Gripe H1N1 Por Raquel Vasques Escobar A gripe H1N1, ou influenza A, é provocada pelo vírus H1N1 da influenza do tipo A. O período de incubação varia de 3 a 5 dias. A transmissão pode ocorrer antes de aparecerem os sintomas. Ela se dá pelo contato direto com objetos contaminados e de pessoa para pessoa, por via aérea ou por meio de partículas de saliva e de secreções das vias respiratórias que podem estar em locais e objetos compartilhados e/ou de uso coletivo. Transmissão e grupos de risco Embora ninguém esteja imune de contrair o vírus A/H1N1, existem alguns grupos de risco, que, em caso de contaminação com a gripe, podem apresentar complicações do quadro, como a pneumonia, pela fragilidade do sistema imunológico. São eles: Idosos Crianças (principalmente as menores de 5 anos) Gestantes Pessoas com problemas respiratórios, como bronquite Pacientes em tratamento de câncer Doentes crônicos (cardíacos, diabéticos, hipertensos, pessoas com insuficiência renal, entre outros). Sintomas Os sintomas da gripe H1N1 são semelhantes aos causados pelos vírus de outras gripes: de início repentino, tosse, coriza, cansaço e falta de apetite. Pode associar dor muscular, de cabeça, de garganta e irritação nos olhos. Ainda, requer cuidados especiais a pessoa que apresentar febre alta, acima de 38º-39º. Diagnóstico Feito através dos sintomas e confirmado por exames laboratoriais rápidos que revelam se a pessoa foi infectada por algum vírus da gripe e detectam a presença do vírus H1N1. Vacina A vacina é produzida por vírus inativados (vírus mortos e fracionados). Não existe, portanto, o risco de se adquirir gripe por meio da vacina. Pode ser administrada a partir dos seis meses de idade desde que não haja contraindicação. A proteção começa a existir aproximadamente após duas semanas (15 dias) da administração, prolongando-se por cerca de um ano A vacina é distribuída anualmente no Brasil por meio de campanhas contra a gripe (gratuitamente através do sistema público de saúde para alguns grupos crianças de 6 meses a 5 anos, gestantes, idosos e através da rede particular de saúde para todos os grupos - nesse caso ela é paga) . Os efeitos colaterais são insignificantes se comparados com os benefícios que pode oferecer na prevenção. Recomendações para prevenção Evitar contato direto com pessoas gripadas. Evitar permanecer em locais fechados com grande aglomeração de pessoas. Lavar frequentemente as mãos com bastante água e sabão ou desinfetálas com produtos à base de álcool (principalmente depois de tossir, espirrar e de usar o banheiro). Utilizar álcool gel corretamente e sempre que utilizar locais públicos e objetos compartilhados. O GEL deve ser friccionado até completa absorção Jogar fora os lenços descartáveis e máscaras usados para cobrir a boca e o nariz, ao tossir ou espirrar; Ao menos 2 vez por dia, limpar as narinas com soro fisiológico. Que já sabe assoar o nariz, deve fazer após cada lavagem. As bordas internas do nariz também podem ser higienizadas embebecidas em agua morna com uma pitada de sal. Não compartilhar copos, talheres ou objetos de uso pessoal; Reforçar o sistema imunológico comendo alimentos ricos em vitamina C; Consumo de bebidas quentes - as bebidas mais quentes limpam os vírus que podem se encontrar depositados na garganta e em seguida depositam-nos no estômago onde não podem sobreviver, devido o pH local ser ácido, o que evita a sua proliferação; Assim que surgirem sintomas que possam ser confundidos com os da infecção pelo vírus da influenza do tipo A , PROCURAR ASSISTÊNCIA MÉDICA; Participar da campanha de vacinação da gripe que ocorre anualmente; NÃO USAR MEDICAMENTOS SEM ORIENTAÇÃO MÉDICA. Tratamento O tratamento é o mesmo indicado para pessoas que apresentam os outros tipos de gripe: repouso, ingestão de bastante água e antitérmicos para o controle da febre. Entretanto, caso a gripe H1N1 seja identificada nas primeiras 48h, o médico poderá prescrever o uso de um medicamento específico para o tratamento dessa doença (esse medicamento só funciona se ministrado nas primeiras 48h do aparecimento dos sintomas e só pode ser comprado com receita médica). No caso de dúvidas, consulte sempre o seu médico ou o pediatra dos seus filhos. Raquel Vasques Escobar Ex- aluna do Colégio Presidente Kennedy Fisioterapeuta pós-graduada em Fisioterapia Respiratória e Pneumologia pela Universidade Federal de São Paulo, Consultora materno infantil para medidas preventivas.