23. (Fesp-94) O humanismo encontra no Renascimento um campo

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HISTÓRIA – Professor João Alexandre Costa Lima Lopes
da Magna Carta, um conjunto de normas que definia os direitos
do povo perante o soberano.
Na França, o fortalecimento do poder real teve início com
Luís VI, que governou de 1108 a 1137, sob a justificativa de
que a ordem real era necessária para suplantar a desordem
feudal. A monarquia francesa buscou sustentação na doutrina
católica o que, posteriormente, derivou na tese do direito
divino dos reis.
ISOLADA: HISTÓRIA
AULA 5 - RENASCIMENTO/MODERNIDADE
TRANSIÇÃO DO FEUDALISMO PARA O CAPITAL
No século XIV eclodiu, entre franceses Guerra dos
Cem Anos (1337-1453). Estavam disputados o trono da
França e o controle da região de Flandres, que era um
importante centro de comércio. A guerra durou 116
anos, durante os quais intercalavam-se períodos de
combate e de paz. Nesse conflito, destacou-se a figura
da heroína Joana D'Arc, uma jovem camponesa que
comandou as tropas francesas em várias batalhas
vitoriosas. Em 1430 foi capturada pelos ingleses e,
acusada de heresia, foi queimada viva no ano seguinte
(acabou servindo mártir e, posteriormente, como
símbolo do nacionalismo pungente do estado francês).
A Crise Do Feudalismo
Por volta do século XIII, o sistema feudal apresentava os
primeiros sinais de enfraquecimento, revelando que seus
pressupostos não atendiam às novas questões sociais. Os
fatores presentes na crise do feudalismo foram os seguintes:

Crescimento demográfico. No final do século X, a
população da Europa viveu um processo de crescimento demográfico. Para solucionar o problema da
falta de terras e de alimentos, teve início um avanço
da agricultura sobre terras onde havia florestas e pântanos. Essa conquista do solo para a agricultura, denominada arroteamento, estendeu-se até o século XIV
quando já não havia mais terras agricultáveis.

Avanço das técnicas agrícolas, como a melhor
utilização da força motriz das águas correntes e dos
animais e a substituição gradativa da madeira pelo
ferro na fabricação de enxadas e arados, tornando
essas ferramentas mais eficientes.

Crise agricola do século XIV. Com os avanços técnicos,
houve aumento da produção agrícola e o trabalho dos
camponeses tomou-se menos fatigante e mais produtivo, o que contribuiu para o aumento demográfico.
Iniciou-se então um novo período de falta de
alimentos, e a subnutrição crônica comum na Alta Idade Média transformou-se, no século XIV, em inanição.

Epidemias. Com a população mal alimentada ressurgiram, de forma devastadora, as epidemias. A mais
grave dessas epidemias foi a que ocorreu entre os
anos de 1348 e 1349, conhecida como a Grande Peste
ou a Peste Negra. Cerca de um terço da população
européia morreu vitimada pela peste.

Revoltas camponesas. O agravamento da miséria
resultou na eclosão de muitas revoltas, que uniam
camponeses de várias localidades e se alastravam por
toda a Europa. No ano de 1358, ocorreu na França a
Jacquerie, uma revolta do campesinato contra a nobreza, que durou quatorze dias, durante os quais houve muita violência. Na Inglaterra, a revolta mais grave
ocorreu em 1381, em razão de uma cobrança extraordinária de impostos. Depois de dois meses de luta,
os nobres decidiram diminuir as obrigações servis.
No século seguinte, a
desaparecido do solo inglês.
servidão
praticamente
Portugal tomou-se independente de Castela em 1143, e no
século XIV consolidou-se como um Estado Moderno,
caracterizado pela aliança entre o rei e a burguesia na
condução dos negócios públicos. O evento que provocou essa
mudança no reino luso foi a Revolução de Avis (1383-1385).
Nas cidades portuárias, sobretudo em Lisboa e Porto, havia se
formado uma expressiva burguesia ligada ao comércio marítimo, que aproveitou uma crise de sucessão para colocar no
poder o príncipe João, Mestre de Avis. Com o apoio econômico
dos comerciantes, o novo rei, João I, aplicou os recursos do
Estado nas atividades marítimas e no incentivo às pesquisas
náuticas. Essa política fez de Portugal uma potência marítima
no século XV; responsável pela expansão marítima, que mudou
para sempre a história da humanidade.
As Cruzadas: a fé, as armas e o comércio
As Cruzadas foram expedições realizadas pelos cristãos do
Ocidente, entre os séculos XI e XIII; mesclavam aspectos
religiosos, militares e econômicos. Acreditava-se que a
peregrinação aos lugares santos oferecia a possibilidade de
salvação da alma do fiel que se submetesse ao sacrifício. A
idéia de guerra santa, ou seja, de combate aos inimigos do
cristianismo (judeus e muçulmanos), deu às Cruzadas um caráter militar. Havia também o interesse em fortalecer o
comércio entre o Ocidente e o Oriente.
A primeira Cruzada foi organizada em 1095 e a oitava, e
última, em 1270. Embora o papado tenha tentado manter vivo
o movimento, os católicos já não se interessavam mais pela
idéia, pois os resultados religiosos foram inexpressivos e o
principal repercussão: o impacto econômico na Europa feudal a reativação do comércio – já havia sido atingido.
havia
O BURGO E O BURGUÊS
O comércio não desapareceu totalmente durante a Idade
Média; mesmo de forma irregular, as trocas continuaram a ser
feitas. Também as cidades continuaram existindo, mas sua
função era essencialmente religiosa e militar. Isso tudo mudou
a partir do século XI, com o incremento do comércio e com a
expansão da vida urbana. Dois fatores foram os principais responsáveis pelo Renascimento Comercial: o esgotamento das
terras, que ocasionou a entrada de muitos camponeses na
atividade comercial, e as Cruzadas. que criaram nos europeus o
gosto pelos artigos de luxo.
O aumento do consumo resultou no estabelecimento de
dois importantes centros de troca: Champagne, que reunia os
comerciantes do Mediterrâneo, do Báltico e do Mar do Norte; e
Flandres, que, com o declínio de Champagne, tomou-se a mais
movimentada região de comércio internacional. As cidades de
Bruges e Antuérpia eram os principais centros de comércio e de
finanças da região flamenga.
O aumento da atividade comercial levou à formação de
ligas ou hansas, associações que defendiam os interesses dos
comerciantes. A mais influente dessas associações foi a Liga
Hanseática, que reunia comerciantes alemães e chegou a ter
A formação das monarquias feudais
A partir do século XI, a política descentralizada que
caracterizou o feudalismo começou a mudar. A centralização
política nas mãos de um soberano realmente forte foi
impulsionada pelas novas necessidades colocadas à sociedade.
Os compromissos de fidelidade e de proteção que ligavam os
senhores feudais ao suserano maior impediam que este
organizasse a vida política de forma independente. Para
enfrentar o poder dos grandes senhores feudais, o rei buscou
apoio junto aos moradores das cidades e aos camponeses
livres.
Na Inglaterra, a centralização foi feita por Guilherme, o
Conquistador, que governou de 1066 a 1087. O rei, originário
da Normandia, fortaleceu o poder monárquico graças ao apoio
do exército e dos plebeus livres. Henrique II (1154-1189) e seu
filho Ricardo Coração de Leão (1189-1199) submeteram a
nobreza feudal por meio da Corte das Audiências Comuns, que
habitualmente favorecia o rei em suas decisões. A reação da
nobreza à centralização real resultou na assinatura, em 1215,
1
HISTÓRIA – Professor João Alexandre Costa Lima Lopes
cerca de 80 cidades associadas. Os artesãos, por sua vez,
formavam as corporações de oficio, que visavam controlar a
produção e a qualidade das mercadorias, além de garantir o
monopólio da atividade profissional.
As cidades pertenciam aos feudos, e os senhores feudais
cobravam pesados impostos dos burgueses que se instalavam
nas cidades para fazer comércio. A fim de eliminar esses
encargos, foi criado o movimento comunal, que lutava pela
autonomia das cidades. O processo de emancipação das
cidades seguiu por dois caminhos: a via pacífica, por meio do
pagamento de uma indenização; ou a guerra, em que os
burgueses tiveram o apoio dos reis, que estavam interessados
em diminuir o poder dos nobres. O movimento comunal durou
do século XI ao século XIII.
o Renascimento ocorreu, em graus diversos, em várias
regiões da Europa. Começou na Itália e expandiu-se para
França, Alemanha, Inglaterra, Espanha, Portugal e Holanda.
Apesar das diversidades regionais, o movimento apresentou
características comuns:

Retomada da cultura clássica. Os renascentistas
queriam conhecer os textos da cultura clássica, vistos
por eles como portadores de reflexões e conhecimentos que mereciam ser recuperados.

Humanismo, ou antropocentrismo. Era a valorização
do ser humano, a idéia de encontrar nas pessoas as
qualidades e as virtudes negadas pelo pensamento
católico medieval.

Ideal de universalidade. Os renascentistas acreditavam que uma pessoa poderia vir a aprender e
saber tudo o que se conhece; seu ideal de ser humano
era, portanto, aquele que conhecia todas as artes e
todas as ciências.
Artistas e pensadores do Renascimento
Nas artes plásticas destacam-se:
 Sandro Botticelli (1445-1510). O florentino destacou em
suas obras cenas religiosas, como a Madona do
Magnificat, e cenas mitológicas como O nascimento de
Vênus e Primavera.
 Leonardo da Vinci (1452-1519). Da Vinci foi notável nas
ciências e nas artes. Suas obras mais conhecidas são
as telas A Última Ceia, Mona Lisa (ouLa Gioconda) e a
Virgem dos rochedos.
 Michelangelo Buonarroti (1475-1564). Denominado divino
por seus contemporâneos, deixou uma obra artística
belíssima. Suas obras mais conhecidas são as
esculturas Pietà, Moisés e David e as muitas pinturasque compõem o teto da Capela Sistina.
 Rafael Sanzio (1483-1520). Rafael como ficou conhecido,
era pintor e arquiteto. Dedicou-se a pintar figuras
femininas e imagens sacras, das quais A Virgem com o
Menino é uma das mais bonitas.
As mudanças econômicas e sociais provocaram o
questionamento dos valores antigos. Formou-se um
grande movimento de crítica ao modo de vida do alto
clero, sobretudo ao nicolaísmo (a degradação moral dos
padres) e à simonia (venda do perdão, comércio de
objetos ditos sagrados e leilão dos cargos eclesiásticos).
Com o objetivo de diminuir as críticas, No final do século
XI, o papa promoveu a Reforma Gregoriana, que
estabeleceu normas severas quanto ao comportamento
dos clérigos e procurou desligar a Igreja do poder
político de reis e nobres. Foi criado, em 1231, o Tribunal
da Inquisição do Santo Ofício, com a função de combater
heresias (toda forma de pensar que contrariava os
pressupostos do catolicismo), mas que se transformou
em um instrumento de terror capaz de calar críticas e de
permitir muita liberdade de ação ao clero católico.
Apesar das normas severas que procurou impor, o
movimento reformista não conseguiu eliminar a
corrupção dentro da instituição.
Renascimento
O Renascimento foi a redescoberta do conhecimento fora
do âmbito do que era permitido pela Igreja, e o termo deve ser
entendido como a retomada (o renascer) do estudo de textos
da cultura greco-latina.
Os renascentistas preocupavam-se com as questões ligadas
à vida humana, por isso o movimento é associado ao
humanismo. A princípio, o humanismo buscou a valorização do
ser humano, sem, contudo, romper com a religião. A idéia de
que Deus criou a Terra e as pessoas não foi abandonada, mas
houve uma mudança: em oposição ao pensamento medieval,
que via no mundo um lugar de sofrimento, os renascentistas
afirmavam que esse mesmo mundo era um lugar de delícias,
criado para o ser humano - a mais perfeita das criações divinas
- ser feliz. Posteriormente, o humanismo passou a identificar-se
com aqueles que analisavam de forma crítica as condições,
sociais, buscando construir novas realidades.
Foi um movimento urbano, tendo início nas cidades
italianas que viviam do comércio, como Veneza, Pisa, Gênova
e, principalmente, Florença. Essas cidades mantiveram contato
com Bizâncio (Constantinopla), fato que permitiu a alguns
sábios bizantinos - que tiveram de fugir de sua terra natal por
causa das brigas religiosas - mudarem-se para a Península
!tálica e serem, em grande parte, responsáveis pelas mudanças
culturais que estamos estudando.
Para incentivar os artistas e intelectuais pobres, tornou-se
comum a prática do mecenato, isto é, uma ajuda financeira
para que os talentosos pudessem praticar sua arte sem
precisar trabalhar para garantir a subsistência.
Na literatura, os nomes mais expressivos foram:
 Dante
Alighieri
(1265-1321).
Considerado
prérenascentista, sua obra-prima, A divina comédia, é
tida como o ponto mais alto atingido pela poesia
italiana.
 Giovanni Boccaccio (1313-1375). O florentino Boccaccio
era poeta e humanista. O seu texto mais conhecido é
O decameron.
 François Rabelais (1494-1553). O renascentista francês
era um inspirado escritor satírico, que criticou o
comportamento do clero nos textos que contam a saga
de dois gigantes, Gargântua e Pantagruel.
 Luís de Camões (1524-1580). É o maior poeta épico de
Portugal, autor de Os lusiadas, uma epopéia que narra
o heroísmo português na grande aventura que foi a
expansão marítima.
 Miguel de Cervantes (1547-1616). O escritor espanhol é
autor de Dom Quixote, obra-prima literária e histórica
em que narra de forma sensível a impossibilidade de
manter os valores medievais no mundo burguês em
formação, assim como aponta o equívoco histórico da
nobreza espanhola que, ao modelo de Quixote, tinha a
mente povoada de fantasias medievais e não
despertava para a realidade dos novos tempos.
 William Shakespeare (1564-1616). O mais importante
dramaturgo inglês mostrou o ser humano em conflito
consigo mesmo, imprimindo em sua obra um forte
apelo humanista. Seus textos mais conhecidos são
Romeu e Julieta, Hamlet, A megera domada, Macbeth
e Otelo.
Um dos fatores decisivos para a difusão do Renascimento
Cultural foi a invenção da imprensa pelo alemão Johannes
Gutenberg. Durante a Idade Média, os livros eram copiados à
mão, o que tornava o trabalho muito demorado; em 1450,
Gutenberg criou a impressão mecânica, que tornou inúmeras
vezes mais veloz a reprodução de livros. A impressão mecânica
permitiu atender à crescente demanda por conhecimento, mas
não devemos nos iludir: o livro era ainda muito caro e
inacessível para as camadas pobres da população.
Os principais pensadores do Renascimento foram:
Erasmo de Roterdã (1466 ou 1467-1536). Nascido nos
Países Baixos, foi um dos principais humanistas do
Renascimento. No livro Elogio da loucura, faz críticas
contundentes aos poderes constituídos, inclusive à
Igreja católica.
 Nicolau Maquiavel (1469-1527). O italiano Maquiavel
Características do Renascimento Cultural
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HISTÓRIA – Professor João Alexandre Costa Lima Lopes
ganhou notoriedade por ter escrito O príncipe, que
traça as diretrizes do poder no Estado moderno.
 Thomas Morus (1480-1535). O pensador inglês escreveu
uma forte crítica à sociedade de sua época no livro
Utopia. Como se colocou contra a Reforma Anglicana,
foi condenado à morte.
o Renascimento Científico
Um certo distanciamento adotado pelos renascentistas em
relação às pregações católicas que condenavam a investigação
científica favoreceu, a partir do século XVI, o desenvolvimento
de vários ramos da ciência. A principal contribuição do
Renascimento ao conhecimento científico foi o desenvolvimento
da observação e da experimentação. Foi a partir dessas práticas que os renascentistas avançaram no conhecimento.
As duas principais figuras do Renascimento Científico foram
Leonardo da Vinci e Nicolau Copérnico (1473-1543). Da Vinci
inventou inúmeros mecanismos e instrumentos bélicos.
Projetou máquinas novas e aperfeiçoou outras já conhecidas.
Dedicou-se ao estudo da Anatomia Humana, da Física, da Botânica, da Astronomia. Como já foi salientado, ele foi o modelo
do renascentista, pois se dedicou a várias áreas de
conhecimento.
Copérnico contribuiu na ampliação do conhecimento da
Matemática, da Mecânica e da Astronomia. Formulou, em 1543,
a teoria heliocêntrica, que afirma que a Terra gira em tomo do
Sol, contrariando a doutrina católica medieval que defendia a
idéia de que a Terra era o centro do Universo.
Antecedentes da Reforma
Durante a Idade Média, a Igreja conquistou um vasto
império territorial e econômico, em grande parte formado por
doações de fiéis que tinham a expectativa de, com esse gesto,
conseguir o perdão de seus pecados. Os abusos praticados por
parte do clero receberam muitas críticas ao longo dos séculos,
mas no início da Idade Moderna a indignação dos católicos
resultou na divisão da cristandade do Ocidente.
O pensamento renascentista influenciou a Reforma porque,
ao propor uma nova forma de entender o mundo, valorizando o
homem e as suas realizações, entrou em confronto com os
dogmas da
Igreja, que viam no sofrimento a condição necessária para
alcançar o Paraíso. O Renascimento representou um fator de
distanciamento das pessoas em relação aos dogmas, o que
facilitou a adesão às novas religiões surgi das com a Reforma.
Na segunda metade do século XlV, surgiram dois
movimentos de contestação religiosa, o primeiro na Inglaterra,
liderado por John Wycliffe, e o segundo na Tchecoslováquia,
liderada por Huss. Wycliffe organizou a primeira tradução
completa da Bíblia para o inglês e escreveu uma série de
tratados em que defendia a primazia do poder do Estado sobre
o poder do papa e a devolução ao poder público dos bens
acumulados pelo clero. Huss defendia a reforma da Igreja, o
retorno ao culto do Evangelho, os valores nacionalistas tchecos
e a autonomia político-religiosa da região da Boêmia, que então
fazia parte do Sacro Império Romano-Germânico.
Os dois contestadores foram severamente perseguidos por
causa de suas idéias; Huss foi escomungado, preso e, em
1415, queimado vivo.
Apesar da perseguição, Lutero pôde continuar difundindo
sua doutrina porque teve apoio da nobreza alemã para quem,
descontadas as questões sinceras da fé, a Reforma tinha
grande significado político e econômico, uma vez que liberava
os reinos da tutela da Igreja e colocava todo o patrimônio
católico em solo alemão ao alcance dos nobres.
O teólogo francês Calvino criou a teoria da predestinação
absoluta, preconizando que o mundo estaria totalmente
submetido à vontade de Deus e que as pessoas já nascem
predestinadas à salvação ou à condenação. Calvino estruturou
uma doutrina rígida que ressaltava a necessidade da disciplina
moral, valorizava o trabalho e afirmava que a riqueza material
era um dos sinais de salvação. Por isso, essa doutrina foi
adotada por grande parte da burguesia que se sentia
desconfortável com o fato de o catolicismo condenar os
rendimentos obtidos por meio do lucro.
Na Inglaterra, a burguesia e a nobreza classificavam os
padres como "a classe vadia" e há muito desejavam o fim do
pagamento de tributos à Igreja. Nesse contexto, aproveitaramse de um conflito surgido entre Henrique VIII e o papa
Clemente VII, motivado pela recusa do papa em anular o
casamento do rei com Catarina de Aragão, para pressionar o
soberano a romper com Roma.
Em 1529, o Parlamento inglês formalizou seu apoio ao
monarca na luta contra o papado e aprovou leis que reduziam
os impostos cobrados pelo clero católico. Em 1532, os bispos
ingleses também manifestaram seu apoio às ações do rei na
sua luta com Roma. Em 1534, o Parlamento inglês votou o
Estatuto da Supremacia, que transformava Henrique VIII em
chefe supremo da Igreja da Inglaterra, ou Igreja anglicana. O
anglicanismo preservou grande parte dos rituais, celebrações e
dogmas católicos.
Diante da crise que se abatia sobre a Igreja, o papa Paulo
III convocou, em 1545, o Décimo Nono Concílio Ecumênico da
Igreja Cristã, que ficou conhecido como Concílio de Trento. O
tema do encontro era a discussão da fé não somente entre os
católicos, mas também entre membros das outras igrejas cristãs (protestantes e ortodoxos).
O mais forte defensor do processo de reação da Igreja foi a
Companhia de Jesus, uma ordem criada em 1534 que tinha
como princípios disciplina severa, obediência hierárquica e
comportamento moral irrepreensível. Os jesuítas foram a
principal arma do papado para compensar o avanço
protestante. Muitos jesuítas vieram para a América catequizar
os índios, aumentando assim o número de fiéis para a Igreja
católica.
Depois de dezoito anos de estudos, o Concílio de Trento
apresentou as seguintes medidas que visavam reformar a
Igreja católica:
proibição da venda de indulgências; obrigatoriedade de os
clérigos fazerem seus estudos nos seminários antes de serem
ordenados; proibição da venda dos cargos do alto clero (bispos,
arcebispos e cardeais).
A Reforma Católica restringiu-se praticamente a eliminar as
ações que geravam muitas críticas, e o papado manteve alguns
dogmas, como o princípio da salvação pela fé e pelas boas
obras, o celibato clerical (proibição de padres se casarem) e a
validade
dos
sete
sacramentos
(batismo,
eucaristia,
confirmação, penitência ordem, casamento, extrema-unção,).
Houve, também, a reativação do Tribunal do Santo Ofício
ou Tribunal da Inquisição, que passou a perseguir, condenar e
executar muitos dos que questionavam os dogmas católicos ou
que queriam discutir os princípios da religião.
A Contra-Reforma, de modo geral, consistiu em um
conjunto de medidas tomadas pela Igreja Católica com o
surgimento das religiões protestantes. Longe de promover
mudanças estruturais nas doutrinas e práticas do catolicismo, a
Contra-Reforma estabeleceu um conjunto de medidas que
atuou em duas vias: atuando contra outras denominações
religiosas e promovendo meios de expansão da fé católica.
Uma das principais medidas tomadas foi a criação da
Companhia de Jesus. Designados como um braço da Igreja, os
jesuítas deveriam expandir o catolicismo ao redor do mundo.
Contando com uma estrutura hierárquica rígida, os jesuítas
foram os principais responsáveis pelo processo de catequização
das populações dos continentes americano e asiático. Utilizando
A Reforma luterana
Martinho Lutero acreditava que o caminho da salvação era
o arrependimento, portanto as doações feitas à Igreja, com a
intenção de salvar a alma após a morte, eram desnecessárias.
As idéias de Lutero entravam em choque com os interesses de
uma parte do clero, que se interessava em demasia pelas
questões econômicas e pela riqueza material. Os pontos
principais da doutrina luterana são:

a salvação se dá unicamente pela fé;

a interpretação da Bíblia é livre;

apenas dois sacramentos são necessários: o batismo e a eucaristia;

o único dogma (isto é, a única verdade que não
pode ser contestada) são as Escrituras Sagradas:

supressão do celibato clerical e do culto às imagens (ícones);

submissão da Igreja ao Estado.
3
HISTÓRIA – Professor João Alexandre Costa Lima Lopes
um sistema de rotinas e celebrações religiosas regulares, a
Companhia de Jesus conseguiu converter um grande número
de
pessoas
nos
territórios
coloniais
europeus.
A Inquisição, instaurada pelo Tribunal do Santo Oficio,
outra instituição eclesiástica criada na Contra-Reforma, teve
como principal função combater o desvio dos fiéis católicos e a
expansão de outras denominações religiosas. Além de
perseguir protestantes, a Santa Inquisição também combateu
judeus e islâmicos, que eram considerados pecadores e infiéis.
Entre outras formas, a Inquisição atuava com a abertura de
processos de investigação que acatavam denúncias contra
hereges e praticantes de bruxaria. Caso fossem comprovadas
as denúncias, o acusado era punido com sanções que iam
desde o voto de silêncio até a morte na fogueira.
Em 1542, o Concílio de Trento, uma reunião dos
principais líderes da Igreja organizada pelo papa Paulo III,
selou o conjunto de medidas tomadas pela Contra-Reforma. No
Concílio de Trento estabeleceu-se o princípio de infabilidade
papal e a declaração do Índex, conjunto de livros proibidos pela
Igreja. Além disso, a Vulgata foi estabelecida como versão
oficial da Bíblia Sagrada, foi proibida a venda de indulgências e
todas as doutrinas católicas foram reafirmadas.
Considerada a primeira religião fundada durante as
Reformas Protestantes, o Luteranismo foi uma religião criada
em meio às questões sócio-políticas do Sacro Império
Germânico. Ainda arraigado aos entraves do feudalismo, o
Sacro-Império contava com um conjunto de principados que
tinham mais de um terço de suas terras dominados pela Igreja
Católica.
Tolhidos pelo poder de decisão dos clérigos, a relação
entre a nobreza e a Santa Igreja já se mostrava abalada
mesmo antes de chegarmos ao surgimento das polêmicas
levantadas pelas idéias do padre e professor Martinho Lutero.
Durante seus estudos, Lutero começou a criticar pontos vitais
da doutrina católica. No ano de 1517, ele censurou a venda de
indulgências e outras práticas da Igreja na obra As 95 Teses.
Escrita em alemão, a obra ganhou popularidade e chegou ao
conhecimento
dos
clérigos
católicos.
Repudiando as idéias de Lutero, o papa Leão X, em
1520, redigiu uma carta condenando sua obra e exigindo a
retratação do monge, ameaçando-o de excomunhão. Em 1521,
Segundo Calvino, o princípio da predestinação absoluta
seria o responsável por explicar o destino dos homens na
Terra. Tal princípio defendia a idéia de que, segundo a
vontade de Deus, alguns escolhidos teriam direito à
salvação eterna. Os sinais do favor de Deus estariam
ligados a condução de uma vida materialmente próspera,
ocupada pelo trabalho e afastada das ostentações
materiais.
De acordo com alguns estudiosos, como o
sociólogo Max Weber, o elogio feito ao trabalho e à
economia fizeram com que grande parte da burguesia
européia simpatizasse com a doutrina calvinista. Contando
com esses princípios, observamos que a doutrina calvinista
se expandiu mais rapidamente que o Luteranismo.
Em outras regiões da Europa o calvinismo ganhou
diferentes nomes. Na Escócia, os calvinistas ficaram
conhecidos como presbiterianos; na França como
huguenotes; e na Inglaterra foram chamados de puritanos.
Sob aspectos formais, o anglicanismo preservara
os moldes hierárquicos e a adoração aos santos católicos.
No que se refere às suas doutrinas, o anglicanismo
incorporou alguns princípios calvinistas. Além disso, o poder
exercido pela Igreja Anglicana concedeu condições para que
o Estado se apropriasse das terras em posse dos clérigos
católicos.
A partir dessas novas medidas estabelecidas pelo
anglicanismo, o poder de influência da Igreja Católica sob
as questões do governo britânico sofreu uma grande
limitação. Por outro lado, as características desta nova
igreja cristã incentivaram a ampliação das atividades
burguesas
na
Inglaterra.
sob ordens do imperador Carlos V, Lutero foi convocado a
negar suas idéias num encontro chamado Dieta de Worms.
Durante o encontro Lutero reafirmou suas crenças e foi
considerado herege. Mesmo com a oposição da Igreja, setores
da nobreza alemã resolveram proteger Martinho Lutero.
Durante esse período, Lutero se dedicou a traduzir do
latim para o alemão e publicar a chamada Confissão de
Augsburgo. Essa última publicação continha as bases da
doutrina luterana que, entre outros pontos, defendia a salvação
pela fé, a livre interpretação do texto bíblico, a negação do
celibato e da adoração à imagens, a realização de cultos em
língua nacional e a subordinação da Igreja ao Estado.
A nova religião, mesmo contendo pontos que
favoreciam o poder nobiliárquico, também foi responsável pela
incitação de uma série de revoltas populares contra a ordem
estabelecida. Nesse período, várias terras foram invadidas e
igrejas foram saqueadas pelos alemães. Condenando os
movimentos insurgentes, Lutero apoiou as forças senhoriais
que
reprimiram
o
movimento.
Somente em 1555, com a assinatura da Paz de
Augsburgo, os conflitos sociais e religiosos cessaram de vez. No
tratado estabelecido, os príncipes alemães teriam o direito de
adotar livremente qualquer tipo de orientação religiosa para si
e seus súditos.
Ocorrido como um desdobramento da Reforma Luterana, o
movimento Calvinista foi uma das principais religiões surgidas
durante a Reforma Protestante. A Suíça, criada após sua
separação do Império Romano-Germânico, em 1499, teve
contato com as idéias de Martinho Lutero através da pregação
feita pelo padre Ulrich Zwinglio.
Ao propagandear as doutrinas luteranas pela Suíça,
Zwinglio desencadeou uma série de revoltas civis que
questionavam as bases do poder vigente. A prática do
zwinglianismo preparou terreno para a doutrina que seria mais
tarde criada pelo francês João Calvino. Perseguido em sua terra
natal, João Calvino refugiou-se na Suíça com o intuito de
disseminar outra compreensão sobre as questões de fé
levantadas por Martinho Lutero.
4
HISTÓRIA – Professor João Alexandre Costa Lima Lopes
Livro Sagrado
Salvação
Humana
Sacramentos
Rito Religioso
Principais áreas
de influência
européia
A Bíblia é a fonte da fé. Mas
devia ser interpretada pelos
padres da Igreja
Salvação pela São sete:
fé e boas
batismo,
obras
crisma,
eucaristia,
matrimônio,
penitência,
ordem e
extrema
unção.
Missa solene. Uso
do latim.
Espanha,
Portugal, Itália,
Sul da
Alemanha, a
maioria da
França, parte da
Irlanda.
A Bíblia é a única fonte da fé. Salvação pela São dois:
Permitia-se o seu livre
fé em Deus.
batismo e
exame.
eucaristia.
Culto simples. Uso
da língua nacional
(alemã, inglesa
etc.).
A Bíblia é a única fonte da fé. Salvação pela São dois:
Permitia-se o seu livre
fé e graça de batismo e
exame.
Deus
eucaristia
(predestinaçã
o).
Culto bem
simples: uso das
línguas nacionais.
Norte da
Alemanha,
Dinamarca,
Noruega,
Suécia.
Suíça, Holanda,
parte da França
(huguenotes),
Inglaterra
(puritanos),
Escócia
(presbiteriano)
A Bíblia é a fonte da fé. Devia
ser interpretada pela Igreja e
permitia-se o seu livre
exame.
Culto conservando
a forma católica
(liturgia,
hierarquia da
Igreja). Uso da
língua nacional
(inglês).
Anglicana
Calvinista
Luteran
a
Católicos
Igreja
CATÓLICOS E PROTESTANTES (SÉC.XVI)
Salvação pela São dois:
fé e graça de batismo e
Deus
eucaristia.
(predestinaçã
o).
Inglaterra.
Estado, e sim as águas, utilizadas para a irrigação.
b)
Apesar controlar a produção, o Estado não era
autoritário, pois havia se formado naturalmente.
c)
O Estado controlava os meios de produção,
monopolizava o conhecimento técnico e explorava o
camponês.
d)
Os camponeses exigiam que o Estado arbitrasse
as disputas pelos recursos naturais.
e)
O controle dos rios permitiu o desenvolvimento do
comércio local, de desenvolvimento da Antigüidade.
AULA 5 - HORA DA DIVERSÃO!
A BAIXA IDADE MÉDIA - CRUZADAS –
1.
Impossibilitados de defender o reino, os soberanos
delegaram poder aos senhores feudais. Por isso, e com
vistas a se autoprotegerem, os senhores procuraram
relacionarem diretamente.
Sobre a citação é correto afirmar:
a)
A relação de suserania e vassalagem serviu para
preservar a situação inferior do servo.
3. Para defender-se das invasões, os senhores
ligavam-se diretamente, através do juramento de
fidelidade, feito sobre a bíblia e as relíquias sagradas, para
evitar a ruptura dos dois contratantes.
A partir do texto podemos afirmar:
a)
Teoricamente o poder pertence ao rei, mas de
fato são os senhores feudais que o detêm, sendo, portanto
localizado.
b)
A instituição de relação de suserania e
vassalagem aumentou a subordinação do servo em relação
ao senhor.
c)
O objetivo dos senhores feudais era o de ligaremse ao menor número possível de senhores, pois teriam
menores obrigações.
d)
Assim como os senhores feudais interferiam nas
nomeações para os cargos eclesiásticos, a Igreja podia
determinar o sucessor de cada feudo.
e)
Como o vínculo de estabelecia contra as invasões
externas, não havia hierarquização nessa relação.
b)
A descentralização política fez com que os reis
desaparecessem.
c)
O rei tornou-se vassalo dos grandes barões,
perdendo suas terras.
d)
Retrata relações elitizadas, baseadas na fidelidade
e em obrigações recíprocas.
e)
Demonstra o poder da Igreja sobre o rei e a
nobreza.
2. O dirigismo era uma conseqüência natural da
estrutura geográfica do país; de fato, o Estado era
obrigado a intervir nos trabalhos para regularizar a
utilização das águas do rio. A partir do texto,
podemos considerar correto para a economia da
região que:
a)
Na verdade a terra não era controlada pelo
5
HISTÓRIA – Professor João Alexandre Costa Lima Lopes
Renascimento Urbano
04. (FUVEST) As corporações de ofício medievais
possuíam um conjunto de regras que formavam um
verdadeiro
código de ética. Uma dessas regras eras a do "justo
preço", que se pode formular do seguinte modo:
a) A corporação deveria promover a ascensão do
produtor à categoria de empresário.
b) Cada qual deveria vender a seus clientes sem
procurar seduzir a freguesia dos confrades.
c) O artífice não deveria trabalhar tendo em vista
unicamente o ganho, mas de modo a produzir artigos
"de lei".
d) O valor de um produto era representado pela
adição do custo da matéria-prima ao custo do trabalho.
e) O mestre não tinha o direito de utilizar-se do
aprendiz exclusivamente em benefício próprio, mas deveria
ensinar-lhe lealmente todos os segredos do ofício.
a) uma tentativa de integração dos ideais cristãos
com a filosofia aristotélica;
b) a supremacia do racionalismo sobre o
misticismo;
c) a dominação da fé pela razão;
d) a dominação absoluta da fé pela razão;
e) n.d.a.
10. (GV) A Guerra dos Cem Anos (1337 - 1453),
entre franceses e ingleses, teve como conseqüências
principais:
a) a consolidação do poder monárquico na França e
a expulsão quase completa dos ingleses do território
francês;
b) a consolidação do poder monárquico na
Inglaterra e a expulsão quase completa dos franceses do
território inglês;
c) a incorporação de parte do território francês pela
Inglaterra e o conseqüente enfraquecimento do poder real
na França;
d) a incorporação de parte do território inglês pela
França e o conseqüente enfraquecimento do poder real na
Inglaterra;
e) a aliança entre franceses e flamengos e o fim da
hegemonia inglesa sobre o comércio europeu.
05. (GV)
"Durante o século XII, toda a extensão da Flandres
converteu-se em um país de tecelões e batedores.
O trabalho de lã, que até então se havia praticado
somente nos campos, concentrou-se nas
aglomerações mercantis que se fundavam por toda
parte e animou um comércio cujo progresso era
incessante. Formaram-se assim as incipientes
manufaturas de Bruges, Ypres, Lille, Douai e Arras."
(Henri Pirenne)
Podemos relacionar o conteúdo deste texto com:
a) as invasões bárbaras, que aceleraram a
formação de "vilas" durante o Baixo Império Romano;
b) o Renascimento Comercial, que atingiu o interior
o da Europa a partir do século XI;
c) as feiras de comércio local e internacional que se
desenvolveram no interior da Europa;
d) as mudanças econômicas européias, que
exigiram adaptações e mudanças no regime feudal;
e) as ligas de mercadores que impulsionaram o
desenvolvimento mercantil no Mar do Norte, a exemplo
da Liga Hanseática.
11. (CESGRANRIO) Houve uma série de mudanças que
assinalaram a transição da economia estática e contrária ao
lucro da Idade Média para o dinâmico regime capitalista do
século XV e seguintes. A respeito desse processo,
podemos afirmar que:
a) a conquista do monopólio comercial do
Mediterrâneo pelos turcos desenvolveu o comércio com as
cidades mercantis da Liga Hanseática;
b) a introdução de moedas de circulação geral,
como o ducado veneziano e o florim toscano, desorganizou
a economia monetária da época;
c) a procura de materiais bélicos desestimulava os
novos monarcas e desenvolver o comércio, pois
estavam preocupados com sua própria segurança;
d) a acumulação de capitais excedentes, oriundos
das especulações comerciais, marítimas ou de mineração,
trouxe novos horizontes de opulências e poder;
e) o sistema de manufatura desenvolvido pelas
corporações de ofícios consolidou-se, afastando-se delas o
fantasma da extinção.
06. (PUCC) Assinale o grupo de palavras que
melhor se relaciona com a Liga Hanseática:
a) Mestres, aprendizes e jurados.
b) Suseranos, vassalos e feudos.
c) Cambistas, banqueiros e papel-moeda.
d) Cavaleiros, escudeiros e feiras.
e) Corporações, guildas e monopólios.
REFORMA RELIGIOSA
12. Com relação à Reforma é correto dizer que:
a) foi apenas um movimento de contestação religiosa à
Igreja Católica, não tendo nenhuma implicação política ou
econômica.
b) nada teve a ver com as condições geradas na Europa do
século XVI pelo desenvolvimento do comércio, pela
ascensão da burguesia e pelo Renascimento.
c) foi o movimento que rompeu a unidade religiosa da
Europa Ocidental, dando origem a novas igrejas cristãs.
d) valorizava Deus, a fé e o desprezo pelas coisas terrenas,
porque não era materialista, mas, sim, pregadora do
fanatismo de predestinação e da submissão do homem a
Deus.
e) foi um movimento que reafirmou os dogmas católicos e
que foi intransigente com relação aos protestantes.
07. (FUVEST) Na Idade Média praticava-se a indústria
artesanal,
através
de
associações
profissionais
denominadas
"corporações de ofício". As corporações de ofício eram:
a) associações de profissionais que exerciam a
mesma atividade dentro do burgo;
b) o mesmo que as "ligas para o livre-comércio";
c) associações de burgos para a proteção do
mercado;
d) associações de profissionais de vários ofícios
dentro do burgo;
e) associações internacionais de ligas profissionais.
08. As confrarias medievais eram:
a) organizações dedicadas ao controle da
produção;
b) associações comerciais de cidades-livres;
c) agrupamento de artífices e mercadores em torno
de um santo padroeiro;
d) associações de mercadores maçons;
e) n.d.a.
As Transformações do feudalismo
09.
(TAUBATÉ) A filosofia escolástica,
predominou na Baixa idade Média, representou:
13. A chamada Guerra dos Trinta Anos (1618-1648)
foi considerada como a última grande guerra de
religião da Época Moderna. A seu respeito é correto
afirmar:
a) O conflito levou ao enfraquecimento do império
Habsburgo e ao estabelecimento de uma nova situação
internacional com o fortalecimento do reino francês.
b) O conflito iniciou-se com a proclamação da
independência das Províncias Unidas, que se separavam,
assim, dos domínios do império Habsburgo.
que
6
HISTÓRIA – Professor João Alexandre Costa Lima Lopes
c) O conflito marcou a vitória definitiva dos huguenotes
sobre os católicos na França, apoiados pelo monarca
Henrique de Bourbon, desde o final do século XVI.
d) O conflito estimulou a reação dos Estados Ibéricos que,
em aliança com o papado, desencadearam a chamada
Contra-Reforma Católica.
e) O conflito caracterizou-se pelas intervenções inglesas no
continente europeu, através de tropas formadas por grupos
populares enviadas por Oliver Cromwell.
e)
Todas as afirmativas estão corretas.
17.Paulo III, ao convocar o Concílio de Trento
(1545), visava, entre outros objetivos, a:
a) Combater a divulgação das idéias heróicas propostas
na reforma protestante de Thomas Morus;
b) Consagrar o princípio da Paz de Augsburgo, que dá aos
príncipes a livre escolha da religião;
c) Determinar os autores e as obras que não eram
contrárias ao ensino da Igreja;
d) Confirmar pontos da ortodoxia católica que não foram
atacados por elementos reformistas;
e) Estabelecer a política da Igreja Católica em relação ao
movimento hussista na Boêmia.
14. (UFPE- 2004)O Renascimento e a Reforma trouxeram
práticas culturais que alteraram as relações sociais na
Europa, construindo espaço para se pensar diferente do que
pensava o mundo medieval, dominado pela Igreja Católica
e pelo feudalismo. Com relação a
esse tema, podemos afirmar que o Renascimento:
0-0) não se fundamentou em tradições culturais
anteriores, mas buscou uma crítica aos valores
religiosos, consagrando o racionalismo de
Descartes.
1-1) deu completa continuidade aos valores culturais
do catolicismo medieval, embora criticasse
politicamente as práticas da Igreja Católica.
2-2) teve repercussão cultural em vários países da
Europa e influenciou a arte e a literatura da
época.
3-3) desprezou as culturas européias da Idade
Média, assimilando apenas os ensinamentos
racionalistas de São Tomás de Aquino.
4-4) teve em Miguel de Cervantes uma das maiores
expressões literárias e um importante destaque
da narrativa na Espanha.
18.A reforma Protestante tem seus fundamentos iniciados
nos estudos e na doutrina defendida por Martinho Lutero.
Sobre sua atuação como líder religioso, assinale a
alternativa correta.
a) Martinho Lutero foi um religioso católico pregador de
um novo cristianismo – o protestantismo – que apoiou
os camponeses alemães na luta contra o regime de
servidão.
b) Martinho Lutero foi um monge agostiniano no século
XVI; criticou a Igreja Católica por não aplicar o produto
das indulgências às populações mais necessitadas.
c) Martinho Lutero, reformador religioso, foi responsável
pela tradução da Bíblia da língua latina para a língua
alemã, facilitando a difusão das idéias protestantes e
fundando uma nova religião.
d) Martinho Lutero, líder religioso alemão, lutou para
modificar preceitos e dogmas da Igreja Católica e
defendeu a livre leitura da Bíblia e a preservação dos
sacramentos do batismo e da eucaristia.
e) Martinho Lutero recebeu apoio dos camponeses
alemães; em contrapartida foi perseguido por
príncipes. A religião fundada por ele foi, portanto, uma
religião popular.
15.A Reforma Protestante, que marcou de forma profunda
o início dos tempos modernos, foi motivada por um
conjunto de fatores que extrapolam limites da contestação
religiosa. Para o entendimento desse movimento, é
preciso levar-se em conta:
I II
0 0 O choque entre a concepção teológica da Igreja,
desenvolvida na Idade Média, com a atividade
da burguesia da fase de expansão marítimocomercial.
1 1 O fortalecimento das monarquias européias dos
século XVI, dando prioridade aos sentimentos
nacionais.
2 2 A tese da predestinação, defendida por Calvino,
associada à prosperidade econômica dos
“eleitos”.
3 3 O apoio de Lutero aos camponeses da Alemanha
nas lutas contra as classes dominantes, levandoos à vitória.
4 4 O fato de a religião Ter deixado de ser
importante para o homem do século XVI, agora
só preocupado com as condições da vida
material.
19.A respeito da Reforma Protestante é correto
afirmar:
a) O anglicanismo estabelecia o monarca inglês como chefe
supremo da Igreja da Inglaterra.
b) O luteranismo significou o surgimento de uma religião
popular contrária aos privilégios da nobreza da Alemanha.
c) O calvinismo difundiu-se rapidamente na Itália e na
Península Ibérica devido aos seus valores aristocráticos.
d) O anglicanismo representou a separação entre o poder
religioso e o Estado na Inglaterra no século XVI.
e) O calvinismo do século XVI sustentava a idéia de que a
salvação realizava-se pela fé e pelas obras humanas.
RENASCIMENTO
20. (Covest-89) As epopéias, gênero literário muito
utilizado no Renascimento, têm um significado histórico e
didático que ultrapassa os gêneros, pois visavam:
Assinale abaixo a alternativa que não a este gênero
literário renascentista.
a) garantir, através dos relatos gloriosos, a vitória do poder
espiritual sobre o poder temporal;
b) prognosticar o destino glorioso do povo retratado;
c) mostrar as possibilidades de um povo que luta garante
seu espaço enquanto nação;
d) exaltar o poder temporal, as conquistas e feitos das
casas reinantes;
e) enaltecer e glorificar as nações emergentes, legitimando
simbolicamente os estados monárquicos.
16.Leia as afirmativas abaixo:
1) Havia uma crise na organização eclesiástica da Igreja
Católica, quando se instalou na Europa a Reforma
Protestante.
2) Existiu uma relação estreita entre o desenvolvimento
comercial e econômico capitalista e a reação católica à
Reforma Protestante.
3) Reforma
e
Contra-Reforma
são
movimentos
protestantes
e
católicos,
respectivamente,
de
transformações religiosa ocorridos na Europa no século
XVI.
Assinale a alternativa correta referente às reformas
religiosa do século XVI.
a) Só as afirmativas 1 e 2 estão corretas;
b) Só a afirmativa 2 está correta;
c) Só as alternativas 1 e 3 estão corretas;
d) Só as alternativas 2 e 3 estão corretas;
21. (Covest-89)“Ouso tudo que é próprio de um homem;
quem ousar fazer mais do que isso não é” (Lord Macbeth
Shakespeare). Shakespeare revela, através de um de seus
personagens a audácia da experiência renascentista.
Assinale
a
coluna
I
as
características
que
7
HISTÓRIA – Professor João Alexandre Costa Lima Lopes
correspondem à cultura renascentista e na coluna II
aquelas que não lhe dizem respeito:
0 0. a construção do individualismo, do racionalismo e da
investigação ilimitada;
1 1. a consagração e a vitória da razão abstrata, versada no
rigor das matemáticas;
2 2. o estímulo, através da razão, à formação das línguas
modernas e da constituição da identidade nacional;
3 3. a investigação científica, tendo como base a Filosofia
Patrística e a Tomística;
4 4. a consciência dos limites intelectuais do homem,
determinados pela fé e pela razão.
d)
e)
O Renascimento foi um movimento artístico,
literário e científico defensor do humanismo
baseado no antropocentrismo e no espírito crítico
em oposição ao teocentrismo.
O Renascimento fez renovar toda a tradição
islâmica da península Ibérica reprimidas pelas
cruzadas.
25. Muitos artistas e filósofos do Renascimento escreveram
sobre a natureza e o seu valor para a arte, mas nenhum foi
tão bom observador como Leonardo da Vinci. A prova, tanto
da sua curiosidade insaciável como de seu entendimento
profundo da natureza, pode encontrar-se nos seus muitos
desenhos e livros de notas. O Mundo do Renascimento
Dentre as principais características do movimento
denominado Renascimento Cultural, encontradas nas
obras de Leonardo da Vinci, podemos destacar:
a) o bidimensionalismo estético e a desvalorização do ser
humano.
b) o naturalismo e o geocentrismo.
c) o antropocentrismo e o humanismo.
d) o teocentrismo e o uso de conceitos irracionais abstratos.
e) a arte humanista e a ausência da perspectiva linear.
22. “...Há dois mil anos a humanidade acreditava que o Sol
e as estrelas giram em torno dela... e agora é um tempo
novo... Gosto de pensar que tudo tenha começado com os
navios. Desde que há memória, eles vinham se arrastando
ao longo da costa, mas de repente, deixaram a costa e
exploraram os mares todos. EM nosso velho continente
nascia um boato: existem continentes novos... surgiu um
grande gosto pela pesquisa da causa de todas as coisas...
Pois onde a fé teve mil anos de assento, sentou-se agora a
dúvida, Todo mundo diz: é, está nos livros -, mas agora nos
queremos ver com nossos olhos...”
(Trecho da fala de Galileu na peça teatral que leva seu
nome, autoria de Bertolt Brecht)
Bertolt Brecht, importante dramaturgo contemporâneo, é
grande admirador de Galileu que publicou seus principais
trabalhos sobre a mecânica nos fins do século XVI. Através
da peça, Brecht tenta resgatar as idéias que começavam a
ganhar força nessa época é que tiveram, naquele sábio, um
de seus maiores defensores.
(Covest-92) Para resolver essa questão, considere
correto o que representa mudança rumo à
modernidade.
0 0. otimismo com o desenvolvimento das ciências em
oposição ao primado da fé;
11. ampliação dos limites geográficos, superando
superstições e mitos sobre terras desconhecidas;
2 2. crença em que o avanço da racionalidade tenderia a
emancipar o homem do jugo da tradição e da autoridade;
3 3. aceitação, pela igreja, da idéia de Galileu de que ao
lado da verdade revelada haveria uma verdade da natureza
com suas leis e linguagem própria;
4 4. crença em que as novas idéias propiciaram o reforço
do papel do Estado sobre a sociedade civil, garantindo,
assim as aspirações de liberdade e individualidade;
26. Miguel de Cervantes, um dos grandes expoentes
renascentistas, pretendia com seu livro Dom
Quixote:
a) Denunciar o papel submisso da mulher, representado
pela heroína Dulcinéia.
b) Exaltar os valores da cavalaria, da honra, do herói,
imortalizados na figura de Dom Quixote.
c) Fazer uma crítica dos valores medievais, satirizando-os
nas figuras de Dom Quixote e Sancho Pança.
d) Mostrar a inutilidade da luta contra a Igreja, utilizando a
imagem de Dom Quixote lutando contra os moinhos de
vento.
e) Satirizar a figura do monarca absoluto, ao entronizar
Sancho Pança como rei da imaginária ilha da Cocanha.
27. Indique a alternativa falsa:
a) O humanismo foi um movimento universalista e
restrito as letras
b) O Renascimento foi um movimento nacionalista
que abarcou as letras, as artes e a ciência, de uma
forma geral, contra os preceitos da Igreja.
c) São características do Renascimento o
individualismo, o naturalismo e o
antropocentrismo.
d) O racionalismo no Renascimento fica claro quando
da utilização da Filosofia Escolástica
e) São desse período a divisão social do trabalho, o
paganismo e o hedonismo.
23. (Fesp-94) O humanismo encontra no Renascimento um
campo fértil para o seu desenvolvimento estimulando a
arte, a ciência e o pensamento livre. Assim, é incorreto
afirmar que:
a) a Igreja continuava importante e o latim era utilizado por
cientistas, poetas e filósofos;
b) as línguas dos novos países que se formavam não eram
utilizadas nem nas transações comerciais;
c) a livre informação e discussão eram condenadas pela
elite letrada que se acreditava detentora das doutrinas
existentes
d) era necessária a associação dos artistas com homens
poderosos para garantir a produção de novos trabalhos;
e) a arte tratada mais como ofício, valorizando-se a
habilidade em detrimento da genialidade dos que a
praticavam.
28. "As tropas inumeráveis de carneiros que se espalham
atualmente por toda a Inglaterra, constituídas por animais
tão doces, tão sóbrios mas (que) são, no entanto, tão
vorazes e ferozes que comem até pessoas e despovoam os
campos, as casas e as aldeias. Com efeito, em todas as
partes do reino, onde se produzem as mais finas e
preciosas lãs, ocorrem, para disputar a terra, os nobres, os
ricos, e mesmo os santos abades.
" O texto, extraído do livro A Utopia, de Thomas Morus,
publicado em 1516, refere-se:
a) às transformações das áreas rurais inglesas com a
criação de carneiros e pastagens, com conseqüente redução
de poder econômico dos abades e setores da burguesia.
b) à crise do sistema feudal inglês com a ampliação de
pastagens, concentração de propriedades rurais e abandono
do campo pelos camponeses.
c) ao êxodo rural que ocorreu com a decadência dos feudos,
provocada pela Revolução Industrial e pelo crescimento
urbano.
d) à crise do sistema rural, provocada pelos conflitos entre
os senhores feudais e reaieza, peia posse das terras mais
férteis para plantações e pastagens para criação de
24. (Covest-95) Sobre o Renascimento, pode-se
afirmar:
a) pode ser visto como uma revolução religiosa,
resultado das profundas transformações que
ocorreram entre a transição do feudalismo para o
capitalismo.
b) Florença e Roma, Pequim e Bagdá foram centro do
movimento de irradiação renascentista.
c) O Renascimento valorizava o anonimato e
fortalecia o sentido nacionalista.
8
HISTÓRIA – Professor João Alexandre Costa Lima Lopes
carneiros.
e) à intervenção dos burgueses, produtores de lã, na
organização das propriedades agrícolas, que passaram a ser
disputadas por abades, camponeses e artesãos.
completamente divorciadas das transformações sociais,
políticas, religiosas e econômicas do período.
c) Cenas do Antigo Testamento, episódios da vida de Jesus,
retratos de santos e mártires compunham os principais
temas da arte renascentista, evidenciando uma perspectiva
teocêntrica de valorização do sagrado.
d) A propagação da cultura renascentista esteve articulada
ao impulso das atividades mercantis e ao desenvolvimento
da imprensa, que possibilitou a difusão em maior escala das
obras literárias.
e) O Renascimento desenvolveu-se após a expansão
industrial européia e motivou uma atitude nostálgica com
relação aos paraísos tropicais que passaram a ser
retratados nas obras literárias, nas pinturas e nas
composições musicais.
Resolução
O Renascimento Cultural tem sua origem na Itália e se
difundiu para vários lugares da Europa graças à impressão
de obras literárias e ao desenvolvimento das atividades
comerciais, criando as condições necessárias para o seu
florescimento.
29. (PE no Futuro) A revalorização da cultura grecoromana
pelos
renascentistas
influenciou
a
historiografia sobre a Antigüidade até o século XX.
Neste sentido, além de considerá-la como o marco
de separação da “civilização e barbárie”, os
estudos
tradicionais
sobre
a
Antigüidade
apresentam-se etnocêntricos por excelência, o
que, na atualidade, tem suscitado muitas críticas
A) não pertinentes, pois é efetivamente na denominada
Antigüidade Clássica que encontramos os elementos que
permitem identificar o nível de superioridade cultural de
um grupo humano sobre o outro, independente de
tempo e espaço.
B) pertinentes, uma vez que a visão etnocêntrica, dentre
outros aspectos, cristaliza o preconceito através de uma
construção histórica que estabelece a discriminação, ao
considerar um grupo étnico como superior ao outro,
tendo por referência um padrão de valor baseado na
própria experiência do grupo que procede a análise.
C) pertinentes, uma vez que as críticas à visão etnocêntrica
se devem, principalmente, ao fato de que as análises
processadas investigam, apenas, o aspecto artísticocultural das sociedades greco-romanas na Antiguidade
Clássica.
D) impertinentes, uma vez que é inegável a superioridade
cultural das sociedades greco-romanas frente aos
bárbaros, causadores do declínio daquelas civilizações.
E) impertinentes, uma vez que que possibilitem o
estabelecimento de comparações entre grupos em
estágios tecnológicos diferentes; o etnocentrismo aponta
um sentido para a História, definindo o lugar a que
todas as sociedades devem chegar.
GABARITO
AULA 5 RESPOSTA: 1-D / 2-C / 3-A / 4-D / 5-B / 6-E
/ 7-A / 8-C / 9-A / 10:A / 11-D / 12-C / 13-A / 14FVVFV / 15-VVVFF / 16-C / 17-C / 18-C / 19-A / 20C/ 21-VVVFF / 22-VVVFF / 23-B / 24-D / 25-C / 26C / 27-D / 28-B/ 29-C/ 30-B/ 31-D
30. "Minhas composições me rendem muito, posso dizer
que tenho mais encomendas do que poderia atender. E,
para cada coisa, tenho seis, sete editores e mais ainda se o
coração mo ditar, eles não negociam mais comigo eu exijo
e me pagam". Beethoven, em carta de 1801. Dessa
afirmação, pode-se deduzir que Beethoven foi um
artista que.
a) ao se colocar sob a proteção dos mecenas, continuou a
tradição dos antecessores.
b) ao vender suas obras no mercado, tornou-se
independente dos mecenas.
c) ao se independizar dos mecenas, foi repudiado pelos
demais músicos clássicos.
d) ao adaptar suas composições ao gosto popular, rompeu
com a música erudita.
e) ao subordinar sua arte ao melhor preço, tornou-se um
músico venal e conformista
31. "Nunca uma civilização dera tão grande lugar à pintura
e à música, nem erguera ao céu tão altas cúpulas, nem
elevara ao nível da alta literatura tantas línguas nacionais
encerradas em tão exíguo espaço. Nunca no passado da
humanidade tinham surgido tantas invenções em tão pouco
tempo. Pois o Renascimento foi, especialmente, progresso
técnico; deu ao homem do Ocidente maior domínio sobre
um mundo mais bem conhecido. Ensinou-lhe a atravessar
os oceanos, a fabricar ferro fundido, a servir-se das armas
de fogo, a contar as horas com um motor, a imprimir, a
utilizar dia a dia a letra de câmbio e o seguro marítimo".
DELUMEAU, Jean, A Civilização do Renascimento, vol. 1, p.
23.
A respeito do Renascimento é correto afirmar:
a) O termo foi criado no século XVI por Giorgio Vasari e
transmite uma visão depreciativa da cultura clássica e
valorativa da cultura medieval.
b) As alterações culturais experimentadas durante o
Renascimento limitaram-se a questões estéticas,
9
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