INSTITUTO FEDERAL DO PIAUÍ CAMPUS TERESINA - ZONA SUL MECÂNICA DOS SOLOS APLICADA (aula 02) Prof. Gilberto Gomes da Silva Fevereiro/2015 1 1. Introdução 1.1 Definição, objetivos e aplicação da Mecânica dos Solos • Definição A mecânica dos solos estuda as características físicas dos solos e as suas propriedades mecânicas (equilíbrio e deformação) quando submetido a acréscimos ou alívio de tensões. A mecânica dos solos é o estudo do comportamento de engenharia do solo quando este é usado ou como material de construção ou como material de fundação. • Objetivos Substituir por métodos científicos os métodos empíricos aplicados no passado. 2 1. Introdução 1.1 Definição, objetivos e aplicação da Mecânica dos Solos Exemplos de aplicação • Fundações As cargas de qualquer estrutura têm de ser, em última instância, descarregadas no solo através de sua fundação. Assim a fundação é uma parte essencial de qualquer estrutura. Seu tipo e detalhes de sua construção podem ser decididos somente com o conhecimento e aplicação de princípios da mecânica dos solos. 3 1. Introdução 1.1 Definição, objetivos e aplicação da Mecânica dos Solos Exemplos de aplicação • Projetos de pavimentos O projeto de pavimentos pode consistir de pavimentos flexíveis ou rígidos. Pavimentos flexíveis dependem mais do solo subjacente para transmissão das cargas geradas pelo tráfego. Problemas peculiares no projeto de pavimentos flexíveis são o efeito de carregamentos repetitivos e problemas devidos às expansões e contrações do solo por variações em seu teor de umidade. 4 1. Introdução 1.1 Definição, objetivos e aplicação da Mecânica dos Solos Exemplos de aplicação • Escavações A execução de escavações no solo requer frequentemente o cálculo da estabilidade dos taludes resultantes. Escavações profundas podem necessitar de escoramentos provisórios, cujos projetos devem ser feitos com base na mecânica dos solos. 5 1. Introdução 1.1 Definição, objetivos e aplicação da Mecânica dos Solos Exemplos de aplicação • Aterros e barragem de terra Para a construção de aterros e de barragens de terra, onde o solo é empregado como material de construção e fundação, necessita−se de um conhecimento completo do comportamento de engenharia dos solos, especialmente na presença de água. O conhecimento da estabilidade de taludes, dos efeitos do fluxo de água através do solo, do processo de adensamento e dos recalques a ele associados, assim como do processo de compactação empregado é essencial para o projeto e construção eficientes de aterros e barragens de terra. 6 1. Introdução 1.2 Problema da Mecânica dos Solos A própria natureza do solo. 1.3 Solo sob o ponto de vista da engenharia Solo é a denominação que se dá a todo material de construção ou mineração da crosta terrestre escavável por meio de pá, picareta, escavadeira, etc, sem necessidade de explosivos. 7 1. Introdução 1.3 Solo sob o ponto de vista da engenharia 1.3.1 Emprego do solo na engenharia civil • Solo como material de construção: aterros, barragens de terra, base e sub-base de pavimentos, etc. • Solo como suporte de fundação: sapatas, blocos, estacas, tubulões, subleito, etc. 8 1. Introdução 1.4 Origem e evolução da mecânica dos solos • Os primeiros trabalhos sobre o comportamento dos solos datam do século XVII. Coulomb (1773), Rankine (1856) e Darcy (1856) publicaram importantes trabalho sobre o comportamento dos solos. • O acúmulo de insucessos em obras de engenharia observados no início do século XX como: – O escorregamento de solo durante a construção do canal do Panamá (1913); – Rompimento de grandes Barragens de Terra e Recalque em grandes edifícios (1913); – Escorregamento de Muro de Cais na Suécia (1914) levou em 1922 a publicação pelos suecos de uma nova teoria para o cálculo e estabilidade de taludes; – Deslocamento do Muro de cais e escorregamento de solo na construção do canal de Kiev na Alemanha (1915). 9 1. Introdução 1.4 Origem e evolução da mecânica dos solos 10 1. Introdução 1.4 Origem e evolução da mecânica dos solos 11 1. Introdução 1.4 Origem e evolução da mecânica dos solos 12 1. Introdução 1.4 Origem e evolução da mecânica dos solos 13 1. Introdução 1.4 Origem e evolução da mecânica dos solos 14 1. Introdução 1.4 Origem e evolução da mecânica dos solos Em 1925 o professor Karl Terzaghi publicou seu primeiro livro de Mecânica dos solos, baseado em estudos realizados em vários países, depois do início dos grandes acidentes. A mecânica dos solos nasceu em 1925 e foi batizada em 1936 durante a realização do primeiro Congresso Internacional de Mecânica dos Solos. Em meados de 1938 foi instalado o primeiro Laboratório de Mecânica dos solos em São Paulo. Em novembro de 1938 foi instalado o Laboratório de solos e concreto da inspetoria nacional de obras contra a seca em Coremas - Pb. 15 2. Origem e formação dos solos Os solos são formados pela deterioração das rochas através do intemperismo. 2.1 Rocha Agregado de um ou mais minerais, que é impossível de escavar manualmente, que necessite de explosivo para o seu desmonte. 2.2 Intemperismo É o conjunto de processos físicos, químicos e biológicos que ocasionam a desintegração e decomposição das rochas e dos minerais, formando os solos. 16 2. Origem e formação dos solos 2.2 Intemperismo 2.2.1 Intemperismo físico É o processo de decomposição da rocha sem alteração química dos seus componentes. Os principais agentes são: - Variação de temperatura; - Repuxo coloidal; - Congelamento da água; - Alívio de pressões. 17 2. Origem e formação dos solos 2.2 Intemperismo 2.2.1 Intemperismo físico • Variações de Temperatura Da física sabemos que todo material varia de volume em função de variações na sua temperatura. Estas variações de temperatura ocorrem entre o dia e a noite e durante o ano, e sua intensidade será função do clima local. Acontece que uma rocha é geralmente formada de diferentes tipos de minerais, cada qual possuindo uma constante de dilatação térmica diferente, o que faz a rocha deformar de maneira desigual em seu interior, provocando o aparecimento de tensões internas que tendem a fraturá−la. 18 2. Origem e formação dos solos 2.2 Intemperismo 2.2.1 Intemperismo físico • Repuxo coloidal O repuxo coloidal é caracterizado pela retração da argila devido à sua diminuição de umidade, o que em contato com a rocha gera tensões capazes de fraturá−la. 19 2. Origem e formação dos solos 2.2 Intemperismo 2.2.1 Intemperismo físico • Ciclos gelo/degelo As fraturas existentes nas rochas podem se encontrar parcialmente ou totalmente preenchidas com água. Esta água, em função das condições locais, pode vir a congelar, expandindo−se e exercendo esforços no sentido de abrir ainda mais as fraturas preexistentes na rocha, auxiliando no processo de intemperismo. 20 2. Origem e formação dos solos 2.2 Intemperismo 2.2.1 Intemperismo físico • Alívio de pressões Alívio de pressões irá ocorrer em um maciço rochoso sempre quando da retirada de material sobre maciço, provocando a sua expansão, o que por sua vez, irá contribuir no fraturamento e formação de juntas na rocha. Estes processos "fraturam" as rochas continuamente, o que permite a entrada de agentes químicos e biológicos, cujos efeitos aumentam a fraturação e tende a reduzir a rocha a blocos cada vez menores. 21 2. Origem e formação dos solos 2.2 Intemperismo 2.2.2 Intemperismo químico É o processo de decomposição da rocha onde os vários processos químicos alteram, solubilizam e depositam os minerais das rochas transformando-a em solo, ou seja, ocorre a alteração química dos seus componentes. Neste caso há modificação na constituição mineralógica da rocha, originando solos com características próprias. Os tipos mais comuns são: hidrólise, hidratação, oxidação e carbonatação. 22 2. Origem e formação dos solos 2.2 Intemperismo 2.2.2 Intemperismo químico Hidrólise É o mais importante, pois leva a destruição dos silicatos. Hidratação Penetração da água nos minerais, através de fissuras. A hidratação ocasiona nos Granitos e Gnaisses a transformação de feldspato em argila. 23 2. Origem e formação dos solos 2.2 Intemperismo 2.2.2 Intemperismo químico Carbonatação O carbonato de cálcio em contato com a água carregada de ácido carbônico se transforma em bicarbonato de cálcio. Oxidação Mudança que sofre um mineral em decorrência da penetração de oxigênio na rocha. 24 2. Origem e formação dos solos 2.2 Intemperismo 2.2.3 Intemperismo biológico É processo no qual a decomposição da rocha se dá graças a esforços mecânicos produzidos por vegetais através de raízes, escavação de roedores, etc. 2.2.4 Influência do intemperismo no tipo de solo Os vários tipos de intemperismo e a intensidade com que atuam no processo de formação dos solos, dão origem a diferentes tipos de solo. 25 2. Origem e formação dos solos 2.3 Ciclo rocha-solo No interior do Globo Terrestre, graças às elevadas pressões e temperaturas, os elementos químicos se encontram em estado líquido formando o magma (6). 26 2. Origem e formação dos solos 2.3 Ciclo rocha-solo A camada sólida da Terra, pode romper−se em pontos localizados e deixar escapar o magma. Desta forma, haverá um resfriamento brusco do magma (linha 6−1), que se transformará em rochas ígneas, nas quais não haverá tempo suficiente para o desenvolvimento de estruturas cristalinas mais estáveis. O processo indicado pela linha 6−1 é denominado de extrusão vulcânica e é responsável pela formação da rocha ígnea denominada de basalto. 27 2. Origem e formação dos solos 2.3 Ciclo rocha-solo 28 2. Origem e formação dos solos 2.3 Ciclo rocha-solo Quando o magma não chega à superfície terrestre, mas ascende a pontos mais próximos à superfície, com menor temperatura e pressão, ocorre um resfriamento mais lento (linha 6−7), o que permite a formação de estruturas cristalinas mais estáveis, e, portanto, de rochas mais resistentes, denominadas de intrusivas ou plutônicas (diabásio e granito). 29 2. Origem e formação dos solos 2.3 Ciclo rocha-solo 30 2. Origem e formação dos solos 2.3 Ciclo rocha-solo Uma vez exposta (1) a rocha sofre a ação das intempéries e forma os solos residuais (2), os quais podem ser transportados e depositados sobre outro solo de qualquer espécie ou sobre uma rocha (linha 2−3), vindo a se tornar um solo sedimentar. 31 2. Origem e formação dos solos 2.3 Ciclo rocha-solo A contínua deposição de solos faz aumentar a pressão e a temperatura nas camadas mais profundas, que terminam por ligarem seus grãos e formar as rochas sedimentares (linha 3−4), este processo chama−se litificação ou diagênese. 32 2. Origem e formação dos solos 2.3 Ciclo rocha-solo 33 2. Origem e formação dos solos 2.3 Ciclo rocha-solo Rochas sedimentares 34 2. Origem e formação dos solos 2.3 Ciclo rocha-solo Rochas sedimentares 35 2. Origem e formação dos solos 2.3 Ciclo rocha-solo Rochas sedimentares 36 2. Origem e formação dos solos 2.3 Ciclo rocha-solo As rochas sedimentares podem, da mesma maneira que as rochas ígneas, aflorarem à superfície e reiniciar o processo de formação de solo (linha 4−1), ou de forma inversa, as deposições podem continuar e consequentemente prosseguir o aumento de pressão e temperatura, o que irá levar a rocha sedimentar a mudar suas características texturais e mineralógicas, a achatar os seus cristais de forma orientada transversalmente à pressão e a aumentar a ligação entre os cristais (linha 4−5). O material que surge daí tem características tão diversas da rocha original, que muda a sua designação e passa a se chamar rocha metamórfica. 37 2. Origem e formação dos solos 2.3 Ciclo rocha-solo 38 2. Origem e formação dos solos 2.3 Ciclo rocha-solo Rochas metamórficas 39 2. Origem e formação dos solos 2.3 Ciclo rocha-solo Naturalmente, a rocha metamórfica está sujeita a ser exposta (linha 5−1), decomposta e formar solo. Se persistir o aumento de pressão e temperatura graças à deposição de novas camadas de solo, a rocha fundirá e voltará à forma de magma (linha 5−6). 40 2. Origem e formação dos solos 2.3 Ciclo rocha-solo Obviamente, todos esses processos, com exceção do vulcanismo e de alguns transportes mais rápidos, ocorrem numa escala de tempo geológica, isto é, de milhares ou milhões de anos. 41 2. Origem e formação dos solos 2.4 Classificação dos solos quanto a origem e formação Os solos classificam-se quanto a origem em solos residuais e sedimentares. 2.4.1 Solos residuais Solos residuais são os solos que permanecem no local de decomposição rocha que lhes deu origem. Para a sua ocorrência é necessário que a velocidade de remoção do solo seja menor que a velocidade de decomposição da rocha. 42 2. Origem e formação dos solos 2.4 Classificação dos solos quanto a origem e formação 2.4.1 Solos residuais A rocha que mantém as características originais, ou seja, a rocha sã é a que ocorre em profundidade. Quanto mais próximo da superfície do terreno, maior é o efeito do intemperismo. Sobre a rocha sã encontra-se a rocha alterada, em geral muito fraturada e permitindo grande fluxo de água através das descontinuidades. A rocha alterada é sobreposta pelo solo residual jovem, ou saprólito, que é um material arenoso. O material mais intemperizado ocorre acima do saprólito e é denominado solo residual maduro, que contém 43 maior percentagem de argila. 2. Origem e formação dos solos 2.4 Classificação dos solos quanto a origem e formação 2.4.1 Solos residuais Perfil típico de solo residual Como a ação das intempéries se dá, em geral, de cima para baixo, as camadas superiores são, via de regra, mais trabalhadas que as inferiores. Este fato nos permite visualizar todo o processo evolutivo do solo, de modo que passamos de uma condição de rocha sã, para profundidades maiores, até uma condição de solo residual maduro, em superfície. 44 2. Origem e formação dos solos 2.4 Classificação dos solos quanto a origem e formação 2.4.1 Solos residuais Perfil típico de solo residual Conforme se pode observar no perfil ao lado, a rocha sã passa paulatinamente à rocha fraturada, depois ao saprólito, ao solo residual jovem e ao solo residual maduro. Em se tratando de solos residuais, é de grande interesse a identificação da rocha sã, pois ela condiciona, entre outras coisas, a própria composição química do solo. 45 2. Origem e formação dos solos 2.4 Classificação dos solos quanto a origem e formação 2.4.1 Solos residuais Perfil típico de solo residual A rocha alterada caracteriza−se por uma matriz de rocha possuindo intrusões de solo, locais onde o intemperismo atuou de forma mais eficiente. 46 2. Origem e formação dos solos 2.4 Classificação dos solos quanto a origem e formação 2.4.1 Solos residuais Perfil típico de solo residual O solo saprolítico ainda guarda características da rocha mãe e tem basicamente os mesmos minerais, porém a sua resistência já se encontra bastante reduzida. Este pode ser caracterizado como uma matriz de solo envolvendo grandes pedaços de rocha altamente alterada. Visualmente pode confundir−se com uma rocha alterada, mas apresenta pequena resistência ao manuseio. Nos horizontes saprolíticos é comum a ocorrência de grandes blocos de rocha denominados de matacões, responsáveis por muitos problemas quando do projeto de fundações. 47 2. Origem e formação dos solos 2.4 Classificação dos solos quanto a origem e formação 2.4.1 Solos residuais Perfil típico de solo residual O solo residual jovem apresenta boa quantidade de material que pode ser classificado como pedregulho (# > 4,8 mm). Geralmente são bastante irregulares quanto a resistência mecânica, coloração, permeabilidade e compressibilidade, já que o processo de transformação não se dá em igual intensidade em todos os pontos, comumente existindo blocos da rocha no seu interior. 48 2. Origem e formação dos solos 2.4 Classificação dos solos quanto a origem e formação 2.4.1 Solos residuais Perfil típico de solo residual Nos horizontes de solo jovem e saprolítico, as sondagens a percussão a serem realizadas devem ser revestidas de muito cuidado, haja vista que a presença de material pedregulhoso pode vir a danificar os amostradores utilizados, vindo a mascarar os resultados obtidos. 49 2. Origem e formação dos solos 2.4 Classificação dos solos quanto a origem e formação 2.4.1 Solos residuais Perfil típico de solo residual Os solos residuais maduros, mais próximos à superfície, são mais homogêneos e não apresentam semelhanças com a rocha original. 50 2. Origem e formação dos solos 2.4 Classificação dos solos quanto a origem e formação 2.4.2 Solos sedimentares Os solos sedimentares ou transportados são aqueles que foram levados de seu local de origem por algum agente de transporte e lá depositados. As características dos solos sedimentares são as do agente de transporte. 51 2. Origem e formação dos solos 2.4 Classificação dos solos quanto a origem e formação 2.4.2 Solos sedimentares Os agentes de transporte são: - Vento (solos eólicos); - Água (solos aluvionares); - Água dos Oceanos e Mares (Solos Marinhos) - Água dos Rios (Solos Fluviais) - Água das Chuvas (Solos Pluviais) - Geleiras (Solos Glaciais); - Gravidade (Solos Coluvionares) 52 2. Origem e formação dos solos 2.4 Classificação dos solos quanto a origem e formação 2.4.2 Solos sedimentares 2.4.2.1 Solos eólicos Transportado pelo vento. Devido ao atrito os grãos dos solos transportados possuem forma arredondada. A ação do vento se restringe ao caso das areias e dos siltes. São exemplos de solos eólicos as DUNAS e os solos LOÉSSICOS. - Dunas: Barreira. - Loéssicos: Vegetais. 53 2. Origem e formação dos solos 2.4 Classificação dos solos quanto a origem e formação 2.4.2 Solos sedimentares 2.4.2.2 Solos aluvionares O agente de transporte é a água. A sua textura depende da velocidade de transporte da água. Podem ser classificados como de origem PLUVIAL, FLUVIAL ou DELTAICO. Características: - grãos de diversos tamanhos; - são mais grossos que os eólicos; - sem coesão. 54 2. Origem e formação dos solos 2.4 Classificação dos solos quanto a origem e formação 2.4.2 Solos sedimentares 2.4.2.3 Solos glaciais Formados pelas geleiras. São formados de maneira análoga aos fluviais. 55 2. Origem e formação dos solos 2.4 Classificação dos solos quanto a origem e formação 2.4.2 Solos sedimentares 2.4.2.4 Solos coluvionares Formados pela ação da gravidade. Grande variedade de tamanhos. Dentre os solos podemos destacar o TALUS, que é o solo formado pelo deslizamento de solo do topo das encostas. 56 2. Origem e formação dos solos 2.4 Classificação dos solos quanto a origem e formação 2.4.3 Solos orgânicos São aqueles formados pela impregnação do solo por sedimentos orgânicos preexistentes, em geral misturados de restos de animais e vegetais. Cor escura e cheiro forte. As TURFAS são solos que incorporam florestas soterradas em estado avançado de decomposição. Não se aplicam as teorias da mecânica dos solos. 57 2. Origem e formação dos solos 2.4 Classificação dos solos quanto a origem e formação 2.4.4 Solos lateríticos São os solos de evolução pedogênica que sofrem no seu local de formação (solos residuais) ou deposição uma série de transformações físico-químicas. Formados por uma alternância de saturação e secagem do solo original, aumentando a concentração de óxido de ferro e alumina na parte superior. 58