PROJETO POLÍTICOPEDAGÓGICO 2009 - 2011 CURITIBA – PARANÁ JUNHO / 2009 2 CARTA DA DIREÇÃO Com alegria apresentamos à comunidade do Colégio Estadual Professor Francisco Zardo – Ensino Fundamental, Médio e Profissional o Projeto político-Pedagógico. Fruto de uma construção coletiva onde participaram direção, professores, funcionários, pais e alunos, o presente documento é o retrato da realidade da nossa escola, bem como um recorte histórico e uma projeção de futuro e de ideais. Direção, professores e funcionários envolveram-se em retratar o universo educacional de modo amplo, porém sem perder o chão, nem deixar o norte de nossa realidade, Pais tomaram consciência de sua participação na vida escolar de seus filhos e Alunos envolveram-se em discussões para mostrarem seu “rosto” e sua “voz” neste documento que concretiza o que temos e o que queremos fazer para melhorar a escola. O processo democrático e participativo nem sempre é fácil. Há problemas e obstáculos que foram, ao longo do processo construtivo, sendo enfrentados: o tempo escasso, a disponibilidade insuficiente, o acúmulo de tarefas entre outros. Mas todos encarados como desafios. Desafios que, afinal, tornaram este documento singular. Os atores envolvidos realmente demonstraram interesse, garra e motivação para construir o nosso PPP. Quiseram, desde o início, constituir um documento nosso, uma fonte de pesquisa e um norte para todas as nossas ações. Resultado de discussões, pesquisas e definição de metas, aspirações e sonhos, nosso PPP se materializa como linha mestra do Colégio Zardo e, guiado pelo princípio da revisão anual, enunciamos nele nossos objetivos para 03 anos. Queremos que este documento seja vivo a cada ação pedagógica desenvolvida na escola. Desde a concepção da metodologia a ser utilizada até os últimos detalhes de sua formatação, sempre tivemos a clara intenção de transformar e melhorar, de corrigir e aperfeiçoar e, assim, coletivamente, construir uma escola melhor, um Zardo que oferece educação de qualidade, um Zardo que possui uma equipe que almeja o melhor. Curitiba, 14 de agosto de 2009. NATERCI DE SOUZA SCHIAVINATO Diretora 3 I. DADOS CADASTRAIS Nome: COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR FRANCISCO ZARDO – ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL Município: CURITIBA NRE: CURITIBA Setor: SANTA FELICIDADE Dependência Administrativa: ESTADUAL Entidade Mantenedora: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ – SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO Sistema: SERIADO BIMESTRAL Endereço: AVENIDA MANOEL RIBAS Número: 7149 Bairro: SANTA FELICIDADE Cidade: CURITIBA - PARANÁ Zona: URBANA CEP: 82400-000 Fone: (41) 3272 - 1121 Fax: (41) 3374 - 2280 Home-page: www.zardo60anos.blogspot.com E-mail: [email protected] Horário de Funcionamento: MANHÃ – 7:30 ÀS 11:55H TARDE – 13:15 ÀS 17:30H NOITE – 18:45 ÀS 22:30H 4 II. ATOS OFICIAIS ENSINO FUNDAMENTAL Autorização de Funcionamento do Estabelecimento Dec 1595/1976 DOE 11/02/1976 Reconhecimento do Estabelecimento Res. 2142/1982 DOE 31/08/1982 Reconhecimento do Curso Res. 2142/1982 DOE 31/08/1982 Renovação do Reconhecimento Res. 1578/2008 DOE 01/08/2008 ENSINO MÉDIO Autorização de Funcionamento do Estabelecimento Dec 1595/1976 DOE 11/02/1976 Reconhecimento do Curso Res. 910/1985 DOE 12/03/1985 Renovação do Reconhecimento Res. 1626/2008 DOE 29/07/2008 ENSINO PROFISSIONAL Autorização do Funcionamento do Curso Técnico em Informática – Suporte e Manutenção Res. 667/06 Autorização do Funcionamento do Curso Técnico em Meio Ambiente Res. 1018/2006 Autorização do Funcionamento do Curso Técnico em Secretariado Res. 854/06 Reconhecimento do Curso Res. 3799/2008 DOE 07/10/2008 5 III. EQUIPE DIRETIVA NATERCI DE SOUZA SCHIAVINATO Diretora ANAIR JUREMA BARRETO DA COSTA Diretora Auxiliar JOSE ALVES DAMASCENO Diretor Auxiliar IV. EQUIPE PEDAGÓGICA ALEXANDRO MUHLSTEDT Pedagogo – Manhã e Tarde FABIOLA DOHMS BUDEL Pedagoga – Manhã e Tarde IVANI KUNTYJ RAWLYK SANTUCCI Pedagoga - Noite ROSANGELA MARIA DE CASTRO Pedagoga - Noite 6 V. EQUIPE DOCENTE 2009 ALESSANDRO ANDRADE HAIDUKE LANAMAR CLEUSA PIANARO ALEXANDER BASSOLI HONEGER LEANDRO ALBERTO MALINOWSKI ALINE AUGUSTO LEONARDO STAHLSCHMIDT ANA LUCIA THERIBA BARTAPELLI LUCIANE BATISTA VAZ ANAIR JUREMA BARRETO DA COSTA LUIS CESAR VOLPINI ANDRE LUIZ DE MELLO MEIRELLES MARCIA GENNARI ANDREIA DO ROCIO RIBEIRO MARCIA PEIXOTO ROCHA DA SILVA ANGELICA WARGHA P. RIBEIRO DE ARAUJO MARCOS ANTONIO GOMES ANGELITA BATISTA DE SOUZA MARCOS ROGERIO MAZETTI CAMILA TOCHETTO MARIA APARECIDA DE SOUZA LOPES CARLA JESUS CHAGAS WANSAUCHEKI MARIA REGINA TREVISAN PARISE CARMEN CINTHIA CALDEIRA B. SEKITANI MARIA VALDERICE P. DOS SANTOS CASSIO MURILO TREVISAN MARIANA SILVIA CIPOLLA CLAUDIO JOSE BUDEL MARIANE MAESTRELLI DALILA FERREIRA DE JESUS SANTOS MARILEI QUINT SERONATO DANIELE CRISTINA KLOSOSKI MARILISE MARIA BENATO STIVAL DEBORA CRISTINA SANTANA MARION RIBEIRO DELNICE TERESINHA DAS NEVES MARTA BRAZ PEDRA DIRLENE APARECIDA DOS SANTOS NATEL MARCOS FERREIRA ELIAS CICERO MATTAR SOBRINHO NEILI GONCALVES DE LIMA ELISETE TELMAN NEVES NILZETE LIBERATO OLIVEIRA ELISEU DE SOUZA BRITO PATRICIA MARINA ANDRADE PAULIN ELIZA MERKLE RAFAEL DA SILVA ELIZABETE ALVES GERALDO ROBERTO SALIM SFIER ELIZABETH LUZ BRONNER ROSALIA M. PALKOWSKI ANTUNES EMERSON ANTONIO KLISIEWICZ ROSANGELA GONCALVES DE OLIVEIRA ESTEFANIA DIAS MENDES ROSANGELA MARGARETH DE JEZUS PIELAK EUCLIDES ANTAO MULLER SANDRO BENATO EVERSON ADELMO PASQUALI SERGIO ANDREW FARIAS FILOMENA MARIA FARINHA ANTONIO SILVANA COSTA GRAZIELLA APARECIDA DA CUNHA SILVIA MARIA RABELO HIRAN ZANATTA SORAIA MARQUES TEIXEIRA FUCHS ICLEIA OLIVEIRA ZANOTO STELA MARIS MARQUETE ITALO PETRONZELLI SUELI MARIA TISSI MAYER JAUDIR MANFRON SUSANA WILCZAK DA SILVA SIQUEIRA JOCELI DE FATIMA TOMIO ARANTES THIAGO LUIS CAVALIERI JOSE ALVES DAMASCENO VALERIA BEATRIZ PLUCHEG JOSIANE GOMES SOARES VLADEMIR RODRIGUES DA SILVA KARINA REICHEL RODRIGUES 7 VI. EQUIPE TÉCNICO-ADMINISTRATIVO AGENTE EDUCACIONAL I ADELIA KOZAR ANA LUCIA PEDROSO ANTONIA TEREZINHA KOLACO OPIEKON EMA ZULTANSKI MELLO JAIME TRINDADE DE OLIVEIRA JOSNEI DOS SANTOS JUSSEIA SEVERINO DOS SANTOS OLIVEIRA JUVELINA GANE LOPES LAUDINE APARECIDA MELNICK MARIA LUCIA PIOTTO ORIANI REGINA CELI RIBEIRO DOS SANTOS SANDRA MARA TONIN KOLACO SONIA ZAPOSTO BUENO DOS SANTOS AGENTE EDUCACIONAL II ADIR PEDRO BENATO ANA CRISTINA RODRIGUES MIKOSZ CLAIR APARECIDA ALVARENGA LIMA DA COSTA CLEUSA MARIA TRENTIN MATIAS LUCIANA TREVIZAN LUSSIMAR HELENA FERRARI BERTOLDI MARLON APARECIDO DESPLANCHES ROSE MARY FERNANDES ABREU TEREZINHA DE FATIMA FERREIRA DOS SANTOS 8 VII – TURMAS E MATRÍCULAS 2009 Curso ENSINO FUNDAMENTAL COMPLEMENTACAO CURRICULAR ENSINO MEDIO ESPANHOL - BASICO INGLES - BASICO INFORMÁTICA MEIO AMBIENTE SECRETARIADO Série Turno Total de Turmas Total de Matrículas 5ª Tarde 4 110 6ª Tarde 4 117 7ª Tarde 3 108 8ª Tarde 3 110 1ª Manhã 1 30 1ª Tarde 1 30 1ª Manhã 7 271 1ª Tarde 2 66 1ª Noite 2 75 2ª Manhã 6 227 2ª Tarde 1 26 2ª Noite 2 86 3ª Manhã 5 176 3ª Tarde 1 26 3ª Noite 2 94 1ª Manhã 1 30 1ª Intermediário Tarde 2 60 1ª Noite 1 30 1ª Manhã 1 30 1ª Tarde 1 30 1ª Intermediário Tarde 1 30 1ª Noite 1 30 1ª Noite 2 83 2ª Noite 1 20 3ª Noite 1 15 1ª Noite 1 26 2ª Noite 1 18 3ª Noite 1 7 4ª Noite 1 19 1ª Noite 1 41 2ª Noite 1 20 3ª Noite 1 8 4ª Noite 1 11 62 2.060 9 Todo planejamento educacional, para qualquer sociedade, tem de responder às marcas e aos valores dessa sociedade. Só assim é que pode funcionar o processo educativo, ora como força estabilizadora, ora como fator de mudança. Às vezes, preservando determinadas formas de cultura. Outras, interferindo no processo histórico, instrumentalmente. De qualquer modo, para ser autêntico, é necessário ao processo educativo que se ponha em relação de organicidade com a contextura da sociedade a que se aplica. (...) A possibilidade humana de existir – forma acrescida de ser – mais do que viver faz do homem um ser eminentemente relacional. Estando nele, pode também sair dele. Projetar-se. Discernir. Conhecer. (Paulo Freire) 10 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO .............................................................................................................. 13 1 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA SOBRE O PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO ..................... 14 2 – HISTÓRICO DO COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR FRANCISCO ZARDO – ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL ......................................................................... 18 3 – PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO .............................................................................. 22 I – MARCO REFERENCIAL ........................................................................................ 22 1.1. MARCO SITUACIONAL - O MUNDO: UM CONTEXTO GERAL E MUITOS DESAFIOS ..................................................................................................... 23 1.2. MARCO CONCEITUAL - SOCIEDADE, SER HUMANO E EDUCAÇÃO QUE FORNECEM O TOM DOS ANSEIOS ................................................................... 26 1.3. MARCO OPERACIONAL - NOSSOS IDEAIS: EXPRESSÃO DE 31 POSICIONAMENTOS POLÍTICOS E PEDAGÓGICOS ............................................ 1.3.1. DIMENSÃO PEDAGÓGICA ............................................................ 32 1.3.2. DIMENSÃO COMUNITÁRIA .......................................................... 34 1.3.2. DIMENSÃO ADMINISTRATIVA ...................................................... 35 11 II – DIAGNÓSTICO ................................................................................................ 37 2.1. DESCRIÇÃO DO COTIDIANO: O PENSAR E O FAZER PEDAGÓGICO NO COLÉGIO ZARDO ............................................................................................ 37 2.2. O PERFIL DO ALUNO, DOS PROFISSIONAIS E DA COMUNIDADE: 42 MÚLTIPLAS FACES NUM SÓ LUGAR ................................................................. 2.3. A ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E ESTRUTURAL: ELEMENTOS GOVERNAMENTAIS, COMPONENTES DA GESTÃO E FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES ........................................................................................ 45 2.4. PROGRAMAS DO GOVERNO E PROPOSTAS DA SEED .................................. 50 2.5. UM OLHAR SOBRE O COTIDIANO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO: A ESSÊNCIA DA AÇÃO EDUCATIVA ..................................................................................... 57 2.6. REGRAS DO COTIDIANO: LIMITES, SEGURANÇA, CLAREZA E POSSIBILIDADES ........................................................................................... 67 2.6.1. REGRAS GERAIS AOS PROFESSORES ............................................. 69 2.7. ÁRVORE DOS PROBLEMAS E ÁRVORE DAS SOLUÇÕES ............................... 76 2.8. NECESSIDADES ....................................................................................... 103 12 III – PROGRAMAÇÃO ............................................................................................ 3.1. DETALHAMENTO DAS NECESSIDADES E ELABORAÇÃO DE PLANOS DE AÇÃO ............................................................................................................ 104 105 3.2. CONCEITUAÇÃO BÁSICA DOS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS E PROPOSTAS 114 DE AÇÕES ..................................................................................................... 3.1. APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA .............................................................. 115 3.2. RELAÇÕES INTERPESSOAIS POSITIVAS E COMPROMETIMENTO DO ALUNO 117 3.3. PARTICIPAÇÃO EFETIVA DA FAMÍLIA NA ESCOLA ..................................... 121 3.4. ENSINO ATIVO, REFLEXIVO E DINÂMICO E METODOLOGIAS INOVADORAS E CRIATIVAS ................................................................................................. 122 3.5. GESTÃO DEMOCRÁTICA – ESTRUTURA ADEQUADA, FLUXO DA INFORMAÇÃO E FORMAÇÃO DOCENTE ............................................................ 125 5 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 128 13 APRESENTAÇÃO O presente documento é a sistematização das idéias dos integrantes da comunidade (docentes, discentes, agentes educacionais e pais) do Colégio Estadual Professor Francisco Zardo – Ensino Fundamental, Médio e Profissional que participaram da construção do Projeto Político-Pedagógico. Divide-se, basicamente, em três partes principais: Marco Referencial, Diagnóstico e Programação. No Marco Referencial estão postos elementos que situam o contexto geral do colégio, expressando visão de mundo, de sociedade, de homem, de educação. No Diagnóstico, organizamos a realidade do Colégio e avaliamos as práticas existentes, bem como organizamos as características de nossa Instituição. Na Programação é onde são adotadas diretrizes relacionadas ao fazer da escola, a organização e o desenvolvimento curricular, ao ensino, à gestão e à avaliação. O texto resultou dos trabalhos coletivos realizados no Colégio e o trabalho de construção, iniciado em março de 2009, demandou inúmeras reuniões dos vários segmentos do Colégio envolvendo as unidades de ensino, que se detiveram para refletir sobre o contexto mundial, nacional, regional e escolar onde está inserida a atividade educacional da nossa Instituição, buscando traduzir desafios, princípios e diretrizes que fundamentarão a política de educação que adotaremos. A versão anterior do PPP, apresentada à Equipe do Setor Santa Felicidade para adequações apresentou muitos problemas. Por essa razão, optou-se por reestruturar por completo tal documento. Como subsídio, além do referencial bibliográfico, também serviram de apoio as versões dos PPP’s anteriores. Deste modo, esperamos adequar-nos às solicitações legais mas, mais do que isso, expressar no presente documento a realidade, os anseios, as aspirações e os objetivos da Equipe do Colégio Zardo. A Equipe Pedagógica, num trabalho de “costura”, sistematizou o presente texto que explicita o resultado das discussões, das muitas opiniões e depoimentos originados dos grupos formados por aqueles que se propuseram a participar. Este texto foi apreciado na comunidade escolar e aprovado no Conselho Escolar. O Colégio Zardo é uma instituição de natureza pública, mantida pela Secretaria de Estado da Educação do Governo Estadual do Paraná, constituída com caráter educacional, tendo suas atividades desenvolvidas à luz dos artigos 5º, incisos IX, XIII, 6º, 205, 215 da Constituição Federal, promovendo seu alunado através da educação e da cultura, tendo como fundamento os princípios delineados na LDB 9.394/96 em seu artigo 3º, incisos I a XI. Ao manter suas atividades educacionais e culturais, oferecendo os cursos de Ensino Fundamental (séries finais), Ensino Médio e Ensino Profissional (Curso Técnico em Secretariado, Meio Ambiente e Informática), em sistema bimestral, curso integrado e subsequente, o colégio estará proporcionando a seus educandos condições para que os mesmos possam vivenciar os mínimos sociais contidos no Art 6º da Constituição Federal. Portanto, o Colégio através de suas atividades, de suas ações, estará promovendo o bem comum, a paz e a prática da justiça inspirado no princípio da unidade nacional e nos ideais de liberdade, respeito e solidariedade humana. Como Instituição Pública, educacional e cultural, o Colégio Zardo manifesta e realiza ações formadoras e transformadoras da sociedade através de seus alunos, dando-lhes, em conseqüência, condições ao pleno exercício da cidadania. 14 1 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA SOBRE O PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO Não somos pescadores domingueiros, esperando o peixe. Somos agricultores, esperando a colheita, porque a queremos muito, porque conhecemos as sementes, a terra, os ventos e a chuva, porque avaliamos as circunstâncias e porque trabalhamos seriamente. (Danilo Gandin) A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) nº 9394/96, em seu artigo 12, inciso I, prevê que “os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, tem a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica”, deixando explícita a idéia de que a escola não pode prescindir da reflexão sobre a intencionalidade educativa. A palavra Projeto deriva do latim projecto significa Plano Geral de um Trabalho, desígnio, empreendimento, iniciativa (FERNANDES, LUFT E GUIMARÀES, 1999, pág. 541) O Projeto Político Pedagógico é um documento que se constitui, tomando o seu sentido etimológico, em um plano geral para a educação. Todavia, “mais que um documento burocrático”, contemplado na LDB (9394/96), o PPP é um meio de engajamento coletivo para integrar ações dispersas, criar sinergias. Veiga (1998) esclarece as questões conceituais sobre o tema ao afirmar que o projeto pedagógico não é um conjunto de planos e projetos de professores, nem somente um documento que trata das diretrizes pedagógicas da instituição educativa, mas um produto específico que reflete a realidade da escola, situada em um contexto mais amplo que a influência e que pode ser por ela influenciado. Portanto, trata-se de um instrumento que permite clarificar a ação educativa da instituição educacional em sua totalidade. É mais do que responder a uma solicitação formal. É a reflexão e a contínua expressão de dar direção e orientação a uma idéia, a um processo pedagógico intencional alicerçado nas reflexões e ações do presente (PEREIRA, 2007). O projeto político-pedagógico não é modismo e nem é documento para ficar engavetado em mesa na sala de direção da escola, ele transcende o simples agrupamento de planos de ensino e atividades diversificadas, pois é um instrumento do trabalho que indica um rumo, uma direção e construído com a participação de todos, como explicam André (2001) e Veiga (1998). Ele “é político no sentido de compromisso com a formação do cidadão para um tipo de sociedade” (ANDRÉ, 2001, p. 189) e é pedagógico porque possibilita a efetivação da intencionalidade da escola, que é a formação do cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo. Veiga (2001) traz importantes contribuições sobre está temática quando trata da construção de um projeto pedagógico em uma dimensão política e como prática especificamente pedagógica. Esta autora apresenta algumas características, tais como: a) ser processo participativo de decisões; b) preocupar-se em instaurar uma forma de organização de trabalho pedagógico que desvele os conflitos e as contradições; c) explicitar princípios baseados na autonomia da escola, na solidariedade entre os agentes educativos e no estímulo à participação de todos no projeto comum e coletivo; d) conter opções explícitas na direção de superar problemas no decorrer do trabalho educativo voltado para uma realidade específica; e, e) explicitar o compromisso com a formação do cidadão. Libâneo (2001, p. 125) aborda está temática ao destacar que o projeto pedagógico “deve ser compreendido como instrumento e processo de organização das escolas”, tendo em conta as características do instituído e do instituinte. 15 Vasconcellos (1995) reforça este entendimento, afirmando que o projeto pedagógico “é um instrumento teórico-metodológico que visa ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano da escola, só que de uma forma refletida, consciente, sistematizada, orgânica e, o que é essencial, participativa. E uma metodologia de trabalho que possibilita resignificar a ação de todos os agentes da instituição.” (p. 143). No Estado do Paraná, o PPP deve ser construído coletivamente em consonância com o sistema público de ensino (articulação). Sua continuidade deve ser “atemporal”, isto é: precisa de médio e longo prazo para se perpetuar de acordo com a realidade da escola. O “atropelo” dessa condição pode trazer inúmeros danos à sua concepção: diagnóstico superficial, cronograma de ações prejudicados, ações pedagógicas ineficientes, intervenções superficiais e etc. A temporalidade para a consolidação do PPP é trabalhar num horizonte histórico com o futuro à partir do presente. O Projeto Político-Pedagógico, originado no seio da coletividade docente, discente, administrativa e segmentos da sociedade fornece uma identidade à instituição, representa espaço onde possam se manifestar as experiências acumuladas, as necessidades singulares, o planejamento sistematizado das ações, enfim, uma oportunidade de tomarem as rédeas da direção a seguir. O presente documento está organizado de acordo com a proposição de Celso Vasconcelos e Danilo Gandin: Marco Referencial, Diagnóstico e Programação. No Marco Referencial está expressa a posição da instituição que planeja em relação à sua identidade, visão de mundo, utopia, valores, objetivos, compromissos. Indica o 'rumo', o horizonte, a direção que a instituição escolheu, fundamentado em elementos teóricos da filosofia, das ciências, apoia-se em crenças, na cultura da coletividade envolvida. Implica, portanto, opção e fundamentação. É nele que está o sentido do trabalho pedagógico e as grandes perspectivas para a caminhada rumo a sua concretização. A função maior do Marco Referencial é a de tensionar a realidade no sentido da sua superação / transformação e, em termos metodológicos, fornecer parâmetros, critérios para a realização do Diagnóstico. Está organizado da seguinte forma: Marco Situacional (onde estamos, como vemos a realidade); Marco Conceitual (para onde queremos ir) e Marco Operacional (que horizonte queremos para nossa ação) O Marco Situacional é a percepção do grupo em torno da realidade em geral: como a vê, quais seus traços mais marcantes, qual a relação do quadro sócio-econômico, político e cultural mais amplo e o cotidiano da escola. Sua importância se deve ao fato de que pode desvelar os elementos estruturais que condicionam a instituição e seus agentes. Neste Marco o que se pretende é a explicitação de uma visão geral da realidade e não apenas uma análise da instituição na perspectiva micro, pois isto será feito na fase do Diagnóstico. O Marco Conceitual equivale aos princípios norteadores do ideal geral da instituição escolar. Fundamenta a proposta de sociedade, pessoa e educação assumida pelo grupo que compõe a equipe escolar e sua comunidade. Embora toda educação se baseie numa visão de homem e de sociedade, nem sempre as escolas explicitam ou discutem consciente e intencionalmente as concepções subjacentes às suas práticas. O processo de elaboração do Marco Conceitual dá esta oportunidade tanto de explicitação, quanto de debate e busca de um consenso mínimo em torno de conteúdos epistemológicos, éticos, políticos-pedagógicos, metodológicos... O Marco Operacional é a explicitação do ideal da instituição escolar, tendo em vista aquilo que queremos ou devemos ser. Diz respeito a organização das ações da coletividade escolar naqueles campos de atuação que compreendem a as três principais dimensões que configuram a práxis educativa, quais sejam: a dimensão pedagógica, a dimensão comunitária e a dimensão administrativa. A elaboração do Marco Operacional, deve ser compatível e coerente com o Marco Situacional e, em especial, com o Marco Conceitual, pois, caso isso não ocorra, pode haver desarticulação entre a realidade geral e as grandes finalidades assumidas. No Diagnóstico estão as características atuais da escola, suas limitações e possibilidades, os seus elementos identificadores, a imagem que se quer construir quanto a seu papel na 16 comunidade em que está inserida. Esse levantamento dos traços identificadores da escola constitui um “diagnóstico” que servirá de base para a definição dos objetivos a perseguir, do modelo de gestão a ser adotado, dos conteúdos que devem ser trabalhados, das formas de organização e funcionamento da unidade escolar e sua função social no contexto local e global. E por fim, na Programação está a definição do que vai ser feito e dos meios para a superação dos problemas detectados, em busca da qualidade da educação oferecida pela escola. É a proposta de ação. Ou seja: definição do que é necessário e possível fazer para diminuir a distância entre o que a escola é e o que deveria ser. Quanto à periodicidade, a programação tem abrangência de 03 anos, com revisão anual. A Programação é o conjunto de ações concretas definidos pela instituição, no espaço de tempo disponível, que tem por objetivo superar as necessidades identificadas. Dito de outra forma, é a proposta de ação para sanar (satisfazer) as necessidades apresentadas pelo Diagnóstico (Gandin,1991:45). A escola é um espaço privilegiado, onde seus membros podem experimentar ser atores do processo educativo e é isso que suscita a construção de um Projeto Político – Pedagógico. O projeto político-pedagógico tem sido, nos últimos anos, objeto de estudos e debates entre os educadores. No caso específico do Colégio Estadual Professor Francisco Zardo, as discussões vêm acontecendo desde o final dos anos 90, sendo que a construção do primeiro projeto político-pedagógico se deu no ano 2000, depois revisando em 2003, refeito em 2007 e reorganizado em 2008 (em vistas de inúmeros problemas técnicos e conceituais, confusões teóricas e uma gama de outros problemas). É comum ouvirmos a afirmação: “O projeto político pedagógico é uma busca da melhoria da qualidade do ensino” e ousaríamos completar, da formação de seres humanos mais autônomos. Entre os debates e estudos feitos, levanta-se uma questão a respeito da denominação que se dá ao projeto da escola: projeto educativo institucional, projeto pedagógico, projeto pedagógico institucional, proposta pedagógica, projeto político-pedagógico. Mas, qualquer que seja a denominação, está implícita no projeto da escola a ação de planejar, buscar um rumo, uma direção de forma intencional. Planejar o desenvolvimento da escola é condição imprescindível para que as perspectiva que se tem sejam traçadas, visando intervenções responsáveis e conscientes em benefícios da coletividade. Isso pressupõe que o projeto da escola possa atender as dimensões política e pedagógica que lhe são atribuídas. Política porque traduz pensamentos e ação: exprime uma visão de mundo, de sociedade, de educação, de profissional e de aluno que se deseja. Tomar decisões, fazer escolhas e executar ações são todos atos políticos. Pedagógica porque nela está a possibilidade de tornar real a intenção da escola, subsidiando e orientando a ação educativa no cumprimento de seus propósitos que, sem dúvida, passam primeiramente pela formação do ser humano: participativo, compromissado, crítico e criativo. O projeto político–pedagógico é uma busca de autoconhecimento e de conhecimento da realidade e seu contexto. Planejá-lo requer encontrar no coletivo da escola respostas a uma série de questionamentos: Para quê? O quê? Quando? Como? Com o que? Por quê? Com quem? A construção do projeto político–pedagógico é a forma objetiva de a escola dar sentido ao seu saber fazer enquanto instituição escolar: é a realização concreta de seus sonhos, onde ações são desconstruídas e reconstruídas de forma dinâmica e histórica; é a revelação de seus compromissos, sua intencionalidade e principalmente de sua identidade e de seus membros. O projeto político–pedagógico permite à escola quebrar a rotina que às vezes se instala, reorganizando o seu saber fazer, desafiando horários e padrões pré-estabelecidos, alterando suas relações pessoais e de conhecimentos teóricos e práticos, construindo, dessa forma, experiências concretas, reais e palpáveis de educação. Nesse sentido, o projeto político-pedagógico requer um comprometimento coletivo e um compartilhar de responsabilidades, de maneira que a escola alcance um desenvolvimento pleno em todos os aspectos: humano – reconhecendo e valorizando o profissional e oportunizando o 17 desenvolvimento social dos alunos/alunas, tendo como pano de fundo o desenvolvimento educativo. É importante ressaltar ainda o desenvolvimento cultural, buscando o entendimento da cultura através dos conteúdos desenvolvidos, compreendendo e utilizando o conhecimento do próprio meio e criando uma cultura de pesquisa que legitime o desenvolvimento da instituição. O desenvolvimento político também permeia o projeto político-pedagógico. O fazer tem sempre conseqüências políticas que precisam ser encaradas pelo coletivo da escola e manejadas eficientemente, a fim de atender as necessidades que a realidade apresenta e alcançar o desenvolvimento institucional. Desenvolver institucionalmente requer uma aproximação da escola com seus parceiros: pais, comunidade, colaboradores, Setor, Núcleo Regional de Educação, Secretaria Estadual de Educação, o que possibilita a sua inserção em um projeto de políticas sociais e pedagógicas mais amplas. Essa é uma “arma” poderosa de que a escola dispõe. Participar e promover cada vez mais o trabalho coletivo não só com seus membros é o caminho para o macro desenvolvimento. Mas para esse alcance é preciso que a escola se transforme. Transformar não é mudar. Transformar significa chegar a novas situações, novos valores, novos princípios, novas relações. É comum transformar concepções e não transformar a prática. Esta última tem se mostrado, em algumas instituições, arraigadas a teorias tradicionais, de caráter racionalista, preocupandose mais com a transmissão de conhecimento do que com a construção deste pelo aluno, mediado pelo professor. Dessa forma, as discussões, reflexões e, sobretudo, as produções escritas por professores, pais, funcionários e alunos, ocorreram com o intuito de romper com o paradoxo transmissão X construção e, dessa forma, gerar novos pontos de vista para mudanças na prática cotidiana. Nesse sentido, no projeto político-pedagógico do Colégio Estadual Professor Francisco Zardo, através da ação de seus membros, fez-se a previsão daquilo que se deseja transformar, tanto no que se refere à concepções teóricas como práticas, voltando-se para a operacionalização das grandes metas da escola, de modo que possua prestar serviço à sociedade, preparando o aluno/aluna para se instalar no mundo em que vive, interpretando e pensando a realidade como um todo, de forma autônoma, tornando-o capaz de criticar e desenvolver expectativas e projetos em relação ao conjunto da sociedade. Esse entendimento é essencial para a transformação dos processos que se desenvolvem no âmbito da escola, tanto de caráter pedagógico quanto administrativo. Transformar componentes pedagógicos implica em transformar os objetivos da escola, estabelecendo o que se pretende atingir, deixando clara sua intencionalidade, no tipo de formação que se deseja para seus alunos/alunas levando-se em conta os valores, costumes e manifestações culturais, enfim, as necessidades de sua comunidade. Para tanto, alguns desses componentes pedagógicos destacam-se com básicos na condução do processo educativo e devem ser pensados pelos membros da escola de modo que se configurem clara e coerentemente com a proposta pedagógica que as faz. São eles a Avaliação, a Metodologia, o Currículo, o Conhecimento e o Planejamento. Transformar na ação é a idéia chave do processo. Isso se faz, criando, mudando, incrementando novas formas de pensar e de agir, aproveitando o saber, a experiência, valorizando “o saber dos que sabem”. Alterar relações, mudar, transformar é uma ousadia que se propõe aos educadores, pais, alunos, funcionários, parceiros, colaboradores e demais participantes do processo educacional. Isso está se tentando ser gestado na própria escola, de dentro para fora, num processo dinâmico, flexível e acima de tudo, autocrítico, a fim de reconhecer limites e superá-los. Essa abertura ao trabalho coletivo e participativo dentro da escola, desencadeia novos relacionamentos e, nesse processo, vai-se configurando o “embrião” da identidade da escola, da sua marca exclusiva e única delineada no seu projeto político– pedagógico. Há que se mudar as relações no âmbito da escola, na teoria e na prática, porque só assim esta alcançará objetividade em seu fazer. 18 2 – HISTÓRICO DO COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR FRANCISCO ZARDO – ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL Uma instituição não tem cara e não tem alma, não tem histórias... Cara e histórias têm as pessoas que ali trabalham e são elas que lhe fornecem alma. (Luiz Fernando Veríssimo) O tradicional bairro italiano de Santa Felicidade, famoso bairro gastronômico da cidade de Curitiba, deve a sua existência aos imigrantes italianos, que seguindo uma política patrocinada pelo governo monárquico de Dom Pedro II, vieram ajudar a colonizar o Brasil a partir das últimas décadas do século XIX. Foram cerca de 15 famílias, provindas da região do Vêneto, norte da Itália, que aqui chegaram a partir do ano de 1878 e fundaram esta colônia. Eram famílias que tinham como princípios fundamentais de vida a sua forte religiosidade, seu amor ao trabalho e grande alegria no cultivo das suas tradições através da música, da dança e da boa comida de origem italiana. Entre os marcos mais conhecidos da colônia de Santa Felicidade, atualmente, estão seus famosos restaurantes, igrejas, comércio de artesanato, cantinas de vinho, agremiações esportivas..., e, em se falando de educação, todos do bairro conhecem o Colégio Francisco Zardo. O Colégio Estadual Professor Francisco Zardo – Ensino Fundamental, Médio e Profissional – que existe oficialmente desde 1948, fiel à sua característica de escola Pública, sempre teve como prioridade o atendimento aos filhos das classes mais humildes e trabalhadoras do bairro, assegurando a essas crianças e jovens a matrícula preferencial. Esta Instituição teve um início informal no bairro de Santa Felicidade, desde que aquelas primeiras 15 famílias, provindas da região do Vêneto, Itália, aqui se fixaram para trabalhar a terra. As primeiras escolas funcionavam em casas particulares e os professores, moradores da própria “Colônia”, como ficou conhecido o bairro, ensinavam a língua Italiana. Somente aos poucos a Língua Portuguesa foi aprendida. Os primeiros impulsos culturais da colônia foram dados pelo professor Francisco Zardo – daí a origem do nome de nossa Escola, como uma homenagem a este pioneiro da Educação em nosso bairro. Francisco Zardo foi um dos primeiros imigrantes italianos que vieram para Santa Felicidade. Nasceu em Veneza, Itália, em 24 de abril de 1868 e veio para o Brasil em 1888, com vinte anos de idade. Iniciou sua carreira no Magistério, como professor primário, em 12 de novembro de 1889, (três dias antes da Proclamação da República do Brasil). Foi o primeiro professor “público” de Santa Felicidade, embora ainda lecionando em casas particulares, cedidas pelos moradores para este fim. Planejava a construção de uma Escola Pública, uma vez que o número de alunos crescia a cada dia. Para isso era necessária a aquisição de um terreno. O casal João Batista e Margarida Culpi, em nome da grande amizade que os unia a Francisco Zardo, doaram o terreno onde hoje funciona este Colégio, na Avenida Manuel Ribas, nº 7149. Francisco Zardo não teve, infelizmente, a ventura de ver seu sonho concretizado, pois entraves burocráticos impediram a efetivação do ideal do grande mestre. Faleceu em 1931, lecionando para os filhos do povo de Santa Felicidade, ainda no espaço de sua própria casa. 19 Somente em 1942, os moradores, tendo à frente os Srs. Saturnino Miranda e Gumercindo de Oliveira Godoy, puderam dar início à construção da escola sonhada por Francisco Zardo, com apoio do então prefeito de Curitiba, Dr. Rosaldo de Melo Leitão e do Interventor do Estado do Paraná, Sr. Manoel Ribas. Em 1943 a escola começou a funcionar com apenas quatro salas de aula. Recebeu o nome de “Grupo Escolar de Santa Felicidade”, iniciando seu funcionamento como o antigo “Primário”. Margarida Zardo Miranda, filha do professor Francisco Zardo, continuou o trabalho pioneiro do pai. Foi a primeira professora normalista de Santa Felicidade. Começou a trabalhar em 1919 e também teve papel preponderante na educação escolar das crianças e jovens do bairro italiano. Em 10 de setembro de 1948, já no endereço atual, foi criado oficialmente o “Grupo Escolar Professor Francisco Zardo”, que recebeu este nome como uma homenagem a esse ilustre e incansável educador, que dedicou sua vida em favor da educação das crianças do bairro, e tanto lutou para a construção de uma Escola Pública em Santa Felicidade. Com o crescimento e progresso do bairro, fomentado principalmente pelo início das atividades dos restaurantes, Santa Felicidade começou a sentir a necessidade de atender aos jovens que terminavam os estudos da 4ª série do ensino primário. Havia a necessidade de implantar o chamado “ginásio”, para os adolescentes poderem continuar os estudos. Em 17 de dezembro de 1965, pelo Decreto de nº 4237, foi criado o “Ginásio Estadual de Santa Felicidade”, o qual, conforme o Decreto nº 612 de 30 de março de 1966, passou a denominar-se “Ginásio Estadual João Mazzarotto”. O curso ginasial foi autorizado a funcionar pela Portaria nº 7168 de 29 de dezembro de 1965, iniciando suas atividades em janeiro de 1966, no mesmo prédio do Grupo Escolar Professor Francisco Zardo. A escola passou, então, a conviver com dois nomes: um para o ginásio e outro para o primário. Eram no início apenas quatro turmas, à noite, tendo como seu 1º diretor, em 1966, o professor Valdir Nilo Rasera, que foi substituído, em 1967, pelo professor José Leonardo Salata, o qual permaneceu até 1971, quando foi substituído pela professora Maria Ivone Bergamini. O bairro de Santa Felicidade continuava a crescer vertiginosamente. Era premente a necessidade de expandir as possibilidades de educação para os jovens que concluíam o curso ginasial. Era necessário implantar o Ensino de 2º Grau em Santa Felicidade, especialmente um curso profissionalizante que atendesse aos anseios da comunidade. Foi durante a gestão diretiva do prof. Miguel Kosienski, professor de português do Zardo desde 1966, um incansável batalhador pela causa da Educação em Santa Felicidade, com a ajuda do povo da colônia e de outros colegas professores, como Osnildo Kosel, Matthias Bungart, Wolfgang Müller, Marcelo Knaut, Gerson Luis Bredt, Valdomiro Grodz... e outros, conseguiram junto às autoridades estaduais que fosse implantado no colégio o ensino de 2º Grau e seu 1º curso profissionalizante. Em 13 de fevereiro de 1975, autorizados pela Resolução nº 235/75, entraram em funcionamento os cursos “TÉCNICO EM QUÍMICA” e “AUXILIAR DE LABORATÓRIO EM ANÁLISES QUÍMICAS”, em nível de 2º Grau, um curso que trouxe muito orgulho para Santa Felicidade, pois inseriu nosso colégio entre os colégios estaduais que ministravam um ensino de excelência no Estado do Paraná. Até hoje muitos dos alunos do Zardo exercem funções proeminentes na Petrobrás e em grandes empresas do setor industrial de nosso Estado graças ao curso de Química que frequentaram no Zardo. A partir de 06 de dezembro de 1976, através do Decreto nº 1595, o colégio passou a ser denominado “Colégio Professor Francisco Zardo - Ensino de 1º e 2º Graus”, sempre mantido pelo Governo do Estado do Paraná. A Habilitação “Técnico em Química” foi reconhecida pela Resolução nº 2.142/82 de 10 de agosto de 1982, em nível de 4º Série. E a partir do ano de 20 1994 foi criada a Habilitação “Auxiliar de Técnico em Química”, aprovada pelo parecer nº 169/88 e adequada à Deliberação nº 17/93/CEE em nível de 4ª Série. Foi em 1978, durante uma das greves do Magistério Paranaense, que o colégio Francisco Zardo foi foco principal da “mídia paranaense”. Estava na direção do estabelecimento o professor Miguel Kosienski, tendo como vice-diretor o professor Gerson Luís Bredt. A Secretaria de Educação pretendeu punir os professores do Zardo que participaram do movimento grevista. Como o professor Miguel Kosienski procurou defender seu corpo docente recusando-se a entregar o nome de seus professores que aderiram à greve, a Secretaria destituiu-o do cargo de diretor e nomeou outra pessoa para o cargo. Foi nesse momento que a comunidade de Santa Felicidade demonstrou toda a sua força e união, especialmente através do corpo discente. Os alunos se uniram, saíram à rua e impediram que o novo diretor tomasse posse no estabelecimento. Ante o impasse, pois era uma manifestação da vontade popular, e devido à grande repercussão que o fato alcançou na “mídia” paranaense, e apesar de ainda estarmos numa época de ditadura militar, mesmo assim a Secretaria de Educação respeitou a vontade popular e reconduziu o professor Miguel Kosienski ao cargo de diretor do Zardo – uma grande vitória dos alunos, dos professores e do povo de Santa Felicidade. Outra conquista da gestão do professor Miguel Kosienski na direção, no início dos anos 80, foi uma grande reforma e ampliação do colégio, com a construção de novas salas de aula para poder atender à demanda crescente de novos alunos, oriundos das mais variadas localidades de Curitiba, atraídos pelo bom conceito alcançado pelo Curso de Química do Zardo. O parecer nº 117/83 autorizou a implantação do Curso Propedêutico, mais tarde denominado de “Educação Geral”, em conformidade com a Lei 7.044, de 18 de outubro de 1983, e alterou a denominação do colégio para “Colégio Estadual Professor Francisco Zardo – Ensino de 1º e 2º Graus”, satisfeitos os requisitos contidos nas Deliberações nº 30/80 e nº 45/83 do Conselho Estadual de Educação. O Curso de Educação Geral foi reconhecido pela Resolução nº 910//25 de 01 de janeiro de 1985. Foi no ano de 1986, durante a gestão do professor Matthias Bungardt, como diretor, e do professor Wolfgang Müller, como vice, que o Colégio Francisco Zardo conseguiu implantar um novo e bastante concorrido curso profissionalizante no Zardo: o curso de “Habilitação no Magistério”, que foi reconhecido pela Resolução nº 211/89, de 19 de janeiro de 1989. Este curso propiciou a formação de inúmeras professoras que atualmente estão trabalhando no Zardo e em várias outras escolas do bairro, da capital e de municípios vizinhos. A partir de 1987 assumem a direção do Zardo o professor Celso Ari Baruffi, tendo como vice o professor Cláudio Parise, os quais permaneceram na direção durante 7 anos, até meados de 1993, quando assumiu o professor Odilmar Rogério Sottomaior Macedo. Em seguida assumiu a direção a professora Jeanet de Freitas. Lamentavelmente, os dois cursos profissionalizantes mais requisitados do Zardo, o de Química e o de Magistério, deixaram de funcionar no Zardo, a partir de 1997, devido a políticas governamentais da época, que infelizmente vieram a privar e prejudicar tantos jovens de Santa Felicidade e de outras localidades, que encontravam, na realização destes cursos, uma alternativa de sobrevivência e inserção quase que garantida no mercado de trabalho. Ainda neste ano de 1997, após vários anos de muita luta e relutância da comunidade escolar de Santa Felicidade, também deixou de funcionar no Zardo o Ensino Fundamental de 1ª a 4ª série, após 54 anos de existência, pois, de acordo com decisões governamentais, o ensino fundamental de 1ª a 4ª série passou a ser de responsabilidade municipal. Em 1998 também houve a cessação da Classe Especial e também decidiu-se pela extinção do Ensino Fundamental de 5ª a 8ª Série, com início em 2001, em função da adequação à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9.394/98, de 20 de dezembro de 1998. O Parecer nº 125/2000, de 21 de fevereiro de 2000, da Secretaria de Estado da Educação, fixava o seguinte: 21 “O Departamento de Ensino de Segundo Grau, considerando o Parecer 15/98, a Resolução 03/98 da CEB/CNE, a instrução 01/98 e Ofícios Curriculares 111/98, 114/98, 116/98, 03/99 DESG/SEED e o Parecer Técnico emitido pelas Equipes de Ensino e Estrutura e Funcionamento do NRE de Curitiba, aprova a proposta curricular do Ensino Médio do Colégio Estadual Professor Francisco Zardo, do Município de Curitiba, no(s) turno(s) diurno e noturno”, com implantação gradativa a partir de 2000.” No final do ano de 2001, no entanto, na Gestão da Professora Bernadete Pelissari, por iniciativa da APM, Conselho Escolar e Colegiado de Professores, instalou-se um movimento para o retorno da 5ª a 8ª Série do Ensino Fundamental, junto à Secretaria de Estado da Educação. O processo de cessação foi revogado pela Resolução 2393/02 e o Estabelecimento obteve permissão para abrir matrículas para 5ª Série no ano de 2002. A partir do início do ano letivo de 2005, graças a novas políticas educacionais, o Francisco Zardo voltou a ofertar cursos de Educação Profissional, autorizados de acordo com os respectivos atos: Curso Técnico em Meio Ambiente – Área Profissional: Meio Ambiente, integrado ao Ensino Médio através da Resolução n.º 1018/06 e Parecer n.º 140/06 – DEP/SEED; Curso Técnico em Secretariado – Área Profissional: Gestão, integrado ao Ensino Médio através da Resolução n.º 854/06 e Parecer n.º 140/06 – DEP/SEED e Curso Técnico em Informática – Suporte e Manutenção, Área Profissional: Informática, subseqüente ao Ensino Médio através da Resolução n.º 667/06 e Parecer n.º 77/06 – DEP/SEED. Atualmente, a partir do ano de 2009, o Colégio Estadual Professor Francisco Zardo está sob a direção da professora Naterci de Souza Schiavinato, cuja administração tem se pautado por uma firme determinação no sentido de resgatar os tempos áureos do Colégio Professor Francisco Zardo, quando esta instituição era sinônimo de educação de qualidade no Estado do Paraná. Devemos render um tributo de agradecimento a todos aqueles que trabalharam e lutaram pelo engrandecimento deste colégio, desde o pioneiro professor Francisco Zardo e sua filha, professora Margarida Zardo, todos os diretores, vice-diretores, coordenadores, professores e funcionários que aqui trabalharam, todos os alunos que aqui estudaram, os moradores do bairro que de alguma forma deram a sua parcela de contribuição para fazer do Zardo um dos motivos de orgulho para a comunidade de Santa Felicidade. Ao organizar-se como entidade de caráter educacional e cultural, o Colégio Zardo assume o papel de colaborador da missão do Estado e da Sociedade, tendo por escopo a promoção da pessoa através da educação e da cultura, para seu desenvolvimento pessoal, procurando torná-la apta ao exercício consciente de seus direitos e deveres como cidadão. A educação se constitui em direito de todas as pessoas dever do Estado e da Família e deve ser promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Este é um breve histórico do Colégio Estadual Professor Francisco Zardo que, parodiando Luís Fernando Veríssimo, cujo pensamento aparece como epígrafe, “tem cara e tem histórias sim, através das pessoas que aqui trabalharam, estudaram e lhe deram alma durante esses mais de 60 anos de existência”. (Texto adaptado por Cláudio Parise – julho de 2009) 22 3 – PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO Nossa identidade se constrói a partir da intersecção das circunstâncias que nos cercam com os desejos que trazemos. Ora, nossas circunstâncias podem ou não ser transformadas, dependendo das nossas ações(...) É preciso agirmos, individual e coletivamente. (Fischmann, 1998) I – MARCO REFERENCIAL Aqui vamos explicitar como entendemos o mundo em que vivemos e o contexto em que se situa o Colégio Professor Francisco Zardo. A partir de nossas reflexões acerca do contexto sócio-histórico-educacional, considerando os fundamentos legais relacionados à educação, pretendemos identificar os elementos mundiais que se põem para o nosso Colégio. Partimos do pressuposto de que uma Escola que visa realizar ações intencionais precisa levar em conta os problemas decorrentes das relações que se estabelecem em seu contexto. Conscientes dessa trama de relações, será possível superar ações espontaneístas e, efetivamente, contribuir para a construção de uma sociedade mais humana, justa, livre, participativa e feliz. Sendo assim, é indispensável um olhar sobre o paradoxo instalado na atualidade: enquanto presenciamos as maiores e mais rápidas transformações tecnológicas, convivemos com o crescimento desenfreado da miséria e da injustiça social. Por isso, precisamos compreender o mundo e situar os problemas presentes em nosso entorno para, em seguida, apontarmos em que direção caminhará nossa Escola. Vivemos num momento de grandes e profundas transformações, carregando resquícios dos problemas do século anterior: violência, desigualdade social, capitalismo selvagem, exclusão, competição material, valorização excessiva do “ter” e não do “ser”, crise de valores, excesso de apelo físico e sexista... Numa sociedade assim encontramos pessoas desumanas, individualistas, preconceituosos, violentas, sobreviventes da marginalidade. Se o mundo é bonito, desenvolvido por um lado, de outro temos um mundo feio, corrupto. Discursamos sobre direitos humanos, mas pratica-se a lei do “mais forte”. Na luta de classes exclui-se o menos favorecido. Parece urgente uma mudança nas instituições, uma revisão de valores. É fácil compreender, portanto, que o mundo tornou-se globalizado, mas as oportunidades não. As transformações vão acontecendo em todos os setores da sociedade: mundo globalizado, economia mal distribuída, desemprego, os meios de comunicação, violência, drogas, avanços tecnológicos... Convivemos com todos os tipos de pessoas que são influenciadas por essas transformações e a escola tem que encontrar meios de desenvolver seus ideais e propostas diante de todas essas mudanças, muitas vezes não tendo recursos pedagógicos e financeiros para tal. Mesmo assim, sentimos que a escola ainda é muito viva apesar de tantos problemas, pois é na escola que o aluno passa grande tempo de sua vida e aprende a conviver e socializar-se. Esse ponto positivo nos faz sonhar mais longe e almejar uma escola em que o aluno passe a percebê-la como um ambiente que lhe assegura bem-estar, prazer e sentido para a vida. Almeja-se a construção de uma escola atrativa, com ensino de qualidade e que forme cidadãos conscientes, capazes de enfrentar os desafios do mundo atual, e possam usufruir os benefícios que a sociedade oferece. 23 Tal sonho se torna um grande desafio ao nos depararmos com uma realidade escolar em que a escola vem deixando de ser centro do saber para se tornar um “depósito” de crianças e jovens, um local de simples encontro. Nessa situação, o professor acaba se tornando um profissional que “cuida” de alunos, e, assim, deixa de desenvolver com profundidade a sua função primordial: o ensino, o conhecimento, a prática pedagógica, a pesquisa, o aprofundamento. É lamentável ver a educação escolar se tornar assistencialista e ter sua autonomia vigiada e engessada por um sistema que é burocrático e incoerente. Embora enfrentando muitos problemas, existem movimentos e projetos em favor da paz, da solidariedade, da vida justa e digna, da preservação do meio ambiente, da inclusão social, da tolerância com as diferenças culturais e raciais. São movimentos que refletem a realidade desejada para nossa sociedade. Todos queremos chegar numa sociedade mais justa, mais solidária, passando por uma formação adequada que capacite os agentes sociais para explorar todo seu potencial. Um mundo com qualidade de vida para todos, um mundo sem discriminação, onde os idosos sejam reconhecidos pela sua vivência e os jovens valorizados pela sua ânsia de estabelecer-se no mundo. Para atingirmos esta sociedade ideal precisamos de cidadãos que pensam de forma global, mas agem de forma local. Criativos e inseridos ao mundo atual, usufruindo todos os benefícios modernos. Benefícios como educação, alimentação, tecnologia que ainda não estão a disposição da maioria da população. Então, nesta perspectiva, a finalidade da escola é valorizar o ser humano em todos seus aspectos (pedagógico, social, afetivo, intelectual e cognitivo), torná-lo apto a viver e a conviver, sendo agente de transformação para a sociedade em que vive. Deseja-se e trabalha-se para que exista, na prática, um ensino de qualidade onde o aluno aprenda a buscar uma vida digna, para que possa transformar-se num cidadão consciente, capaz de exigir seus direitos e cumprir seus deveres. Para isso é preciso seriedade, compromisso e comprometimento de toda equipe da escola, união na busca de concretização do objetivo principal que é o sucesso no processo ensinoaprendizagem, planejamento condizente com a realidade do aluno e a participação direta dos pais na escola. Enfim, um trabalho em conjunto e comprometido visando a formações de um “ser” solidário, mais humano e, em conseqüência, mais feliz. 1.1. MARCO SITUACIONAL - O MUNDO: UM CONTEXTO GERAL E MUITOS DESAFIOS O que se passa hoje no Brasil é mais facilmente entendido se levarmos em consideração o que está acontecendo como tendência mundial. Quem acompanha, como cidadão do mundo, as discussões e análises sobre nosso tempo, já está se acostumando com a idéia de que não estamos vivendo, somente, uma época de grandes mudanças, mas também, uma mudança de época. Em outras palavras, uma mudança paradigmática, que se faz presente e nítida nos aspectos políticos, econômicos, sociais e ideológicos. A vida em nossa sociedade está em constante mudança com o surgimento de novos costumes, novas formas de cultura e comunicação. É nesse cenário (político-econômico-social e ideológico) antagônico, paradoxal, acelerado, pós-moderno que os valores e as mudanças não só se revelam amplas e profundas, como complexas. Mundo menos previsível, mais complexo, dinâmico, criativo e pluralista, em que a mudança é componente essencial; tudo é relativo, apenas provável, incerto e ao mesmo tempo, complementar; tudo está em movimento, em constante fluxo de energia em processo de mudança; lugar de instabilidade e de flutuações. 24 É uma mudança que contempla todas as dimensões da pessoa: intelectual, comportamental, afetiva, institucional, ético-moral e espiritual. Concepções e/ou noções de espaço, tempo, linguagem, trabalho, conhecimento e educação são questionadas. Atualmente, o desenvolvimento científico tem mostrado que a possibilidade do desenvolvimento do conhecimento é mais abrangente do que apenas ler, escrever e calcular. Na ótica político-econômica, prevalece um modelo de Estado mais gerenciador que administrador, no qual o mercado passa a ser o agente regulador das condições "de compra e venda" do bem estar pessoal e coletivo. É o surgimento de um Estado que vai desacelerando gradualmente seu nível de participação e grau de responsabilidade na execução das coisas públicas para dar espaço a um mercado que assume, num processo de terceirização econômica, em parcerias ou privativamente a prestação de serviços. É um modelo em que os princípios da liberdade, da livre concorrência e da competição individualista afloram como os eixos norteadores desse mercado. Vivemos sob a ideologia neo-liberal, cujo ideário prioriza os princípios de liberdade para competir e o individualismo, tendo sempre em vista o mercado, com a maximização da eficiência e do lucro... Conseqüentemente, estamos numa crescente exclusão. É flagrante a exclusão social, marcada pela institucionalização da violência e pela exploração do potencial humano, acarretando contextos sociais corruptíveis, isentos de sanções, impunes frente ao desrespeito, à justiça e à dignidade humana. É possível constatar que nossa sociedade não é autônoma. Vivemos numa sociedade excludente, com dificuldade de acesso à informação em todos os níveis desde o educacional até o tecnológico. Quanto ao engajamento, estamos ainda engatinhando. Diante desse quadro, a participação social, conceituada como cidadania, passa por um eventual esvaziamento, minimizando a importância e a necessidade do desenvolvimento de idéias de participação, compromisso, responsabilidade e envolvimento. É uma sociedade de flagrantes injustiças sociais que prioriza o Ter em detrimento do Ser, que não prima pelo exercício do princípio democrático da liberdade, que desestimula atitudes de respeito à individualidade e ao respeito mútuo, que se caracteriza pela ausência e vivência do princípio de que todas as pessoas têm direitos e são iguais. No seio, entretanto, da ambigüidade que permeia essas mudanças, novos valores emergem, promovendo e estimulando o aparecimento de atitudes inovadoras, tais como: o espírito de cooperação e solidariedade entre os excluídos: podemos perceber que existe a tentativa por parte de alguns segmentos da sociedade (ONG's, associações, movimentos sociais e religiosos, grupos de cultura e arte, etc) de conscientizar a população de que a sua participação em decisões é importantíssima. Isso é importante porque uma sociedade de pessoas individualistas, pouco participativas, materialistas e descomprometidas, dificilmente vai gerar realização, harmonia, justiça, igualdade. Cabe destaque à sensibilidade pela questão ecológica, à valorização da ética e à indignação frente a sua inexistência, às iniciativas de combate à corrupção política, a tolerância e ao diálogo entre as diferentes culturas, religiões e governos: A sociedade em que vivemos está preocupada com os problemas sociais. Em termos sócio-ideológicos, a globalização é uma tendência mundial que se caracteriza paradoxalmente. Por um lado, alto desenvolvimento tecnológico, com uma rede de comunicação intercontinental, que faz de todas as pessoas, em qualquer lugar do planeta, um cidadão do mundo. E, por outro lado, forma conglomerados econômicos internacionais e massifica minorias étnicas e religiosas. Em nome de uma tradição religiosa são gerados conflitos armados em vários países. A intolerância e o fundamentalismo dificultam a pluralidade cultural e religiosa devido a dogmas absolutos ou atitudes intransigentes. Enfim, vivemos em um mundo marcado pela incerteza, insatisfação e subjetividade. Somos uma geração desmotivada, recebemos tudo pronto; tudo que se cria e se faz é para o nosso conforto, mas ficamos cada vez mais insatisfeitos. Nós estamos vivendo num mundo 25 onde o ser humano sente-se desiludido, perdido no tempo e no espaço, um ser em crise, buscando desesperadamente um sentido para sua existência. Essa conjuntura mundial se reproduz na América Latina também, inviabilizando projetos nacionais autônomos e, no Brasil, acentua o aumento da pobreza e da histórica desigualdade social. O Brasil real é assustador pelas suas contradições e pela insensibilidade da burocracia do poder em não se deixar pautar pelas preocupações que dele emergem. Na agenda governamental, a preocupação se volta em manter as metas econômicas estipuladas por políticas internacionais, garantindo assim, o respeito internacional e uma suposta estabilidade inflacionaria. Para manter isso, o governo articula alianças políticas que, em muitas vezes, fogem de uma compreensão ética e de justiça, ferindo a dignidade das relações humanas. Por isso, na agenda social, há um custo encoberto e que vem se agravando: aumenta o desemprego, a propriedade da terra ainda é um símbolo da desigualdade, a violência está institucionalizada, os serviços públicos não atendem à demanda... Historicamente, tem-se buscado um modelo educacional que corresponda a especificidade brasileira. Pode-se constatar esse processo contínuo e permanente de mudanças de modelos, sobretudo no último século. Nos últimos anos o Brasil vem passando por mais um processo de reforma educacional, inspirado em outros modelos, com o intuito de contribuir para o desenvolvimento da nação. Infelizmente, sabemos que muitas vezes no decorrer da história, essas iniciativas visavam também corresponder às exigências de investidores internacionais para assegurar financiamentos importantes para o país. Essa educação como "moeda de mercado" repete-se na realidade escolar brasileira quando a finalidade da aprendizagem reduz-se a um passaporte para uma carreira profissional. Vendem-se "pacotes" educativos, "embalados" em grifes do mercado de acordo com as necessidades de "consumo" da clientela. É a educação na lógica do mercado. Mas, essa reforma educacional brasileira, tem apresentado, por outro lado, um paradigma baseado na revisão e mudança significativa de conceitos. Em função disso, já é possível constatar o aumento da escolaridade nacional, a diminuição da evasão e a redução do analfabetismo, por exemplo. Nesse contexto geral, desolador e instável, situamos, de modo amplo e genérico, o município aonde se encontra nosso colégio. Curitiba é o centro econômico do estado do Paraná. Em parte, isso se deve à população de quase três milhões de habitantes, se for considerada a sua região metropolitana. Além disso, a cidade concentra a maior porção da estrutura governamental e de serviços públicos do estado e sedia importantes empresas nos setores de comércio, serviços e financeiro. Aproximadamente metade das 150 maiores empresas do estado estão sediadas na região metropolitana de Curitiba. Copel, HSBC, Cimento Rio Branco, Cooperativa Coamo, Paraná Previdência, Kraft Foods, TIM Sul, Sanepar, Renault, Audi, Volvo, Electrolux e Petrobrás são algumas das mais significativas. Curitiba é o segundo município que mais exportou no Paraná em 2005 e o terceiro da região sul No ano de 2003 o PIB de Curitiba foi de R$ 15,4 bilhões, ou cerca de 16% do total do estado. Aproximadamente 40% do PIB municipal provém da indústria e o restante de atividades ligadas ao setor terciário. Curitiba possui conquistas notáveis em educação. Entre as capitais do Brasil, é a que possui a menor taxa de analfabetismo. O programa de Alfabetização Ecológica, adotada nas escolas da rede municipal, foi considerada pela ONU como uma das 60 melhores práticas do mundo nas áreas de educação e cidadania. Os Faróis do Saber, existentes em vários bairros de Curitiba, reúnem biblioteca, acesso a Internet e outros recursos culturais. Valiosos acervos públicos de fácil acesso e próximos da população. 26 O quadro sócio-histórico-educacional aqui exposto parece expressar uma visão apocalíptica de sociedade, ressaltando uma gama de problemas de tal amplitude que sugere ser intangível qualquer possibilidade de transformação para melhor. Entretanto, é necessário registrar que ao longo das discussões que explicitaram o referido quadro, os sujeitos envolvidos manifestaram suas visões movidos pelo desejo de transformações. Suas reflexões sugerem que a escola, imbuída de sua função social, poderá contribuir com as transformações atuando criticamente para reconstruir as representações que os sujeitos têm da realidade, de modo a promover a mudança de postura e de prática diante dessa realidade. Isso é visível quando professores, alunos e funcionários técnico-administrativos anunciam DESAFIOS a serem assumidos pela Escola, tais como: • Assegurar o caráter público e gratuito da Escola visando à inclusão educacional e social. • Orientar as ações com base em pressupostos éticos entendendo que a sociedade vive uma crise de valores no que tange ao convívio social, à manutenção da paz, ao respeito aos direitos humanos. • Preparar o aluno para que se torne capaz de fazer intervenções na sociedade no sentido de superar as desigualdades sociais. • Atuar diretamente em problemas da escola e da comunidade. • Construir a identidade e a autonomia da escola. • Criar condições para que os servidores atuem de modo responsável e comprometido com a função social da escola. • Construir a organicidade coletiva. • Investir cada vez mais em ações que dêem o tom e o ritmo da instituição, assimilada e compreendida por todos. • Reconstruir a escola como espaço de ensino e de aprendizagem, como ambiente de pesquisa e de formação de opiniões, como agente transformador e instaurador de novas possibilidades de vida social. • Impedir, combater, inibir e prevenir todo tipo de agressão, violência, desigualdade, discriminação, preconceito e manifestação de desrespeito ao ser humano. Esses desafios implicam a quebra de muitos paradigmas relacionados à função da Escola na sociedade e remetem à educação como condição de libertação do homem. Ter direito à liberdade, à justiça e à dignidade é condição indispensável para a construção de uma nova ordem social. Nessa perspectiva, a educação escolar, embora não seja a solução mágica para as mazelas sociais, é um espaço fundamental para a formação do cidadão pleno, sujeito consciente, com visão crítica e, sobretudo, atuante na sociedade urbana e rural. Mobilizar-se nessa direção significa condenar toda e qualquer ação que repercuta em exploração do Ser Humano e atuar para humanizar o globo e não globalizar o homem. 1.2. MARCO CONCEITUAL - SOCIEDADE, SER HUMANO, CULTURA E EDUCAÇÃO QUE FORNECEM O TOM DOS ANSEIOS Apesar da presença aparentemente única de um regime neoliberalista e seus valores nos fazer crer que nossa realidade permanece impermeabilizada a qualquer possibilidade de mudança, acreditamos que a transformação social se efetiva, inclusive, pela educação. 27 Isto posto, buscamos através do trabalho na escola a construção de uma sociedade diferente daquela com as quais convivemos nos dias atuais, qual seja: a perspectiva de uma sociedade nova, justa e mais fraterna. O ideal de uma sociedade mais justa pressupõe: • assegurar a todos os indivíduos o acesso às necessidades básicas de todo o ser humano, tais como, educação, saúde, trabalho, habitação, lazer...; • compreender e vivenciar as diferentes formas de respeito individual e mútuo; • repudiar condutas e situações estimuladoras do egoísmo, da exacerbação do ter, da discriminação, do desrespeito, da omissão e da permissividade; • promover a participação de todos os indivíduos na formulação e discussão das normas que irão presidir uma sociedade que se diz democrática; • apoiar ações de solidariedade. Uma sociedade justa e igualitária parece utópica, porém, depende também de nós fazer prevalecer os ideais de justiça e democracia. Buscamos também a superação do ideal de sociedade traçado pelo regime capitalista caracterizada pela perversidade e coisificação das pessoas e relações –, para recuperar a centralidade do valor da pessoa e da vida. Acreditamos em uma sociedade que cresça no grau de consciência de seu valor, do valor da vida humana, uma sociedade fraterna e solidária que se preocupa com o outro e colabora de forma desinteressada. Visa a dignidade da vida humana, como também, uma cultura solidária, no respeito recíproco e no respeito à natureza. Uma sociedade que privilegie uma educação crítica, ativa, questionadora e atuante sobre questões que valorizem a vida, baseados em princípios e ideais de ação transformadora e qualidade de vida. Desta forma, adotando no processo de construção dessa sociedade a ética, como princípio norteador das relações sociais, assumiremos, em conjunto, o compromisso de construção de nossa história. Participação e cooperação devem estar presentes na postura diária, na vida dos cidadãos. Por essa razão, e impelidos pela legislação em vigor e pelas políticas de estado para a educação, optamos por uma gestão democrática. A gestão democrática é o conjunto de ações que compreende a participação de todos os segmentos da comunidade escolar (pais, professores, alunos e funcionários). Estamos falando, pois, de uma sociedade fraterna, baseada na ética, em que cada um vê o outro como continuidade de si mesmo, que supere todas as formas de violência organizadas, através do confronto e do diálogo dentro dos espaços democráticos, que implemente estratégias que desenvolvam a auto-disciplina, a reflexão, a comunicação a serviço do bem comum. Afinal, democracia, significa a efetiva participação popular nos encaminhamentos dos problemas da nação. Nesse contexto, se caracterizar uma sociedade ideal é difícil, mais ainda o é definir a pessoa humana ideal. Podemos sim, e até, devemos, propor tentativas, aproximações, pois, a pessoa humana, como mistério vai além de nossas possibilidades conceituais. Daí, nossa limitação em nos restringir, a descrever o perfil de pessoa que sonhamos, como educadores, neste início do século XXI. Sonhamos com uma pessoa coerente com seus princípios, capaz de identificar situações em que a injustiça se faz presente, preocupada em ser solidária através de atitudes transformadoras. Pessoa formada que coopera conscientemente e tem o poder de transformar a realidade e aperfeiçoar sua própria natureza. A pessoa só se humaniza verdadeiramente quando é solidária. Diante dos novos paradigmas de sociedade que estão surgindo, há necessidade de um perfil de pessoa mais fraterna, mais solidária, crítica e criativa, sensível às diversidades, convivendo com o incerto, adaptável às mudanças, autônoma, empreendedora, cidadão do mundo. Ética, detentora não só de conhecimentos acadêmicos e técnicos, mas de conhecimentos para a vida. 28 Daí, a necessidade de ser aberta a novas situações, ainda que, firme em seus princípios, sem, contudo, deixar-se cair em modismos. Uma pessoa que reconheça a diversidade (social, cultural, política...), a quem nenhum problema humano é alheio, que vê a verdade como construção permanente. Autônoma, capaz de dirigir a si própria e construir caminhos com aqueles que fazem parte de sua história. Uma pessoa humana que busca justiça e autonomia. Somos seres autônomos, mas gradativamente descobrimos que cada um enriquece a sociedade com sua diversidade. Na verdade, pessoas co-criadoras, chamadas a cuidar, tomar conta uns dos outros e da Mãe Terra. Mais enfaticamente, uma pessoa que perceba que todos fazemos parte da mesma família (gênero humano) e moramos na mesma casa (planeta Terra). Uma pessoa que busque a transcendência e o desenvolvimento espiritual. Livre e consciente para interferir nas relações sociais, construindo a cidadania plena: direitos e deveres. Não podemos falar sobre pessoas e vida em sociedade sem tratar do elemento integrador dessas duas realidades que é a ética. Esse princípio de convivência humana só é aplicável nos tipos de relações nos quais a consciência garante o discernimento das atitudes. Portanto, podemos falar de atitudes éticas quando se é capaz de assumir de maneira responsável o que se diz, faz ou enfim, aquilo que se é. Viver com ética e dignidade parece ser o grande desafio do momento. É preciso ser consciente, respeitador dos direitos e cumpridor dos deveres. Por natureza, a pessoa é um ser relacional, ela vive em convívio social, preocupada com o seu bem estar e o do próximo. Esse é o ideal de pessoa democrática: a pessoa comprometida com a sociedade e com as idéias democráticas. Em uma vivência de relações sociais sustentadas por princípios democráticos, a participação da pessoa tem adquirido historicamente o nome de cidadania. Isto implica um avanço no entendimento da relação entre pessoa e sociedade: a pessoa envolvida na sociedade de forma participativa é cidadã. É nessa vertente paradoxal, mas possível, que se quer um projeto educacional, em que a história da construção do coletivo integre-se à história individual da cada vida (que não pode e nem deve ser esquecida). Para tanto, não basta tão somente adotar uma concepção de educação e escola. É necessário, principalmente, pensar uma prática que seja coerente com o discurso. No pensamento da comunidade do Colégio Estadual Professor Francisco Zardo, há a necessidade de se adotar uma concepção de escola, a da nossa escola, que envolva o seu papel de formadora de cidadãos que atuem na comunidade, construindo a sociedade que se deseja. No entendimento da comunidade do Colégio Zardo, a educação necessita levar em conta um processo de ensino-aprendizagem baseado no diálogo professor-aluno, ser contextualizada de forma a desenvolver a capacidade de análise das situações e a tomada de posições quanto ao social em qualquer nível (nacional e/ou mundial), ser engajada nos movimentos sociais de inclusão da população marginalizada, ter compromisso com a produção cultural nacional e mundial, ser capaz de atender à dualidade da preparação para a vivência social e para o ingresso no ensino superior no que tange à apropriação do conhecimento, patrimônio da humanidade. A nossa concepção de escola precisa explicitar as diferentes finalidades e realidades que envolvem a Educação Básica (Ensino Fundamental e Médio) e Educação Profissional (Cursos Técnicos). Há um entendimento de que a escola prepara para a vida e para o mundo do trabalho. Assim é preciso desenvolver ações concretas para levar nosso aluno a se apropriar dos conhecimentos universalmente relevantes ao ser humano, associados à leitura crítica do mundo, de modo a construir bases intelectuais para dar continuidade à sua vida acadêmica. Isso posto e tomando por base os preceitos legais que estabelecem ser a escola pública gratuita, nossas ações educacionais devem sustentar-se nos princípios a seguir relacionados: 29 • Todas as ações e vivências escolares estarão imbuídas de valores como a solidariedade e a ética. • Os docentes, agentes educacionais I e II e alunos tratarão os integrantes da comunidade escolar e serão por eles tratados respeitando as diferenças de qualquer natureza. • O processo educativo desenvolvido será inclusivo, ou seja, pluralidade própria da sociedade humana. • O respeito à natureza e a busca do equilíbrio ecológico serão práticas permanentes no cotidiano da vida escolar, na perspectiva do desenvolvimento sustentável. • Todos os integrantes da comunidade escolar serão educadores e agirão como tal. • A gestão da instituição será democrática, com participação da comunidade escolar nas decisões. • O trabalho educativo será construído mediante o diálogo, principalmente no que tange ao processo ensino-aprendizagem. • O trabalho educativo é entendido como um trabalho de humanização, de formação de cidadãos capazes de atuar e modificar a sociedade na qual estão inseridos. • Os recursos didático-pedagógicos devem ser utilizados como um apoio para o professor, facilitando a transmissão de conteúdos para os alunos, porém ele deve ser utilizado com um planejamento prévio, tendo em vista que o professor é o principal articulador da aprendizagem. • O comprometimento de professores, alunos e pais será essencial para o desenvolvimento das ações educativas, sendo que a escola buscará formar um aluno responsável, comprometido com sua vida pessoal, acadêmica e profissional. respeitará a Nesse contexto conceitual, de princípios, pressupostos e inteções, entendemos a importância de se considerar alguns componentes que influenciam e são influenciados pela ação educativa da escola. São conceitos que necessitam ficar claros por serem definidos das ideologias que defendemos. Componentes como a cultura, o trabalho, o homem, a educação e a sociedade são indissociáveis no contexto escolar. A cultura é resultado de toda a produção humana e nas palavras de Saviani (1992), “para sobreviver o homem necessita extrair da natureza, ativa e intencionalmente, os meios de sua subsistência. Ao fazer isso ele inicia o processo de transformação da natureza, criando um mundo humano, o mundo da cultura”. Respeitando a diversidade cultural e valorizando a cultura popular e erudita nossa escola opta, então, por aproveitar a diversidade existente, para fazer dela um espaço motivador, aberto e democrático. Nessa perspectiva, um componente essencial a ser levado em conta é o trabalho. Sendo o trabalho uma atividade que está “na base de todas as relações humanas, condicionando e determinando a vida. É uma atividade humana intencional que envolve forma de organização, objetivando a produção dos bens necessários à vida” (Andery, 1998). Entendemos, então, o trabalho como ação intencional, o homem em suas relações sociais, dentro da sociedade capitalista, na produção de bens. O trabalho não acontece de forma tranqüila, estando sobrecarregado pelas relações de poder. Ao considerarmos o trabalho uma práxis humana, é importante o entendimento de que o processo educativo é um trabalho não material, uma atividade intencional que envolve, formas de organização necessária para a formação do ser humano. O conhecimento como construção histórica é matéria-prima (objeto de estudo) do professor e do aluno, que indagando sobre o mesmo irá produzir novos conhecimentos, dando-lhes condições de 30 entender o viver, propondo modificações para a sociedade em que vive, permitindo “ao cidadão-produtor chegar ao domínio intelectual do técnico e das formas de organização social sendo portanto capaz de criar soluções originais para problemas novos que exigem criatividade, a partir do domínio do conhecimento”. (Kuenzer, 1985). É o ser humano que realiza o trabalho. Compreendemos o homem é um ser natural e social, ele age na natureza transformando-a segundo suas necessidades e para além delas. Nesse processo de transformação, ele envolve múltiplas relações em determinado momento histórico, assim, acumula experiências e em decorrência destas, ele produz conhecimentos. Sua ação é intencional e planejada, mediada pelo trabalho, produzindo bens matérias e não-materiais que são apropriados de diferentes formas pelo homem. Conforme Saviani (1992): “o homem necessita produzir continuamente sua própria existência. Para tanto, em lugar de se adaptar a natureza, ele tem que se adaptar a natureza a si, isto é, transformá-la pelo trabalho.” Para compreendermos com mais propriedade a ação do ser humano no grupo, buscamos entender que tipo de sociedade estamos inseridos. Para Severino (1998), a sociedade é um agrupamento tecido por uma série de relações diferenciadas e diferenciadoras. É configurada pelas experiências individuais do homem, havendo uma interdependência em todas as formas da atividade humana, desenvolvendo relações, instaurando estruturas sociais, instituições sociais e produzindo bens, garantindo a base econômica e é o jeito específico do homem realizar sua humildade, sendo que a sociedade configura todas as experiências individuais do homem, transmite-lhe resumidamente todos os conhecimentos adquiridos no passado do grupo e recolhe as contribuições que o poder de cada indivíduo engendra e que oferece a sua comunidade. Nesse sentido a sociedade cria o homem para si e realiza isso por meio dos processos educativos. Encaramos a educação como uma prática social, uma atividade específica dos homens situando-os dentro da história – ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser mudado pela sua ação na sociedade e nas suas relações de trabalho. Nas palavras de Saviani (1992), “Educação é um fenômeno próprio dos seres humanos, significa afirmar que ela é, ao mesmo tempo, uma exigência do e para o processo de trabalho, bem como é ela próprio, um processo de trabalho”. Também faz parte de nossa compreensão a educação como um processo histórico de criação do homem para a sociedade e simultaneamente de modificação da sociedade para benefício do homem. É o processo pela dimensão histórica por representar a própria história individual do ser humano e da sociedade em sua evolução. É um fato existencial porque o homem se faz ser homem – processo constitutivo do ser humano. É um fato social pelas relações de interesse e valores que movem a sociedade, num movimento contraditório de reprodução do presente e da expectativa de transformação futura. É intencional ao pretender formar um homem com um conceito prévio de homem. É libertadora porque se faz necessário desenvolver uma educação que nos abra para uma democracia integral, capaz de produzir um tipo de desenvolvimento socialmente justo e ecologicamente sustentado. Nesse sentido, definimos três grandes objetivos para a educação oferecida em nossa escola: • A apropriação, pelo cidadão e pela comunidade, dos instrumentos adequados para pensar a sua prática individual e social e para ganhar uma visão globalizante da realidade que o possa orientar em sua vida; • A apropriação, pelo cidadão e pela comunidade, do conhecimento científico, político, cultural acumulado pela humanidade ao longo da história para garantirlhe a satisfação de suas necessidades e realizar suas aspirações; • A apropriação, por parte dos cidadãos e da comunidade, dos instrumentos de avaliação crítica do conhecimento acumulado, reciclá-lo e acrescentar-lhe novos conhecimentos através de todas as faculdades cognitivas humana. 31 Vemos, portanto, a educação como processo de desenvolvimento da natureza humana, sendo que possui suas finalidades voltadas para o aperfeiçoamento do homem que dela necessita para constituir-se e transformar a realidade. Nossa prática pauta-se nos princípios da Pedagogia Progressista, Teoria Crítica, Concepção Materialista Histórico-Dialética e Tendência Histórico-Crítica. Finalmente, entendemos que, assumir a missão de recriar uma maneira mais humana de existir, é tarefa de uma pessoa precursora de uma nova ordem social, promotora de justiça e do bem comum, crítica, criativa, responsável, que viva em harmonia com Deus, consigo mesma, com os outros e com a natureza. Enfim, que na convivência com os outros vá aprendendo a ser feliz, justamente porque criará perspectivas positivas com relação ao futuro. 1.3. MARCO OPERACIONAL - NOSSOS IDEAIS: EXPRESSÃO DE POSICIONAMENTOS POLÍTICOS E PEDAGÓGICOS Para que o Projeto Político-Pedagógico do Colégio Zardo repercuta em mudanças efetivas no trabalho da Escola, é importante termos presente quais ideais movem as pessoas e quais desejos e expectativas têm os integrantes da Comunidade Escolar a respeito das ações e dos caminhos a serem trilhados. Atualmente, quando olhamos a geografia da educação, encontramos diversas propostas e experiências. Elas pedem novas obras, reestruturação, investimento em tecnologia e formação continuada dos educadores, novas e diferentes formas de organização e de gestão, busca de novas maneiras para enfrentar os desafios oriundos da complexidade do mundo atual, inovadoras metodologias e formas de lidar com o complexo aluno que busca a escola. Enfim, propostas para uma escola que contribua para a realização sustentável da sociedade e do ser humano que desejamos. Portanto, é necessário que a escola defina, com clareza, sua identidade, para torná-la assim um contexto e clima organizacional propício à iniciação e desenvolvimento de vivências personalizadas e cooperativas. Uma escola que cria condições para construir valores, desenvolver capacidades individuais e coletivas, desenvolver sua identidade pessoal e a socialização; atuar na ética, crítica e participativa na sociedade em todos os âmbitos. Para isso, é fundamental o compromisso e o comprometimento de toda a equipe: professores, direção, equipe pedagógica e equipe técnica-administrativa. Ao concebermos o Colégio Estadual Professor Francisco Zardo como escola pública, gratuita e de qualidade, desejamos que, assumindo sua função social, seja uma instituição voltada à socialização de saberes teóricos, práticos e comportamentais, visando ao desenvolvimento das potencialidades dos indivíduos para constituírem-se cidadãos participativos, co-responsáveis nos processos de transformação da sociedade. Partimos do pressuposto de que a escola existe para servir à sociedade. Por isso, é preciso que haja interação com a comunidade para saber quais suas necessidades de ordem cultural, esportiva e tecnológica, de tal maneira que as portas do Colégio Zardo estejam abertas para atender a todos os cidadãos que dela decidirem compartilhar. Sendo assim, a todo o momento, o Colégio Zardo deve indagar-se: Quais ações podemos desenvolver para atender à comunidade? É fundamental assumirmos que a qualidade da educação pressupõe qualidade para todos, em todas as dimensões da vida humana. Isso significa que a escola não pode ser privilégio de determinados grupos e nem pode limitar-se à meta quantitativa de ampliar vagas. O trabalho da escola deve abranger diversas finalidades, associadas às seguintes dimensões: • cultural – compreender a pluralidade cultural dos diferentes grupos sociais e suas relações entre si e com o mundo; • política e social – compreender a sociedade e participar no espaço em que vivemos, exercendo plenamente a cidadania, de maneira consciente e consistente; 32 • humanística – viver plenamente a condição de Ser Humano, sujeito da história, enfatizando o respeito,a tolerância e a solidariedade humana. Para efetivar essas finalidades, faz-se necessário o seguinte questionamento: Nós conhecemos os alunos que estão chegando à escola? Com as mudanças implementadas nos últimos anos, como a oferta de Ensino Médio e Ensino Profissional e a crescente demanda de alunos para o Ensino Fundamental (matrícula automática), bem como a existência, a cada ano, de novos profissionais na escola que nem sempre desenvolveram suas ações baseados nos pressupostos da proposta da escola, propiciou alguns graves problemas, como indisciplina e queda na qualidade do ensino. Ou seja, a escola cresceu quantitativamente de forma muito rápida, porém as condições estruturais de ordem material, física e humana não cresceram eqüitativamente. Vale ressaltar que problemas de gestão, multiplicidade de formas de ensinar e avaliar, contradições pedagógicas nas práticas docentes, desorganização das rotinas e instabilidade nas regras do cotidiano reforçaram e colaboraram para queda significativa da qualidade do ensino e, consequente, desinteresse e desvalorização do espaço escolar. Se as condições de aprendizagem do aluno não são favoráveis, é preciso que a escola se mobilize criando as condições necessárias à aprendizagem. A diversidade das condições de aprendizagem, ou a chamada heterogeneidade, é uma realidade que não pode ser negada. Desde o processo de ingresso até a conclusão de um curso, a escola precisa ocupar-se com as reais condições dos alunos, levando em conta as aspirações e as motivações que os trazem para escola (mediante esforço e interesse das famílias). Ainda em relação às condições dos alunos, é fundamental a devida atenção às questões de ordem sócio-econômica, como as exigências relativas ao vestuário (uso do uniforme), carteirinha, agenda escolar e materiais escolares diversos (obrigações das famílias). Para implementar ações conseqüentes é preciso que sistematicamente o Colégio Zardo faça diagnósticos sobre a realidade dos alunos, suas condições sócio-econômicas e de aprendizagem, para que permaneçam na escola até a conclusão dos cursos e com o melhor rendimento possível. No que se refere à evasão escolar e indisciplina é preciso analisar, sistematicamente, suas causas e efetivar ações para resolver problemas originados na escola, bem como contribuir para amenizar problemas de ordem sócio-econômica. Sendo a indisciplina causa e consequência, necessitamos, pois, aprofundar com mais cuidado os elementos pedagógicos como o Planejamento de ensino, a Avaliação, a Gestão de sala de aula e o Comportamento jovem no mundo atual. Por isso, em nosso ideal de escola, estabelecemos as características de três dimensões para o Marco Operacional: 1.3.1. Dimensão Pedagógica O efeito mediato da ação educativa, conforme a concebemos, é a construção do sentido para a vida: aumentar a cooperação humana, estimular a participação social, despertar a consciência de cidadania e preservar a dignidade da pessoa. Uma aprendizagem significativa, ou seja, que dá sentido para a vida. A aprendizagem significativa contempla o saber estratégico - compreender o mundo e nele agir; o saber político - compreender a sociedade e nela participar; o saber ético apreender que cada opção pode fazer-nos mais ou menos humanos. A aprendizagem deve contribuir para a formação de pessoas, levando à autonomia intelectual e moral, à cooperação, ao pensamento crítico através do confronto de idéias e do debate. Para atingir tal investidura há necessidade de tempo para planejamento, onde os objetivos e o currículo sejam realmente definidos levando em consideração o público-alvo, ou 33 seja, haja estreita relação entre o que queremos e o que temos. Que a metodologia, os conteúdos, o planejamento e a avaliação possibilitem sucesso, pois foram pensadas e definidas tendo em vista o aluno real. Necessitamos de implementar planos de trabalho que sejam correspondentes aos anseios das famílias e dos alunos, levando em consideração o que está estipulado na Proposta Pedagógica Curricular. Há um anseio e, certa angústia, para definirmos caminhos mais audazes e mais eficientes para lidar com os problemas comportamentais e de motivação dos alunos, bem como aprender melhor a interagir com o diferente, o novo, o moderno, enfim, o aluno real. Dessa maneira, os elementos que compõem o processo de ensino-aprendizagem assim estão definidos: Avaliação: essa é uma atividade escolar que, pela sua intencionalidade, pela sua função social e pedagógica deve estar clara para alunos e professores. Os momentos específicos de avaliação fazem parte do processo educativo, portanto sua aplicação deve ser pensada por todos e estar em acordo com a proposta pedagógica curricular da escola. A avaliação servirá para constatar aprendizagem e verificar falhas e acertos no ensino. Devemos aprofundar, em médio prazo, todos os elementos, os critérios, os instrumentos e as formas de Avaliação e de Recuperação de estudos. O sistema de avaliação precisa ser dissecado e assimilado por todos, tornando-se assim, um componente pedagógico justo, coerente e claro para todos. Metodologias: é o que dá identidade ao professor. É através delas que o professor estabelece relações com seus alunos, com seus conhecimentos e saberes e contribui para a transformação da escola, dando-lhe também sua identidade. Espera-se ações docentes que visem o desenvolvimento intelectual, cognitivo, afetivo e moral dos alunos, através de trabalhos que priorizam a reflexão crítica, a produção criativa, a construção intencional e a re-construção a partir das tentativas de acerto. Caminhamos para a implementação de metodologias que incorporem de uma vez por todas a prática tendo em vista o aluno real. Não podemos mais tolerar aulas e práticas que desconsideram os recursos tecnológicos, as novas possibilidades didáticas e os ambientes disponíveis para implementar um ensino eficiente e inovador. Plano de Trabalho Docente: no atual paradigma, a escola tem autonomia oficialmente prevista (LDB n 9394/96, Art. 27/28/36/53) para pensar seu planejamento, adequando-o às necessidades de seus alunos, à realidade histórico-social na qual está inserida, buscando através deste, a formação humana. Nesse sentido, vale reforçar que o plano de trabalho docente deve ser pensados no coletivo da escola, com tempo suficiente para ser claramente definido e aplicado. E cada semana pedagógica (fevereiro e julho) será organizado o momento para que os professores elaborem seus planos. Planos que devem seguir as orientações da mantenedora, sem deixar de expressar a realidade da escola. Coordenados pelos pedagogos, os planos devem seguir o roteiro apresentado, contando os elementos fundamentais. Proposta Pedagógica Curricular: refere-se à organização do conhecimento escolar. O currículo não pode ser estático, cristalizado. Muito pelo contrário, é um elemento dinâmico, devendo estar em constante movimento no processo educacional. Pensar o currículo é pensar o tipo de organização que a escola deseja adotar. Buscamos, na prática cotidiana, que os conteúdos deixem de ter um significado por si só, passando a interagirem-se num todo mais amplo, de maneira articulada, coerente e clara. A construção da Proposta pedagógica curricular terá como base as Diretrizes Curriculares Estaduais, tomando como eixo as partes que ali se encontram. Há, no Colégio Zardo, uma urgente necessidade de se reconstruir e organizar o currículo escolar. Conhecimentos: transformar conhecimentos implica transformar os saberes que alunos e professores têm, tomando como ponto de partida as histórias de vida, aproveitando seus conhecimentos e suas experiências prévias, fazendo-se sujeitos mediadores e medidas do processo ensino aprendizagem, construindo juntos novos conhecimentos. A seleção e a organização dos conteúdos é de responsabilidade de cada professor, orientado pelo pedagogo e partilhado com seus pares. Escolher conteúdo implica em uma opção. Somente por meio da discussão, da troca de ideias e pelo planejamento coletivo é que se faz a melhor escolha. Presentes na proposta pedagógica curricular, os conhecimentos e conteúdos construídos 34 historicamente representam o recorte para aquisição, assimilação e reconstrução, o que é base para a constituição de um sujeito da ação. Para um trabalho pedagógico com evolução crescente que vise a melhoria nas práticas pedagógicas e para a continuidade do trabalho coletivo de todos que iniciaram a construção do PPP será importante o acompanhamento e a avaliação constantes. Afinal, cada um assume a sua parcela de responsabilidade e comprometimento nesse processo de mudança e implementação de novas ideias. Sugerimos, então, reuniões pedagógicas periódicas nos grupos: professores, alunos e familiares, dando o tom de continuidade e, assim, maior amadurecimento e acompanhamento dos objetivos e metas. As reuniões técnicas e os encontros pedagógicos devem ser constantes, servindo como aprimoramento teórico, troca de experiência entre os profissionais e a tomada de decisão coletiva para os problemas do cotidiano. Por meio da supervisão direta e da avaliação por todos, em prol das melhores práticas e do bem comum, é essencial o registro da evolução das práticas. Desse modo, definir-se-ão as necessidades de apoio e de acompanhamento mais intensivo e, por isso mesmo, não haverá prejuízos para nenhuma das partes. Nossa prática pedagógica deve estar em constante atualização com as mudanças tecnológicas e conforme a realidade dos alunos. Conforme podemos analisar, nossos desejos de atualizações devem estar em sintonia com o que desejamos/escrevemos e o que fazemos/realizamos. Sabemos que de nada adianta desejarmos e não buscarmos juntos, realizar. A escola é um todo e se cada pessoa buscar o seu próprio desejo, sem apoio do grande grupo, a escola não atinge seus objetivos. 1.3.2. Dimensão Comunitária A organização interna e externa da escola expressa-se através das parcerias, convênios e envolvimento real das mais variadas instâncias com o objetivo único de melhorar a cada dia mais o desenvolvimento do processo pedagógico na escola. Dessa forma, almejamos harmonia, compreensão, tolerância, ética, mobilização, diálogo, interação, comprometimento, dinamismo, abertura às mudanças e cumprimento de acordos e funções para as várias instâncias administrativas, desde direção aos professores até os serviços gerais à assistência administrativa. Insubstituível no processo ensino-aprendizagem é a pessoa e a missão do professor. Mais do que orientador do processo de aprendizagem é um mediador na construção do conhecimento, seu gestor e animador: Nós educadores temos uma missão muito grande nas mãos que é orientar, conscientizar, informar e provocar para que os alunos sejam atuantes e solidários. Aprendente por profissão, o professor, diante da avalanche de informações produzidas pela ciência e tecnologia, deve ter critérios para selecionar os que mais auxiliam a formação da pessoa e da sociedade em pleno sentido, assegurando que a modernidade técnica tenha componentes éticos. Os professores devem ser sim, exigentes (professor legal não é professor bonzinho): incentivar os alunos, deixando-os curiosos; esclarecer suas dúvidas através da pesquisa, vista não como mais uma tarefa ou obrigação mas, como atividade acadêmica com a finalidade de investigação e transformação da realidade. Se são grandes os desafios provocados pelas tecnologias da informação e da comunicação, também são inúmeras as possibilidades que a era das redes oferecem à educação. 35 Por isso, os relacionamentos na escola devem ser harmoniosos, respeitosos e, sobretudo, solidários, éticos e reflexivos, ou seja, aprender com os erros e melhorar sempre. Para que o professor possa atingir os objetivos, interesse, compromisso, motivação e criatividade devem compor o seu perfil. Vale ressaltar que é imprescindível que todos os profissionais devem conhecer e se inteirar dos conteúdo a serem trabalhados, dos documentos legais básicos que embasam e legalizam a vida escolar e das regras que regem o cotidiano da escola . Dessa forma, torna-se possível vivenciar um currículo condizente em conjunto com os outros profissionais da área com metodologias inovadas, relação positiva professor/aluno e disciplina. E é exatamente por isso que desejamos, em nosso cotidiano escolar, relacionamentos de respeito, de amizade, de justiça, de responsabilidade e de atenção. Queremos, em nosso dia-adia, práticas que levam em consideração a ética, a valorização humana, a colaboração, a sensibilidade e o comprometimento moral. Aspiramos por motivações e interesses plenos de participação da família, de organização e de clareza das intenções e metas. 1.3.3. Dimensão Administrativa Os componentes administrativos também foram pensados para serem transformados no âmbito escolar e não é tarefa apenas do diretor da escola e da equipe pedagógica, compete a todos a organização da escola para a realização daquilo que se deseja. Nesse sentido, a escola ao elaborar seu projeto político-pedagógico, buscou colocar em prática, o exercício da autonomia que lhe é conferida, o que evidencia o compromisso e responsabilidade na definição de suas ações. Sendo, portanto, a própria escola geradora de suas ações e decisões, responde pelo que faz ou deixa de fazer. “Autônoma, a escola ouve e age” (Neves, In: Veiga, 1997:126). A organização administrativa da gestão escolar é também um item previsto no projeto político-pedagógico. Foi pensada a partir das relações existentes na escola, agregando diferentes setores da comunidade escolar, incluindo os que nela trabalham e que a freqüentam, uma vez que todos serão afetados pela ação a ser desencadeada. A escola que se pretende universal deve contemplar a realidade social de seus membros, buscando através da ação colegiada e participação um tipo de organização, que sustende e dê forma aos seus objetivos, a sua intencionalidade. Dessa maneira, busca-se a constituição de uma escola democrática, onde as decisões são tomadas no coletivo, superando assim os grandes conflitos, eliminando relações competitivas, corporativas e autoritárias, diminuindo a fragmentação do trabalho, tornando-se monobloco que trabalha em uma única direção, saindo portanto de relações autoritárias e verticais para relações horizontais e dialógicas. É, com certeza, a forma mais viável de se conduzir o processo educativo. Por isso, mesmo, a ação do Conselho Escolar, da Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF) e Grêmio Estudantil são preponderantes, sendo cada um deles descritos, organizados e legalizados em material próprio. Se pensou também em administração política da escola no sentido de procurar atender aos fins definidos para a escola pelo sistema de ensino e pela mantenedora (Conselho Estadual de Educação e Secretaria Estadual da Educação), mas também no esforço de toda a comunidade escolar e sociedade em geral, articulando propostas e interesses da maioria, vinculadas a suas peculiaridades culturais e aos seus saberes. Mas, como faremos isso? Acreditamos que alguns caminhos para se chegar ao projeto político–pedagógico e, conseqüentemente, ao desenvolvimento da qualidade do trabalho escolar, está bem próxima de nós, no cotidiano mesmo da escola. Requer que este cotidiano seja pensado, refletido, pesquisado. Isso implica compromisso político, administrativo, pedagógico, pessoal, afetivo, onde o grupo possa traduzir seus anseios em situações vivas. Significa resgatar a própria escola como espaço público, lugar de debate, de diálogo, fundado na reflexão, na participação individual e coletiva de todos os seus membros, conferindo-lhes o poder de decisão. 36 A parte administrativa da escola deve ser em sua totalidade composta por dirigentes comprometidos em realizar prontamente as atribuições exigidas pelo cargo, de forma a prestar suporte aos professores, trabalhando de forma coesa e seguindo um objetivo comum; sempre com ética e profissionalismo. Todos os profissionais da escola necessitam de mais momentos para encontros, troca de idéias e organização de rotinas. A participação de todos nas decisões é uma prática essencial em ambientes que se querem democráticos. Isso possibilita uma reflexão mais profunda acerca dos problemas que ocorrem no interior da escolar e, uma vez diagnosticados, podem ser resolvidos de uma maneira mais efetiva. Em relação ao setor de serviços gerais, este necessita de uma melhor organização, mais comunicação e aumento de profissionais efetivos. Com uma estrutura física e organização adequados, a escola deve atender aos objetivos previstos, criando desta forma um ambiente de trabalho mais eficiente e, consequentemente, mais agradável e mais próximo ao ideal descrito. Também, para concretizar os anseios e realizar os objetivos, estabelecer os critérios e as regras do cotidiano é muito importante, haja vista que o ritmo do colégio é dado pela crescente assimilação do que pode e do que não pode, do que é primordial e do que é secundário, a clareza, enfim, do que é inevitável e do que é acessório na grande missão de educar, de ensinar e de aprender. 37 II – DIAGNÓSTICO “É através de nossas próprias narrações que construímos uma versão de nós mesmos no mundo, e é através de suas narrações que uma cultura oferece modelos de identidade e ação para seus membros.” (Bruner & Feldman, 1995) 2.1. DESCRIÇÃO DO COTIDIANO: O PENSAR E O FAZER PEDAGÓGICO NO COLÉGIO ZARDO Levamos em consideração, como descrito detalhadamente no Marco Referencial, que em termos sociais ocorre um complexo processo de mudança no modo de agir e pensar das pessoas, das famílias, da comunidade, da sociedade e do mundo, sendo que esse processo influencia direta e profundamente o fazer pedagógico da escola. Na sociedade-cultura pósmoderna percebemos que a característica é, antes de tudo, a de ser uma sociedade-cultura de consumo, que reduz o indivíduo à condição de consumidor como conseqüência da automatização do sistema de produção. As novas formas referentes ao consumo estão relacionadas com os meios de comunicação, com a alta tecnologia, com as indústrias da informação (buscando expandir uma mentalidade consumista, a serviço dos interesses econômicos) e com as maneiras de ser e de ter do homem pós-moderno. Assim, cada vez mais, as pessoas vão se tornando individualistas, sem perspectivas de mudança, desinteressadas pela melhoria e qualidade de vida, egoístas, narcisistas e vistas apenas como meros consumidores. Lamentavelmente, são poucos os sujeitos do processo para os quais a escola desenvolve seu trabalho que possuem visão positiva e/ou crítica sobre a importância da educação escolar. Em nossa realidade cotidiana, notamos componentes gravíssimos com relação à aprendizagem a ser desenvolvida pelos alunos. São falhas antigas, problemas históricos, defasagens e complicações existentes das mais diversas formas. Isso tudo compromete a continuidade dos conhecimentos e o desenvolvimento de conteúdos e atitudes. Sabemos que a aprendizagem de um conteúdo depende muito da experiência anterior do aluno com conteúdos que são pré-requisitos. Se essa experiência não ocorreu ou ocorreu de forma incompleta, isso gera desinteresse, desmotivação e, o que é pior, a aprendizagem não ocorre efetivamente. Percebemos isso pelo excesso de faltas às aulas, atrasos, gazetas e negligências de todo tipo pelos alunos. Desse modo, não se torna possível ao professor dar prosseguimento ao que planejou nem seguir a sequência de aulas. Tudo isso tem gerado frustração, desânimo, desmotivação e suscitado muitas dúvidas e incertezas a respeito de um futuro bom, sem contar que há uma notável e crescente decadência no nível de conhecimento pelos alunos. Como possibilidade de ajuste, a implementação de aprendizagens significativas se faz necessária. Aprendizagem significativa é o conceito central da teoria da aprendizagem de David Ausubel e é um processo por meio do qual uma nova informação relaciona-se, de maneira substantiva (não-literal) e não-arbitrária, a um aspecto relevante da estrutura de conhecimento 38 do indivíduo. Em outras palavras, os novos conhecimentos que se adquirem relacionam-se com o conhecimento prévio que o aluno possui. Aprender é agir na direção de construir respostas para problemas, suplantar os conflitos cognitivos em um ambiente estimulador, tendo direito ao erro, descobrir fatores invariáveis e variáveis e se apropriar de raciocínios. Defendemos o desenvolvimento de uma aprendizagem significativa porque o agir é um interagir consigo mesmo e com outras pessoas. Para isso, ações do tipo motivadoras e de construção do valor da escola são essenciais e devem ser agregadas ao cotidiano do ensino pelo professor para atingir objetivos mais completos na formação intelectual dos alunos. No cotidiano de nossa escola, também observamos comportamentos entre os alunos que vão da simples cara feia à agressão física grave. Isso tem gerado muitas preocupações e questionamentos sobre a conduta, a postura e os comportamentos desviantes dos alunos. É grande a indisciplina, a violência verbal e física, o tratamento vulgar e grosseiro, o desrespeito à autoridade e ao patrimônio público, sem contar o uso de cigarro, álcool e outras drogas. Em sala de aula, o professor se depara com um quadro grave de desinteresse com os estudos, incessante barulho e gritaria, muitas conversas paralelas, gazetas de aula, sabotagem, distração, desatenção, displicência e irresponsabilidade com as atividades escolares. A isso, se junta a sensação de impunidade e a continuidade de problemas que deviam estar “fora” da escola. Ante a isso, definimos a proposição para lidar com a problemática naquilo que comumente chamamos de Relações Interpessoais. As Relações interpessoais são todos os contatos existentes entre pessoas. Nesse âmbito encontra-se um infindável número de variáveis como: sujeitos, circunstâncias, espaços, local, cultura, desenvolvimento tecnológico, educação e época. As relações interpessoais ocorrem em todos os meios (no meio familiar, educacional, social, institucional e profissional) e estão ligadas aos resultados finais de harmonia, avanço, e progressos ou na estagnações, agressão ou alienamento. O comprometimento do aluno com a escola e com o ensino é fundamental para o seu aprendizado, sendo que o papel do professor também é importante. Quanto aos comportamentos desviantes, temos ações para incorporar ao cotidiano que vão desde o levantamento das violências, até o trato pedagógico de comportamentos, posturas e condutas. O combate à indisciplina, clareza das regras e assimilação de comportamentos sociais aceitáveis são componentes essenciais para a melhoria nas relações interpessoais entre os alunos. Também, vale ressaltar o importante papel da família como agente articulador de ações em prol da melhoria comportamental dos alunos. Quando analisamos o papel da família na educação escolar de seus filhos, percebemos que há uma distância muito grande nos objetivos. Grande parte das famílias não tem visão adequada sobre o real papel da escola, confundem o papel da escola (ensino de conteúdos) com o papel da família (educação comportamental) e muitas são coniventes com os comportamentos desviantes dos filhos. Vemos diariamente que há uma contínua transferência de papéis e funções que são próprios da família para a escola. Neste sentido, Stadinik (2005, p.16) afirma que a “família moderna, dentro de todas as transformações históricas apresenta hoje uma das maiores problemáticas, a falta de tempo para conviver, interagir, dialogar, enfim, fazer-se presente junto aos seus (...). Assim, a educação acaba sendo um jogo de transferências de responsabilidade entre a família e a escola”. Esse jogo precisa ser cada vez mais discutido entre essas duas instâncias, a fim de que ambas possam cumprir integralmente a sua função social. Consideramos pertinente fortalecer a relação da família e com a escola no sentido de formar uma equipe. É fundamental que ambas sigam os mesmos princípios e critérios, bem como a mesma direção em relação aos objetivos que desejam atingir. Ressaltamos que mesmo tendo objetivos em comum, cada uma deve fazer sua parte para que atinja o caminho do sucesso, que visa conduzir os jovens a um futuro melhor. O ideal é que família e escola tracem as mesmas metas de forma simultânea, propiciando ao aluno uma segurança na aprendizagem de forma que venha criar cidadãos críticos capazes de enfrentar a complexidade de situações que surgem na sociedade. Para isso, teremos que implementar a “vinda” da família para a escola, no intuito de estreitar e clarificar os objetivos da instituição em consonância com os anseios dos pais. 39 Nas rotinas dos professores, é muito comum percebermos que há um quadro complicado a ser resolvido. Muitas vezes há uma grande falta de companheirismo, de compromisso e comprometimento com a escola e com os alunos, de desmotivação com a escola e a educação escolar como um todo. Há atitudes entre os professores que demonstram isso claramente: desde a falta de planejamento das aulas, até na demora para ir para a sala de aula após o sinal e aplicação de aulas repetitivas e cansativas. Tais atitudes, motivadas por reclamações excessivas, comportamentos dos alunos e sensação de impotência diante de tantos problemas que parecem não ter solução. Junto a isso, estão as dificuldades no uso das tecnologias, a capacitação oficial que não corresponde às necessidades dos docentes e os baixos salários. Desse modo, é crucial que enfrentemos tais problemas implementando um ensino mais ativo, dinâmico e motivador e adotando metodologias inovadoras e criativas. Para Nérici (1993, p.38) “ensino é o processo que visa a modificar o comportamento do indivíduo por intermédio da aprendizagem com o propósito de efetivar as intenções do conceito de educação, bem como habilitar cada um a orientar a sua própria aprendizagem, a ter iniciativa, a cultivar a confiança em si, a esforçar-se, a desenvolver a criatividade, a entrosar-se com seus semelhantes, a fim de poder participar na sociedade como pessoa consciente, eficiente e responsável.” A escola é o espaço social que tem como função específica possibilitar aos alunos a apropriação de conhecimentos científicos, filosóficos, matemáticos etc., sistematizados ao longo da história da humanidade, bem como estimular a produção de um novo saber, que possa ajudar na luta por mudanças nas injustas relações sociais presentes em nossa sociedade. Por isso, faz-se necessária a compreensão dos problemas que permeiam e envolvem a prática docente, com a intenção de superá-los. A escola só torna-se democrática na medida em que colabora para a formação de sujeitos críticos e conscientes, voltados para a transformação social. Para isso, lançamos mão de metodologias inovadoras e apropriadas que possam melhorar as formas de aplicação e interação com os conteúdos estabelecidos no currículo. O aprofundamento sobre Metodologias e a implementação do Plano de Trabalho Docente são essenciais nesse processo. Necessitamos de melhorias nos processos de ensino, para que este se torne cada vez mais ativo, dinâmico e motivador. Quando fazemos uma incursão pelos espaços da escola notamos o seguinte panorama: salas lotadas de alunos, com cortinas estragadas, vidros quebrados, portas com defeitos, carteiras velhas e estragadas, pichações nas paredes e estragos de toda ordem pela escola; inexistência de inspetores no pátio; equipe pedagógica burocratizada; comunicação interna falha; tratamentos diversos e desiguais; múltiplas linguagens nas regras e rotinas; profissionais desvalorizados e pouco apoio às ações docentes. Por esses problemas todos é que se define como estratégia administrativa, a implementação de uma gestão democrática, conferindo prioridades para as questões das estruturas gerais das salas de aula e do espaço pedagógico como um todo, fluxo da informação mais amplo e abrangente e a formação dos docentes voltada para a resolução das problemáticas reais da escola, não apenas da educação como um todo. A Gestão Democrática é uma forma de gerir a escola, de maneira que possibilite a participação, transparência e democracia. Os princípios que norteiam a Gestão Democrática são a Descentralização que é a administração, as decisões e as ações elaboradas e executadas de forma não hierarquizada; a Participação onde todos os envolvidos no cotidiano escolar participam da gestão: professores, estudantes, funcionários, pais ou responsáveis e a Transparência, pela qual qualquer decisão e ação tomadas ou implantadas na escola são de conhecimento de todos. E é nesse sentido que vislumbramos a possibilidade de melhorar os processos de ajustes no Ambiente e Estrutura da escola por meio dos encaminhamentos de processos à mantenedora e ação da APMF, a organização para o fluxo da informação e definição e clarificação das regras do cotidiano, bem como de um ritmo para toda a equipe escolar e a implantação e implementação de encontros pedagógicos para a busca de alternativas da melhoria nas relações professor – aluno –conhecimento. Cabe ressaltar que o PPP, uma vez construído e constituído como a força motriz das ações pedagógicas no Colégio Zardo, se torna, então, referência para toda e qualquer ação. É por meio do PPP que toda a equipe guiará o seu pensar e o seu fazer, tornando-se o elo entre os objetivos de cada profissional e as metas definidas para a Instituição. Somente assim, teremos 40 um PPP forte e vivo, capaz de trazer as transformações que o Colégio necessita e a sociedade como um todo espera. Na percepção e análise dos dados levantados com os alunos, também, foi possível estabelecer um perfil do cotidiano, bem como a definição de necessidades para melhorar. A seguir, apresentamos a “fotografia” e a “radiografia” na visão dos alunos. Esse panorama geral é o diagnóstico construído coletivamente a partir das “Árvores de Problemas e de Soluções” nos meses de março, abril, maio e junho de 2009. No cotidiano do Colégio, o problema de segurança é uma questão percebida pelos alunos de modo bastante preocupante. Em seus discursos demonstram certa angústia ao referir-se a isso. A falta de segurança percebida pelos alunos baseia-se na percepção de que a Patrulha Escolar não faz o policiamento de forma adequada, que na entrada e na saída do colégio há tumulto, empurra-empurra, brigas, desentendimentos, agressões e ameaças entre os alunos, que não há estacionamento para os alunos do noturno e que alunos mexem nas bicicletas estacionadas no pátio do colégio. Assim, consideremos que a existência de condições de segurança na escola é fundamental para o sucesso educativo de todos os alunos, em especial daqueles que se encontram em meios particularmente desfavorecidos, em situação de risco de exclusão social e escolar. Para prevenir e combater a insegurança e a violência na escola e no meio envolvente, é fundamental consolidar o Programa Patrulha Escolar Comunitária. Este visa garantir a segurança, prevenindo e reduzindo a violência no meio escolar e envolvente, ao mesmo tempo que se constitui como dinamizador de iniciativas promotoras dos valores de cidadania e de civismo. A segurança deve ser uma preocupação comum a todos os membros da comunidade educativa – pessoal docente e não docente, alunos, pais, pedagogos, direção e comunidade local. Além de um bom conhecimento e informação neste âmbito, importa criar uma cultura de segurança, nomeadamente interiorizando procedimentos e comportamentos e adotando as necessárias medidas de prevenção. É recomendável que a temática da segurança esteja integrada no Projeto Político-Pedagógico da escola, tendo em vista uma melhor sensibilização de todos e contribuir para desenvolver um comportamento coletivo de segurança. Na relação do aluno com a escola, com os professores, com outros alunos e com o conhecimento, os alunos destacam questões muito pertinentes e sérias. Descrevem com exatidão os problemas oriundos da falta de consciência e educação dos alunos, da indisciplina cotidiana, das aulas perdidas por causa do tumulto, do desinteresse, do desrespeito, da imaturidade, da desmotivação, da desorganização e do barulho geral que acontece nos corredores , em suas salas e na sala de aula vizinha. Aparecem claramente, em seus discursos, os problemas sobre o uso e o tráfico de drogas (dentro e nos portões da escola), da discriminação, do vandalismo, das pichações, dos estragos nas paredes, nas carteiras, nos banheiros e no material escolar em geral e roubos de materiais escolares, dinheiro, roupas, telefones celulares, MP4 entre outros. Com isso, cria-se um quadro de comportamento bastante complicado, o que incapacita alunos ao aprendizado, ao estudo e gerar desmotivação, desinteresse, indiciplina e falta de estímulo. A escola forma o indivíduo para conviver, de maneira harmoniosa e ética, num grande grupo que é a sociedade. Mas, então, qual o papel do aluno na condição harmônica do processo ensino-aprendizagem? O aluno tem que assumir seu papel no aprender. Por isso, faz necessário a definição de ações que permitem melhorar o comprometimento do aluno. Acreditamos que a escola tem que agir de modo coerente para a formação do cidadão. Não podemos falhar! Nestes tempos de inversão de papéis a escola tem que ser competente. Estabelecer uma relação de responsabilidade e confiança com o exercício da vontade entre as partes interessadas no processo educativo é garantia de transformação e sucesso educacional. A grande oportunidade da escola é ser agente transformadora da ética e da moral, com um grande desafio em tornar esta formação consciente e autônoma , proporcionando ao aluno a elaboração do seu próprio projeto de vida. O trabalho de ética na escola é decisivo para toda a transformação através da implantação de um código de ética. O mau comportamento é com freqüência, conseqüência de condições desfavoráveis do mesmo ambiente escolar que está atuando sobre os alunos: locais e mobiliários inadequados, falta de unidade e critério dos 41 professores e equipe da escola etc., e sobre eles devem centrar-se inicialmente a atenção antes de tomar medidas mais drásticas e também atuar com a família e com o próprio aluno. Soluções para os chamados problemas de "indisciplina" deverão estar baseados numa análise exaustiva da situação, na reflexão, no diálogo e em técnicas que capacitem os alunos para o autocontrole e a responsabilidade por sua conduta. Talvez tenha sido a problemática relacionado ao espaço físico que mais incomoda os alunos, haja vista a quantidade de elementos que ilustram seus argumentos a respeito disso. Nesse sentido, aparece como principal vetor dos problemas estruturais a insuficiência de verbas governamentais para melhorias estruturais, bem como a burocracia para obtê-las. Nesse sentido, entre causa e efeito, os principais problemas apontados foram: Estrutura inadequado para os dias chuvosos (visto que há alagamentos no pátio por falta de escoamento); Biblioteca, Laboratório de Informática e de Ciências que não são utilizados pelos professores; salas de aula com mobiliário velho e sem condições adequadas de uso; paredes, vidros, cortinas e portas destruídas; banheiros sem papel higiênico, sabonete, pichados, com torneiras estragadas e espelhos velhos; pintura das paredes em geral deterioradas; quadra de esportes danificada; não há luz de emergência; não há acessibilidade para deficientes físicos e visuais; há falta de outros cursos técnicos para atender a demanda de alunos que necessitam de profissionalização e nos cursos existentes, há falta de mais estágios. Diante desse quadro, a estrutura física acaba sendo um dos elementos que prejudica o processo de ensino-aprendizagem no cotidiano da escola. De acordo com Marta Regina Heinzelmann, “O ensino ofertado deve ser de qualidade. Imaginar que um estudante que vive em situação de miséria pode aceitar qualquer tipo de lugar para estudar é forçar uma exclusão social deste estudante. A vivência na escola também faz parte o aprendizado. Por mais bem preparados que estejam os professores, o espaço físico interfere diretamente no processo de ensino-aprendizagem. Afinal, o movimento da humanidade está voltado para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, e escola adequada significa qualidade de vida.” O espaço escolar já não pode mais ser construído sem critérios ou com critérios pobres e antipedagógicos. Muitas vezes, espaços físicos escolares inadequados, que se encontram em precário estado de conservação, colocam em risco a segurança e a integridade física dos estudantes e dos professores. É preciso oferecer uma organização racional do espaço escolar que permita condições mínimas de desenvolvimento das atividades de ensino-aprendizagem; É preciso oferecer o mínimo, como carteiras, quadro de giz, instalações sanitárias, elétricas e hidráulicas, ventilação e iluminação adequadas, espaço para reuniões de professores, espaço para atividades didáticas, área de recreação, espaço para esportes, biblioteca e laboratórios de Informática e de ciências, sala para atendimento individual, quadra ou ginásio desportivo; É importante que o espaço escolar seja adequado aos alunos portadores de necessidades especiais, incluindo rampas, corrimões e banheiros específicos; É preciso que esteja adequado também aos níveis e modalidades que a escola oferece, bem como aos cursos técnicos. Pequenas alterações na forma de organização do uso do espaço escolar podem provocar bons impactos. É preciso encontrar um equilíbrio entre o possível, o viável e o ideal. A escola tem que exercer um controle patrimonial dos seus equipamentos, do material permanente, bem como de todos os bens disponíveis, tendo em vista o seu caráter público. É preciso atribuir a cada canto da escola um caráter educativo, contribuindo para tornar o espaço físico cada vez mais humano e humanizador, mais atrativo, mais lúdico, mais vivo e mais pedagógico. Na relação direta com o professor, os alunos apontam como principais problemas as aulas vagas em função da falta do professor (que não compareceu à aula por motivo de doença, problemas particulares ou cursos) e da falta de professor (disciplinas cujo professor deixou as aulas, por licença médica, licença especial ou abandonou as mesmas, entre outros). Nesse sentido, são apontados alguns elementos importantes no que se refere ao ensino: falta de rigidez e autoridade do professor para conduzir a turma, professor que não coordena e nem domina a turma, professor que não sabe dar aula e que estão desmotivados com seu trabalho por causa do desinteresse dos alunos. Também comprometem o ensino as datas de provas muito próximas na semana de avaliações (acumulando material para ser estudado), a falta da 42 circulação adequada da informação sobre as regras e decisões tomadas e os horários que são mudados constantemente. A escola ensina formal e informalmente, elabora discursos e práticas que freqüentemente se contradizem, é espaço, ao mesmo tempo, de angústia e gratificação. Compreendê-la em suas múltiplas expressões e determinações, em sua localização histórico-social, como um entrecruzar de diferentes valores e normas, de idéias e sentimentos que potencializam (ou não) uma série de demandas e vetores de nossa sociedade, muitos deles contraditórios, é o primeiro passo. Em outras palavras, é preciso entender a escola como um lugar onde se realiza a vida humana, em todas as suas contradições. O desenvolvimento do Homem faz-se a partir das interações sociais. É nas nossas relações com o outro que nos desenvolvemos (objetos, meio ambiente, mas especialmente outras pessoas: pais, irmãos, professores). Isto traz importantes conseqüências para a escola. Se a criança é capaz de aprender sozinha com sua própria experiência, ela aprende mais e melhor com os outros. Na escola isto quer dizer: com seu professor e com seus colegas. O conhecimento sobre a aprendizagem - suas condições, seu papel no desenvolvimento - ajuda o professor a ensinar melhor. Saber sobre a vida escolar do aluno, conhecer suas competências, suas referências socioculturais e paixões torna-se imprescindível para que o professor tenha sucesso na tarefa de levar o aluno aprender. Desse modo, retratamos, do ponto de vista dos professores e dos alunos, o Diagnóstico geral daquilo que, de imediato, interfere nos processos de ensino e de aprendizagem na rotina do Colégio Zardo. Diante disso tudo, optamos por descrever cada um dos processos que existem no Colégio e que constitui aquilo que chamamos de rotina e cotidiano do colégio. 2.2. O PERFIL DO ALUNO, DOS PROFISSIONAIS COMUNIDADE: MÚLTIPLAS FACES NUM SÓ LUGAR E DA PERFIL DO ALUNO De modo geral, notamos que os alunos têm consciência da situação em que se encontram e são cientes das dificuldades de aprendizagem dos conteúdos. Porém, não conseguem mudar seus hábitos, que na maioria dos casos já se tornaram parte dos mesmos. Pensamos que eles teriam que demonstrar atitudes relativas a uma mudança, saírem dessa passividade, dessa falta de iniciativa, dessa desmotivação que atrapalha tanto o desempenho. Ao disso, encontramos também os conflitos de relacionamento que surgem no cotidiano da sala de aula. Percebemos as dificuldades das relações interpessoais entre eles mesmos, com os professores e os funcionários. Isso reflete-se através da indisciplina, da quebra das regras estabelecidas, do desrespeito ao patrimônio escolar, do mau uso dos livros didáticos distribuídos no início do ano (sendo que muitas vezes são esquecidos em sala de aula e nunca mais são procurados), das agressões físicas e verbais. Diante disso tudo, não podemos perder a esperança, nem desistir de investir e de acreditar no potencial dos alunos. Afinal, existem excelentes alunos, que são interessados, cumpridores de suas responsabilidades, participativos, críticos, assíduos, respeitosos, que valorizam os professores, possuidores de personalidades sociais que sabem interagir entre eles, professores e funcionários. Deve-se levar em conta ainda as diversidades sócio-econômica-culturais que existe em, nosso colégio, pois são três turnos com características próprias e peculiaridades bem distintas. Durante o dia (nos turnos da manhã e da tarde) os alunos que trabalham (na maioria garçons que atuam à noite) possuem certa disposição para as aulas e para realizar os trabalhos escolares. Já para os estudantes do noturno a realidade é bem diferente: são alunos que trabalham durante o dia em serviços pesados e braçais, que exigem muito esforço físico e isso acaba gerando cansaço, falta de interesse, sono durante as aulas e faltas consecutivas à escola. Isso, comprova, de certa forma, as dificuldades apontadas no início. 43 Assim, essa realidade e essas observações nos levam a compreender que os problemas têm motivos, que nada surge do nada. Com isso tudo, juntos, estamos batalhando, trabalhando em conjunto, fazendo o levantamento dos problemas e buscando as soluções. Por meio do envolvimento e do comprometimento de todos, muitos dos problemas diagnosticados já estamos revertendo e nós, professores, temos muita boa vontade e almejamos mudanças para que nosso trabalho seja reconhecido e nosso aluno aproveite, por meio de aprendizagens concretas, cada instante que estiver em nossa escola. PERFIL DO PROFESSOR Temos um grupo de professores bastante heterogêneo. De modo geral, temos um grupo de professores bastante comprometido com o ensino e preocupados com a aprendizagem de seus alunos. São participativos nos processos coletivos de avaliação do próprio trabalho, nas reuniões pedagógicas, nos conselhos de classe, nas reuniões de pais e nos momentos de decisões coletivas. É uma participação ativa na quantidade e na qualidade. Notamos professores preocupados com a qualidade do ensino oferecido aos nossos alunos e interessados em aprender e melhorar sua prática pedagógica. São professores que atuam com profissionalismo, são inovadores, abertos à mudança e o que é muito positivo: não são resistentes às mudanças. São interessados, organizados, buscam atualizar-se e ficar por dentro do quem vem acontecendo na rotina da escola e da educação como um todo. É muito interessante perceber o quanto os professores buscam solucionar seus problemas de sala de aula junto com seus colegas e demais professores. Também, recorrem à Equipe Pedagógica e acham positiva a participação dos pais e sua presença na escola. Quando se depara com problemas como a indisciplina, faltas e dificuldades de aprendizagem pelos alunos, recorrem aos demais profissionais para buscar auxílio. Temos professores QPM (concursados) e PSS (contratados pelo Processo Seletivo Simplificado), professores experientes e professores em início de carreira, professores jovens e professores mais maduros e essa heterogeneidade acaba se tornando uma riqueza de concepções, de experiências de vida, de formas de interpretar e de aprender, de diversidade de idéias e de metodologias porque há uma troca contínua e precípua. Assim, acaba sendo um exercício diário, na relação de professor com professor e de professor com a Equipe Pedagógica para conhecer a forma pela qual se aprende a distinguir o fácil do difícil, a lidar com as próprias dificuldades, a identificar seus interesses e talentos e a usar seus pontos fortes. Também, saber que quanto mais se domina um tema, mais fácil é aprender sobre ele; reconhecer que cada assunto requer uma abordagem diferente em diferentes turmas; construir um repertório de estratégias de aprendizagem para multiplicar os meios para que o aluno aprenda. Queremos também pensar e refletir mais e mais sobre o contexto em que os conhecimentos serão aplicados e estabelecer objetivos para seu emprego com base nos resultados esperados. 44 PERFIL ESTATÍSTICO DOS ANOS LETIVOS 2006, 2007 E 2008 Rendimento/Movimento Escolar - Ano 2006 Rendimento Escolar Ensino/Série Taxa de Aprovação Taxa de Reprovação Taxa de Abandono FUNDAMENTAL - TOTAL 80,20% 19,70% 0,00% 5ª SERIE 72,40% 27,50% 0,00% 6ª SERIE 80,30% 19,60% 0,00% 7ª SERIE 86,10% 13,80% 0,00% 8ª SERIE 83,60% 16,30% 0,00% MEDIO REGULAR - TOTAL 80,80% 19,10% 0,00% 1ª SERIE 73,50% 26,40% 0,00% 2ª SERIE 80,20% 19,70% 0,00% 3ª SERIE 93,00% 6,90% 0,00% MEDIO INTEGRADO - TOTAL 88,10% 11,80% 0,00% 1ª SERIE 81,80% 18,10% 0,00% 2ª SERIE 95,60% 4,30% 0,00% EDUCACAO PROFISSIONAL - NIVEL TECNICO 62,30% 37,60% 0,00% Rendimento/Movimento Escolar - Ano 2007 Rendimento Escolar Ensino/Série Taxa de Aprovação Taxa de Reprovação Taxa de Abandono FUNDAMENTAL - TOTAL 81,90% 17,50% 0,40% 5ª SERIE 80,00% 20,00% 0,00% 6ª SERIE 78,80% 19,40% 1,60% 7ª SERIE 86,00% 14,00% 0,00% 8ª SERIE 83,40% 16,50% 0,00% MEDIO REGULAR - TOTAL 72,20% 22,80% 4,90% 1ª SERIE 61,10% 33,50% 5,20% 2ª SERIE 76,10% 20,00% 3,70% 3ª SERIE 83,90% 10,10% 5,80% MEDIO INTEGRADO - TOTAL 86,70% 13,20% 0,00% 1ª SERIE 69,50% 30,40% 0,00% 2ª SERIE 97,00% 2,90% 0,00% 3ª SERIE 97,50% 2,40% 0,00% EDUCACAO PROFISSIONAL - NIVEL TECNICO 49,50% 40,70% 9,70% Rendimento/Movimento Escolar - Ano 2008 Rendimento Escolar Ensino/Série Taxa de Aprovação Taxa de Reprovação Taxa de Abandono FUNDAMENTAL - TOTAL 82,30% 16,40% 1,20% 5ª SERIE 83,00% 17,00% 0,00% 6ª SERIE 77,20% 20,70% 1,90% 7ª SERIE 84,80% 14,10% 1,00% 8ª SERIE 84,20% 13,80% 1,80% MEDIO REGULAR - TOTAL 69,80% 24,50% 5,50% 1ª SERIE 61,40% 32,80% 5,60% 2ª SERIE 73,70% 20,70% 5,50% 3ª SERIE 77,80% 16,60% 5,50% MEDIO INTEGRADO - TOTAL 75,10% 14,20% 10,50% 1ª SERIE 55,20% 20,80% 23,80% 2ª SERIE 71,40% 23,80% 4,70% 3ª SERIE 90,90% 9,00% 0,00% 4ª SERIE 97,50% 2,50% 0,00% EDUCACAO PROFISSIONAL - NIVEL TECNICO 38,40% 21,30% 40,10% 45 PERFIL DA COMUNIDADE: O AMBIENTE DE ATUAÇÃO DA ESCOLA O Colégio Zardo, como descrito no início, localiza-se no Bairro Santa Felicidade. O bairro de Santa Felicidade fica localizado a 7km do Centro. É um bairro que preserva muito da cultura trazida pelos imigrantes italianos a Curitiba. A região era a antiga Colônia Santa Felicidade, formada por núcleos coloniais de imigrantes, principalmente, italianos. A ocupação ocorreu de forma mais intensa a partir de 1878, por imigrantes vindos das regiões de Vêneto e Trento, no norte da Itália. Os italianos dedicaram-se inicialmente à produção de queijos, vinhos e hortigranjeiros. Parte das terras foi doada por Dona Felicidade Borges aos imigrantes italianos. Dona Felicidade também doou seu nome ao bairro. Em 1891, atendendo à forte religiosidade dos imigrantes italianos, erigiu-se a Igreja São José, em Santa Felicidade. Em 1899, construiu-se a primeira escola. Na virada do século 19 para o 20, a região já era habitada por cerca de 200 famílias. Santa Felicidade era também um caminho de passagem de tropeiros nos séculos XVIII e XIX. A parada das tropas, para repouso e alimentação, contribuiu para a tradição gastronômica do bairro. Nos dias de hoje, Santa Felicidade abriga cerca de 30 restaurantes, alguns com capacidade para mais de mil lugares. Possui, também, vinícolas, cantinas de vinho, lojas de artesanato e móveis de vime e junco. Eventos típicos como a Festa anual da polenta e do frango, no Bosque São Cristóvão, manifestam as tradições de cultura italiana de Santa Felicidade. PROJETOS E PROPOSTAS EXISTENTES: GINCANA CULTURAL, FEIRA DO CONHECIMENTO, FESTIVAL DE BANDAS, FESTIVAL DE FILMES, FESTA JUNINA SEMANA CULTURAL Anualmente ocorrerá a Semana Cultural que, genericamente, denominaremos Gincana. Para organização geral da Gincana, haverá 02 Comissões organizando e planejando as atividades: uma Comissão da Gincana e outra Comissão da Festa Junina. Além da integração entre os alunos, a meta é o envolvimento da escola com a comunidade. Nesta semana, os alunos, coordenados pelos seus Professores Monitores, cumprirão várias provas (culturais, artísticas, esportivas e comunitárias) afim de diversificar a metodologia e desenvolver práticas prazerosas e dinâmicas de aprender. 2.3. A ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E ESTRUTURAL: ELEMENTOS GOVERNAMENTAIS, COMPONENTES DA GESTÃO E FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES A seguir, como forma didática de organizar, descreveremos as ações do cotidiano. Optamos pela descrição da atividade e como são desenvolvidas e o que pretendemos realizar para implementar tais ações. São atividades, propostas, proposições e tarefas do cotidiano instituídas pela mantenedora – SEED, NRE e Setor – que colaboram para a organização geral da escola. 46 CONSELHO ESCOLAR O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da comunidade escolar, de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora, sobre a organização e realização do trabalho pedagógico e administrativo do Colégio Estadual Professor Francisco Zardo em conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da Secretaria de Estado da Educação, observando a Constituição, a LDB, o ECA, o Projeto Político-Pedagógico e o Regimento do Colégio, para o cumprimento da função social e específica da escola. O Conselho escolar é constituído por pais, representantes de alunos, professores, funcionários, membros da comunidade e diretor de escola. Em nosso Colégio, estão estabelecidas regras transparentes e democráticas de eleição dos membros do conselho. Cabe ao conselho zelar pela manutenção da escola e monitorar as ações dos dirigentes escolares a fim de assegurar a qualidade do ensino. Eles têm funções deliberativas, consultivas e mobilizadoras, fundamentais para a gestão democrática das escolas públicas. Entre as atividades dos conselheiros estão, por exemplo, fiscalizar a aplicação dos recursos destinados à escola e discutir o projeto pedagógico com a direção e os professores. APMF A APMF é a Associação de Pais, Mestres e Funcionários, pessoa jurídica de direito privado, é um órgão de representação dos pais e profissionais do Colégio Estadual Professor Francisco Zardo, não tendo caráter político partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus Dirigentes e Conselheiros, sendo que cada gestão tem duração de 2 anos. O Registro do Estatuto da APMF foi realizado em Cartório de Títulos e Documentos e o registro dos membros da Diretoria e Conselho Deliberativo e Fiscal, feito no Cartório Civil de Pessoas Jurídicas. GRÊMIO ESTUDANTIL O Grêmio Estudantil é o órgão representativo dos alunos. Tem por objetivos defender os interesses individuais e coletivos dos alunos do Colégio, incentivar a cultura literária, artística e desportiva, promover a cooperação entre administradores, funcionários, professores e alunos no trabalho Escolar buscando seus aprimoramentos; realizar intercâmbio e colaboração de caráter cultural e educacional com outras instituições de caráter educacional e lutar pela democracia permanente na Escola, através do direito de participação nos fóruns internos de deliberação da Escola. No Colégio Zardo temos necessidade de reorganizar o Grêmio Estudantil: estabelecer o Grêmio como Instância Colegiada, definir novos membros e as ações necessárias. Como forma de organização geral, a partir do 2º semestre de 2009, cada turno vai definir os membros do Grêmio para atuarem de acordo com os problemas levantados nas discussões do alunos na CONAE e no PPP. Cada turno vai elencar ações mensais do Grêmio (de agosto a dezembro). Nos anos seguintes, o cronograma de atividades será anual. DISTRIBUIÇÃO DE AULAS A distribuição de aulas em nosso Colégio ocorre no início do ano letivo e obedece as normas e diretrizes contidas em resolução própria, expedida pela SEED. 47 As aulas existentes são atribuídas aos professores ocupantes de cargo efetivo, ocupantes de cargo efetivo, na forma de aulas extraordinárias, e contratados por Regime Especial. Para a distribuição de aulas é considerada a carga horária disponível no colégio, gerada para o ano letivo, de acordo com os níveis e modalidades de ensino previstos em regulamentação específica, número de turmas e a matriz curricular aprovada pelo órgão competente. É considerada jornada de trabalho dos professores a soma das horas-aula e das horasatividade. As aulas atribuídas ao professor ocupante de cargo efetivo do Quadro Próprio do Magistério são de cunho permanente e as aulas extraordinárias são de cunho eventual. A distribuição das aulas nas 5as séries do colégio são atribuídas prioritariamente, aos professores do Quadro Próprio do Magistério e são distribuídas antes das aulas das demais séries. SUPRIMENTO, CANCELAMENTO E SUBSTITUIÇÃO DE PROFESSOR O suprimento é feito logo após a distribuição de aulas, conforme o número de aulas distribuídas. O período do suprimento é a partir da data inicial de abertura da demanda pela SEED. Os cancelamentos são feitos quando ocorre a desistência de aulas pelo professor. Logo que isso é comunicado à direção, é solicitado outro para ser suprido na data correta sem prejuízo para o aluno. Mesmo quando há demora na chegada do substituto, garante-se a reposição de aula e conteúdo e a remuneração. Quando há licença por saúde, licença especial ou licença remuneratória é feita a solicitação de professor substituto. O tempo de substituição é o tempo que dura a licença do professor regente. É assegurada remuneração e reposição de aula e conteúdo se houver atraso na chegada do substituto. HORA ATIVIDADE O regime hora-atividade é aquele em que o docente dedica-se exclusivamente às atividades de ensino fora da sala de aula; é remunerado pela carga horária equivalente à 20% da carga horária total. A hora-atividade é o período reservado ao planejamento das aulas, correção de provas e elaboração de trabalhos. Também é nesse momento que o professor é orientado e tem acesso à Equipe Pedagógica para tirar dúvidas, esclarecer problemas e buscar soluções para o dia-adia da sala de aula. CALENDÁRIO ESCOLAR O Calendário Escolar contempla o início das atividades escolares para os professores, início e término das aulas, formação continuada, planejamento, período de férias e recessos para alunos e professores, sendo que o mesmo está embasado na LDB n.º 9.394/96, e nas resoluções e instruções da SEED, que determina o mínimo de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar. 48 Para os dias de capacitação dos professores, formação continuada, replanejamento e reuniões pedagógicas (se estas forem realizadas em dias letivos e nos turnos da manhã e tarde) há complementação da carga horária para os alunos do turno noturno, a fim de garantir as oitocentas horas determinadas por lei. Qualquer interrupção no desenvolvimento do ano letivo programado, independente da razão, é feita a reposição tanto em termos de carga horária (mínimo de 800 horas) como quanto ao número de dias letivos (mínimo de 200 dias). Para tanto, comunica-se o NRE e apresenta a proposta de reposição do(s) dia(s) não trabalhado(s). Esta reposição é presencial, isto é, com presença física do aluno e do professor. As atividades realizadas pelos alunos, sem a presença do professor, não são computadas como dias letivos nem como carga horária. LIVRO DIDÁTICO O livro didático é um dos meios de comunicação no processo de ensinar e aprender. Ele faz parte do método e da metodologia de trabalho do professor, os quais, por sua vez, estão ligados ao conteúdo que está sendo trabalhado, tendo em vista o atingimento de determinados objetivos educacionais (pontos de chegada). O livro didático é apenas um dos instrumentos comunicacionais do professor no processo de educação escolar. Isto significa que a capacidade do professor deve ser mais abrangente, não se limitando ao mero recorrer ao livro didático. Um livro de categoria média, nas mãos de um bom professor, pode tornar-se um excelente meio de comunicação, pois a capacidade do docente está além do livro e de seus limites. Já um bom livro nas mãos de um profissional pouco capacitado acaba muitas vezes reduzindo-se à função de um "pseudodocente". Em outras palavras, o livro didático acaba sendo considerado o "professor", o que não deve ocorrer, tendo em vista a especificidade comunicacional escolar de transmissão/assimilação, de interação ligada aos conteúdos de ensino e aprendizagem, que deve expressar-se entre o docente e seus alunos, mediada metodicamente por livros e outros meios de comunicação, nas aulas, para atingir os objetivos educacionais escolares. No Colégio Zardo, a distribuição e o controle do Livro didático é feito pelo próprio professor da disciplina. É objetivo reorganizar essa prática, passando a cargo da Biblioteca a função de distribuir e controlar. QUADRO DE HORÁRIOS Para organizar o horário dos professores, distribuindo-os de acordo com os dias disponíves e assegurado o dia da hora-atividade concentrada, é utilizado o Urânia. Urânia é um software para elaboração do quadro de horário de aula de professores. Fácil de usar, foi projetado visando a utilização por profissionais da área pedagógica. Por meio desse software, é possível: • Determinar os horários em que cada professor poderá dar suas aulas; • Indicar a forma como as aulas das turmas deverão ser dispostas na semana (geminadas, separadas, só uma aula por dia, etc.); • Trabalhar com dois ou mais professores, em conjunto (divisão de classes); • Trabalhar com duas ou mais turmas, em conjunto (união de classes); • Controlar a utilização de ambientes (salas, laboratórios etc.); • Elaborar o horário de várias sedes ao mesmo tempo, controlando o deslocamento de cada professor; 49 Fixar um grau de importância para cada elemento pedagógico, gerando assim horários mais adaptados às necessidades da Instituição; Estabelecer horários de permanências, provas, regências, etc.; Trabalhar com o horário de dois turnos, juntos; Limitar o número de aulas diárias de cada professor; Definir turmas com horários diferentes de início e término de aula; Minimizar o deslocamento dos professores entre salas distantes; • • • • • • O custo do sistema é mantido pela APMF. FUNDO ROTATIVO O Fundo Rotativo foi criado pela Lei nº. 10.050, de 16 de Julho de 1992 e regulamentado pelo Decreto nº. 2.043, de 12 de Janeiro de 1993. É oriundo de programas descentralizados de recursos, desenvolvidos pela FUNDEPAR ao longo dos últimos 30 anos. É uma solução criativa encontrada pelo Instituto, passando a ser um instrumento ágil, viabilizando com maior rapidez o repasse de recursos aos Estabelecimentos de Ensino da Rede Estadual, para a manutenção e outras despesas relacionadas com a atividade educacional. Com a criação do Programa Fundo Rotativo eliminou-se burocracia, possibilitando aos gestores uma maior autonomia no gerenciamento dos recursos, obtendo respostas mais imediatas de suas necessidades básicas, como: na aquisição de materiais ( limpeza, expediente, didático, esportivo, gás, lâmpadas, entre outros ), na execução de pequenos reparos ( troca de vidros, limpeza de caixa d’água, fechaduras, instalação elétrica e hidráulica, entre outros ). As liberações ocorrem mensalmente, a partir do mês de Fevereiro, até o mês de Novembro. Ao todo são 10 (dez) parcelas liberadas durante o exercício. As despesas somente poderão ser realizadas pela Direção do Estabelecimento de Ensino, após a aprovação do Plano de Aplicação pelos membros da Associação de Pais, Mestres e Funcionários - APMF e/ou Conselho Escolar. A Comunidade Escolar, além de participar na aprovação do Plano de Aplicação, participa também no acompanhamento da execução das despesas, nos relatórios e prestação de contas. As despesas somente poderão ser realizadas após o recebimento do recurso, na aquisição de material de consumo e no pagamento de prestação de serviços devendo ser pagas à vista, ficando expressamente proibidas as compras a prazo, ressarcimento de despesas, contrato de manutenção, monitoramento, seguros, combustíveis, entre outras despesas que envolverem pagamentos parcelados. Não será, ainda, permitido o faturamento de bens e serviços contra o FUNDEPAR ou Fundo Rotativo. As despesas com aquisição de material permanente / equipamentos e melhorias, somente poderão ser realizadas, após a aprovação da solicitação pelo Estabelecimento de Ensino e liberação do recurso, via Cota Suplementar, pelo FUNDEPAR. PDDE O PDDE é o Programa Dinheiro Direto na Escola e consiste na assistência financeira às escolas públicas da educação básica das redes estaduais, municipais e do Distrito Federal e às escolas privadas de educação especial mantidas por entidades sem fins lucrativos. O objetivo desses recursos é a melhoria da infra-estrutura física e pedagógica, o reforço da autogestão escolar e a elevação dos índices de desempenho da educação básica. Os recursos do programa são transferidos de acordo com o número de alunos, de acordo com o censo escolar do ano anterior ao do repasse. 50 O recurso é repassado uma vez por ano e seu valor é calculado com base no número de alunos matriculados na escola segundo o Censo Escolar do ano anterior. O dinheiro destinase à aquisição de material permanente; manutenção, conservação e pequenos reparos da unidade escolar; aquisição de material de consumo necessário ao funcionamento da escola; avaliação de aprendizagem; implementação de projeto pedagógico; e desenvolvimento de atividades educacionais. Até 2008, o programa contemplava apenas as escolas públicas de ensino fundamental. Em 2009, com a edição da Medida Provisória nº 455, de 28 de janeiro (transformada posteriormente na Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009), foi ampliado para toda a educação básica, passando a abranger as escolas de ensino médio e da educação infantil. 2.4. PROGRAMAS DO GOVERNO E PROPOSTAS DA SEED PDE O PDE - Programa de Desenvolvimento Educacional – é uma política pública que estabelece o diálogo entre os professores da Educação Superior e os da Educação Básica, através de atividades teórico-práticas orientadas, tendo como resultado a produção de conhecimento e mudanças qualitativas na prática escolar da escola pública paranaense. O Programa, integrado às atividades da formação continuada em Educação, disciplina a promoção do professor para o Nível III da Carreira, conforme previsto no Plano de Carreira do Magistério Estadual, Lei Complementar nº 103, de 15 de março de 2004. O objetivo principal desse programa é proporcionar aos professores da rede pública estadual subsídios teórico-metodológicos para o desenvolvimento de ações educacionais sistematizadas, e que resultem em redimensionamento de sua prática. O professor que ingressa no PDE terá garantido o direito a afastamento remunerado de 100% de sua carga horária efetiva no primeiro ano e de 25% no segundo ano do Programa. GRUPOS DE ESTUDOS AOS SÁBADOS O Grupo de Estudo é uma modalidade de formação continuada descentralizada, que oportuniza a participação de Profissionais da Educação da Rede Pública Estadual e Municipal, Profissionais das Escolas Conveniadas, Membros do Conselho Escolar e Professores que ingressaram no Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE. O Grupo de Estudo propicia aos profissionais da educação, a participação em encontros de estudos, com conteúdos voltados à sua área de formação e/ou interesse às questões sócioeducacionais demandadas pela Secretaria de Estado da Educação. A natureza do Grupo de Estudo está vinculada à leitura, reflexão, discussão e trabalho sobre determinada área do conhecimento educacional, cujo objetivo é propiciar subsídios teórico-práticos para o enriquecimento pedagógico. Em 2009, cada escola terá dois códigos para os Grupos de Estudos, um para o Cronograma I – Disciplinas e outro para o Cronograma II – Modalidades. Em nosso colégio, vários professores e pedagogos participam dos Grupos de Estudos aos sábados e também ocorrem o colégio os encontro das disciplinas. 51 GRUPO DE TRABALHO EM REDE O Grupo de Trabalho em Rede - GTR - constitui-se numa atividade do Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE - e caracteriza-se pela interação virtual entre o Professor PDE e os demais professores da rede pública estadual, e busca efetivar o processo de Formação Continuada já em curso, promovido pela SEED/PDE. O Professor PDE é denominado Tutor de um GTR, conforme sua disciplina ou área de seleção no Programa e os participantes do GTR são previamente selecionados, sendo os Grupos organizados em ordem numérica e compostos de professores do Quadro Próprio do Magistério QPM - em exercício na Rede Pública Estadual de Ensino do Paraná, conforme sua área de concurso. O número máximo de participantes de cada GTR é de até 37 (trinta e sete) professores e para obtenção da certificação, o professor participante do GTR deverá realizar a confirmação On line de sua adesão ao grupo, permanecer no GTR de inscrição até o seu término, participar de todas as atividades propostas pelo Tutor do GTR, para cumprimento de sua carga-horária, cumprir as atividades destinadas ao GTR, conforme cronograma estabelecido e acompanhado pelo Tutor e ter parecer avaliativo favorável à certificação. FORMAÇÃO CONTINUADA A SEED propõe inúmeras atividades para a Formação Continuada de seus profissionais. Esse tipo de proposta tem como objetivo principal a melhoria da qualidade da educação pública, com possibilidades concretas de transformação da realidade educacional. Segue os princípios de dar um caráter democrático, a valorização profissional e o atendimento à diversidade. Configura-se basicamente pela proposição de Grupo de estudos, Simpósios, Jornadas Pedagógicas, Reuniões Técnicas, Congressos, Seminários, Cursos, Oficinas e Produção de Materiais (Folhas, OAC, Manuais, Cadernos Temáticos entre outros). Para participar de qualquer evento, o profissional necessita preencher a Ficha de Préinscrição e ter a permissão do Diretor da escola. SEMANA PEDAGÓGICA A Semana Pedagógica se caracteriza como uma atividade descentralizada, pois ocorre simultaneamente em todas as escolas da rede estadual do Paraná e envolve todos os seus trabalhadores. Devido à sua abrangência e significado pedagógico, é um evento de suma importância para a educação pública estadual e, por isso, todos podem e devem participar dos trabalhos, cumprindo tudo com seriedade e compromisso com a qualidade da educação. O objetivo central é discutir a concepção e a organização do currículo, refletindo sobre a função social da escola pública e os processos de secundarização do seu papel. Além da Direção, cabe à Equipe Pedagógica organizar todo o processo, de acordo com as orientações da SEED. 52 JORNADA PEDAGÓGICA A Jornada Pedagógica é a formação continuada para os profissionais que atuam na Equipe Pedagógica. Nessa formação é possível discutir, analisar e dimensionar as ações pedagógicas da escola. A carga horária total é de 32h presenciais e 8h à distância. A Jornada é um tipo de formação de suma importância por agregar valor à reflexão do papel do pedagogo e sua função na escola pública. Congrega pedagogos de todas as escolas vinculadas ao NRE. REUNIÕES TÉCNICAS As Reuniões Técnicas são momentos oferecidos pela Equipe do Setor (NRE) para orientar as Equipes Pedagógicas e Professores das escolas sobre as rotinas, cobrar documentos, discutir textos, aprofundar assuntos e trocar ideias. A cada reunião técnica marcada, participarão, quando não todos, pelo menos um dos pedagogos. O material distribuído e as informações repassadas serão partilhadas entre todos os membros da equipe por meio de recados, encontro ou comunicado pelo Caderno da Equipe Pedagógica. PROJETO FOLHAS O Projeto Folhas é um projeto de Formação Continuada que oportuniza ao profissional da educação a reflexão sobre sua concepção de ciência, conhecimento e disciplina, que influencia a prática docente. O Projeto Folhas integra o projeto de formação continuada e valorização dos profissionais da Educação da Rede Estadual do Paraná, instituído pelo Plano Estadual de Desenvolvimento Educacional. O Folhas, nesta dimensão formativa, é a produção colaborativa, pelos profissionais da educação, de textos de conteúdos pedagógicos que constituirão material didático para os alunos e apoio ao trabalho docente. OAC O Objeto de Aprendizagem Colaborativa – OAC está vinculado ao desenvolvimento curricular, à formação continuada e à valorização dos profissionais da educação e objetiva viabilizar meios para que professores da Rede Pública Estadual do Paraná pesquisem e aprimorem seus conhecimentos, buscando a qualidade teórico-metodológica da ação docente. O OAC tem como proposta instrumentalizar os professores em sua prática pedagógica, constituindo-se como recurso para a discussão coletiva das Diretrizes Curriculares para Educação Básica do Estado. O formato desta produção tem como princípio o respeito à autonomia intelectual do educador, servindo de sugestão e orientação ao registro de seus percursos individuais de aprendizagem. O resultado deste processo é uma mídia digital, cujo autor é o professor da Educação Básica do Estado do Paraná, disponibilizada na WEB (Portal Dia a dia Educação). 53 SALA DE APOIO A Sala de Apoio à Aprendizagem tem como objetivos principais sanar as dificuldades de aprendizagem dos alunos da 5ª série e diminuir a taxa de repetência. No Colégio Zardo as turmas da sala de apoio funcionam no turno da manhã (pois somente no turno da tarde existem turmas de 5ª série). Enfrentamos vários problemas nas Salas de apoio, especialmente pela freqüência baixa a índices de evasão por parte dos alunos. Uma vez autorizado o funcionamento, a Direção e a Equipe Pedagógica devem: • Apresentar e discutir a legislação específica do Programa Salas de Apoio à Aprendizagem com o coletivo da escola. • Decidir com os Professores regentes das turmas de 5ª séries, a indicação dos alunos para composição das turmas, de acordo com diagnóstico realizado. • Orientar a elaboração do Plano de Trabalho Docente para as Salas de Apoio à Aprendizagem, acompanhando sua efetivação e propondo metodologias adequadas às necessidades dos alunos, diferenciando-as das atividades do ensino regular. • Orientar as famílias a respeito do Programa Salas de Apoio à Aprendizagem, informando aos pais ou responsáveis sobre a necessidade e importância dos alunos estenderem seu tempo escolar. • Garantir a participação dos Professores da Salas de Apoio à Aprendizagem no Conselho de Classe ou, na ausência desses Professores, apresentar as questões relativas à aprendizagem dos alunos. • Acompanhar os alunos, buscando sua participação integral no Programa, mantendo pais ou responsáveis informados quanto à freqüência, aproveitamento nas Salas de Apoio à Aprendizagem e no Ensino Regular. • Organizar as questões estruturais tais como espaço físico apropriado, alimentação, acesso a materiais didáticos, garantindo a freqüência dos alunos e o funcionamento das salas. • Orientar os Professores no preenchimento dos relatórios das Salas de Apoio à Aprendizagem. • Acompanhar a freqüência e a movimentação dos alunos matriculados nas Salas de Apoio à Aprendizagem e providenciar a substituição quando da superação das dificuldades apresentadas, oportunizando o atendimento de novos alunos. • Organizar o acompanhamento das Salas de Apoio à Aprendizagem em escolas com dualidade administrativa, garantindo seu funcionamento no contraturno. Na sala de apoio, o aluno passa a ganhar tratamento individualizado, que permite identificar o que está prejudicando a sua construção do saber. Os professores que trabalham com estes alunos nas aulas de apoio, mantém contato direto com o professor regente de classe do aluno que, assim que apresenta melhora em seu desenvolvimento, é desligada da atividade. As disciplinas da Sala de Apoio são Língua Portuguesa e Matemática, consideradas basilares para a compreensão das demais disciplinas do currículo. SAREH O Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar, objetiva o atendimento educacional aos alunos que se encontram impossibilitados de freqüentar a escola em virtude de 54 situação de internamento hospitalar ou tratamento de saúde, permitindo-lhes a continuidade do processo de escolarização, a inserção ou a reinserção em seu ambiente escolar. No Colégio Zardo, inúmeros alunos recebem a orientação e o acompanhamento. Os professores preparam as atividades e são encaminhados aos alunos por meio das famílias. A avaliação é feita mediante a correção dos trabalhos encaminhados, de acordo com o cronograma estipulado pelos professores e Equipe Pedagógica. O controle e o acompanhamento geral cabem à Equipe Pedagógica. PATRULHA ESCOLAR A Patrulha Escolar Comunitária é a alternativa inteligente que a Polícia Militar do Paraná encontrou para assessorar as comunidades escolares na busca de soluções para os problemas de segurança encontrados nas escolas. Problemas esses que se faziam presentes em quase todos os estabelecimentos de ensino e que em uns, mais que em outros, determinavam comprometimento na segurança dos alunos, professores, funcionários e instalações dos estabelecimentos. Para tanto, a Patrulha Escolar organiza seus trabalhos em cinco etapas: • Análise das instalações físicas com orientações em sua estrutura e utilização que possam proporcionar a segurança das pessoas que freqüentem o estabelecimento; • Diagnóstico da realidade própria de cada comunidade escolar através da aplicação de dinâmicas aos pais, professores, funcionários e alunos de cada escola, que ao final indicará o compromisso de cada segmento e determinará o plano de ação e o plano de palestras necessário para a mudança da realidade encontrada ao início dos trabalhos; • Concretização do plano de ação, pela comunidade escolar; • Concretização do plano de palestras pela PMPR e SEED; • Elaboração do Plano de Segurança por comissão representativa de todos os segmentos da comunidade escolar, descrevendo e registrando todas as providências tomadas para se atingir as melhorias que o foram ao final dos trabalhos; A participação efetiva de todos as autoridades locais juntamente com a comunidade escolar nas reflexões sobre a realidade não desejada, as soluções para mudanças e o compromisso de cada um para juntos se chegar à realidade projetada é a retomada para a conquista do sentimento de segurança e das rédeas do crescimento social. O processo educativo deve ser constante e certeiro para que os resultados sejam satisfatórios. Por isso, a Patrulha Escolar Comunitária acontece de acordo com o ritmo e as características de cada Comunidade Escolar. FICA O Programa Mobilização para a Inclusão Escolar e a Valorização da Vida foi concebido pela Secretaria de Estado da Educação, em parceria com o Ministério Público. Seu objetivo maior é garantir que nenhuma criança fique fora da escola, impedindo que os números da evasão escolar, motivada por vários fatores históricos, sociais e mesmo educacionais, continuem a crescer no Paraná em proporções alarmantes. O combate à exclusão escolar é um compromisso não só dos educadores ou do Estado, mas de toda a sociedade. Para que tenhamos êxito nessa iniciativa, estamos propondo a criação de uma Rede de Inclusão, de modo a reunir agentes e instituições que se 55 comprometam a investigar as causas do problema e, com base em diagnósticos precisos, buscar soluções para eliminar as dificuldades enfrentadas por um contingente expressivo de crianças e jovens e suas famílias, para manter em curso regular a sua educação. Essa política pública, tão necessária para a formação educacional e para a valorização da vida, institui o Fica – Ficha de Encaminhamento do Aluno Ausente. Os objetivos gerais do programa são criar uma rede de enfrentamento à evasão e exclusão escolar e promover a inserção no sistema educacional (Rede Estadual de Educação Básica do Paraná) das crianças e dos adolescentes que tenham sido excluídos, por evasão ou por não acesso à escola. No Colégio Zardo, organizamos todo um sistema de informação para verificar quais são os motivos de evasão, bem como utilizar-se de todas as formas para ter o aluno em sala de aula, estudando. Periodicamente é feito a conferência com os professores e, mesmo com os alunos da turma, sobre quem não está freqüentando e por quais motivos. Inclusive, há um sistema de contato com a família por meio de telefonemas. CELEM O CELEM é o Centro de Língua Estrangeira Modernas. É uma oferta extracurricular e gratuita de ensino de línguas estrangeiras. O CELE promove o conhecimento da cultura das etnias formadoras do povo paranaense, bem como o aperfeiçoamento cultural e profissional dos alunos. Seu funcionamento é acompanhado pelo Núcleo RegionaL de Educação – NRE, que por sua vez atendem as orientações emanadas do CELEM/SEED. No Colégio Zardo são 3 turmas de Espanhol e 3 turmas de Inglês. A Equipe Pedagógica está empenhada em organizar o Plano de Trabalho Docente de cada língua, bem como o acompanhamento geral das atividades previstas para o CELEM. APOIO AO USO DE TECNOLOGIAS Existe no NRE uma equipe que é responsável pela formação dos professores no uso das tecnologias. Na formação continuada essa política contempla a inclusão sociodigital no contexto de integração das mídias web, televisiva e impressa, aqui compreendidas como Tecnologias de Informação e Comunicação, dando ênfase ao diálogo entre os educadores em formação e aqueles que a oportunizam. Seus principais objetivos são: contribuir para formação continuada dos profissionais da Educação Básica e na implementação de tecnologias na prática pedagógica em âmbito escolar; oportunizar nas ações de assessoria as relações de comunicação entre educadores em torno do objeto cognoscível-tecnologia na educação, buscando a apropriação do uso de recursos tecnológicos em sala de aula técnica e pedagogicamente; buscar o desenvolvimento da cultura de uso e produção colaborativa em comunidades de aprendizagem virtuais e/ou presenciais e ter na integração das mídias web, televisiva e impressa, bem como, na relação de “novos” e “antigos” recursos tecnológicos, suportes à prática docente. FERA COM CIÊNCIA O Projeto Festival de Arte da Rede Estudantil (FERA) e o Projeto Educação Com Ciência se configuraram, nos últimos anos, como atividades integradoras de grande expressão educacional. 56 O Projeto FERA, desde seu lançamento em 2004, mobilizou milhares de estudantes, professores, artistas e representantes da comunidade em suas atividades artístico-culturais. Em todas as etapas, o Festival alcançou seus objetivos de propiciar o enriquecimento na formação de alunos e professores e o aprimoramento da expressão de sua criatividade. Da mesma forma, o Projeto Educação Com Ciência ofereceu aos estudantes paranaenses, em todas as suas edições, a oportunidade de divulgação de trabalhos de natureza científica e tecnológica, incentivando a curiosidade e a pesquisa. Ambos os Projetos, programas pioneiros na Educação do Paraná, estimularam o aprendizado de conteúdos curriculares e a produção cultural e despertaram na comunidade educacional o interesse pela cultura, pela arte e pela ciência, fortalecendo-a para estender o conhecimento adquirido a todos os domínios da vida. Por tudo isso, levando em conta os resultados significativos dos projetos, e buscando avanços ainda maiores, em 2008, a Secretaria de Educação do Paraná propôs a integração desses dois grandes projetos educacionais, passando o novo projeto a se chamar FERA COM CIÊNCIA. VIVA ESCOLA O Programa Viva a Escola visa a expansão de atividades pedagógicas realizadas na escola como complementação curricular, vinculadas ao Projeto Político-Pedagógico, a fim de atender às especificidades da formação do aluno e de sua realidade. As atividades pedagógicas de complementação curricular têm os seguintes objetivos: • Dar condições para que os profissionais da educação, os educandos da Rede Pública Estadual e a comunidade escolar, desenvolvam diferentes atividades pedagógicas no estabelecimento de ensino no qual estão vinculados, além do turno escolar; • Viabilizar o acesso, permanência e participação dos educandos em atividades pedagógicas de seu interesse; • Possibilitar aos educandos maior integração na comunidade escolar, fazendo a interação com colegas, professores e comunidade. • O Programa compreende quatro núcleos de conhecimento: • Expressivo-Corporal: esportes, jogos, brinquedos e brincadeiras, ginástica, lutas, teatros, danças; • Científico-Cultural: história e memória, cultura regional, atividades literárias, artes visuais, músicas, investigação científica, divulgação científica e mídias; • Apoio à Aprendizagem: Centro de Línguas Estrangeiras Modernas; Sala de Apoio à Aprendizagem; Ciclo de Básico de Alfabetização; Sala de Recursos; Sala de Apoio da Educação Escolar Indígena; • Integração Comunidade e Escola: Fórum de estudos e Discussões; Preparatório para o Vestibular. No Colégio Zardo, há duas atividades do Viva a Escola: Pintura em tela e Dança de salão, ambas conduzidas por professores de Artes. As aulas que acontecem pela manhã são de Pintura e atendem alunos da tarde e pela tarde são atendidos os alunos da manhã matriculados no curso de Dança de salão. 57 PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ O Programa de Qualificação Profissional para o Adolescente Aprendiz visa atender adolescentes, de ambos os sexos, com idade entre 14 a 18 anos incompletos que estejam cumprindo medidas sócio-educativas ou beneficiados com remissão. Os mesmos recebem qualificação profissional em serviços administrativos. É uma ação integrada entre a Secretaria de Estado da Educação / Departametno de Educação e Trabalho e Secretaria de Estado da Criança e Juventude, sendo desenvolvido em 13 municípios, dentre eles o município de Curitiba. PROFUNCIONÁRIO O Departamento de Educação e Trabalho é responsável pela Política de Formação Técnica dos Profissionais da Educação segmento Funcionários - ProFuncionário, por meio dos cursos técnicos de nível médio do Eixo Tecnológico de Apoio Educacional. O Eixo Tecnológico Apoio Escolar compreende atividades relacionadas ao planejamento, execução, controle e avaliação de funções de apoio pedagógico e administrativo em escolas públicas, privadas e demais instituições. Tradicionalmente são funções que apóiam e complementam o desenvolvimento da ação educativa intra e extra escolar. Esses serviços de apoio educacional são realizados em espaços como secretaria escolar, bibliotecas, manutenção de infra-estrutura, cantinas, recreios, portarias, laboratórios, oficinas, instalações esportivas, almoxarifados, jardins, hortas, brinquedotecas e outros espaços requeridos pela educação formal e não formal. • Curso Técnico em Alimentação Escolar • Curso Técnico em Biblioteconomia • Curso Técnico em Infra-Estrutura Escolar • Curso Técnico em Multimeios Didáticos • Curso Técnico em Secretaria Escolar 2.5. UM OLHAR SOBRE O COTIDIANO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO: A ESSÊNCIA DA AÇÃO EDUCATIVA Nesse item de nosso PPP, optamos por descrever suscintamente as ações especificamente pedagógicas que estão em torno da prática docente diariamente. Cada temas abordados se desdobra em inúmeros outros aspectos, sendo aqui exposto apenas o tema de relevância maior. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR A proposta Curricular é um documento que traça estratégias que visam nortear o trabalho do professor e garantir a apropriação do conhecimento pelos estudantes do Colégio Zardo. A sua elaboração se baseia nas Diretrizes Curriculares Estaduais e os princípios democráticos que fundamentaram a construção da proposta solicitam, dos professores, o engajamento para uma contínua reflexão sobre a proposta pedagógica. 58 O documento será reconstruído e, além das partes obrigatórias, também apresentará a Tabela de Conteúdos Básicos. Os conteúdos são organizados por série e são tomados como ponto de partida para a elaboração do Plano de Trabalho Docente. Na parte inicial, anterior à descrição de cada disciplina, serão apresentados a Identidade do Ensino Fundamental, Médio e Profissional, os Desafios Educacionais Contemporâneos, a Educação Especial, a História e Cultura Africana e Afro-Brasileira, a História e Cultura dos povos Indígenas, bem como a fundamentação teórica baseada nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná. As Diretrizes Curriculares servirão de base para a construção da Proposta Pedagógica Curricular pois trata-se de um documento oficial que contou com a participação de todas as escolas e Núcleos Regionais de Educação do Estado, e faz ressoar nela as vozes de todos os professores das escolas públicas paranaenses. É um documento que traça estratégias que visam nortear o trabalho do professor e garantir a apropriação do conhecimento pelos estudantes da rede pública. Os mesmos princípios democráticos que fundamentaram a construção das Diretrizes solicitam dos professores, o engajamento para uma contínua reflexão sobre este documento, para que sua participação crítica, constante e transformadora efetive, nas escolas de todo o Estado, um currículo dinâmico e democrático. As diretrizes devem, enfim, ser tomados como ponto de partida para a organização da proposta pedagógica curricular de nossa escola. DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS Os Desafios Educacionais Contemporâneos são demandas que possuem uma historicidade, por vezes fruto das contradições da sociedade capitalista, outras vezes oriundas dos anseios dos movimentos sociais e, por isso, prementes na sociedade contemporânea. São de relevância para a comunidade escolar, pois estão presentes nas experiências, práticas, representações e identidades de alunos e professores. Buscando oferecer um suporte às escolas para o enfrentamento destas questões, existe uma Coordenação na SEED e no NRE que concentra seus trabalhos em três eixos: formação continuada dos profissionais da educação, produção de material de apoio didático-pedagógico e ações interinstitucionais. Assim, inserida nos conteúdos das diferentes disciplinas do currículo, contempladas no Projeto Político-Pedagógico, muito além de uma simples pedagogia de projetos (pautada por ações esporádicas e pontuais), a abordagem pedagógica desses assuntos, a partir dos conteúdos escolares e da apropriação dos conhecimentos sistematizados, visa propiciar o resgate da função social da escola. Visando superar estas dificuldades, a Coordenação tem, em dois anos de existência, propiciado aos profissionais da educação da rede estadual, momentos de formação continuada por meio dos grupos de estudos, simpósios, oficinas, conferências, encontros, fóruns, entre outros, bem como trabalhado na produção de materiais de apoio didático-pedagógico, a exemplo da Série Cadernos dos Desafios Educacionais Contemporâneos, lançado em 2009. Os assuntos abordados como desafios são: Cidadania e Educação Fiscal, Educação em/para os Direitos Humanos, Educação Ambiental, Enfrentamento à Violência na Escola, História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, Prevenção do Uso Indevido de Drogas e Sexualidade. PLANO DE TRABALHO DOCENTE O planejamento do processo ensino-aprendizagem, quando realizado coletivamente pelos professores, transforma-se numa oportunidade de (re)elaboração da proposta curricular. Considerando que, na escola, o tempo previsto para o planejamento das atividades docentes é, 59 geralmente, de poucas horas, elaborar em um curto período algo novo requer método e empenho. O planejamento coletivo do trabalho docente permitirá, também, a discussão sobre metodologias e procedimentos didáticos e, principalmente, sobre avaliação e seus instrumentos. A leitura das propostas de cada professor se constituirá num momento de troca de experiências, de aprendizado e de enriquecimento de cada plano. O planejamento do trabalho docente, quando realizado isoladamente ou por disciplina, corre o risco de se restringir à repetição de uma proposta já existente, perdendo-se, assim, a oportunidade de recriá-la. Isso, com o correr do tempo, leva o professor a desacreditar em planejamento, a ver nessa atividade apenas uma obrigação burocrática. São elementos do Plano de Trabalho Docente: Conteúdos - Distribuir os conteúdos, por bimestre, definindo: Conteúdos estruturantes / Conteúdos básicos / Conteúdos específicos. Justificativas / Objetivos - Explicita a escolha dos conteúdos estruturantes, básicos e específicos. Expressa concepção (opção política, educativa e formativa), ou seja, a intencionalidade do trabalho com o conteúdo. Começa com o verbo no infinitivo; identificar, analisar, compreender, realizar... Encaminhamentos Metodológicos e Recursos Didáticos - Trata-se do processo de investigação teórica que pauta a ação prática, identificando o conjunto de determinados princípios e recursos que serão utilizados pelo professor para chegar aos objetivos propostos. É o passo-a-passo da aula, a forma com que o conteúdo será trabalhado e quais materiais serão utilizados. Avaliação – Sistema de Avaliação: o que está definido para toda a escola. Descrever que haverá trabalho de 3,0 pontos, Atividades de 2,0 e Avaliação individual de 5,0. Instrumentos de Avaliação: todo tipo de material que será utilizado para avaliar a aprendizagem: provas, tarefas, apresentação de trabalho, mostra, exposição, passeio, caderno, produção de material. Critérios de avaliação: critérios definem os propósitos e a dimensão do que se avalia. Para cada conteúdo precisa-se ter claro o que dentro dele se deseja ensinar, desenvolver e, portanto, avaliar. Os critérios de avaliação refletem as formas previamente estabelecidas para se avaliar um conteúdo. Verbos nos presente: o aluno analisa, compreende, realiza. Recuperação de Estudos: é a forma de como se dará a retomada do conteúdo não aprendido, lembrando sempre que a recuperação não deve ser do instrumento (prova, trabalho, atividade), mas sim do conteúdo. Referências Bibliográficas - as referências permitem perceber em que material e em qual concepção o professor vem fundamentando seu conteúdo. Apontar o livro didático utilizado, as Diretrizes, O PPP, a PPC e os demais materiais. Ex.: SOBRENOME, Nome. Nome do livro. Editora, ano. REGIMENTO ESCOLAR O Regimento Escolar é um instrumento fundamental para a organização pedagógica e administrativa do colégio. Nele evidenciam-se o compromisso dos profissionais que vivenciam a realidade escolar e as peculiaridades do colégio. O processo de construção do Regimento Escolar propicia o aperfeiçoamento da qualidade da educação, ao definir a responsabilidade de cada um dos segmentos que compõem a instituição escolar, e ao buscar garantir o cumprimento de direitos e deveres da comunidade escolar. O Regimento Escolar, por fim, deve assegurar a gestão democrática da escola, possibilitar a qualidade do ensino, fortalecer a autonomia pedagógica, valorizar a comunidade escolar, 60 através dos colegiados e, efetivamente, fazer cumprir as ações educativas estabelecidas no Projeto Político-Pedagógico da escola. Para 2009, é pretensão encaminhar modificações, por meio de adendos, eliminando a Progressão Parcial e modificando o sistema bimestral para trimestral. O regimento vigente foi homologado em 2007. AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS A avaliação escolar, também chamada avaliação do processo ensino-aprendizagem ou avaliação do rendimento escolar, tem como dimensão de análise o desempenho do aluno, do professor e de toda a situação de ensino que se realiza no contexto escolar. Sua principal função é subsidiar o professor, a equipe pedagógica e o próprio sistema no aperfeiçoamento do ensino. Desde que utilizada com as cautelas previstas e já descritas em bibliografia especializada, fornece informações que possibilitam tomar decisões sobre quais recursos educacionais devem ser organizados quando se quer tomar o ensino mais efetivo. É, portanto, uma prática valiosa, reconhecidamente educativa, quando utilizada com o propósito de compreender o processo de aprendizagem que o aluno está percorrendo em um dado curso, no qual o desempenho do professor e outros recursos devem ser modificados para favorecer o cumprimento dos objetivos previstos e assumidos coletivamente na Escola, em especial na Proposta Curricular e em cada Plano de Trabalho Docente. Os Instrumentos de Avaliação mais utilizados no Colégio Zardo são: prova escrita, trabalho de pesquisa, textos/relatórios, apresentações/relatos, observação direta do desempenho do aluno, auto-avaliação e desempenho geral nas atividades proposta pelo professor, em diferentes situações de aprendizagem. Um Critério pode ser definido como um parâmetro de qualidade estabelecido para o julgamento de ações e de produtos realizados. Por exemplo: precisão, clareza, coesão, rapidez, criticidade e complexidade a partir dos quais o desempenho do aluno será avaliado. Para isto, será necessário definir, previamente, um ou mais padrões de desempenho do aluno no desenvolvimento da competência e a organização de situações que lhe permitam demonstrá-la. Cada professor tem definido os critérios, de acordo com os objetivos previstos para cada conteúdo. Vale ressaltar que, para sistematizar e, especialmente, organizar práticas avaliativas mais justas e coerentes, definiu-se a Semana de Avaliação em cada bimestre (onde os alunos realizam provas de todas as disciplinas, exceto, Artes, Educação Física e Ensino Religioso). Quanto a recuperação de estudos, que diz a respeito que é direito daqueles que não conseguiram aprender com os métodos adotados pela escola, em um determinado tempo, terão uma nova oportunidade de aprender o conteúdo que o mesmo não teve aproveito. As atividades de recuperação ocorrerão concomitante com as atividades realizadas pelo professor, como nova oportunidade de aprender e refazer / realizar as atividades solicitadas. De acordo com a LDB em seus incisos IV e IX do art. 3º, a escola deve ter uma tolerância conjunta com os educadores com aqueles alunos que algum momento do processo de ensino aprendizagem tiveram algum tipo de dificuldade de aprendizado. Temos que levar em consideração de que os alunos são seres humanos e de repente em algum momento da fase de ensino aprendizagem, eles não se adaptaram com a forma de ensino rotineiro empregado pelo educador, sendo assim o professor deverá em conjunto com a escola desenvolver algum método para acolher estes alunos com problemas. Ao referir se aos docentes a lei recomenda aos estabelecimentos de ensino "prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento" (inciso V do art. 12), e aos docentes que devem zelar pela aprendizagem dos alunos inciso III do art. 13. Também deve se estabelecer estratégias de recuperação dos alunos com menor rendimento. 61 Por isso, no Colégio Zardo, tem-se organizado vários meios para que o aluno atinja o objetivo, dentre eles a semana de recuperação de estudos em cada bimestre do ano letivo. CONSELHO DE CLASSE O Conselho de Classe é um órgão colegiado, presente na organização da escola, o qual reúne periodicamente os vários professores das diversas disciplinas, juntamente com a Direção e Equipe Pedagógica para refletirem conjuntamente e avaliarem o desempenho pedagógico dos alunos das diversas turmas. A preocupação do Conselho é dinamizar a gestão pedagógica. O Conselho de Classe é parte do processo de Avaliação e tem algumas características que o diferem dos demais órgãos colegiados que são a participação direta dos profissionais, a organização interdisciplinar e a centralidade da Avaliação escolar como foco de trabalho na instância Constitui-se, basicamente em 3 momentos: Pré Conselho, Conselho de Classe e Pós Conselho. Pré-conselho: O Pré-conselho são as ações que dizem respeito à aprendizagem do aluno e se caracteriza pelos registros em pasta individual do aluno, acompanhamento de notas, desempenho e rendimento, conversas sistematizadas com os alunos e professores (na Horaatividade), registros em Livro de Ocorrência, de ações e de encaminhamentos realizados ao longo do Bimestre. Conselho de Classe: É o momento em que professores, Equipe Pedagógica e Direção reúnem-se para verificar se os objetivos, processos, conteúdos e avaliação estão coerentes com o referencial do trabalho pedagógico da escola. A intenção preponderante nesse momento é definir juntos o que será feito para atender as necessidades de mudança, o (re) direcionamento dos aspectos levantados no diagnóstico das turmas (Pré-conselho) e a sistematização das ações pedagógicas. No momento do Conselho de Classe, o perfil do aluno (de acordo com a percepção do professor não é a questão que mais interessa). Por isso, alguns termos / rótulos são desnecessários, como: descompromissado, irresponsável, não controlável, imaturo, barulhento, desinteressado, desatento, instável, não reconhece a autoridade do professor, conversador, muito fraco, deixa a desejar, desrespeitoso, apático, tímido, participativo, não tem capacidade, dispersivo, regular, desmotivado, agitado, desordenado, bagunceiro, impossível de se controlar, desconcentrado, fraco, precisa de orientação, debochado, eufórico, inquieto, influenciável, péssimo, infantil, alegre demais, resistente, figurante, prepotente, hiperativo, chato, mau educado, etc. Quando o Conselho de Classe enfatiza muito esse tipo de descrição, acaba tendo um caráter comportamentalista, sendo usado como uma espécie de “caça às bruxas”. “Chamar os pais” como único tipo de encaminhamento pode acabar em “cortina de fumaça” para camuflar os problemas concretos de aprendizagem. As falas do professor sobre os alunos devem incidir sobre os aspectos que condicionam a aprendizagem e não a rótulos estereotipados com visões deterministas, inatistas ou ambientalistas. Sabe-se o quanto é complicado reconhecer que em alguns casos a dificuldade de aprendizagem pode ser expressão da metodologia adotada pelo professor. Mesmo assim, em muitos casos, é necessário rever as práticas para que o trabalho com os conteúdos seja eficiente. Nesse sentido, faz-se necessário refletir se a não aprendizagem apenas incide em responsabilizar o aluno. Nos momentos das reuniões do Conselho de Classe, as mesmas serão secretariadas e atadas pelo secretário da escola, resguardando seu caráter pedagógico. Como critério principal, no dia do Conselho não haverá aula para os alunos e os professores farão um comentário geral da turma (indicando avanços e retrocessos) para, em seguida, apresentar o desempenho e o rendimento de cada um dos alunos da turma (apresentando quatro características principais: problemas de faltas às aulas, problemas de indisciplina e displicência, recusa em realizar as 62 atividades e dificuldades de aprendizagem). Posteriormente, o grupo define o encaminhamento para cada situação: acionar família, encaminhar para a FICA, conversar com Equipe Pedagógica, mudar metodologia de trabalho ou realizar encaminhamento geral com a turma). Pós-conselho: Esse é o momento de retomada dos conteúdos por parte do professor e da metodologia de ensino. Também são realizadas as orientações aos alunos (individual ou coletivamente), encaminhamentos às famílias e elaboração dos gráficos de desempenho e rendimento. Para sistematizar, organizar e melhorar estratégias e o processo de ensinoaprendizagem, após a realização de cada Conselho de Classe, será solicitado ao professor mais algumas informações. Por exemplo, será solicitado pelo professor o preenchimento da Ficha de Acompanhamento do Conselho de Classe mediante a elaboração do gráfico de desempenho e rendimento de cada turma do professor. Caberá a ele escrever os motivos dos índices abaixo da média, bem como quais as realizações que vai efetuar para melhorar tais índices. ALUNOS E PROFESSORES MONITORES DE TURMA Alunos e Professores Monitores de turma são a “ponte” entre a turma, demais professores e a Equipe Pedagógica. Os Alunos Monitores foram escolhidos pelos professores, levando em consideração os seguintes requisitos (perfil do aluno): aplicação nos estudos, disciplina, facilidade de comunicação, assiduidade, diplomacia no trato com pessoas e hábitos e atitudes educativas. Cada professor escolhe com seus próprios critérios (ou os da Equipe Pedagógica) qual turma pretende monitorar. Com o objetivo de auxiliá-los na gerência do aluno-monitor, indicamos algumas tarefas que poderão ser acrescidas de outras desde que não infrinjam o Regulamento Interno do Colégio: • Promover interação na turma; • Ajudar a organizar a sala de aula com equipamentos que serão utilizados durante a aula; • Transmitir avisos; • Entregar atividades à turma; • Recolher atividades e trabalhos; • Devolver tarefas corrigidas; • Encaminhar alunos para a Orientação, quando houver indicação dos professores; • Buscar informações com a Orientação na falta de professores para em seguida encaminhar a turma para o pátio; • Auxiliar na disciplina na ausência do professor; • Informar o professor representante quando um colega de classe está faltando constantemente ou quando algum colega está doente; Mensalmente, alunos monitores e pedagogos participam de uma reunião. O aluno monitor encaminhará as sugestões da turma nas reuniões de monitores, procurando trocar idéias com os outros colegas monitores, para melhoria e aperfeiçoamento do desempenho de cada um e do trabalho conjunto, discutindo e sugerindo sugestões para os problemas da turma e dos problemas gerais da escola. A reunião de monitores será também um espaço para discussões e trocas de idéias para organização de eventos esportivos e culturais. O resultado de cada reunião será afixado no mural. 63 LIVRO DE REGISTRO DE CLASSE O livro de Registro de Classe é o documento oficial da escola, e não do professor; o mesmo deve permanecer na Secretaria Escolar, de forma a garantir sua consulta, quando necessária, para comprovação de atividades escolares realizadas e resguardar direitos de docentes e discentes. O livro de Registro de Classe é forma oficial e única para o registro da freqüência, do aproveitamento e dos conteúdos ministrados na Rede Estadual de Ensino. Cabe aos Pedagogos orientar e acompanhar periodicamente o preenchimento desse importante documento. No Colégio Zardo, os livros são vistados bimestralmente. O visto é feito por meio da Ficha de Acompanhamento do Livro de Registro, onde constam os itens que necessitam de observação e/ou correção pelo professor, se for o caso. ESTÁGIOS O Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam freqüentando o ensino regular, em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos. O estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além de integrar o itinerário formativo do educando e visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho. De acordo com a Lei nº 11.788 de 25/09/2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes, são obrigações das instituições de ensino, em relação aos estágios de seus alunos: • celebrar termo de compromisso com o educando ou com seu representante ou assistente legal, quando ele for absoluta ou relativamente incapaz, e com a parte concedente, indicando as condições de adequação do estágio à proposta pedagógica do curso, à etapa e modalidade da formação escolar do estudante e ao horário e calendário escolar; • avaliar as instalações da parte concedente do estágio e sua adequação à formação cultural e profissional do educando; • indicar professor orientador, da área a ser desenvolvida no estágio, como responsável pelo acompanhamento e avaliação das atividades do estagiário; • exigir do educando a apresentação periódica, em prazo não superior a seis meses, de relatório das atividades; • zelar pelo cumprimento do termo de compromisso, reorientando o estagiário para outro local em caso de descumprimento de suas normas; • elaborar normas complementares e instrumentos de avaliação dos estágios de seus educandos; • comunicar à parte concedente do estágio, no início do período letivo, as datas de realização de avaliações escolares ou acadêmicas. O plano de atividades do estagiário, elaborado em acordo das 3 (três) partes será incorporado ao termo de compromisso por meio de aditivos à medida que for avaliado, progressivamente, o desempenho do estudante. 64 É facultado às instituições de ensino celebrar com entes públicos e privados convênio de concessão de estágio, nos quais se explicitem o processo educativo compreendido nas atividades programadas para seus educandos. A celebração de convênio de concessão de estágio entre a instituição de ensino e a parte concedente não dispensa a celebração do termo de compromisso. ATENDIMENTO AOS PAIS Segundo a LDB (Lei de Diretrizes e Bases-Lei 9394/96) “A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana...”. No Colégio Zardo possui características similares quando o assunto é reunião de pais, visto realizar esse procedimento. As reuniões acontecem em geral em determinados períodos do ano, especialmente no fechamento dos bimestres, momento que marca a entrega de notas. Em linha geral, os pais dos alunos que obtiveram notas elevadas e que apresentam bom comportamento são parabenizados e os pais daqueles que não atingiram as médias estabelecidas pela escola e que não apresentam comportamento apreciado, são alertados quanto à falta de interesse e disciplina do filho. Diante desse panorama, temos algumas proposições mais abrangentes. Estamos organizando para a escola deve abrir espaços para solucionar ou pelo menos buscar alternativas para uma melhoria na realidade escolar do aluno. Queremos estabelecer parcerias entre a escola e os pais, para que haja uma condução positiva dos possíveis problemas, além disso, os professores devem compreender a realidade em que vive determinado educando, para que não venha fazer julgamentos precipitados a respeito do mesmo. Para atingir esse objetivo, estamos organizando as discussões sobre o PPP com os pais. Além disso, realizamos uma pesquisa com os alunos sobre a profissão dos pais; a intenção é convidar os pais para colaborar para as melhorias da escola. Portanto, temos três formas principais de atendimento aos Pais: Atendimentos individuais, quando comparecem espontaneamente ou são chamados por telefone, a fim de tratar casos específicos de seus filhos (comportamento, rendimento, desempenho). Atendimento coletivo, quando convocados para serem atendidos pelos professores, sobre desempenho e rendimento de seu filho e recepção dos boletins de nota. Atendimento coletivo por adesão quando são convidados a participar de alguma atividade: reunião de PPP, reunião específica de turma, etc. Nesse sentido, a reunião deve se focalizar, na troca de informações para que a partir desse ponto possa elaborar de forma conjunta uma solução, e que não se resuma somente em períodos de fechamento de notas, mas no decorrer de todo o ano. A educação deve ser instituída com a participação efetiva de pais e escola. As reuniões devem fazer parte da realidade escolar como algo harmonioso e um centro de soluções para vida escolar dos alunos. ATENDIMENTO AOS ALUNOS O atendimento aos alunos ocorre em vários momentos do cotidiano da Equipe Pedagógica. São inúmeras as razões pelas quais se torna necessário atender, conversar, orientar, solicitar, chamar atenção, prevenir. Esse atendimento acaba sendo uma espécie de apoio aos alunos, não apenas para acompanhamento do rendimento escolar e da freqüência, mas também quanto às relações 65 interpessoais do aluno com colegas e professores, seu interesse ou desinteresse pelas atividades e todas as outras questões que dizem respeito ao seu bem-estar e desenvolvimento intelectual e emocional. Tendo em vista a freqüência com que alunos devem ser atendidos, definimos algumas ações que cabem realmente ao Pedagogo. São elas: • Acompanhar o aluno no processo ensino-aprendizagem, relacionamento com a realidade social e profissional; visando ao seu • Conduzir o processo de sondagem de habilidades e interesses; • Provocar no aluno uma tomada de consciência das suas possibilidades e limites, favorecendo sua auto-estima, elemento imprescindível ao processo ensinoaprendizagem; • Participar do processo de avaliação e recuperação dos alunos; • Despertar no aluno o compromisso com a responsabilidade enquanto pessoa e cidadão; • Acompanhar o aluno em suas dificuldades, encaminhando-o a outros especialistas, sempre que se fizer necessário; • Favorecer o processo de integração Escola-Família-Comunidade; • Atender a família de alunos que apresentem problemas disciplinares e sempre que se fizer necessário; • Coordenar as reuniões com os alunos monitores de turma; • Realizar reuniões com os alunos para discutir problemas e buscar soluções para os problemas do cotidiano. • Acompanhar e garantir a continuidade dos estudos aos alunos vinculados ao SAREH, gestantes, prestando serviço militar, encaminhados pelo programa Liberdade Solidária, afastados por problemas de saúde, entre outros. Todos os atendimentos realizados são registrados na ficha individual do aluno ou no Livro de Ocorrências. Para os problemas ocorridos em sala de aula, para o qual o professor necessita de auxílio, este encaminha por escrito, em ficha própria, a descrição do que aconteceu e quais providência necessita. Caso seja necessário, poderão ser acionados: Família, Conselho Tutelar, Patrulha Escolar ou Conselho Escolar. ATENDIMENTO AO PROFESSOR Tendo em vista a necessidade de alguns ajustes no cotidiano do Colégio Zardo, ficam definidas algumas ações específicas (atribuídas ao pedagogo) para atendimento aos docentes. • Receber avaliações para vistar e encaminhar ao xerox; • Definir datas e horários para a reposição de aulas; • Mediar na organização de palestras, passeios e apresentações com alunos. • Esclarecimento sobre o livro de chamada; • Viabilizar ofertas de cursos para formação continuada; • As faltas dos alunos nos casos de 5 consecutivas e 7 alternadas deverão ser encaminhadas para a equipe, pela ficha de encaminhamento, devidamente completada. 66 • Em caso de indisciplina séria onde o professor não possa resolver no momento, também encaminhar através da ficha. • Se for situação muito grave e o professor não puder permanecer com o aluno na sala, encaminhar o mesmo com atividades, até que o problema seja solucionado. • Recepcionar e orientar o professor novo na escola; • Coordenar a seleção do professor monitor de turma e verificar o andamento de suas atividades com a turma; ENCONTROS PEDAGÓGICOS A escola deve ser um espaço de formação. Uma formação que amplie o compromisso de atender aos segmentos de ensino propostos, mas também atinja a formação continuada de professores. Afinal, os professores precisam de orientação! São muitas funções e responsabilidades que lhes competem: estudantes, conteúdos, pais, mães, parceiros de trabalho, sem falar em planejamento, avaliação, registros e reuniões com os pais e mães. Ações que exigem um pensar mais vagaroso, um olhar compartilhado e companheiro. Falar da prática em escola não é somente contar da rotina ou oferecer ilustrações, é falar sobre o currículo ou proposta da escola. Nesse sentido, as pedagógicas são excelentes instrumentos de discussão sobre os diferentes discursos pela escola. Durantes as reuniões de grupo, fala-se demasiadamente das práticas, muito no fazer, mas pouco se pensa sobre o pensar. algumas reuniões "falados" pensa-se As reuniões pedagógicas são responsáveis por formar um professor que fale com propriedade do que a escola pensa. Devem ser um espaço de debate e articulação clara entre as questões administrativas e as pedagógicas. É fundamental esclarecer quais são os aspectos que podem ser influenciados pelos dois campos para que se evitem discursos trocados e argumentos atravessados. Diante disso, faz parte de ações do Plano Geral da Escola dois tipos básicos de reuniões / encontros pedagógicos no Colégio Zardo: a. Reuniões semanais, toda terça-feira, da Direção, Equipe Pedagógica e Coordenadores dos cursos técnicos. b. Encontros Pedagógicos com os docentes, afim de discutir, definir e implementar as ações do cotidiano da escola, além do estudo de documentos pertinentes. GINCANA CULTURAL Com o intuito de promover a socialização e a integração de alunos, corpo docente e funcionários, a gincana cultural tem por objetivo um estudo e aprendizado de uma forma diferenciada além de arrecadar materiais para a Festa Junina. A gincana é realizada com provas escritas contendo os conteúdos das disciplinas de cada série para que assim possa envolver os conteúdos disciplinares e com provas esportivas, artísticas e culturais. Durante uma semana é realizado esta gincana, cada dia todas as turmas da mesma série ou, como no caso da tarde e da noite, onde houve a junção de todas as turmas de duas séries por dia. Cada turma é uma equipe e cada qual realiza as a competição das provas. A gincana é separada por turnos e durante cada período são realizadas várias provas ao mesmo tempo, para que todos os alunos possam participar e desfrutar dos conhecimentos adquiridos e da socialização. Para isso, existe um líder de cada equipe para que esteja sempre atento aos chamados da equipe organizadora para que sejam liberada as provas. Este líder 67 deve passar para a equipe as provas e decidir junto a equipe quem deverá participar de cada prova, para que todos os alunos participem. Dessa forma, para cada equipe (turma) o professor monitor também é responsável para orientá-lo, auxiliá-los e desenvolver as provas e as cestas e as informações repassadas pela equipe organizadora. A equipe organizadora que fica encarregada de organizar e criar as provas, o tempo de cada prova, a pontuação, organização, correção das provas culturais, a decisão de provas que envolvam juízes, jures, além de organizar para que todos os professores auxiliem e também participem das provas e da gincana em geral. Todos os professores auxiliam de alguma forma, como juízes, jurados, organizadores e monitores das equipes, além de participar da realização das provas onde são solicitados, criando assim um “elo” mais próximo do aluno. Entre as provas existentes na gincana, uma delas é a confecção de Cestas para serem concorridas no Bingo, no dia da Festa Junina. No final, a equipe organizadora faz a pontuação de todas as provas de todas as equipes e é premiado a equipe vencedora por período, com um passeio ou jantar ou jogo esportivo de boliche a ser pago pela APMF. FESTA JUNINA Com o objetivo de arrecadar fundos para melhoria do colégio, por meio da APMF é realizada uma Festa Junina e um Bingo. A festa é promovida para os alunos, pais e comunidade dentro do colégio com brincadeiras, pescaria e comidas típicas, além do tradicional Bingo das cestas (cestas confeccionadas na Gincana Cultural). Todos os professores e funcionários estão envolvidos e trabalham para esta grande festa em melhoria de nosso colégio. Existe uma equipe organizadora que auxilia a Direção na divisão de tarefas, na organização das prendas do bingo e em toda a estrutura da festa antecipadamente. E no dia da festa professores e funcionários trabalham conforme escala dividida pela equipe organizadora. A festa é realizada com grande número de participantes e os alunos encontram um espaço de descontração, diversão e socialização dentro do próprio colégio. INDISCIPLINA Diante das atuais circunstâncias de problemas envolvendo alunos, consideramos importante reforçar alguns pontos já discutidos, inclusive anexados ao material fornecido no início do ano. È de consenso que, em sala de aula o professor deve fazer valer a sua autoridade como docente, inibindo todo tipo de gozação e brincadeiras de mau gosto por parte dos alunos; como adulto maduro, deve conduzir o aluno em sua aprendizagem, visto que o mesmo age de acordo com o exemplo do mestre; O professor deve utilizar-se de meios pedagógicos e recursos didáticos que envolvam a turma como um todo, evitando que alunos fiquem com tempo ocioso; Para a aprendizagem significativa, deve-se evitar aulas expositivas como única estratégia de ensino ou excesso de cópia do quadro; Deve-se exigir que o aluno traga a matéria em dia, vistando periodicamente os cadernos; 68 Dialogar com a turma e manter firmeza nas decisões, demonstrando maturidade e domínio da classe e, lógico, de conteúdo; Não encaminhar à Equipe Pedagógica, casos simples, e que são da competência do professor resolver. Casos mais sérios devem ser encaminhados, por escrito, à Equipe Pedagógica na Ficha de Encaminhamentos; Quando se fizer necessário encaminhar aluno à Equipe Pedagógica, por motivo de indisciplina, o mesmo deverá levar atividades para resolver. Cabe ao Professor: • Fazer valer a sua autoridade como docente; • Utilização de recursos didáticos para envolver toda a turma; • Evitar aulas expositivas, com muita cópia do quadro; • Vistar os cadernos dos alunos, exigindo a matéria em dia; • Dialogar com a turma e manter firmeza nas decisões tomadas, evitando “bate boca” com alunos; • Não encaminhar à Equipe Pedagógica casos simples e que são da competência do professor resolver. • Registro da ocorrência no livro de chamada e encaminhamento do caso grave à Equipe Pedagógica. • Se necessário retirar o aluno de sala de aula por motivo de indisciplina, o mesmo deverá levar atividades para resolver. • Cabe à Equipe Pedagógica e Direção: • Conscientização do aluno através do conhecimento das regras internas; • Registro da ocorrência com a assinatura do aluno; • Aplicar advertência verbalmente na primeira ocorrência e por escrito na segunda; • Comunicar imediatamente a família, caso a ocorrência seja grave ou se o aluno é reincidente; • Comunicar a Direção do Colégio para as devidas providências: encaminhamento do relatório ao Conselho Tutelar. • Após exauridas as tentativas, reunir o Conselho Escolar para julgar o caso. 2.6. REGRAS DO COTIDIANO: LIMITES, SEGURANÇA, CLAREZA E POSSIBILIDADES Para que haja harmonia, consonância, trabalho coletivo, decisão articulada e linguagem única nas ações (evidenciando que isso não quer dizer a perda da autonomia ou particularidades na aço docente) optamos por estabelecer um conjunto de regras e normas para orientar o dia-a-dia do professor. Esse conjunto de normas foi amplamente discutido com o coletivo dos professores e cada decisão tomada passou por análise e aprovação de cada membro, justificando o caráter democrático e participativo da construção dessas normas. 69 2.6.1. REGRAS GERAIS AOS PROFESSORES Professor-monitor O professor-monitor é de suma importância para o aprendizado dos alunos, pois ao assumir uma turma, assume também uma forma específica de relacionamento entre professor e aluno, resolvendo conflitos e comunicando a direção e equipe pedagógica da escola sobre os encaminhamentos da turma. Deve-se, no entanto, compreender que nesta função há limites: não tentar fazer o papel da direção ou da equipe pedagógica, não instigar alunos contra professores e nem manipular os mesmos. O professor-monitor tem o papel de mediador junto a turma, diante de problemas que surgem no dia-a-dia. Quando tais problemas fogem da sua alçada, deve-se buscar auxílio junto à equipe pedagógica. Haverá reuniões com os professores-monitores afim de trocar idéias e repassar dicas para orientar e aconselhar os alunos. Também implementar um calendário das reuniões, bem como divulgar a pauta e as decisões com os alunos-monitores. Reuniões com alunos monitores Antes da realização da reunião com os alunos-monitores deverá ser feita uma reunião com os professores monitores para repassar a pauta. Tal medida se faz necessária porque os alunos comentam os assuntos da reunião e os professores não sabem do que se trata. Isso é um passo importante para que todos falem a mesma língua. Apresentação das provas para a equipe pedagógica Com antecedência de 15 dias, o professor deve apresentar uma cópia da prova para ser vistada. Esta é uma forma de acompanhar o trabalho do professor com o conteúdo e a avaliação, bem como o cumprimento do previsto no Plano de Trabalho Docente. Todas as provas do bimestre e de recuperação devem passar pela Equipe pedagógica. Cada prova deve conter questões diversificadas, sendo no mínimo 03 tipos de questões. Xerox de trabalhos e de provas/cabeçalhos Cada trabalho solicitado pelo professor deve ser deixado na Sala do xeróx. No roteiro deve conter o conteúdo a ser pesquisado, bem como as orientações gerais e critérios. Em cada bimestre, no mínimo 01 trabalho deve ser solicitado. Toda prova só será impressa se constar o cabeçalho padrão do colégio. O cabeçalho fica à disposição do professor no computador da sala dos professores e da equipe pedagógica, por email e na página web do colégio. Como fazer trabalhos seguindo normas da ABNT Dependendo do trabalho e do encaminhamento dado pelo professor, devem seguir as normas da ABNT. Em todo caso, todos os trabalhos escolares solicitados aos alunos devem ter capa e folha de rosto. O professor deve estabelecer o valor e deixar claro os critérios (por escrito) no roteiro do trabalho. Os professores devem exigir que, quando se tratar de pesquisa, todos os trabalhos devem seguir das normas da ABNT contidas na agenda escolar. A forma de ser entregue (manuscrito ou digitado) fica a critério do professor, sendo isso explicitado nas orientações. Cada item do trabalho deve ser avaliado, ou seja, atribuir nota a cada parte solicitada: capa, folha de rosto, introdução, desenvolvimento, conclusão, etc. O conteúdo do trabalho deve ser trabalhado pelo professor e cobrado na prova. Não permitir que alunos façam, durante a aula, o trabalho de outro professor/disciplina. Trabalhos e pesquisas Os trabalhos e pesquisas são importantes como forma de aprofundamento e continuidade do conteúdo ministrado em aula pelo professor. Não deve ser utilizado como forma de repor conteúdo, no caso do professor não “dar” tal conteúdo na sala de aula. 70 O professor deve fazer o encaminhamento de trabalhos e pesquisa com antecedência, de forma clara e objetiva durante suas aulas, repetindo quantas vezes forem necessárias para o entendimento dos alunos. O professor deve sugerir fontes de pesquisa. Caso o aluno não entregue o trabalho no prazo estipulado, a nota deve ser parcial, exceto se o mesmo apresentar atestado médico ou justificativa plausível de sua falta na data da entrega. Os trabalhos devem ser entregues apenas para o professor solicitante durante suas aulas, em hipótese alguma fora desse horário. Haverá, na sala de aula, um cronograma para serem anotadas as datas de entrega. Além da data padrão, uma segunda data será marcada para entrega atrasada. Sistema de avaliação O sistema de avaliação é simples e objetivo, válido para todas as disciplinas. A avaliação de cada bimestre terá valor 5,0. As atividades valem 2,0 pontos e o trabalho valerá 3,0 pontos. Biblioteca do professor Todos os livros do acervo deve ser catalogados. Um funcionário deve organizar o registro dos mesmos, bem como controlar o empréstimo e devolução. Se caso o professor extravie algum material, deverá repor ou pagar o custo. Uso DVD (Multimídia) Para uso do do DVD, aparelho de som ou datashow em sala de aula, a solicitação deverá ser feita com antecedência e registrado na pasta de controle, observando o turno. O controle remoto da TV Multimídia só poderá ser retirado pelo professor ou aluno monitor da turma. Falta do professor A falta do professor à aula só deve ocorrer com justificativa e atestado médico. Caso contrário, a falta constará no Boletim de Frequência. Deve-se organizar um relatório mensal de faltas. Cada vez que faltar, o professor deve comunicar a Equipe Pedagógica por telefone e os números de telefones dos professores devem ser atualizados, sempre que necessário. Se a falta é prevista (no caso de participação em cursos, eventos da SEED, simpósios, etc) o professor deve deixar atividades programadas para os alunos realizarem. Encaminhar para a Equipe pedagógica e para o aluno monitor. Orientar os alunos e informar o motivo da ausência. O professor que faltar terá a falta registrada no Livro ponto, também será feito o registro de atrasos ou saídas antecipadas. Reposição de aulas A reposição de aulas ocorrerá, sempre que necessário, no contra turno ou aos sábados. Os pais dos alunos serão informados, por escrito, incluindo a justificativa da reposição. Adiantamento de aulas Quando houver necessidade e disponibilidade do professor, porém, apenas no momento da hora-atividade. O adiantamento só ocorrerá mediante ajuste de horário do dia, nunca antecipando aula de dias subseqüentes. Nenhum professor poderá atender duas turmas simultaneamente. Preenchimento do livro registro de classe O professor deve atentar para as orientações prévias da Equipe pedagógica para que não preencham de maneira diferenciada ou diferente das orientações legais. A cada bimestre, ou sempre que necessário, a Equipe Pedagógica vistará os livros e apresentará relatório de adequações. As orientações para o preenchimento do livro de classe também permanecerão no mural. 71 É interessante o preenchimento de um “livro modelo” para conferência dos itens obrigatórios e das orientações gerais, bem como permanecer em Edital a Instrução sobre o preenchimento do mesmo. Hora-atividade É um momento em que o professor deve usar exclusivamente para práticas relacionadas as suas atividades profissionais: correção de provas, planejamento, elaboração de provas, atendimento de alunos e pais, entre outros. É um horário exclusivo do docente, não podendo ser exigido que o mesmo faça tarefas diferentes das descritas acima. O horário deve ser cumprido integralmente na escola, de acordo com a legislação vigente. Falta de aluno O aluno, faltando 5 vezes consecutivas ou 7 alternadas, será encaminhado para a Equipe Pedagógica e esta não deve demorar em tomar as devidas providências (ligação telefônica para a casa do aluno ou para os responsáveis e encaminhamento da FICA). Se o aluno faltar em dia de prova ou entrega de trabalho, deverá apresentar atestado médico, ou justificativa plausível, e procurar o professor para marcar nova data. Quando o aluno apresentar alguma justificativa de falta ao professor, este deve registrar no Livro de Registro e assinar o documento apresentado pelo aluno. Tal documento será, posteriormente, entregue à Equipe Pedagógica para arquivo na Ficha Individual do Aluno. Ficha de encaminhamento A cada caso que fuja da alçada do professor resolver em sala de aula, deverá ser encaminhado, por escrito, à Equipe Pedagógica. Quando o professor enviar esta ficha haverá um prazo para a resposta. Se o aluno for reincidente três vezes em algum problema, o responsável deverá ser informado. Casos em que o professor oriente o aluno particularmente deve ser registrado no Livro de Registro de Classe. Ida do professor para sala de aula O professor deve ser pontual na chegada à escola. Quando for para a sala de aula, levar tudo o que precisa, para não precisar sair. Caso aja necessidade de algum material, solicitar que seja apanhado pelo aluno-monitor. Saída antecipada da sala É absolutamente proibida a saída de alunos antes do sinal. Saída da sala de aula pelo professor O professor deve sair de sala de aula somente em extrema necessidade. Passaporte de saída da sala de aula pelo aluno O passaporte de saída de sala é um documento entregue a cada professor, como forma de permitir que o aluno se ausente por alguns minutos da aula. Usar sempre o passaporte quando o aluno sair da sala e não liberar o aluno na troca de professor. Se o aluno saiu por conta própria, deve ser registrado na ficha individual junto à Equipe pedagógica e em caso de reincidência, os responsáveis devem ser comunicados. Giz na sala de aula Nunca deixar giz em sala de aula, não jogar tocos de giz na lixeira da sala de aula, manter na caixa de giz, não deixar no quadro negro. Sempre apagar o quadro antes do término da aula. Se caso o quadro estiver com matéria do professor que o antecedeu, solicitar que um aluno apague-o, enquanto se faz a chamada. Uso do livro didático: distribuição e controle A distribuição e o controle do livro didático deve ser feito pela biblioteca da escola. 72 A Secretaria só expede documento ao aluno quando este fizer a devolução de todos os livros didáticos. Manter, na pasta individual do aluno, um lembrete de quais livros devem ser devolvidos. Cada livro terá um código e tal código será específico para cada aluno. Se o aluno perder, estragar ou rasurar o livro, deverá custear o conserto ou reposição. O professor deve avisar os alunos quando for usar o livro em sala. Realização de avaliações A avaliação bimestral que vale 5,0 pontos ocorrerá na Semana de Avaliação e de Recuperação. As provas seguem o padrão de ter um cabeçalho e no mínimo 03 tipos de questões com o devido valor de cada questão. No decorrer do bimestre são feitas atividades que valem 2,0 pontos e trabalhos que valem 3,0 pontos. A recuperação destes é concomitante. Perda de avaliação pelo aluno Se o aluno falta no dia da prova, deverá apresentar justificativa. Tal justificativa será assinada pelo professor e registrada no Livro de Registro de Classe. A realização da avaliação ocorrerá na aula seguinte do professor. Autorização da equipe pedagógica para entrega de trabalhos atrasados O trabalho entregue na data marcada será avaliado em 100% do valor do mesmo. Se algum trabalho for entregue na segunda data, o valor será menor, a critério do professor, exceto se for apresentada uma justificativa plausível. Aparelho celular, MP4 e afins O professor-monitor assume a responsabilidade de conscientizar o aluno quanto ao uso dos aparelhos eletrônicos. Não será proibido que o aluno traga para a escola, porém, é proibido o uso em sala de aula. A escola não se responsabiliza por perda ou furto de tais objetos. O uso fica restrito ao recreio. Negociar com os alunos o uso e o horário, desde que não atrapalhe sua concentração e atenção à aula. Chamada professor e aluno em sala de aula O horário para conversas com o professor deve ser estabelecido antecipadamente. No caso dos alunos, estes podem ser retirados da sala de aula, desde que seja pela Equipe pedagógica e com o consentimento do professor. Pessoas estranhas ao ambiente escolar ou outro aluno, em hipótese alguma, devem chamar alunos sem a expressa autorização. Pessoas estranhas ao ambiente escolar Toda pessoa não vinculada à escola deverá identificar-se na portaria, recebendo um crachá / autorização para adentrar ao recinto escolar. Por meio do telefone ou rádio, o porteiro comunica-se com a Secretaria ou Equipe Pedagógica. O porteiro deve indicar o setor correto ao visitante. Carteirinha estudantil O uso da carteirinha estudantil é obrigatório a todos os alunos (manhã tarde e noite). O controle de entrada e saída dos alunos fica centralizado no portão de entrada - Portaria. Ao chegar à escola, o aluno deposita a carteirinha na urna de sua turma. A devolução será feita ao final da 5ª aula, pelo professor. Passados 10min após o sinal, a carteirinha é recolhida pelo porteiro e o registro de atraso será feito na Pasta de Chamada e, havendo 03 atrasos, os responsáveis serão comunicados. Momento cívico O momento cívico é um atividade de suma importância no colégio e o momento ocorrerá, quinzenalmente, com o hino sendo executado no sistema de som interligado existente no colégio. 73 Na aula previamente agendada, o professor organiza seus alunos em posição de sentido, permanecendo ao lado da carteira, cantando o hino simultaneamente. A Bandeira Nacional será exposta à frente da sala. Organizar um calendário mensal de datas comemorativas. Atividades culturais As atividades culturais são momentos importantes de interação e integração de alunos, professores e comunidade. Devem-se estabelecer as regras claras de cada evento, sendo coordenadas por comissões previamente definidas. Todo o conjunto de regras e normas de cada atividade será divulgado no mural da sala dos professores e por e-mail. Reuniões mensais dos professores As reuniões mensais com os professores são muito importantes para atualização, interação e fluxo das informações. Devem ser previamente agendadas. Organizar reuniões por série. Evitar longos recados durantes o recreio dos professores. Excceto quando se tratar de assuntos urgentes. Critérios para conselho de classe Os critérios existentes para análise do desempenho do aluno são quatro: indisciplina e displicência, faltas excessivas, dificuldade de aprendizagem e não realiza as atividades. Como encaminhamento geral estão definidos quatro questões: FICA, chamamento da família, trabalho com a turma e conversa individual. Realizar um pré-conselho individual entre professor e equipe pedagógica, no qual o professor abordaria a sua disciplina em relação ao desempenho do aluno. Razões para chamada de pais Os pais serão acionados e convocados a comparecer na escola quando houver indisciplina de seu filho em relação a depredação do colégio e acompanhamento em sala, dificuldade de aprendizagem, faltas consecutivas, violência e não realização de tarefas e trabalhos propostos pelo professor. Trabalho específico com a turma (problemática) Primeiramente o professor-monitor realizará intervenção e conversas. Estabelecer regras claras e aceitas por todos da turma. Proporcionar palestras voltadas para a realidade daqueles alunos. Calendários de provas e recuperação Manter, bimestralmente, na sala de aula, um cronograma para ser agendado pelo professor as datas de avaliações, trabalhos e recuperação. Plano especial de estudos (Adaptação, dependência, SAREH e FICA) O Plano especial de estudos será ofertado para regularizar a situação escolar do aluno. São motivos para um Plano especial de estudos: problemas de saúde, problemas de saúde na família, aluno transferido do sistema por blocos ou trimestral ou semestral, entre outros. Ao aluno será oferecido documento no qual conta as atividades que deverá cumprir. Na sala dos professores haverá mural para expor a situação dos alunos. Gráficos de desempenho Bimestralmente será realizada a divulgação, por meio de gráficos, do desempenho geral de cada turma, em cada disciplina. Este material ajuda o professor a analisar o trabalho com a turma e auxilia os demais professores da turma de monitoria, cobrando um melhor desempenho da mesma. Repassar para o professor-monitor um gráfico por disciplina da turma. 74 Plano de trabalho docente O Plano de Trabalho Docente será padronizado em sua estrutura. Posteriormente, o PTD poderá ser inserisse no portal do colégio para acesso a todos os interessados (comunidade e professores). Proposta pedagógica curricular existe uma realização do plano de trabalho docente(parte relativa aos conteúdos) pelo grupo de professores de cada disciplina, no entanto, no decorrer do ano letivo, cada um trabalha os conteúdos a sua maneira, o que acabba gerando transtornos quando há remanejamento de aluno, havendo assim, a necessidade de um acompanhamento mais efetivo por parte da equipe pedagógica. PPP Construção coletiva, envolvendo todos os segmentos da escola. A maneira com está sendo construído está excelente, tendo em vista que todos os interessados (professores, funcionários, alunos e comunidade) estão participando do processo. Regimento escolar Todos devem seguir os preceitos e princípios estabelecidos no regimento escolar. As mesmas regras devem ser seguidas por todos os segmentos (aluno, professor e funcionário). O cotidiano da escola está regimentado no Regulamento Interno e no Projeto PolíticoPedagógico. Patrulha escolar Realizar um trabalho de prevenção através de palestras. Intensificar as visitas à escola e nos momentos do recreio. Atestados médicos Cumprir de acordo com a lei Passeios e aulas fora de sala de aula Quando o professor planejar aulas fora da sala de aula (passeio) a mesma deverá constar no Plano de Trabalho Docente. A Equipe pedagógica deverá ser comunicada, bem como um comunicado por escrito deverá ser encaminhado aos pais. Deverá ter uma autorização do responsável. Não promover visitas culturais ou estágios nas vésperas ou semanas de prova e aulas fora da sala de aula deverá ter objetivos bem estabelecidos para evitar dispersão e algazarra. Reunião de pais Promover com mais freqüência. Além das reuniões oficiais para entrega de boletins e Assembléias da APMF, também agendar reuniões de pais de turmas específicas. As reuniões são importantes porque os pais sentem-se parte do colegiado e conhecem melhor a realidade da sala de aula de seu filho. As reuniões oficiais para entrega de boletins serão realizadas aos sábados, na sala de aula, coordenadas pelos professores. Relacionamento professor / aluno O relacionamento entre professor e aluno deve ser de respeito. Oportunizar a opinião dos alunos, aproximar humanamente o professor do aluno (relação mestre-discípulo), entender que o professor não é o único detentor do conhecimento. Indisciplina de aluno Quando a indisciplina em sala de aula é geral, o professor deve rever seu método de aula. Em casos isolados, registrar ocorrência e encaminhar para a equipe pedagógica (se possível tentar resolver em sala diretamente com o aluno). 75 Procurar ajuda sempre q considerar necessário, recorrendo a outros professores, equipe pedagógica e literatura sobre o assunto. Encaminhamento à equipe pedagógica Encaminhar aluno à Equipe Pedagógica apenas nos casos de indisciplina grave, uso de materiais indevidos e quando os alunos não estiverem bem física ou psicologicamente. Encaminhar com o passaporte de autorização e / ou com a Ficha de encaminhamento. Registros e atas de ocorrência dos alunos Haverá um registro em ata dos casos mais graves em que tenha violência, ofensas ou fuja do controle da equipe da escola. 76 2.7. ÁRVORE DOS PROBLEMAS E ÁRVORE DAS SOLUÇÕES Como primeira atividade do PPP (atividade na qual utilizamos a Técnica “Tempestade de Ideias” e a qual chamamos de Árvore dos Problemas e Soluções), constituiu-se como o ponto de partida para desenvolver todo o processo. Na atividade citada, os professores, alunos, funcionários e pais, em seus respectivos grupos e em cronograma de datas e horários previamente organizados, foram incitados a escrever quais os problemas mais presentes no cotidiano da escola. Após discussões e pontos de vista, foram novamente provocados a escrever em quais situações do cotidiano os problemas são notados. Na seqüência, a tarefa foi escrever o inverso do problema, para sinalizar quais as soluções precisamos implementar. No momento em que escreveram o inverso do problema, foi possível verificar quais os objetivos a curto, médio e longo prazo a escola, como um todo, necessita articular. E finalmente, coube à Equipe Pedagógica articular os problemas para se tornarem as Necessidades e assim, conceber toda a discussão que resultou no texto do Marco Referencial, do Diagnóstico e a Programação. A seguir, cada uma das árvores construídas pelos grupos: 77 ÁRVORE DOS PROBLEMAS – PROFESSORES - MANHÃ FALTA DE RESPONSABILIDA DE DE ALUNO E PROFESSOR Professor ouvindo muitas reclamações sem sentido dos alunos Falta de capacitação real para domínio das tecnologias Baixos salários Professor que demora muitos a chagar / sair da sala Falta de motivação porque só há reclamações Desvalorização dos bons profissionais Falta de visão e informação relativas à Educação Estrutura das salas: quadro e cortinas do pavilhão 1 com problemas Falta de um banco de dados digital Barulho excessivo nos corredores Equipe pedagógica burocratizada FALTA DE COMPANHEIRIS MO Falha na comunicação FORMA DE TRATAMENTO ENTRE ALUNOS Sensação de impunidade dos alunos FALHAS NA APRENDIZAGEM Desmotivação dos alunos Desvalorização do público Alunos desatentos: sabotagem / distração / professor fala “grego”? Decadência do nível de conhecimento 78 ÁRVORE DAS SOLUÇÕES – PROFESSORES - MANHÃ RESPONSABILIDA DE COLETIVA DE ALUNO E PROFESSOR Ouvir os alunos com ética Capacitação e domínio das tecnologias Salário digno Chegada rápida dos professores na sala de aula Motivação e elogios, sem reclamações Valorização dos profissionais Divulgação oral e escrita das informações Reforma das salas Existência de um banco de dados digital Silêncio nos corredores Ação e eficiência da Equipe Pedagógica COLEGUISMO ENTRE PROFESSORES Comunicação interna eficaz RESPEITO MÚTUO ENTRE OS ALUNOS Punição dos alunos infratores de acordo com o Regimento REFORÇO NA APRENDIZAGEM Motivação dos alunos e acompanhamento dos pais na educação escolar Valorização do patrimônio público Alunos atentos: professor com linguagem acessível Resgate do nível de conhecimento 79 ÁRVORE DOS PROBLEMAS – PROFESSORES - TARDE VIOLÊNCIA VERBAL E FÍSICA ENTRE ALUNOS INDISCIPLINA Defasagem De conteúdos DESRESPEITO AO PATRIMÔNIO PÚBLICO Tabagismo Professores sem capacitação Ambientes da escola não utilizados (laboratórios) Falta de compromisso com a escola Não há linguagem única Falta de apoio Futuro incerto? 80 ÁRVORE DAS SOLUÇÕES – PROFESSORES - TARDE RESPEITO NA CONVIVÊNCIA ENTRE OS ALUNOS DISCIPLINA RESPEITO AO PATRIMÔNIO PÚBLICO Professores capacitados Domínio dos conteúdos pelos alunos Compromisso com a escola Combate ao tabagismo Ambientes da escola são utilizados (laboratórios) Linguagem única Apoio Futuro certo 81 ÁRVORE DOS PROBLEMAS – PROFESSORES – NOITE EXCESSO DE FALTAS DOS ALUNOS E PERDA DE INTERESSE Uso de drogas pelos alunos Indisciplina FALTA PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA Falha na comunicação Desvalorização do público FALTA DE COMPROMISSO PROFISSIONAL Falta de planejamento para dar aula FALTA DE RECONHECIMENTO DA HIERARQUI DA ESCOLA PELO ALUNO Diversidade de tratamento Número excessivo de alunos Gazetas de aula Necessidade de aulas mais dinâmicas Falta de inspetores Necessidade de capacitação específica para lidar com os problemas Dificuldade no uso das tecnologias Falta de estrutura Conivência do sistema com a falta de compromisso com os alunos Falta de requisitos básicos para a turma 82 ÁRVORE DAS SOLUÇÕES – PROFESSORES – NOITE Não uso de drogas pelos alunos Disciplina PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA Comunicação eficaz Desvalorização do público COMPROMISSO PROFISSIONAL Professor com planejamento de aulas INTERESSE E PARTICIPAÇÃO DOS ALUNOS RESGATE DE VALORES (RESPEITO) Igualdade nas regras de tratamento Número máximo de 40 alunos Presença do aluno em sala de aula Aulas dinâmicas Inspetores no pátio Cursos de capacitação para lidar melhor com os problemas Conhecimento do uso de tecnologias Estrutura adequada Não fazer “vistas grossas” com a falta de compromisso com os alunos Reforço escolar 83 ÁRVORE DOS PROBLEMAS – AGENTES EDUCACIONAIS I E II INFRAESTRUTU RA DEFICITÁRIA O local para guardar os objetos dos AE I é inadequado Não há mobília para manter em ordem as tarefas Não há banheiro na secretaria O acervo da biblioteca não é informatizado NÃO HÁ INTEGRAÇÃO ENTRE OS SETORES Falta comunicação interna entre os setores Não há fluxo das informações, das regras, dos e-mails, etc A Internet e o telefone são precários – sempre mudam ou funcionam precariamente Os AE’s não ficam sabendo de cursos, reuniões, informações do andamento da escola FALTA MAIS COMPROMETIMENTO Não cumprimento das regras e normas Postura profissional inadequada Fofocas Tratamento inadequado Os AE’s não são valorizados Alunos não reconhecem o trabalho dos AE’s Existem professores que não enxergam o AE II Falta funcionários para dar conta do trabalho Funcionários faltam ao trabalho e acumula serviço Falta respeito a maneira de cada um realizar seu trabalho FALTA COLABORAÇÃO PARA CONSERVAR O AMBIENTE O professor não exige que os alunos deixem as carteiras organizadas A mobília da sala fica fora do lugar Falta conservação Os alunos não ajudam a conservar a escola 84 ÁRVORE DAS SOLUÇÕES – AGENTES EDUCACIONAIS I E II INFRAESTRUTU RA ADEQUADA O local para guardar os objetos dos AE I é adequado Há mobília para manter em ordem as tarefas Há banheiro na secretaria O acervo da biblioteca é informatizado HÁ INTEGRAÇÃO ENTRE OS SETORES A comunicação interna entre os setores é eficiente As informações, as regras e os e-mails chegam a todos os interessados A Internet e o telefone funcionam de modo adequado Os AE’s ficam sabendo de cursos, reuniões, e das informações sobre o andamento da escola As regras e as normas são cumpridas por todos A postura profissional é adequada Os profissionais resolvem os problemas sem fofocas Tratamento adequado Os AE’s são valorizados Alunos reconhecem o trabalho dos AE’s Os professores reconhecem o trabalho dos AE’s I Há funcionários para dar conta do trabalho e o mesmo é distribuído Os funcionários são assíduos HÁ COMPROMETIMENTO DE TODOS A maneira de cada um realizar seu trabalho é respeitada EXISTE COLABORAÇÃO PARA CONSERVAR O AMBIENTE O professor exige que os alunos deixem as carteiras organizadas A mobília da sala de aula não fica fora do lugar Há conservação Os alunos ajudam a conservar a escola 85 SUGESTÕES E PROPOSTAS DE AÇÕES DOS AGENTES EDUCACIONAIS I E II • Informatizar a Biblioteca; • Passar os avisos aos alunos e da Secretaria a todos os setores; • • que conheça o funcionamento da rotina; • • adequado. • Conscientizar os profissionais sobre o cumprimento das Estabelecer pareceria entre os Agentes Educacionais e os Professores pra a questão da limpeza; Conscientizar alunos e professores sobre o trabalho dos Agentes Educacionais e da necessidade de tratamento Repassar as regras gerais ao professor novo na escola para Desenvolver o trabalho com autonomia, cumprindo-o com responsabilidade; • Promover a igualdade de ações de cada um: mudar a si regras e normas; mesmo, para mudar o outro. Interação entre os • Organizar a distribuição das tarefas; profissionais da escola, como almoço e festa junina; • Conscientizar o funcionário de que não existe “trabalho • específico”, mas sim a colaboração de todos; • Promover reuniões para interação e troca de ideias entre os normas; • Executar o trabalho da melhor maneira possível, evitando o • “re-trabalho”. • Saber se colocar diante do outro e tratar as pessoas como Respeitar aos horários e cronogramas pré-estabelecidos; Fazer circular as informações sobre os dias que não têm aulas, dispensa de turmas, etc. • Cada funcionário da escola deve procurar as informações, organizando as mesmas no mural; gostaria que fosse tratado; • Buscar recursos junto à Direção para resolver a falta de equipamentos e recursos em geral; funcionários e professores; • Tratamento mais adequado aos alunos, respeitando as • Desenvolver trabalho para prevenir as ações de depredação nas instalações do colégio. 86 ÁRVORE DOS PROBLEMAS – ALUNOS – MANHÃ Falta o policiamento da Patrulha Escolar Existem roubos de objetos escolares DROGAS NA ESCOLA Alunos usuários na escola Uso de drogas dentro da escola (no intervalo) Tráfico dentro da escola e no portão INDISCIPLINA DOS ALUNOS Falta de educação e respeito dos alunos Vandalismo Discriminação entre alunos Brigas e violência entre alunos Falta de inspetor de pátio e de funcionários da limpeza Imaturidade de alguns alunos Falta de interesse dos alunos Falta de coordenação pelo professor, domínio de classe Ambientes escolares que não são utilizados ou em mau estado Má conservação da escola Falta dos professores às aulas Datas de provas muito próximas Falta de autoridade do professor Quadra de esportes danificada Falta de materiais Biblioteca, Laboratório de Ciências e de Informática não são utilizados Sala de aula e cantina sem condições de uso. FALTA DE SEGURANÇA NO COLÉGIO FALTA DE VERBAS 87 ÁRVORE DAS SOLUÇÕES – ALUNOS – MANHÃ HÁ SEGURANÇA NO COLÉGIO Há patrulhamento da área escolar Não existem roubos de objetos escolares COLÉGIO SEM DROGAS Alunos na usam drogas na escola O intervalo livre de drogas Não existe tráfico dentro da escola, nem no portão Alunos educados e atitudes de respeito entre os alunos Não há vandalismo – ordem e organização Não há discriminação entre alunos Fim das brigas e da violência entre alunos Há inspetor de pátio e mais funcionários da limpeza Alunos maduros Alunos interessados O professor coordena a turma e tem domínio de classe Os ambientes escolares são utilizados ou estão em bom estado Boa conservação da escola Os professores não faltam às aulas Datas de provas distantes uma das outras O professor tem autoridade na sala de aula Quadra de esportes reformada Mais materiais Utilização da Biblioteca, Laboratório de Ciências e de Informática Salas de aula e cantina adequadas e em condições de uso ALUNOS DISCIPLINADOS HÁ VERBAS 88 SUGESTÕES DOS ALUNOS DA MANHÃ O QUE PODERÁ SER FEITO? SUGESTÕES PEDAGÓGICAS SUGESTÕES ESTRUTURAIS uso das salas de informática uso do laboratório de química aulas extra-curriculares campeonatos com vários tipos de esportes. profissional para os laboratórios de química os professores deveriam dar aula com datashow, assim facilitaria os alunos na hora de copiar o conteúdo deveria ter um site de ensino para cada professor com o conteúdo trocado por bimestre, assim os alunos tirariam suas dúvidas consultando o sistema do Estado ter reuniões entre alunos e direção melhoriaa no quadro de professores e na equipe pedagógica mais respeito da equipe pedagógica com os alunos Precisa haver mais diálogo dentro da escola, com o uso de textos em sala para a conscientização, atitudes impensadas, falta de informação, palestras. palestras educativas aulas mais dinâmicas onde o aluno passa se inteirar com a arrumar o ginásio de esportes para melhor desempenho dos alunos melhorar a alimentação com alimentos mais saudáveis melhorar a qualidade dos bebedouros melhorar o padrão dos uniformes melhorar o ambiente das salas de aula fazer mutirões de pais e professores para melhora da estrutura dos colégios, como pintura de salas, troca de carteiras promover mais festas para arrecadar mais renda para os colégios não haver cobrança do xerox para alunos pois já paga a taxa de sulfite colocar caixas de som por todo o colégio implantação de câmeras de segurança todos os dias, os banheiros estarem sempre abertos e com papel higiênico pintura das salas de aula e carteiras novas biblioteca maior e com mais opções de livros SUGESTÕES PARA PROFESSORES E ALUNOS cooperação dos alunos com a escola, professores e funcionários em geral elaboração de projetos de intercâmbio para incentivar os alunos promover contra-turnos com prática de esportes e reforços escolares que desenvolvam o interesse dos alunos não haver exclusão de alunos com deficiências física ou mental nas escolas estaduais ou municipais Professores usarem uniforme bater cartão para não haver atraso de professores formar professores qualificados para que tenhamos mais aulas interativas no horário de aula e pós turno professores mais capacitados melhor capacitação e interesses dos professores a ensinar melhorar a qualificação dos professores professores deveriam usar uniforme. maior integração alunoprofessor onde os dois saibam de seus interesses e conceitos professores instruídos para tirar dúvidas POLÍTICAS E ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO patrulha escolar na entrada e saída dos alunos cursos pedagógicos gratuitos para os professores darem melhores aulas curso Paraná Digital para os professores convênio com empresas área de informática para os alunos estagiarem implantação de cursinho para prestar vestibular estrutura para deficientes físicos melhorando o salário dos professores e cursos para qualificá-los o colégio deveria estar sempre aberto aos alunos, de preferência sendo integral abertura das escolas no fim de semana com cursos profissionalizantes e maior integração com a comunidade Melhorar a infra-estrutura da escola com laboratório, professores e especialistas mais qualificados na parte esportiva também com quadras de esportes, com mais eventos esportivos melhora dos acompanhamento pedagógico e psicológico na escola 89 melhorias nos laboratórios xerox gratuito para alunos cursos à tarde mais recursos para pesquisa, além da biblioteca melhoramentos nas salas de aula interação dos alunos na política da escola mais torneios esportivos funcionamento dos laboratórios xerox mais barato educação física e artes mais materiais esportivos deveriam ser materias reforma das salas alternativas não obrigatórias cursos gratuitos o laboratório de química deve diminuir o número de alunos em ser usado salas controle da turma pelos colocar cursos professores profissionalizantes de manhã e mapeamento cumprido por à tarde todos os professores ou não eventos recreativos existir que os alunos possam utilizar as ventilador no teto organização na cantina televisões do governo para comercial apresentação de trabalhos diversos tipos de música no respeitar os 10 minutos de intervalo tolerância criar um calendário de passeios reforma banheiros sala de informática em museus, parques, mais funcionários para melhor exposições para que o limpeza do ambiente desempenho escolar melhorar, áreas cobertas para passagem com isso aprimorando o ensino em dia chuvoso abrir o laboratório, sala de área para fumante informática mais segurança na entrada e material didático de cada saída do colégio matéria mais eventos para arrecadação debates para estimular os alunos a usar o raciocínio e tirar de dinheiro para o colégio manter o profissional desde o suas próprias conclusões a escola deve ser mais atrativa, começo até o fim do ano letivo turma e não apenas teoria valorizar todos os esportes projetos culturais relacionados a cultura do nosso país, que poucos conhecem mais respeito dos professores e alunos respeito dos alunos com os professores e vice-versa mais explicação, menos cópia ter professores substitutos no caso de falta de professor controle na agressão dos alunos para com o professor e viceversa: verbais e física os professores não poderiam dar trabalho para quem está quase reprovado parar as mudanças de professores profissionais qualificados para alunos portadores de deficiência. melhorar a infra-estrutura segurança: patrulha escolar deveria ter maior frequência na escola acesso a cadeirantes mais cursos profissionalizantes contratação de professores mais capacitados melhoria na estrutura do colégio mais investimentos em laboratórios de química, biologia, informática mais cursos técnicos 90 com aulas mais dinâmicas, de campo, em laboratório, mais aulas práticas para fixar o conhecimento concientização dos alunos para cuidar daquilo que é seu mais palestras e teatros. ajudar os alunos em relação ao vestibular atividades culturais punições severas aulões de revisão simulados para o ensino médio e 8ªs séries feiras de profissão e de conhecimentos difusão de línguas estrangeiras cursos de redação aulas de filosofia e sociologia desde o 1º ano participação da comunidade e do corpo de professores melhora na disciplina língua estrangeira na grade escolar e em todos as séries ter inglês e espanhol professores qualificados aulas práticas no laboratório ou no ambiente externo conscientização dos alunos no que se refere a limpeza na escola aulas mais interativas menor distância entre professor e aluno melhor relacionamento entre professor e aluno e se for o caso intervenção da equipe pedagógica, a qual resolverá o profissionais atualizados alunos com notas altas ter uma ajuda de custo criar um programa esportivo, conforme o desempenho do aluno o seu nível e apoio fica cada vez mais elevado fazer uma rádio com o acesso a alunos para que seja dirigido a eles comunicados, deveres e premiações criar uma videoteca com DVD's de temas de educação para uma melhor desenvoltura escolar não deveria ser cobrado xerox, já pagamos impostos o suficiente e a escola também por mais pouco que ganhe, mas ganha do governo, já temos obrigação de comprar uniforme que também não é barato curso de informática intensivo, para quem não tem condições de pagar um curso e hoje isso é primordial estágio na própria escola cursos profissionalizantes começando desde o primeiro ano para que assim que terminando o ensino médio o aluno já saia com uma profissão incentivo para o aluno acesso livre a Internet melhorar as bibliotecas cursos profissionalizantes de qualidade alimentação aumentar uma aula em todas as escolas públicas 91 problema melhoria na educação e cuidado com o patrimônio abertura de espaço para questionar suas dificuldades saber ouvir antes de criticar professores mais habilitados uso do laboratório preservação do patrimônio maior opção de esporte: tênis, freesby, etc. aulas mais interativas. promover eventos esportivos promover feira de conhecimento melhorar a qualificação profissional mais empenho dos professores computadores livres para aula vaga aulas melhores e mais dinâmicas livros mais caprichados e dinâmicos melhor preparação dos professores grupo de apoio para alunos com dificuldades atividades extra-curriculares melhor investimento nos alunos aumentar o apelo cultural da escola maior valorização do grêmio preparação para o vestibular melhorar o material esportivo mais zeladores melhorar questões como estrutura, ensino, material, computadores atualizados, etc mais segurança e uma rádio para melhor comunicação melhora na qualidade de merenda escolar enfermaria ao invés do sinal: música mais investimento na área de informática mais vagas e melhor preparação para o vestibular mais investimento em esportes salas especiais: biologia e química (laboratório) investimento na biblioteca: livros atualizados e livros de vestibular investimento nas merendas, alimentação que seja regular e mais correta mais centros de educação preparação para o vestibular as aulas de línguas estrangeiras deviam ter professores com pelo menos 6 meses de intercâmbio e testes anuais melhora na qualificação dos profissionais da educação intercâmbio de feiras do conhecimento a nível de estado centro de educação, esporte e lazer. A cantina deveria ser maior pintar os lugares pichados as carteiras deveriam ser limpas 92 o banheiro podia ser melhor cursinhos no colégio além do curso de línguas armários para guardar o material arrecadação externa (por meio de festivais) times representantes das escolas melhorias nos investimentos aos alunos ter menos alunos na escola alunos fora de idade deveriam ser submetidos a uma prova ou fossem obrigados a fazer supletivo quarto bimestre normal maior envolvimento da escola com profissionais do mercado de trabalho falta de uma enfermaria. cursos de preparação para o vestibular dentro do colégio 93 ÁRVORE DOS PROBLEMAS – ALUNOS – TARDE Barulho nos pavilhões e corredores Desorganização na entrada do colégio Brigas entre os alunos Banheiros pichados Pintura velha Falta de cortinas nas salas Banheiros sem papel higiênico, torneiras que não funcionam e espelho estragado Carteiras e mesas estragadas e pichadas FALTAS DE PROFESSORES ÀS AULAS Muitas aulas vagas Disciplinas sem professores NÃO HÁ SEGURANÇA NA ENTRADA E NA SAÍDA DA ESCOLA A Patrulha Escolar não faz o policiamento ALUNOS QUE ATRAPALHAM AS AULAS PICHAÇÕES NO COLÉGIO E NAS SALAS DE AULA Falta de outra quadra de esportes Portão sem visibilidade 94 ÁRVORE DAS SOLUÇÕES – ALUNOS – TARDE ALUNOS INTERESSADOS NAS AULAS Silêncio nos pavilhões e corredores Organização na entrada do colégio Brigas entre os alunos NÃO HÁ PICHAÇÕES NO COLÉGIO E NAS SALAS DE AULA Os banheiros são limpos e organizados Pintura nova das paredes Nas salas há cortinas Nos banheiros tem papel higiênico, as torneiras funcionam e o espelho é novo Carteiras e mesas em boas condições de uso OS PROFESSORES NÃO FALTAM ÀS AULAS Não há aulas vagas EXISTE SEGURANÇA NA ENTRADA E NA SAÍDA DA ESCOLA A Patrulha Escolar faz policiamento Há quadra de esportes adequada Portão com visibilidade 95 SUGESTÕES DOS ALUNOS DA TARDE O QUE PODERÁ SER FEITO? 5ª e 6ª SÉRIES Aulas extra-curriculares mais lata de lixo mais professores substitutos sala de computação para pesquisas escolares armários escolares excursões, passeios ensino fundamental no turno matutino vale transporte Transporte escolar gratuito e seguro melhorias na escola proteção aos alunos dentro da escola ter um lanche gostoso diminuir o número de alunos em cada sala mais quadras esportivas (cobertas) mais professores. Não jogar lixo nas escolas não fumar não fazer vandalismo nas escolas melhorias nas quadras educação ecológica mais segurança nas escolas não riscar as carteiras orelhões banheiros cuidar do material didático diminuir a violência ter atendimento médico nas escolas terminar as obras na escola construir rampas para deficiente ter uma boa alimentação escolar ter mais colégios para deficiente punições mais eficientes 7ª e 8ª SÉRIES Ter mais curso de qualificação para os professores palestras sobre educação e respeito aulas de informática cadeiras e carteiras de qualidade (com face de plástica) pintura no colégio com tinta anti-pixação mais incentivo para os alunos como: brincadeiras,educativas, mesa redonda, aulas práticas e passeios. Armários individuais, salas ambientais melhorar e diversificar a merenda atividades extra-classes cada sala ser preparada com materiais audiovisuais. Fazer as aulas ficarem mais interessantes fazer mais atividades no ano (festas, gincanas, grêmio estudantil, passeios, etc.) bebedouro cadeiras e carteiras novas pintar as salas reformar as quadras colocar redes para proteção atrás das tabelas de basquete aumentar as aulas de educação física armário particular cercar a quadra da escola laboratório de química acesso ao laboratório de informática roupas adequadas para as aulas de educação física latas de lixo opção de alimentos ENSINO MÉDIO Melhorar a estrutura da escola professores competentes, com experiência, bem formados e com proximidade aos alunos professores com mais prática ao dar aula usando benefícios tecnológicos mais vagas nas escola mais verba escolar para comprar mais materiais para a escola festivais que envolvessem os alunos à cultura brasileira mais segurança colocando a patrulha escolar para não haver brigas diretores mais dedicados e objetivos, desempenhando sua profissão com sabedoria, “pulso firme” projetos escolares como: peças teatrais, com objetivo de ajudar os alunos pessoalmente. reforma nas quadras aumento do laboratório de biologia, química e informática fim do preconceito: retirar as cotas melhoria na estrutura física da escola melhoria na merenda escolar maior variedade de produtos consumíveis na cantina de vendas intercâmbio entre escolas organizações esportivas intercolegiais oficinas de artes e mais propostas esportivas melhoria na área de informática mais segurança 96 guarda orientando na entrada da escola. Mais policiamento nas escolas quadras de esporte melhores lanches saudáveis, bons e de graça. mais computadores menos alunos nas salas ensino mais forte canchas cobertas Mais segurança nas saídas e entradas do colégio menos consumo de cigarro e álcool às escondidas na escola fazer um laboratório de matemática conservação do patrimônio público na escola (sem pixação de carteiras) pinturas novas na sala de aula alguém responsável pela rede de computadores que fique no colégio, que dê orientações para os alunos, professores e funcionários armário para os alunos guardarem os livros mais respeito com funcionários e professores lanches melhores e mais barato reforma na sala de artes ter mais lazer no colégio menos tumulto nos corredores quando bate o sinal. Melhorar o espaço físico da escola colocar armários para os alunos nos corredores do colégio. Mais segurança na escola reforma nos banheiros regras mais rígidas para quem pichar e brigar na escola lanche melhor na cantina. academia sala de teatro opção de cor para a escola assistência médica rádio Zardo sinal personalizado vestiário rampas melhorias no aprendizado de inglês Manter a escola limpa não sujar banheiros e não pixar biblioteca organizada ajudar os professores desligar as luzes e ventilador ao sair da sala uso do uniforme escolar carteirinha todos os dias falar menos na sala de aula melhorar carteiras e cadeiras mais uma quadra de esporte e melhorar a que existe uso e melhora do laboratório de química aula com retroprojetor aula em tempo integral: 4 horas na sala e 4 horas atividades esportivas cursos profissionalizantes ensino fundamental de manhã troca das cortinas trocar vidros das janelas mais de um ventilador na sala arrumar o quadro passeios melhoria nos banheiros bebedouro horário livre na informática respeitar professores e funcionário respeitar uns aos outros fila na cantina ajudar a pintar a escola ter mais uma cancha de futebol preparar melhor os alunos pra o vestibular livros didáticos novos mais infra-estrutura nos colégios mais equipamentos e funcionários separação do ensino médio e fundamental reforma nas quadras (quadra sintética) mais atividades extra-curriculares aulas práticas: biologia, química e física visita a lugares culturais aumento de eventos para benefícios financeiros do colégio formação de grupos de estudo para benefício de alunos com dificuldades aproveitamento do espaço da escola maior variedade de produtos alimentícios naturais na cantina de vendas sala ambiente melhoria das quadras de esporte e construção de banheiros. Inclusão dos pais na escola, fazendo com que eles incentivem seus filhos a estudarem mais em casa, tendo horário para se dedicarem ao estudo melhorar a estrutura física e pedagógica mais computadores com acesso a Internet não depredar patrimônio público, como não destruir as carteiras e o resto do colégio direitos iguais a todos, sem exclusão social 97 parar de roubar os materiais aplicação nos estudos conservar o colégio parar de pichar carteiras e paredes ficar quieto na hora das explicações não jogar lixo no chão modificar as janelas. Armário para por os livros conservar o colégio melhorar o ensino fazer pesquisa variações contínuas na merenda liberar meninas para jogar. 98 ÁRVORE DOS PROBLEMAS – ALUNOS – NOITE FALTA DE PROJETO DE CONSCIENTIZAÇÃO DOS ALUNOS PARA PRESERVAÇÃO DO BEM PÚBLICO AULAS VAGAS ESTRURA INADEQUADA PARA OS DIAS DE CHUVA (NÃO HÁ ESCOAMENTO DA ÁGUA) Falta de rigidez para resolver o mau comportamento Desmotivação dos alunos e falta de incentivo Usuários de drogas dentro da escola (especialmente nos intervalos) Desmotivação dos professores Professores poucos instruídos (não sabem dar aula) Mudanças frequentes nos horários Portão horrível Não há material para as aulas de Educação Física Falta de recursos Paredes, cortinas e portas destruídas Falta de estacionamento para os alunos Mobiliário da sala de aula inadequado e velho Não há luz de emergência Falta de papel higiênico, sabonete e papel toalha nos banheiros Burocracia para liberação de verbas pelo governo Falta de cursos técnicos Não há rampas para aluno deficiente físico (cadeirante) Não há acessibilidades para deficientes visuais Problemas nos cursos técnicos porque não há estágios Os alunos não são informados sobre as decisões tomadas em relação ao colégio 99 ÁRVORE DAS SOLUÇÕES – ALUNOS - NOITE PROJETOS DE CONSCIENTIZAÇÃO DOS ALUNOS PARA PRESERVAÇÃO DO BEM PÚBLICO Maior esclarecimento quando há mau comportamento (regras claras) Alunos motivados e incentivados Alunos não usam drogas dentro da escola NÃO HÁ AULAS VAGAS Professores motivados Professores que planejam as aulas e sabem trabalhar Horário único para todo o ano TEM MAIOR ESTRUTURA PARA HAVER ESCOAMENTO ADEQUADO Portão bonito Há material adequado para as aulas de Ed. Física Há mais recursos para a escola Paredes, cortinas e portas novas Há estacionamento para os alunos Mobiliário da sala de aula adequado e reformado Há luz de emergência e mais iluminação Há papel higiênico, sabonete e papel toalha nos banheiros Facilidades para liberação de verbas pelo governo Existem outros cursos técnicos Há rampas para aluno deficiente físico (cadeirante) Há acessibilidades para deficientes visuais Há mais oportunidades para os alunos dos cursos técnicos aprofundarem as suas funções nos estágios Dar mais informações aos alunos obre as decisões tomadas em relação ao colégio 100 SUGESTÕES DOS ALUNOS DA NOITE O QUE PODERÁ SER FEITO? ENSINO MÉDIO - Aulas diferentes e produtivas - Ter mais aulas ao ar livre - Baixar o preço do lanche - Ter Rádio escola e Grêmio estudantil Mais lixeiras de reciclagem - Abris a escola aos finais de semana com projetos - Colocar extintores de incêndio nos corredores - Melhorar o banheiro feminino que é muito sujo, as postas não fecham direito e os espelhos estão pixados - Organizar a segurança dentro da escola porque tem muito uso de drogas - Bebedouro para os alunos - Existência de Ginásio Poliesportivo - Consertar as torneiras e as descargas - Ter professores mais capacitados e motivados - Oferecer mais palestras aos alunos INFORMÁTICA - Acesso em todas as áreas com rampas e banheiros para pessoas deficientes ou qualquer dificuldade motora - Patrulhamento escolar mais presente - Carteirinhas eletrônicas - Laboratórios mais completos - Substituição das carteiras - Ensino verdadeiro de Língua Estrangeira - Mais segurança na escola - Melhorar a estrutura dos banheiros (papel higiênicos e sabonete) - Professor tem que ser mais rígido, tem que se impor mais perante o aluno SECRETARIADO - O banheiro precisa ter papel higiênico, sabonete e papel toalha - Deve ter mais computadores no Laboratório Mais participação da Patrulha Escolar na escola - Mais segurança no colégio - Ação maior das pedagogas - Os professores devem aplicar aulas mais dinâmicas para os alunos terem prazer em assistir as aulas - Mais comunicação entre alunos e direção - Instalar 05 computadores com Internet na biblioteca com monitoramento - Necessidade imediata de reforma dos banheiros - Aula com mais qualificação - Aulas mais rígidas - Sala de emergência com primeiros socorros MEIO AMBIENTE - Incentivo aos esporte – campeonatos de Skate, Futebol e Ping pong - Organização na venda do lanche na cantina e tenha mais variedade - Reforma dos banheiros, instalando bebedouros - Melhorar a estrutura das salas de aula - Melhorar a cobertura da quadra porque nos dias de chuva não dá para utilizá-la - Deixar mais rígido os critérios de Conselho de Classe, de aprovação e de reprovação - Mais palestras para nosso curso - Grêmio estudantil por turno - Promover Feira de Ciências e de Conhecimento - Atividades de campo para o nosso curso - Professor com mais objetivos em suas aulas, para ter mais qualidade no ensino 101 ÁRVORE DOS PROBLEMAS – PAIS PROFESSOR QUE SÓ CUMPRE OBRIGAÇÃO, MAS NÃO ENSINA ADEQUADAMENTE Professor não tem paciência para explicar a matéria, fazendo o aluno Professor que “segue seu jeito” de ensinar, método que o aluno não aprende Transição da 4ª para a 5ª série – muita mudança para o aluno aprender Falta preparo para o Vestibular – professor tem muitas dificuldades EDUCAÇÃO DE CASA MUITO FRACA Pais não educam seus filhos e querem que a escola faça isso FALTA SEGURANÇA NA ESCOLA COMÉRCIO DENTRO DA ESCOLA HÁ PROBLEMAS NA ESTRUTURA FÍSICA DA ESCOLA Falta de professor às aulas – muitas aulas vagas na escola Existe pouco contato dos pais com os professores Os pais não participam dos eventos da escola Pais não conhecem a escola, nem os professores e muitas vezes nem seus próprios filhos. O ECA protege maus alunos Há muito medo dos pais de que algo aconteça ao seu filho Falta melhor policiamento fora da escola Alunos usam drogas dentro da escola Tem problemas de alunos que usam drogas, fumam e bebem bebidas alcoólicas no horário da aula Distribuição de panfletos e propagandas aos alunos Venda de livros aos alunos Carteiras e cadeiras muito velhas Portas e banheiros com problemas Banheiro feminino sem papel higiênico Laboratórios que não são usados pelos professores Falta de professor às aulas – muitas aulas vagas na escola 102 ÁRVORE DAS SOLUÇÕES – PAIS PROFESSOR QUE CUMPRE A OBRIGAÇÃO E ENSINA ADEQUADAMENTE Professor tem paciência para explicar a matéria, fazendo o aluno aprender Professor que segue o jeito de ensinar da escola e usa método que o aluno aprende Transição da 4ª para a 5ª série menos problemática O professor prepara para o Vestibular sem apresentar tanta dificuldade Pais educam seus filhos e exigem matérias mais fortes da escola HÁ MAIS SEGURANÇA NA ESCOLA O professor não falta às aulas e não há tanta aula vaga na escola Existe maior contato dos pais com os professores Os pais participam dos eventos da escola Pais conhecem a escola, os professores e os próprios filhos. O ECA deve ser usado para garantir o direito do aluno de aprender Os pais não têm medo que algo aconteça ao seu filho Há melhor policiamento fora da escola Alunos não usam drogas dentro da escola Não há problemas de alunos que usam drogas, fumam e bebem bebidas alcoólicas no horário da aula NÃO HÁ COMÉRCIO DENTRO DA ESCOLA Não há distribuição de panfletos e propagandas aos alunos Não há venda de livros aos alunos OS PROBLEMAS NA ESTRUTURA FÍSICA DA ESCOLA SÃO RESOLVIDOS Carteiras e cadeiras novas ou reformadas Portas e banheiros sem problemas Banheiro feminino com papel higiênico Laboratórios sã usados pelos professores EDUCAÇÃO DE CASA MAIS FORTE 103 2.8. NECESSIDADES “A dimensão política se cumpre na medida em que ela se realiza enquanto prática especificamente pedagógica.” (Saviani, 1982) A partir de todas as reflexões que foram surgindo nos encontros e discussões de professores, funcionários, pais e alunos estabeleceram-se seis Necessidades a serem encaradas como desafios no Plano Geral de Ações do PPP. Tais Necessidades serão detalhadas na Programação. 1. Aprendizagem significativa 2. Relações interpessoais positivas e Comprometimento do aluno 3. Participação efetiva da família 4. Ensino ativo, reflexivo e dinâmico e Metodologias inovadoras e criativas 5. Gestão democrática – Estrutura adequada, Fluxo da informação e Formação docente 6. Adequação da prática educacional ao Projeto Político-Pedagógico 104 III – PROGRAMAÇÃO A mudança na educaç ção depende do que os professores fazem daquilo que pensam dessa mudança - isso é, ao mesmo tempo, muito simples e muito complexo. (Fullan, 1982) A Programação das ações do Colégio Zardo foi organizada tendo como parâmetro as Necessidades estabelecidas a partir do Marco Referencial e do Diagnóstico. É o detalhamento e o desdobramento de cada um dos objetivos estratégicos e de cada uma das metas que foram se delineando no desenvolvimento desse documento. É interessante notar que as Necessidades estipuladas pelos professores, assemelham-se muito àquelas definidas pelos Alunos, pais e Agentes Educacionais. Aqui, ficam explícitas as opções de cada um dos componentes do Colégio Zardo. São ações para serem concretizadas a curto, médio e longo prazo. Há ações pontuais e únicas, que vão se concretizando por fazerem parte da rotina diária e já existem, de algum modo, na escola. No entanto, há também ações que serão implantadas e implementadas paulatinamente, a medida que se tornam necessárias, tendo como princípio a avaliação de cada momento. Sendo assim, o PPP se torna realmente o documento vivo que expressa anseios, desejos, sonhos e a crença numa educação melhor e, por seguinte, uma sociedade melhor. 105 3.1. DETALHAMENTO DAS NECESSIDADES E ELABORAÇÃO DE PLANOS DE AÇÃO NECESSIDADES POLÍTICAS ESTRATÉGICAS AÇÕES CONCRETAS REGRAS (Desafios) (Linhas de Ação) (Atividades Permanentes) (Determinações e Rotinas) 3.1.1. Aprendizagem Significativa Que a aprendizagem ocorra com a construção do conhecimento pelo aluno, incluindo as ações no cotidiano da escola, dentro de um contexto histórico, cultural e social, levando em consideração os conteúdos primordiais definidos na Proposta Pedagógica Curricular. Oportunizar, na sala de aula, momentos de discussão e troca de informações para a construção efetiva do conhecimento; Realizar atividades que levem o aluno a desenvolver uma consciência crítica e uma visão realista do mundo e dos fatos; Encaminhamento, pelo professor, à Equipe Pedagógica, dos problemas de aprendizagem detectados em sala de aula. Elaboração de fichas de acompanhamento dos Respeitando a individualidade e o ritmo alunos que apresentarem de cada aluno; dificuldades e/ou Conhecer a realidade social, problemas de econômica e cultural dos alunos, Percebendo atitudes críticoaprendizagem. transformadoras no meio em que vive; a fim de identificar potencialidades e limitações; Registro e arquivo de Priorizando a efetivação de ações desenvolvidas que Desenvolver atividades que conhecimentos que colaborem para a colaborarem para melhoria levem à reflexão e à ação, inserção social, formação de cidadãos de desempenho, de possibilitando a co-existência da conscientes e pessoas capazes de rendimento e de mudança teoria e da prática, da análise e transformar, a partir de decisões de comportamento. da síntese, do pensar e do fazer; pessoais e coletivas; Contato com profissionais Viabilizar a melhoria e ampliação Avaliando o desempenho e o de outras áreas e espaços rendimento dos alunos em sala de aula, dos materiais pedagógicos e especializados em acesso aos espaços para efetivar nos momentos formais de problemas, transtornos e aprendizagem, nas atividades extrauma aprendizagem significativa. déficit de aprendizagem. classe e nas ações complementares Implementar práticas e ações (gincanas, festivais, mostras, que possibilitem ao aluno ter exposições, passeios, etc); visão mais ampla da sociedade e Discutindo nosso modelo e nossos do futuro e desenvolvam instrumentos de Avaliação e de perspectivas de melhoria nas Recuperação. condições de vida.. 106 Revendo práticas e discutindo posicionamentos incoerentes com as necessidades expostas no Plano de Trabalho Docente. Aprofundar, através de grupos de estudo do corpo docente, a compreensão sobre aprendizagem significativa, educação inclusiva e Aprofundando estudos sobre recuperação d estudos para aprendizagem e como o aluno aprende. entendê-los como questões Levando em consideração os pedagógicas, políticas, conhecimentos prévios dos alunos (ou estratégicas e éticas. mesmo a falta destes). NECESSIDADES POLÍTICAS ESTRATÉGICAS AÇÕES CONCRETAS REGRAS (Desafios) (Linhas de Ação) (Atividades Permanentes) (Determinações e Rotinas) 3.1.2. Relações Interpessoais positivas e Comprometimento do aluno Que os alunos convivam num ambiente adequado para seu pleno desenvolvimento e consistente formação intelectual, educacional, cultural e social, comprometendose com sua aprendizagem e com o cumprimento geral das normas. Realizar, em períodos previstos no calendário anual, feiras, gincanas, festivais, passeios, mostras e exposições de trabalhos entre alunos e também para a comunidade; Interagindo em todos os momentos da aprendizagem com professores, outros alunos e funcionários, visando promover a socialização, as atitudes coletivas e os laços de solidariedade e respeito; Conhecendo e cobrando seus direitos, bem como cumprindo seus deveres e obrigações; Participando ativamente das propostas educativas e culturais promovidas pela escola, bem como sendo respeitado em sua condição de pessoa em Intensificar as ações organizadas pelo Grêmio Estudantil, a fim de valorizar de maneira efetiva as iniciativas culturais, esportivas e educacionais dos alunos; Estabelecer, junto a alunos e pais, regras claras de comportamento e convívio, visando a melhoria no ambiente escolar e no desempenho dos alunos; Incentivo a participação dos alunos em projetos, programas e ações externas à escola que colaborem para sua formação humana nos períodos de contra-turno. Organização de Calendário Anual de Atividades a ser desenvolvido pelo Grêmio Estudantil. Justificativas de faltas e atrasos de alunos mediante Atestado Médico, Declaração ou Documento assinado pela Família. Controlar, com apoio da Família, Solicitação de avaliações e do Conselho Tutelar e da trabalhos atrasados à 107 desenvolvimento; Desenvolvendo hábitos de estudo nos espaços escolares e em casa, aproveitando materiais e possibilidades para aprender e melhorar seu desempenho e rendimento. Demonstrando, através de atitudes, procedimentos e posicionamentos, o conhecimento construído e as aprendizagens realizadas. Promotoria Pública, os casos mais sérios de indisciplina, mau comportamento e atos infracionais dentro da escola. Priorizar ações para melhoria de desempenho e rendimento, levando em consideração os valores universais, a cultura da paz e a cidadania; Acompanhar junto às famílias os motivos de atrasos e faltas às Reduzindo, na medida do possível e aulas, evitando que tenham dentro da Legislação vigente, o número prejuízo em seu desempenho e de alunos por turma, visto que em salas rendimento escolar. superlotadas torna-se inviável um trabalho docente de qualidade; Construir, de forma dinâmica e participativa, as normas disciplinares para que os alunos sejam conscientes de seus limites compreendendo que as regras são instrumentos de organização da vida. Equipe Pedagógica quando a falta for justificada. Participação em atividades externas à escola que promovam a formação e consciência crítica de fatos e situações, gerando vivências enriquecedoras. Execução de projetos de pesquisa com envolvimento dos alunos. Cumprimento das medidas previstas no Regimento Escolar quando houver comportamento anti-social e/ou desviante pelo aluno. Acompanhamento dos alunos indisciplinados e displicentes, juntamente com as suas famílias. Presença do Conselho Tutelar e da Patrulha Escolar nos diversos momentos da escola. 108 NECESSIDADES POLÍTICAS ESTRATÉGICAS AÇÕES CONCRETAS REGRAS (Desafios) (Linhas de Ação) (Atividades Permanentes) (Determinações e Rotinas) Que a escola promova ações que estimulem a participação das famílias visando sua integração na comunidade escolar para que a escola cumpra sua função social de modo abrangente e participativa. Promover a participação dos pais na elaboração e execução dos projetos da escola através de momentos esportivos, artísticoculturais, tecnológicos e de enriquecimento curricular, para estimular a participação e a cooperação de toda a comunidade escolar. Tomada de ciência, por toda a família, no ato da matrícula, da Proposta Pedagógica da escola, sua programação anual, assumindo o seu compromisso de participar das atividades para pais. 3.1.3. Participação da Família na Escola Consolidando a participação dos pais nos eventos escolares; Promovendo encontros de formação, palestras, oficinas e cursos com os pais, sobre educação, destacando questões como relacionamento entre pais e filhos; Potencializar, cada vez mais, o uso dos ambientes do Colégio para criar o clima propício ao desenvolvimento de vivências personalizadas e cooperativas. Elaboração e divulgação entre os pais de Manual Ilustrado com as normas e regras da escola. Promoção de encontros e reuniões de pais e Envolvendo os pais, de maneira efetiva, professores a fim de Dinamizar as reuniões com os na vida escolar de seus filhos, pais através de temáticas discutir questões a colaborando para que os pais relacionadas ao cotidiano escolar respeito do rendimento e compreendam a importância de seu e também educação em geral. desempenho dos alunos. apoio e acompanhamento. Incentivar a criação de Grupo de Comunicação de dispensa Pais a fim de implementar a de aulas (recessos e Patrulha de Pais para auxiliar na feriados), reposição, resolução de problemas do passeios e outros eventos cotidiano da escola. por meio de registros escritos na Agenda Manter e aperfeiçoar o canal de Estudantil. informação e comunicação Solicitação da saídas escola / família através de antecipadas do aluno por comunicados escritos. meio de comunicado escrito. 109 NECESSIDADES POLÍTICAS ESTRATÉGICAS AÇÕES CONCRETAS REGRAS (Desafios) (Linhas de Ação) (Atividades Permanentes) (Determinações e Rotinas) Que o ensino seja ativo, dinâmico e motivador, promovendo a participação, a interação, o envolvimento, o interesse, a criticidade, a criatividade e o desenvolvimento bio-psico-social do aluno, bem como a adoção, pelo professor, de metodologias inovadoras, coerentes e criativas. Realizar encontros, por disciplina, para planejamentos e troca de experiências; 3.1.4. Ensino ativo, reflexivo e dinâmico e Metodologias inovadoras e criativas Organizando atividades e projetos que levem em consideração as características peculiares dos alunos e das turmas, levando também em consideração as opiniões e sugestões dos alunos; Buscando o compromisso do aluno utilizando elementos da sua realidade, bem como despertando o seu interesse com práticas criativas e inovadoras; Preparando e diversificando as técnicas de ensino, evitando que todas as aulas sejam monótonas, repetitivas e cansativas; Buscando formação para atendimento de alunos com necessidades especiais; Planejamento semestral, por área e disciplina, das ações, atividades e propostas a serem Promover encontros pedagógicos desenvolvidas em cada a fim de discutir questões de bimestre; sala de aula e do próprio PPP e a permanente busca de adequação Registros, em livro dos conteúdos às expectativas e próprio, das ações desenvolvidas nos aos interesses também dos momentos de horaalunos; atividade; Analisar, durante os momentos de hora-atividade, a prática e os Realização de Conselho de Classe para levantar os resultados das ações docentes; problemas e buscar as Promover cursos de formação na soluções, instituindo área de atendimento de alunos momentos de Pré e Póscom necessidades especiais e conselho; cobrar da autoridade Realização de recuperação competente a oferta de cursos de estudos, de acordo de formação nessa área; com as necessidades dos Solicitar, junto ao NRE e alunos. autoridades competentes a Discussão das estratégias inserção, no quadro de pessoal e procedimentos de da escola, profissional recuperação de estudos a qualificado para orientar o fim de estabelecer novas atendimento aos alunos alternativas pedagógicas portadores de necessidades para esta questão. especiais; Fomentando a utilização de tecnologias no cotidiano das aulas, especialmente a inclusão digital através do uso do Avaliar, permanente e Laboratório de Informática; continuamente, o desempenho e rendimento do aluno, por meio Desenvolvendo o espírito participativo de instrumentos diversificados. dos professores para que aconteça o Organização de banco digital com informações referente a cada aluno, incluindo a foto do 110 encontro de interesses coletivos. Implementar ações para discutir e buscar soluções para o Desenvolvendo os conhecimentos atendimento aos alunos científicos por meio do uso do indisciplinados e compreender Laboratório de Ciências. quais as formas mais adequadas Elaborando Planos de Trabalho Docente para lidar com eficiência com coerentes com a faixa etária, interesse esses alunos reais. e aptidões dos alunos, sendo o mesmo Classificar atividades de sucesso expressão da realidade, não mero para publicação no portal documento a ser preenchido. diaadiaeducacao, da SEED. Mantendo contato com os seus pares Participar de eventos relacionado afim de trocar experiências e sugestões, ao conteúdo das diferentes implementando a aula e incentivando a disciplinas: concursos, feiras, comunicação. FERA, Jogos colegiais, exposições, etc. Implementar as ações paralelas como Viva Escola, Programa Segundo Tempo, Sala de Apoio à Aprendizagem, CELEM entre outros. mesmo. Instituição de mini-cursos, com encontros quinzenais ou mensais, com o apoio de profissionais das Universidades para auxiliar na discussão teórica de temas do cotidiano. Elaboração de um banco de dados com ações de sucesso em sala de aula e das avaliações aplicadas em cada bimestre. Investir na publicação de atividades no formato de Folhas e OAC, no portal diaadiaeducacao. Análise bimestral dos gráficos de desempenho dos alunos em cada disciplina e por turma. 111 NECESSIDADES POLÍTICAS ESTRATÉGICAS AÇÕES CONCRETAS REGRAS (Desafios) (Linhas de Ação) (Atividades Permanentes) (Determinações e Rotinas) 3.1.5. Gestão democrática – Estrutura adequada, Fluxo da informação e Formação docente Promover a melhoria dos espaços físicos, como melhorar a quadra esportiva (tornando-a um mini ginásio), expansão do acervo bibliográfico, implementação dos Laboratórios Buscando formação contínua na sua de Informática e melhoria e área de atuação, bem como nas utilização frequente do múltiplas questões que envolvem a sala Laboratório de Ciências, da de aula, por meio da participação em iluminação e da mobília da sala cursos, simpósios, seminários, de aula. palestras, etc; Reduzir o número de alunos por Assumindo de maneira consciente e sala de aula, respeitando a profissional as responsabilidades de sua Legislação vigente, para que o função, bem como se comprometendo trabalho desenvolvido obtenha a com os resultados de suas ações; qualidade desejada. Articulando, de modo crítico, ações para Oportunizar o acesso aos meios melhoria das condições de trabalho, tecnológicos para facilitar a como também a legitimidade da organização de suas aulas. dignidade pessoal e profissional. Estabelecer estratégias a fim de Desenvolvendo seu trabalho sob os reduzir ocorrências de princípios da gestão democrática, bem indisciplina pelos alunos, bem como norteado pelos ideais de respeito, como ações efetivas para solidariedade e relação humana melhorar os índices de harmoniosa. desempenho e rendimento. Sendo informado, por múltiplos meios, Firmar parcerias e convênios, das decisões e das rotinas do Colégio, por meio da APMF, com como o mural, e-mail, recados, livro empresas, órgãos públicos e aviso, convocações, convites, etc. privados, instituições e Organizando a prática pedagógica tendo Universidades a fim de buscar a certeza de ter os materiais mínimos. recursos pedagógicos e financeiros para melhoria nas Solicitando, junto à Mantenedora, a Que o professor receba suporte físico e didático-pedagógico para realizar com competência sua função, de maneira adequada, comprometida, criativa e crítica. Implementação dos meios de divulgação de ações da escola, bem como democratizar e descentralizar as informações. Manutenção da limpeza e organização de todos os espaços escolas, como: salas, laboratórios, corredores, pátio, etc. Disponibilização da Sala de Recursos Audiovisuais, Biblioteca e Sala de Materiais DidáticoPedagógicos durante todo o período de atividade dos professores e Equipe Pedagógica; Acompanhamento permanente das atividades e atendimento das solicitações dos professores, pela Equipe Pedagógica; Participação em grupos de estudos, jornadas pedagógicas, grupos de trabalho em rede, reuniões técnicas, conferências, congressos, simpósios, seminários 112 reforma geral do Colégio, bem como a reforma da sala dos professores. ações a serem desenvolvidas e nas instalações escolares. Implantar, na Biblioteca da Escola, a Hemeroteca, a fim de ampliar o acervo bibliográfico e organizar os materiais para pesquisa e busca de informação. entre outros que discutam a educação e a prática pedagógica. Dispor de equipamentos de informática (computador e impressora de qualidade) para uso pelos professores. NECESSIDADES POLÍTICAS ESTRATÉGICAS AÇÕES CONCRETAS REGRAS (Desafios) (Linhas de Ação) (Atividades Permanentes) (Determinações e Rotinas) 3.1.6. Adequação da prática educacional ao Projeto PolíticoPedagógico Dimensionar e melhor direcionar as múltiplas atividades de enriquecimento curricular para que o processo educacional possa ser representado pela Propondo iniciativas fundamentadas em dinâmica reflexão – ação – nosso PPP; avaliação; Aperfeiçoando a coerência entre o real Promover encontros ou reuniões e ideal; em que se possa estudar, Avaliando continuamente o processo discutir e propor novas (metas, objetivos e propostas alternativas para a alcançados). implementação do PPP. Avaliação e revisão anual do PPP. Realizando projetos e ações externas às Analisar, discutir e elaborar a escola desde que sejam coerentes com Proposta Pedagógica, por nosso PPP. disciplina, de acordo com os Implementando, avaliando e cobrando princípios presentes no PPP e na Proposta Pedagógica Curricular. as proposições presentes no PPP. Impressão e distribuição dos textos presentes no PPP para análise e reflexão, bem como a assimilação das idéias principais. Que o PPP seja referência em todas as nossas atividades para que assumamos com clareza nossa identidade. Anexar ao PPP a Proposta Acesso permanente ao PPP na Sala dos Professores; Leitura obrigatória do PPP pelo professor que inicia suas atividades docentes na escola. Divulgação de metas e objetivos alcançados. 113 Pedagógica Curricular, o Regimento Escolar e os Planos de Trabalho Docente, compondo os 4 documentos de maior importância dentro da escola. Formatar e definir as ações do Grêmio Estudantil, de acordo com as orientações e proposições presentes no PPP. Distribuir, de modo impresso, as regras do cotidiano aos alunos e professores. Publicação via ON LINE das regras e proposições do PPP no site e blog da escola. 114 3.2. CONCEITUAÇÃO BÁSICA DOS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS E PROPOSTAS DE AÇÕES “O ser humano é, naturalmente, um ser da intervenção no mundo à razão de que faz a História. Nela, por isso mesmo, deve deixar suas marcas de sujeito e não pegadas de objeto. “ (Paulo Freire, 1997, p. 119) Além das linhas gerais – Desafios, Linhas de Ação, Atividades Permanentes, Determinações e Rotinas – optamos por organizar cada um dos elementos que constituíram a Árvore dos Problemas e das Soluções, que foi de onde constituímos as seis Necessidades do Colégio Zardo. Como foi uma etapa de fundamental importância, é justo descrever nossas intenções para cada questão pontual que apareceu, e que se tornou global para ser superada num prazo de 3 anos. Cada problema que foi levantado tornou-se um objetivo estratégico (aquilo que queremos ajustar no cotidiano). Agrupados, de acordo com a semelhança, tornaram-se seis Necessidades (aquilo que deve ser aprofundado teoricamente para se tornar prática crítica). Os quadros a seguir demonstram as descrições, sugestões, idéias e propostas para serem implementadas no dia-a-dia da escola. Vale ressaltar que são proposições para serem atingidas em 3 anos. Novamente, em 2011, estaremos revendo, reorganizando e avaliando cada item, para serem atualizados, modificados e transformados, de acordo com a realidade em que a escola se encontrar. 115 3.1. APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA OBJETIVOS ESTRATÉGICOS CONCEITOS BÁSICOS PROPOSTAS DE AÇÕES (O que é?) (Como deve ser?) (O que queremos?) 3. 1.1. Reforço na aprendizagem É o diagnóstico do conhecimento trazido pelo aluno que precisa ser feito para realizar a ligação com o conteúdo que será trabalhado. Incentivar grupos de estudos entre os alunos: alunos que tem maior facilidade, auxiliam aqueles que tem mais dificuldade e/ou interesse em aprender. Estabelecer vínculo com Universidades afim de trazer estagiários para realizar aulas de reforço. Manter e ampliar o atendimento dos alunos de 5ª série com defasagem de conteúdo em Língua Portuguesa e Matemática nas Salas de apoio à aprendizagem. Encaminhar alunos com dificuldades em determinados conteúdos para aulas particulares, de acordo com as possibilidades da família. 3.1.2 Responsabilidade coletiva de aluno e professor Ambiente saudável onde ocorre o convívio e a interação do professor com o aluno, no trabalho com o conhecimento. Seguir as regras estabelecidas, com ética e respeito. Demonstrar empatia nas relações entre professores e com os alunos. Primar por relacionamentos sadios onde a educação seja presente, bem como o respeito e amizade. Cumprir os deveres legais e morais, bem como as obrigações constantes no Regimento. 3.1.3 Domínio dos conteúdos pelos alunos Aquisição e pleno domínio dos conhecimentos trabalhados em sala de aula e superação do conhecimento de senso comum. Participar ativamente das aulas, demonstrando interesse. Abordar o conteúdo de forma que incentive e desperte o interesse no aluno Aprofundar o conhecimento por meio da investigação e da pesquisa 3.1.4 Resgate do nível de O professor necessita, no âmbito de sua ação pedagógica, dominar, Retomar o nível de conhecimento através de leituras, atividades 116 conhecimento 3.1.5 Futuro certo conhecer e utilizar o conteúdo que será trabalhado, bem como conhecer técnicas de ensino e metodologias adequadas, para que o nível de conhecimento seja paulatinamente melhorado e cobranças de postura mais séria em relação à escola. Definição clara das intenções e da função social da escola entre os professores, para assim, esclarecer para os pais e para os alunos Esclarecer, por meio de estudos, o porquê de estar na escola e quais são os objetivos do estudo. Ampliar a procura pela informação através de revistas, jornais, artigos, Internet, etc. Ter como ponto de partida a educação dada pelos pais, esclarecendo quais os objetivos da escola. Realizar trabalhos de conscientização de toda a comunidade escolar, explicitando a necessidade da seriedade e do envolvimento de todos para um futuro melhor. 3.1.6 Motivação e elogios, sem reclamações Incentivo, por meio de elogios, para elaboração de atividades e ações inovadoras e criativas. Elogiar e motivar os alunos que apresentam bom desempenho na aprendizagem. Promover, por meio do diálogo, a tomada de consciência da importância da escola e do conhecimento. Resgatar a auto-estima de alunos com dificuldades de aprendizagem, valorizando os pontos positivos que trazem consigo. 3.1.7 Reforço escolar Ações para reforçar e repor conteúdos em defasagem. Ampliar o atendimento das Salas de apoio à aprendizagem, que são aulas paralelas no contra-turno para alunos das 5ª séries. Ampliar o atendimento em contra-turno por meio de parcerias com Universidades, com a presença de estagiários. 117 3.2. RELAÇÕES INTERPESSOAIS POSITIVAS E COMPROMETIMENTO DO ALUNO OBJETIVOS ESTRATÉGICOS CONCEITOS BÁSICOS PROPOSTAS DE AÇÕES (O que é?) (Como deve ser?) (O que queremos?) 3.2.1 Disciplina A disciplina é o respeito às regras estabelecidas e a consciência dos limites existentes entre professor e alunos no processo de ensinoaprendizagem, bem como na convivência em grupo. Construir a disciplina com o aluno, tomando consciência das regras sociais estabelecidas. Desenvolver o pensamento crítico a partir dos conflitos, visto que os mesmos são inerentes às relações interpessoais. Estabelecer critérios bem claros e que possam ser aceitos por todos. Constituir uma linguagem única, que permeie entre docentes, discentes, gestores e funcionários, levando todos a se comprometam realmente no cumprimento de suas obrigações. 3.2.2 Respeito na convivência entre os alunos É a relação harmoniosa entre aluno e professor no intuito de realizar com competência as atividades educativas. Conscientizar alunos e professores de que a convivência e o trabalho coletivo possibilitam a interação. Conhecer a si mesmo e ao outro, respeitando o espaço e as idéias do outro. Ofertar atividades de convivência, interação, integração, união e amizade entre todos. 3.2.3 Respeito ao patrimônio público Cuidados com a integridade física da Informar e orientar os alunos quanto aos cuidados e a unidade escolar, zelando do conservação dos recursos que são utilizados para o patrimônio para ser usufruído por toda desenvolvimento do processo de ensino aprendizagem. a comunidade. 3.2.4 Resgate de valores (respeito) São os valores e as atitudes historicamente constituídos que nos diferencia dos outros seres. Realizar pequenas ações cotidianas, como elogios e palavras que elevem a auto-estima dos alunos. Incentivar as ações educadas entre os alunos, com seus pais e professores. Ser um exemplo, mesmo que não seja perfeito. Vivenciar, no dia-a-dia, os valores essenciais como respeito, comprometimento, justiça, solidariedade, amizade, bom senso, 118 etc. 3.2.5 Valorização do Patrimônio Público De acordo com o sistema democrático, aquilo que é público deve vir sempre acima do que é particular. Não apenas os bens materiais, mas também o espaço público deve ser usado com respeito e consciência. Responsabilizar o aluno quando este causar algum dano ao patrimônio público. Conscientizar para agir corretamente em sociedade e em caso de infração o aluno deve corrigir o seu dano. Levar o aluno à reflexão de que o descaso com um bem público pode voltar-se contra ele ou sua família. Discutir as ações do cotidiano como ceder o lugar num ônibus para idosos, grávidas e deficientes. Refletir que, caso destrua um telefone público, pode, em outra ocasião, necessitar dele. Identificar pichadores e fazer limpar ou pagar o conserto de paredes estragadas. 3.2.6 Interesse e participação dos alunos Ações e propostas que visem despertar o interesse do aluno pela escola, bem como o desenvolvimento do senso estético e artístico. Propiciar atividades como bandas de música, coral, dança e artesanato. Buscar parcerias com Universidades para trazer estagiários com o objetivo de auxiliar a lidar com alunos hiperativos e agressivos. Reduzir ações violentas e agressivas. Ensinar com paixão, didática e diversidade de atividades. 3.2.7 Não uso de drogas pelos alunos 3.2.8 Disciplina Propostas de ações antidrogas, valorizando a vida e a opção pela vida. Organizar palestras e vídeos sobre os malefícios do uso de drogas. É o cumprimento da regras, as quais foram compreendidas e internalizadas pelo indivíduo. É o respeito às pessoas e um convívio pacífico. Conscientizar o aluno de que para cada ato há uma conseqüência e que se há algum desvio, existem consequências para o infrator. Buscar cursos para formação dos profissionais com o intuito de conhecer sobre o assunto e as amaneiras de abordar o mesmo na sala de aula. Construir o conjunto de regras coletivamente, por meio da Comissão do PPP e alunos monitores de turma. Trabalhar as regras do cotidiano, por meio de material impresso 119 na agenda escolar do aluno. 3.2.9 Motivação dos alunos e acompanhamento dos pais na educação escolar É o interesse pessoal em participar e aprender. É o envolvimento tácito nas atividades propostas, levando em consideração as vantagens de se aprender e estudar. Incentivar os pais a acompanharem o desempenho escolar dos seus filhos na escola. Promover reuniões com os pais para esclarecimento das atividades que estão ocorrendo na escola. Dialogar com os alunos e mostrar aos pais as vantagens da conversa com os filhos sobre suas amizades, sentimentos, interesses, etc. Promover palestras aos pais sobre temas diversos como drogas, violência, preconceitos, etc. Implementar as atividades de gincana e outros momentos em que haja jogos e atividades interativas entre pais e filhos. 3.2.10. Alunos atentos: professor com linguagem acessível Atenção dos alunos à aula, onde o professor utiliza uma linguagem clara e acessível e se compromete em conferir se realmente o aluno entendeu. Traduzir a linguagem técnica de cada conteúdo para uma linguagem que seja compreensível por todos os alunos. Dialogar com os alunos e certificar-se que realmente entendeu a explicação. Exigir atenção dos alunos quando o professor está expondo o conteúdo. 3.2.11. Presença do aluno em sala de aula É a frequência responsável do aluno às aulas, evitando faltas por qualquer motivo. Comunicar alunos faltosos: 05 faltas consecutivas e 07 faltas alternadas. Registrar na pasta de chamada, sempre na primeira aula, a freqüência dos alunos para conferir alunos faltosos ou que se atrasam freqüentemente. Exigir a presença do aluno em sala, combatendo todo tipo de gazeta. 3.2.12. Silêncio nos corredores O barulho incomoda e tira a concentração e atenção do aluno e do professor. Orientar em sala de aula sobre a importância do silêncio e agir igual. Mudar de turma com rapidez e agilidade. Sair da sala somente quando extremamente necessário. Educar o aluno para falar baixo e entender que gritaria e 120 algazarra atrapalha a aprendizagem da sala ao lado. 3.2.13. Compromisso com a escola Ser coerente com os princípios éticos Não faltar às aulas e evitar faltar. da profissão, agindo de acordo com os Cumprir o horário de início da aula, evitando atrasos objetivos da Instituição. desnecessários. Trabalhar em equipe, tendo claro o objetivo pedagógico da escola. Levar o aluno a compreender e vivenciar comportamentos socialmente aceitos, perante o contexto escolar. 3.2.14. Combate ao tabagismo O cigarro é uma droga e um vício prejudicial a saúde individual e coletiva. Esclarecer sobre as conseqüências para a saúde do aluno. 3.2.15. Punição dos alunos infratores de acordo com o Regimento Quando o aluno age em desacordo ao Regimento Escolar ou contra as normas estabelecidas deve ser punido. Mostrar a importância do respeito às leis. Conhecer a lei e a punição, pois a escola é local público. Levar o aluno a saber seus direitos e seus deveres para com a escola, bem como das penalidades ali existente. Trabalhar incessantemente sobre as regras e o respeito às mesmas. Implementar as ações da Patrulha Escolar em casos graves. Cumprir o que está determinado no regimento. Constituir o Grêmio Estudantil conectado aos objetivos do PPP, para auxiliar na busca de soluções para os problemas ligados à violência e aos atos de vandalismos de alunos. Buscar auxílio do Conselho Escolar , para que o mesmo dê respaldo à direção e ao professor. Realizar o registro escrito das ações de vandalismo, agressão, uso de entorpecentes e acionar a família. Identificar as causas dos problemas, seja individual ou da turma, e buscar soluções rápidas e eficientes. 121 3.3. PARTICIPAÇÃO EFETIVA DA FAMÍLIA NA ESCOLA OBJETIVOS ESTRATÉGICOS CONCEITOS BÁSICOS PROPOSTAS DE AÇÕES (O que é?) (Como deve ser?) É a presença na vida escolar do filho, de duas formas básicas: na própria escola, quando chamado ou comparece espontaneamente, em qualquer momento e em casa, quando demonstra interesse pelos estudos e valoriza as ações da escola e de seus professores. Investir em ações para o envolvimento da família na vida escolar dos alunos, visto que atualmente a família não participa da vida escolar do seu filho. (O que queremos?) 3.3.1. Participação da família Contribuir, por meio de uma participação efetiva, dando continuidade em casa, ao trabalho que o professor iniciou em sala de aula (cobrando tarefas, leituras, pesquisas). Atender prontamente quando for solicitado o seu comparecimento na escola. Participar, espontaneamente, dos eventos promovidos pela escola, pois a mesma é parte integrante da comunidade. Comunicar a escola, de imediato, os casos de doença, acidentes, problemas em geral, que envolvam o seu filho. Manter uma boa relação com a escola, valorizando as ações educativas e incentivando seus filhos a participarem com entusiasmo. 3.3.2. Estrutura adequada Organização, antecipada e eficiente, para recepção dos pais: desde a portaria, até as reuniões, encontros e assembleias em geral. Superar a visão de que a participação dos pais só é importante quando há envolvimento de fatores financeiros. Manter constante interação com os pais, usando de vários meios de comunicação: bilhetes, recados, telefonemas, Internet, emails. Proporcionar eventos e momentos de reflexão, sobretudo a respeito do que acontece no cotidiano escolar. 3.3.3. Não fazer “vistas grossas” com a falta de compromisso com os alunos Muitas vezes a família é conivente com o mau comportamento e falta de comprometimento dos filhos. Sendo que a escola, por falta de Resgatar um processo dinâmico de interação entre família – escola. Proporcionar, através dos canais competentes, apoio e ajuda ao professor, no sentido de tornar menos árdua a tarefa de 122 profissionais, acaba participando desse processo de acomodação. ensinar. Apoiar as ações docentes que são exercidas por prazer e não por obrigação. Privilegiar a qualidade dos serviços prestados à comunidade, e não a quantidade. Oferecer momentos para que a família venha até à escola para também aprender a lidar com os jovens. 3.4. ENSINO ATIVO, REFLEXIVO E DINÂMICO E METODOLOGIAS INOVADORAS E CRIATIVAS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS CONCEITOS BÁSICOS PROPOSTAS DE AÇÕES (O que é?) (Como deve ser?) (O que queremos?) 3.4.1. Coleguismo entre os professores Professor auxilia seu colega tanto no que concerne ao regimento e funcionamento escolar, quanto ao que se refere ao planejamento. É a harmonia no desenvolvimento das aulas como um todo de forma ética e com profissionalismo. Seguir a mesma linha de conduta, respeitando as normas da escola. Estabelecer um conjunto de normas, discutido por todos, afim de organizar a rotina do professor. Manter um clima de amizade e respeito, evitando desentendimentos e conflitos e, caso tais situações ocorram, procurar resolver de forma madura e coerente com os princípios da profissão. 3.4.2Compromisso profissional É a dedicação dos profissionais aos aspectos relativos aa função exercida. Exercer a profissão com destreza, responsabilidade, compromisso, respeito e dignidade. 3.4.3. Professor com planejamento de aulas O professor realiza pesquisas utilizando as mais diversas fontes para enriquecer a sua aula. As aulas são planejadas utilizando os critérios estabelecidos no Plano de Trabalho Docente e os recursos disponíveis para enriquecer a aula. Estabelecer várias possibilidades de solução para o mesmo problema. Organizar as aulas de modo claro, conciso e coerente com a realidade da turma. Programar o uso dos ambientes pedagógicos e de materiais que enriqueçam a aula. 123 Manter um plano flexível e aberto às mudanças no cotidiano. Dominar o conteúdo e estar atento às dúvidas dos alunos. 3.4.4. Aulas dinâmicas Aula que possibilita a participação do aluno, saindo da rotina do quadro e do giz. Possiblitar um contato mais direto e objetivo do aluno com o tema abordado. Facilitar a compreensão da matéria por meio de explicação clara e segura. Utilizar recursos didáticos que ilustrem a explicação e facilitem a apropriação do conhecimento. Usar vários métodos para que o aluno aprenda. Aprender a usar os recursos tecnológicos. 3.4.5. Ouvir os alunos com ética O professor deve manter diálogo aberto e franco com os alunos, atentando, porém, para que não caia na tentação de falar do colega, gerando atrito e desconforto. Escolher, para cada turma, um ou dois professores monitores. Deixar claro aos alunos o objetivo do trabalho do professor em sala de aula e os seus critérios de avaliação. Desenvolver a ação pedagógica com responsabilidade, deixando claro para os alunos que o objetivo é o seu aprendizado. Ouvir os alunos com ética, pois estando conscientes do trabalho do professor, o que será dito e ouvido terá coerência. Discutir de modo maduro os que os alunos dizem, buscando soluções adequadas para cada situação. 3.4.6. Chegada rápida dos professores na sala de aula É a assiduidade de chegar sempre no horário e sair após o sinal, evitando transtornos do tipo agitação pelos corredores, barulho, atrasos e aulas vagas. Desenvolver o senso de responsabilidade, de respeito e de comprometimento com os alunos e com os colegas de trabalho. Chegar antes do horário para organizar o seu material de trabalho. Quando der o sinal para troca de professores, ser ágil na mudança de sala. 3.4.7. Capacitação e domínio das tecnologias Encontros, cursos, reuniões, seminários para melhorar o domínio do uso dos recursos tecnológicos oferecidos pela escola. Saber manusear o equipamento tecnológico e utilizá-lo de forma correta. Participar de cursos de formação e/ou atualização com carga horária suficiente para dominar o manuseio, com profissionais 124 que preparem realmente os professores. Consultar as orientações presentes no portal diaadiaeducao sobre o uso das metodologias com recursos tecnológicos. 3.4.8. Salário digno É o pagamento mensal pelos trabalhos prestados, de acordo com legislação vigente. É o que distingue o profissional da educação como trabalhador da educação. É a recompensa que deve compatível com as necessidades básicas e de lazer. 3.4.9. Cursos de capacitação para lidar melhor com os problemas Seria oficinas, onde nós professores iriam fazer o levantamento dos principais problemas enfrentados no cotidiano com turmas ou períodos e traçar soluções viáveis. 3.4.10. Conhecimento do uso de tecnologias Uso do vídeo, TV, DVD, Datashow, Computador, TV Multimídia, retroprojetor nas aulas. Possibilitar, pelo valor do salário, uma qualidade de vida melhor. Diminuir a carga horária de trabalho, possibilitando um maior tempo para planejar as aulas, tempo de pesquisa, leitura, atualização do conhecimento, sem ter diminuído o salário. Proporcionar mais tempo de lazer, que é fundamental para o equilíbrio emocional do professor, bem como a melhoria dos laços de amizade. Fazer reunião inicial, levantar problemas enfrentados no ano anterior e estratégia deram certo, retomada nos conselhos (pré) e juntos pós conselhos novas estratégias. Desmotivação dos alunos. Planejamento de aulas com uso tecnologia e os alunos apresentarem seus trabalhos tem usando recursos e uso do laboratório (aulas práticas mesmo sem laboratorista especifico as com auxilio de outros, ou ainda via estagiários. Parte da indisciplina vem do despreparo da aula (improvisar). Manusear, durante a semana pedagógica e na hora atividade, os recursos tecnológicos para implementar melhoria na qualidade das aulas. Buscar, nos inúmeros meios de comunicação, as formas de usar adequada e pedagogicamente, os recursos tecnológicos em sala de aula. 3.4.11. Apoio É a ajuda e o suporte pedagógico no uso dos recursos tecnológicos e, de modo geral, no gerenciamento das rotinas em sala de aula. Planejar as aulas individual e coletivamente. Definir coordenadores de área por turno. Operacionalizar e ensinar professores no uso correto dos recursos tecnológicos. Aumentar o número de pessoal administrativo qualificado que 125 possam auxiliar os professores. Organizar maior número de encontros entre professores das diferentes disciplinas para troca de experiências. Elencar as atividades de sucesso e divulgar nos inúmeros meios de comunicação da escola: mural, site, blog, exposição, etc. 3.5. GESTÃO DEMOCRÁTICA – ESTRUTURA ADEQUADA, FLUXO DA INFORMAÇÃO E FORMAÇÃO DOCENTE OBJETIVOS ESTRATÉGICOS CONCEITOS BÁSICOS PROPOSTAS DE AÇÕES (O que é?) (Como deve ser?) (O que queremos?) 3.5.1 Número máximo de Definição de um número de alunos 35 alunos condizente com as possibilidades didáticas de atendimento e acompanhamento efetivo. Estipular o número máximo de 30 a 35 alunos porque é desumano e impossível atingir com competência turmas com 45 alunos. 3.5.2 Existência de um banco de dados digital É a organização de uma banco de Criar um aplicativo capaz de armazenar dados atualizados sobre dados com as informações relativas ao a vida do aluno, bem como sobre a comunidade escolar. aluno e sua vida escolar, incluindo Criar página de Internet, site ou blog do Colégio. foto. 3.5.3 Linguagem única Estabelecimento de linguagem única e a sistematização de ações que caracterizam a Instituição como um todo, sendo respeitado integralmente por todos os profissionais. Estabelecer e cumprir coletivamente regras claras e bem definidas. Determinar quais assuntos/ações podem ser discutidos e quais devem ser acatados, para o bom andamento da escola. Implementar para que a linguagem única seja para todos os níveis hierárquicos. 3.5.4 Valorização dos profissionais Somente por meio da valorização e do reconhecimento se estabelece um clima amistoso, a motivação e o entusiasmo pelo trabalho Reconhecer as ações dos bons profissionais através de elogios e gratificações. Chamar a atenção e corrigir problemas em particular, com o profissional envolvido, não generalizando, como se todos 126 estivessem errados. 3.5.5. Divulgação oral e escrita das informações Manifestação das informações de modo que todos fiquem sabendo. Conscientizar dos profissionais envolvidos na leitura das informações, seja através de mural, Internet, site da escola, recados, e-mail, etc. Implementar as ações de coleta da assinatura de ciência a respeito dos convites, convocações, editais, reuniões, materiais e demais informações. 3.5.6. Reforma das salas Melhoria na estrutura física da escola, deixando o ambiente mais qualificado para a ação pedagógica. Reformar as salas como um todo, e, como depende de verbas do governo, insistir na documentação para que isso se concretize. 3.5.7. Ação e eficiência da equipe pedagógica Equipe pedagógica comprometida com Atuar de modo a ser eficiente, colaborando com o professor em os objetivos da escola e interessado sua ação docente. em auxiliar os professores em seus Buscar, junto à SEED, ampliar o número de componentes da empreendimentos. equipe pedagógica. 3.5.8. Comunicação interna eficaz Definição das formas eficientes de informar, comunicar e esclarecer os fatos, exigências e regras do cotidiano escolar. É chave mestra em qualquer instituição. Definir os ambientes para a centralização das informações: secretaria, equipe pedagógica e direção, evitando desperdício de tempo. Organizar o sistema de distribuição das informações por meio de e-mail, site e blog. Definir uma linguagem unificada, por meio da qual se faça conhecer todas as regras, normas e cotidiano da escola, evitando contradições. 3.5.9 Inspetores de pátio 3.5.10 Igualdade nas regras de tratamento São os profissionais responsáveis pela efetiva segurança no pátio da escola, bem como o controle do horário, evitando gazetas, bebidas, fumo e brigas e também garantindo o bom funcionamento do colégio. Buscar, junto à SEED, a contratação de profissionais que possam desenvolver o trabalho de inspetoria do pátio. Treinar e orientar os profissionais sobre suas funções e a importância da sua ação dentro da escola. É o cumprimento geral das regras por todos, sem abrir exceções a todo tempo. Definir o conjunto de regras da rotina, para evitar a modificação das mesmas e, consequentemente, o não cumprimento ou cumprimento parcial. Definir dois inspetores de pátio, em cada período. 127 Assimilar todas as regras e normas, evitando abrir precedentes de questionamentos sem fundamento. 128 4. 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NATERCI DE SOUZA SCHIAVINATO Diretora ANAIR JUREMA BARRETO DA COSTA Diretora Auxiliar JOSE ALVES DAMASCENO Diretor Auxiliar ALEXANDRO MUHLSTEDT Pedagogo – Manhã e Tarde FABIOLA DOHMS BUDEL Pedagoga - Manhã e Tarde IVANI KUNTYJ RAWLYK SANTUCCI Pedagoga - Noite ROSANGELA MARIA DE CASTRO Pedagoga - Noite ® COLÉGO ESTADUAL PROFESSOR FRANCISCO ZARDO ENSINO FUNDAMENTAL , MÉDIO E PROFISSIONAL Avenida Manoel Ribas, 7149 - Santa Felicidade Curitiba – Paraná – CEP 82400-000 / Fone: (41) 3272-1121 ©Todos os direitos reservados