Ransomware: conheça o invasor que sequestra o computador

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 Ransomware: conheça o invasor que sequestra o computador
POR EDUARDO KARAS - EM VÍRUS -  12 SET 2011 — 16H57
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Como se não bastassem os malwares, spywares, trojans e outras cadeias de ameaças desenvolvidas
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QUENTES HOJE
exclusivamente para prejudicar os nossos queridos computadores, há tecnologias ainda mais
Embora não tão populares, os ransomwares podem trazer muita dor de cabeça quando infectam uma
Inferno: a sua internet vai
piorar com as novas
limitações das
operadoras
máquina. Eles entram no sistema como qualquer outro tipo de vírus — anexados a um email,
há 5 dias
elaboradas para lesar os usuários.
escondidos em um instalador ou aproveitando-se brechas na rede — e inviabilizam tarefas vitais do
dia a dia.
Ransom... O quê?
Não existe melhor forma de de nir os ransomwares do que como “sequestradores digitais”.
Exatamente: eles são trojans que invadem o computador e impedem o acesso a documentos,
programas, aplicativos e jogos, “engessando” literalmente o usuário.
Internautas detonam
nova campanha da Vivo
no YouTube: “lixo”
há 3 dias
'Cara, cadê a rma?':
rapaz 'deleta' empresa
com linha de código
errada
há 3 dias
Todas essas barreiras são criadas através de criptogra a rigorosamente preparada e não podem ser
removidas com tanta facilidade. Os algoritmos RSA-1024 e AES-256, para desespero das vítimas,
trancam o computador sem dó nem piedade, compactando inúmeros arquivos em extensões ZIP com
senha ou anulando os seus formatos.
Prisão de dados
E como se safar desse problemão? Na maioria dos casos, pagando um resgate. Os próprios
malfeitores que desenvolvem as viroses sabem quem suas crias infectam e entram em contato (via
SMS, email ou no próprio arquivo compactado) com os responsáveis pela máquina, pedindo uma
quantia em dinheiro (a ser paga através de transferência eletrônica) para liberar uma senha capaz de
reviver as funções do sistema.
Mesmo assim, como saber se o sequestrador realmente está falando a verdade e não apenas
querendo extorquir, mais uma vez, a vítima? No nal das contas, essa pergunta acaba sendo
desconsiderada por aqueles que precisam retomar as atividades no PC e, dessa forma, os criminosos
cibernéticos lucram.
Infelizmente, em grande parte das vezes, o código liberado pelos bandidos não serve para nada,
restando às vítimas procurar outra maneira de desinfetar o computador. Além do golpe citado acima,
suspeita-se de que empresas especializadas em desenvolver softwares aptos a combater
ransomwares espalham alguns malwares por aí apenas para vender seus produtos — o que é o
cúmulo da falcatrua.
Não Entre Aki
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
GpCode atuando em um computador. (Fonte da imagem: ZDNet)
Vigaristas a solta
A primeira vez que um caso semelhante de sequestro digital foi catalogado data de 1989. Contudo,
somente em meados da década de 2000 que a palavra “ransomware” ganhou uma atenção especial,
particularmente devido a um malware que cou conhecido como Gpcode.
Em meio a tudo isso, as mais novas e prejudiciais formas de ransomwares também não são nada
amistosas e cam cada vez mais perigosas. Há vírus com poder altamente destrutivo (Gpcode.ax): em
vez de simplesmente criptografar o conteúdo de uma máquina, eles substituem os arquivos originais,
causando perda total dos dados e, mesmo com pagamento de resgate, di cilmente se consegue
recuperar alguma coisa.
Do outro lado, vários ocorridos em 2011 relatam sobre um elemento nocivo que engana os usuários
através de uma mensagem que alega falsidade no Windows. Junto ao texto, existe uma intimação
dizendo que é preciso pagar £ 100 para ativar novamente o sistema operacional e, no caso da quantia
não ser debitada nas 48 horas após o contágio, todo o conteúdo do computador será perdido.
Exemplo de decodi cador comprado dos criminosos. (Fonte da imagem: ZDNet)
Felizmente, isso é mentira — os aproveitadores usam a simulação apenas para chantagear e ganhar
em cima das vítimas, já que, mesmo passados os dois dias, nada acontece com a máquina. Quem paga
os sequestradores garante uma espécie de vacina contra o vírus, mas não extingue a possibilidade de
outro ataque vigarista.
Quem está por trás dos ransomwares?
Ao que tudo indica, os desenvolvedores fraudulentos são russos e usam endereços de IP da China —
pelo menos é o que serviços de inteligência conseguiram calcular. Através de nomes falsos e contas
virtuais hospedadas em serviços como E-Gold e Liberty Reserve, os estelionatários agem sem deixar
tantas pistas, comunicando-se com emails aleatórios.
Só para se ter uma ideia, os algoritmos bloqueadores presentes nos trojans atuais exigiriam, para uma
decodi cação completa, 15 milhões de anos de processamento em um computador atual. Até hoje,
ninguém conseguiu encontrar o nome do autor e fornecedor do GpCode.
Como se prevenir?
A melhor prevenção contra os ransomwares tem nome e fama: o backup. A cópia periódica de
arquivos importantes em uma unidade extra e segura garante que não haverá problemas maiores no
caso de uma infecção nos arquivos originais. Com a grande oferta de drives externos existentes, não
há desculpa para deixar o backup de lado.
(Fonte da imagem: System Up)
Apesar de não ser a principal propaganda dos programas de antivírus, a proteção contra esse tipo de
ameaça é integrada à maior parte dos softwares con áveis do mercado. Como os ataques mais
frequentes envolvem empresas, a cautela com a segurança deve estar em dia e a rede deve ser
monitorada constantemente.
...
Se você suspeita que esteja sendo vítima de algum ransomware, procure antes se informar sobre a
praga na internet — empresas de segurança digital já interceptaram alguns códigos e os dispõem
gratuitamente na web.
Dependendo do tipo e da agressividade da ameaça, um ponto de restauração do Windows também
pode reverter a situação. Entretanto, nada é melhor do que con ar em um software para backup
automático, atualizar sempre o antivírus e evitar comportamento de risco no navegador.
Os ataques são raros no Brasil, mas nada impede que algum torrent ou site malicioso contenha carga
viral apta a encriptar seus arquivos e atrapalhar muito a sua vida. Você já ouviu falar sobre este tipo
de virose? Já foi vítima de criminosos virtuais? Compartilhe sua experiência conosco nos
comentários abaixo.
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Como remover vírus de pendrive que converte arquivos e pastas em atalhos.
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