Aqui, ali e além do Solimões! SEC e IBB fo mestrado n

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ISSN 1679-0189
o jornal batista – domingo, 12/02/17
Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira
Fundado em 1901
Ano CXVI
Edição 07
Domingo, 12.02.2017
R$ 3,20
Aqui, ali e além do Solimões!
I Trans Saúde leva compaixão e graça às comunidades ribeirinhas
Página 07
UFMBB
Notícias do Brasil Batista
Dia Batista de Oração
Mundial conecta mulheres
de todo o mundo
SEC e IBB formam
I turma de Mestrado no
Sertão pernambucano
Página 08
Página 10
Missões Mundiais
Notícias do Brasil Batista
Campanha 2017
também está na internet;
baixe o material para a
sua Igreja
PIB de Presidente
Prudente - SP
comemora 90 anos
de organização
Página 11
Página 13
2
o jornal batista – domingo, 12/02/17
reflexão
EDITORIAL
O JORNAL BATISTA
Estamos
doentes
Órgão oficial da Convenção Batista
Brasileira. Semanário Confessional,
doutrinário, inspirativo e noticioso.
Fundado em 10.01.1901
INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189
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INTERINOS HISTÓRICOS
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A.B. Christie (1923).
ARTE: Oliverartelucas
IMPRESSÃO: Infoglobo
Q
uando alguém
morre é normal
o clima de comoção e solidariedade com a família enlutada. Se
a pessoa for uma figura pública, a proporção de tudo isso
aparece em uma escala muito maior. Infelizmente, com
a tal “liberdade de expressão”, pessoas têm utilizado
as redes sociais para lançar
palavras de ódio contra algo
ou alguém.
No dia 24 de janeiro, dona
Marisa Letícia, esposa do ex-presidente Lula, foi internada no Hospital Sírio-Libanês,
em São Paulo, vítima de um
acidente vascular hemorrágico provocado pelo rompimento de um aneurisma. Na
quinta-feira, 02 de fevereiro,
um boletim médico informou que já não havia mais
fluxo cerebral na ex primeira-dama.
Como era esperado, muitas
pessoas, através da Internet,
prestaram a sua solidariedade
à família de Lula. Por outro
lado, algo muito triste aconteceu: pessoas comemoraram
a morte de Marisa Letícia.
Comentários de mau gosto
foram publicados e pasmem,
uma mulher festejou a morte
em frente ao hospital. Fica a
pergunta: o que está acontecendo com a sociedade?
A Palavra já nos alertava
que, em breve, isso aconteceria. Em Mateus 24.12,
Jesus disse que “Devido ao
aumento da maldade, o amor
de muitos esfriará”. Nosso
país está mergulhado na violência, corrupção, conflitos familiares. Isso reflete em cada
indivíduo, que passa a pensar
somente em si, não respeita
a opinião alheia e por aí vai.
Não importa se você é de
direita ou esquerda; se torce
para o clube x ou y. Precisamos respeitar as particularidades, o momento de cada um.
Colocar-se no lugar do outro,
a empatia. Você gostaria que
alguém zombasse da sua vida
por causa de algum fracasso
ou perda? Então, porque fazemos isso com os outros?
Nós, como Igreja, precisamos ser diferentes. É necessário amar ao próximo; abraçar,
trazer palavras de conforto,
orar pela vida e deixar que
Deus faça a obra. Somente
assim, nosso povo começará
a receber a cura desse mal
chamado falta de amor.
Que Deus abençoe a sua vida!
Estevão Júlio
Decom
o jornal batista – domingo, 12/02/17
reflexão
3
bilhete de sorocaba
Mordomia,
sinônimo de fidelidade
JULIO OLIVEIRA SANCHES
O
pastor Daniel
de Oliveira Cândido, já na glória, meu colega
de Seminário, em seu livro
“Reflexões sobre mordomia
cristã”, dedica 27 capítulos aos vários aspectos da
mordomia. Alguns capítulos
como Mordomia Cosmológica, Antropológica, Somática,
Influência, Lúdica, talvez,
jamais tenham sido objeto
de sermões ou estudo na
Igreja. Mas todas têm a sua
base bíblica, desafiando o
salvo a ser fiel em tudo. Aos
Coríntios 4.2, Paulo diz que
o despenseiro, mordomo da
despensa, deve ser fiel.
A revolta maior de alguns
salvos refere-se ao dízimo,
que é a parte menos influente
na mordomia. Tiago escreve o
capítulo três de sua carta sobre
a mordomia da língua. O autor
diz que a língua é fogo como
mundo de iniquidade, alimentada pelas chamas do inferno
(Tiago 3.6). Quanta desgraça
uma língua alimentada pelo
fogo do inferno gera na vida
em família, na sociedade e,
especialmente, na Igreja de
Cristo. Vidas continuam sendo
destruídas pela língua dos salvos. Ferinas, falam para depois
refletir. A vida prática comprova que os estragos gerados
pela língua são irreparáveis.
O salvo pode até ser um fiel
dizimista, mas se não é um
bom mordomo da língua, tudo
perde o significado.
Com o surgimento da mídia, a língua ganhou impulso especial. As mensagens
voam. São comentadas,
compartilhadas e acrescidas
de comentários maldosos,
estimuladas pelo fogo do inferno. Não deveria ser assim.
Mas, a experiência diária
confirma que o Diabo continua alimentando as chamas
do inferno, usando a língua
como instrumento.
O homem sempre foi mau
mordomo. Deus ordenou-lhe
que cuidasse do Universo
criado. Os desastres ecológicos atestam a não obediência
à ordem divina. O Senhor
fez o corpo humano para
que fosse o templo do Espírito Santo. Vícios, doenças,
trabalho em excesso, descuido com a saúde confirmam
que inexiste mordomia fiel.
Alimentação inadequada e
outros fatores apressam a
derrocada do corpo humano. O pecado incapacitou o
homem de exercer com fidelidade a mordomia desejada.
Na mente de muitos salvos,
o maligno inoculou a ideia
que mordomia é sinônimo
de dinheiro. Portanto, objeto
de discórdia. A definição de
dinheiro do meu ex-professor
da EBD ajuda-nos a pensar
corretamente na verdadeira
mordomia. “Que é dinheiro?
É o deus do avarento. Ornamento da classe nobre. Ambição do pobre, aspiração de
todos, realização de poucos
e perdição de muitos. O dinheiro alimenta o estômago,
mas deixa a alma faminta.
Veste e adorna o corpo, mas
deixa desnudo o espírito.
Custeia transporte para toda
parte, menos para o céu”.
Acrescentaria: Dinheiro foi e
é a desgraça dos condenados
e dos que serão condenados
pela Lava Jato.
A mordomia cristã se esforça para aproximar o salvo
de Deus, em uma comunhão
mais íntima, até chegar à entrega total Àquele que tudo
lhe dá. Sejamos mordomos
fieis em todos os aspectos do
nosso viver e não apenas na
devolução do dízimo. Fidelidade total é o desafio que
permanece.
Transformados pelo poder
do Reino de Deus como
discípulos completos
Marinaldo Lima, pastor da
Igreja Batista em Sítio Novo
- Olinda - PE
O
discipulado
cristão começa
quando o Senhor
Jesus chama:
“Vinde a mim, todos os que
estais cansados e oprimidos,
e eu vos aliviarei”(Mt 11.28).
Chamar o ser humano à Sua
presença é o propósito de
Deus desde a queda no Éden
(Gênesis 3.9). No seu ministério terreno, Jesus chamou
inúmeras pessoas para seguí-lO. No Mar da Galileia, Jesus disse a Pedro e a André:
“Vinde após mim, e eu vos
farei pescadores de homens”
(Mt 4.19). Contudo, o chamado de Jesus não é para nos
deixar no vácuo. Ele chama
com propósitos e, para isso,
Ele nos prepara.
O discipulado cristão tem
propósitos e, por esta razão,
Ele nos prepara: “Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso
e humilde de coração; e encontrarei descanso para as
vossas almas” (Mt 11.29).
Em seu ministério terreno,
Jesus preparou e discipulou
Seus seguidores com sábios
ensinos através de parábolas,
discursos, sermões, admoestações, exortações e, até
mesmo, repreensões. Os seus
milagres também podem ser
vistos como pedagógicos,
pois todos eles contém elementos concernentes ao Reino de Deus. No sermão mais
conhecido de Jesus (Mateus
5.7), Ele ensinou como os
Seus discípulos verdadeiramente devem cumprir a Lei
de Deus. Todos os que foram
até Jesus ficaram maravilha-
dos com Suas doutrinas “Porque Ele os ensinava como
quem tem autoridade e não
como os escribas” (Mt 7.29).
Entretanto, além de chamar
- vinde a mim - e preparar aprendei de mim -, Jesus empodera os seus discípulos. O
verbo empoderar, que passou
a ser usado correntemente
nos últimos anos, tem um
grande significado. Alude ao
fato de investir outrem em
um poder ou com um poder,
dando publicidade à autoridade que foi outorgada. No
nosso caso, como cristãos,
recebemos o poder; porém,
o que deve ter visibilidade
não somos nós, e sim Aquele
que nos investiu do poder:
o próprio Senhor Jesus Cristo. Em João 3.30, lemos as
palavras de João Batista: “É
necessário que Ele cresça,
e que eu diminua”. Na Sua
autoridade, Jesus ordenou o
Espírito Santo sobre os apóstolos: “E, havendo dito isso,
assoprou sobre eles e disse-lhes: recebei o Espírito Santo” (Jo 20.22).
Contudo, para nos tornarmos “Transformados pelo poder do Reino de Deus como
discípulos completos”, após
o vinde a mim, o aprendei
de mim e o recebei o Espírito
Santo, nosso Senhor Jesus
Cristo nos dá outro imperativo: ide por todo o mundo.
A ordem completa está em
Marcos 16.15: “E disse-lhe:
Ide por todo o mundo, pregai
o Evangelho a toda a criatura”; e também em Mateus
28.19-20 e Atos 1.8. E no
Livro de Atos, lemos como
os apóstolos, juntamente aos
demais discípulos de Jesus,
conforme Atos 1.15, que tinham atendido ao convite
do Mestre, aprendido com
Ele e recebido o poder do
Espírito Santo, começaram a
ir por todo o mundo. O Evangelho foi pregado, geração
após geração, e chegou até
nós. O nosso testemunho e a
nossa pregação devem deixar
bem claro que nós temos a
companhia do Senhor Jesus
e nos parecemos com o Mestre. Exerçamos o discipulado
completo pelo fato de que
Ele nos chama - vinde a mim
-, nos prepara - aprendei de
mim -, nos unge com poder
- recebei o Espírito Santo - e
nos envia - ide por todo o
mundo. Cumpramos a missão
“Porque o Reino de Deus não
consiste em palavras, mas em
poder” (I Co 4.20). E façamos
com amor, para termos felicidade no serviço e alegremente cantarmos: “No serviço do
meu Rei eu sou feliz!”.
4
o jornal batista – domingo, 12/02/17
reflexão
Justiça de Deus
em Tiago 1.20
Francisco Mancebo Reis,
pastor, colaborador de OJB
O
que diz o texto?
Após recomendar
que todo homem
seja tardio para
se irar (Tiago 1.19), Tiago dá
a razão do verso 20: “Porque
a ira do homem não opera a
justiça de Deus” (Tg 1.20).
O que alguns comentaristas
dizem sobre o texto?
Jamieson, Fausset e Brown,
em “Comentario Exegetico Y
Explicativo de la Biblia”: A
verdadeira justiça se semeia
em paz, não em ira, conforme Tiago 3.18: “O fruto
da justiça semeia-se em paz
para aqueles que promovem
a paz”.
Comentário Bíblico de
Abingdon: Justiça de Deus,
não no sentido paulino, mas
no sentido de uma conduta que Deus aprova. Cita
Mateus 5.20 e 6.33: “...Se
a vossa justiça não exceder
em muito a dos escribas e
fariseus, jamais entrareis no
reino dos céus”; “Buscai primeiro o Reino de Deus e sua
justiça...”.
Bonnet e Schroeder, em
“Comentario del Nuevo Testamento”: Em todas as circunstâncias da vida, nada é
mais irreconciliável do que
essas duas coisas postas em
notável contraste: a ira do
homem e a justiça de Deus.
Certamente, Tiago trata
com aqueles que já foram
agraciados pela Justiça de
Deus, no sentido de justificação, e cobra deles um
proceder compatível com
esse privilégio alcançado.
A ira não produz fruto de
justificação, mas de condenação; não revela a nova
natureza, mas a velha; não
atinge os padrões de Justiça
que Deus estabeleceu para
os crentes. A ira nos predis-
põe ao mal, é incapaz de
produzir retidão divina em
nós. A Justiça de Deus no
texto em estudo deve ser
inerente ao caráter cristão e
manifestar-se em ações justas, em testemunho prático.
O versículo seguinte (Tiago
1.21), complementando
o versículo 20, aconselha
o despojamento de toda
impureza e acúmulo de
maldade.
Na versão da Sociedade Bíblica do Brasil (NTLH), assim
lemos Tiago 1.20: “Porque
a raiva humana não produz
o que Deus aprova”. Diante de tanto ódio, violência,
perversidade e injustiça no
Brasil e no mundo, quantos
desafios somos constrangidos
a aceitar. Não somos cristãos? Reconhecemos nossas
falhas? Temos sido sensíveis
aos erros cometidos? Estamos
dispostos a ser exemplos do
bem? Devemos pensar nisso.
Os dois Evangelhos
José Manuel Monteiro
Junior, pastor da Igreja
Batista do Paiva – RJ
“P
orque não me
envergonho do
Evangelho de
Cristo, pois é o
poder de Deus para salvação
de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também
do grego”.
O Evangelho de Jesus Cristo é a Boa Nova de grande
alegria. Nisso eu acredito,
prego e ensino dentro desta
perspectiva. Dentro da minha limitação, observo que
o Evangelho se transformou
em algo voltado para o homem, e Jesus Cristo deixou
de ser o centro, a razão de
ser o Evangelho. Por isso,
fiz questão de intitular esta
pequena reflexão de “Os dois
Evangelhos”. O do homem e
de Jesus Cristo. Que paralelos podemos traçar para estes
seguimentos?
Em primeiro lugar, o Evangelho dos homens preconiza
as bênçãos materiais, e o
Evangelho de Jesus a transformação pessoal. Muitos,
hoje, querem as bênçãos de
Deus, mas não querem o
Deus das bênçãos. Deus hoje
virou marionete nas mãos
dos homens. Não se enfatiza
mais a transformação pessoal, o fato de ser uma nova
criatura em Cristo Jesus, que
é permitir que a vida de Jesus
seja cada dia mais evidente
em nossa natureza caída e
degenerada pelo pecado. É a
cada dia mortificar o eu para
abrirmos espaço para Jesus.
Em segundo lugar, o Evangelho dos homens enfatiza
fenômenos espirituais, e o
Evangelho de Jesus a fé genuína. O que é fé? O autor
de Hebreus nos diz: “Ora,
a fé é o firme fundamento
das coisas que se esperam,
e a prova das coisas que se
não veem” (Hb 11.1). A expressão no grego para firme
fundamento é garantia inabalável. Isso significa que
a fé não está baseada em
fenômenos externos, mas na
Pessoa de Jesus Cristo. Ele é
a nossa garantia inabalável, o
nosso porto seguro.
GOTAS BÍBLICAS
NA ATUALIDADE
OLAVO FEIJÓ
pastor, professor de Psicologia
Todas as coisas
mesmo?
uando estivermos
na “nova Terra”,
revelada no capítulo 21 do livro
do Apocalipse, viveremos
com a completa santidade,
característica da perfeita comunhão com Deus. Até lá,
entretanto, teremos que enfrentar, nesta primeira Terra, o rigoroso e cansativo
treinamento do processo de
santificação. O processo é
tão rigoroso, que Paulo foi
inspirado para nos garantir
que o Deus que nos dá provações também nos garante
Sua intervenção aperfeiçoadora. “Pois sabemos que
todas as coisas trabalham
juntas para o bem daqueles
que amam a Deus, daqueles
que Ele chamou de acordo
com o Seu plano” (Rm 8.28).
A pergunta que alguns fazem, após ler o texto, é: “to-
das as coisas, mesmo? Ou
somente algumas, de natureza mais religiosa ou mais
santa?”. O mesmo Paulo nos
confirma que “tudo” quer
dizer “tudo”. Ele se identificava como alguém que
não merecia ser chamado
de apóstolo, “pois persegui a
Igreja de Deus”.
Talvez nosso problema seja
o de percepção. Damos mais
atenção às características mundanas do nosso viver cristão,
onde as coisas são cheias de
vergonha e de mau cheiro.
Nossa percepção, de acordo
com o apóstolo, deve ser focada na misericórdia de Deus,
em Cristo. A misericórdia,
que é o plano do Senhor para
quem aceita Jesus como o
Cristo, o Salvador, deve guiar
nossa conduta cristã. Neste
contexto, então, “todas as coisas” devem ser aceitas, literalmente, como “todas as coisas”.
No meio do nosso treinamento espiritual, declaremos como
Paulo: “No entanto, não sou
eu quem tem feito isso e, sim,
a graça de Deus que está comigo” (I Co 15.10).
Em terceiro lugar, o Evangelho dos homens convoca
pessoas para a prosperidade,
e o Evangelho de Jesus Cristo
ao discipulado. Ser discípulo
de Jesus é reproduzir na vida
o caráter de Cristo. Este é
o nosso maior desafio nesta sociedade pós moderna.
Mostrar que viver com Cristo
e andar como Ele andou é
significativo e relevante. Ser
discípulo de Jesus Cristo não
significa andar e viver alienado ao que está em nossa
volta, é estar inserido na arte,
na cultura, na política, no esporte, apontando Jesus Cristo
e o Seu Reino.
Para finalizar, o Evangelho
dos homens aponta o poder
como alternativa de vida, e o
Evangelho de Jesus Cristo para
amor e o serviço. Muitos pregadores afirmam que o crente
é cabeça e não cauda e, por
isso, tem que sempre chegar
ao poder. Jesus nos ensina
que quem quer ser grande
deve se humilhar, deve servir e, acima de tudo, amar.
Como diz o hino do Cantor
Cristão “No serviço do meu
Rei eu sou feliz”. Com isso,
não quero dizer que Deus
não possa nos abençoar e
nos dar prosperidade. O que
quero dizer que isso não é
prioridade no Evangelho de
Jesus. Por quê? O Senhor quer
cuidar de nós. Que Deus nos
ajude a cada dia vivermos o
Evangelho da Graça de Deus
em Cristo Jesus.
“E sabemos que todas as
coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que
amam a Deus, daqueles que
são chamados segundo o seu
propósito.” (Rm 8.28)
Q
o jornal batista – domingo, 12/02/17
reflexão
5
O filho
do homem
Arnaldo Nunes, pastor,
membro da Igreja Batista
Betel em São Paulo
V
ários textos das Sagradas Escrituras
confirmam a veracidade de que Jesus
Cristo se refere a Sua Pessoa
como o Filho do homem.
Um termo que vem de uma
expressão hebraica, indicando uma posição de humildade, isto é, uma posição
de um homem comum, sem
privilégios especiais. Essa
expressão é mencionada,
aproximadamente, 80 vezes
alusivas a Jesus nos evangelhos sinóticos; mencionados
também por Ele.
Jesus era um ser humano, um homem típico, um
homem identificado com
outros homens, compartilhando de sua posição,
natureza e sofrimento. Em
Daniel 7.13-14, aparece
um personagem. “Na mesma visão que tive naquela
noite, vi um ser parecido
como um homem que vinha entre as nuvens dos
céus. Ele foi até o lugar
onde estava aquele que
sempre existiu e foi apresentado a Ele. Deram-lhe o
poder, a honra e a autoridade de Rei a fim de que os
povos de todas as nações,
línguas e raças o servissem
o seu poder é eterno, o seu
Reino não terá fim” (Dn
7.13-14).
O ministério de Jesus é
poderoso. Sem dúvida alguma e, ao mesmo tempo,
está relacionado com a sua
segunda vinda, quando
Jesus aparecer como Juiz
para julgar os vivos e os
mortos com poder e glória.
Jesus aparecerá como Juiz
universal. João 5.22 e 27”.
O Pai não julga ninguém,
mas deu ao Filho todo o
poder para julgar, a fim de
que todos respeitem o Filho, assim como respeitam
o Pai. Quem não respeita o
Filho também não respeita
o Pai. “Eu afirmo a vocês
que isso é verdade; quem
houve as minhas palavras
crê naquele que me enviou
tem a vida eterna e não
será julgado, mais passou
da morte para a vida”. No
verso 27, Deus deu a autoridade ao Filho para julgar, pois Ele é o Filho do
homem.
Jesus, na qualidade de Filho do homem, veio sofrer
como homem representativo. A missão de Jesus Cristo foi realmente inevitável.
Portanto, esse foi o seu serviço supremo em favor dos
homens perdidos. Marcos
10.45. 14.22 e 24. “Porque
o Filho do homem não veio
para ser servido, mas para
servir e dar a sua vida para
salvar muita gente.”
As sirenes e a minha
espiritualidade
Jeferson Cristianini, pastor,
colaborador de OJB
N
as grandes cidades, a poluição
sonora é normal.
O excesso de
barulho nas ruas é comum
àqueles que estão na correria cotidiana. São muitos os
barulhos da vida moderna e
urbana. Na cidade, acordamos com o som do despertador e não com o canto do
galo. A chaleira faz barulho
e o micro-ondas também. O
liquidificador e o espremedor
de laranjas são barulhentos. Os toques dos celulares,
cada vez mais escandalosos,
roubam o sono de muitos
no transporte coletivo. Os
carros, os ônibus circulares
e as motos são ruidosas. As
máquinas da construção civil
são barulhentas e o som das
buzinas no trânsito caótico
nos leva a um estresse, muitas vezes absorvido como
normal na loucura da vida
urbana.
Em meio a tanto barulho,
o som das sirenes não provocam mais inquietação em
nós. Acostumamo-nos com
o seu som. Para nós, é mais
uma viatura que está passando. O estranho é que a
banalização da vida é perceptível a nós quando não
valorizamos a vida de quem
está dentro da ambulância
e/ou viatura policial. Nossa
banalização da vida é uma
violência contra o Criador, é
um ato de barbárie. Vivemos
como se as pessoas fossem
descartáveis. Nosso senso de
compaixão é sufocado pela
correria cotidiana, que tende
a nos levar a lugar algum.
Diante dos sons das sirenes
deveríamos parar e pensar: e
se fôssemos nós que estivéssemos em uma ambulância,
como gostaríamos de ser
tratados? Gostaríamos que
orassem por nós? Devería-
mos pensar: e se fosse uma
pessoa querida, será que nos
preocuparíamos mais? Agiríamos com misericórdia,
que é uma palavra rara nessa
sociedade do “cada um por
si e Deus por todos”.
Na parábola do bom samaritano, Jesus acusa os religiosos de “passaram de
largo”, ou seja, de cortarem
volta para não ajudar. Jesus
reprova a indiferença dos religiosos e valoriza um samaritano que teve compaixão. É
curioso como sabemos dessa
história, mas não aplicamos
seus belos ensinos no cotidiano. Ouvimos o ruído das
sirenes e “passamos de largo”, não paramos para orar
pela mãe do adolescente preso na viatura policial. Não
oramos pelas pessoas presas
jogadas na viatura militar,
clamando a Deus que essas
vidas possam ter um encontro com Jesus. Não oramos
quando vemos o caminhão
do Corpo de Bombeiros correndo contra o tempo para
salvar uma vida, para apagar
o fogo de uma casa de uma
família que está perdendo
tudo. Não intercedemos
quando vemos a ambulância
do SAMU passando ao nosso
lado a toda velocidade para
salvar um ferido pelo trânsito
violento de nossas cidades.
Não oramos pela pessoa que
sofreu um ataque cardíaco,
que teve um AVC, que sofreu
uma queda e que precisa de
um atendimento urgente.
Não oramos pelas famílias
das pessoas que estão nas
ambulâncias e estão aflitas
com a situação de seus entes
queridos.
Em uma sociedade robotizada e pragmática, acostumamo-nos com as tragédias, com a violência e com
a banalização da vida. O
capitalismo ensina que há
muita mão de obra, assim,
não nos preocupamos como
deveríamos com as pessoas.
Diante de tanto sofrimento humano que nos rodeia,
ao ouvir um som de uma
sirene, nós, como cristãos,
deveríamos interceder e orar
pelas pessoas que precisam
de atendimento. O som das
sirenes pode ser uma das
formas de exercitarmos nossa
fé cristã. Uma forma de pararmos e por alguns instantes
tirarmos o foco de nós mesmos e orarmos pelas pessoas
que sofrem. Que ao som das
sirenes possamos amar o próximo com nossa oração sem
sabermos o nome e a dificuldade. Aqueles que amam ao
Senhor acima de tudo, não
“passam de largo” diante do
sofrimento humano, pelo
contrário, se compadecem
e agem em favor do necessitado. O som das sirenes
deve nos levar ao Senhor em
profunda gratidão e oração.
Nutra compaixão em seu
coração orando.
6
o jornal batista – domingo, 12/02/17
reflexão
Roma nunca mais!
Tarcísio Farias Guimarães,
pastor, colaborador de OJB
A
Reforma Evangélica
do século XVI, da
qual os Batistas também são herdeiros
e, ao mesmo tempo, continuadores, gerou uma profunda
e irreversível ruptura com a
Igreja Católica Romana. O
anseio de muitos grupos cristãos e de muitos cristãos que
agiram individualmente, era,
inicialmente, a restauração
da doutrina bíblica no seio da
Igreja Católica, o que não foi
possível em face das grandes
resistências do clero romano, sempre interessado em
manter seu domínio político
e seus privilégios alcançados
na Idade Média sobre a cristandade. Por toda a Europa da
Era Moderna, surgiram movimentos de retorno às Escrituras e de rejeição às práticas
romanas fundamentadas tão
somente na tradição católica.
O entendimento dos cristãos comprometidos com
as doutrinas bíblicas era de
que não havia no Romanismo disposição verdadeira
para revisar-se. Naqueles dias,
falava-se muito que “Roma
é sempre Roma”. Os Batistas, que afirmaram-se como
denominação organizada no
século XVII, também disseram “não” a muitas heresias
católicas: infalibilidade papal,
venda de indulgências, adoração de imagens, corredenção
por meio de Maria, salvação
por meio de obras, confissão
auricular, purgatório, penitência por meio de castigos físicos, celibato obrigatório dos
sacerdotes, Missa de Sétimo
Dia, clericalismo, sacramentalismo, alianças com o poder
estatal, etc.
Essa bela história de separação de Roma e de busca
incessante pela compreensão
da Bíblia tem sido negada por
vários grupos que, identificando-se como evangélicos,
comportam-se como se em
Roma ainda permanecessem.
Jesus afirma que “Ninguém
deita remendo de pano novo
em roupa velha, porque semelhante remendo rompe a
roupa, e faz-se maior a rotura.
Nem se deita vinho novo em
odres velhos; aliás rompem-se os odres, e entorna-se o
vinho, e os odres estragam-se;
mas deita-se vinho novo em
odres novos, e assim ambos
se conservam” (Mt 9.16-17).
Assim também não é aceitável
que um cristão professe a fé
evangélica e continue envolvido com práticas romanas
estranhas ao Evangelho.
Volta a Roma todo aquele
que vende ou compra sabonete ungido, água para tratamento espiritual, vassoura
para limpeza de ambiente
amaldiçoado, bem como toda
sorte de quinquilharias do
paganismo gospel. Quem
idolatra seus “apóstolos” e
pratica a conhecida “tietagem” dos artistas que lucram
alto com os badalados shows
do mundo gospel, volta ao
clericalismo romano. Quem
busca novas revelações e ex-
periências estranhas à Palavra
de Deus volta à conhecida atitude romana de desprezo às
Escrituras, constituindo suas
próprias tradições e validando-as por suas próprias visões
enganosas. Quem despreza o
culto centralizado na leitura e
exposição fiel da Bíblia, volta
a Roma, normalmente sob
pretexto de contextualização
do culto cristão.
Há evangélicos que ultrapassam a subjetividade de
suas práticas semelhantes
à espiritualidade romana e
até declaram abertamente
sua simpatia ao Ecumenismo
Cristão, movimento mundial que luta pela unificação
das diferentes tradições cristãs, cuja liderança natural
e predominância numérica
pertencem à Igreja Católica
Romana. Vemos, com pesar,
multiplicarem-se os cultos
ecumênicos e as declarações
de lideranças evangélicas em
prol do engano ecumênico. É
politicamente incorreto nos
nossos dias posicionar-se con-
trário às iniciativas de caráter
ecumênico.
Um dia, quando estivermos
finalmente diante do nosso
Senhor para prestar-lhe contas
de tudo que fizemos, seremos
questionados quanto à nossa
fidelidade a Cristo. Ele não
nos perguntará sobre a nossa
popularidade, capacidade
financeira das nossas Igrejas, beleza da nossa música
ou qualquer outro elemento
valorizado pela cultura contemporânea. Ouviremos as
seguintes palavras do Senhor:
“Bem está, servo bom e fiel.
Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra
no gozo do teu senhor” (Mt
25.21).
Se você ainda está associado à Babilônia Romana,
atente para aquilo que diz
o Senhor: “Sai dela, povo
meu, para que não sejas participante dos seus pecados,
e para que não incorras nas
suas pragas” (Ap 18.4). Roma
nunca mais! Sejamos fiéis a
Cristo até o fim!
jovens e futuros professores e
líderes das Igrejas devem começar o quanto antes no uso
da Internet para a aprendizagem, transmissão e ensino da
Palavra da fé cristã.
Deus orientou a Moisés
na prática do ensino da fé
e obediência a Palavra de
Jeová (Deuteronômio 6.6-9).
Como podemos transformar
na prática essas orientações
de Moisés dadas no deserto
para os tempos da tecnologia
virtual?
Já não andamos no caminho
com os filhos, mas navegamos na Internet;
Já não nos sentamos em
nossa casa, mas temos Facebook;
Já quase não vemos os nossos filhos deitarem, mas temos Instagram;
Ja nem levantamos com os
nossos filhos, mas enviamos
e-mail;
Ja não atamos as palavras
por sinal nas nossas mãos,
mas nossos notebooks têm
papel de parede;
Já não estão nos frontais dos
nossos olhos, mas temos uma
tela no notebook;
Ja não escrevemos nos umbrais da casa, mas temos blog.
Para concluir, espero que
este artigo desperte em você
o interesse em não somente
conhecer o que há na Internet, mas partir para uma ação
mais ousada, mais criativa
para alcançar não somente
os de fora da fé em Jesus,
mas principalmente aqueles
que estão aos cuidados das
comunidades locais, fortalecendo a sua fé mediante
novas formas e estratégias
de ensino cristão, teológico e
ministerial. No mundo virtual
há um espaço para o ensino,
treinamento ministerial e
capacitação do nosso povo.
Este povo que, por diversas razões, tem seu tempo
também tomado de atividades, mas podem dedicar um
tempo para o aprendizado
da Palavra fora do formato
tradicional das classes ou de
grupos comunitários.
Precisamos pensar
no mundo virtual
José Miguel M. Aguilera,
pastor, membro da Missão
Batista no Jardim Embaré
São Carlos – SP, mestre em
Ciências da Religião
A
gora, no século
21, muito da nossa
realidade mudou.
Nosso desafio é o
mundo global, as tribos virtuais. A nova praça onde os
relacionamentos são construídos são o Facebook, Twitter,
Instagram e outras redes sociais da web. O mundo está
a um click.
O site da UOL, no blog
Tecnologia, com data de
05/08/2015 divulga dados
de uma pesquisa feita pelo
Centro Regional de Estudos
para o Desenvolvimento da
Sociedade da Informação (cetic.br). Com base na pergunta:
“Qual tem sido a relação das
crianças com a rede?”, os dados analisados apontam:
• 82% dos entrevistados
navegam pelo celular diariamente; os smartphones cor-
respondiam a 53% dos acessos (contra 71% de desktops),
em 2013, 73% apontam as
redes sociais como a principal
atividade no ambiente virtual.
• 63%, ou seja, seis em
cada dez crianças e jovens
brasileiros que usam a rede
admitem que não seguem as
orientações dadas pelos pais.
• 52% informaram que
seus perfis são públicos, ou
seja, podem ser vistos por
qualquer pessoa. Se somarmos ao número de perfis
“parcialmente privados”, o
número chega a 64%.
• 43% das crianças entre 9
e 10 anos que acessam a internet tem um perfil em alguma
rede social. Entre a faixa de
11 a 12 anos, o número sobe
para 68% e entre 13 e 14 vai
para 88%. Quanto mais alta a
classe social, maior o número
de jovens com perfil nas redes
sociais (85% nas classes A e B
e 69% na classe D e E).
• 32% admitiram mentir
a idade para poder entrar no
Facebook, que permite que
apenas maiores de 13 anos
participem da rede.
• 22% ainda usam as velhas Lan Houses para ter acesso à rede; em 2012, o índice
era de 35%.
Diante disso, devemos nos
perguntar: e a Igreja, como
vai alcançar essas crianças,
jovens e adolescentes? Como
esta Igreja providencia o ensino da fé cristã? Quais são
as estratégias que os adultos
estão usando para essa nova
realidade? Não se pode esperar o futuro para desenvolver
hábitos cristãos no uso da
internet; a Igreja precisa começar hoje.
Atualmente, os cursos teológicos denominacionais
já estão sendo oferecidos
em ambiente virtual, embora
entendo que seja necessário
um link com as comunidades
locais para uma pratica ministerial desta aprendizagem,
a fim de não desencarnar o
estudante da sua realidade.
Porém, nossos líderes, nossos
o jornal batista – domingo, 12/02/17
missões nacionais
7
Aqui, ali e além do Solimões!
I Trans Saúde leva compaixão e graça às comunidades ribeirinhas
A
primeira parada
só aconteceria após
30h de navegação.
Durante a viagem,
a bordo do barco O Missionário, éramos uma equipe
comprometida e feliz em
fazer parte de um projeto que
transforma vidas, a começar
da nossa. O mais importante
não era a profissão que exerceríamos ali, mas o Deus que
apresentaríamos.
Todas as ações de saúde
foram ferramentas para que o
Evangelho fosse pregado. Nenhuma pessoa saía do consultório sem que fosse minisAntes eu me sentia
envolvido, mas agora
estou comprometido
com a evangelização
dos ribeirinhos.
Pastor Ubirajara de
Oliveira, médico pediatra
e pastor da PIB em
Marambaia - RJ
trada com uma oração e uma
palavra do Senhor. Levamos
compaixão e apresentamos
a Graça aos ribeirinhos da
Amazônia. Formamos uma
caravana de 28 voluntários:
5 médicos, 6 dentistas, 8 enfermeiros, 1 farmacêutico, 1
psicólogo e 7 profissionais de
outras áreas que formaram a
equipe de apoio. Atendemos
cerca de 500 pessoas em 7
comunidades.
A mobilização aconteceu
em Costa do Jussara, Itapeua,
Jacaré, Japiin, Ubin, MoreiDeus usou as situações
que encontramos entre os
ribeirinhos para me mostrar
que preciso olhar mais em
volta e não usar o meu
trabalho só de uma
maneira técnica, mas que
eu lido com seres
humanos que precisam
da Graça de Deus.
Vivian Teles, dentista e
membro da IB de Magé - RJ
ra e Fátima, onde já temos
Radicais que desenvolvem
o trabalho de evangelização
discipuladora - essa é uma
estratégia que abre portas e
possibilita aos nossos Radicais mais aproximação com
a comunidade.
Dentre as pessoas atendidas que ouviram o Evangelho, 31 pessoas se decidiram
por Cristo. Na evangelização
de crianças, 145 ouviram
sobre o Amor de Jesus e 45
decidiram entregar a vida a
Cristo. Vinte e duas Bíblias
foram distribuídas. A equipe
médica atendeu 469 pessoas, sendo 271 adultos e 198
crianças. No atendimento
odontológico, 412 pessoas
foram atendidas, sendo 243
crianças e 169 adultos. Foram feitos 534 procedimentos odontológicos. A equipe
também ofereceu atendimento psicológico, consultando 7
adultos e 3 crianças. Ao todo,
a equipe médica distribuiu
1045 medicamentos e 412
kits odontológicos para a
comunidade ribeirinha.
A Trans Saúde, que aconteceu nos dias 21 a 29 de janeiro, foi uma ação evangelística
realizada pela JMN, ligada
ao Projeto Novo Sorriso da
Amazônia, que é coordenado
pelos missionários e dentistas
André e Germana Matheus.
Torne-se um parceiro de Missões Nacionais e faça parte
da evangelização dos ribeirinhos. Acesse o site www.
missoesnacionais.com.br ou
entre em contato com a nossa Central de Atendimento
pelo telefone (21) 2107-1818
(opção 4).
Enquanto nós estamos
na nossa vida lá fora,
acomodados com tudo que
acontece, existem pessoas
pela qual Cristo morreu,
e elas estão com dor,
estão sofrendo, e nós não
podemos ficar indiferentes.
A impressão que a gente
tem é que a gente é muito
mais abençoado do que
abençoa. Poder servir sem
esperar nada em troca é
realmente uma experiência
transformadora.
A gente tem conseguido
com o barco alcançar mais
famílias, entrar em mais
casas. As portas
se abrem com a vinda
do barco para as
comunidades ribeirinhas.
Germana Matheus,
coordenadora do Novo
Sorriso da Amazônia
Juliano Polito, engenheiro
civil e membro da
IB Mata da Praia - ES
Ediardson Lima, Radical na
comunidade do Ubim
88
jornalbatista
batista––domingo,
domingo,12/02/17
12/02/17
oojornal
notíciasdo
dobrasil
brasilbatista
batista
notícias
Dia Batista de Oração Mundial
conecta mulheres de todo o mundo
Por Dione Vasconcelos Assistente da Junta
Executiva do Departamento
Feminino da AMB.
esde 1948,
celebramos
o Dia Batista
de Oração
Mundial. Esta
é uma data na qual as mulheres Batistas de todo o mundo
se reúnem para orar por suas
irmãs espalhadas pelos quatro
cantos da Terra e levanta-se
uma oferta especial, designada
para projetos que atendem
às necessidades de mulheres e crianças nos diferentes
continentes, possibilitando a
D
capacitação, o treinamento e a
expressão de líderes em lugares onde estão sob perseguição
e não tem oportunidades.
O Departamento Feminino
da AMB agradece pela generosidade das mulheres batistas do
Brasil e quer ser um elo entre
elas em todo mundo. Que o
Senhor continue a abençoá-las.
A data é comemorada sempre na primeira segunda-feira
do mês de novembro. Mobilize a sua igreja e amigas
para promover a campanha de
2017. Mais informações pelo
site www.bwawd.org
Da esquerda para a direita: Kathy James, Tesoureira, Ksenija Magda, Presidente,
Moreen Sharp, Diretora Executiva Interina e Dione Vasconcelos, Assistente da Junta Executiva.
Notícias dos Campos da UFMBB
Pernambuco
C
Mensagerias do Rei aproveitam as
férias reunidas em crescimento espiritual
omunhão, meditação, oração
e muita alegria
na presença do
Senhor não faltou durante o período das
férias para as Mensageiras
do Rei, em Pernambuco. O
grupo de MR da PIB Moreno
esteve, no mês de janeiro,
estudando a Bíblia, orando,
louvando, participando de
gincanas e evangelizando
nas ruas em pleno feriado
municipal. No encerramento do evento elas refleti-
Rio de Janeiro
E
ntre os dias seis e
oito de Janeiro de
2017, cerca de 450
meninas participaram do 45º Acampamento das Mensageiras
do Rei da Convenção Carioca, que foi realizado em Rio
Bonito. O tema foi: “Você
está seguindo os passos de
Cristo?”, baseado no livro:
“Em seus passos que faria Jesus?”. A ênfase do encontro
foi Missões Mundiais.
ram sobre o tema de 2017:
“Anunciando o reino com
o poder de Deus” e ideais
para que possam anunciar o
Reino e viver uma vida em
santidade.
Grupo de MR com a
Coordenadora Estadual e
Diretora do SEC, Solange
Ribeiro Araújo, que está na
fileira superior com a
camisa da organização.
45O Acampamento Carioca das
MR reúne 450 participantes
Atividades do
45º Acampamento
das Mensageiras do
Rei da Convenção Carioca
o jornal batista – domingo, 12/02/17
notícias
notícias do
do brasil
brasil batista
batista
9
2017: ano do
O
Centenário do SEC
SEC, Seminário de
Educação Cristã –
Recife/PE, na proximidade de 100
Anos capacitando pessoas
vocacionadas para múltiplos
ministérios na expansão do
Reino de Deus, através de
um eficiente sistema educacional com foco na Educação
Cristocêntrica, estendem a
todo o povo de Deus, aos
amigos e colaboradores o
convite para participarem
das celebrações que serão
promovidas na semana de 19
a 23 de Junho de 2017, culmi- existência, tendo a certeza do
nando com o Culto em Ação cumprimento de sua missão.
de Graças que acontecerá na
Igreja Batista da Capunga.
Consta na programação o
Congresso de Educação Cristã
“SEC-100 anos Promovendo
Educação Cristrocêntrica”,
de 20 a 22 de junho. A programação completa das atividades de celebração você
encontra no site http://sec.
org.br/site/. O SEC e todos os
que o representam louvam e
glorificam a Deus pelos seus
100 Anos de nobre e valorosa
CIEM & SEC
ESCOLAS PARA FORMAÇÃO DE VOCACIONADOS
Conta para depósito
da Oferta de ECM
BRADESCO
Agência – 1434-6
Conta Corrente – 16423-2
Favorecido – UNIÃO FEMININA MISSIONÁRIA BATISTA DO BRASIL
CNPJ – 33.973.553/0001-80
CURSOS DO SEC
SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ
NÍVEL DE PÓS-GRADUAÇÃO
Estudos Avançados em Nível de Especialização e Mestrado
em Educação Cristã, Missiologia e Ministério Social Cristão
NÍVEL DE GRADUAÇÃO
Superior Livre em Educação Cristã - habilitações:
Missiologia ou Ministério Social Cristão
Superior Livre em Missões
CURSOS DO CIEM
CENTRO INTEGRADO DE
EDUCAÇÃO E MISSÕES
NÍVEL DE PÓS-GRADUAÇÃO (STRICTO SENSU)
Mestrado em Missiologia
Mestrado em Educação Cristã
NÍVEL MÉDIO
Médio em Missões
Seminário Aberto à Terceira Idade
NOVOS CURSOS
Administração Eclesiástica
Formação para Professores da Escola Bíblica Dominical
Estudo da Bíblia
NÍVEL DE GRADUAÇÃO
Curso de Missões
Curso de Educação Cristã
NÍVEL MÉDIO
Curso de Educação Cristã para Líderes de Crianças
Curso de Líderes para o Ensino de Missões
Curso de Missões por Extensão
Rua Uruguai, 514 - Tijuca
CEP 20510-060 - Rio de Janeiro, RJ
Telefone: (21) 2570-6793
(21) 2238-8654 - Fax: (21) 2571-9597
E-mail: [email protected]
www.ciem.org.br
Rua Padre Inglês, 143 - Boa Vista
CEP 50050-230 - Recife, PE
Telefone: (81) 3423-3396
(21) 3423-3591 - Fax: (81) 3222-5090
E-mail: [email protected]
www.sec.org.br
10
o jornal batista – domingo, 12/02/17
notícias do brasil batista
Associação Batista de Educadores Cristãos de
Goiás realiza Curso de capacitação em EBD
Marcos José Rodrigues,
seminarista da Primeira Igreja
Batista em Anápolis-GO
“Se é ministério, seja em
ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino” (Rm 12.7).
N
o último domingo
de janeiro de 2017,
como de costume,
foi levado a efeito
mais um Curso de Formação Continuada para equipe
de Escola Bíblica Dominical
(EBD). O curso foi oferecido
pela Associação Batista de
Educadores Cristãos de Goiás
(ABEC-GO), em parceira com
a Convenção Batista Goiana
(CBG), que, dentre outras coisas, ofereceu o local para a realização do evento, o Seminário Teológico Batista Goiano.
Com o título “Oficina Pedagógica de EBD”, o curso
buscou levar a todas as Igrejas
e Congregações da CBG mais
uma oportunidade de capacitação continuada. O curso
atendeu o objetivo proposto:
possibilitar o aprendizado através das trocas de experiências,
proporcionar aos professores e
Waldelísia, executiva da ABEC-GO, fazendo a apresentação do
corpo docente da oficina pedagógica em EBD 2017
líderes mais conhecimento, e a
obtenção de manuseio e técnicas de produção pedagógica.
Além do bom resultado
alcançado através do desenvolvimento das atividades
e perspectivas do curso, os
participantes tiveram também
uma rica oportunidade de conhecer novos irmãos, desenvolver a comunhão fraternal,
aprimorar o conhecimento
e refletir sobre o programa
educacional da Igreja. A organização que tem a maior
responsabilidade no programa de educação religiosa
(cristã) de uma Igreja é a EBD.
“A tarefa principal da Escola
Dominical é ensinar a Bíblia,
que tem sido o livro-texto da
EBD desde a inauguração das
primeiras séries de lições até o
presente momento” (SMITH,
Cathryn, 1989, p. 44).
“A missão da Igreja se encontra nas palavras do Mestre:
“Ide, fazei discípulos de todas
as nações, ensinando-os a
guardar todas as coisas que
eu vos tenho mandado”. Seu
alvo deve ser ganhar verdadeiros discípulos para Cristo,
que desejam unir-se na comunhão daqueles que continuam
a aprender a viver como cristãos” (SMITH, Cathryn, 1989,
p 15).
A instrução foi norma nas
Igrejas primitivas. Todos que
foram acrescentados à Igreja
“Perseveraram na doutrina dos
apóstolos” (At 2.42).
Ainda citando Cathryn Smi-
Recuros e técnicas pedagógias trabalhadas no curso
th, ela escreveu em seu livro
“Programa de educação religiosa”: “Através da educação
religiosa, as Igrejas Batistas
aprendem a serem Igrejas.
Cada Igreja é uma escola”
(SMITH, Cathryn, 1989, p. 15).
“Os batistas têm como base
sólida para qualquer dos seus
ensinos a Palavra de Deus. É,
portanto, na Bíblia, que encontramos os fundamentos da
Educação Cristã (GILBERTO,
Antônio, 1981).”
Encerro esta breve reflexão
sobre a importância do ensi-
no cristão, citando o doutor
John Landers, em sua obra
Teologia dos Princípios Batistas: “Houve uma época
no Brasil quando os batistas
e os crentes eram chamados
de “Biblias”, a título de menosprezo. Em lugar de reagirem, os batistas aceitaram
este cognome como um distintivo de honra. Os batistas
já foram chamados “Povo do
Livro”, por causa de seu ideal
de nortear sua fé e prática
pela Bíblia” (LANDERS, John,
1987, p15).
SEC e IBB formam I turma de mestrado
no Sertão pernambucano
Acom CBPE
O
Seminário de
Educação Cristã
(SEC) formou no
mês de dezembro de 2016, a primeira turma do Curso Avançado em
Nível de Mestrado no Sertão
de Pernambuco. A iniciativa foi possível graças a um
acordo de cooperação com o
Instituto Betel do Brasil (IBB),
em Petrolina - PE, local onde
as aulas foram ministradas.
O Culto em Ação de Graças foi oferecido no dia 06 de
dezembro de 2016, na Igreja
Batista do Calvário. Já a colação de grau aconteceu no dia
10 de dezembro do mesmo
ano, na Igreja Batista Água
Branca, ambas em Petrolina.
O Curso Avançado em Nível de Mestrado teve duração
de três anos. Iniciou em março de 2014 e teve como ên-
fase Missiologia e Educação
Cristã. Foram nove módulos,
sendo dois de pesquisa. Ao
todo, nove alunos concluíram o curso, todos pastores e
educadores religiosos de Igrejas batistas filiadas à Convenção Batista Brasileira (CBB).
Nas festividades, estiveram presentes a professora
Solange Ribeiro, diretora
do SEC; pastor Emanuel Alírio de Araújo, presidente
da Convenção Batista de
Pernambuco (CBPE), diretor
do IBB e um dos formandos;
o paraninfo, pastor Valdeck
Souza Oliveira; o professor
homenageado Ivanildo Alves
Lopes e a professora Milzede
Albuquerque.
A turma contou com alunos
da região, mas também de
fora do estado: Petrolina, Araripina, Juazeiro (BA), Distrito
Federal (DF) e Manaus (MA).
Uma das concluintes foi
Foto: Divulgação IBB
Festividades aconteceram nas IB Calvário e Água Branca, em Petrolina
a educadora religiosa Lídia
Pedrosa, da IB Calvário, em
Petrolina. Para ela, a formação no interior é “Relevante,
levando em consideração as
dificuldades dos obreiros de
se deslocarem para os grandes centros, minimizando
custos e possibilitando buscarem capacitação sem se afastarem do convívio familiar
e eclesiástico”. E ressalta o
“Sentimento maior é de gratidão a Deus pelo chamado
e ter sido companheiro fiel
no cumprimento de todas as
etapas”.
O pastor Levi Merlo, da
Igreja Batista Monte Horebe, em Manaus, também
foi um dos formandos. Ele
destaca que o “Sentimento
é de alegria e gratidão e de
novos desafios”, e que junto
a sua família, sua vida “Sempre foi pautada pela obra
missionária”. E explica que,
apesar de hoje habitar terras
manauaras, “Uma boa parte
de nossa vida missionária
foi desenvolvida em Pernambuco. Nossa formação
teológica foi no Seminário
Teológico Batista do Norte
do Brasil (STBNB). Quando
comecei o mestrado, morava
em Pernambuco e pastoreava
a PIB de Belo Jardim, além de
ser presidente da Associação
Agrestina”.
Para o pastor Emanuel Alírio de Araújo, esta turma foi
“Uma oportunidade ímpar
pelo fato desse tipo de pesquisa não ter precedência”
no interior do estado. Ele
reforça que “Todas as linhas
de pesquisa foram regionais,
estudando questões do entorno do Sertão”, a fim de
gerar assim uma visão fiel à
realidade local.
O SEC e o IBB já estudam
abrir uma próxima turma de
Mestrado em 2018.
o jornal batista – domingo, 12/02/17
missões mundiais
11
Campanha 2017 também está na internet
Willy Rangel – Redação de
Missões Mundiais
N
o ar há quase dois
meses, o site da
Campanha de
Missões Mundiais, “Leve esperança até
que Ele venha” está acessível
em www.missoesmundiais.
com.br/campanha. Nele, é
possível ler e baixar todo
o material do kit enviado
às 10 mil Igrejas da Convenção Batista Brasileira e
também conteúdos extras,
como banners temáticos,
marca da Campanha 2017,
áudios com a versão cantada
e playback da música oficial,
além de obter informações
sobre a ofertas e adoções de
projetos e missionários. Em
breve, será disponibilizada a
arte da camisa da Campanha
para as Igrejas interessadas
em produzi-las.
Também no portal de Missões Mundiais, www.missoesmundiais.com.br, na aba
Downloads, você encontra as
mesmas peças e ainda outros
conteúdos, inclusive de campanhas anteriores.
Os vídeos da nossa Campanha, além de disponíveis no
DVD do kit, também podem
ser acessados em nosso canal
no Youtube (www.youtube.
com/canaljmm) e baixados
no Vimeo (www.vimeo.com/
missoesmundiais).
E se você quiser ouvir e baixar a música oficial da Campanha, “Até que Ele venha”,
Site da campanha 2017 permite download de materiais enviados às
igrejas em kits
Kit da campanha 2017 já seguiu às igrejas da CBB
acesse www.soundcloud. pirativos e estudos temáticos
com/missoesmundiais.
que podem ser desenvolvidos
também em classes e pequePeças da Campanha 2017 nos grupos. Em todas as publiO kit contém peças espe- cações você encontra a defesa
cialmente preparadas para teológica do tema, redigida
ajudar na mobilização das pelo pastor João Marcos BarIgrejas em prol da Campanha reto Soares, diretor executivo
“Leve esperança até que Ele da JMM, inspirada na divisa
venha”. São revistas, cartazes, de Mateus 28.19-20.
vídeos e cartões de oração
Os pastores ganharam um
para envolver cada pessoa folder com testemunhos dos
ainda mais com a missão do campos missionários que pocumprimento do ide de Cris- dem ser usados para ilustrar
sermões, reflexões e mensato.
São três cartazes (principal, gens. Esta mesma peça taminfantil e metas) que podem bém possui uma linha do temser afixados nas dependências po, um resumo cronológico
do templo para deixar a Igreja da história da JMM, que em
no clima de Campanha de junho completará 110 anos
Missões Mundiais.
de fundação.
As revistas (promotor de
A música oficial, “Até que
missões e líder de ministério Ele venha”, foi composta pelo
infantil) contêm informações cantor Alexandre Magnani e
sobre os campos, testemu- o clipe é um dos vídeos do
nhos missionários, artigos ins- DVD da Campanha. Os músi-
cos ganharam uma revista que
está disponível apenas na forma digital, em www.missoesmundiais.com.br/campanha.
Também foram enviados
cartões de oração com informações sobre os nossos projetos nas Américas, Europa,
África e Ásia, além de fichas
de adoção que podem ser enviadas pelo correio sem custo
para o adotante.
É importante que você lembre ao pastor e ao promotor
de sua Igreja sobre a importância de desenvolver a Campanha de Missões Mundiais.
Caso sua Igreja ainda não
tenha um promotor, converse com seu pastor a respeito
disso. Quem sabe você não
possa ser um? Escreva para
[email protected] e saiba como é possível ser um
promotor voluntário de Missões Mundiais.
A previsão de chegada de
todos os kits da Campanha
2017 foi até o fim de janeiro.
Se a sua Igreja não recebeu,
o pastor ou o promotor deverá entrar em contato com a
gente através do e-mail [email protected].
br ou ligar para 2122-1901
ou 2730-6800 (cidades com
DDD 21) e 0800-709-1900
(demais localidades), nos
dias úteis, das 08h às 19h
(horário de Brasília). Também estamos no WhatsApp,
nos números 98216-7960,
98884-5414, 98055-1818
e 98368-9999, todos com
DDD 21.
Com o tema “Leve esperança até que Ele venha”, queremos trazer à memória das nossas Igrejas sobre a importância
do cumprimento contínuo da
missão, que apenas terminará
quando Cristo voltar.
Nova escola em Moçambique
Redação de Missões Mundiais
E
m Moçambique, a Escola Comunitária Arco-Íris
Machava agora funciona em um novo local.
A unidade faz parte do Projeto
Videira, liderado por nossos
missionários Edvaldo e Adriana Marcolino e que beneficia
cerca de 400 crianças ao todo,
inclusive, com um orfanato.
O novo prédio, em alvenaria,
é uma vitória, pois durante 18
anos a escola funcionou em um
prédio feito de bambu e que foi
derrubado por fortes ventos no
ano passado.
No entanto, o desafio de
manter a escola funcionando com qualidade continua.
A missionária Adriana Marcolino, em pé, à direita, no primeiro dia
de aula de 2017
Ano letivo de 2017 começou em novo prédio da Escola
Comunitária Arco-Íris Machava, em Moçambique
Mesmo mudando para o novo ção para ajudar a mudar esta
prédio, as carteiras usadas pelos realidade ofertando para o Proestudantes ainda são antigas. jeto Videira.
Você pode dar sua contribuiPara isso, escreva para cen-
traldeatendimento@jmm.
org.br ou ligue para 21221901/2730-6800 (cidades com
DDD 21) e 0800-709-1900
(demais localidades), nos dias
úteis, das 8h às 19h (horário
de Brasília). Leve esperança a
Moçambique!
12
o jornal batista – domingo, 12/02/17
notícias do brasil batista
Escola Bíblica de Férias da PIB Tabuleiro AL atrai crianças da comunidade
Joseane Santos Oliveira
O
fim de semana foi
de muito aprendizado e diversão
para as crianças
da Primeira Igreja Batista no
Tabuleiro - AL. Entre os dias
20 e 22 de janeiro, cerca de
70 delas, com idades entre
03 e 12 anos, participaram da
Escola Bíblica de Férias (EBF),
uma tradição nas Igrejas Batistas. A programação envolveu
diversão, gincanas bíblicas,
lanches e distribuição de brindes. O evento teve a participação das crianças do Lar Batista
Marcolina Magalhães e da
comunidade, que receberam
o convite em suas residências.
Este ano a liderança do
ministério Infantil escolheu
o tema “Vida com Jesus” e
aproveitou para ensinar aos
pequenos os benefícios que
uma vida comprometida com
os ensinamentos de Cristo
produz. O objetivo da EBF,
segundo a educadora cristã
Nerivânia Lima é preencher o
tempo livre das crianças com
atividades lúdicas que transmitam as mensagens bíblicas,
além de passar conceitos de
ética e cidadania.
Nas tardes de sexta-feira e
sábado, o estudo foi fundamentado nas parábolas bíblicas do semeador, filho pródigo e da videira e os ramos.
As crianças corresponderam
às expectativas interagindo
em todos os momentos; enquanto isso, os pais também
Crianças aprendem e se divertem na EBF
Cerca de 70 crianças participam da EBF em 2017
tiveram a oportunidade de
discutir sobre o tema em uma
palestra voltada para eles.
Para o pastor Anderson
Nunes, presidente da PIB
Tabuleiro, este investimento
é de grande alcance, pois
além instruir as crianças, também envolve toda a família.
“Ensinando as crianças esta-
mos investindo para que elas
estimulem seus pais para ter
uma prática de vida cristã e
se desenvolvam em famílias
estruturadas e firmadas na
Palavra de Deus”, disse.
O encerramento foi com
um culto no domingo pela
manhã, com a participação
ativa das crianças nos louvo-
Pastor Anderson se caracteriza de discípulo de Jesus para atrair
garotada
res e orações. A mensagem
foi transmitida em forma de
conto infantil, ministrada
pelo pastor Anderson, caracterizado de discípulo de Jesus
para melhor atrair a atenção dos meninos e meninas.
Após a mensagem, cerca de
dez crianças fizeram a decisão de seguir a Jesus.
Convocação
O presidente da ADBB - Associação dos Diáconos Batistas do Brasil, Dc. Cila Alves, no desempenho de suas
atribuições de acordo com Art. 14 do Estatuto e Art. 23 VII E e os Art. 11 11 § 1o item III. Do regimento interno.
Convoca os Diáconos e Diaconisas das Igrejas Batistas do Brasil cooperantes com a Convenção Batista
Brasileira, para se reunirem em Assembleia Ordinária a ser realizada em 18 de abril de 2017, no Templo da
Igreja Batista da Pedreira à Rua Av. Pedro Miranda, 1367- Pedreira – Belém - Pará, constando da Assembleia
da eleição da diretoria, renovação do conselho de planejamento e conselho fiscal.
Rio de Janeiro, 26 de janeiro de 2017
Cila Alves – Presidente
o jornal batista – domingo, 12/02/17
notícias do brasil batista
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Pastor Doronézio celebra
30 anos de Ministério
Andressa Andrade,
jornalista
F
oi uma noite incrível. E não poderia
ser diferente, pois,
celebrar três décadas
de ministério pastoral é algo
realmente encantador. Ou
“tremendamente encantador”, como costuma dizer o
pastor Doronézio Pedro de
Andrade, que completou 30
anos de consagração pastoral e, desses, 22 anos como
pastor titular da Primeira
Igreja Batista em Guarapari-ES.
O culto, realizado na quinta-feira, dia 04 de agosto de
2016, foi agradável, cheio
de gratidão a Deus e com
sinceras e belas homenagens
ao pastor. O momento foi
conduzido pela primogênita
do pastor, Andressa, e contou com a oração da caçula,
Andressa, Adassa, pastor Doronézio, Ivanielze e Rebeca
Adassa. Nota-se o cuidado
do pastor com sua família,
fruto que permanece. A reflexão foi trazida pelo amigo
e professor de Homilética do
Seminário Batista do Norte
do Brasil, pastor Jilton Moraes.
Amigos da família participaram musicalmente: Laila Novaes, Geovana Valle,
Lucas Dantas, Alexandre
Gregório, Leonardo Rodrigues, Eliana Lyrio, Virgínia
Gotardo, Inárley e amigos.
Placas e vídeos com frases
Dos 30 anos de ministério
pastoral, 22 são como pastor
titular na PIB em Guarapari - ES
de carinho foram entregues
ao pastor pela Convenção
Batista do Estado do Espírito
Santo, na pessoa do pastor
Diego Bravim; Junta de Missões Nacionais, representada
por Fabíola Molulo e Valdice Decoté; Câmara Mu-
nicipal de Guarapari, pelo
vereador professor Germano
Borges; Ordem dos Pastores
Batistas do Brasil, seção Espírito Santo, pelo pastor Carlos
Augusto e demais pastores
presentes; Associação de
Músicos Batistas do Estado
do Espírito Santo, por Lucas
e Luanna Dantas; e Centro
de Educação Teológica Batista do Espírito Santo, pelo
diretor pastor Vanedson Ximenes.
Pastor Doronézio foi consagrado em Alagoas, na Cidade
do Pilar, e pastoreou a Primeira Igreja Batista do Pilar
e Igreja Batista de Bom Parto,
em Maceió - AL. Desde 05 de
agosto de 1994 é pastor da
PIB em Guarapari-ES.
E, para completar a festa,
um delicioso bolo de chocolate com morangos, com
uma Bíblia desenhado no
topo, foi servido.
PIB de Presidente Prudente - SP
comemora 90 anos de organização
Natacha Dominato,
jornalista, membro da PIB
de Presidente Prudente - SP
A
Primeira Igreja Batista de Presidente
Prudente - SP (PIBPP) comemorou
seus 90 anos durante os dias
16 a 20 de novembro de
2016. A celebração do Jubileu de Álamo contou com
a presença do pastor Itamir
Neves de Souza – São Paulo/
Capital; do Quarteto “Ressurreição”, da Primeira Igreja
Batista da Penha – São Paulo/
Capital e, ainda, com um
grande coral de 120 vozes,
formado pelos membros da
PIBPP.
Nos cultos, as mensagens
proferidas pelo preletor foram baseadas na Epístola de
Paulo aos Efésios.
“Creio que um dos bons
presentes que o próprio Deus
nos dá numa festa como a do
aniversário da PIBPP é Ele
falar ao coração da Igreja, assim, nada melhor do que es-
Coro de 120 vozes foi criado para o Jubileu de Álamo
tudar a Palavra, que é a viva
Palavra de Deus”, afirma.
O pregador lembra que já
participou de celebrações parecidas como o centenário de
uma Igreja em Cristianópolis
- Goiás, e espera participar
do centenário da PIBPP.
“A minha oração e o meu
desejo é que toda a Igreja
aproveite essa bela celebração e todos se entusiasmem
para fazer brilhar ainda mais
a luz do evangelho aí em
Presidente Prudente e adjacências. Deus abençoe toda
a igreja!”, assegura.
Durante toda a sua existência, a Igreja organizou quatro
Igrejas filhas e, atualmente,
conta com 10 missões e mais
dois pontos de pregação.
Como forma de unir os
membros que frequentam
tanto o templo/sede como as
missões e os pontos de pregação e, ainda, abrilhantar mais
as celebrações, foi composto
um grande coral com mais
de 120 vozes e cinco instrumentistas.
A base desse coral contou
com os membros dos corais
da Igreja, que são: Coral “Paz
Eternal”, Coral “Essência de
Deus”, Coral “Perfeita Adoração” e Coral “Ao Redor do
Mestre”, além dos demais
membros da Igreja que sentiram o desejo de louvar a
Deus, participando desse
momento especial.
Tânia Amaral Araújo, regente do “Essência de Deus”, foi
a responsável por reger esse
grande coral que se apresentou durante a celebração do Jubileu de Álamo. “Eu sabia que
o fato de nos juntarmos traria
muito mais do que a música
em si. O resultado seria mais
comunhão entre os coristas.
Todos sentiriam grande alegria
em erguer aqueles louvores a
Deus e que seríamos muito
abençoados, e realmente foi
assim”, diz.
Atualmente, a Igreja conta
com um colegiado pastoral
formado por: Edson Borges de
Souza, como pastor titular, e
como auxiliares, os pastores:
Humberto Oswaldo Vargas
Sedano, Ananias Pires de Albuquerque, Messias José dos
Santos, Edson Francisco Teixeira e Luiz Antônio Ribeiro.
Thiago Aparecido de Oliveira, diácono, ressalta que
não é todo dia que vemos
uma Igreja completar 90 anos
e isso revela o quanto Deus
se importa com a PIBPP.
“As mensagens baseadas
na Epístola de Paulo aos Efésios nos mostraram o quanto
a Palavra de Deus é viva e
fala aos nossos corações. Só
podemos agradecer a Deus
pela vida do pastor Itamir,
um servo que foi usado por
Deus de maneira tremenda
para nos ensinar, admoestar
e inspirar por meio de suas
pregações”, salienta.
O pastor titular da PIBPP,
Edson Borges de Souza, ressalta o lema principal da Igreja: “Só Jesus Cristo, salva sua
vida”.
A PIBPP chegou ao seu
90º aniversário e seu rol de
membros conta com 583
pessoas, sendo 246 homens
e 337 mulheres.
“Esta história não termina aqui, pois caminhamos
para a “trans-história”. Que
possamos permanecer firmes e fiéis, trabalhando até
a segunda vinda do Nosso
Senhor Jesus Cristo. Ao Deus
Eterno, seja dada toda a Glória” finaliza.
14
o jornal batista – domingo, 12/02/17
ponto de vista
A marca distintiva
do cristão
“Esta é a marca distintiva
do cristão – a experiência da
cruz. Não apenas que Cristo
morreu por nós, mas que nós
morremos com Ele. Sabendo
isto: que foi crucificado com
Ele o nosso velho homem”
(Rm 6.6)
E
sta é uma afirmação
muito preciosa, pois
fala de uma vida liberta do domínio do eu
ou ego, pela obra de Cristo
na cruz e na ressurreição.
De complicados, fomos, em
Cristo Jesus, simplificados. O
Senhor nos tornou pessoas
simples, facilitadoras e relacionáveis em amor. O nosso
velho homem não mais domina, mas, sim, o nosso novo
homem em Cristo Jesus (II
Coríntios 5.17). A nossa marca é a de Cristo – do amor,
da humildade, da mansidão
e do perdão. Todos os nossos
relacionamentos são marcados por estes traços distintivos, a partir de Cristo Jesus,
nosso Salvador e Senhor.
Pertencemos a Ele por direito de criação (pois, sem Ele,
nada do que foi feito se fez,
João 1.3; Colossenses 1.1517) e de redenção (Efésios
1.7). Somos pessoas felizes,
bem resolvidas e confiantes
nAquele que tudo pode (Filipenses 4.13). A nossa posição em Cristo Jesus é a de
contidos no contentamento
em toda e qualquer situação
(Filipenses 4.10-20).
Que coisa maravilhosa sabermos que Deus nos alcançou com a Sua graça,
“pois graça é Deus dando e
fazendo tudo a quem nada
merece” (Ef 2.8-10)! Somos,
agora, pessoas graciosas e
dispostas a viver em paz com
o nosso próximo. Temos prazer nos relacionamentos.
Aprendemos a valorizar e
respeitar as pessoas. A compreendermos que não somos
iguais em temperamento e
em formação. O que distingue o cristão do não cristão
é a experiência com Cristo e
a sua consequente capacidade de amar o próximo com
amor fraternal, preferindo-o
em honra (Romanos 12.10).
Fomos aceitos no Amado e
A marca
do cristao
temos prazer em aceitar o
nosso próximo como ele é,
sabendo, contudo, que Deus
fará a obra no coração, de
transformação pelo evangelho (Efésios 1.6). É impressionante o amor de Deus em
Cristo Jesus! É o modelo de
amor entre os filhos de Deus.
Um homem ou uma mulher que teve a experiência
de crucificação há de revolucionar positivamente o
seu contexto como sal e luz
(Mateus 5.13-16). Aqueles
que morreram com Cristo
na cruz têm facilidade em
aceitar, perdoar e fazer a
celebração. O prazer do cristão genuíno é agradar o seu
Senhor. As suas entranhas
fervilham de amor pelo Se-
nhor e pelo próximo. É muito bom nos relacionarmos
com os crucificados, mortos
e ressurretos com Cristo.
Eles não são problema, mas
solução. Não são pessoas
implicantes, hipócritas, maledicentes, antipáticas, invejosas, maldosas. São pessoas
amorosas, sábias, empáticas, simpáticas, autênticas,
perdoadoras, bondosas e
solidárias. O Pai tem prazer
naqueles que O obedecem.
Que a nossa marca distintiva
seja a nossa crucificação,
morte e ressurreição com
Cristo. Identificação perfeita
com Ele. Isto só é possível
pela fé na obra perfeita do
Cristo perfeito na cruz. Nisto
o Pai é glorificado!
nome da fé, enriquecem a
si mesmos, enquanto a multidão que os segue perece
faminta de justiça. Propus
levantar com mais veemência a bandeira que milita em
nome de um sacerdócio comprometido com a anunciação
da Verdade de Cristo, para
transformação das pessoas. Nego-me a ser colocado
em um mesmo nível, com
os corruptores da bondade
humana. Aqueles que desmerecendo o favor divino,
envergonham o Evangelho.
Sempre haverá os emissários da verdade. Não são
todos os pastores falastrões,
aproveitadores e capitalistas da fé. Existem e sempre
existirão homens valorosos
e comprometidos com a sua
missão e vocação. Convido a
esses homens piedosos para
nos juntarmos em defesa apologética da fé, promovendo
através do discipulado e em
todo o tempo, a verdade que
não cede aos corruptores pós-modernos. Vamos construir
redis cuja parede de proteção
esteja na anunciação da Palavra de Deus, no discipulado
que prepara para a eternidade
e no cuidado que protege o
coração pela verdade. Que
a suntuosidade da vida cristã
esteja na fé e não nos templos,
enquanto nossos missionários
morrem nos campos; que a
nossa referência para o povo
seja a Cruz de Cristo. Eu decidi me pronunciar através
de uma vida que autentique
a minha fé em Cristo.
Eu decidi
não me calar
Esio Moreira da Silva,
pastor da Primeira Igreja
Evangélica Batista em
Pindamonhangaba - SP
“Então eu lhes darei governantes conforme a minha
vontade, que os dirigirão
com sabedoria e com entendimento.” (Jr 3.15)
O
tempo da apostasia (II Tessalonicenses 2.3) propõe a destituição
dos valores éticos e morais
de maneia fugaz e covarde.
Depõe contra a fé aquilatada
pelo comprometimento com
a verdade. Milita acintosamente, de maneira feroz e
sem qualquer piedade, contra
todas as autoridades consti-
tuídas. Forma os vendilhões
da fé. Esses, que imbuídos
do projeto de depreciação da
cruz e da vergonha do Evangelho - pela via do capitalismo religioso e do benefício
pessoal – identificados apenas
por um título, ou melhor, um
rótulo, dizendo-se “pastores”,
“bispos” e “apóstolos”, travestidos de cordeiros, escondem
a sua real face de lobo, e fazem uso de maneira ilegítima
dos “púlpitos”, atraindo para
si, e não para Cristo, centenas
de pessoas débeis na fé.
Os corruptores das pessoas
necessitadas de esperança,
que desconhecendo o real
sentido do seu problema, que
é o pecado, submetem-se a
horas consecutivas de lavagem cerebral. Movidos pelo
sentimentalismo de um fundo
musical e pela eloquência
desses lobos insaciáveis, sujeitam-se a homens e mulheres,
que se dizendo emissários de
Deus, através de uma agenda
própria, prometem milagres
dimensionados pelo valor da
oferta entregue. Esses fraudadores, sem temor a Deus e
sem qualquer piedade ao próximo, usurpam a autoridade
dada pelo Senhor aos pastores
sérios, que não vendem sua
vocação e chamado. Por isso,
eu decidi não aceitar ofensas
ao ministério Pastoral que
me foi dado, não por homem
algum, mas pelo Senhor.
É uma ofensa ser comparado com alguns desses “líderes” religiosos, que extorquindo as pessoas, em
o jornal batista – domingo, 12/02/17
ponto de vista
15
“Essa
tal
autonomia...”
OBSERVATÓRIO BATISTA
Gratidão à reação do
pastor Alonso S. Gonçalves
LOURENÇO STELIO REGA
E
m primeiro lugar, gostaria de agradecer ao
pastor Alonso pela participação neste diálogo,
que o fez com notável inteligência e percepção da realidade nua e crua que vivemos
como estrutura convencional,
seja no âmbito nacional, seja
no regional (Veja artigo intitulado “Essa tal autonomia...” Uma reação ao artigo do pastor
Lourenço Stelio Rega”, em OJB
15/01/17). Alonso, parabéns!
Você “pegou bem no ponto”,
como os jovens dizem hoje.
Em segundo lugar, apenas
esclareço que meu artigo apresenta princípios e ideais que
tenho aprendido e nutrido ao
longo de quase 40 anos de
ministério Batista e vivência
denominacional. Como os 15
artigos sobre Igreja, que compuseram a série, farão parte
de futuro livro sobre eclesiologia funcional (inventei essa
expressão para diferenciar da
eclesiologia clássica), procurei
escrevê-los de forma didática e
ideal. É o que sempre sonhei
para a estrutura denominacional e tenho sido acompanhado por muitos líderes e, mais
ainda, é o que ensino aqui
na Teológica de São Paulo
nas disciplinas “Administração Eclesiástica” e “Realidade
Denominacional”, formando
novas gerações que farão diferença para alcançar de forma
adequada, concreta e construtiva os diversos aspectos que
pastor Alonso apresenta sobre
algumas “disfunções” que, ao
longo da história, foram se
instalando na prática convencional. Em outras palavras,
capacitando esta nova geração a fazer cada vez mais as
estruturas convencionais (que
bem chamou pastor Alonso
de paraeclesiásticas) serem
servas das Igrejas com o foco
voltado na missão que Deus
tem dado às Igrejas (Deus não
deu esta missão para as estruturas convencionais, mas para
as Igrejas). Então, não escrevi um artigo questionando o
funcionamento estrutural da
Convenção em seus âmbitos
nacional e regionais ou até
mesmo associacionais, mas
um artigo didático e idealista
do que deveria ser a prática.
Em outros artigos que escrevi
nesta Coluna tenho feito esta
análise indicada pelo pastor
Alonso. Por exemplo, “Temos
uma estrutura, mas será que
temos um sistema?” (OJB de
11/04/2010), discutindo que
a estrutura convencional pode
ter se tornado um fim em si
mesma, em vez de ser servidora das Igrejas locais. Outro
artigo com o título “Somos um
povo ou uma multidão?” (OJB
de 23/01/2011), discutindo
que o papel da Convenção
é promover a comunicação
entre as Igrejas e um senso de
que, como Igrejas, somos um
povo, temos uma identidade e
não uma multidão sem rumo.
Vejam novamente a Convenção como serva das Igrejas.
Mais um artigo, “Precisamos
reinventar a Convenção!” (OJB
de 14/03/2010), um título um
tanto ousado eu sei, mas desafiando os líderes da denominação a repensar o papel e a
prática da Convenção; aí veio
um artigo mais ousado ainda
e em duas partes “Precisamos
de um choque de gestão” (OJB
de 05/06/2011 e 17/07/2011),
em que demonstro princípios
de gestão estratégica que a
Convenção deveria adotar, tanto em âmbito nacional como
regional para funcionarem,
não como Igreja, mas como
agências de serviços para as
Igrejas, focalizando processos
de gestão estratégica, em vez
de se basear em eclesiologia,
que é exclusiva para as Igrejas. Mas ainda, outro artigo
sobre a “Missao da CBB” (OJB
de 13/01/2013), explicando
a declaração de Missão da
CBB, em que participei na sua
elaboração na época do “GT
Repensando a CBB”, em meados da década de 90 cujo foco
é viabilizar a cooperatividade
entre as Igrejas locais para o
cumprimento de sua missão
(isto é, a missão que Deus tem
dado às Igrejas e não à Convenção). Sei que foram artigos
assertivos, críticos, sugestivos
de alterações profundas no
funcionamento operacional da
Convenção, mas também no
modo de pensar Convenção,
em sua concepção em relação
às Igrejas locais como serva
delas.
Em outros documentos,
como o Plano Diretor de Educação Religiosa (PDER), deixei
claro que a educação religiosa
das Igrejas deveria ter profunda
alteração não apenas no modo
de se fazer educação na Igreja
local, mas dever-se-ia alterar
radical e profundamente a visão e prática educacional. Isto
é, em vez da Convenção se
valer de uma política de oferta,
(“nós temos isto para oferecer
às Igrejas”), partir para uma política de demanda. E isso muda
radicalmente o modo de ser
Convenção, pois, neste caso,
a pergunta será outra “O que a
Igreja local precisa?”. Então, o
PDER parte do “chão da Igreja
local”, da “linha de frente”, em
que cada Igreja poderá ter um
projeto pedagógico que construirá a sua educação a partir de
suas necessidades, de seu perfil
característico. Tenho ajudado
Associações de educadores e
Convenções em diversas regiões do Brasil a aprender em
como fazer isso. No ano passado, terminei a versão 4.0 do formulário para se levantar o perfil
da Igreja local (são quase 20
páginas repletas de perguntas e
destaques). Assim, cada Igreja,
conhecendo o seu perfil, em
diversas facetas, poderá desenvolver um projeto educacional
que caiba exatamente em sua
realidade. Confesso que temos
tido uma certa dificuldade e
nos acompanha nesta mesma
compreensão alguns líderes,
como pastor Sócrates Oliveira,
nosso diretor geral, mas também a Associação de Educadores Batistas, especialmente
com a sua presidente professora Samya, mas centenas de
educadores e educadoras, que
é conseguir apoio e suporte de
Convenções estaduais e Associações regionais de Igrejas se
colocarem à disposição como
centros de capacitação de Igrejas e educadores para que este
Plano Diretor chegue a alcançar o maior número de Igrejas
locais, de modo que consigam
desenvolver seu plano educacional próprio. Vejam, isso é
ser Convenção, ajudar, servir,
promover a cooperação, ser
útil às Igrejas locais em suas
necessidades, etc.
Por isso, escrevi dois outros ar-
tigos “Convenção, para que ela
existe?” (OJB de 13/01/2013) e
dois outros artigos com o título
“Convenção - ela tem futuro”
(OJB de 09/12/2012 e OJB
de 23/12/2012). Este último
sugerindo a criação de grupos
gestores de modo a promover
a descentralização do Conselho Geral da CBB e colocar na
liderança e comando, especialmente dos Seminários, líderes
regionais representantes das
Igrejas, que poderiam acompanhar mais de perto a gestão
de cada instituição, e, mais ainda, fazer a composição destes
conselhos gestores de forma
diferente do que temos hoje,
em sua maioria pastores. Nada
de errado com os pastores, mas
ser pastor é, naturalmente, ser
piedoso, misericordioso, esperançoso, é dar mais chance
em situações que nem sempre
a piedade, a misericórdia, a
esperança vão resolver, pois
demandam decisões e ações
assertivas, rápidas de gestão estratégica de avaliação continuada por meio de instrumentos
adequados. Então, proponho
grupos gestores compostos de
forma mista, com administradores, contadores, advogados;
se for área educacional, então,
educadores, se for área missionária, então missionários,
mas precisamos também de
pastores para darem o equilíbrio no momento de decisões
assertivas e que ajudariam com
sua sabedoria a “pesar menos
a mão” no momento destas
decisões.
Acompanhei de perto a crise
da JUERP e até tenho em meu
arquivo a análise da auditoria
externa feita na época em que
a Junta, depois de tomar conhecimento da gravidade do
assunto, declarou o documento
confidencial e que não poderia
sair daquele ambiente (não fui
membro da Junta, mas acabei
recebendo uma cópia). Ao ler
o documento, pois tenho formação na área contábil, pensei
que a Junta deveria ter tomado
outra decisão, a de reavaliar
o cumprimento da missão e
razão de ser da JUERP, reduzir
pessoal, readequar o funcionamento estrutural da instituição,
etc. Mas não declarar um documento revelador, analítico de
auditoria, como confidencial.
Vale lembrar que a quase totalidade de membros da Junta na
época era oriundo de pastorado. Então, ser pastor é errado?
Não, de modo nenhum. O que
estou dizendo é que um pastor
necessariamente não precisa ter
habilidades gerenciais, contábeis, jurídicas. Pastor tem de ser
o que tem de ser, amoroso, piedoso, misericordioso. Virtudes
que na gestão são importantes,
mas que em certos momentos
críticos e avaliativos de gestão
e resultados, postergarão decisões, soluções, e ações que
necessitam ser assertivas, pontuais e muitas vezes envolvem
a demissão de um executivo,
que é alguém também piedoso,
amável, mas não está conseguindo cumprir a missão da
instituição a que dirige. Neste
sentido, escrevi outro artigo
“Como avaliar a equipe?” (OJB
em 11/09/11).
Para encerrar, quero agradecer a interação e o diálogo que
o pastor Alonso aceitou fazer e
dizer, ao estimado colega, que
estamos juntos, seguindo os
mesmos desejos e ideais. Repito, o artigo foi escrito como
um capítulo de um futuro livro,
com o caráter didático e idealista de como a Convenção
deveria se relacionar com a
Igreja e vice-versa. Não foi a intenção, naquela ocasião, fazer
uma avaliação do que de fato
tem ocorrido em algumas situações convencionais. Isso fiz
nos artigos acima citados e em
outros que em futuro próximo
escreverei, e sempre utilizando
uma linguagem clara, com
exemplos concretos, respeitosa e buscando apresentações,
sugestões possíveis para desafiar a novas decisões e ações,
sempre em benefício da Igreja
local a quem toda estrutura
convencional, cada executivo,
cada funcionário institucional devem servir. Mais ainda,
aqui em São Paulo, estamos
preparando novas gerações
para estes novos momentos
que poderão melhorar o que
já existe, corrigir o que precisa ser corrigido e criar novas
alternativas de servir à Igreja
local. Obrigado Alonso por
esta interação, vamos continuar
dialogando?
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