Salvador (BA) – Tombamento do Teatro Castro Alves é aprovado pelo Ministério da Cultura Sala principal do Teatro Castro Alves. Foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (19/9), uma portaria assinada pela ministra da Cultura, Marta Suplicy, que homologa o tombamento (TCA). do Teatro Castro Alves A definição ratifica a proteção do local pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). A decisão havia sido tomada pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, em novembro do ano passado, com a inscrição do teatro nos Livros do Tombo Histórico e das Belas Artes aprovada por unanimidade. Situado no bairro Campo Grande, em Salvador, o espaço do TCA tem formato de origami e sua estrutura foi executada pelo arquiteto José Bina Fonyat Filho na década de 1960. Composto por três pavimentos, o teatro é distribuído em uma sala principal com capacidade de abrigar 1,5 mil espectadores; a sala do coro, outros 200 e a concha acústica que consegue abrigar em torno de 5,5 mil pessoas. O teatro acolhe ainda dois grupos: a Orquestra Sinfônica da Bahia e o Balé do Teatro Castro Alves. A iniciativa de pedir o tombamento partiu do Sindicato dos Arquitetos da Bahia (Sinarq). História Fruto de uma antiga reivindicação da classe artística baiana, o Teatro Castro Alves foi criado para ser um dos palcos mais importantes do Brasil. Sua construção foi iniciada no governo de Antônio Balbino, sendo entregue à população em 1958, no dia 2 de julho. Sua inauguração estava prevista para o dia 14 de julho, mas na madrugada do dia 9, o TCA pegou fogo, num incêndio de causas até hoje desconhecidas, mas atribuídas a um curto-circuito na instalação elétrica. Projetado inicialmente pelos arquitetos Alcides da Rocha Miranda e José de Souza Reis em 1948, o Teatro foi reprojetado por José Bina Fonyat Filho e Humberto Lemos Lopes, com projeto destacado na ocasião com uma menção honrosa na 1ª Bienal de Artes Plásticas de Teatro em São Paulo, por sua arquitetura moderna e ousada. A construção ficou a cargo da companhia Norberto Odebrecht e foi entregue um ano depois, mas a inauguração do complexo foi adiada em nove anos após um incêndio. O TCA foi inaugurado em 4 de março de 1967 e teve a presença do então presidente da República Castelo Branco e do então governador, Lomanto Júnior. A construção do TCA Fonte: Tribuna da Bahia Porto Alegre (RS) – Acessibilidade é um dos focos da segunda fase das obras na Casa de Cultura Mario Quintana Além de uma reforma nos espaços internos, CCMQ terá filmes com audiodescrição para pessoas com deficiência visual. Restauração da fachada deve terminar em novembro, e conclusão total das obras pode se dar em 2015. Foto: Mateus Bruxel / Agencia RBS Tão logo saiam de cena tapumes e andaimes que escondem os reparos em andamento, a Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ) deve engatar a segunda etapa das obras que lhe devolverão ao público repaginada e em plenas condições de uso. Na primeira semana de outubro, deverá ser realizada no Ministério da Cultura (MinC) a reunião final para a liberação dos R$ 3,7 milhões a serem investidos em melhorias de instalações, equipamentos de som e luz e produção de conteúdo com foco na acessibilidade. Essa é a segunda parte do aporte de R$ 8 milhões do Banrisul, via Lei Rouanet. Os primeiros R$ 4,3 milhões tiveram como destino o restauro da fachada, de aberturas, esquadrias e do telhado, além de obras de impermeabilização. É o maior investimento em melhorias nos 24 anos da CCMQ. — Nossa estimativa é retirar os tapumes e dar por concluída a restauração externa na segunda quinzena de novembro — projeta Eduardo Vital, presidente da Associação de Amigos da Casa de Cultura. As obras internas, explica, devem ter início ainda em 2014: — Como fizemos na primeira etapa, só começaremos o trabalho com o dinheiro na conta, garantia de que ela será iniciada e concluída no prazo. Acredito, ainda sem um cronograma oficial, que a execução durará até oito meses. Para produzir conteúdo voltado a pessoas com deficiência visual foi contratado o Som da Luz, estúdio da Capital especializado em projetos audiovisuais com audiodescrição, também responsável pelos novos equipamentos de iluminação, climatização e sonorização dos teatros Bruno Kiefer e Carlos Carvalho e do auditório Luis Cosme. As melhorias atendem a reivindicações de longa data de público e artistas. — A audiodescrição de um filme é algo minucioso — diz Sidnei Schames, sócio do Som da Luz com Bruno Klein Jr. — O trabalho não pode interferir nos diálogos e nos efeitos sonoros do filme. Audiodescrição em filmes e livros Com a Casa de Cultura Mario Quintana repaginada, está programada para 2015 uma mostra com 34 clássicos do cinema brasileiro adaptados para pessoas com deficiência visual com o recurso da audiodescrição. Serão exibidos, com entrada gratuita, sempre às quartas-feiras, filmes realizados entre os anos 1930 e 2000, selecionados pelos críticos José Geraldo Couto e Gilnei Silveira. Entre eles, estão obras seminais como Limite (1931), Rio 40 Graus (1955) e Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964). Já a Coleção Mario Quintana Acessível contará com o registro fonográfico de poemas de Mario Quintana em CDs de livros falados (com leitura objetiva, sem interpretação). Serão produzidas mil caixas com 21 CDs cada, sendo 15 títulos com temática adulta (como Caderno H) e seis voltados ao público infantil (a exemplo de A Vaca e o Hipogrifo), selecionados por Elena Quintana, sobrinha do poeta. A coleção será distribuída gratuitamente para as bibliotecas da rede do Estado e entidades de deficientes visuais. As obras na CCMQ — Em dezembro de 2011, foi anunciado o patrocínio de R$ 8 milhões do Banrisul, via renúncia fiscal da Lei Rouanet, para restauração e melhoras na CCMQ. — A primeira etapa das obras, orçada em R$ 4,3 milhões, iniciou em junho de 2013 e tem previsão de conclusão em novembro de 2014. Os trabalhos envolveram o restauro de fachadas, janelas, esquadrias, portas e do telhado, além da impermeabilização de pontos sujeitos a infiltração de água. — A segunda etapa começará após a liberação de R$ 3,7 milhões restantes junto ao Ministério da Cultura, processo que deve ser aprovado em outubro. A previsão é de que as obras comecem ainda em 2014 e sejam voltadas para as instalações elétricas, a climatização e os equipamentos de som e luz dos teatros e do auditório. Também receberão investimentos a sinalização, a capacitação de pessoal e a produção de conteúdo voltado à acessibilidade, como filmes e livros com audiodescrição. Por Marcelo Perrone Fonte: Zero Hora Lei Rouanet autoriza FHC a captar R$ 6,2 mi Ministé rio da Cultura cede incentivo fiscal ao Instituto Fernando Henrique Cardoso para preservar e informatizar seu acervo; verba será destinada a digitalizar imagens, textos e objetos da vida do ex-presidente FHC e de familiares como o avô, Joaquim Ignácio Cardoso, e o pai, Leônidas Cardoso. O Instituto Fernando Henrique Cardoso foi autorizado pelo Ministério da Cultura a captar, pela lei Rouanet, de incentivo fiscal, cerca de R$ 6,2 milhões para dar continuidade ao processo de descrição, preservação e informatização de seu acervo. Segundo a colunista Mônica Bergamo, a verba será destinada a digitalizar fotos, vídeos, textos e objetos da vida de FHC e de familiares como o avô dele, Joaquim Ignácio Cardoso, e o pai, Leônidas Cardoso. Os programas educativos do Instituto, como o “Diálogos com um Presidente”, em que FHC conversa com alunos de escolas do ensino médio e de faculdades, também estão incluídos no pacote. No ano passado, o ex-presidente se tornou membro da Academia Brasileira Letras (ABL). Fonte: Brasil 247 Museu Histórico Nacional, no Rio, será ampliado após cessão de terreno Museu comemora centenário em 2022 e foi fundado por Epitácio Pessoa. Ele terá centro de referência em conservação e restauração. Museu Histórico Nacional. (Foto: Lau Torquato/Divulgação) Um terreno vizinho ao Museu Histórico Nacional, localizado na Zona Portuária do Rio, será liberado para que a ampliação do museu, que comemorará seu centenário em 2022. Pelo projeto do Ministério da Cultura, o futuro anexo do MHN abrigará as áreas museográfica e administrativa, a biblioteca e o arquivo histórico, possibilitando a implantação de um centro de referência em conservação e restauração, de um auditório de maior capacidade, de aumento das áreas de serviços ao público, além de novos espaços de exposição. O prefeito Eduardo Paes e a Ministra da Cultura Martha Suplicy assinaram protocolo de intenções de liberação do terreno vizinho. O MHN fica no Conjunto Arquitetônico da Ponta do Calabouço, que abriga o Forte de Santiago (importante unidade do sistema de proteção da colônia e posteriormente utilizado também como prisão de escravos) e a Casa do Trem (erguida em 1762 e destinada à guarda de armamentos). Criado em agosto de 1922, pelo presidente Epitácio Pessoa, o museu iniciou suas atividades com a Exposição do Centenário de Independência do Brasil. Ao longo de sua trajetória, formou o maior acervo sob a guarda do Ministério da Cultura e transformou-se em importante centro gerador de conhecimento. Fonte: G1 Rio Direito à Memória será tema de audiência pública realizada em Brasília (DF) No próximo dia 26 de agosto, formuladores e executores de políticas públicas, representantes do meio acadêmico e da sociedade civil estarão reunidos em Brasília para audiência pública promovida pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e Ministério da Cultura com o objetivo de discutir os desafios do setor público em relação às políticas públicas voltadas ao direito à memória. O evento que contará com a presença da Ministra da Cultura, Marta Suplicy, da presidenta do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico e Nacional (IPHAN), Jurema Machado, e da equipe do Departamento de Patrimônio Imaterial do Instituto, buscará identificar métricas e indicadores capazes de exprimir os resultados das políticas públicas na área, bem como os instrumentos utilizados para verificar o alcance das metas constantes do Plano Plurianual 2012-2015, do Plano Nacional de Cultura e do Plano Nacional Setorial de Museus que estejam relacionadas ao direito à memória. De acordo com a presidenta do IPHAN, Jurema Machado, a iniciativa é de extrema relevância pois buscará, de forma colaborativa, a construção de critérios transparentes e objetivos, capazes de embasar a avaliação dos resultados das políticas culturais, especialmente no que tange ao direito à memória. Para participar, o interessado poderá inscrever-se previamente por meio do endereço eletrônico http://www.tcu.gov.br/direitoamemoria ou no dia e local do evento. Contribuições também poderão ser enviadas para o email [email protected]. Confira aqui a programação. Fonte: IPHAN Portaria interinstitucional cria comissão especial para a obra de Aleijadinho Detalhe do Cristo carregando a Cruz: obra de Aleijadinho em Congonhas (MG). Divulgação/Internet Publicada no dia 18, no Diário Oficial da União, a Portaria Interinstitucional nº 1, de 14 de agosto de 2014, na qual o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), instituições vinculadas ao Ministério da Cultura (MinC), criam uma Comissão Especial de Assessoramento sobre a obra de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1738-1814). O objetivo maior da comissão será subsidiar as instituições federais sobre as medidas a serem adotadas para “consolidar e promover o conhecimento e a proteção da obra do artista”, como a atualização e consolidação da bibliografia e das fontes documentais existentes; a proposição de metodologia para a produção de catálogo geral da obra de Aleijadinho; além de orientações sobre o alcance jurídico dos estudos e das medidas sugeridas, dentre outras possíveis tendo em vista a valorização e a proteção da obra do artista barroco mineiro. A comissão será composta por três profissionais de notório reconhecimento dos temas, em especial nos aspectos histórico e artístico, tecnológico e jurídico institucional: Antonio Fernando dos Santos, Luciene Maria de Almeida Elias e Marcos Paulo de Souza Miranda. A historiadora da arte e membro do Conselho Consultivo do Iphan, Myriam Andrade Ribeiro de Oliveira, será consultora ad hoc da Comissão, orientando os trabalhos da comissão, assim como reportando os resultados ao Conselho Consultivo do Iphan e ao Conselho do Patrimônio Museológico do Ibram. A atuação dos membros da comissão, bem como da consultora ad hoc, será considerada prestação de “serviço público relevante” e não será remunerada. A comissão terá vigência de um ano e deverá apresentar relatórios parciais a cada três meses. O monitoramento das atividades desenvolvidas ficará a cargo dos diretores do Departamento de Processos Museais do Ibram e do Departamento de Patrimônio Material e Fiscalização do Iphan. Caberá ainda às duas instituições arcarem com todos os custos necessários ao funcionamento da comissão, envolvendo deslocamentos, reprodução de documentos e outros, desde que devidamente justificados. Fonte: IBRAM Casa da Pólvora, no Centro Histórico de João Pessoa (PB), fica pronta em setembro O “Parque Casa da Pólvora”, no Centro histórico de João Pessoa, será entregue no próximo mês, segundo garantiu ontem o prefeito da Capital, Luciano Cartaxo. As obras do projeto, que objetivam a revitalização do monumento e também transformar o local em um complexo cultural e turístico, tiveram início em outubro do ano passado. A intenção, de acordo com o prefeito, é fortalecer o turismo histórico da cidade. Duas obras de revitalização do Centro da Capital estão em curso: a do Parque Sólon de Lucena, e da Praça dos Três Poderes. O próximo passo será a Praça da Independência. Para a aplicação do projeto “Parque Casa da Pólvora” foram investidos R$ 1,3 milhão do Governo Federal, através do Ministério da Cultura, via Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e contrapartida da Prefeitura de João Pessoa. As obras incluem a restauração do prédio, que foi tombado em 2009 pelo Patrimônio Histórico Cultural Nacional, além da construção de um parque ecológico no entorno. O complexo contará com espaço para um café cultural, um teatro de arena (que funcionará como anfiteatro) e uma sede administrativa. No prédio da Casa da Pólvora haverá espaço para exposições. Dentro do local, o projeto previa a revisão do telhado e instalações elétricas e a restituição do piso em lajota cerâmica, além de tratamento paisagístico e de iluminação no entorno. De acordo com prefeito de João Pessoa, o maior investimento é a devolução do patrimônio histórico para a população. Fonte: bayeuxjovem.com.br Natal (RN) – Donos de imóveis tombados sem recursos podem acionar Iphan Arquivo Arquidiocesano está sob tutela do Instituto do Patrimônio. Foto: Adriano Abreu Além de responsável pela restauração do Forte dos Reis Magos, o Iphan-RN também acompanha recuperação do antigo Armazém Real da Capitania (primeira sede do Iphan na Cidade Alta) e o Casarão do Arquivo Arquidiocesano (imóvel também na Cidade Alta que teve parte da estrutura destruída após as fortes chuvas de março passado). Outros projetos estão sob tutela da UFRN (antigo Grupo Escolar Augusto Severo e edifício da Semut); da Prefeitura de Natal (Palácio Felipe Camarão e albergue municipal, antigo Hotel Central); e do Governo do RN (praças, Teatro Alberto Maranhão e Escola de Dança do TAM). Parte das licitações para tocar as obras que cabem ao Iphan-RN devem ser publicadas no mês de agosto, enquanto que o edital para restauração do Forte sai em setembro (essa é a expectativa) devido o grau de exigência. “As empresas precisam se preparar para atender o que estamos pedindo”, avisou o superintendente. O assunto voltou à tona semana passada (dia 18), após homologação do tombamento pelo Ministério da Cultura dos 28 hectares que compreendem o Centro Histórico de Natal – o processo iniciado em 2010 destaca 64 edificações de grande relevância histórica. “O MinC apenas oficializou. Agora nosso próximo o passo é realizar estudos individualizados dos imóveis e criar normativas para nortear como deve ser preservado, o que pode ser alterado e o que deve ser demolido”, disse Onésimo. Ele informou que 53% dos imóveis dentro da área tombada estão descaracterizados. “O tombamento em conjunto (caso do Centro Histórico natalense) não engessa e sim restringe, estabelece regras. Sei que nem sempre a preservação é voluntária, mas os proprietários dos imóveis tombados, que são responsáveis pela manutenção desse patrimônio, precisam considerar o interesse público por essa memória urbana”. Quem não tiver recursos para manter um imóvel deve informar ao Iphan-RN, que poderá assumir sua restauração a fundo perdido. O superintendente do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional do RN adiantou que estão nos planos incluir o tombamento do rio Potengi, “de margem à margem”, e junto com as normativas rerratificar (retificar e ratificar) a área tombada. Audiências públicas estão previstas para tornar o processo participativo. Fonte: Tribuna do Norte Museu Ferroviário de Tubarão (SC) “pede” socorro Foto: Divulgação/Notisul O Museu Ferroviário de Tubarão foi criado em 1997, com o objetivo de salvaguardar, preservar, conservar, divulgar, difundir e comunicar a memória ferroviária do sul do estado, por meio da história da extinta Ferrovia Dona Thereza Christina, hoje FTC. É uma entidade mantida pela Sociedade dos Amigos da Locomotiva a Vapor (Salv), presidido pelo médico José Warmuth Teixeira. Em laudo técnico solicitado pela direção do Museu, para avaliar o estado de conservação do acervo documental, o diagnóstico foi preciso: “se nada for realizado para a conservação do acervo, em três anos será irrecuperável”. Para a museóloga Silvana Silva de Souza, apesar dos esforços dos voluntários que trabalham em prol do museu, este tipo de acervo possui manutenção complexa e onerosa, que precisa de ajuda para poder ser mantido. “A instituição não possui patrocínio de empresas da região, embora tenha encaminhado ao Ministério da Cultura um projeto para captação de recursos para melhorar suas instalações e, com isto, atender o público visitante com qualidade, fato que, por enquanto, ainda não é possível. Ainda não há uma resposta do Ministério. Mesmo com ajuda federal, a direção do único museu do gênero na região, precisará de parceiros da iniciativa privada”, pede Silvana em entrevista para o jornal Notisul. A museóloga ainda revela que é necessário preservar o imenso conjunto de documentos históricos que contam a trajetória da ferrovia, nos seus 130 anos de funcionamento. “São documentos centenários que correm o risco de desaparecer, caso o museu não encontre apoio necessário para viabilizar o projeto em 2015”, avalia Silvana, que completa ao dizer que o material, em suma, trata uma parte fundamental da história da Cidade Azul e região, pouco pesquisada e que indica uma melhor compreensão sobre as mudanças no contexto sociopolíticoeconômico dos séculos 19, 20 e 21 do Brasil. Abandono A locomotiva da Praça Tereza Cristina está catalogada como pertencente ao acervo do Museu Ferroviário de Tubarão. Colocada como monumento público desde 1984, data do centenário da Ferrovia, necessita de restauração, pois sofre com a ação do tempo e precisa de reparos. A ferrugem é nociva à saúde. Entretanto, o museu não dispõe de recursos para sua reforma e considera como prioridade. A obtenção de recursos para o projeto de ampliação de área para a montagem dos laboratórios de tratamento adequado do acervo documental também está em pauta. Para o diretorpresidente da fundação de cultura e esporte da prefeitura, responsável pela locomotiva, José Acco Júnior, o poder público procura companheiros para viabilizar a correta manutenção do patrimônio histórico, mas não existe, ainda, qualquer viabilização eminente. Trem turístico Os passeios no trem turístico da ferrovia estão momentaneamente sem agenda. O motivo é a restauração de todo o comboio de vagões históricos, de 1940. Entretanto, em novembro, o Museu Ferroviário pretende retornar com as viagens pela região. Fonte: SulinFoco Ministério homologa tombamento de bairros históricos de Natal (RN) Regiões tombadas compreendem bairros de Cidade Alta, Ribeira e Rocas. Portaria do Ministério da Cultura foi publicada no Diário Oficial da União. Bairro da Ribeira é uma das regiões que foram tombadas em Natal. (Foto: Canindé Soares/G1) O Ministério da Cultura homologou o tombamento de regiões localizadas em bairros históricos de Natal. De acordo com o superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Rio Grande do Norte, Onésimo Santos, o tombamento compreende 28 hectares entre os bairros de Cidade Alta, Ribeira e Rocas, todos na Zona Leste. A portaria foi publicada no Diário Oficial da União desta sextafeira (18). O superintendente do Iphan explica que as áreas estão tombadas desde 2010, mas a homologação publicada no Diário Oficial da União representa a finalização do processo. “A última martelada. A partir de agora, vamos estabelecer a normativa com critérios para reformas, demolições ou novas construções”, detalhou. Ainda segundo Onésimo Santos, os proprietários das construções que estão dentro da área tombada já podem procurar a Caixa Econômica Federal para financiamentos que visem a reestruturação dos prédios. “Há uma linha de crédito especial para esses proprietários, que já foram identificados”, afirma. Entre as edificações que estão no perímetro tombado, estão o Teatro Alberto Maranhão, as igrejas do Galo, do Rosário e a antiga Catedral, o Museu Café Filho e a Pinacoteca do Estado. “Esses dois últimos já são tombados desde os anos 60. O teatro teve processo de tombamento iniciado, mas interrompemos depois que o Ministério da Cultura aprovou este por região”, disse. Fonte: G1 RN