Durante grande parte da minha vida eu não fui Cristão. Meu pai era judeu por raça e agnóstico por convicção. Minha mãe não ia à igreja. Eu fui crescendo, e também não me sentia motivado a ir à igreja e me tornei um ateu. Eu achava que os assuntos de cristianismo e religião eram tediosos, eu não estava interessado nisso, e pensava que eram completamente irrelevantes para minha vida. Em meu primeiro ano de universidade eu dividia o quarto com um rapaz chamado Nicky Lee. Um dia eu falei para o Nicky como eu tinha tido contato com cristãos, e eu desconfiava muito deles. Eu não entendia porque eles sorriam tanto! Eu disse: “Nicky, não importa o que você faça, não deixe que eles entrem em seu quarto”. Mas era tarde demais! Ele e sua namorada, hoje sua esposa Sila, vieram a mim e me disseram que tinham se “tornado cristãos”. Eu fiquei horrorizado. Quer dizer, eram pessoas tão amáveis! E eu pensei: “O que aconteceu? Eles entraram em uma seita. Eu tenho que ajudá-los”. Mas eu pensei: “eu não sei como ajudá-los, porque não sei nada sobre isso. Me convenci que precisava ler sobre o assunto. Eu preciso conhecer mais sobre filosofia e religião”. A única coisa que achei, porque já era tarde da noite, a única coisa que achei em meu quarto foi uma Bíblia velha que eu tinha para Educação Religiosa na escola. Então naquela noite eu comecei a ler. Eu li o evangelho de Mateus, Marcos, Lucas, cheguei até a metade do evangelho de João e adormeci. Na manhã seguinte eu continuei lendo. Eu li durante todo aquele dia, todo o dia seguinte, e o outro dia. Eu era estudante, e não precisava trabalhar! E quando eu cheguei ao fim do Novo Testamento eu concluí que era verdade. E a pergunta que me faço hoje é por que – qual é a evidência? Eu não creio que seja possível provar o Cristianismo como se fosse uma prova matemática, ou uma prova científica ou até mesmo uma prova filosófica. Mas é baseado em evidências — como evidência histórica, como a evidência que você levaria perante um júri em uma disputa judicial. Eu passei dez anos estudando direito e praticando advocacia, então para mim a evidência é muito importante. Tenho certeza que eu não poderia dar um salto cego de fé. Para mim é uma questão de dar um passo de fé firmemente baseado em evidências históricas, a vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Às vezes as pessoas dizem, “Espere um pouco, eu nem mesmo acredito que existe um Deus – então por que você está falando de Jesus?” Era isso que eu acreditava: eu achava que por ser ateu, não tinha porque me preocupar com quem era Jesus. Mas por um motivo que veremos adiante, eu percebi que através da vida, morte, e particularmente, da ressurreição de Jesus eu passei a crer que existe um Deus. Então qual é a evidência? Como sabemos, por exemplo, que Jesus existiu? A resposta é que existem muitas evidências: primeiramente, fora do Novo Testamento. O historiador romano Tácito, por volta do ano 100 d.C, fala diretamente sobre Jesus. O historiador romano Suetônio fala indiretamente sobre ele. O historiador judeu Josefo, do primeiro século, falando de Pilatos, Pôncio Pilatos, diz: “Havia nessa época Jesus, um homem sábio (se é que é lícito chamá-lo de homem, pois foi executor de obras maravilhosas), que ensinava a homens que acolhem a verdade com prazer. Ele atraía para si, de igual forma, muitos judeus e muitos gentios.” E ele continua e fala sobre a crucificação e sua dita ressurreição. Existem, portanto, provas da existência de Jesus fora do Novo Testamento. Mais importante que isso, existem mais que evidências, certezas dentro do Novo Testamento. Alguns dizem: “O Novo Testamento foi escrito há muito tempo. Como podemos saber se aquilo que foi escrito não foi modificado ao longo dos anos?” A resposta é que nós sabemos com muita precisão, o que os escritores originais escreveram. Quanto mais textos houver à nossa disposição, quanto mais antigos forem, menos dúvidas haverá a respeito do original. OBRA DATA DE ORIGEM CÓPIA MAIS ANTIGA ESPAÇO DE TEMPO NÚMERO DE CÓPIAS Heródoto 488–428 AC 900 DC 1.300 anos 8 Tucídides 460–400 AC 900 DC 1.300 anos 8 Tácito 100 DC 1100 DC 1.000 anos 20 Guerra das Gálias de Julio César 58–50 AC 900 DC 950 anos 9–10 História de Roma de Tito Lívio 59 AC – 17 DC 900 DC 900 anos 20 Novo Testamento 40 DC – 100 DC 130 DC (manuscritos completos de 350 DC) 30–310 anos 5.000+ em grego 10.000 em latim 9.300 outras línguas Vamos comparar outros textos antigos. No manual você verá vários outros textos históricos. Então, por exemplo, você verá que Heródoto e Tucídides foram escritos no quinto século AC. A cópia mais antiga que temos é de 900 DC, existe um espaço de tempo de 1300 anos, e temos 8 cópias de cada. Em Tácito há um espaço de tempo de mil anos, do qual temos 20 cópias. A Guerra das Gálias de Júlio César: 950 anos, 9 a 10 cópias. História Romana por Lívio: 900 anos de tempo, 20 cópias. Quando se trata do Novo Testamento, ele foi escrito entre 40 e 100 DC, e temos evidências manuscritas que vão até 130 DC e manuscritos completos já em 350 DC. E temos 5.309 manuscritos em grego, 10.000 em Latim e 9.300 em outras línguas. Um dos maiores críticos textuais de todos os tempos, F.J.A. Hort, disse o seguinte: “Na variedade e na plenitude de evidências em que se baseia, o texto do Novo Testamento tem um lugar absolutamente único entre os escritos antigos em prosa” — e nenhum historiador secular discordaria daquela conclusão. Sir Frederick Kenyon, que é especialista nesse campo, resume da seguinte forma: “O intervalo entre as datas da composição original e as evidências mais antigas existentes acaba sendo tão pequeno que pode até ser desprezado. E agora o último fundamento que exclui qualquer dúvida de que as Escrituras tenham chegado até nós substancialmente como foram escritas foi eliminado. Tanto a autenticidade como a integridade geral dos livros do Novo Testamento não podem mais ser colocados em dúvida”. Sabemos por evidências externas e internas do Novo Testamento, que Jesus existiu. Mas quem era Jesus? Sabemos que ele foi inteiramente humano: ele tinha um corpo humano – ele comia, bebia, suava, ficava cansado, sofreu dores; tinha emoções humanas: amor, alegria, tristeza; ele tinha experiências humanas: de crescer em uma família, receber educação, ter um trabalho, ser tentado, ter privação, sofrimento, ser torturado e a experiência da morte. Muitos hoje diriam: “Certo, ele foi um ser humano, mas apenas um ser humano. Sim, talvez tenha sido um grande mestre religioso”. Por exemplo, Dan Brown em sua famosa obra O Código Da Vinci, sugere que Jesus não era o Filho de Deus, que ele era um profeta mortal, um poderoso homem de grande influência, um grande mestre religioso, mas não o Filho de Deus. Por outro lado, Bono, cantor do U2, diz o seguinte: “Eu creio que Jesus é o Filho de Deus. Eu creio nisso, por mais estranho que pareça”. Então esta é a questão: que evidência há que sugira que Jesus foi mais que um líder religioso? Abra por favor, em Mateus, capítulo 16, versículo 13. Mateus Capítulo 16 Versículos 13–16 Chegando Jesus à região de Cesaréia de Filipe, perguntou aos seus discípulos: “Quem os outros dizem que o Filho do homem é?” Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros, Elias; e, ainda outros, Jeremias ou um dos profetas”. “E vocês?” perguntou ele. “Quem vocês dizem que eu sou?” Simão Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Quando Jesus foi à região de Cesaréia de Filipe, ele perguntou aos discípulos, “Quem os outros dizem que o Filho do homem é?” “Filho do Homem” era a forma predileta de Jesus se referir a si mesmo. “Quem as pessoas dizem que eu sou?” Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros, Elias; e, ainda outros, Jeremias ou um dos profetas”. Em outras palavras: “Pessoas estão dizendo que você é um grande mestre religioso”. “E vocês?”, perguntou ele. “Quem vocês dizem que eu sou?” Simão Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. É possível estar com alguém por muito tempo e não perceber quem esta pessoa é. Eu gosto muito de jogar squash regularmente, aquele tipo de tênis entre paredes. Mas no clube de squash ao qual pertenço também tem uma academia, e às vezes se não tenho com quem jogar squash vou à academia. Uma vez, há algum tempo, eu fui à academia e tinha um cara bem grande (na verdade eu não tinha percebido quem ele era) era Paul Ackford. Atleta do time Inglês de Rugby, ex-policial, pesando cerca de 110 kg, e eu estava fazendo musculação com ele. Ele levantava grandes pesos, e eu estava levantando míseros pesinhos! Depois estávamos no vestiário e eu tentando puxar conversa, disse a ele: “Você pratica algum outro esporte?” (Quero dizer, além de levantar pesos.) Eu acho que ele pensou que eu sabia que ele jogava rúgbi, então ele disse: “Sim, eu jogo um pouco de squash”. E eu disse: “Ah, então squash é seu esporte principal?” E ele disse: “Não, eu jogo rugby”. Então eu disse: “É mesmo? Você joga para algum clube?” E ele disse: “Sim, Harlequins”. E eu disse: “Ah, Harlequins. Já ouvi falar deles, são bons, não, é!” Ele disse, “Sim”. Eu disse: “Eles não têm jogadores da Inglaterra jogando para eles?” E ele respondeu: “Sim, cinco”. Então eu disse, “Você já jogou pela Inglaterra?” Ele disse: “Sim”. Eu disse: “Quando você jogou pela última vez pela Inglaterra?” Ele disse: “Há quinze dias atrás na Copa do Mundo”. E eu olhei pra ele e disse, “Você é Paul Ackford!” Eu estava com ele aquele tempo todo e não havia percebido quem ele era. E os discípulos olharam para Jesus e disseram: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus Vivo”. Agora, a pergunta é se eles estavam certos. Qual é a evidência? Existem duas partes deste argumento. A primeira parte é: quem Jesus achava que era? Porque se Jesus não tinha certeza que era mais que um ser humano, um grande mestre religioso, os argumentos se encerram. Algumas pessoas dizem que Jesus jamais alegou ser Deus. É verdade que Jesus nunca saiu por aí com uma camiseta dizendo “Eu sou Deus”. Contudo, quando vislumbramos tudo que ele ensinou e proclamou, pouca dúvida nos resta de que ele tinha plena consciência de ser um homem cuja identidade era Deus. Então esta é a primeira parte do argumento. Segundo, ele estava certo? Quais evidências existem para sustentar suas alegações? O ALPHA Vamos à primeira parte do argumento: o que ele disse sobre si mesmo? Existem três partes de evidências. Em primeiro lugar, seu ensino era centralizado em si mesmo. A maioria dos grandes mestres religiosos aponta para fora de si. Eles dizem: “Não olhe para mim; olhe para Deus”. Jesus, a pessoa mais humilde e altruísta que já viveu, ao apontar para as pessoas na direção de Deus, apontava para si mesmo. Ele disse: “se quiserem ter um relacionamento com Deus, vocês precisam vir a mim”. Todos nós temos o que pode ser descrito como fome espiritual. Três psicólogos do século vinte reconhecem isso. Freud disse: “As pessoas têm fome de amor”. Jung: “As pessoas têm fome de segurança”. Adler: “As pessoas têm fome por significância”. Jesus disse: “Eu sou o pão da vida”. Em outras palavras: “se você quer satisfazer essa fome espiritual, venha a mim”. O vício é o maior problema em nossa sociedade. Jesus disse: “Se o Filho te libertar” (se Jesus te libertar), “verdadeiramente sereis livres”. Muitas pessoas estão deprimidas, desiludidas, desesperadas, se encontram na escuridão. Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida”. Para mim, foi como se eu estivesse perambulando em um quarto escuro, e no momento em que experimentei um relacionamento com Deus através de Jesus foi como se uma luz tivesse sido acesa e eu pude enxergar. Lembro também que antes de me tornar um cristão a morte era algo em que eu evitava pensar. Eu sempre deixava este tema guardado no fundo de minha mente porque a morte me causava medo. Vivemos em uma sociedade que considera politicamente incorreto usar a palavra “morte”. Mas o fato é que morremos. E Jesus disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá”. Pouco antes de sua morte, perguntaram à Madre Tereza: “Você está com medo de morrer?” E ela disse: “Como poderia estar? Morrer é ir para casa para estar com Deus. Eu nunca tive medo. Não, pelo contrário, estou ansiosa por isso!” Acho que a maioria das pessoas reconhece que o materialismo não satisfaz, certo? E as pessoas estão procurando por algum tipo de realidade espiritual. Jesus disse: “Eu sou o caminho”. As pessoas estão procurando por valores sobre os quais basearem sua vida. Jesus disse: “Eu sou a verdade”. Eu acho que todos nós queremos um sentido, um propósito maior para nossas vidas. Jesus disse: “Eu sou a vida”. Outras pessoas dizem, “Aquele é o caminho. Aquilo é a verdade. Aquilo é a vida”. Jesus disse: “Eu sou o Caminho, e a Verdade, e a Vida”. Ele disse: “Se você recebe a mim, recebe a Deus. Se você me hospeda, hospeda a Deus”. Ele disse: “Se me vê, vê a Deus”. Ouvi sobre uma criança de cinco anos que fazia um desenho. E a mãe lhe perguntou “O que você está fazendo?” A criança disse “Estou desenhando Deus”. E então a mãe disse, “Não diga besteiras! Você não vai conseguir desenhar Deus! Ninguém conhece a aparência de Deus”. A criança disse: “Mas vocês vão saber quando eu terminar meu desenho!” Jesus disse: “Se você quer saber a aparência de Deus, olhem para mim”. A segunda parte da evidência é o tipo de evidência indireta. Jesus disse muitas coisas que, mesmo não sendo afirmações diretas de que ele era Deus, mostrava que ele se considerava alguém que estava na mesma posição que Deus. Por exemplo: Jesus disse às pessoas: “Seus pecados estão perdoados”. Perdoar alguém que pecou contra nós é algo que todos podemos fazer; mas perdoar os que pecaram contra outros é algo que somente Deus pode fazer. João Capítulo 20 Versículos 26–29 Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “Paz seja com vocês!” E Jesus disse a Tomé: “Coloque o seu dedo aqui; veja as minhas mãos. Estenda a mão e coloque-a no meu lado. Pare de duvidar e creia”. Disse-lhe Tomé: “Senhor meu e Deus meu!” Então Jesus lhe disse: “Porque me viu, você creu? Felizes os que não viram e creram”. A terceira parte das evidências são as afirmações diretas. Abram suas Bíblias em João, capítulo 20, versículo 26. João, capítulo 20, versículo 26. Isso se passa após a ressurreição. Jesus apareceu a um grupo de discípulos, mas Tomé não estava lá. E quando esses discípulos, que eram amigos de Tomé, disseram a ele: “Tomé, nós vimos Jesus ressurreto dos mortos!”, Tomé disse: “Não, eu não vou acreditar nisso! Eu só vou acreditar se vir as marcas dos pregos em suas mãos e colocar minha mão em seu lado”. E então vemos o restante da história no final do versículo 26: Jesus veio no meio deles e disse: “Paz seja com vocês!” E então ele disse a Tomé: “Coloque seu dedo aqui; veja minhas mãos. Estenda a mão e coloque-a no meu lado. Pare de duvidar e creia”. Tomé disse a ele, “Senhor meu e Deus meu!” Tomé o chamou de Deus. E Jesus não replicou contestou “Não! Não diga uma coisa dessas, eu não sou Deus!” O que ele disse foi: “Você demorou um pouco pra entender a questão!” E continua: Então Jesus lhe disse, “Porque me viu, você veio a crer? Felizes os que não viram e ainda assim creram”. Se alguém chegasse e lhe dissesse, “Jesus nunca alegou ser Deus”, e você tivesse tempo apenas para um versículo (eu não recomendo fazer isso com apenas um versículo), mas se você tivesse só este tempo, sugiro que mostre João, capítulo 10, versículos 30-33. João Capítulo 10 Versículos 30–33 “Eu e o Pai somos um”. Novamente os judeus pegaram pedras para apedrejá-lo, mas Jesus lhes disse: “Eu lhes mostrei muitas boas obras da parte do Pai. Por qual delas vocês querem me apedrejar?” Novamente os judeus pegaram pedras para apedrejá-lo, mas Jesus lhes disse: “Eu lhes mostrei muitas boas obras da parte do Pai. Por qual delas vocês querem me apedrejar?” “Não vamos apedrejá-lo por nenhuma boa obra, mas pela blasfêmia, porque você é um simples homem e se apresenta como Deus”. Naquele contexto alguém apresentar-se como Deus ou afirmar ser igual a Deus era considerado uma grande blasfêmia para os líderes religiosos, e era digno de morte por apedrejamento. E Jesus diz o seguinte, versículo 30: “Eu e o Pai somos um.” Mais uma vez eles pegaram as pedras para apedrejá-lo e Jesus disse a eles: “Eu lhes mostrei muitas boas obras da parte do Pai. Por qual delas vocês querem me apedrejar?” “Não vamos apedrejá-lo por nenhuma boa obra”, eles disseram, “mas pela blasfêmia, porque você é um simples homem e diz que é Deus”. Esta é a primeira parte do argumento: o que Jesus dizia sobre si mesmo? Obviamente alegações como estas precisam ser colocadas à prova, porque todo tipo de gente alega ser todo tipo de coisas. Existem pessoas dizendo ser Elvis Presley ressuscitado. Então, como podemos testar as alegações das pessoas? Jesus disse ser o Filho unigênito de Deus, Deus feito carne. Me parece que existe uma variedade de possibilidades, mas elas culminam em três. A primeira é que não era verdadeiro e ele sabia disso: portanto era um impostor, um falso e um mau caráter. A segunda possibilidade é que era falso e ele não sabia disso. Ele genuinamente pensava ser Deus: e nesse caso ele estava iludido; acho que diríamos que estava louco. Mas a outra possibilidade lógica é de que seja verdade. C.S. Lewis coloca desta forma: “Um homem, simplesmente homem, e que dissesse as coisas que Jesus disse não seria considerado um grande sábio, mas um doido, ou então o próprio diabo em pessoa. Cabe a cada um tomar uma posição: ou Jesus era, e é, o Filho de Deus, ou é um louco ou coisa pior. Mas não nos permitamos a declarar pomposamente que ele foi um grande humanista. Ele não nos deixou esta alternativa. Não foi sua intenção.” 2. QUAIS SÃO AS EVIDÊNCIAS QUE SUSTENTAM SUAS AFIRMAÇÕES? Então quais evidências existem para sustentar o que ele disse? 1) Bom, acho que uma área que você pode olhar, a primeira que deve olhar é: o que ele ensinou? Os ensinamentos de Jesus são amplamente reconhecidos como os maiores ensinamentos que já brotaram de lábios humanos. “Ame seu próximo como a si mesmo. Faça para os outros aquilo gostaria que fizessem para você. Ame seus inimigos. Dê a outra face.” John Mortimer é criador de uma famosa série de TV e líder ateu. Muitas vezes atacou os Cristãos, e continua a se afirmar como ateu; mas ultimamente ele vem dizendo que seu coração mudou e se descreve como um “membro líder da Sociedade de Ateus por Cristo!” Quando questionado sobre esta mudança, ele disse: “Vejo o impacto numa sociedade de uma geração que rejeitou a Deus e, como resultado, a ética Cristã. O que não deixa dúvidas”, ele escreve, “é que os evangelhos nos dão um sistema ético para o qual devemos voltar se formos evitar desastres sociais”. O artigo era intitulado: “Mesmo não cristãos devem voltar à igreja hoje”. O ensino de Jesus é o fundamento de toda a nossa civilização ocidental. Muitas leis de nosso país foram originalmente baseadas nos ensinos de Jesus. Nós progredimos cada vez mais em praticamente todos os campos da ciência e tecnologia, mas ninguém conseguiu superar o ensino moral de Jesus. São as maiores palavras já ditas. É o tipo de palavra que você espera de Deus. 2) E o seu estilo de vida – e as coisas que ele fez? Jesus deve ter sido o homem mais extraordinário para se conviver! Tem pessoas que dizem “Ah, o Cristianismo é chato!” Certamente não teria sido e não pode ser chato estando com Jesus. Você pode imaginar quão maravilhoso seria ir a uma festa com Jesus! Lembre que certa vez ele foi a uma festa e o vinho acabou, e ele disse, “Vejam estas vasilhas de pedra ali? Encham com vinte a trinta galões de água e comecem a servir aos convidados”. Ao fazerem isso, o que saiu foi o mais fino dos vinhos que já haviam provado. Desse jeito! Imagine como seria maravilhoso fazer visitas hospitalares com Jesus! Lembre quando ele foi a um hospital e havia um homem que estava inválido há trinta e oito anos, e ele disse “erga sua maca e ande”, e o homem caminhou para fora do hospital curado. Imagine ir a um piquenique com Jesus – não traga comida; venha como está! Ou até mesmo imagine ir a um funeral com Jesus. Lembre-se de uma vez em que ele foi a um funeral, e quando ele chegou o homem estava morto há quatro dias, e ele disse, “Remova a pedra”. E eles disseram, “Não podemos fazer isto – terá um cheiro horrível!” Ele disse, “Apenas tire”. E o homem saiu embrulhado em suas roupas fúnebres! Ele disse, “Desamarreo e deixe-o ir”. Não só seus milagres, mas seu amor, sua compaixão e misericórdia pelos excluí-dos e marginalizados. A atenção com que tratava as pessoas e a forma como ele as libertava não pode deixar ninguém insensível. E claro, a expressão máxima de seu amor, foi sua morte dando sua vida por seus amigos. 3) Sua personalidade tem impressionado milhões que não se denominam cristãos. A revista Time disse: “Jesus, o símbolo mais persistente de pureza, altruísmo e amor na história da humanidade ocidental”. Num artigo publicado pela revista Spectator escrito por Matthew Parris, que se descreve como um “ateu declarado”, diz o seguinte: “Eu tenho grande respeito por Jesus porque sua vida foi tão radical, foi tão inconveniente”. Ele continua afirmando: “Se Jesus não tivesse existido, a igreja certamente não o inventaria”. Olhe a coragem de Jesus. Quando estava sendo torturado, ele disse: “Pai, perdoe-os. Não sabem o que fazem.” Uma das coisas que o evangelho diz acerca dele é que ele fez todas as coisas maravilhosamente. Dostoievski o descreveu como “infinitamente belo”. Uma pessoa assim, realmente poderia ser má ou desequilibrada? 4) A quarta evidência é o cumprimento das profecias do Antigo Testamento. Na história da humanidade não existe outro que tenha uma coleção inteira de livros escritos sobre si antes de nascer. Jesus cumpriu mais de 300 profecias do Antigo Testamento ditas por diferentes vozes em centenas de anos, e 29 delas em apenas um dia. Poderia ser sugerido que ele tenha sido um farsante astuto que deliberadamente tentou cumprir estas profecias – ele leu todas e pensou, “Certo, vou fazer isto e vou cumprir isto em minha vida”. A dificuldade aqui é inicialmente com a quantidade, e então o fato de que, humanamente falando, ele não tinha o mínimo controle sobre alguns eventos — havia profecias sobre a forma exata da sua morte, assim como o lugar do seu sepultamento e até o lugar do seu nascimento. Se ele fosse um farsante ele não poderia dizer: “Ah, eu deveria ter nascido em Belém” – é tarde demais! 5) A quinta evidência, e a mais importante, é a vitória sobre a morte. A ressurreição física de Jesus, vencendo o último inimigo: a morte, é a pedra angular do Cristianismo. E isso me leva de volta ao lugar de onde começamos: porque não começamos com a pergunta: “Existe um Deus?” Tom Wright, teólogo do Novo Testamento e hoje Bispo de Durham, disse o seguinte – e isso é muito importante. É uma frase relativamente difícil de seguir, mas é crucial para este argumento. Ele disse o seguinte: “A afirmação cristã não é de que Jesus deva ser entendido nos termos de um Deus que já conhecemos. Mas a ressurreição de Jesus fortemente sugere que o mundo tenha um Criador, e que este Criador deve ser visto nos termos e através das lentes de Jesus”. Então qual evidência existe de que a ressurreição realmente aconteceu? Deixe-me resumir em quatro grupos principais. ► Em primeiro lugar, o túmulo vazio. O local do tumulo é bem conhecido. Muitas teorias têm tentado explicar o fato de que o corpo de Jesus não estava mais no túmulo no primeiro dia de Páscoa, mas nenhuma é plenamente convincente. Primeiramente, insinuam que Jesus não morreu na cruz, e que ele se recuperou no frio do túmulo. Mas, se algum de vocês viu o filme A Paixão de Cristo, de Mel Gibson, sabe o que significa experimentar a tortura e a crucificação romana. As pessoas não sobreviviam a tanta violência. Uma pedra pesando cerca de uma tonelada e meia foi colocada em frente ao túmulo. Além disso, existe uma evidência fascinante narrada por João, capítulo 19, versículo 33. João Capítulo 19 Versículos 33–34 Mas quando chegaram a Jesus, constatando que já estava morto, não lhe quebraram as pernas. Em vez disso, um dos soldados perfurou o lado de Jesus com uma lança, e logo saiu sangue e água. Mas quando chegaram a Jesus, constatando que já estava morto, não lhe quebraram as pernas (quebrar as pernas era uma forma de acelerar a morte por crucificação). Em vez disso, um dos soldados perfurou o lado de Jesus com uma lança, e logo saiu sangue e água. Isso é a separação entre o soro e a parte do sangue já coagulado, o que hoje sabemos ser forte evi-dência médica de que ele estava morto. Mas eles não tinham este conhecimento naquela época; eles esta-vam simplesmente descre-vendo o que aconteceu. Outras pessoas insinuaram “bom, talvez os discípulos tenham roubado o corpo, e então espalharam o boato de que ele havia ressus-citado dentre os mortos”. Além de o túmulo estar sendo muito bem vigiado, isso seria psicológica-mente improvável, uma vez que os discípulos se encontravam deprimidos, desiludidos e abatidos, pois tinham passado por tanta coisa por terem crido. Tenho um amigo chamado Ian Walker, que é um cientista em Cambridge. Ele se tornou cristão porque não conseguia acreditar que os discí-pulos estariam dispostos a serem torturados e morre-rem por algo que saberiam ser uma mentira se houvessem levado o corpo. Outros já disseram, “Bom, talvez as autoridades roubaram o corpo”. Esta é a tese menos provável de todas, porque se tivessem o corpo, o que precisariam fazer quando as pessoas dissessem “Jesus ressus-citou dos mortos” era dizer “Não, aqui está o corpo”. Vejam como rapidamente mostraram os corpos dos filhos assassinados de Saddam Hussein – porque queriam que soubéssemos que estavam mortos. Outras pessoas dizem, “Talvez ladrões tenham levado o corpo”. Este é o menos provável, porque eu ainda não falei do túmulo “vazio”, porque o túmulo não estava vazio. O corpo de Jesus não estava lá. Quando os discípulos foram ao túmulo encontraram as roupas fúnebres, que era a única coisa valiosa, a única coisa para ladrões levarem – elas tinham caído como o casulo vazio deixado por uma lagarta que acaba de virar borboleta. E a capa que estava sobre a cabeça de Jesus tinha sido dobrada e colocada em outro lugar. Quando viram isso, creram. ► O segundo grupo de evidências. Primeiro, a ausência do corpo de Jesus no túmulo. Em segundo lugar, sua presença com os discípulos – ele foi visto. Às vezes as pessoas dizem “bom, é alucinação”. Sim, pessoas sofrem alucinações, mas é altamente improvável que duas pessoas teriam a mesma alucinação. Jesus aparece em onze ocasiões diferentes, em uma delas para mais de 500 pessoas de uma só vez. 500 pessoas não poderiam ter a mesma alucinação. Olhe então a natureza das aparições. Alucinações são subjetivas; elas não têm qualquer realidade objetiva. É como ver um fantasma. Mas olhe estas aparições: Lucas, capítulo 24, versículo 36. Lucas Capítulo 24 Versículos 36–43 Enquanto falavam sobre isso, o próprio Jesus apresentou-se entre eles e lhes disse: “Paz seja com vocês!” Eles ficaram assustados e com medo, pensando que estavam vendo um espírito. Ele lhes disse: “Por que vocês estão perturbados e por que se levantam dúvidas no coração de vocês? Vejam as minhas mãos e os meus pés. Sou eu mesmo! Toquem-me e vejam; um espírito não tem carne nem ossos, como vocês estão vendo que eu tenho”. Tendo dito isso, mostrou-lhes as mãos e os pés. E por não crerem ainda, tão cheios estavam de alegria e de espanto, ele lhes perguntou: “Vocês têm aqui algo para comer?” Deram-lhe um pedaço de peixe assado, e ele o comeu na presença deles. Lucas Capítulo 24 Versículos 36–43 Enquanto falavam sobre isso, o próprio Jesus apresentou-se entre eles e lhes disse: “Paz seja com vocês!” Eles ficaram assustados e com medo, pensando que estavam vendo um espírito. Ele lhes disse: “Por que vocês estão perturbados e por que se levantam dúvidas no coração de vocês? Vejam as minhas mãos e os meus pés. Sou eu mesmo! Toquem-me e vejam; um espírito não tem carne nem ossos, como vocês estão vendo que eu tenho”. Tendo dito isso, mostrou-lhes as mãos e os pés. E por não crerem ainda, tão cheios estavam de alegria e de espanto, ele lhes perguntou: “Vocês têm aqui algo para comer?” Deram-lhe um pedaço de peixe assado, e ele o comeu na presença deles. Enquanto falavam sobre isso, o próprio Jesus apresentou-se entre eles e lhes disse: “Paz seja com vocês!” Eles ficaram assustados e com medo, pensando que estavam vendo um espírito. Ele lhes disse: “Por que vocês estão perturbados e por que se levantam dúvidas no coração de vocês? Vejam as minhas mãos e os meus pés. Sou eu mesmo! Toquem-me e vejam; um espírito não tem carne nem ossos, como vocês estão vendo que eu tenho”. Tendo dito isso, mostrou-lhes as mãos e os pés. E por não crerem ainda, tão cheios estavam de alegria e de espanto, ele lhes perguntou: “Vocês têm aqui algo para comer?” Deram-lhe um pedaço de peixe assado, e ele o comeu na presença deles. Tenho um amigo chamado James Odgers, que se converteu por causa disso. Ele disse que não acreditava que um fantasma comeria peixe assado! ► O terceiro grupo de evidências é o efeito imediato. Aqui estava um grupo de discípulos desencorajados, abatidos, com medo, se escondendo – e algo lhes aconteceu que os transformou tanto que foram contando para todos, “Nós vimos Jesus! Jesus está vivo!” E deste testemunho temos este fenômeno histórico que conhecemos, que é o nascimento e crescimento da igreja cristã. E é um fenômeno extraordinário, porque começando com um grupo basicamente formado por pescadores e coletores de impostos, existe essa explosão, em 300 anos, quase por todo o mundo conhecido. É a história de uma revolução pacífica sem paralelos na história do mundo. ► O quarto grupo de evidências é a experiência cristã ao longo dos anos. Milhões de pessoas através dos séculos tiveram a experiência do Cristo res-suscitado. E são pessoas de todas as raças, con-tinentes, nacionalidades, meios econômicos, sociais e culturais. Todos partilham a mesma experiência do Jesus ressuscitado. Hoje, são milhões de cristãos ao redor do mundo que vivem uma relação pessoal com o Ressuscitado. No início eu disse a vocês que através da leitura do Novo Testamento eu cheguei à conclusão de que era verdade. Mas eu não queria me tornar um cristão – eu achava que “se eu me tornasse um cristão, minha vida seria miserável dali em diante!” E eu tentei deixar para depois, tentei achar formas de não entrar nessa, mas enfim eu basicamente disse “Sim”. E a partir daquele eu experimentei o que acho que inconscientemente procurava por toda minha vida. Experimentei algo que deu propósito e sentido para minha vida – o meu relacionamento com Jesus. E este era o último lugar do mundo onde esperava achar isto. Foi neste momento que eu saí da minha cabeça para o meu coração. E, vocês sabem, estou longe de ser perfeito. Cometo erros, e tenho muitas falhas; mas posso te dizer que nos últimos 32 anos desde que experimentei o amor de Jesus Cristo, este poder, e um relacionamento com ele me convence de que ele realmente está vivo. Sherlock Holmes disse o seguinte: “Quando você eliminou o impossível, o que restar, por mais improvável que seja, deve ser a verdade”. E eu acho que o que tenho tentado mostrar esta noite é que quando você olha as afirmações de Jesus, quem ele disse que era, e as possibilidades dele ser mau ou louco, acho que podemos eliminar elas como impossíveis ao olhar seus ensinamentos, sua vida, seu caráter, sua misericórdia, seu cumprimento das profecias, sua ressurreição dentre os mortos. Tudo isso torna qualquer insinuação a seu respeito absurda e ilógica. E portanto a colocação que Sherlock Holmes fez, quando você elimina estes, o que resta deve ser a verdade. E na realidade quando você olha aqueles, eles dão grande apoio para a consciência de Jesus sendo homem cuja identidade era Deus. Vejamos como C.S. Lewis resume a situação: “Nós somos confrontados com um dilema impressionante: O homem de quem falamos era, e é, exatamente quem dizia ser, ou então foi um louco ou algo pior. Agora, me parece óbvio que ele não era louco nem demônio; e conseqüentemente, por mais estranho, assustador ou improvável que possa parecer, tenho de aceitar a idéia de que ele era, e é, Deus”.