magazine - Conservatório de Tatuí

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ENSAIO
MAGAZINE
Revista Cultural do Conservatório de Tatuí - Outubro/2009 - Ano V - nº 54 - Distribuição Gratuita
22º Fetesp: festa
do teatro em Tatuí
‘O Estrangeiro’, com Guilherme
Leme, encerra evento dia 18
Pianistas em destaque
Concurso Nacional e Encontro
Internacional reúnem instrumentistas
Torneio Cururu Vivo
Repentistas competem na Concha
Acústica, que terá shows especiais
Efemérides - 2009
EXPEDIENTE
GEORG FRIEDRICH HAENDEL
(* Halle, 1685, + Londres, 1759) 250 anos de falecimento
Prof.Dr. Henrique Autran Dourado
Diz-se que Beethoven era
tão famoso em Viena, e tão
pouco apegado a moradias
(36 mudanças, só naquela
cidade) e objetos, que disse
para os amigos que, quando
escrevessem para ele, apenas
endereçassem: “Beethoven,
Viena”. Mas o talvez músico
mais nômade do passado,
Georg Friedrich Haendel
(em alemão, Händel),
criado por família humilde
- pai artesão, carpinteiro e
barbeiro - o queria nas letras
jurídicas; passou então a
estudar música e compor
escondido. A família,
conformada, levou-o a
estudar com Zachow,
organista de sua Halle natal.
Logo aos 17, passou a organista mas decidiu-se, pouco depois,
pela a enevoada Hamburgo, cidade do norte alemão de grande
tradição organística. Abraçou também o cravo e o violino,
que lhe melhoraram as condições de sustento após o ingresso
na Ópera local, onde, finalmente, aos 20 anos, terminou por
estrear suas óperas“Almira”e“Nero”.
Apenas um ano depois, lança-se à Itália, onde dividiu seu
tempo entre Venezia, Napoli, Roma e Firenze, durante 3
anos. Lá, entre diversas obras, aprendeu a lidar com a língua
italiana, que lhe abriria maior espaço no mundo operístico
(o escritor e crítico Stendhal[1] dizia, jocosamente, que no
passado nenhuma ópera poderia ser escrita senão à sombra
do Vesúvio, na Itália).
Aos 25, Haendel segue para Hanover, na Alemanha, onde
foi nomeado Mestre de Capela do Príncipe Eleitor. Tardou
pouco para receber – e, claro, aceitar rapidamente – convite
para Londres, onde estreou sua ópera “Rinaldo”. Volta
a Hanover, onde pela segunda vez pede licença do cargo,
retornando a Londres no ano seguinte. Uma festa magnífica
no rio Tâmisa, contratada por Jorge I, rendeu-lhe, além de
bons estipêndios, uma fama que só continuaria a crescer no
solo europeu: a esplendorosa “Música Aquática”.
Passando a trabalhar para o Conde de Carnarvon, em
Edgware, compôs inúmeros hinos (anthems) segundo a fiel
tradição da Igreja Anglicana. No final dos anos 1910, um
conglomerado de poderosos locais forçou a adoção do modelo
italiano para a ópera inglesa – haja vista a célebre frase de
Stendhal citada anteriormente. Na parceria, a imponente
Royal Academy of Music, de Londres. Logo nomeado diretor
da instituição, buscou na progressiva Dresden músicos e
cantores para sua Academia. Assim, seguiram-se as óperas
“Radamisto”, “Ottone”, “Giulio Cesare” e diversas outras.
Entre os melhores cantores
da Europa, trouxe à sua
Londres de adoção o
castrato[2] Senesino e a
soprano Cuzzoni. (Alguns
tratados sérios relatam
um episódio em que
Haendel teria tentado,
após desavenças em um
ensaio, atirar a cantora de
sobrenome sugestivo pela
janela).
Na agitação da vida
londrina, compôs ainda
“Esther”, e, viajando mais
uma vez para Oxford, um
oratório, “Athala”. Após
outra viagem, desta vez
para Dublin, escreveu
o magnífico “Messias”,
cujo sucesso o fez voltarse para o gênero, abandonando de vez a música operística.
Mergulhou no Antigo Testamento, que lhe deu assunto para
muitos outros oratórios, como “Balthasar”, “Solomon” e
“Joshua”. Entre inúmeras outras obras, já vitimado por
uma crescente cegueira, ainda compôs “Jephtha” e “O
triunfo do tempo e da verdade”, sem abrir mão de empregar
ideias antigas suas, e, frequentemente, até mesmo de outros
compositores.
Reconhecido como verdadeiro inglês, Haendel morre
aos 74 anos e é enterrado com todas as honras na Abadia de
Westminster, um símbolo do Império Britânico. À família,
sua herança reservou pouco mais de nada. (O testamento,
escrito em inglês bastante sofrível, não faz menção a
mulheres, das quais sua vida não deixou vestígios – o maior
quinhão, ironicamente – ou, como diriam os franceses, “et
pour cause”- ficou para seu criado).
A obra de Haendel é vastíssima: desde suas mais de cem
cantatas, quarenta óperas, trinta oratórios, mais de duas
dezenas de concertos e inúmeras outras criações de diversas
formas e gêneros. Sua genialidade e fama ultrapassaram
os tempos, e seu vulto é cultuado por todos até os dias de
hoje. Dois séculos depois, sua casa em Londres teve como
vizinho tardio um seu fã declarado, falecido há 40 anos, hoje
considerado o maior guitarrista de todos os tempos: Jimi
Hendrix.
[1] Stendhal
Stendhal: pseudônimo do escritor e crítico francês Marie-Henri Beyle
(1783 – 1842).
[2] Castrato é o homem jovem ou adulto que, na maioria das vezes, tinha
as genitálias esmagadas para que, decaindo a produção do hormônio
testosterona, mantivesse uma voz feminina de grande riqueza, muito
apreciada na época.
Prof. Dr. HenriqueAutran Dourado é Diretor Executivo daAACT
Governo do Estado de São Paulo
José Serra - Governador do Estado
João Sayad - Secretário de Estado da Cultura
Ronaldo Bianchi - Secretário-Adjunto
Sérgio Tiezzi - Chefe de Gabinete
CarlaAlmeida Carvalho - Coordenadora da Unidade de Formação Cultural
Conservatório de Tatuí - AACT
Cristiano Guimarães de Camargo
Presidente do Conselho de Administração
Conselho de Administração
Alcely Aparecida Araújo
Carlos Henrique Carvalho
Cimira Cameron
Deise Juliana de Oliveira
Edson Luiz Tambelli
Fabiano Gava
Gil Jardim
Jorge Rizek
José Everaldo de Souza
Marcos Fernandes Pupo Nogueira
Raquel Fayad Delázari
Ricardo Simões
Henrique Autran Dourado - Diretor Executivo
Dalmo Magno Defensor - Diretor Administrativo e Financeiro
Erik Heimann Pais - Assessor Artístico
Antonio Tavares Ribeiro - Assessor Pedagógico
Rodrigo de Resende Patini - Assessor Executivo
Analista de Marketing - Fernanda Ap. Sancinetti
([email protected])
Jornalista Responsável - Deise Juliana de Oliveira - Mtb 30803
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Programador Visual - Paulo Rogério Ribeiro
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Ilustração (colaboração especial) - Éder Bispo Alcântara
Ensaio Magazine é uma publicação do Conservatório Dramático
e Musical “Dr. Carlos de Campos” de Tatuí, gerido pela Associação de
Amigos do Conservatório de Tatuí, qualificada como Organização Social
da Área de Cultura no Governo do Estado de São Paulo por ato do Senhor
Governador, de 12/12/2005, publicado no DOE de 13/12/2005 - Seção I.
Este informativo foi produzido para distribuição gratuita, financiado
por meio de apoio cultural de empresas e parceiros cujos anúncios estão
publicados nas páginas seguintes.
Tiragem: 3.000 exemplares
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Informações: (15) 3251-4573 www.conservatoriodetatui.org.br
Fotos: Conservatório de Tatuí/Divulgação
Workshop inédito no Conservatório
Aula e concerto de piccolo ressaltam importância do instrumento na área das madeiras
No último dia 18 de
setembro, o Conservatório de
Tatuí teve a oportunidade de
prestigiar, pela primeira vez
em sua história, um workshop
de piccolo (flautim) ministrado
pelo professor e solista Michel
de Paula (Brasil/Suíça). Vários
alunos e professores do curso
de flauta transversal, além de
ter tido a oportunidade de
participar de uma atividade
inédita, foram presenteados,
juntamente com o público do
Teatro Procópio Ferreira, com Michel de Paula e grupo de alunos de flauta transversal
uma bela execução do Concerto
para Piccolo Op. 50, de Lowell Liebermann possui suas peculiaridades como a afinação,
acompanhado da Orquestra Sinfônica do sistema de digitação (chaves menores),
Conservatório de Tatuí.
características de som especificas, entre
“Este foi sem dúvida um evento outras, que fazem deste, um instrumento
importantíssimo para os alunos e professores à parte e não apenas um complemento para
desta instituição, tendo em vista que o um flautista”, disse o coordenador da área
piccolo, mesmo sendo um instrumento de sopros (madeiras) e professor de flauta
da família das flautas, muito próximo da transversal Otávio Blóes.
flauta transversal moderna (orquestral),
Segundo Blóes, para o aprendizado
do piccolo, devido a estas
peculiaridades do instrumento
e
dificuldades
técnicas,
aconselha-se primeiramente o
estudo da flauta transversal,
principalmente por ser um
instrumento que exige do
aluno características técnicas e
estruturais muito similares, mas
com condições de aprendizagem
mais acessíveis, como a
embocadura e a digitação.
Na atualidade, nas principais
orquestras e bandas sinfônicas
do mundo o Piccolo é
considerado um instrumento
solista, levando-o a uma posição
importantíssima dentro destes grupos,
exigindo assim, cada vez mais instrumentistas
especializados: os piccolistas.
“Agradecemos o apoio e o empenho
da direção do Conservatório de Tatuí em
propiciar aos alunos desta instituição eventos
de cunho pedagógico de tamanha grandeza e
importância”, destacou Bloes.
Isaura Melo e Rafael Felix Migliani: finalistas do Prelúdio em 2008
Desde que foi criado, o programa
Prelúdio recebe anualmente alunos e
ex-alunos do Conservatório de Tatuí –
não raro, eles são finalistas, como o que
aconteceu no último ano, quando a flautista
Isaura Melo e o saxofonista Rafael Migliani
chegaram à finalíssima da competição.
Em 2009, o número de candidatos
selecionados que são vinculados à escola
de música sediada em Tatuí atingiu seu
recorde: são três alunos e dois ex-alunos.
Passaram pela triagem e participam
do programa musical que une música
clássica ao tradicional formato de show
de calouros os alunos Jonathan Garcia
(saxofone alto, integrante da Big Band
Jovem do Conservatório de Tatuí), Maikel
Morelli (saxofone, integrante da Banda
Sinfônica do Conservatório de Tatuí) e
Victor Rolim (flauta), além do ex-aluno
Marcus Toscano (violão) e Heri Brandino
(marimba).
Ao todo, são 23 candidatos, todos
jovens músicos – instrumentistas,
cantores e regentes - de até 25 anos,
que têm a oportunidade de apresentar
seu talento como solista de uma grande
orquestra profissional sob a regência do
maestro Júlio Medaglia, idealizador e
diretor artístico do programa, responsável
também pela pré-seleção dos calouros.
Os participantes foram selecionados
entre 240 inscritos e tiveram diferentes itens
avaliados - o que inlcui, também, performance
- por uma comissão especializada.
A escolha dos participantes é feita através
da análise do currículo e do material gravado
enviado pelos aspirantes. Ao final de cada
programa, um júri composto por músicos,
críticos e especialistas escolherão o melhor
entre os calouros. São oito eliminatórias,
duas semifinais e a grande final.
O programa Prelúdio está na sua
quinta temporada e é apresentado pela
jornalista Estela Ribeiro e pelo regente
Júlio Medaglia. Durante onze etapas, os
candidatos se apresentam com a orquestra.
O vencedor será solista de um concerto
especial e ganhará uma Bolsa de Estudos
na Alemanha, patrocinada pelo Instituto
Goethe.
As eliminatórias da quinta temporada
serão gravadas até 31 de outubro. As
exibições iniciaram no último dia 27 de
setembro e seguem até dia 6 de dezembro,
aos domingos, a partir das 14h. A grande
final, será ao vivo, o que garante uma
emoção a mais entre os participantes.
Participar do concurso é uma forma de
expor seu talento em nível nacional, além de
interagir com instrumentistas de diferentes
pontos do país e ser avaliado por músicos
reconhecidos no cenário nacional.
Na quarta eliminatória, gravada no
último dia 19 de setembro, o percussionista
Heri
Brandino
(formado
pelo
Conservatório de Tatuí e atual integrante
do Grupo de Percussão do Conservatório
de Tatuí) classificou-se para as semifinais
da competição. A gravação vai ao ar no dia
11 de outubro.
ENSAIO Magazine
3
Ensaio Pedagógico
Conservatório de Tatuí com cinco representantes
no programa ‘Prelúdio’, da TV Cultura
Ensaio Artístico
‘Cururu Vivo’ premiará
melhores no Estado
Torneio acontece nos dias 8, 11 e 22 de novembro; Antonio Nóbrega,
Orquestra Paulistana de Viola Caipira e Almir Sater são atrações em Tatuí
“Me falô os antepassado / De uma lenda que
existiu: / Santo Onofre e São Gonçalo / Um dia
esses dois reuniu. / Da barba de São Gonçalo /
Retiraram 12 fio; / Encordoaro na viola / Com toêra
e canotio. / Desse dia por diante / Foi que o cururu
existiu”. O repente de Pedro Chiquito, registrado no
LP “Cururu Antigo”, de 1960, abre o regulamento
do 1º Torneio Estadual “Cururu Vivo”, evento
que será promovido pelo Govenro de São Paulo,
por meio do Conservatório Dramático e Musical
“Dr. Carlos de Campos” de Tatuí e com apoio da
Secretaria Municipal de Cultura, Turismo, Esportes,
Lazer e Juventude do Governo Municipal, nos
dias 8, 11 e 22 de novembro, a partir das 17h. O
torneio distribuirá prêmios em dinheiro e contará
com shows dos artistas Antonio Nóbrega e Septeto,
Orquestra Paulistana de Viola Caipira e Almir Sater,
todos na Concha Acústica Spartaco Rossi em Tatuí,
a 130km de São Paulo.
A iniciativa, pioneira, acontecerá em três fases
distintas, com objetivos de proteger e difundir
as manifestações da tradição, da memória e da
diversidade cultural do interior paulista, em caráter
competitivo. O torneio quer estimular a difusão do
Cururu do Estado de São Paulo, visando à integração,
intercâmbio e congraçamento entre os cururueiros,
multiplicação do conhecimento, divulgação da
cultura popular de raiz do Estado de São Paulo e do
gênero como forma legítima de expressão da raiz
da música brasileira, a ser preservada em nome das
legítimas e ricas manifestações populares.
Para participar do Festival, os integrantes das
duplas de cururu deverão ser residentes no Estado
de São Paulo. O I Torneio Estadual “Cururu Vivo”
receberá inscrições exclusivamente das secretarias
municipais de cultura do Estado de São Paulo até
o dia 15 de outubro. Cada município deverá ser
representado por apenas uma dupla, escolhida
a critério de sua Secretaria ou Departamento de
Cultura, por aclamação, sugestão, votação ou
seleção.
As inscrições de cada cidade deverão ser
acompanhadas de uma fita VHS ou DVD com
apresentação de uma rodada (baixão, réplica e
tréplica) sobre o tema “Minha Cidade”, discorrendo
e debatendo sobre o município de origem da dupla,
empregando a carreira do “A”. O material será
avaliado por uma comissão e oito duplas serão
selecionadas para a etapa semifinal.
Nas semifinais, que acontecem nos dias 8 e 15 de
novembro, as oito duplas selecionadas, divididas
em quatro por cada dia, farão seus embates com
tempo de 24 minutos para cada dupla. No dia 8,
após o torneio, haverá show com Antonio Nóbrega
e Septeto. Já no dia 15, a atração será a Orquestra
4 ENSAIO Magazine
Paulistana de Viola Caipira, sob regência de Rui
Torneze.
A grande final acontecerá no dia 22 de
novembro, às 17h, com tempo cronometrado
de 15 minutos para cada dupla, sendo que
as carreiras serão igualmente sorteadas para
cada dupla escolhida, dentre três das mais
tradicionais, ou seja, carreiras do Sagrado, de
S. João e do “A”. Nesse dia, o público também
poderá acompanhar show do cantor Almir
Sater.
As duplas terão avaliados itens como
abertura (baixão), interpretação, afinação,
ritmo/entrosamento com o violeiro e
presteza na resposta e na sequência do tema
sorteado.
Os
quatro
finalistas
escolhidos
receberão troféus e prêmio em dinheiro,
respectivamente,
nos
valores de R$ 1.000,
R$ 800, R$ 600 e R$
400, do primeiro
ao quarto lugar.
Com o objetivo
de
valorizar
e incentivar a
criatividade
dos
cururueiros de Tatuí
- cidade sede de
realização do evento
– será conferido o
Prêmio
Horácio
Neto, na forma
de destaque
individual.
Prorrogadas inscrições ao II Concurso
Nacional
de
Luteria
‘Enzo
Bertelli’
Luthiers dos três melhores violinos receberão prêmios que somam
R$ 18 mil; inscrições podem ser feitas até o dia 20 de outubro
O Conservatório de Tatuí prorrogou as inscrições à segunda
edição do Concurso Nacional de Luteria “Enzo Bertelli” até o
dia 20 de outubro. O evento distribuirá um total de R$ 18 mil
aos construtores dos três melhores violinos. Os campeões serão
anunciados em 29 de outubro, durante apresentação especial, no
teatro “Procópio Ferreira”, na qual os instrumentos vencedores
serão utilizados.
O concurso de luteria – único do gênero no país – foi idealizado
por Henrique Autran Dourado, diretor executivo do Conservatório
de Tatuí. Ele tem como objetivo estimular e divulgar a criatividade
e vocação de artistas que se dedicam à construção de instrumentos
de cordas como forma de expressão artística.
Podem participar do concurso luthiers empregados,
profissionais ou amadores, sem distinção de nacionalidade ou
idade. Para se inscrever, o candidato deve acessar a ficha de inscrição
no site www.conservatoriodetatui.org.br e enviá-la, preenchida
e acompanhada de cópia de RG/RNE e CPF, a Conservatório de
Tatuí (Rua São Bento, 415, Centro, Tatuí – SP, CEP 18270-820). A
taxa de inscrição custa R$ 52. Também é possível efetuar inscrição
pessoalmente no Conservatório de Tatuí.
Os instrumentos concorrentes podem ser encaminhados à escola
de música até o dia 20 de outubro, sendo que cada candidato pode
concorrer com até dois instrumentos.
Os violinos serão submetidos a duas avaliações, sendo uma
construtiva e outra acústica, ambas realizadas por um júri formado
por profissionais renomados das áreas de Luteria e Música, o qual
atribuirá uma pontuação para cada instrumento avaliado. Serão
avaliados o nível técnico (cortes, entalhes, encaixes, colagens,
etc.), montagem (cavalete, cravelhas, estandarte, espelho, altura
e distanciamento de cordas, etc.), qualidade do verniz (tipo, cor,
transparência, aplicação, etc.), acabamento e estilo, timbre,
potência e projeção sonora, equilíbrio entre as cordas e facilidade
de execução.
O construtor do melhor instrumento receberá prêmio no valor
de R$ 8 mil. O segundo colocado receberá R$ 6 mil e o terceiro, R$
4 mil. Todos também receberão medalhas.
O Concurso Nacional de Luteria presta homenagem a Enzo
Bertelli, professor que instituiu o curso no Conservatório de Tatuí
e desenvolveu intensas pesquisas para a utilização de madeira
brasileira na fabricação de instrumentos de cordas. Em sua
primeira edição, realizada no ano passado, o concurso foi vencido
pelo capixaba Marcus Vinícius Fachinetti Nascimento, da cidade de
João Neiva. Na segunda colocação ficou Marcos Schmitz, de São
Paulo, e, em terceiro, Carlos Javier Gorveña Salles, residente em
Tatuí. O regulamento do concurso pode ser acessado no site www.
conservatoriodetatui.org.br.
Concurso Interno de Piano: competição
com 120 candidatos
Bloes, Déborah Melissa dos S. Kerber, Eliana Wagner, Fanny
de Souza Lima, Juliano Kerber, Leila Mutanen Tai, Lúcia
Elizabeth P. Galvão, Luis Carlos Morales Sanches, Marina
Aparecida de C. Campos, Marisa A. Gurgel Vicente, Miriam
Braga G. H. Pais e Zoraide Mazzulli Nunes.
As bancas julgadoras foram compostas por profissionais
do Conservatório de Tatuí, a saber os professores Antonio
Ribeiro (assessor pedagógico) e Erik Heimann Pais (assessor
artístico), maestro Dario Sotelo e os professores Helena
Scheffel, Érica Masson, Ronaldo da Silva, Regina Orsi, Sueli
Poppi, Eduardo Maurício Gobi, Irene de Almeida, Juliano de
Piano Solo
I Turno (1º e 2º semestres)
1º lugar – empate: Ana Luiza Xavier C. Philippi e Gabriel Zitelli Dantas
2º lugar – empate: Milene G. S. Antunes e Julia Rodrigues Nunes
3º lugar – empate: Regina C. Bevevino e Evelyn Nicole Sette
Menções Honrosas: Bruna Estelita R. Vasconcelos, Isabela O. Moraes e Giovana B. Cintra
Arruda Campos, Milena Leme Lopes, Thaís Helena Valim e
Dayane Rodrigues.
Os vencedores do concurso serão premiados durante o V
Encontro Internacional de Pianistas e os primeiros colocados
de cada turno farão um recital especial no evento.
O concurso foi considerado um sucesso pela coordenadora
da área de piano Cristiane Bloes, que agradece: à direção e
assessorias pedagógica, artística e executiva pelo apoio, aos
professores pelo empenho e dedicação, aos componentes das
bancas julgadoras e a todos os funcionários do Conservatório
de Tatuí pelo empenho e dedicação aos trabalhos de apoio.
VI Turno (11º e 12º semestres)
1º lugar – Rebeca Rodrigues da Cruz
2º lugar – Fernando Elias Biral
3º lugar – Luis Gustavo Bueno
VII Turno (13º e 14º semestres)
1º lugar – Felipe de Souza
2º lugar – Bruna Antunes Ferreira
3º lugar – Andréa Grecco Bretherick
II Turno (3º e 4º semestres)
1º lugar – Igor Raul L. de Castro
2º lugar – empate: Mariana C.Hessel, Gustavo Henrique Silva e Gabriela Figueiredo Campos
VIII Turno (15º e 16º semestres)
3º lugar – empate: Isabelly Rosa Pereira e Marcela Camargo Fantone
1º lugar – Tiago Eduardo Campos
Menção Honrosa – Mariana Gramuglia
2º lugar – Marina Florenzano Gimenez
III Turno (5º e 6º semestres)
3º lugar – Viviane C. Sayão
1º lugar – empate: Milene de Souza Dias e Hélio Nunes Vieira Junior
IX Turno (17º e 18º semestres)
2º lugar – Daniel Ferreira Duarte
1º lugar – Felipe Melo
3º lugar – Carlos Alberto de Moraes Machado
Melhor Intérprete de Música Brasileira: Ana Paula Malavolta Luz e Melissa Gabriel de Barros 2º lugar – Pedro R. N. Guimarães
Melhor Intérprete de Bach – Gabriel Gonçalves Veagnoli
Categoria Quatro Mãos
Menção Honrosa – Gabriel Gramuglia
I Turno
1º lugar – empate: Duo Julia Rodrigues Nunes e Milene de Souza Dias
IV Turno (7º e 8º semestres)
Duo Evelyn Nicole Sette e Franciellen de Almeida Sette
1º lugar – empate: André Oliveira Françani e Ramsés Russini
2º lugar – Caroline Aline Garófalo
II Turno
3º lugar – Karina Hadassa
1º lugar – Duo Ana Luisa Santana de Souza e Estella Braga Guimarães Pais Heimann
Melhor intérprete de Música Brasileira – Nicole Bueno Mendes
2º lugar – Duo Jocimara dos Santos Geraldi e Nicole Bueno Mendes
Menção Honrosa – Estela Braga G. Pais Heimann
3º lugar – Duo Francine de Moraes Dias e Ariany Martins Santana
V Turno (9º e 10º semestres)
III Turno
1º lugar – empate: Carlos Alberto S. Filho e Anisteli F. C. Oliveira
1º lugar - Duo Rebeca Rodrigues da Cruz e Luis Gustavo Bueno
2º lugar – Cíntia M. dos Santos Pedro
2º lugar – Duo Pablo Palácios e Danilo Martins
3º lugar – Tiago Campos Araújo
Melhor Intérprete de Villa-Lobos - Driele F. de S. Rodrigues
IV Turno
Menção Honrosa – Francine de Moraes Dias
1º lugar – Duo Natasha de Camargo Ferrari e Danilo Martins
ENSAIO Magazine
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Ensaio Artístico
Concluído no último dia 27 de setembro, o Concurso
Interno de Piano do Conservatório de Tatuí reuniu 120
candidatos. Com objetivos de estimular a execução pianística
e compartilhar conhecimentos, o concurso foi coordenado pela
professora Cristiane Bloes. Uma verdadeira maratona que uniu
professores de diferentes áreas nas bancas julgadoras e deu aos
estudantes a oportunidade de mostrar o resultado de tanto
estudo.
Atuaram no concurso todos os professores da área de piano
do Conservatório de Tatuí: Ana Ingrid L. de Almeida, Ana
Maria Teixeira de Almeida, Carlos Roberto Moraes, Cristiane
Aluna de piano vence concurso em Curittiba
A pianista Rebeca Rodrigues da Cruz, aluna
do professor Juliano Kerber, recebeu o prêmio de
“Melhor Intérprete de Música Brasileira” no terceiro
turno do VII Concurso de Piano “Professora Edna
Bassetti Habith”, realizado no último dia 12, na
cidade de Curitiba-PR. Na banca julgadora estiveram
renomados pianistas como Antonio Bezzan, Ingrid
Seraphim e Margaret Amaral de Andrade.
Professora do Conservatório no Maranhão
A professora de canto lírico
Suely Freitas foi convidada a
integrar o júri do 13º Mara
Canto, Mostra Maranhense de
Canto Lírico. O evento aconteceu
de 15 a 18 de setembro, no Teatro
Arthur Azevedo, em São Luís.
O concurso é reconhecido nacionalmente na área de
canto e recebe participantes de todo o país, sendo
realizado em diferentes categorias.
Semifinalistas do Festival Sesi visitam Tatuí
Os vinte semifinalistas
do Festival Sesi de Música
visitaram na quinta-feira,
17, o Conservatório de
Tatuí. A visita fez parte da
programação oficial do
evento realizado na cidade vizinha de Itapetininga e
incluiu, ainda, oficinas de técnica e interpretação vocal.
Na visita, divididos em dois grupos, os artistas – todos
funcionários do segmento industrial – conheceram as
dependências da escola e o funcionamento das aulas,
sendo recebidos pela colaboradora Isabel Costa. Os
semifinalistas apresentaram-se nos dias 19 e 20 de
setembro e os dez selecionados farão a grande final em
Brasília, no próximo mês. No corpo de jurados da fase
semifinal estiveram Mario César Chagas, Alexandre
Bauab Junior (coordenador da área de choro do
Conservatório de Tatuí) e Paula Molinari.
Ensaio Notas
Em Nova Iorque
Marcelo “Bambam” da
Silva, professor de trombone
do Conservatório de Tatuí
e integrante da Orquestra
Sinfônica do Conservatório de
Tatuí, participará da Orquestra
Bachiana
Filarmônica
em
concerto especial na cidade de
Nova Iorque (Estados Unidos).
Sob regência de João Carlos Martins, o concerto será
realizado no Lincoln Center, com solos do pianista Dave
Brubeck (considerado uma lenda do jazz) e de seu filho,
o trombonista Chris Brubeck. O concerto será no dia
2 de outubro – após a apresentação da Filarmônica de
Nova Iorque - e os 2.300 ingressos foram esgotados num
único dia. O instrumentista do Conservatório de Tatuí
participará do concerto numa das mais importantes
salas do mundo. Outra integrante da orquestra,Adriana
Schincariol, formou-se em viola no Conservatório de
Tatuí. No programa, estão as obras “Ouverture Opera
Amazonia”, de Mateus Araujo, “Bachiana Brasileira
No. 7”, de Villa-Lobos, “Theme for June”, de Howard
Brubeck e “Concerto para Trombone e Orquestra”, do
próprio Chris Brubeck.
São Luiz do Paraitinga recebe Semana da Canção
A estância turística de
São Luiz do Paraitinga
recebeu, entre os dias 21 e
27 de setembro, a 3ª Semana
da Canção Brasileira.
Sob curadoria da cantora
Suzana Salles, realização da
Secretaria de Estado da Cultura e Conservatório de
Tatuí, o evento ocorreu seguindo três eixos principais:
6 ENSAIO Magazine
História da Música Popular, Educação Musical no
Brasil e Poesia na Canção. Para isso, foram planejados
núcleos de atividades que contemplam a formação,
por meio de oficinas, para adultos e crianças; fomento,
com um festival que destaca novos compositores; e a
difusão, através dos shows de grandes nomes como
Luiz Melodia, Zélia Duncan, Almir Sater, Cordel do
Fogo Encantado e o projeto Três Meninas do Brasil,
com Rita Ribeiro, Teresa Cristina e Jussara Silveira.
Foram mais de 30 eventos gratuitos ligados à canção
popular durante uma semana, num dos principais
polos turísticos do estado. Dentre as personalidades
participantes, estiveram nomes como Luiz Melodia,
Zé Miguel Wisnik, Zélia Duncan, Pena Branca, Rita
Ribeiro, Teresa Cristina, Paulinho Boca de Cantor,
Almir Sater, Arthur Nestrovski, Chico César e
Passoca, entre outros.
Isaura Melo na Europa
A estudante de flauta
Isaura Melo, 19, aluna do
professor Edson Beltrami,
participou nos últimos
meses de julho e agosto
de festivais na Itália e
Alemanha. Em julho, Isaura freqüentou as aulas
da Academia Musicale Chigiana, em Siena, na
Itália, onde esteve pela primeira vez. Lá, a flautista
acompanhou aulas durante duas semanas e foi
premiada com uma bolsa de estudos, sendo a única
brasileira entre todos os mais de 100 instrumentistas
que participaram do festival. Isaura teve aulas com o
francês Patrick Gallois (professor do Conservatório
de Paris). Da Itália, Isaura seguiu direto para a
Alemanha, onde participou do Festival Jovem de
Bayreuth, pela segunda vez consecutiva, participando
de aulas de música de câmara. De volta ao Brasil,
em setembro, ela participou do Festival da Abraf
(Associação Brasileira de Flautistas), que aconteceu
em Uberlândia.
Sinfônica protagoniza acontecimento raro
No último mês de
setembro a Orquestra
Sinfônica do Conservatório
de Tatuí realizou concerto
com um violinofone. O
instrumento raro foi
utilizado na obra“Uirapurú”, de Villa-Lobos. A obra
Uirapurú foi classificada pelo próprio compositor
como “poema sinfônico e bailado”, sob inspiração
de uma lenda indígena. Uirapurú é escrita para
grande orquestra, duas harpas e piano, e um enorme
arsenal de percussão. Acrescenta no final um raro
instrumento, do qual supõe-se existirem apenas raros
exemplares no país: o violinofone, instrumento de
cordas e arco dotado de uma campana, dotando-o
de som alto e estridente. A invenção é creditada por
alguns ao alemão Wunderlich, em 1910, e por outros
a um músico da Sinfônica de Londres, em 1901.
O instrumento foi gentilmente cedido para esta
apresentação pelo colecionador Ivan Guimarães e foi
utilizado pela primeira vez no Conservatório de Tatuí.
como as formas interpretativas são repensadas e
pesquisadas de acordo com a época e a origem das
composições. A homenagem à Ricardo Kanji foi um
dos pontos altos do evento. Outro ponto alto foram
as inaugurações de três importantes instrumentos: um
clavicórdio, um cravo francês e um fortepiano, sendo
este último um dos quatro únicos do Brasil.
Conservatório apóia‘Caminhos da Cultura’
O Conservatório de Tatuí é um dos apoiadores do
projeto “Caminhos da Cultura”, realizado pela PróReitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP,
em Ribeirão Preto. O projeto consiste numa série
de apresentações musicais que trouxe, entre outros,
artistas como Antonio Meneses. A Banda Sinfônica do
Conservatório de Tatuí, sob regência de Dario Sotelo,
será a atração da escola de música tatuiana no evento.
O grupo apresenta-se no próximo dia 28 de outubro,
no Theatro Pedro II.
Aulas serão suspensas de 12 a 17 de outubro
As atividades pedagógicas do Conservatório
de Tatuí serão suspensas no período de 12 a 17 de
outubro, quando acontece o 22º Fetesp (Festival
Estudantil de Teatro do Estado de São Paulo). Nessas
mesmas datas, também estarão suspensos os ensaios
dos grupos pedagógicos e artísticos-pedagógicos.
Antonio Ribeiro integra júri de Festival de MPB
O assessor pedagógico
do Conservatório de Tatuí,
professor Antonio Ribeiro,
integrou no último dia 25 de
setembro o júri do Concerto
de Finalistas do 3º Festival
de Música Popular Brasileira
realizado em Córdoba, na
Argentina. O festival, que
ocorreu em diferentes etapas, premiou o grupo
vencedor com uma viagem ao Conservatório de Tatuí.
A finalíssima foi realizada no Teatro Real de Cordóba
e, dela, participaram os grupos La Barata, Lua Dari,
Caixa da Música, Virado, Lê Menestrel y La Banda e
Los Tico-Tico. O professor Antonio Ribeiro integrou
a banca formada por profissionais responsáveis pela
indicação do vencedor, que foi o Caixa da Música.
Promovido pelo Consulado Geral do Brasil em
Córdoba, com patrocínio da Gol Linhas Aéreas, o
festival enviará seu vencedor à Capital da Música,
no próximo mês de novembro, quando ocorrerá o
lançamento do 17º Festival de MPB de Tatuí.
Conservatório recebe governadora do Lions Clube
O Conservatório de Tatuí
recebeu no último dia 25 de
setembro a visita oficial da
governadora do Lions Clube
Walkyria Almerinda de
Sousa Casseta (Distrito LC2). Na escola de música, a comitiva foi recebida pelo
diretor executivo Henrique Autran Dourado e, ainda,
acompanhou trecho do masterclass da professora
Martha Herr, atividade que estava sendo realizada
dentro da programação do I Encontro de Câmara da
Canção Brasileira. Depois, o grupo ainda conheceu o
EIPH reúne mais de 100 participantes
O Encontro de Performance departamento de luteria.
Histórica, realizado no último
mês de setembro, reuniu 105
Sinfônica recebe Aylton Escobar e Luiz Garcia
participantes – vindos de
Agendado para o dia 31 de outubro, o concerto
diferentes pontos do país. da Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí
O número foi considerado será especial. A orquestra, que tem como regente
um sucesso pela organização titular o maestro Rodrigo de Carvalho, receberá dois
do evento, principalmente convidados especialíssimos: Aylton Escobar e Luiz
quando relacionado a eventos Garcia. O maestro Aylton Escobar – que foi aluno de
semelhantes em diferentes Osvaldo Lacerda e Camargo Guarnieri na Academia
Estados brasileiros. Seja pela qualidade dos concertos Paulista de Música. Já o trompista Luiz Garcia, exou das palestras técnicas apresentadas, o Encontro aluno do Conservatório de Tatuí, foi aluno de Daniel
Internacional de Performance Histórica, que destacou Havens e Mario Rocha.
Pólo de Rio Pardo Orquestra Sinfônica Jovem
comemora três anos, conta com 65 integrantes
com Gershwin
Um concerto cujo ponto alto foi
a execução de Rhapsody in Blue, de
Gershwin, marcou as celebrações dos
três anos do Pólo Avançado de São José
do Rio Pardo, dia 18 de setembro. Duas
solenidades foram realizadas – uma com
inauguração de novos espaços, outra
com programação artística.
Entre as autoridades presentes ao
evento estiveram o deputado federal
Silvio Torres, o prefeito João Luis
Soares da Cunha, a assessora de música
da Secretaria de Estado da Cultura
Cláudia Toni, a assessora de projetos
especiais do Projeto Guri Helen
Valadares, o presidente do Conselho
de Administração do Conservatório de
Tatuí Cristiano Guimarães e o assessor
executivo Rodrigo Patini.
Inicialmente, uma cerimônia marcou
a inauguração dos novos espaços do
Pólo de Rio Pardo, num total de 95m²:
uma ampla sala para aulas de teoria
e prática de conjunto e três cabines
exclusivamente destinadas ao curso
de piano. A obra foi realizada pela
Prefeitura de São José do Rio Pardo,
parceira do Conservatório de Tatuí na
manutenção do núcleo.
Depois, um concerto especial
realizado no Grêmio Nestlé, mostrou
os resultados do trabalho realizado na
escola de música. A abertura foi com o
Octeto de Flautas “Altamiro Carrilho”.
Em seguida, fez apresentação a
Orquestra de Cordas de Rio Pardo,
contando com participação do duo
formado pelos professores de canto
Juliana Marilia Coli (soprano) e
Demerval Aires Keller (barítono).
Encerrou o concerto a Banda Sinfônica
Jovem do Pólo Avançado que executou
a obra “Rhapsody in Blue”, de George
Gershwin, tendo como solista o pianista
Ed Pessoa, sob regência do maestro
Agenor Ribeiro Netto (coordenador do
Pólo Avançado).
Na mesma ocasião, alunos receberam
prêmios como “destaques” da escola
de música. Da área de piano, o aluno
premiado foi Lucas de Paula. Na área
de cordas, a premiação foi para Angelo
Eduardo Destro (viola), enquanto que
Agnaldo da Costa recebeu prêmio na
área de percussão. O flautista Murilo
Vissuto foi o aluno que mais se destacou
nas madeiras e o trompetista Isaias
Coelho foi o destaque nos metais. O
professor homenageado foi Leonardo
Gomes de Faria (flauta).
O Pólo Avançado do Conservatório
de Tatuí em São José do Rio Pardo –
única extensão da escola de música – foi
criado em 3 de junho de 2006 e entrou
em funcionamento no dia 5 de agosto
do mesmo ano, sendo mantido pelo
Governo do Estado de São Paulo e pela
Prefeitura de São José do Rio Pardo.
A escola atende a cerca de 200 alunos,
vindos de 32 cidades do leste paulista e
sul de Minas Gerais. São oferecidos
cursos de violino, viola, violoncelo,
contrabaixo, flauta, clarinete, saxofone,
trompete, trombone, trompa, tuba,
euphonium (bombardino) e percussão
sinfônica e popular.
tem a oportunidade de fazer concertos
e trabalhar com mais musicalidade.
Acredito que o público jovem tem mais
mente aberta para absorver e expressar
mais o seu sentimento por meio da
música”, disse ele.
Já o violinista Fernando Henrique de
Almeida Andrade, que atuou no grupo
pedagógico no período de 1998 a 2000,
destaca a importância da orquestra
na formação dos instrumentistas. “A
reunião faz com que aprendamos mais,
ouçamos mais. Eu, que adoro ensinar,
sei que muitas das perguntas surgem
no próprio ambiente musical e, isso,
me ajuda muito. Penso que a orquestra
jovem tem o entusiasmo o que, às vezes,
é mais importante que a técnica”,
sintetizou.
O grupo, que reestréia em novembro,
terá obra especialmente dedicada
a ele, pelo compositor e trompista
Jackson Lucio (Abertura para Grande
Orquestra). Lucio, que começou a
compor aos 12 anos de idade para
pequenos grupos, diz se interessar pela
sonoridade e por diferentes recursos.
III Semana de Música de
Câmara: alunos em destaque,
a partir de 26 de outubro
Um dos eventos mais efervescentes
do último bimestre terá nova edição a
partir de 26 de outubro. Até o dia 1º de
novembro alunos de todas as áreas do
Conservatório de Tatuí unem-se, por
meio da música de câmara e prática de
conjunto, para demonstrar o resultado
do aprendizado nos últimos meses.
Serão dezenas de apresentações – a
exemplo do que já ocorreu na edição
anterior -, realizadas em diferentes
horários, no teatro “Procópio
Ferreira”, em programação que estava
em definição até o fechamento desta
revista (28 de setembro).
A área de música de câmara pretende
incentivar a pesquisa objetiva e
disciplinada, propor o estudo dirigido
da produção musical por conjuntos
camerísticos dos diversos períodos,
buscando fazer com que o aluno
vivencie atividades que despertem
o controle musical e valores como
hierarquia, ética e disciplina em função
da melhor organização racional do
trabalho em conjunto, ensaios e
apresentações. Também são objetivos
o incentivo do controle auditivo
(percepção e vivência no diálogo
musical) e a dramaticidade vocal,
instrumental e cênica (imaginação,
comunicabilidade, rapidez de reação
em palco).
A área abrange núcleos de repertório
de câmara para instrumentistas dentro
das áreas de sopros, cordas, percussão,
piano, violão, canto; formação
de grupos, duos, trios, quartetos,
integrando áreas diferentes; grupos de
performance (música e teatro); PINCIS
(Prática Instrumental em Conjunto
para Instrumentos de Sopro),
Orquestras de Violões; Orquestra
de Flautas, Banda Sinfônica Jovem,
Orquestra de Cordas Infanto-Juvenil,
grupo de música contemporânea
e grupos de música de câmara na
performance histórica. Tais grupos
realizam diversas atividades, em
diferentes momentos e municípios.
ENSAIO Magazine
7
Ensaio Pedagógico
O solista Ed Pessoa, ao piano
Tiveram início no mês de setembro
os ensaios da Orquestra Sinfônica
Jovem do Conservatório de Tatuí,
coordenada pelo maestro Juliano de
Arruda Campos. Com 65 integrantes,
de diferentes cursos do Conservatório
de Tatuí, o grupo ensaia às quartas
e sextas, das 16h às 18h, no teatro
“Procópio Ferreira”.
A orquestra mostra-se como
oportunidade para unir estudantes
a partir do nível intermediário a
instrumentistas que já atuam de forma
mais efetiva na área, caso do trompista
Filipe Rocha, do violinista Fernando
Henrique de Almeida Andrade e,
também, do compositor Jackson Lucio.
O reinício do grupo pedagógico –
que vinha atuando há duas décadas sob
coordenação do maestro Edson Beltrami
– empolgou os instrumentistas. O
trompista Filipe Rocha (aluno do
professor Adalto Soares e que retornou
de período de trabalho em Manaus) será
o solista, em novembro do Concerto
nº 1, de Strauss, frente ao grupo.
“Acredito que a orquestra de estudantes
‘O Primeiro Voo de Ícaro’ vence
Festival de Teatro do Sesi
Ensaio Artístico
Formado por alunos de artes cênicas, grupo recebeu seis prêmios e quatro indicações
Depois do sucesso da estreia em São Paulo
e reapresentações em Tatuí, o espetáculo “O
Primeiro Voo de Ícaro” venceu o 8º Festival
de Teatro Estudantil do Sesi, realizado
em Sorocaba, no último mês. O grupo
formado por dez jovens estudantes de artes
cênicas do Conservatório de Tatuí recebeu
seis premiações e quatro indicações.
Além do prêmio de melhor espetáculo,
o grupo recebeu premiação pela melhor
direção, assinada por Carlos Ribeiro;
melhor cenografia, do professor Jaime
Pinheiro; melhor iluminação, assinada
por Marcos Caresia; e melhor atriz
coadjuvante, prêmio concedido à estudante
Rafaele Breves. A sexta premiação foi pela
sonoplastia, feita, ao vivo, por um grupo
formado pelos músicos Riverson Melo
Vicente (percussão), Joni Cluxnei Canguçu Troféus conquistados por alunos de Tatuí
(trombone), Juan Pablo Ramos Valenzuela atriz (Anelisa Ferraz), melhor ator (Alexandre
(trompete), Jonathan Garcia Arias (saxofone e Moreira Cardoso), atriz revelação (Camila
arranjos de metais), além dos profissionais de Cattai de Moraes) e ator coadjuvante (Iuri
artes cênicas e músicos Carlos Ribeiro (violão) e Proença).
Hugo Muneratto (baixo).
“O Primeiro Voo de Ícaro” estreou no Teatro
O grupo de “O Primeiro Voo de Ícaro” também Cultura Inglesa, em Pinheiros, São Paulo, no
recebeu quatro outras indicações, sendo melhor ano passado. O espetáculo integra o projeto
“Conexões”, uma iniciativa do Consulado
Britânico, Cultura Inglesa, Colégio
São Luís, Célia Helena Teatro-Escola e
National Theatre. O projeto incentiva o
teatro feito por jovens e para jovens como
ferramenta para a formação humana e
cultural, fomentando, por intermédio do
trabalho em equipe, a criação de espaços
para a reflexão e expressão das questões
presentes no jovem de hoje.
O texto é do consagrado Luis Alberto
de Abreu e narra três histórias diferentes
a partir da lembrança de um professor. A
primeira história é sobre uma menina de
periferia que nasce condenada por questões
sociais e raciais a não dar certo na vida.
No entanto, por uma razão inexplicável,
há nela um sopro de vida que a impele a
superar dificuldades sociais e físicas, indo
além do possível; a segunda é sobre uma garota
que resolve se apaixonar e, resolvendo, acaba
por se apaixonar de fato; a terceira é sobre um
adolescente que detesta as interferências de seus
pais em sua vida, até que descobre que seus pais já
estão mortos e, mesmo assim, continuam querendo
dirigir sua vida.
Exposição reúne obras de
Jaime Pinheiro, em Sorocaba
Banda Sinfônica
realiza nova edição de
concertos didáticos
Nas fotos, Jaime Pinheiro entre alunos de Sorocaba e organizadores da exposição
Um coquetel marcou na noite do último dia 16 a
abertura da exposição “Objetos de Cena”, do artista
plástico tatuiano Jaime Pinheiro. A exposição foi
realizada no Palacete Scarpa e o evento de abertura
reuniu alunos e convidados do artista plástico de Tatuí e
Sorocaba.
A exposição mostrou figurinos, adereços e objetos
de cena que foram pensados como material estético e
tornam-se parte da estruturação e composição das cenas.
Tais objetos fizeram parte do espetáculo “Chamas na
Penugem”, que representou o encontro de Jaime Pinheiro
com a professor de artes cênicas Ingrid Dormien Koudela,
ambos professores da Universidade de Sorocaba, do curso
de licenciatura em teatro. Eles se encontraram em 2007,
durante a montagem do espetáculo “Peixes Grandes
Comem Peixes Pequenos”, quando a direção dela foi
estruturada a partir da leitura da gravura de Peter
Brueghel, o Velho. Na ocasião, Pinheiro trouxe uma
contribuição ímpar à montagem, estabelecendo relações
entre a atuação e objetos de animação em cena. Em
2008, as pesquisas dos dois artistas colocou em prática
o espetáculo“Chamas na Penugem”, fruto da leitura das
gravuras “Sete Vícios Capitais”, de Brueghel. A partir
de diversos procedimentos, cada elemento representado
nas gravuras foi inventado, selecionado e tornou-se o
8 ENSAIO Magazine
personagem alegórico da cena. Assim, foi criada uma
seqüência de quadros de cena que foi enriquecido com
as contribuições do teatro de animação, compreendendo
desde a animação de objetos em cena à idéia de atores
marionetes, como o próprio ato de animar bonecos.
Na abertura da primeira exposição do tatuiano em
Sorocaba, Hamilton Sbrana, curador do trabalho, falou
sobre a importância do trabalho do artista plástico. “É
um prazer termos aqui um artista de renome nacional.
O trabalho dele é importantíssimo na Uniso e, vemos
de perto, o cuidado que ele tem com os bonecos e toda a
beleza da plasticidade”, afirmou ele.
Pinheiro, num dos raros momentos de fala em público,
destacou o que mais gosta de fazer: cenografia. “Sou
apaixonado pela cenografia e teatro de animação. Este
foi um grande momento para quem fez colocar tudo isso
num palco”, disse ele.
As peças mostram beleza e toda a criatividade do
artista na utilização e reutilização de materiais. Jaime
Pinheiro, graduado em educação artística, é professor de
cenografia e teatro de animação da Uniso. Cenógrafo e
professor do Conservatório de Tatuí, é também ilustrador
e criador de projetos na área de designer, desenvolvendo
troféus, móveis e ambientes. Pinheiro ainda desenvolve um
renomado trabalho de pesquisa em teatro de animação.
Difundir a música brasileira, formar novas platéias
e criar maior interação entre as áreas de música e artes
cênicas. Com esses objetivos, a Banda Sinfônica do
Conservatório de Tatuí protagoniza nos dias 7, 8 e 9 de
outubro nova edição dos concertos didáticos. A temática
deste ano será“Villa-Lobos encontra Camargo Guarnieri
em Tatuí”. Os concertos, direcionados a crianças da
rede municipal de ensino com idades entre 9 e 11 anos,
acontecem às 10h e 14h.
O projeto dos concertos didáticos, idealizados pelo
maestro Dario Sotelo, tiveram início no dia 23 de
setembro, a partir de uma reunião com a coordenadoria
pedagógica da rede municipal de ensino, por meio da
Secretaria Municipal da Educação. Nela, professores
receberam informações biográficas sobre os compositores,
além de um CD contendo as músicas a serem apresentadas
pela banda.
“A ideia é que os professores trabalhassem a temática
com os alunos em sala de aula antes das apresentações”,
destacou Sotelo.
A partir da confecção de desenhos e redações – dos
quais os melhores serão premiados com kits musicais do
Conservatório de Tatuí – os estudantes poderão estudar
sobre dois ícones da música brasileira. Depois, no palco,
acompanharão o concerto que terá participação especial
dos atores Juliano Casimiro e André Luiz Camargo, que
viverão Villa-Lobos e Camargo Guarnieri.
Nesta viagem os compositores se encontram com
malas no palco e iniciam suas conversas que terá como
tema da viagem a famosa obra “Trenzinho do Caipira”.
Trata-se de uma verdadeira aula de música, ilustrada
de forma criativa e inusitada num projeto concebido
exclusivamente para a Secretaria Municipal de Educação.
Alunos da rede municipal de ensino acompanharão os
concertos nos dias 7, 8 e na manhã do dia 9 de outubro.
Instituições e demais interessados em acompanhar a
apresentação podem fazê-lo às 14h do dia 9 de outubro.
Para tanto, é necessário efetuar reserva antecipadamente
pelo telefone (15) 32514311.
Brasil, Alemanha e o violão
Helmut Oesterreich coordena cameratas em Tatuí e dá continuidade a intercâmbio
Maestro alemão coordena união inédita das
Cameratas de Violões do Conservatório de Tatuí
O violonista e regente alemão Helmut Oesterreich
veio ao Brasil, pela primeira vez, no último mês. Nos
poucos dias em que passou aqui, recebeu uma “dose
extra”de violão, assistindo a concertos e coordenando
a Camerata de Violões do Conservatório de Tatuí e
a Camerata Jovem de Violões do Conservatório de
Tatuí. Foi uma única apresentação, que encantou
o alemão e deu continuidade a um intercâmbio
iniciado no último ano.
Admirado com a qualidade dos grupos pedagógico
e artístico-pedagógico do Conservatório de Tatuí,
Oesterreich ministrou workshops que denominou de
“orientação”. “A Camerata tem um nível muito alto
de performance. Vim para oferecer algumas idéias
para seu estilo de interpretação. Se eles gostarem,
podem colocar em prática, se não, até podem
desconsiderar. Eles já trabalham há muito tempo
nesse repertório e já são muito bons”, disse ele,
que seguiu o mesmo com os jovens instrumentistas
da Camerata Jovem de Violões do Conservatório de
Tatuí.
O resultado do trabalho com ambos os grupos
foi conferido em apresentação especial, no teatro
“Procópio Ferreira”.
A visita do regente Oesterreich deu continuidade
a intercâmbio iniciado no último ano entre o
Conservatório de Tatuí e a Escola de Música de
Heidelberg. Em 2008, a Camerata Jovem de Violões
do Conservatório de Tatuí (Violões&Cia.) esteve na
Alemanha, onde realizou concertos e participou
de aulas. Neste ano, o regente visitou o Brasil e,
segundo ele, a idéia é retornar no ano seguinte
para um concerto especial na “Capital da Música”.
“Alguns dos músicos daqui estiveram em Heidelberg
no ano passado e permaneceram na minha casa.
Pretende, no próximo ano, realizar uma seleção
dentre os instrumentistas do Youth Guitar of BadenGutemberg. Pretendemos visitar o Conservatório de
Tatuí com 20 ou 22 integrantes”, destacou.
Com um currículo respeitável, Oesterreich
destacou a disciplina dos violonistas brasileiros.
“Eles praticam com maior disciplina que os alemães.
Quando o grupo daqui esteve lá fez muito sucesso,
e todos, aprendemos muito”, finalizou ele, que, por
influência do professor de bandolim Altino Toledo,
tornou-se um aficionado pelo gênero choro.
Helmut estudou violão na Academia de Música
em Frankfurt com Heinz Teuchert e Michael
Teuchert. Desde 1986 leciona na mesma academia
onde estudou e, também, na Escola de Música de
Heidelberg.
Saxofonista apresenta repertório de música brasileira, dia 2 de outubro
Vinicius Dorin, de volta à Tatuí
O saxofonista e regente Vinicius Dorin é o
convidado especial do concerto que a Big Band
do Conservatório de Tatuí faz no próximo dia 2 de
outubro, uma sexta-feira. A apresentação será no
teatro “Procópio Ferreira”, às 20h30.
A Big Band do Conservatório de Tatuí é um
dos onze grupos artísticos-pedagógicos mantidos
pelo Governo de São Paulo, por meio da escola
de música. Esta será a primeira participação do
saxofonista frente à Big Band neste ano de 2009.
No concerto, Dorin, que integra o grupo de
Hermeto Pascoal há 16 anos e já apresentou-se
com nomes significativos da música brasileira,
apresentará obras próprias. No programa, estão as
autorais “Caminho Verde”(arranjada pelo maestro
Branco) e “Maracatudo”, “Cincando”, “Samblues”
e “Escadaria”. Também serão apresentadas
“Sambita”, de J. Geraldo e J. Almário (com
arranjo do maestro Branco), “Palpite Infeliz”,
de Noel Rosa (arranjada por Fernando Correa)
e “Cai Dentro”, de Baden Powell e Paulo Cesar
Pinheiro (com arranjos de Cesar Roversi).
Vinicius Dorin é saxofonista, flautista e pianista.
Além do grupo de Hermeto Pascoal, também
faz parte da Banda Mantiqueira e dos grupos de
Rosa Passos, Arismar do Espírito Santo, Trio
Água Marinha e Orquestra Arte Viva. Já gravou e
participou de shows com artistas e grupos como
Banda Savana, Banda Bissamblazz, Arismar do
Espírito Santo, Jane Duboc, Simone, Gal Costa,
Johnny Alf, Ivetthy Souza, Nenê, Fernando
Correa, Rosa Passos, Laércio de Freitas, Trio
Curupira, Filó Machado, Trio Corrente, entre
outros.
Com seu próprio grupo vem se apresentando
pelo Brasil e gravou seu CD solo, “Revoada”, pelo
Selo Maritaca. Em 2008 e 2009, juntamente com
Arismar do Espirito Santo e Rogério Boccato,
atuou em concertos e worshops em diversas
universidades americanas e Festivais de Jazz.
ENSAIO Magazine
9
Ensaio Artístico
Big Band do Conservatório de
Tatuí recebe Vinicius Dorin
Ensaio Social
1 - Guilherme de Camargo e Ricardo Kanji; 2 - Luana e Letícia; 3 - Bianca, Cacá, Paula, Zoé, Jane, Tamires, Gisele, Fernanda e Viviane; 4 - A assessora de projetos especiais do Guri Helen Valadares,
a assessora de música da Secretaria de Estado da Cultura Claudia Toni, o maestro Agenor Ribeiro Netto, o assessor executivo da AACT Rodrigo Patini e o presidente do Conselho da AACT Cristiano
Guimarães na solenidade de três anos do Pólo de Rio Pardo; 5 - Carina, Bianca(Luz-MG), Wladimir e Edmilson(Cesário Lange); 6 - Vitor e Oséias; 7 - Vania Moreira, Venceslau Moreira (Cesário Lange);
8 - Débora Ribeiro, Pepeu, o diretor executivo Henrique Autran Dourado, Luciano Pereira e Pedro Persone; 9 - Selma Marino e Rosemary Alves; 10 - Magna Santos e Dione Vieira; 11 - Elias Júnior e
Carolina; 12 - Délcio e Maria; 13 - Gê Tock e Arnaldo; 14 - Priscila e Danilo; 15 - Marina (Sorocaba) e Alexandrina (Lençóis Paulista); 16 - Maraisa e Chico; 17 - Paula, Isis e Edi; 18 - Nilda e professor
Coelho; 19 - Julia Ribeiro, Rebeca Zacarias e Pamela Roberta; 20 - Lucimara (Boituva) e Mirian; 21 - Músicos da Comunidade Pró Família; 22 - Lenara, Samira, Dagma e Angelo;
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Ensaio Social
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ENSAIO Magazine
23 - Vitor, Luciana, Gujo, Bianca, Rafael, Paula, Beatriz e Marcela; 24 - Pedro e Isabela; 25 - Paula, Vitor, Beatriz, Talita e Zoé; 26 - Pastor João
Pedro e família; 27 - João Antonio e Natalie (Itajobi); 28 - Ivonete, Fátima, Rafaela e Tadashi; 29 - Oséias e Mônica; 30 - Oracy, Giulia, Raí e Mario
(Cerquilho); 31 - Julio, William, Vitor e Willian (Bidú); 32 - Regina, Pastor Délcio e Zoé; 33 - Tania, Levi, Henrique, Odair (Porangaba); 34 - Renata
Piesco e Camila Brandão; 35 - Cássia e Roberto Guidon; 36 - Peter Koval e Elisabeth; 37 - Pastor Wilson e Paula; 38 - Régis (Campinas), Pastor
João e Ricardo (Campinas); 39 - Valeria, Mercadante; 40 - Arlete, Jussara e Enza; 41 - Viviane, Ana, Sandra, e Carol; 42 - Simone,Oscar e Emanuele.
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41
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1
22º Festival Estudantil
artes cênicas no interior
Com novo formato consolidado, evento agrega técnica, expõe experiências va
Ensaio Artístico
Para onde, afinal, levam os caminhos trilhados
por estudantes de escolas públicas, particulares
e técnicas que se debruçam sobre o universo das
artes cênicas? Este pode ser, talvez, um dos muitos
questionamentos a serem levantados na 22ª edição
do Fetesp (Festival Estudantil de Teatro do Estado
de São Paulo), evento realizado que integra o
calendário cultural do Estado de São Paulo e
oficializado pelo decreto nº 18434, de 15 de fevereiro
de 1982. O evento será promovido entre os dias 10 e
18 deste mês pelo Governo de São Paulo e Secretaria
de Estado da Cultura, por meio do Conservatório
Dramático Musical “Dr. Carlos de Campos” e
Associação de Amigos do Conservatório de Tatuí,
em parceria com a Prefeitura de Tatuí. Serão dias
de reflexão, prática e apresentações teatrais, em
forma de Mostras (Principal e Paralela), Oficinas e
Encontro de Teatro e Educação. As atrações incluem
a pré-estreia do espetáculo “Rosa de Cabriúna”,
da Cia. de Teatro do Conservatório de Tatuí, e a
apresentação de “O Estrangeiro”, de Albert Camus,
com Guilherme Leme e direção de Vera Holtz.
O novo formato consolidado – que extingue
a competitividade e celebra o aprendizado –
adicionado à série de atrações faz da edição deste
ano uma das mais importantes do festival criado, de
forma municipal, no ano de 1977, sob coordenação
de Moises Miastkwosky. O festival foi, depois,
coordenado por Antonio Mendes e, atualmente,
está sob liderança de Carlos Ribeiro, também
coordenador de artes cênicas do Conservatório de
Tatuí.
No novo formato do festival, seu ponto central
continua sendo o intercâmbio cultural entre as
cidades do Estado e o incentivo ao movimento
teatral através da formação de núcleos teatrais nas
escolas, além de incentivar o estudo do teatro, de
sua história, dramaturgia e sua teoria, visando
uma sadia formação cultural. Toda essa teoria é
vista nas atividades. A própria abertura do festival
(dia 10, 20h30) é uma forma de unir profissionais
a estudantes e, ainda, expor o trabalho da área
de artes cênicas do Conservatório de Tatuí. Na
ocasião, ocorre a pré-estreia do espetáculo “Rosa de
Cabriúna”, de Luis Alberto de Abreu, com direção
de Carlos Ribeiro e produção da Cia. de Teatro do
Conservatório de Tatuí. “A Rosa de Cabriúna” conta
a história de Rosa, a mais velha de sete irmãs que
buscam incansavelmente por um marido, mas que
têm seus destinos alterados a partir da chegada
de um desconhecido. A comédia conta com a
participação de músicos e os atores, entre uma cena
e outra, cantam músicas caipiras do repertório
popular paulista.
O espetáculo dá lugar, nos dias seguintes, às sete
montagens da Mostra Principal, que substituiu a
competição por um prêmio mantido até 2007. Os sete
espetáculos foram selecionados dentre 25 inscritos, e
abrem um leque de possibilidades de debates.
“Tivemos uma maior participação de escolas
técnicas de teatro, o nível está bastante alto e, creio,
teremos uma Mostra Principal muito interessante”,
disse Carlos Ribeiro.
A Mostra Principal trará o espetáculo “O Santo
Inquérito”, do Teatro Escola Macunaíma (que
12 ENSAIO Magazine
de Teatro: festa das
r de São Paulo
ariadas, recebe espetáculos e instiga a reflexão
Elenco de “Rosa de Cabriúna”: pré
estreia do espetáculo abre 22º Fetesp
Reis – tema próxima do interior paulista.
Todos os espetáculos participantes do 22º Fetesp
receberam ajuda de custo de R$ 2 mil. Após a
apresentação de cada um, será realizado um debate
sob coordenação de Abílio Tavares.
Para Carlos Ribeiro, o novo formato é um
“aprendizado coletivo”. “Deixamos o caráter
competitivo de lado e buscamos paradigmas em vez
de paradoxos. Assim, acreditamos que as análises e
críticas são ouvidas menos com o coração e mais com a
cabeça, uma vez que não há obrigação de se classificar os
vencedores. Essa é uma tendência que está presente nos
principais festivais de teatro do país.”
O encerramento da Mostra Principal terá,
além de solenidade para entrega de certificados
de participação, a apresentação do espetáculo “O
Estrangeiro”, com Guilherme Leme e direção de
Vera Holtz, no dia 18 de outubro (veja quadro).
Mais teatro
Além da Mostra Principal, o Fetesp contará
com a Mostra Paralela, uma série de apresentações
realizadas na Praça Paulo Setúbal, no centro
da cidade. Nesse espaço, qualquer manifestação
cultural poderá ser acompanhada por públicos de
diferentes idades e formações. No último ano, a
Mostra Paralela de Teatro, foi uma das principais
atrações do festival. A estrutura inédita montada
na praça Paulo Setúbal recebeu um público de
6 mil pessoas ao longo da semana. “A ideia desta
mostra paralela surgiu da necessidade de veicular
trabalhos realizados por grupos da cidade e da
região e de espalhar o espírito do Festival pelas
ruas e de transformar a Praça do Barão num
verdadeiro espaço democrático”, disse Ribeiro. As
apresentações na Mostra Paralela acontecerão às
14h, 16h, 18h e meia-noite.
Outras atividades a serem realizadas serão as
Oficinas Técnicas. Neste ano, serão quatro delas,
sendo: Oficina Teatro de Rua (por Marcos Pavanelli
e Harley Nóbrega), Oficina de Mímica Total (por
Luís Louis), Oficina de Voz (por Daniele Pimenta e
Eduardo Silva) e Oficina de Direção (por Marcelo
Lazzaratto).
O Encontro Teatro e Educação, que foi
documentado no ano passado, retorna em 2009
com a participação de Daniele Pimenta, Marcelo
Lazzaratto, Ingrid Koudela, Sérgio Roveri, Abílio
Tavares e Rogério Toscano.
E, para superar ainda mais as expectativas, o
Núcleo Pavanelli de Teatro leva até o Boulevard da
Praça da Matriz o espetáculo Viva Malasartes (dia
16, às 17h). Quer mais? Todos os dias, após a Mostra
Principal (meia-noite), o grupo de aperfeiçoamento
do setor de artes cênicas faz apresentações do
esperado “Bastardo”, espetáculo dirigido por
Juliano Casimiro, restrito a 12 pessoas por sessão, e
que se desenrola em 15 diferentes ambientes, todos
nas dependências do Conservatório de Tatuí.
As atividades, quando não gratuitas, terão
ingressos vendidos a R$ 2. Toda a renda arrecadada
será revertida para obras assistenciais.
ENSAIO Magazine
13
Ensaio Artístico
participa pela primeira vez do festival), no qual
Dias Gomes se coloca na posição crítica diante da
realidade nacional e humana.
Outro selecionado, “O Pássaro Azul”, da
Escola Livre de Teatro de Santo André, conta uma
história simples, mas cheia de delicadeza. A Mostra
conta ainda com “O Coração Delator”, da Escola
Municipal de Música, Artes Plásticas e Cênicas
“Maestro Fêgo Camargo”, de Taubaté, que narra a
história de um homem que sofre de distúrbio mental
a partir de um dos contos de Edgar Allan Poe.
Também participa do festival “Uma Mulher
Vestida de Sol”, do Conservatório Carlos Gomes de
Campinas, retratando história de duas famílias do
nordeste que disputam terras e, na disputa, surge o
amor.
“Vereda da Salvação”, do Colégio Santo Antônio
de Lisboa de São Paulo, trata do desespero humano
de cada indivíduo e incita à reflexão sobre caminhos
históricos, fé e esperanças coletivas.
Outro participante, “Sétimo Selo: Réquiem para
uma Geração Petrificada”, é do sempre inusitado
grupo do Colégio Singular, de Santo André, que
participa do festival tatuiano há 15 anos. Em 2009,
a 17ª montagem do grupo foi inspirada no roteiro
cinematográfico de Ingmar Berman e fala sobre a
peste.
A Mostra Principal traz ainda o espetáculo
“Até Onde a Vista Alcança”, da escola estadual
“Professora Maria Augusta de Ávila”, de São Paulo,
que retrata a cultura tradicional a partir da Folia de
O Estrangeiro
Espetáculo de Albert Camus, dirigido pela tatuiana Vera
H
Holtz,
encerra festival
A edição 2009 do Fetesp reserva uma surpresa aos
f
freqüentadores
do “Procópio Ferreira”, especial aos adeptos
das
d artes cênicas. O encerramento do evento terá como principal
atração,
no dia 18, o espetáculo“O Estrangeiro”, obra baseada
a
no
n livro de Albert Camus (com adaptação do dinamarquês
Morten
Kirkskov), com Guilherme Leme e direção da tatuiana
M
Vera
V Holtz. A montagem é a estreia de Vera – atriz com 30 anos
de
d carreira e que, no currículo, mais de 50 peças, novelas e
filmes – no cargo de diretora.
“O Estrangeiro”, escrito em 1957, é o mais popular dos
livros
do francês nascido na Argélia, Albert Camus. Tão pop
l
que
q rendeu até música do grupo de rock inglês “The Cure”
(“Killing
an Arab”). Tão popular porque, à parte narra as
(
desventuras
de Mersault, condenado a morrer por matar um
d
árabe
a troco de nada, narra também as desventuras de um
á
homem
do século XX – algo como uma autobiografia de todo
h
mundo.
m
Mersault leva uma vida banal, recebe a notícia da morte da
mãe,
m comete um crime, é preso, julgado, tudo gratuitamente,
sem
s sentido, sendo assim mais um homem arrastado pela
correnteza
da vida e da História. Seu drama pode ser lido como
c
o drama de qualquer pessoa do seu século, que se depara com o
absurdo,
ponto central da obra de Camus.
a
Na trama, Mersault não encontra explicação nem consolo
para
p o que acontece em sua trajetória, tudo acontece à sua
revelia
e nada faz o menor sentido. Ele não acha explicação na
r
fé,
f religião ou ideologia, não tem onde se amparar. O que pode
ser
s visto como uma vantagem: esse homem é livre, pode se fazer
a si mesmo, sua vida está em aberto. Ele se depara, e se angustia,
diante
da liberdade e do absurdo, e quando descobre que essas
d
duas
d condições são intrínsecas, finalmente encontra a paz.
“Além de ser uma narrativa seca das desventuras de Mersault,
condenado
à morte por matar um árabe, é também uma
c
autobiografi
a de todo mundo, do homem contemporâneo”,
a
conclui
Guilherme Leme.
c
Ensaio Artístico
Guilherme Leme estreia nos
palcos tatuianos
PROGRAMAÇÃO COMPLETA
MOSTRA PRINCIPAL
10.10 – 20h30
Pré Estreia da Cia. de Teatro do
Conservatório de Tatuí
Espetáculo: “Rosa de Cabriúna”
De: Luis Alberto de Abreu
Direção: Carlos Ribeiro
Capacidade: 400 pessoas
11.10 – 19h00 e 21h00
O Santo Inquérito
Teatro Escola Macunaína - São Paulo - SP
De: Dias Gomes
Direção: Adriano Cypriano
Capacidade: 200 pessoas
10 ENSAIO Magazine
12.10 – 20h30
O Pássaro Azul
14.10 – 20h30
Uma Mulher Vestida de Sol
Escola Livre de Teatro - Santo André – SP
De: Maurice Maëterlinck
Dramaturgia: Antonio Rogério Toscano
Direção: Maurice Maëterlinck
Capacidade: 400 pessoas
Conservatório Carlos Gomes - Campinas – SP
De: Ariano Suassuna
Direção: Alice Possani
Capacidade: 400 pessoas
13.10 – 19h00 e 21h00
O Coração Delator
15.10 – 20h30
Vereda da Salvação
Escola Municipal de Música, Artes Plásticas e
Cênicas“Maestro Fêgo Camargo” - Taubaté – SP
Baseado no conto “Coração Denunciador”,
de Edgar Alan Poe - Direção Coletiva
Capacidade: 200 pessoas
Colégio Santo Antônio de Lisboa - São Paulo-SP
De: Jorge Andrade
Direção: Alexandre Ferreira
Capacidade: 400 pessoas
Elenco de “Bastardo”, espetáculo que terá sessões restritas a 12 espectadores
B
Bastardo!
d !
com o próprio espaço, tudo muda”, diz o diretor Juliano CasiInstigante, espetáculo também surpreende pelo formato miro, professor do curso de aperfeiçoamento para atores.
Estreante no setor de artes cênicas, Casimiro adotou a
Dentre as diferentes opções na programação do 22º estética da desconstrução, sonoplastia ao vivo (um mérito,
Fetesp, uma das mais curiosas deverão ser as apresenta- pois une cantores e músicos à atores, em atuação absolutações do espetáculo “Bastardo”, um recorte de “Rei Lear”, mente harmonizada e os fez enxergar e entender o teatro
de Shakespeare, que ocorrerão diariamente, a partir da dentro da escola de música), iluminação à luz de lampiões,
meia-noite, nas dependências do Conservatório de Tatuí. priorizando o ator como o elemento de maior importância
Isso mesmo, por “dependências”entende-se um total de 15 na construção. “Com corpos descontruídos e reestruturadiferentes ambientes. Restrita a 12 pessoas por sessão (uma dos, em um nível de falas cotidianas, a encenação guarda
série de apresentações deverá ocorrer no mês de novembro e um diálogo entre o texto em sua origem e a trazida do
parte de dezembro), a montagem surpreende pelo formato mesmo para o momento presente”, diz ele.
Tanta novidade, no início, causou certa estranheza. “A
– pouco familiar ao setor de artes cênicas da escola – e instiga ao propor a reflexão crítica da arte e sobre a arte no desconstrução era algo que, antes, nem sabíamos do que
se tratava”, admite Maria Clara Arantes, uma das gratas
espaço estudantil.
Nas 11 cenas e três entreatos, a encenação busca compor surpresas em cena no espetáculo.
“Bastardo”é um recorte do shakespeariano“Rei Lear”.
um espaço de superação de dificuldades pelos atores frente
a um espaço físico “não cotidiano” para representações. Ou melhor, é a ótica de Edmundo (Bastardo) sobre o Rei
Ainda que todas as cenas se desenrolem dentro da escola Lear. Inteligente e estrategista, a personagem decide exifreqüentada pelos músicos e atores, cada lugar do prédio lar seu irmão, matar seu pai e se casar com as duas filhas
apresenta-se sob um novo ângulo.“Acho que todos conheciam mais velhas do Rei. A história se desenrola com os atores
os espaços, mas nunca dialogaram com eles. Ao se conversar interpretando vários personagens (e se revezando entre si),
Colégio Singular - Santo André – SP
De: Teatro Singular
Direção: Marcelo Gianini
Capacidade: 400 pessoas
17.10 – 20h30
Até Onde a Vista Alcança
Escola Estadual“Professora MariaAugusta de Ávila”
São Paulo – SP
De: Reinaldo Santiago
Direção: Valéria de Oliveira
Capacidade: 400 pessoas
18.10 – 20h30
O Estrangeiro
De: Albert Camus
Adaptação: Morten Kirkskov
Tradução: Liane Lazoski
Com Guilherme Leme
Direção: Vera Holtz
Teatro Procópio Ferreira
Rua São Bento, 415 – Tatuí-SP
Ingressos: R$ 2
(destinados a obras assistenciais)
Ensaio Artístico
16.10 – 20h30
Sétimo Selo:
Réquiem para uma Geração Petrificada
em 15 ambientes que incluem subir e descer escadas (algumas vezes, o que, acreditem, exige muito mais dos atores
do que da platéia) e entrar na tenda quase que esquecida
pelo público no estacionamento da escola. Complexo? Para
costurar o trânsito e as cenas, Casimiro criou divertidos
personagens que ao mesmo tempo em que atuam e guiam
o público, fofocam sobre a história: os fofoqueiros. “As
pessoas não conhecem a história toda e além de escolher a
história de uma personagem dentro de um livro gigante,
ainda tiramos algumas coisas do contexto... Os fofoqueiros
otimizam, ironizam e contextualizam as cenas”, disse Casimiro. “Nesse contexto, espero um leque de reações: há
quem vá reclamar do incômodo de transitar, há quem vá se
desprender do espetáculo, mas também acho que há quem
possa fazer críticas mais incisivas quanto à produção”, resumiu o diretor.
Para os atores, a nova experiência pode representar
uma “nova forma de atuação”(como disse Jeziel Santana),
a idéia de “acompanhar o amadurecimento do espetáculo
no espetáculo”(conforme Pedro Couto) ou, ainda, a oportunidade de redescobrir as artes cênicas. “Eu não gosto
muito de atuar, gosto mais da parte técnica. Vim fazer o
aperfeiçoamento, inicialmente pensando no curso de circo,
o que não ocorreu. Vim ver como era a aula do Juliano Casimiro, gostei e, com esta técnica nova, eu gosto de atuar.
A única hora em que gosto de atuar é nessa estética que
conheci”, destacou Odilon Lamego.
Para a platéia, o grande lance de“Bastardo”é fazer parte dele (o que significa ver tudo bem de pertinho), situação
obviamente imperdível.
De uma forma simplista, e para informar diretamente
aos alunos do Conservatório de Tatuí: finalmente será
possível entender o que os alunos de artes cênicas faziam,
à noite, em cima de árvores, presos à grades, deitados no
chão no meio do pátio...
As reservas serão feitas por telefone, sendo criada também uma lista de espera. Todos os detalhes deverão ser divulgados até o dia 6 de outubro. No elenco, estão Maria
Pia Bernabé, Rafael Simão, Bernard Nascimento Pinheiro, Leila Carolina Azevedo dos Santos, Ana Paula Arruda, Maria Clara Arantes, Odilon Viana de Assis Lamego,
Raphael Eli Costa, Larissa Aragão Bassoi, Jeziel Menezes
Santana e Pedro Couto, além dos músicos: Claudimir
Couto Junior e Klesley Brandão, e das cantoras Adriana
Chedid, Lucía Spívack e Luciana Porto. A direção é de
Juliano Casimiro.
ENCONTRO TEATRO E EDUCAÇÃO
11.10 – Daniele Pimenta
12.10 – Marcelo Lazzaratto
14.10 – Ingrid Koudela
15.10 – Sérgio Roveri
16.10 – Abílio Tavares
17.10 – Rogério Toscano
Salão Villa-Lobos
Rua São Bento, 415
Entrada franca
APRESENTAÇÃO ESPECIAL
Espetáculo Viva Malasartes
Núcleo Pavanelli de Teatro
16.10.2009 - 17h
Praça da Matriz, s/nº
Entrada franca
MOSTRA PARALELA
11 a 18 de outubro
Praça Paulo Setúbal, s/n
Apresentações diárias às 14h, 16h, 18h e meia-noite Mais informações: 15 32514573
Entrada franca
www.conservatoriodetatui.org.br
ENSAIO Magazine
11
Paticumpatá: A Interação en
Gestos Musicais e Recursos
Ensaio Acadêmico
Resumo
Este artigo apresenta um estudo que visa ampliar
e desenvolver novas estratégias interpretativas em
obras para instrumentos de percussão múltipla onde a
interação entre o gesto incidental e cênico passam a fazer
parte essencial da estrutura composicional da obra. Para
observar essa nova postura interpretativa, realizamos
uma série de oficinas de experimentação que resultaram
na composição da obra Paticumpatá. Esta composição,
com características visuais e sonoras, integra gesto,
instrumentos de percussão, interação e improvisação. O
artigo descreve a fundamentação teórica, a metodologia
utilizada nas oficinas e os resultados musicais de uma
série de apresentações dessa obra.
Palavras-chave: gesto, instrumentos de percussão
múltipla, interação, improvisação, visual.
1. INTRODUÇÃO
Os instrumentos de percussão foram, possivelmente,
os primeiros a surgir na história da música, mas
no contexto da música ocidental, eles somente
foram explorados amplamente no século XX.
O desenvolvimento dos processos de construção
dos instrumentos, o amadurecimento técnico dos
instrumentistas, a grande variedade de timbres
e a presença marcante do gesto do intérprete na
interpretação engendraram no surgimento de
estratégias composicionais e recursos técnicos
inovadores.
Podemos destacar, como um desses recursos, o
enfoque da relação entre audição musical e a visão,
trazendo a tona uma grande discussão sobre o conteúdo,
significado e natureza da música. Essa discussão vem
desde a Grécia antiga e é tema de debates até os dias de
hoje. Segundo Caznok (2003, p.23), entre as inúmeras
questões discutidas sobre esse ponto de vista, podemos
destacar: “o discurso musical é auto-suficiente ou pode
se referir a algo que não seja somente sonoro? Sua
construção e recepção são fundadas exclusivamente
em elementos sonoros puros ou estes podem apontar
para algo além deles? Onde se encontra seu significado:
num universo composto unicamente por sons ou num
contexto que inclui elementos extra-musicais?”.
Assim, este estudo foca um aspecto específico deste
contexto: a interação entre percussionistas e a utilização
de recursos visuais interativos. Para este recorte, usa-se
como referência o trabalho do percussionista Frank
Kumor (2002), o qual é abordado sob o seguinte
prisma: Gesto Musical e Gesto Interpretativo,
subdividido em a) Incidental ou Residual e b) Cênico.
As questões conceituais da pesquisa são apresentadas
em“Tipologia de Gestos”. Os aspectos metodológicos e
os procedimentos interpretativos estão apresentados em
“Oficinas, Performance e Análise da Obra”, seguidos da
discussão dos resultados obtidos na pesquisa.
2. TIPOLOGIA DE GESTOS
No contexto desta seção fazemos uma inserção
temática num conceito amplo e o estudo do mesmo
foge ao escopo deste texto. Existem inúmeras definições
e discussões sobre a definição de gesto. As definições
que passamos a descrever estão de acordo com a
nomenclatura utilizada pelo percussionista Kumor
(2002) apresentada na sua pesquisa sobre obras que se
utilizam de gestos, que segundo o autor, são movimentos
com significado. Essa nomenclatura foi também
adotada e utilizada nas oficinas de experimentação
realizadas pelo Duo Paticumpá, que resultaram na obra
16 ENSAIO Magazine
Paticumpatá que será tratado na seção 3. Ainda, para
o percussionista Kumor (2002), a performance de obras
contemporâneas exige do intérprete conhecimentos que
vão além do padrão curricular tradicional. O autor
ressalta que:
Kumor (2002): “A música para percussão
obteve um tremendo crescimento no século XX
à medida que os compositores começaram a
olhar para ela como um meio representativo para
obras solo e música de câmara. Em paralelo com
o desenvolvimento dado pelos compositores as
obras para percussão, alguns deles adicionaram
novos elementos na interpretação como o uso do
movimento ou de gesto corporal com significado
específico. A inclusão destes elementos em obras
recentes para percussão apresenta ao intérprete
um desafio técnico que não está ainda identificado
no padrão curricular do ensino de percussão”.
Tais composições colocam-se como um grande
desafio técnico para os percussionistas que receberam
uma formação tradicional e não foram preparados
para esse tipo de situação. Dessa maneira, esse estudo
ganha importância, pois busca suprir essas lacunas
e as necessidades surgidas na performance de obras
contemporâneas para instrumentos de percussão.
2.1 Gesto Musical e Interpretativo
No século XX ocorreu um grande crescimento na
experiência com música para percussão. Os compositores
passaram a ver os instrumentos de percussão como
ferramentas com grande potencial para exercer a função
solista e em música de câmara. Junto com essa evolução
da linguagem dos compositores em trabalhos para
percussão, alguns deles adicionaram novos elementos na
performance. Os pontos de partida deste trabalho são
apresentados a seguir. Inicialmente, fazemos a definição
de Gesto Musical (GM), seguido de Gesto Interpretativo
Incidental ou Residual (GI) e fazemos então a inserção
da noção de Gesto Interpretativo Cênico (GC).
A primeira noção que definimos é:
Gesto Musical (GM): diferentes padrões temporais
descritos por estruturas sonoras variando no tempo
e que são produzidos por instrumentos musicais sob
a ação de um intérprete, dada uma notação musical
específica, utilizada num contexto interpretativo
específico.
Alguns exemplos do que denominamos de GM
são: escalas, glissandos, acordes, notas longas, notas
curtas. Segundo Frank Kumor (2002) o movimento
corporal e a música instrumental possuem uma relação
inseparável. O movimento corporal é aqui denominado
de Gesto Interpretativo.
De forma complementar, definimos outro aspecto:
Gesto Interpretativo Incidental ou Residual (GI): é o
movimento natural e inevitável do corpo do intérprete,
em especial da cabeça e dos braços, na execução
instrumental.
Possivelmente, o GI presente nas obras para
instrumentos de percussão é mais importante e mais
facilmente detectado do que em obras compostas para
outros instrumentos. Isso se dá em decorrência da
grande extensão espacial necessária para a execução
dos instrumentos de percussão. O intérprete, muitas
vezes, se desloca no espaço e adquire diferentes
posições para o seu corpo na execução de obras que
requerem configuração de instrumentos com tamanhos,
pesos, disposições de teclado e alturas diferentes. A
movimentação espacial, junto com a grande ativação
muscular na performance desses instrumentos, cria uma
intrigante e sutil“dança”.
Ainda, segundo Kumor (2002), este tipo de dança
ocorre com a mudança de posição do músico, com
o ato de se estender e inclinar-se no instrumento e na
movimentação de braços, pulsos e mãos no controle das
baquetas ou das próprias mãos, que serão utilizadas
para produzir os sons nos instrumentos.
O estudo e a compreensão do GI, utilizado na
execução da técnica instrumental, deve ser parte regular
do vocabulário de percussionistas e estudantes de
instrumentos de percussão. Este gesto está diretamente
ligado com a produção sonora do instrumento. Muitos
estudos são realizados no que diz respeito à eficiência do
movimento corporal utilizado na técnica de execução
instrumental. O percussionista deve se utilizar de
técnicas e métodos de estudo que desenvolvam eficiência
física para o melhoramento da sua performance.
Ao falar sobre o movimento incidental, o
percussionista Frank Kumor diz que:
Kumor, (2002): “O movimento incidental
produzido na performance de instrumentos
de percussão cria uma dança única em várias
composições, e compositores como John Cage
tiveram consciência dessa condição”.
Vários compositores, que observaram este
fenômeno, consideraram o movimento corporal como
parte integral na performance em suas composições.
Alguns compositores passaram a dar tal importância
ao GI que algumas obras só podem ser apreciadas e
compreendidas quando são assistidas em performances
ao vivo. Nessas obras a música deixou de ter apenas um
caráter auditivo, tornando-se também uma arte que se
expressa por meios visuais.
Kumor (2002) apresenta algumas obras do
repertório para instrumentos de percussão que possuem
essas características, entre elas estão: Tcouch And
Go (1967) - Hebert Brun; Rebus (1979) - Michael
Kowalski; ?Corporel (1985) - Vinko Globokar; Six
Elegies Dancing (1987) - Jennifer Stasack; Click (198889) - Mary Ellen Childs.
2.2 Gesto Interpretativo Cênico
A inclusão da ação cênica em trabalhos para
percussão e a performance com desafio técnico não é
ainda parte do padrão curricular de percussionistas.
Esta pesquisa proporcionou, ao se operar com tais
conceitos, a aproximação dos intérpretes com essa
nova linguagem musical para poderem aprimorar
sua postura interpretativa ao se confrontarem
com GCs utilizados na obra Paticumpatá. Tais
aspectos potencializam o estudo das relações entre
o movimento físico do intérprete com significado
autônomo e, eventualmente, dramático. Neste
contexto entendemos:
Gesto Interpretativo Cênico (GC): é a ação do
intérprete frente à descrição e a utilização específica
de algum tipo de movimento que não está diretamente
ligado ao ato de tocar o instrumento de modo que tal
gesto possua significado próprio e autônomo.
O GC é o movimento do corpo que é descrito pelo
compositor, um movimento específico, planejado
e que é um elemento integrado na performance.
Isto não deve ser confundido com o GI (abordado
anteriormente) que é produzido como conseqüência do
movimento do corpo na execução instrumental. O GI
é um gesto pensado e com significado musical, mas a
sua utilização é vinculada a melhor produção sonora.
ntre Percussão Múltipla,
s Visuais
Cleber da Silveira Campos*
já descritas em seção anterior, destacamos alguns
elementos da estrutura da obra. Os principais GMs
utilizados na obra foram: ostinatos, rulos e frases em
uníssono. Os ostinatos foram explorados de diferentes
maneiras. A obra inicia com a execução do ostinato
transcrito na figura 03.
Figura 01: Setup de percussão utilizado em
Paticumpatá.
Após realizarmos uma série de experiências com
diferentes disposições do setup, selecionamos a descrita
acima por proporcionar o que chamamos de efeito
espelho o qual é realizado através da inversão da
disposição dos instrumentos. Esse efeito possibilita
e valoriza a similaridade e a busca da sincronia dos
movimentos entre os dois intérpretes.
Outro elemento utilizado para dar destaque a
gestualização dos intérpretes foi a utilização de um
efeito de luz. Para isso foi utilizada uma luz negra que
foi disposta no centro do setup de percussão múltipla
(vide figura 02). Essa luz é a única iluminação utilizada
e é necessário que o local da performance esteja
completamente escuro. As luzes negras são lâmpadas de
descarga elétrica cujo processo inicial produz luz branca
com grande quantidade de ultravioleta. A luz violeta faz
com que o ambiente se torne escuro e o ultravioleta
provoca um efeito especial, chamado “fluorescência”,
em alguns materiais de cor branca e tintas fluorescentes.
Assim, para destacarmos os movimentos e a sincronia
da performance dos intérpretes foram utilizadas
dois pares de baquetas de caixa, pintadas com tinta
fluorescente de cor amarela e um quarteto de baquetas
de marimba enrolados com linha acrílica branca
(material que também brilha quando exposto à luz
negra). Os dois intérpretes vestem-se com roupa preta,
3. OFICINAS, PERFORMANCE E ANÁLISE DA o que faz com que o público não os veja. Por essa razão,
sob iluminação de “luz negra”e em local com blackout
OBRA“PATICUMPATÁ”
Com o objetivo de estudar as questões relacionadas a total, destacam-se apenas as baquetas amarelas e as
interação entre intérpretes no processo de performance pontas brancas das baquetas de marimba.
contemporânea, os percussionistas Cesar Traldi e Cleber
Campos, alunos do programa de pós-graduação do
Instituto de Artes da Unicamp, criaram em 2005 o Duo
Paticumpá. Além de realizar atividades interpretativas
de obras do repertório tradicional e composições
feitas para o duo, o Duo Paticumpá é utilizado, no
contexto das atividades de pesquisa do NICS (Núcleo
Figura 02: Ilustração do desenho derivado da
Interdisciplinar de Comunicação Sonora), como um interação entre os movimento das baquetas e as cores
laboratório de teste de novos meios de interação, destacadas pelo efeito“ fluorescência”da luz negra.
posturas interpretativas, instrumentos de percussão
eletrônicos e desenvolvimento de software. Em 2005,
Com a finalidade de evitar qualquer tipo de difusão
ao nos deparamos com a performance de obras onde da luz negra nos instrumentos é utilizado um tampão
o gesto passa a ter significado cênico, sentimos a preto na frente de todo o setup de percussão e da própria
necessidade de realizar um estudo que nos leva-se a luz negra (vide figura 01). Daí vem a preocupação com
melhor compreender a relação entre os movimentos o ambiente de performance totalmente escuro, para que
do intérprete, o som por ele gerado e a relação cênica. nenhum elemento externo, reluzente à luz negra, venha a
Passamos então a realizar uma série de oficinas na busca interferir na apresentação da obra.
de desenvolver essa nossa postura interpretativa. A obra
Após definirmos a configuração dos instrumentos
Paticumpatá, que tratamos nessa seção, surgiu como utilizados na obra, partimos para uma série de oficinas
um dos resultados dessas oficinas.
de experimentação de frases e gestualizações onde, após
análise definiu-se a estrutura musical de Paticumpatá.
Essas oficinas foram filmadas e posteriormente analisadas,
3.1 Configuração da Obra
Paticumpatá é tocada com um setup de percussão observando principalmente o modo de sincronia entre os
múltipla formado por quatro tom-tons e duas caixas. intérpretes e a utilização de cada gesto na obra.
A disposição dos instrumentos é horizontal e cada
intérprete toca em um setup formado por uma caixa e
3.2. Análise dos Elementos da Obra
dois tons como pode ser observado na figura 01.
A partir das definições de gesto de Kumor (2002),
Figura 03: Ostinato executado no início da obra
Paticumpatá.
Esse ostinato é inicialmente executado por um
dos intérpretes percutindo sua baqueta na do outro
formando um “X” no ar. Nesta circunstância, tratase de um GC, pois é necessário uma preocupação dos
intérpretes quanto ao posicionamento e sentido visual
do movimento.
Em seguida o mesmo ostinato é executado pelos dois
intérpretes nos dois tom-tons presentes em cada um
dos setups individuais. Nesse trecho, o mesmo ostinato
passa a ser um GI, pois a preocupação dos intérpretes
é apenas na execução do ostinato e não mais numa
postura cênica. Vale aqui lembrar novamente que estas
definições de GC e GI partem do ponto de vista do
intérprete. Para o público, o GI dos instrumentistas
pode ser visto e interpretado como um GC ou viceversa.
O segundo ostinato (vide figura 04) utilizado na
obra é executado pelos intérpretes simultaneamente.
Posteriormente é realizada uma mudança (vide figura
05) das vozes por um dos instrumentistas criando uma
nova sonoridades através do mesmo ostinado. Esse
mesmo ostinato serve como base para uma seção de
improvisação realizada primeiro pelo percussionista 01
e em seguida pelo percussionista 02.
Figura 04: Ostinato realizado em uníssono pelos
intérpretes.
Figura 05: Ostinato apresentado na figura05 com a
mudança na voz do intérprete da linha superior.
Após o termino dessas duas seções de improvisação
o mesmo ostinato é re-exposto, porém com um novo
sentido gestual. A primeira nota do ostinato passa a
ser executada pelos instrumentistas de outra forma,
onde é realizado um cruzamento entre as baquetas de
ambos, percutindo o tambor do setup de percussão do
outro intérprete, buscando assim a aparição de um GC.
Dessa forma, apesar do som gerado continuar sendo o
mesmo, o gesto passa a possuir um significado cênico
(vide figura 06).
Figura 06: Ostinato apresentado na figura 05 com
a realização do cruzamento entre os dois intérpretes na
performance da primeira nota.
ENSAIO Magazine 17
Ensaio Acadêmico
Já o GC tem significado visual e dramático, estando
diretamente ligado ao movimento físico do intérprete
e não necessariamente a geração sonora. Queremos
aqui ressaltar que o foco desse estudo é observar a
visão do intérprete e não a do público. Em algumas
situações um gesto pode estar sendo realizado pelo
intérprete como gesto incidental e ao mesmo tempo,
para o público esse mesmo gesto pode causar uma
interpretação cênica. Portanto, o foco do estudo aqui
reportado, é a intencionalidade do gesto cênico advinda
da especificação do compositor na partitura e da ação
do intérprete em relação a mesma.
A obra “Six Elegies Dancing”, composta em 1987
pela compositora Jennifer Stasack, é uma peça para
marimba solo na qual o intérprete é constantemente
requisitado para a performance de GC. Durante
alguns momentos da obra o intérprete deixa de tocar
no instrumento e apenas realiza movimentos no ar que
estão desenhados na partitura.
Problemas de interpretação e performances
imprecisas surgem quando o percussionista é
requisitado a produzir GCs descritos pelo compositor.
Isto ocorre porque o percussionista é geralmente
treinado com a visão de potencializar o GI necessário
na técnica de execução do instrumento. Ele não é
treinado para movimento planejado. A adição do GC
como um elemento da performance acaba, muitas
vezes, por confundir o percussionista e, portanto,
representa um problema de interpretação teatral e
musical. Muitas vezes o músico é levado a atuar em
tais situações sem nenhuma orientação do ponto de
vista de arte do movimento ou mesmo cênica. Neste
sentido, é importante que os intérpretes compreendam
a importância do gesto nas obras que executam,
principalmente nas obras contemporâneas que utilizam
GCs.
Ensaio Acadêmico
Na seção de improvisação realizada com o ostinado
apresentado acima, os intérpretes exploram a interação
entre GI e GC. Grande parte das frases utilizadas
durante os improvisos derivam das experimentações
realizadas nas oficinas. Entre esses efeitos selecionados
durante as oficinas está o que chamamos de “efeito
leque”(vide figura 07).
exige dos mesmos estudo, interiorização e precisão
desses movimentos. Dessa maneira, esse trecho exige
uma grande precisão gestual dos intérpretes, pois o“X”
é formado como conclusão de uma frase realizada em
uníssono com o“efeito espelho”.
Figura 10: Frase em uníssono com “efeito espelho”
que é concluída com o cruzamento das baquetas dos
intérpretes, formando um“X”no ar.
Figura 07: Rulo em um dos tambores criando um
efeito visual em forma de um leque.
Essa visualização, obtida através do efeito de
fluorescência, enfatiza o GC obtido no efeito em forma
de leque quando os percussionistas realizam movimentos
contínuos nos tambores (rulos) ou no ar (sem produção
sonora) e com os mesmos posicionados nas laterais dos
setups de percussão. As frases em uníssono são utilizadas
como ponte entre as diferentes seções da obra e possuem
também caráter de GC. Este caráter cênico é enfatizado
pela preocupação dos instrumentistas em executar as
frases com grande sincronia, observando elementos
como: manulação, acentuações, amplitude e velocidade
dos movimentos. A junção desses fatores em somatória
com a disposição dos setups de percussão individuais
(vide figura 01) gera uma grande variedade de efeitos
de fluorescência os quais estão vinculados à simetria da
formação em “espelho”e construídos através das frases
em uníssono (vide figura 08 e 09).
Figura 08: Frase em uníssono onde pode ser
observado o “efeito espelho”que se dá pela inversão da
manulação dos diferentes intérpretes (e – mão esquerda
/ d – mão direita).
Figura 09: Frase em uníssono que finaliza a obra
onde pode ser observado o“efeito espelho”.
O cruzamento entre as baquetas dos diferentes
intérpretes, formando um “X” no ar, presente no
início da obra, é reapresentado na frase transcrita na
figura 10. Essa reaparição tem o objetivo de remeter o
espectador ao primeiro elemento cênico da obra.
É importante salientar que o espectador não
visualiza os intérpretes, mas apenas o movimento
das baquetas. Por outro lado, os instrumentistas são
guiados apenas pelos próprios movimentos visualizados
através da luminosidade das baquetas no escuro, o que
18 ENSAIO Magazine
entre gesto musical, incidental e cênico.
Mostraram-se os elementos da obra e seus
mecanismo interacionais. De forma geral, os elementos
apresentados neste artigo mostraram a necessidade
do desenvolvimento de uma nova visão interpretativa
frente a obras que utilizam o gesto como elemento de
coesão estrutural. Essa nova postura interpretativa
pode ser adquirida pelo intérprete através das oficinas
de experimentação, como apresentado neste trabalho.
Agradecimentos
Esta pesquisa teve o apoio da FAPESP e CNPq.
Agradeço também a colaboração do percussionista
Cesar Traldi, do compositor Jônatas Manzolli e da
5. DISCUSSÃO E RESULTADOS
A performance do repertório onde o gesto passa a ter fotógrafa Dani Gurgel.
maior importância e significado coloca os intérpretes
frente a uma nova linguagem com a qual eles não
Referências
estão familiarizados. Dessa maneira, as oficinas de
CAMURRI, A.; COLETTA, P.; RICCHETTI, M.; VOLPE, G.
experimentação desenvolvidas pelo Duo Paticumpá
Expressiveness and Physicality in Interaction. In: Journal of New
que resultaram na obra Paticumpatá, tiveram como Music Research, Setembro, Vol. 29, no. 3, p. 187-198, 2000.
objetivo confrontar os dois percussionistas com essa
CAMPOS, C.; MANZOLLI, J.; TRALDI, C. A. Percussão
nova linguagem interpretativa.
Mediada: Sistema como metáfora composicional e interpretativa.
interpretativa In:
Desde a concepção de Paticumpatá, os Performa’07 - Encontros de Investigação em Performance, 2007,
Anais... Performa’07 Encontros de Investigação
pesquisadores/intérpretes buscaram uma maior Aveiro (Portugal). Anais.
compreensão dos gestos utilizados como elemento em Performance. Aveiro : Universidade de Aveiro, 2007. v. 01. p. 23-23.
CAMPOS, C., Traldi, C.A., Manzolli, J. Percussão e Recursos
engendrador da obra. As trajetórias dos movimentos
Visuais. Anais do VII
gerados pelas baquetas no ar adquirem características Visuais
SEMPEM, Goiania. Editora da Universidade Universidade
próprias, levando o espectador a criar analogias entre
Federal de Goiás-UFG, Goiania, 2007.
o som e sua “imagem”. A “fluorescência” das baquetas,
CAMPOS, C., TRALDI, C.A., MANZOLLI, J. Os Gestos
relacionada aos movimentos e suas trajetórias, tem Incidental e Cênico na Interação entre Percussão e Recursos Visuais.
Visuais
como objetivo remeter o espectador a construir uma Anais do XVII Congresso da ANPPOM, São Paulo. Editora do
“visualização sonora”, uma vez que não estão vendo os Instituto de Artes da UNESP, São Paulo, 2007.
CAZNOK, Y. B.; Música: Entre o audível e o visível.
visível São Paulo:
tambores e nem os intérpretes, mas apenas as trajetórias
Editora da Unesp, 2003.
das baquetas e os sons gerados por elas.
nterpreting the Relationship Between Movement
KUMOR, F. Interpreting
Entre os resultados dessas oficinas de experimentação
Music 2002.
estão o desenvolvimento da linguagem cênica dos and Music in Selected Twentieth Century Percussion Music.
dois intérpretes e a criação da obra Paticumpatá. A 158p. Tese (Doutorado em Música) - University of Kentucky, USA,
2002.
interação desta pesquisa no que tange aos aspectos
MANZOLLI, J. The Development of a Gesture Interface’s
cênicos e dispositivos eletrônicos levou a composição Laboratory. In: Congresso Brasileiro de Computação e Música, 2.,
da obra “Templo: Palavras ao Tempo” de Jônatas 1996, Recife. Anais Recife, 1996.
Manzolli, estreada no recital-conferência no Peforma’
MANZOLLI, J. Compondo com o Mundo Real:
Real paisagem sonora
07 em Aveiro, Portugal (Campos, C. et all, 2007). de labirintos entrelaçados. 2004. Tese (Livre Docência) – Instituto de
Especificamente, a performance de Paticumpatá já foi Artes, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2004.
MANZOLLI, J.; TRALDI, C. A. Gesto e Interpretação Mediada.
realizada em apresentações televisivas, importantes
teatros brasileiros como o “Auditório do Ibirapuera”. In: SIMPÓSIO DE PESQUISA EM MÚSICA, 2006, Curitiba.
Anais... Curitiba: Editora do Departamento de Artes da Universidade
Em abril de 2007, foi apresentada no “Mompou Anais.
Federal do Paraná, 2006. p. 193-199.
SGAE-Fundació Autor”ligada à fundação“Phonos”do
MARRINS, T. A. Toward an Understanding of Musical Gesture:
Instituto Universitário de Audiovisual da Universidade Mapping Expressive Intention with the Digital Baton.
Baton 1992.
Pompeu Frabra de Barcelona (Espanha), juntamente Dissertação (Mestrado em Ciência) - School of Architecture and
com outras obras neste mesmo contexto de Globokar, Planning, in Media Arts and Sciences at the Massachusetts Institute
Álvarez, May e Manzolli. Trechos dessas obras podem of Technology, 1992.
TRALDI, C. Interpretação Mediada & Interfaces Tecnológicas
ser encontrados em:
http://www.youtube.com/watch?v=N4ELSnI2AA0 para Percussão. 2007. 121p. Dissertação (Mestrado) – Instituto de
http://www.youtube.com/watch?v=4qpiiRxfWWQ Artes, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2007.
WANDERLEY, M. Instrumentos Musicais Digitais. Input Devices
http://www.youtube.com/watch?v=eK8tLP2qNsQ
and Music Interaction Laboratory, Music Technology Area – Faculty
http://www.youtube.com/watch?v=xYDMNccRT84 of Music, McGill University, Montréal, Québec, Canada, 2006.
WASSERMANN, K.; ENG, K.; VERSCHURE, P.; MANZOLLI,
6. CONCLUSÃO
J. Live Soundscape Composition Base don Sythetic Emotions. In:
Este artigo apresentou um referencial teórico IEEE Multimedia, Outubro-Dezembro, Vol. 10, no. 4, p. 82-90, 2003.
voltado ao desenvolvimento de uma tipologia de
gestos. Do ponto de vista metodológico, descreveu o
*Cleber da Silveira Campos é professor de
desenvolvimento de oficinas como processo de pesquisa
Percussão Sinfônica e integrante do Grupo de
e fez a análise da obra Paticumpatá que busca uma
Percussão do Conservatório de Tatuí
ampliação do universo da percussão através da interação
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Conservatório de Tatuí
Outubro
TEATRO PROCÓPIO FERREIRA - Rua São Bento, 415
2009
02.10 - 20h30 - Big Band do Conservatório de Tatuí. Vinicius Dorin, coordenação e saxofone. Ingressos: R$ 10 (R$ 5 idosos, estudantes e aposentados).
07, 08 e 09.10 - 10h e 14h - Concertos Didáticos “Villa-Lobos encontra Camargo Guarnieri”. Banda Sinfônica do Conservatório de Tatuí. Dario Sotelo, regente. André Luiz Camargo e Juliano Casimiro, atores.
Entrada franca à alunos da rede municipal de ensino.
22º Fetesp - Festival Estudantil de Teatro do Estado de São Paulo
10.10 - 20h30 - Pré Estreia da Cia. de Teatro do Conservatório de Tatuí. Espetáculo: “Rosa de Cabriúna”,
Cabriúna”, de Luis Alberto de Abreu. Carlos Ribeiro, direção. Ingressos: R$ 2 (revertidos para obras assistenciais).
11.10 - 19h00 - O Santo Inquérito (Teatro Escola Macunaína - São Paulo - SP). Adriano Cypriano, direção. Ingressos: R$ 2 (revertidos para obras assistenciais). Capacidade: 200 pessoas.
11.10 - 21h00 - O Santo Inquérito (Teatro Escola Macunaína - São Paulo - SP). Adriano Cypriano, direção. Ingressos: R$ 2 (revertidos para obras assistenciais). Capacidade: 200 pessoas.
12.10 - 20h30 - O Pássaro Azul (Escola Livre de Teatro - Santo André – SP). Antonio Rogério Toscano, direção. Ingressos: R$ 2 (revertidos para obras assistenciais).
13.10 - 19h00 - O Coração Delator (Escola Municipal de Música, Artes Plásticas e Cênicas “Maestro Fêgo Camargo” - Taubaté – São Paulo). Direção Coletiva.
Ingressos: R$ 2 (revertidos para obras assistenciais). Capacidade: 200 pessoas.
13.10 - 21h00 - O Coração Delator (Escola Municipal de Música, Artes Plásticas e Cênicas “Maestro Fêgo Camargo” - Taubaté – São Paulo). Direção Coletiva.
Ingressos: R$ 2 (revertidos para obras assistenciais). Capacidade: 200 pessoas.
14.10 - 20h30 - Uma Mulher Vestida de Sol (Conservatório Carlos Gomes - Campinas – SP). Direção: Alice Possani. Ingressos: R$ 2 (revertidos para obras assistenciais).
15.10 - 20h30 - Vereda da Salvação (Colégio Santo Antônio de Lisboa – São Paulo-SP). Direção: Alexandre Ferreira. Ingressos: R$ 2 (revertidos para obras assistenciais).
16.10 - 20h30 - Sétimo Selo: Réquiem para uma Geração Petrificada (Colégio Singular - Santo André – SP). Direção: Marcelo Gianini. Ingressos: R$ 2 (revertidos para obras assistenciais).
17.10 - 20h30 - Até Onde a Vista Alcança (Escola Estadual “Professora Maria Augusta de Ávila” - São Paulo – SP). Direção: Valéria de Oliveira. Ingressos: R$ 2 (revertidos para obras assistenciais).
18.10 - 20h30 - Espetáculo “O Estrangeiro”, de Albert Camus. Guilherme Leme, ator. Vera Holtz, direção. Ingressos: R$ 2 (revertidos para obras assistenciais).
19.10 - 20h30 - Recital do Grupo de Pianistas Correpetidores. Juliano Kerber, coordenação. Entrada franca.
V Encontro Internacional de Pianistas e VI Concurso Nacional de Piano de Música Brasileira Maestro Spartaco Rossi
20.10 - 20h30 - . Antonio Vaz Lemes, piano. Ingressos: R$ 10 (R$ 5 idosos, estudantes e aposentados)
21.10 - 20h30 - Premiação do Concurso Nacional de Piano de Música Brasileira Maestro Spartaco Rossi e Recital de Eudóxia de Barros, piano - Ingressos: R$ 10 (R$ 5 idosos, estudantes e aposentados)
22.10 - 20h30 - Nahim Marun, piano - Ingressos: R$ 10 (R$ 5 idosos, estudantes e aposentados)
23.10 - 20h30 - Trio Canto Câmara - Homenagem a Mendelssohn e Villa-Lobos. André Rangel, piano; Martha Herr, soprano; Eduardo Bello, violoncelo - Ingressos: R$ 10 (R$ 5 idosos, estudantes e aposentados)
24.10 - 20h30 - Catarina Domenici, piano. Ingressos: R$ 10 (R$ 5 idosos, estudantes e aposentados)
25.10 - 20h30 - Gerald Robbins, piano. Ingressos: R$ 10 (R$ 5 idosos, estudantes e aposentados).
3ª Semana de Câmara do Conservatório de Tatuí - 26 de outubro a 1º de novembro de 2009
Programação a confirmar
26.10 - 20h30 - Jazz Combo do Conservatório de Tatuí. A Pequena História da MPB – Parte III. Paulo Flores, coordenação. Ingressos: R$ 10 (R$ 5 idosos, estudantes e aposentados).
27.10 - 20h30 - Camerata de Violões do Conservatório de Tatuí. Edson Lopes, coordenação. Ingressos: R$ 10 (R$ 5 idosos, estudantes e aposentados).
29.10 - 20h30 - Premiação do II Concurso Nacional de Luteria “Enzo Bertelli” – Modalidade: Violino. Entrada franca.
30.10 - 20h30 - Banda Sinfônica do Conservatório de Tatuí. Dario Sotelo, regente. Ingressos: R$ 10 (R$ 5 idosos, estudantes e aposentados)
31.10 - 20h30 - Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí. Aylton Escobar, regente. Luiz Garcia, trompa. Ingressos: R$ 10 (R$ 5 idosos, estudantes e aposentados)
OUTROS LOCAIS
05.10 - 15h30 - Teatro Municipal de Barueri-SP. Grupo de Choro do Conservatório de Tatuí. Alexandre Bauab Junior, coordenação. Rua Ministro Rafael de Barros Monteiro, 255.
Circuito de Aulas Espetáculos - Projeto Guri.
10.10 - 20h30 - Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição. Tatuí-SP. Coro do Conservatório de Tatuí. Cadmo Fausto, coordenação. Entrada franca.
11.10 - 20h00 - Catedral Evangélica de São Paulo. Coro do Conservatório de Tatuí. Cadmo Fausto, coordenação.
11 a 18.10 - 14h, 16h, 18h e meia-noite
meia-noite.. Praça Paulo Setúbal (Praça do Barão). Mostra Paralela XXII Fetesp. Entrada franca.
23.10 - 12h00 - Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição. Projeto Concertos ao Meio-Dia. Coro do Conservatório de Tatuí. Cadmo Fausto, regente. Entrada franca.
28.10 - 21h00 - Teatro Pedro II – Ribeirão Preto, SP. Banda Sinfônica do Conservatório de Tatuí. Dario Sotelo, regente. Entrada franca.
Venda e retirada de ingressos a partir das 18h30
na bilheteria à rua São Bento, 415
Programação confirmada até 21de setembro.
Informações (15) 3251-4573 ou www.conservatoriodetatui.org.br
INGRESSOS: R$ 10,00
(R$ 5 idosos, estudante e aposentados)
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