'1" outra c1asst', razendo sondagens
aivel de aprendizn,gtlll
l)l'ofe-ssorn,
ntuando
Naa fOlia aJcT11110.
alfabetizndom,
profcssol1l
como em
dificuldades
Tmbalhn
liD.alfabetizH~iio.
principaimente
sene
plime-ira
se fOllnon em Pedagogin e fnz "Pos-Gradun"llo Lata Sensu em
no qual 0 alun
para
a
lasse
\"eriikando
0
se encontm pode.nd nssim trah;:llhar melhor
as
individuais.
individuais.
Utiliza-se
de divers()s
metodos,
<lchar necessitrios
as quais
para alcall~ar
0
objetivo proposto.
Cum relac;ao <! illfrn-esmnurn
Bilingiie.
os
biblioteca.
a liwlos
~ltllloS
tem
divcrsos
>tulns em
oferecida pela escola de Pnitica
p0l1ll"'U~
e
nlc:mao. t.m
tlcesso.
Pedug'
a\rnves
gica
da
ntis dUH Hnguas. As Hul••!! de rdigi,lo e educat;iio ~Irristi n
SilO em alemAo.
Seg.undo
a
professora, a princ.ipnl difil~uldade
do ·'K" e do ·'\V·'.
qUe" sA lIluito utilizados
supe-rod:!. Em uma conversn
"r··, pm causa
Dcsl'aca
culturn
110
COlli a professorn,
apresentnda
nicmao,
pelos
nlunos
m:l;;; essa dificuldade
fnlou nind:l que
I.Itm bmTeira
e 0 uso
logo e
e Ii len·a
da sua escrita diferent'e 110 aiemao '"7[").
como
principal v:tntngem
de
I1TlHl
edut'a~aQ bihnglie,
e a preparnc;ao para lllli futuro ingresso no mercado
de tnlbalho.
a
pre5er\1A~~Odn
17
Entreyistn
A
('0111 tl
professora de :llemao
profe-ssom
de aleml10 da primeira
s~rie do Ensin
Pedagogia e em Lingua:;. ( Jenul.o). e tem P' s-GrndwH;iio
Trnbalhou como regente. cit' classe de
Ensino
Fundamental
e 1\redio
e
{oJ,
a
·r'.
professora de alem,'o
pec\ag6gic.n.
Apremlcu
alel1l30 em erisa, com 05 p'lis, 11.1L'(}mllnjd~ldc, n:1 igreJa, 11;1eSCOI(1e atravcs
o
classe.
Bilingiie
piancjament
A esc·ola
pam
it
cia c:iasse bilingii.e
tem
criany;l
como
obje,tivo
saber
se
e feito varalelrunellte
fundamental
olllunicar
na
clilturn em que esta Lnserida est:l lingua. 0 ensin
de alfaberiZ8ytio de pedagogos
HOutllizados
ada em
Lato Sensu em Educnr.;:10.
se,ric. com
OIllO sllpen1isorn
e farm
Fundamental
oferecer
lill"'U:l ulcmu
no
a faInr
da ieiturn.
COIll0 da professQt1l de
n PrJJica
bem
como
Pedng6gica
cntcnder
a
destn lingua rem COIllObase metod
5
alemili::s.
di\"ersos materinis
(',OlllOlivro de' leitura e de exert.icios
da f?ditorn
Klett - 1.)('1'Ncue Lcs(:fuchs e Del' NrJut" Sprel J!fllchs.
As principais
dificuldndes
sao apresenrnclns
par alullos
que IHl0 possuf?m
lima
a uast'" na lingua alemn- j~ivillda Ie casa, atmvts cia fa.la.
Segundo
aprender
a pmfessora,
lima lingua
nrio existem desvnntagenl;.. soment.e vnntR~eTlSem 'e
estr1tTlgeira.
18
Entrcvist:l
COlli
os pais
Para que esta pesquisa pudesse seT re:liizada com mnis cspccificidade,
precise conhecer a crianc;a que estnvn scndo pcsquisadn. Ninguem
foi
conhece melhor
uma crianc;:a do que seus pr6prios pais.
Pam isso, foram cntregllcs 14 questiontlrins para os pais. destes apenas 1 nao rai
respondido. Dos Quiros 13 qucslionilrios,
5 alunos de primeira scric eSliio com 7 cmos e
8 com 6 allos.
Apcnas 1 c.rianc;u c lilha lJllica, 8 t~'m 2 irmaos e 2 tcm 3 irmaos.
Analisnndo a qucstil:o "qunl3 lao lingua que a crian"" nprcndcu a fnlar", tcmos 0
seguintc grafico: 8% das cri.mC;:3s tiveram como primeira lingua 0 portugues. 31 % 0
dialcto e 61 % a lingua alcmii.
Interessante obscrvar em qual lingua a crianc;:a se comunica com as diferentcs
pessoas que a rodeiam. como por exemplo:
a)- Emre os inmlos as linguns mais utilizadas sao 0 alemao e 0 portugues. ocorr'endo
uma mistun! das duas linguns.
19
Com os irmios
fala:
ling...:! f.lad~
b)Com
0
pai tala:
linguafaladll
Pode-se pcrguntar par que
COIll 0
pai a maioria das crianyas fala Q,,~rtugues
t:'nquallto com a miie e os avos (como se vt=nos grnticos c e d). thlam mais 0 alemao.
J550
pode gerar uma nova pesquisa.
20
CICom a
mae
fal.:
IInguaf.I.ad.
d)Com os avos fala:
-
.•~
~
dill«o
aL"ffli'iolil
i
pert",,,,
i
IInguafallldll.
c)Com oa amigos
~
~
~
~
1
linguafalada
fal.:
21
e
Entre os :lmigos, perccbc-sc que a comunicm;fl:o prcfcrida
em portugues, au
cntao a mistura do 31emao e portugues.
Analisando a quest50 tao frcqOcntcmcnte cncontrada em crianc;as que possuem
mais de lima lingua, a resposta dos pais quanta ~i"misturn" das duns ou ate tres linguas
em questao roi:
crianyasillo
rTi!tu~as
~uu
Interessante observar a qUlllllidadc
de pais que afinmul1 que sell mho nao
mistura as (ingllns, algo quase impossivel de acontcccr. surge entiio a duvida de que
seni que os pais
j{l
estao t.l0 habituados ao comportamento
percebem? Ou tulvez seja
0
do mho que nern
0
problema dos pr6prios pais?
Grande maioria dos puis acha vant;~josa a aprcndizagcm de mais de lima lingua,
apenas I pai observa tHI pratica como negntiva.
Para 8 pais, a principal importancia da aprcndizagem da lingua alcl11i'ie para a
prescrva~<.io da cultum. Assim. podemos notar 0 quanto 0 trndicionalismo ainda esta
prcscnte ncsta comunidadc. Ja para os outros
pais,
0
fator muis importantc e vis:.lI1do
ao mcrcado de lrabalho, bem como a facilidade para nele ingressar.
Em seus relatos sabre sua cxperif'ncia com a Educa~ao Bilinglic. os pais
apontaram
diversos
responsabilidnde
tambelll.
Huores,
incentivnndo-a,
mas
apontnndo-a
nao
como
somcntc da escola. mas como sendo dos pr6prios pais em casu
22
Em l11uitnsfamflias, ate a idade cscolar, a crian~a fala apenas
que comec;a a aprendcr
0
POrtllgut!S na escola,
alemao deve scr I11uitognmde. A lingua alcma
0
alemao. Depois
cllidado para continuar falando
0
e
0
apol11ada como cnriquccedorH da
cullum da crianc;a, bem como oportunizadora de urn intercilmbio na Alemanha.
E comcnhldo pclos pais tmnbem. a facilidnde que
a
crian<;a que domina a lingua
alema tem em aprender uma terccim Hnguu, como por exemplo
que
e
c
Hilado nesta comunidadc
uma
apontado pelos pais como algo que cnriquece
recomcndam "continuar
C0111 0
0
ingles. pois
0
dialeto
mistura do ingl('s COIll0 alemao. 0 dialeto
inlelecto da crianc;a.
0
alemfio e acrcscentar
0
as
c
pais ainda
ingles."
Allalisando um pouco a re1a~,aoque os pais tivermn com a educac;iIo bilingOe.
obscrvamos que a grnndc maioria
e [Tutoda Illcsma.
Pais que freqOentaram
a classe
f!:-
bilingOe
----ia
Co
L
-'
~.
.AiiiiI.
~.J
r
~hum
Outro aspecto interessante que sc observa na cducH9ao bilingi1e
pais
C0111
e a rela<;iIodos
as diferenles Iingu3s. nisso podemos vcr que, entre si e com os tilhos. a
cOlTIlInicw;:aoflui de formas dif-erentcs.
Podc·se perceber entre os pais que ni30 freqUentarum a escola bilingile que se
tralH de casamentos mistos.
24
CONCLUSAO
o cotidiano
que envolvcm
entolo pela
aillno
professor
do alllno.
Muitas
que-stoes que colocam
apontam
com ullla sene
de
siUl3yoes
vezcs. as pniticas uriliznclas
em foco
il
maneira
pela
qual
se perce be. ou seja. a image-Ill que faz de si Illcsmo. 1550 se aplica, tambent
aprcndizado
de lima segunda
A pesquisa
chegn
da
0 professor se depara
da sala de aula.
a rOrTna((ao da identidade
lingua,
senda
n.:l escola scm s:lber sc comunicaf
alfabetizl\yao.
aprescntam
tanto
algumas
aqui
portugues.
0
realizada numa escola hi1ingUe. onde grande
roi
11:1 lingua
poucas
em ponugues.
portugucsa
dificuldades
0
no
parte das crianyas
As crinnqas
como
em
en
Neste
processo.
"Iemao.
no aprendiz.ndo
tao,
necessitam,
da lingua
nativa.
que
nao
podcm scr ignorndas, Illas sim trabalhndns.
Pora
grnnde
isso.
0
imporlancia
professor
Ileste
cOl11l1nica~ao flue sell filho
lingua
em que
0
A pesqu\sa
interessada
demonstTou
Lim
e,
bcm,
pois,
proprios
ira exerccr.
Estando
observar
"Iem;, fica em segundo
tomar
possuem
filho se comunica.
Interessante
Illostrou
precisa
processo
e se faz
conhecimento
os
destHs
pais,
pois
dependern
sob sua responsabilidade.
lISO
con'eto
E.
dificuldades.
deles
a
acol11panhar
da mesilla.
que. lima vez que aprendemm
a falar
0
partugues.
a lingua
plano.
rai de grnnde
nos
preocupac:io
utili dade pitrn a cOlllunidade
on de fai realizada.
que se
trabnlho5
intelectuetis.
Bem como
pelo fnto de que estn nova gerru;ao
estit deixando
de vnloriznr
resultetdos
para
impossivel
de se comprar
~
a sugestao
para
pesquisas,
futuras
pais como "enriquecedorn
[I
futuros
lingua
alema
pois
e
a
cullum
" lingua
da cllltllrn da crian~a"
que
alema
a
e
acompanha.
Esta
apontada
pel os
25
REFERENCIAS
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Paulo: Pontes, 1993
BEE, H. A Crian~a
Alegre, 1996.
comunicntivas
i
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no eosino de lingua •. Sao
Ed. Editora: Art.s Medicas, Porto
BRAGAN<;:A, A A J. "A Crian~a e 0 Mito de Babel
<http://www.filologia.org.br/alvaro>
Online 29 de maio de 2002
no
Soculo
XXI"
CHOMSKY, N. 0 conhecimento da Lingua, sua Natureza, Origtm e Uso. Editora
Caminho: Sao Paulo, 1994.
COLL, C. , PALAC[US, J. e MARCHESI,
Educa~ao. Artes Medicas: Porto Alegre, 1995
GIL, A .C. Como elaborar
A Desenvolvimento
e
projetos de pesquisa. Sao Paulo: Atlas, 1989
LYONS, 1. Linguagem e Lingilistica - uma introdu~iio.
Tecnicos e Cientificos. 1987.
NEUNER, G. Ubungstypologie
Langscheidt, 1995
zum Komuoikativen
OLIVEIRA, I. M. Autoconceito,
Pr«onceito:
A UIIgl/og.m
P.icologico
e 0 01/1r0 No £spaqu EscotoI'.
Rio de Janeiro: Livros
Deutschuotericht,
Berlin:
A Crian~. No Conlexto Escolar. 111
4' Edi,Ao. Ed. Papirus, SAo Paulo. 1995.
P.153-175
SILVEIRA, E. 0 Aluno Ent.nde
Janeiro, 1997.
0
que se Diz nn Escol.?
Editora Dunya, Rio de
SCH OTZ,
Ricardo.
••
A
(dade
e
0
Aprendizado
de
<http://www.sk.com.brlsk-apre2.html>.
Online. 23 de man;o de 2002.
Lingua •."
Novo Dicionario Aurelio da Lingua Portuguesa, 2.1. ed. revista e Ampliada. Editora
Nova Fronteira, 1999.
TERRA, E. Linguagem, Lingua e Fal •. I' ed. Sao Paulo: Scipione, 1997.
26
ANEXO
I
ENTREVISTA
Qual
e n sua
COM A PROFESSORA
DE ALE~lAo
rorlll;u;ao acaciemica?
Poderin falar sabre sua caneira como professom?
voce nprendeu a lingua alema?
COIllO
Qu<tl 0 plnnejamento
Qunl
0
d" classe bilingUe:
objetivo fundamental
de oferecer a Prtnica Pedagogica
Quais os pressupostos te6ricos que funciamentam
Qual material
e utilizado
BilingUc?
essa pr~lica?
pam a aula de nlemao?
Quais as prillcipais dificuldadcs
upresentndas
pel os alunos?
Quais as v3nlagens e desvanta.gens de 1l11U1
PrMica Pedag6gica Bilillglle?
27
ANEX02
ENTREVISTA
COl\! A PROFESSOR<\. DE CLASSE
Qual C t1 sua fanmtvfio :1cadelllica?
P deria falnr sobre sun carreira
C 1lI0
professor!!..
Yore tala nletuao. Como aprcndeu?
Qual a plallejalllento da classe bilingi.le?
Qual
H
metadoiog)a 3plicnda?
Que infra-estrutuni
ft
escola
tc{"ec.eit Prutien Pedagobica
Quais ns princ.ipais dificuldade
porhlguesa?
BiLingik?
que os alull05 aprcsentam no ilqui i\!fto In lingua
Quais as. vHntagens c deSvRntagens dt" \.Ima Prtitica Pedag6gi 'a BilingUe?
28
ANEX03
ENTREVlSTA
1-
Qual" idade do seu mho?
COM OS PAIS
_
2- Tem irnuios?
( ) N;;o ( ) Sim. Qllantos?
3- Qual roi a prilllciru lingua do sell lilho?
( ) alem~o () pOitugues () dialeto
4- Em que ling,ua
sell filho se
a)- entre os sells irmiios: ( )
COllllJllica:
aielllao () portugues
() dialeto
b)- COI11
0 pai: ( ) alemao
() pornlgues () dialero
c)- eOI11a mae: ( ) alemao
() pOituglies () dialero
d)- com os avos: ( ) ale mao () pOitugues () dialeto
e)- com os amigos: ( ) alomao
() pOitugues () dialero
5- 0 aluno misturn as difercntes
()Sim
lil1£uas?
() Niio
6- Voces acham vantajoso que seu filho saia da escoln conhecendo
lingua?
( ) Sim ()Niio
!TIais de uma
7 - Numerc as motivos de acordo com a importl1ncia?
( ) Preservacao da cuihlnI aletl1.!
( ) Facilidades no mercado de tmoalho
( )--------------------------8- Facam
linhas)
lUll
pequeno relata sobre sua experiencia
com a Educacao
9- Dos pais, quem tambcm fre<IHentoli a classe biliJlg0e?
( ) 0 pai
() a mae
() os dois () nenhum dos dois
10- Que lingua os pais U5am:
a)- entre si: ( ) alemao
() portllgu€s () dialeto
0)- com os filhos: ( ) alemao
() pOltllglles () dialeto
Bilingi'te. (4
29
ANEX04
CARTA AOS PAIS
Queridos Pais
Gostaria
de expiic<I" 0 porque
deste qucstion{wio
que, 0 sell filho est;, te
entregnndo.
Estoll fazendo
Ovlonogmfia)
uma pesquisa para 0 mel! trabalJlO de Conclusao
do curSQ de Pedagogia.
Aprendiw;.:em t/a Lingull
Lingua Afatcrllll.
escolhi
OJicial Para Crillllfwi
como
lemu As
de Curso
/)ijicliidat/es
de
que rem a Lill;':l111 A/ellu; Como
E como isso se cncaixa perfeilamenlc
na nossa realidade. 3chei
interessante pedir a ajuda e opini;10 de voces.
Se pudercm responder estc qucstioniuio. ficarei l11uito agradecida. - Nilo serao
citados nomes no trnbalho.
Podem en vial' 0 qucstionilrio de volta para a professora com 0 seu mho, au
COIDea,. nn caixa postal' 85.
Desde .iiI agr'lde,lto a colabol1l~lio de voces.
Vivian Janinc Esau Spenst
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