Beleza e arte não se põe na mesa – e sim, no palco

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BALÉ DO TEATRO BOLSHOI SE APRESENTA EM SÃO PAULO
COM OS ESPETÁCULOS GISELLE E SPARTACUS
Dezesseis anos após sua última passagem pelo país, Companhia do Teatro sobe ao
palco do Teatro Bradesco, de 24 a 28 de junho
Clique na imagem para baixar em alta resolução. Crédito: Damir Yusupov.
Mais fotos em alta resolução em http://www.teatrobradesco.com.br
A Dell'Arte e o Grupo Bradesco Seguros trazem da Rússia para o Brasil, em junho, o aclamado
Balé do Teatro Bolshoi, que, em sua aguardada volta ao país, apresenta dois dos mais famosos
balés do repertório clássico de todos os tempos, os espetáculos Giselle e Spartacus. Uma das
principais companhias de balé e ópera do mundo, o Teatro Bolshoi é considerado patrimônio
cultural da humanidade pela ONU e UNESCO. Em São Paulo, o Balé do Teatro Bolshoi se
apresenta no Teatro Bradesco, nos dias 24, 25 e 26 de junho, com o espetáculo Spartacus, e
nos dias 27 e 28 (duas sessões no mesmo dia) será apresentado o balé Giselle. Todos os
espetáculos contarão com a participação da Orquestra Sinfônica de Barra Mansa. Confira
abaixo o serviço completo.
Essa será a primeira vez que a companhia se apresenta no país em 16 anos – sua última
passagem pelo Brasil aconteceu em 1999. Spartacus apresenta a saga de um amor em meio a
uma luta por justiça e dignidade. Spartacus e sua esposa Phrygia se tornam escravos do cônsul
Crassus após a conquista de seu território por Roma, onde ele se torna gladiador, enquanto
sua companheira se torna uma concubina. Após ser obrigado a matar um de seus amigos, em
uma apresentação para a diversão dos romanos, Spartacus se rebela e lidera uma fuga de
todos os gladiadores e outros escravos. A saga, representada desde 1968, é composta por três
atos e sofreu algumas adaptações históricas para a encenação.
Giselle conta a história do amor de uma camponesa por um nobre disfarçado de aldeão. Ao
descobrir a verdadeira identidade de seu amado, ela morre de decepção e sua alma passa a
fazer parte das Wilis (grupo de almas de garotas que morrem às vésperas do casamento).
Apesar de morta, Giselle volta a manifestar seu amor quando o nobre visita seu túmulo a
noite. Ele é subitamente atacado pelas Wilis, que o obrigam a dançar até a morte, quando é
salvo pela camponesa.
A Temporada de Dança Dell’Arte 2015 faz parte do Circuito Cultural Bradesco Seguros, que
apresenta para o público brasileiro um calendário diversificado de eventos artísticos com
espetáculos nacionais e internacionais de grande sucesso, em diferentes áreas culturais como
dança, música erudita, artes plásticas, teatro, concertos de música, exposições e grandes
musicais.
Bolshoi - A Companhia das Estrelas
A história do Balé Bolshoi praticamente se confunde com a história da dança na Rússia e com a
de seu principal teatro. Havia como que uma ponte ligando os dois principais centros artísticos
do país: São Petersburgo e Moscou. Os grandes mestres importados da França, que criariam a
tradição do Balé Kirov, seriam praticamente os mesmos implantadores da principal companhia
de dança da atual capital russa.
É uma história com mais de dois séculos, onde pontificam os nomes de Pérault, Arthur SaintLéon e Marius Petipa, mestres de balé e coreógrafos que levaram para a Rússia a tradição
francesa da dança e a aperfeiçoaram com a introdução de números de bravura, influência mais
marcante da escola italiana, que então já invadira Paris.
Não se pode, porém, falar em Saint-Léon e Petipa sem evocar o nome de Charles Didelot,
mestre maior da dança em França, criador e sistematizador de uma nova tendência que
batizaria de ballet d’action. Foi nesta linha que surgiram bailados como La Sylphide e Giselle.
Até então, a influência do chamado balé de corte emprestava aos bailados uma fisionomia
indefinida, onde o enredo se tornava secundário — praticamente uma colcha de retalhos
reunindo números solo e de conjunto desligados de um contexto.
Didelot daria um fim a esse estado de coisas. A partir dele o enredo passaria a ser elemento
prioritário, em torno do qual gravitariam coreografias e artistas, com grande destaque para a
pantomima, através da qual os bailarinos expressavam sentimentos.
Giselle foi o apogeu da era Didelot. O bailado subsequente, La Péri, marcaria a decadência e o
início de um período de estagnação do balé em sua antiga capital, com o excesso de
estrelismo: a importância das bailarinas passava a ser maior do que o próprio espetáculo.
Somente em meados do século XX Paris recuperaria parcialmente seu status de capital da
dança.
A partir desta decadência, duas centrais de preservação da tradição se estabeleceram. Uma
delas em Copenhague, com Auguste Bournonville e seu pai, e outra na Rússia, com sede em
São Petersburgo, liderada por Saint-Léon e posteriormente por Petipa, ambos egressos do
“Ballet de l’Opéra”.
O estilo do novo balé russo viria a ganhar sua forma mais acabada com Petipa, discípulo de
Saint-Léon, que teve um longo reinado em São Petersburgo. Foi ele quem logrou atingir a
simbiose do ballet d’action com o virtuosismo ditado pela influência italiana, cada vez mais
forte.
Assim nasceu o seu Dom Quixote, caminho seguido posteriormente por La Bayadère e vários
outros bailados, cujas características básicas eram a manutenção de um enredo lógico,
abrindo, porém, concessão ao brilho virtuosístico dos bailarinos, através do enxerto de
números desligados do contexto, mas que eram o grande apelo para o aplauso generoso do
público.
Apesar de ter seu quartel general em São Petersburgo, Petipa fez várias incursões ao principal
teatro de Moscou, que sofreria também grande influência de seu discípulo Gorsky — um dos
grandes nomes do balé russo — e de coreógrafos como Tikhomirov e Goleizovski. Os “Ballets
Russes” de Diaghilev deixaram também sua marca no Bolshoi, que remontaria todas as
grandes coreografias de Fokine e Nijinsky, a partir de então integradas ao repertório básico da
companhia.
Nos anos ’20 — portanto já no período bolchevique — destacavam-se entre os bailarinos os
nomes de Gueltser, Kriguer, Riabtseva e Lukova. O grande marco do período, porém, seria o
bailado A Papoula Vermelha de Glière, que estreou no Bolshoi em 1927, em montagem de
Laschilin e Tikhomirov. Na década seguinte o “realismo soviético” começaria a se impor
também no mundo da dança.
A mensagem social passava a ser o elemento mais importante. Toda a criação artística
subordinava-se ao político, com ênfase nos grandes ideais humanitários e no aspecto
histórico/revolucionário. As Chamas de Paris, de Assafiev, estreado em 1933, é um exemplo
típico desta corrente. Houve também uma valorização dos clássicos da literatura russa, que
passavam a encontrar expressão em coreografias como A Fonte de Bakhchissarai (1936) e O
Prisioneiro do Cáucaso (1938), ambos de Assafiev, baseadas em obras de Pushkin. Taras Bulba,
baseada na grande criação de Gogol, viria em 1941, em espetáculo de Soloviev-Sedoi.
Ainda na efervescência criativa dos anos 30/40 foram remontados alguns dos grandes clássicos
da dança, com destaque para A Vã Precaução, de Guertel, Giselle de Adam, os grandes balés
de Tchaikovsky — O Lago dos Cisnes, A Bela Adormecida e O Quebra-nozes — e o Dom
Quixote de Minkus. As grandes estrelas do Balé Bolshoi de então eram Seminova,
Lepeshinskaia, Ermolaev e Gabovitoch, com espaço para novas revelações como Golovkina,
Tikhomirnova, Kondratov e Koren.
Entre 1945 e 1950 o repertório do Bolshoi se enriqueceria com obras como A Cinzenta(1945),
com música de Prokofiev e coreografia de Zakharov e Romeu e Julieta (1946) do mesmo
compositor e com coreografia de Lavrovsky, um dos maiores nomes da coreografia russa nos
anos 40/50, responsável pela remontagem de clássicos como Giselle (1944) e Raymonda
(1952). Nesse período reinava absoluta Galina Ulanova, bailarina famosa pela expressividade
lírica e pela profundidade psicológica de suas interpretações. Na esteira de Ulanova veio toda
uma geração de grandes bailarinos: Plisetskaia, Struchkova, Kondratieva, Timofeeva, Zhdanov,
Levashov e Fadeechev.
A partir de 1950 o Balé Bolshoi se tornaria o mais importante embaixador artístico da União
Soviética, realizando extensas turnês mundiais, responsáveis pelo extraordinário prestígio
conquistado pela companhia, que passou a ser sinônimo de excelência em balé clássico.
Paralelamente, Moscou abria suas portas aos mais importantes grupos de dança do exterior.
Os anos 60/70 foram marcados pela introdução de uma nova estética, implantada por Yuri
Grigorovich, senhor absoluto do Balé Bolshoi a partir de 1964, acumulando os cargos de
diretor artístico e coreógrafo residente. Clássicos contemporâneos, suas primeiras criações
foram A Flor de Pedra (1959), música de Stravinsky, que estreou com Kassatkina e Vassiliev,
Carmen (1966) de Bizet/Shchedrin, estrelada por Alicia Alonso e Asseli (1967) de Vlassov, com
Vinogradov, que posteriormente assumiria a direção do Balé Kirov. Bailarinos famosos
passaram a assinar coreografias: Vassiliev com Ikarus (1971), sobre música de Glonimski, e
Macbeth (1980), com música de Molchanov; Maya Plisetskaia com Anna Karenina (1972),
baseada em Tolstoi e A Gaivota (1980) inspirada em Tchekov, com música de Schedrin —
ambas estreladas pela própria Maya.
A criação mais marcante do período Grigorovich foi, porém, o bailado Spartacus (1968), sobre
música de Khachaturian, e tido como sua obra-prima; um épico imortalizando os ideais de
liberdade. Na mesma linha histórica o coreógrafo realizou Ivan, o Terrível (1975). No ano
seguinte faria O Rio Angara, onde a temática histórica cede lugar a acontecimentos do
cotidiano, com o foco voltado para a juventude soviética em plena construção de uma grande
obra pública na Sibéria.
Independentemente de suas novas criações, Grigorovich revisitou e deu nova roupagem aos
grandes clássicos: O Quebra-nozes (1966), O Lago dos Cisnes (1969) e A Bela Adormecida
(1973), onde inseriu novas cenas. Cria sua versão para o Romeu e Julieta de Prokofiev. Esta
encenação — e mais o seu Ivan, o Terrível — seria posteriormente apresentada na Ópera de
Paris. Às realizações de Grigorovich soma-se a recriação de A Idade de Ouro, de Shostakovich,
então ausente dos palcos há mais de 50 anos: uma crítica bem humorada e mordaz ao sistema
capitalista. Os solistas principais eram então os casais Maksimova/Vassiliev,
Bessmertnova/Lavrovsky, Sorokina/Vladimirov e Timofeeva/Liepa. De importância capital a
presença no pódio de grandes maestros como Rozhdestvensky, Zhuraitis e Kopilov, cuja
contribuição para a glória do Balé Bolshoi foi inestimável.
Mário Willmersdorf Jr.
Classificação: Livre
Duração: Spartacus: 190min (com dois intervalos)
Giselle: 145min (com um intervalo)
SERVIÇO
Spartacus
24 de junho, quarta-feira, às 21h
25 de junho, quinta-feira, às 21h
26 de junho, sexta-feira, às 21h30
Giselle
27 de junho, sábado, às 21h
28 de junho, domingo, às 15h
28 de junho, domingo, às 20h30
Teatro Bradesco (Rua Turiassú, 2100 / 3º piso – Bourbon Shopping São Paulo)
www.teatrobradesco.com.br
INGRESSOS
Setor
Frisa 2º andar
Frisa 1º andar
Balcão Nobre
Plateia (O a W)
Valor
R$ 50,00
R$ 150,00
R$ 150,00
R$ 450,00
Plateia (A a N)
R$ 450,00
Camarote
R$ 250,00
-50% de desconto para titulares do Cartão Alelo Cultura, na compra de um ingresso, pago com
o Cartão Alelo Cultura (vale-cultura), adquirido somente na bilheteria do Teatro Bradesco –
limitado a 100 ingressos;
-30% de desconto para cliente Bradesco, na compra de até 4 ingressos, além de um guichê
exclusivo na bilheteria do teatro. Desconto válido apenas para pagamentos com os cartões
Bradesco;
-30% de desconto para compra de até 02 ingressos exclusivos para clientes Bradesco Seguros
(mediante apresentação da carteirinha do seguro em vigência) e associados do cartão de
crédito Bradesco Seguros (Visa e Amex). Desconto válido em todos os pontos de venda.
-20% de desconto para compra de até 02 ingressos exclusivos para cadastrados Site DellArte
(mediante apresentação do email na entrada do teatro). O cliente pode imprimi-lo ou salvá-lo
em seu celular. Desconto válido em todos os pontos de venda;
-25% de desconto para usuário dos cartões Zaffari Card e Bourbon Card, na compra de até 2
ingressos por titular do cartão na bilheteria do teatro;
-10% de desconto para titulares do Cartão Alelo Cultura, na compra de um ingresso, pago com
o Cartão Alelo Cultura (vale-cultura), adquirido somente na bilheteria do Teatro Bradesco.
* Descontos não cumulativos com meia-entrada e outras promoções, limitado até 200
ingressos de cada sessão/espetáculo.
** Política de venda de ingressos com desconto: as compras poderão ser realizadas
nos canais de vendas oficiais físicos, mediante apresentação de documentos que
comprovem a condição de beneficiário. Nas compras realizadas pelo site e/ou call
center, a comprovação deverá ser feita no ato da retirada do ingresso na bilheteria e
no acesso à casa de espetáculo.
ATENÇÃO: Não será permitida a entrada após o início do espetáculo.
Capacidade: 1439 pessoas
Acesso para deficientes
Estacionamento:
Self – Primeiras duas horas R$ 12,00
Hora adicional R$ 2,00
Valet – Primeira hora R$ 16,00
Hora adicional R$ 10,00
Motos – Primeiras duas horas R$ 12,00
Hora adicional R$ 2,00
CANAIS DE VENDAS OFICIAIS:
Ingresso Rápido: 4003-1212
www.ingressorapido.com.br
Bilheteria Teatro Bradesco: Piso Perdizes do Bourbon Shopping São Paulo - Rua
Turiassú, 2100, 3º piso, Pompéia/ Horário de funcionamento: Domingo a Quinta das
12h às 20h, Sexta e Sábado das 12h às 22h.
Assessoria de imprensa:
MediaMania
(021) 2497-1779
http://www.midiorama.com.br/
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Assessoria de Imprensa Teatro Bradesco:
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Apoio de Assessoria de Imprensa
Mauren Favero – 51 3235.4509 / 51 9857.1770 [email protected]
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