30/05/2017 Metabolismo: soma de todas as transformações químicas que ocorrem em uma célula ou organismo por meio de reações catalisadas por enzimas Metabolismo energético: vias metabólicas de fornecimento de energia para manter as atividades celulares que consomem energia VIAS CATABÓLICAS: VIAS ANABÓLICAS: Glicólise (oxidação de glicose) Gliconeogênese (síntese de glicose) Glicogenólise (degradação de glicogênio) Síntese de glicogênio Beta-oxidação (oxidação de ácidos graxos) Síntese de aminoácidos e proteínas Desaminação (degradação de aminoácidos) Síntese de ácidos graxos e triglicerídeos Ciclo de Krebs (oxidação de nutrientes) Síntese de colesterol e derivados Síntese de nucleotídeos e ácidos nucleicos Ciclo de Krebs (síntese de nutrientes) 1 30/05/2017 Organização do Metabolismo Regional (diferentes tecidos) Fígado; Músculo esquelético; Tecido adiposo Celular (diferentes compartimentos) Citosol; Mitocôndria; Retículo endoplasmático Temporal (diferentes momentos) Estado alimentado; Jejum inicial; Jejum prolongado Glicogênio (n glicoses) (investimento energético) 2 ATP Degradação (liberação de glicose) Síntese (armazenamento de glicose) Glicose 4 ATP (rendimento energético) 2 NADH 2 NAD+ 2 Piruvato (3 C) Glicogênio (n-1 glicoses) Músculo: consumo próprio Glicose (6 C) 2 NAD+ 2 NADH 2 Lactato (3 C) Fígado: liberação para o sangue Ácido graxo (16 C) Piruvato (3 C) CO2 (eliminado pela respiração) 7 FADH2 Triglicerídeo 7 NADH NADH Degradação de: Aminoácidos cetogênicos Ácidos graxos Acetil-CoA (2 C) Ciclo de Krebs Fosforilação Oxidativa Síntese de: Corpos cetônicos Ácidos graxos Colesterol 3 ácidos graxos + 1 glicerol 8 Acetil-CoA (2 C) Ciclo de Krebs Fosforilação Oxidativa 2 30/05/2017 Acetil CoA (2 C) Glicose (piruvato) Ácidos graxos NADH CO2 (eliminado pela respiração pulmonar) FADH2 CO2 (eliminado pela respiração pulmonar) GTP/ATP 4) Fosforilação oxidativa do ADP em ATP: energia vem da difusão do H + 2) Transporte de prótons (H +) para o espaço intermembranas Espaço intermembranas Membrana mitocondrial interna III I IV II Matriz mitocondrial 1) Transferência de elétrons do NADH/FADH 2 para complexos proteicos (I, II, III e IV) alanina, lactato A gliconeogênese: 3 ATP 2 GTP 3) Transferência de prótons (H +) e elétrons para o O2 (obtido pela respiração pulmonar) aminoácidos glutamina • é a síntese de glicose a partir de outros compostos (não carboidratos); • é mais importante a partir de lactato, alanina e glutamina; 2 NADH GLICOSE Ciclo de Krebs • não é a reversão simples das etapas da glicólise; • consome energia (na forma de ATP e de NADH); • acontece exclusivamente no fígado e nos rins; aminoácidos aminoácidos 3 30/05/2017 3 ácidos graxos + 1 glicerol 8 Acetil CoA (2 C) 7 ATP 14 NADPH Acetil CoA (2 C) 3 ATP Acetona (3 C) Acetoacetato (4 C) Beta-hidroxibutirato (4 C) Ácido graxo (16 C) Triglicerídeo Glicogênio Gliconeogênese Glicogenólise Triglicerídeos Glicose Aminoácidos Lipólise Glicólise ATP Ácidos Graxos Lactato Piruvato Beta oxidação Glicose Em animais o acetil CoA (e portanto as gorduras) não podem ser convertidos em glicose! Acetil CoA ATP Ciclo de Krebs PROCESSOS CITOSÓLICOS Glicólise Gliconeogênese Lipogênese Síntese e degradação de glicogênio Ácidos Graxos Lipogênese Triglicerídeos Fosforilação Oxidativa ATP CÉLULAS EM GERAL Glicólise anaeróbia e aeróbia Beta oxidação Ciclo de Krebs; fosf. oxidativa MÚSCULO Glicólise anaeróbia e aeróbia Beta oxidação Ciclo de Krebs; fosf. oxidativa Síntese e degradação de glicogênio TECIDO ADIPOSO Glicólise anaeróbia e aeróbia Ciclo de Krebs; fosf. oxidativa Lipogênese Lipólise FÍGADO Glicólise anaeróbia e aeróbia Beta oxidação Ciclo de Krebs; fosf. oxidativa Síntese e degradação de glicogênio Gliconeogênese Cetogênese Lipogênese Lipólise PROCESSOS MITOCONDRIAIS Ciclo de Krebs Respiração mitocondrial Fosforilação oxidativa Beta-oxidação Cetogênese ATP/NADH/FADH 2 produzidos ATP/NADH=2,5 ATP/FADH2=1,5 TOTAL DE ATP GLICOSE (6 carbonos) 2 ATP + 2 GTP 10 NADH 2 FADH2 TOTAL TOTAL DE ATP POR CARBONO ÁCIDO GRAXO (18 carbonos) 9 GTP 35 NADH 17 FADH2 TOTAL TOTAL DE ATP POR CARBONO 4 30/05/2017 ATP/NADH/FADH 2 produzidos ATP/NADH=2,5 ATP/FADH2=1,5 TOTAL DE ATP GLICOSE (6 carbonos) 2 ATP + 2 GTP 4 10 NADH 10 X 2,5 25 2 FADH2 2 X 1,5 3 TOTAL 32 TOTAL DE ATP POR CARBONO 5,3 ÁCIDO GRAXO (18 carbonos) 9 GTP 9 35 NADH 35 X 2,5 87,5 17 FADH 2 17 X 1,5 25,5 TOTAL 122 TOTAL DE ATP POR CARBONO 6,78 A obtenção e uso de energia a partir dos nutrientes (i.e., produção e consumo de ATP) é um processo contínuo, enquanto que o suprimento externo de nutrientes (i.e., ingestão de alimentos) é um processo intermitente. HOMEOSTASE CALÓRICA Constância na disponibilidade de substratos energéticos no sangue independente do momento nutricional (absortivo, pós-absortivo, jejum) ou do nível de atividade (repouso, exercício leve, moderado ou intenso). O estado absortivo é o período em que os nutrientes ingeridos estão sendo absorvidos do trato gastrointestinal para o sangue, e são usados como substratos energéticos ou armazenados. DESTINO DA GLICOSE NO ESTADO ABSORTIVO: principal fonte de energia Intestino delgado DESTINO DOS LIPÍDEOS NO ESTADO ABSORTIVO: armazenamento Intestino delgado Fígado GLICOSE Quilomícrons Células em geral energia: ATP Músculo energia: ATP armazenamento: síntese de glicogênio Tecido adiposo energia: ATP armazenamento: lipogênese Lipoproteína lipase Fígado energia: ATP VLDL ÁCIDOS GRAXOS armazenamento: síntese de glicogênio lipogênese Algumas células Tecido adiposo exportação: VLDL energia: ATP armazenamento: lipogênese 5 30/05/2017 DESTINO DOS AMINOÁCIDOS NO ESTADO ABSORTIVO: síntese proteica GLICOSE Intestino delgado *energia (glicólise-ciclo de Krebs-fosforilação oxidativa) *armazenamento: glicogênio (músculo e fígado) armazenamento: triglicerídeos (lipogênese – tecido adiposo e fígado) LIPÍDEOS AMINOÁCIDOS *armazenamento: triglicerídeos (lipogênese – tecido adiposo e fígado) energia (beta oxidação-ciclo de Krebs-fosforilação oxidativa) Células em geral desaminação síntese proteica cetoácidos Proteínas não são uma forma de armazenar aminoácidos! Elas têm papéis estruturais e funcionais importantes AMINOÁCIDOS Fígado síntese proteica *síntese proteica energia (ciclo de Krebs-fosforilação oxidativa) armazenamento: triglicerídeos (lipogênese - fígado) amônia *destino predominante com dieta balanceada energia: ATP NO ESTADO ABSORTIVO, A GLICOSE É A PRINCIPAL FONTE DE ENERGIA; O EXCESSO DE NUTRIENTES É ARMAZENADO, PRINCIPALMENTE COMO GLICOGÊNIO E TRIGLICERÍDEOS excreção: ureia armazenamento: lipogênese CONTROLE HORMONAL DO ESTADO ABSORTIVO A insulina é a principal causa de todos os eventos do estado absortivo. Ela direciona o fluxo de glicose, aminoácidos e lipídeos nos tecidos em geral, e principalmente no músculo, tecido adiposo e fígado. A própria absorção de nutrientes pelo intestino delgado estimula a secreção de insulina pelo pâncreas. O estado pós-absortivo é período em que não há absorção gastrointestinal A insulina é um hormônio anabólico porque favorece a síntese de proteínas, estoques corporais. glicogênio e triglicerídeos. DESTINO DA GLICOSE NO ESTADO PÓS-ABSORTIVO: fonte de energia Aminoácidos Lactato Glicerol Fígado Glicogênio gliconeogênese Glicogenólise para liberação de nutrientes; os substratos energéticos necessários são fornecidos pelos GLICOSE Células dependentes de glicose (por ex. neurônios) energia: ATP Músculo Glicogênio CICLO DE CORI Glicogenólise para consumo DESTINO DOS AMINOÁCIDOS NO ESTADO PÓS-ABSORTIVO: síntese de glicose Músculo energia: ATP proteólise AMINOÁCIDOS CICLO ALANINAGLICOSE GLICOSE energia: ATP Fígado gliconeogênese GLICOSE 6 30/05/2017 DESTINO DOS LIPÍDEOS NO ESTADO PÓS-ABSORTIVO: fonte de energia Tecido adiposo degradação: lipólise glicerol Fígado ÁCIDOS GRAXOS GLICOSE energia LIPÍDEOS energia (como ácidos graxos e corpos cetônicos) AMINOÁCIDOS síntese de glicose (gliconeogênese) cetogênese CORPOS CETÔNICOS Fígado gliconeogênese Células em geral GLICOSE energia: ATP CONTROLE HORMONAL DO ESTADO PÓS-ABSORTIVO NO ESTADO PÓS-ABSORTIVO, OS NUTRIENTES ARMAZENADOS SÃO MOBILIZADOS PARA FORNECER GLICOSE PARA OS TECIDOS DEPENDENTES (POR GLICOGENÓLISE E GLICONEOGÊNESE); OS OUTROS TECIDOS USAM ÁCIDOS GRAXOS E CORPOS CETÔNICOS ESTADO ABSORTIVO ESTADO PÓS-ABSORTIVO A duração da glicogenólise depende da quantidade de alimentado: glicogênio hepático armazenada. Os hormônios que direcionam o fluxo de nutrientes durante o período pósabsortivo são glucagon, epinefrina/norepinefrina, cortisol e GH. Por terem ações opostas às da insulina, são chamados de hormônios contrarreguladores. O fator estimulador comum para a liberação desses hormônios é a redução da concentração plasmática de glicose (hipoglicemia). glicólise A capacidade gliconeogênica depende da quantidade de 10-14 h de jejum: glicogenólise e proteínas que podem ser mobilizadas (não é possível consumir gliconeogênese aminoácidos indefinidamente para sustentar a mais de 24 h de jejum: 5-6 h de jejum: gliconeogênese, lipólise e cetogênese gliconeogênese). glicogenólise Lipólise A longo prazo, a quantidade de gordura armazenada passa a ser a principal fonte de energia (lipólise, beta oxidação e cetogênese) e portanto é determinante da capacidade de suportar jejum muito prolongado (vários dias/semanas). Estado alimentado (nutrientes absorvidos) Armazenamento de nutrientes em excesso: Glicose → Glicogênio (no fígado) Lipídeos, glicose, aminoácidos → Triglicerídeos (no fígado e tecido adiposo) Fígado Estado de jejum (nutrientes endógenos) Fornecimento de nutrientes energéticos: Glicogênio (do fígado) → Glicose (ENERGIA para outros tecidos) Ácidos graxos (do tecido adiposo) → Corpos cetônicos (ENERGIA para outros tecidos) Aminoácidos (do músculo) → Glicose (ENERGIA para outros tecidos) Estado alimentado (nutrientes absorvidos) Armazenamento de nutrientes em excesso: Lipídeos (do sangue e do fígado) → Triglicerídeos (no tecido adiposo) Tecido Adiposo Estado de jejum (nutrientes endógenos) Fornecimento de nutrientes energéticos: Triglicerídeos → Ácidos graxos (ENERGIA para outros tecidos) Triglicerídeos → Ácidos graxos → Corpos cetônicos (no fígado) 7 30/05/2017 Estado alimentado (nutrientes absorvidos) Glicose → Glicogênio e ENERGIA Ácidos graxos → ENERGIA Estado alimentado (nutrientes absorvidos) Glicose → ENERGIA Músculo Tecido Nervoso Estado de jejum/exercício (nutrientes endógenos) Glicogênio → Glicose → ENERGIA Ácidos graxos (do tecido adiposo) → ENERGIA Aminoácidos (principalmente alanina) → Glicose (no fígado) Lactato → Glicose (no fígado) Estado de jejum (nutrientes endógenos) Glicose → ENERGIA Corpos cetônicos (do fígado) → ENERGIA A AÇÃO COORDENADA DA INSULINA E DOS HORMÔNIOS CONTRARREGULADORES MANTÉM A CONCENTRAÇÃO PLASMÁTICA DE GLICOSE DENTRO DE UMA VARIAÇÃO LIMITADA. ISSO GARANTE SUPRIMENTO CONTÍNUO E SUFICIENTE DE GLICOSE PARA O CÉREBRO (QUE É GLICOSE-DEPENDENTE) E DE SUBSTRATOS ENERGÉTICOS (GLICOSE, ÁCIDOS GRAXOS OU CORPOS CETÔNICOS) PARA OS OUTROS TECIDOS EM TODOS OS PERÍODOS NUTRICIONAIS. 8