projeto político- pedagógico 2009 - 2011

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PROJETO POLÍTICOPEDAGÓGICO
2009 - 2011
CURITIBA – PARANÁ
JUNHO / 2009
2
CARTA DA DIREÇÃO
Com alegria apresentamos à comunidade do Colégio Estadual Professor Francisco Zardo –
Ensino Fundamental, Médio e Profissional o Projeto político-Pedagógico.
Fruto de uma construção coletiva onde participaram direção, professores, funcionários,
pais e alunos, o presente documento é o retrato da realidade da nossa escola, bem como um
recorte histórico e uma projeção de futuro e de ideais.
Direção, professores e funcionários envolveram-se em retratar o universo educacional de
modo amplo, porém sem perder o chão, nem deixar o norte de nossa realidade, Pais tomaram
consciência de sua participação na vida escolar de seus filhos e Alunos envolveram-se em
discussões para mostrarem seu “rosto” e sua “voz” neste documento que concretiza o que
temos e o que queremos fazer para melhorar a escola.
O processo democrático e participativo nem sempre é fácil. Há problemas e obstáculos
que foram, ao longo do processo construtivo, sendo enfrentados: o tempo escasso, a
disponibilidade insuficiente, o acúmulo de tarefas entre outros. Mas todos encarados como
desafios. Desafios que, afinal, tornaram este documento singular.
Os atores envolvidos realmente demonstraram interesse, garra e motivação para construir
o nosso PPP. Quiseram, desde o início, constituir um documento nosso, uma fonte de pesquisa
e um norte para todas as nossas ações.
Resultado de discussões, pesquisas e definição de metas, aspirações e sonhos, nosso PPP
se materializa como linha mestra do Colégio Zardo e, guiado pelo princípio da revisão anual,
enunciamos nele nossos objetivos para 03 anos. Queremos que este documento seja vivo a
cada ação pedagógica desenvolvida na escola.
Desde a concepção da metodologia a ser utilizada até os últimos detalhes de sua
formatação, sempre tivemos a clara intenção de transformar e melhorar, de corrigir e
aperfeiçoar e, assim, coletivamente, construir uma escola melhor, um Zardo que oferece
educação de qualidade, um Zardo que possui uma equipe que almeja o melhor.
Curitiba, 14 de agosto de 2009.
NATERCI DE SOUZA SCHIAVINATO
Diretora
3
I. DADOS CADASTRAIS
Nome: COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR FRANCISCO ZARDO – ENSINO FUNDAMENTAL,
MÉDIO E PROFISSIONAL
Município: CURITIBA
NRE: CURITIBA
Setor: SANTA FELICIDADE
Dependência Administrativa: ESTADUAL
Entidade Mantenedora: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ – SECRETARIA DE ESTADO DA
EDUCAÇÃO
Sistema: SERIADO BIMESTRAL
Endereço: AVENIDA MANOEL RIBAS
Número: 7149
Bairro: SANTA FELICIDADE
Cidade: CURITIBA - PARANÁ
Zona: URBANA
CEP: 82400-000
Fone: (41) 3272 - 1121
Fax: (41) 3374 - 2280
Home-page: www.zardo60anos.blogspot.com
E-mail: [email protected]
Horário de Funcionamento: MANHÃ – 7:30 ÀS 11:55H
TARDE – 13:15 ÀS 17:30H
NOITE – 18:45 ÀS 22:30H
4
II. ATOS OFICIAIS
ENSINO FUNDAMENTAL
Autorização de Funcionamento do Estabelecimento
Dec 1595/1976
DOE 11/02/1976
Reconhecimento do Estabelecimento
Res. 2142/1982
DOE 31/08/1982
Reconhecimento do Curso
Res. 2142/1982
DOE 31/08/1982
Renovação do Reconhecimento
Res. 1578/2008
DOE 01/08/2008
ENSINO MÉDIO
Autorização de Funcionamento do Estabelecimento
Dec 1595/1976
DOE 11/02/1976
Reconhecimento do Curso
Res. 910/1985
DOE 12/03/1985
Renovação do Reconhecimento
Res. 1626/2008
DOE 29/07/2008
ENSINO PROFISSIONAL
Autorização do Funcionamento do Curso Técnico em
Informática – Suporte e Manutenção
Res. 667/06
Autorização do Funcionamento do Curso Técnico em
Meio Ambiente
Res. 1018/2006
Autorização do Funcionamento do Curso Técnico em
Secretariado
Res. 854/06
Reconhecimento do Curso
Res. 3799/2008
DOE 07/10/2008
5
III. EQUIPE DIRETIVA
NATERCI DE SOUZA SCHIAVINATO
Diretora
ANAIR JUREMA BARRETO DA COSTA
Diretora Auxiliar
JOSE ALVES DAMASCENO
Diretor Auxiliar
IV. EQUIPE PEDAGÓGICA
ALEXANDRO MUHLSTEDT
Pedagogo – Manhã e Tarde
FABIOLA DOHMS BUDEL
Pedagoga – Manhã e Tarde
IVANI KUNTYJ RAWLYK SANTUCCI
Pedagoga - Noite
ROSANGELA MARIA DE CASTRO
Pedagoga - Noite
6
V. EQUIPE DOCENTE 2009
ALESSANDRO ANDRADE HAIDUKE
LANAMAR CLEUSA PIANARO
ALEXANDER BASSOLI HONEGER
LEANDRO ALBERTO MALINOWSKI
ALINE AUGUSTO
LEONARDO STAHLSCHMIDT
ANA LUCIA THERIBA BARTAPELLI
LUCIANE BATISTA VAZ
ANAIR JUREMA BARRETO DA COSTA
LUIS CESAR VOLPINI
ANDRE LUIZ DE MELLO MEIRELLES
MARCIA GENNARI
ANDREIA DO ROCIO RIBEIRO
MARCIA PEIXOTO ROCHA DA SILVA
ANGELICA WARGHA P. RIBEIRO DE ARAUJO
MARCOS ANTONIO GOMES
ANGELITA BATISTA DE SOUZA
MARCOS ROGERIO MAZETTI
CAMILA TOCHETTO
MARIA APARECIDA DE SOUZA LOPES
CARLA JESUS CHAGAS WANSAUCHEKI
MARIA REGINA TREVISAN PARISE
CARMEN CINTHIA CALDEIRA B. SEKITANI
MARIA VALDERICE P. DOS SANTOS
CASSIO MURILO TREVISAN
MARIANA SILVIA CIPOLLA
CLAUDIO JOSE BUDEL
MARIANE MAESTRELLI
DALILA FERREIRA DE JESUS SANTOS
MARILEI QUINT SERONATO
DANIELE CRISTINA KLOSOSKI
MARILISE MARIA BENATO STIVAL
DEBORA CRISTINA SANTANA
MARION RIBEIRO
DELNICE TERESINHA DAS NEVES
MARTA BRAZ PEDRA
DIRLENE APARECIDA DOS SANTOS
NATEL MARCOS FERREIRA
ELIAS CICERO MATTAR SOBRINHO
NEILI GONCALVES DE LIMA
ELISETE TELMAN NEVES
NILZETE LIBERATO OLIVEIRA
ELISEU DE SOUZA BRITO
PATRICIA MARINA ANDRADE PAULIN
ELIZA MERKLE
RAFAEL DA SILVA
ELIZABETE ALVES GERALDO
ROBERTO SALIM SFIER
ELIZABETH LUZ BRONNER
ROSALIA M. PALKOWSKI ANTUNES
EMERSON ANTONIO KLISIEWICZ
ROSANGELA GONCALVES DE OLIVEIRA
ESTEFANIA DIAS MENDES
ROSANGELA MARGARETH DE JEZUS PIELAK
EUCLIDES ANTAO MULLER
SANDRO BENATO
EVERSON ADELMO PASQUALI
SERGIO ANDREW FARIAS
FILOMENA MARIA FARINHA ANTONIO
SILVANA COSTA
GRAZIELLA APARECIDA DA CUNHA
SILVIA MARIA RABELO
HIRAN ZANATTA
SORAIA MARQUES TEIXEIRA FUCHS
ICLEIA OLIVEIRA ZANOTO
STELA MARIS MARQUETE
ITALO PETRONZELLI
SUELI MARIA TISSI MAYER
JAUDIR MANFRON
SUSANA WILCZAK DA SILVA SIQUEIRA
JOCELI DE FATIMA TOMIO ARANTES
THIAGO LUIS CAVALIERI
JOSE ALVES DAMASCENO
VALERIA BEATRIZ PLUCHEG
JOSIANE GOMES SOARES
VLADEMIR RODRIGUES DA SILVA
KARINA REICHEL RODRIGUES
7
VI. EQUIPE TÉCNICO-ADMINISTRATIVO
AGENTE EDUCACIONAL I
ADELIA KOZAR
ANA LUCIA PEDROSO
ANTONIA TEREZINHA KOLACO OPIEKON
EMA ZULTANSKI MELLO
JAIME TRINDADE DE OLIVEIRA
JOSNEI DOS SANTOS
JUSSEIA SEVERINO DOS SANTOS OLIVEIRA
JUVELINA GANE LOPES
LAUDINE APARECIDA MELNICK
MARIA LUCIA PIOTTO ORIANI
REGINA CELI RIBEIRO DOS SANTOS
SANDRA MARA TONIN KOLACO
SONIA ZAPOSTO BUENO DOS SANTOS
AGENTE EDUCACIONAL II
ADIR PEDRO BENATO
ANA CRISTINA RODRIGUES MIKOSZ
CLAIR APARECIDA ALVARENGA LIMA DA COSTA
CLEUSA MARIA TRENTIN MATIAS
LUCIANA TREVIZAN
LUSSIMAR HELENA FERRARI BERTOLDI
MARLON APARECIDO DESPLANCHES
ROSE MARY FERNANDES ABREU
TEREZINHA DE FATIMA FERREIRA DOS SANTOS
8
VII – TURMAS E MATRÍCULAS 2009
Curso
ENSINO FUNDAMENTAL
COMPLEMENTACAO CURRICULAR
ENSINO MEDIO
ESPANHOL - BASICO
INGLES - BASICO
INFORMÁTICA
MEIO AMBIENTE
SECRETARIADO
Série
Turno
Total de
Turmas
Total de
Matrículas
5ª
Tarde
4
110
6ª
Tarde
4
117
7ª
Tarde
3
108
8ª
Tarde
3
110
1ª
Manhã
1
30
1ª
Tarde
1
30
1ª
Manhã
7
271
1ª
Tarde
2
66
1ª
Noite
2
75
2ª
Manhã
6
227
2ª
Tarde
1
26
2ª
Noite
2
86
3ª
Manhã
5
176
3ª
Tarde
1
26
3ª
Noite
2
94
1ª
Manhã
1
30
1ª
Intermediário Tarde
2
60
1ª
Noite
1
30
1ª
Manhã
1
30
1ª
Tarde
1
30
1ª
Intermediário Tarde
1
30
1ª
Noite
1
30
1ª
Noite
2
83
2ª
Noite
1
20
3ª
Noite
1
15
1ª
Noite
1
26
2ª
Noite
1
18
3ª
Noite
1
7
4ª
Noite
1
19
1ª
Noite
1
41
2ª
Noite
1
20
3ª
Noite
1
8
4ª
Noite
1
11
62
2.060
9
Todo planejamento educacional, para qualquer
sociedade, tem de responder às marcas e aos
valores dessa sociedade.
Só assim é que pode funcionar o processo
educativo, ora como força estabilizadora, ora
como fator de mudança.
Às vezes, preservando determinadas formas de
cultura.
Outras, interferindo no processo histórico,
instrumentalmente.
De qualquer modo, para ser autêntico, é
necessário ao processo educativo que se ponha em
relação de organicidade com a contextura da
sociedade a que se aplica.
(...) A possibilidade humana de existir – forma
acrescida de ser – mais do que viver faz do homem
um ser eminentemente relacional.
Estando nele, pode também sair dele.
Projetar-se.
Discernir.
Conhecer.
(Paulo Freire)
10
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO .............................................................................................................. 13
1 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA SOBRE O PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO ..................... 14
2 – HISTÓRICO DO COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR FRANCISCO ZARDO – ENSINO
FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL .........................................................................
18
3 – PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO .............................................................................. 22
I – MARCO REFERENCIAL ........................................................................................ 22
1.1. MARCO SITUACIONAL - O MUNDO: UM CONTEXTO GERAL E MUITOS
DESAFIOS .....................................................................................................
23
1.2. MARCO CONCEITUAL - SOCIEDADE, SER HUMANO E EDUCAÇÃO QUE
FORNECEM O TOM DOS ANSEIOS ...................................................................
26
1.3. MARCO OPERACIONAL - NOSSOS IDEAIS: EXPRESSÃO DE
31
POSICIONAMENTOS POLÍTICOS E PEDAGÓGICOS ............................................
1.3.1. DIMENSÃO PEDAGÓGICA ............................................................
32
1.3.2. DIMENSÃO COMUNITÁRIA ..........................................................
34
1.3.2. DIMENSÃO ADMINISTRATIVA ......................................................
35
11
II – DIAGNÓSTICO ................................................................................................ 37
2.1. DESCRIÇÃO DO COTIDIANO: O PENSAR E O FAZER PEDAGÓGICO NO
COLÉGIO ZARDO ............................................................................................ 37
2.2. O PERFIL DO ALUNO, DOS PROFISSIONAIS E DA COMUNIDADE:
42
MÚLTIPLAS FACES NUM SÓ LUGAR .................................................................
2.3. A ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E ESTRUTURAL: ELEMENTOS
GOVERNAMENTAIS, COMPONENTES DA GESTÃO E FORMAÇÃO CONTINUADA
DOS PROFESSORES ........................................................................................ 45
2.4. PROGRAMAS DO GOVERNO E PROPOSTAS DA SEED ..................................
50
2.5. UM OLHAR SOBRE O COTIDIANO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO: A ESSÊNCIA
DA AÇÃO EDUCATIVA ..................................................................................... 57
2.6. REGRAS DO COTIDIANO: LIMITES, SEGURANÇA, CLAREZA E
POSSIBILIDADES ........................................................................................... 67
2.6.1. REGRAS GERAIS AOS PROFESSORES ............................................. 69
2.7. ÁRVORE DOS PROBLEMAS E ÁRVORE DAS SOLUÇÕES ...............................
76
2.8. NECESSIDADES .......................................................................................
103
12
III – PROGRAMAÇÃO ............................................................................................
3.1. DETALHAMENTO DAS NECESSIDADES E ELABORAÇÃO DE PLANOS DE
AÇÃO ............................................................................................................
104
105
3.2. CONCEITUAÇÃO BÁSICA DOS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS E PROPOSTAS
114
DE AÇÕES .....................................................................................................
3.1. APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA ..............................................................
115
3.2. RELAÇÕES INTERPESSOAIS POSITIVAS E COMPROMETIMENTO DO ALUNO 117
3.3. PARTICIPAÇÃO EFETIVA DA FAMÍLIA NA ESCOLA .....................................
121
3.4. ENSINO ATIVO, REFLEXIVO E DINÂMICO E METODOLOGIAS INOVADORAS
E CRIATIVAS ................................................................................................. 122
3.5. GESTÃO DEMOCRÁTICA – ESTRUTURA ADEQUADA, FLUXO DA
INFORMAÇÃO E FORMAÇÃO DOCENTE ............................................................
125
5 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 128
13
APRESENTAÇÃO
O presente documento é a sistematização das idéias dos integrantes da comunidade
(docentes, discentes, agentes educacionais e pais) do Colégio Estadual Professor Francisco
Zardo – Ensino Fundamental, Médio e Profissional que participaram da construção do Projeto
Político-Pedagógico.
Divide-se, basicamente, em três partes principais: Marco Referencial, Diagnóstico e
Programação. No Marco Referencial estão postos elementos que situam o contexto geral do
colégio, expressando visão de mundo, de sociedade, de homem, de educação. No Diagnóstico,
organizamos a realidade do Colégio e avaliamos as práticas existentes, bem como organizamos
as características de nossa Instituição. Na Programação é onde são adotadas diretrizes
relacionadas ao fazer da escola, a organização e o desenvolvimento curricular, ao ensino, à
gestão e à avaliação.
O texto resultou dos trabalhos coletivos realizados no Colégio e o trabalho de
construção, iniciado em março de 2009, demandou inúmeras reuniões dos vários segmentos do
Colégio envolvendo as unidades de ensino, que se detiveram para refletir sobre o contexto
mundial, nacional, regional e escolar onde está inserida a atividade educacional da nossa
Instituição, buscando traduzir desafios, princípios e diretrizes que fundamentarão a política de
educação que adotaremos.
A versão anterior do PPP, apresentada à Equipe do Setor Santa Felicidade para
adequações apresentou muitos problemas. Por essa razão, optou-se por reestruturar por
completo tal documento. Como subsídio, além do referencial bibliográfico, também serviram de
apoio as versões dos PPP’s anteriores.
Deste modo, esperamos adequar-nos às solicitações legais mas, mais do que isso,
expressar no presente documento a realidade, os anseios, as aspirações e os objetivos da
Equipe do Colégio Zardo.
A Equipe Pedagógica, num trabalho de “costura”, sistematizou o presente texto que
explicita o resultado das discussões, das muitas opiniões e depoimentos originados dos grupos
formados por aqueles que se propuseram a participar. Este texto foi apreciado na comunidade
escolar e aprovado no Conselho Escolar.
O Colégio Zardo é uma instituição de natureza pública, mantida pela Secretaria de
Estado da Educação do Governo Estadual do Paraná, constituída com caráter educacional,
tendo suas atividades desenvolvidas à luz dos artigos 5º, incisos IX, XIII, 6º, 205, 215 da
Constituição Federal, promovendo seu alunado através da educação e da cultura, tendo como
fundamento os princípios delineados na LDB 9.394/96 em seu artigo 3º, incisos I a XI.
Ao manter suas atividades educacionais e culturais, oferecendo os cursos de Ensino
Fundamental (séries finais), Ensino Médio e Ensino Profissional (Curso Técnico em Secretariado,
Meio Ambiente e Informática), em sistema bimestral, curso integrado e subsequente, o colégio
estará proporcionando a seus educandos condições para que os mesmos possam vivenciar os
mínimos sociais contidos no Art 6º da Constituição Federal. Portanto, o Colégio através de suas
atividades, de suas ações, estará promovendo o bem comum, a paz e a prática da justiça
inspirado no princípio da unidade nacional e nos ideais de liberdade, respeito e solidariedade
humana.
Como Instituição Pública, educacional e cultural, o Colégio Zardo manifesta e realiza
ações formadoras e transformadoras da sociedade através de seus alunos, dando-lhes, em
conseqüência, condições ao pleno exercício da cidadania.
14
1 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA SOBRE O PROJETO
POLÍTICO-PEDAGÓGICO
Não somos pescadores domingueiros, esperando o peixe.
Somos agricultores, esperando a colheita, porque a
queremos muito, porque conhecemos as sementes, a terra, os
ventos e a chuva, porque avaliamos as circunstâncias e
porque trabalhamos seriamente.
(Danilo Gandin)
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) nº 9394/96, em seu artigo 12,
inciso I, prevê que “os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu
sistema de ensino, tem a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica”,
deixando explícita a idéia de que a escola não pode prescindir da reflexão sobre a
intencionalidade educativa.
A palavra Projeto deriva do latim projecto significa Plano Geral de um Trabalho, desígnio,
empreendimento, iniciativa (FERNANDES, LUFT E GUIMARÀES, 1999, pág. 541)
O Projeto Político Pedagógico é um documento que se constitui, tomando o seu sentido
etimológico, em um plano geral para a educação. Todavia, “mais que um documento
burocrático”, contemplado na LDB (9394/96), o PPP é um meio de engajamento coletivo para
integrar ações dispersas, criar sinergias. Veiga (1998) esclarece as questões conceituais sobre o
tema ao afirmar que o projeto pedagógico não é um conjunto de planos e projetos de
professores, nem somente um documento que trata das diretrizes pedagógicas da instituição
educativa, mas um produto específico que reflete a realidade da escola, situada em um
contexto mais amplo que a influência e que pode ser por ela influenciado. Portanto, trata-se de
um instrumento que permite clarificar a ação educativa da instituição educacional em sua
totalidade. É mais do que responder a uma solicitação formal. É a reflexão e a contínua
expressão de dar direção e orientação a uma idéia, a um processo pedagógico intencional
alicerçado nas reflexões e ações do presente (PEREIRA, 2007).
O projeto político-pedagógico não é modismo e nem é documento para ficar engavetado
em mesa na sala de direção da escola, ele transcende o simples agrupamento de planos de
ensino e atividades diversificadas, pois é um instrumento do trabalho que indica um rumo, uma
direção e construído com a participação de todos, como explicam André (2001) e Veiga (1998).
Ele “é político no sentido de compromisso com a formação do cidadão para um tipo de
sociedade” (ANDRÉ, 2001, p. 189) e é pedagógico porque possibilita a efetivação da
intencionalidade da escola, que é a formação do cidadão participativo, responsável,
compromissado, crítico e criativo.
Veiga (2001) traz importantes contribuições sobre está temática quando trata da
construção de um projeto pedagógico em uma dimensão política e como prática
especificamente pedagógica. Esta autora apresenta algumas características, tais como: a) ser
processo participativo de decisões; b) preocupar-se em instaurar uma forma de organização de
trabalho pedagógico que desvele os conflitos e as contradições; c) explicitar princípios baseados
na autonomia da escola, na solidariedade entre os agentes educativos e no estímulo à
participação de todos no projeto comum e coletivo; d) conter opções explícitas na direção de
superar problemas no decorrer do trabalho educativo voltado para uma realidade específica; e,
e) explicitar o compromisso com a formação do cidadão.
Libâneo (2001, p. 125) aborda está temática ao destacar que o projeto pedagógico “deve
ser compreendido como instrumento e processo de organização das escolas”, tendo em conta
as características do instituído e do instituinte.
15
Vasconcellos (1995) reforça este entendimento, afirmando que o projeto pedagógico “é
um instrumento teórico-metodológico que visa ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano da
escola, só que de uma forma refletida, consciente, sistematizada, orgânica e, o que é essencial,
participativa. E uma metodologia de trabalho que possibilita resignificar a ação de todos os
agentes da instituição.” (p. 143).
No Estado do Paraná, o PPP deve ser construído coletivamente em consonância com o
sistema público de ensino (articulação). Sua continuidade deve ser “atemporal”, isto é: precisa
de médio e longo prazo para se perpetuar de acordo com a realidade da escola. O “atropelo”
dessa condição pode trazer inúmeros danos à sua concepção: diagnóstico superficial,
cronograma de ações prejudicados, ações pedagógicas ineficientes, intervenções superficiais e
etc. A temporalidade para a consolidação do PPP é trabalhar num horizonte histórico com o
futuro à partir do presente.
O Projeto Político-Pedagógico, originado no seio da coletividade docente, discente,
administrativa e segmentos da sociedade fornece uma identidade à instituição, representa
espaço onde possam se manifestar as experiências acumuladas, as necessidades singulares, o
planejamento sistematizado das ações, enfim, uma oportunidade de tomarem as rédeas da
direção a seguir.
O presente documento está organizado de acordo com a proposição de Celso Vasconcelos
e Danilo Gandin: Marco Referencial, Diagnóstico e Programação.
No Marco Referencial está expressa a posição da instituição que planeja em relação à sua
identidade, visão de mundo, utopia, valores, objetivos, compromissos. Indica o 'rumo', o
horizonte, a direção que a instituição escolheu, fundamentado em elementos teóricos da
filosofia, das ciências, apoia-se em crenças, na cultura da coletividade envolvida. Implica,
portanto, opção e fundamentação. É nele que está o sentido do trabalho pedagógico e as
grandes perspectivas para a caminhada rumo a sua concretização. A função maior do Marco
Referencial é a de tensionar a realidade no sentido da sua superação / transformação e, em
termos metodológicos, fornecer parâmetros, critérios para a realização do Diagnóstico. Está
organizado da seguinte forma: Marco Situacional (onde estamos, como vemos a realidade);
Marco Conceitual (para onde queremos ir) e Marco Operacional (que horizonte queremos para
nossa ação)
O Marco Situacional é a percepção do grupo em torno da realidade em geral: como a vê,
quais seus traços mais marcantes, qual a relação do quadro sócio-econômico, político e
cultural mais amplo e o cotidiano da escola. Sua importância se deve ao fato de que pode
desvelar os elementos estruturais que condicionam a instituição e seus agentes. Neste Marco o
que se pretende é a explicitação de uma visão geral da realidade e não apenas uma análise da
instituição na perspectiva micro, pois isto será feito na fase do Diagnóstico.
O Marco Conceitual equivale aos princípios norteadores do ideal geral da instituição
escolar. Fundamenta a proposta de sociedade, pessoa e educação assumida pelo grupo que
compõe a equipe escolar e sua comunidade. Embora toda educação se baseie numa visão de
homem e de sociedade, nem sempre as escolas explicitam ou discutem consciente e
intencionalmente as concepções subjacentes às suas práticas. O processo de elaboração do
Marco Conceitual dá esta oportunidade tanto de explicitação, quanto de debate e busca de um
consenso mínimo em torno de conteúdos epistemológicos, éticos, políticos-pedagógicos,
metodológicos...
O Marco Operacional é a explicitação do ideal da instituição escolar, tendo em vista aquilo
que queremos ou devemos ser. Diz respeito a organização das ações da coletividade escolar
naqueles campos de atuação que compreendem a as três principais dimensões que configuram
a práxis educativa, quais sejam: a dimensão pedagógica, a dimensão comunitária e a dimensão
administrativa. A elaboração do Marco Operacional, deve ser compatível e coerente com o
Marco Situacional e, em especial, com o Marco Conceitual, pois, caso isso não ocorra, pode
haver desarticulação entre a realidade geral e as grandes finalidades assumidas.
No Diagnóstico estão as características atuais da escola, suas limitações e possibilidades,
os seus elementos identificadores, a imagem que se quer construir quanto a seu papel na
16
comunidade em que está inserida. Esse levantamento dos traços identificadores da escola
constitui um “diagnóstico” que servirá de base para a definição dos objetivos a perseguir, do
modelo de gestão a ser adotado, dos conteúdos que devem ser trabalhados, das formas de
organização e funcionamento da unidade escolar e sua função social no contexto local e global.
E por fim, na Programação está a definição do que vai ser feito e dos meios para a
superação dos problemas detectados, em busca da qualidade da educação oferecida pela
escola. É a proposta de ação. Ou seja: definição do que é necessário e possível fazer para
diminuir a distância entre o que a escola é e o que deveria ser. Quanto à periodicidade, a
programação tem abrangência de 03 anos, com revisão anual.
A Programação é o conjunto de ações concretas definidos pela instituição, no espaço de
tempo disponível, que tem por objetivo superar as necessidades identificadas. Dito de outra
forma, é a proposta de ação para sanar (satisfazer) as necessidades apresentadas pelo
Diagnóstico (Gandin,1991:45).
A escola é um espaço privilegiado, onde seus membros podem experimentar ser atores do
processo educativo e é isso que suscita a construção de um Projeto Político – Pedagógico.
O projeto político-pedagógico tem sido, nos últimos anos, objeto de estudos e debates
entre os educadores. No caso específico do Colégio Estadual Professor Francisco Zardo, as
discussões vêm acontecendo desde o final dos anos 90, sendo que a construção do primeiro
projeto político-pedagógico se deu no ano 2000, depois revisando em 2003, refeito em 2007 e
reorganizado em 2008 (em vistas de inúmeros problemas técnicos e conceituais, confusões
teóricas e uma gama de outros problemas). É comum ouvirmos a afirmação: “O projeto político
pedagógico é uma busca da melhoria da qualidade do ensino” e ousaríamos completar, da
formação de seres humanos mais autônomos.
Entre os debates e estudos feitos, levanta-se uma questão a respeito da denominação que
se dá ao projeto da escola: projeto educativo institucional, projeto pedagógico, projeto
pedagógico institucional, proposta pedagógica, projeto político-pedagógico. Mas, qualquer que
seja a denominação, está implícita no projeto da escola a ação de planejar, buscar um rumo,
uma direção de forma intencional.
Planejar o desenvolvimento da escola é condição imprescindível para que as perspectiva
que se tem sejam traçadas, visando intervenções responsáveis e conscientes em benefícios da
coletividade. Isso pressupõe que o projeto da escola possa atender as dimensões política e
pedagógica que lhe são atribuídas. Política porque traduz pensamentos e ação: exprime uma
visão de mundo, de sociedade, de educação, de profissional e de aluno que se deseja. Tomar
decisões, fazer escolhas e executar ações são todos atos políticos. Pedagógica porque nela está
a possibilidade de tornar real a intenção da escola, subsidiando e orientando a ação educativa
no cumprimento de seus propósitos que, sem dúvida, passam primeiramente pela formação do
ser humano: participativo, compromissado, crítico e criativo.
O projeto político–pedagógico é uma busca de autoconhecimento e de conhecimento da
realidade e seu contexto. Planejá-lo requer encontrar no coletivo da escola respostas a uma
série de questionamentos: Para quê? O quê? Quando? Como? Com o que? Por quê? Com
quem?
A construção do projeto político–pedagógico é a forma objetiva de a escola dar sentido ao
seu saber fazer enquanto instituição escolar: é a realização concreta de seus sonhos, onde
ações são desconstruídas e reconstruídas de forma dinâmica e histórica; é a revelação de seus
compromissos, sua intencionalidade e principalmente de sua identidade e de seus membros.
O projeto político–pedagógico permite à escola quebrar a rotina que às vezes se instala,
reorganizando o seu saber fazer, desafiando horários e padrões pré-estabelecidos, alterando
suas relações pessoais e de conhecimentos teóricos e práticos, construindo, dessa forma,
experiências concretas, reais e palpáveis de educação.
Nesse sentido, o projeto político-pedagógico requer um comprometimento coletivo e um
compartilhar de responsabilidades, de maneira que a escola alcance um desenvolvimento pleno
em todos os aspectos: humano – reconhecendo e valorizando o profissional e oportunizando o
17
desenvolvimento social dos alunos/alunas, tendo como pano de fundo o desenvolvimento
educativo. É importante ressaltar ainda o desenvolvimento cultural, buscando o entendimento
da cultura através dos conteúdos desenvolvidos, compreendendo e utilizando o conhecimento
do próprio meio e criando uma cultura de pesquisa que legitime o desenvolvimento da
instituição. O desenvolvimento político também permeia o projeto político-pedagógico. O fazer
tem sempre conseqüências políticas que precisam ser encaradas pelo coletivo da escola e
manejadas eficientemente, a fim de atender as necessidades que a realidade apresenta e
alcançar o desenvolvimento institucional. Desenvolver institucionalmente requer uma
aproximação da escola com seus parceiros: pais, comunidade, colaboradores, Setor, Núcleo
Regional de Educação, Secretaria Estadual de Educação, o que possibilita a sua inserção em um
projeto de políticas sociais e pedagógicas mais amplas. Essa é uma “arma” poderosa de que a
escola dispõe. Participar e promover cada vez mais o trabalho coletivo não só com seus
membros é o caminho para o macro desenvolvimento.
Mas para esse alcance é preciso que a escola se transforme. Transformar não é mudar.
Transformar significa chegar a novas situações, novos valores, novos princípios, novas relações.
É comum transformar concepções e não transformar a prática. Esta última tem se mostrado,
em algumas instituições, arraigadas a teorias tradicionais, de caráter racionalista, preocupandose mais com a transmissão de conhecimento do que com a construção deste pelo aluno,
mediado pelo professor. Dessa forma, as discussões, reflexões e, sobretudo, as produções
escritas por professores, pais, funcionários e alunos, ocorreram com o intuito de romper com o
paradoxo transmissão X construção e, dessa forma, gerar novos pontos de vista para mudanças
na prática cotidiana.
Nesse sentido, no projeto político-pedagógico do Colégio Estadual Professor Francisco
Zardo, através da ação de seus membros, fez-se a previsão daquilo que se deseja transformar,
tanto no que se refere à concepções teóricas como práticas, voltando-se para a
operacionalização das grandes metas da escola, de modo que possua prestar serviço à
sociedade, preparando o aluno/aluna para se instalar no mundo em que vive, interpretando e
pensando a realidade como um todo, de forma autônoma, tornando-o capaz de criticar e
desenvolver expectativas e projetos em relação ao conjunto da sociedade.
Esse entendimento é essencial para a transformação dos processos que se desenvolvem
no âmbito da escola, tanto de caráter pedagógico quanto administrativo.
Transformar componentes pedagógicos implica em transformar os objetivos da escola,
estabelecendo o que se pretende atingir, deixando clara sua intencionalidade, no tipo de
formação que se deseja para seus alunos/alunas levando-se em conta os valores, costumes e
manifestações culturais, enfim, as necessidades de sua comunidade. Para tanto, alguns desses
componentes pedagógicos destacam-se com básicos na condução do processo educativo e
devem ser pensados pelos membros da escola de modo que se configurem clara e
coerentemente com a proposta pedagógica que as faz. São eles a Avaliação, a Metodologia, o
Currículo, o Conhecimento e o Planejamento.
Transformar na ação é a idéia chave do processo. Isso se faz, criando, mudando,
incrementando novas formas de pensar e de agir, aproveitando o saber, a experiência,
valorizando “o saber dos que sabem”. Alterar relações, mudar, transformar é uma ousadia que
se propõe aos educadores, pais, alunos, funcionários, parceiros, colaboradores e demais
participantes do processo educacional. Isso está se tentando ser gestado na própria escola, de
dentro para fora, num processo dinâmico, flexível e acima de tudo, autocrítico, a fim de
reconhecer limites e superá-los. Essa abertura ao trabalho coletivo e participativo dentro da
escola, desencadeia novos relacionamentos e, nesse processo, vai-se configurando o “embrião”
da identidade da escola, da sua marca exclusiva e única delineada no seu projeto político–
pedagógico. Há que se mudar as relações no âmbito da escola, na teoria e na prática, porque
só assim esta alcançará objetividade em seu fazer.
18
2 – HISTÓRICO DO COLÉGIO ESTADUAL
PROFESSOR FRANCISCO ZARDO – ENSINO
FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
Uma instituição não tem cara e não tem alma, não
tem histórias...
Cara e histórias têm as pessoas que ali
trabalham
e são elas que lhe fornecem alma.
(Luiz Fernando Veríssimo)
O tradicional bairro italiano de Santa Felicidade, famoso bairro gastronômico da cidade
de Curitiba, deve a sua existência aos imigrantes italianos, que seguindo uma política
patrocinada pelo governo monárquico de Dom Pedro II, vieram ajudar a colonizar o Brasil a
partir das últimas décadas do século XIX.
Foram cerca de 15 famílias, provindas da região do Vêneto, norte da Itália, que aqui
chegaram a partir do ano de 1878 e fundaram esta colônia. Eram famílias que tinham como
princípios fundamentais de vida a sua forte religiosidade, seu amor ao trabalho e grande alegria
no cultivo das suas tradições através da música, da dança e da boa comida de origem italiana.
Entre os marcos mais conhecidos da colônia de Santa Felicidade, atualmente, estão
seus famosos restaurantes, igrejas, comércio de artesanato, cantinas de vinho, agremiações
esportivas..., e, em se falando de educação, todos do bairro conhecem o Colégio Francisco
Zardo.
O Colégio Estadual Professor Francisco Zardo – Ensino Fundamental, Médio e
Profissional – que existe oficialmente desde 1948, fiel à sua característica de escola Pública,
sempre teve como prioridade o atendimento aos filhos das classes mais humildes e
trabalhadoras do bairro, assegurando a essas crianças e jovens a matrícula preferencial.
Esta Instituição teve um início informal no bairro de Santa Felicidade, desde que aquelas
primeiras 15 famílias, provindas da região do Vêneto, Itália, aqui se fixaram para trabalhar a
terra. As primeiras escolas funcionavam em casas particulares e os professores, moradores da
própria “Colônia”, como ficou conhecido o bairro, ensinavam a língua Italiana. Somente aos
poucos a Língua Portuguesa foi aprendida.
Os primeiros impulsos culturais da colônia foram dados pelo professor Francisco Zardo –
daí a origem do nome de nossa Escola, como uma homenagem a este pioneiro da Educação em
nosso bairro.
Francisco Zardo foi um dos primeiros imigrantes italianos que vieram para Santa
Felicidade. Nasceu em Veneza, Itália, em 24 de abril de 1868 e veio para o Brasil em 1888, com
vinte anos de idade. Iniciou sua carreira no Magistério, como professor primário, em 12 de
novembro de 1889, (três dias antes da Proclamação da República do Brasil). Foi o primeiro
professor “público” de Santa Felicidade, embora ainda lecionando em casas particulares,
cedidas pelos moradores para este fim.
Planejava a construção de uma Escola Pública, uma vez que o número de alunos crescia
a cada dia. Para isso era necessária a aquisição de um terreno. O casal João Batista e
Margarida Culpi, em nome da grande amizade que os unia a Francisco Zardo, doaram o terreno
onde hoje funciona este Colégio, na Avenida Manuel Ribas, nº 7149.
Francisco Zardo não teve, infelizmente, a ventura de ver seu sonho concretizado, pois entraves
burocráticos impediram a efetivação do ideal do grande mestre. Faleceu em 1931, lecionando
para os filhos do povo de Santa Felicidade, ainda no espaço de sua própria casa.
19
Somente em 1942, os moradores, tendo à frente os Srs. Saturnino Miranda e
Gumercindo de Oliveira Godoy, puderam dar início à construção da escola sonhada por
Francisco Zardo, com apoio do então prefeito de Curitiba, Dr. Rosaldo de Melo Leitão e do
Interventor do Estado do Paraná, Sr. Manoel Ribas.
Em 1943 a escola começou a funcionar com apenas quatro salas de aula. Recebeu o
nome de “Grupo Escolar de Santa Felicidade”, iniciando seu funcionamento como o antigo
“Primário”.
Margarida Zardo Miranda, filha do professor Francisco Zardo, continuou o trabalho
pioneiro do pai. Foi a primeira professora normalista de Santa Felicidade. Começou a trabalhar
em 1919 e também teve papel preponderante na educação escolar das crianças e jovens do
bairro italiano.
Em 10 de setembro de 1948, já no endereço atual, foi criado oficialmente o “Grupo
Escolar Professor Francisco Zardo”, que recebeu este nome como uma homenagem a esse
ilustre e incansável educador, que dedicou sua vida em favor da educação das crianças do
bairro, e tanto lutou para a construção de uma Escola Pública em Santa Felicidade.
Com o crescimento e progresso do bairro, fomentado principalmente pelo início das
atividades dos restaurantes, Santa Felicidade começou a sentir a necessidade de atender aos
jovens que terminavam os estudos da 4ª série do ensino primário. Havia a necessidade de
implantar o chamado “ginásio”, para os adolescentes poderem continuar os estudos.
Em 17 de dezembro de 1965, pelo Decreto de nº 4237, foi criado o “Ginásio Estadual de
Santa Felicidade”, o qual, conforme o Decreto nº 612 de 30 de março de 1966, passou a
denominar-se “Ginásio Estadual João Mazzarotto”.
O curso ginasial foi autorizado a funcionar pela Portaria nº 7168 de 29 de dezembro de
1965, iniciando suas atividades em janeiro de 1966, no mesmo prédio do Grupo Escolar
Professor Francisco Zardo. A escola passou, então, a conviver com dois nomes: um para o
ginásio e outro para o primário.
Eram no início apenas quatro turmas, à noite, tendo como seu 1º diretor, em 1966, o
professor Valdir Nilo Rasera, que foi substituído, em 1967, pelo professor José Leonardo Salata,
o qual permaneceu até 1971, quando foi substituído pela professora Maria Ivone Bergamini.
O bairro de Santa Felicidade continuava a crescer vertiginosamente. Era premente a
necessidade de expandir as possibilidades de educação para os jovens que concluíam o curso
ginasial. Era necessário implantar o Ensino de 2º Grau em Santa Felicidade, especialmente um
curso profissionalizante que atendesse aos anseios da comunidade.
Foi durante a gestão diretiva do prof. Miguel Kosienski, professor de português do
Zardo desde 1966, um incansável batalhador pela causa da Educação em Santa Felicidade, com
a ajuda do povo da colônia e de outros colegas professores, como Osnildo Kosel, Matthias
Bungart, Wolfgang Müller, Marcelo Knaut, Gerson Luis Bredt, Valdomiro Grodz... e outros,
conseguiram junto às autoridades estaduais que fosse implantado no colégio o ensino de 2º
Grau e seu 1º curso profissionalizante.
Em 13 de fevereiro de 1975, autorizados pela Resolução nº 235/75, entraram em
funcionamento os cursos “TÉCNICO EM QUÍMICA” e “AUXILIAR DE LABORATÓRIO EM
ANÁLISES QUÍMICAS”, em nível de 2º Grau, um curso que trouxe muito orgulho para Santa
Felicidade, pois inseriu nosso colégio entre os colégios estaduais que ministravam um ensino de
excelência no Estado do Paraná. Até hoje muitos dos alunos do Zardo exercem funções
proeminentes na Petrobrás e em grandes empresas do setor industrial de nosso Estado graças
ao curso de Química que frequentaram no Zardo.
A partir de 06 de dezembro de 1976, através do Decreto nº 1595, o colégio passou a ser
denominado “Colégio Professor Francisco Zardo - Ensino de 1º e 2º Graus”, sempre mantido
pelo Governo do Estado do Paraná. A Habilitação “Técnico em Química” foi reconhecida pela
Resolução nº 2.142/82 de 10 de agosto de 1982, em nível de 4º Série. E a partir do ano de
20
1994 foi criada a Habilitação “Auxiliar de Técnico em Química”, aprovada pelo parecer nº
169/88 e adequada à Deliberação nº 17/93/CEE em nível de 4ª Série.
Foi em 1978, durante uma das greves do Magistério Paranaense, que o colégio
Francisco Zardo foi foco principal da “mídia paranaense”. Estava na direção do estabelecimento
o professor Miguel Kosienski, tendo como vice-diretor o professor Gerson Luís Bredt. A
Secretaria de Educação pretendeu punir os professores do Zardo que participaram do
movimento grevista. Como o professor Miguel Kosienski procurou defender seu corpo docente
recusando-se a entregar o nome de seus professores que aderiram à greve, a Secretaria
destituiu-o do cargo de diretor e nomeou outra pessoa para o cargo. Foi nesse momento que a
comunidade de Santa Felicidade demonstrou toda a sua força e união, especialmente através
do corpo discente. Os alunos se uniram, saíram à rua e impediram que o novo diretor tomasse
posse no estabelecimento. Ante o impasse, pois era uma manifestação da vontade popular, e
devido à grande repercussão que o fato alcançou na “mídia” paranaense, e apesar de ainda
estarmos numa época de ditadura militar, mesmo assim a Secretaria de Educação respeitou a
vontade popular e reconduziu o professor Miguel Kosienski ao cargo de diretor do Zardo – uma
grande vitória dos alunos, dos professores e do povo de Santa Felicidade.
Outra conquista da gestão do professor Miguel Kosienski na direção, no início dos anos
80, foi uma grande reforma e ampliação do colégio, com a construção de novas salas de aula
para poder atender à demanda crescente de novos alunos, oriundos das mais variadas
localidades de Curitiba, atraídos pelo bom conceito alcançado pelo Curso de Química do Zardo.
O parecer nº 117/83 autorizou a implantação do Curso Propedêutico, mais tarde
denominado de “Educação Geral”, em conformidade com a Lei 7.044, de 18 de outubro de
1983, e alterou a denominação do colégio para “Colégio Estadual Professor Francisco Zardo –
Ensino de 1º e 2º Graus”, satisfeitos os requisitos contidos nas Deliberações nº 30/80 e nº
45/83 do Conselho Estadual de Educação. O Curso de Educação Geral foi reconhecido pela
Resolução nº 910//25 de 01 de janeiro de 1985.
Foi no ano de 1986, durante a gestão do professor Matthias Bungardt, como diretor, e
do professor Wolfgang Müller, como vice, que o Colégio Francisco Zardo conseguiu implantar
um novo e bastante concorrido curso profissionalizante no Zardo: o curso de “Habilitação no
Magistério”, que foi reconhecido pela Resolução nº 211/89, de 19 de janeiro de 1989. Este
curso propiciou a formação de inúmeras professoras que atualmente estão trabalhando no
Zardo e em várias outras escolas do bairro, da capital e de municípios vizinhos.
A partir de 1987 assumem a direção do Zardo o professor Celso Ari Baruffi, tendo como
vice o professor Cláudio Parise, os quais permaneceram na direção durante 7 anos, até meados
de 1993, quando assumiu o professor Odilmar Rogério Sottomaior Macedo. Em seguida
assumiu a direção a professora Jeanet de Freitas.
Lamentavelmente, os dois cursos profissionalizantes mais requisitados do Zardo, o de
Química e o de Magistério, deixaram de funcionar no Zardo, a partir de 1997, devido a políticas
governamentais da época, que infelizmente vieram a privar e prejudicar tantos jovens de Santa
Felicidade e de outras localidades, que encontravam, na realização destes cursos, uma
alternativa de sobrevivência e inserção quase que garantida no mercado de trabalho.
Ainda neste ano de 1997, após vários anos de muita luta e relutância da comunidade
escolar de Santa Felicidade, também deixou de funcionar no Zardo o Ensino Fundamental de 1ª
a 4ª série, após 54 anos de existência, pois, de acordo com decisões governamentais, o ensino
fundamental de 1ª a 4ª série passou a ser de responsabilidade municipal.
Em 1998 também houve a cessação da Classe Especial e também decidiu-se pela
extinção do Ensino Fundamental de 5ª a 8ª Série, com início em 2001, em função da
adequação à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9.394/98, de 20 de dezembro
de 1998.
O Parecer nº 125/2000, de 21 de fevereiro de 2000, da Secretaria de Estado da
Educação, fixava o seguinte:
21
“O Departamento de Ensino de Segundo Grau, considerando o Parecer 15/98, a
Resolução 03/98 da CEB/CNE, a instrução 01/98 e Ofícios Curriculares 111/98, 114/98, 116/98,
03/99 DESG/SEED e o Parecer Técnico emitido pelas Equipes de Ensino e Estrutura e
Funcionamento do NRE de Curitiba, aprova a proposta curricular do Ensino Médio do Colégio
Estadual Professor Francisco Zardo, do Município de Curitiba, no(s) turno(s) diurno e noturno”,
com implantação gradativa a partir de 2000.”
No final do ano de 2001, no entanto, na Gestão da Professora Bernadete Pelissari, por
iniciativa da APM, Conselho Escolar e Colegiado de Professores, instalou-se um movimento para
o retorno da 5ª a 8ª Série do Ensino Fundamental, junto à Secretaria de Estado da Educação.
O processo de cessação foi revogado pela Resolução 2393/02 e o Estabelecimento
obteve permissão para abrir matrículas para 5ª Série no ano de 2002.
A partir do início do ano letivo de 2005, graças a novas políticas educacionais, o
Francisco Zardo voltou a ofertar cursos de Educação Profissional, autorizados de acordo com os
respectivos atos: Curso Técnico em Meio Ambiente – Área Profissional: Meio Ambiente,
integrado ao Ensino Médio através da Resolução n.º 1018/06 e Parecer n.º 140/06 –
DEP/SEED; Curso Técnico em Secretariado – Área Profissional: Gestão, integrado ao Ensino
Médio através da Resolução n.º 854/06 e Parecer n.º 140/06 – DEP/SEED e Curso Técnico em
Informática – Suporte e Manutenção, Área Profissional: Informática, subseqüente ao Ensino
Médio através da Resolução n.º 667/06 e Parecer n.º 77/06 – DEP/SEED.
Atualmente, a partir do ano de 2009, o Colégio Estadual Professor Francisco Zardo está
sob a direção da professora Naterci de Souza Schiavinato, cuja administração tem se pautado
por uma firme determinação no sentido de resgatar os tempos áureos do Colégio Professor
Francisco Zardo, quando esta instituição era sinônimo de educação de qualidade no Estado do
Paraná.
Devemos render um tributo de agradecimento a todos aqueles que trabalharam e
lutaram pelo engrandecimento deste colégio, desde o pioneiro professor Francisco Zardo e sua
filha, professora Margarida Zardo, todos os diretores, vice-diretores, coordenadores,
professores e funcionários que aqui trabalharam, todos os alunos que aqui estudaram, os
moradores do bairro que de alguma forma deram a sua parcela de contribuição para fazer do
Zardo um dos motivos de orgulho para a comunidade de Santa Felicidade.
Ao organizar-se como entidade de caráter educacional e cultural, o Colégio Zardo
assume o papel de colaborador da missão do Estado e da Sociedade, tendo por escopo a
promoção da pessoa através da educação e da cultura, para seu desenvolvimento pessoal,
procurando torná-la apta ao exercício consciente de seus direitos e deveres como cidadão.
A educação se constitui em direito de todas as pessoas dever do Estado e da Família e
deve ser promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho.
Este é um breve histórico do Colégio Estadual Professor Francisco Zardo que,
parodiando Luís Fernando Veríssimo, cujo pensamento aparece como epígrafe, “tem cara e tem
histórias sim, através das pessoas que aqui trabalharam, estudaram e lhe deram alma durante
esses mais de 60 anos de existência”.
(Texto adaptado por Cláudio Parise – julho de 2009)
22
3 – PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
Nossa identidade se constrói a partir da
intersecção das circunstâncias que nos cercam com
os desejos que trazemos. Ora, nossas
circunstâncias podem ou não ser transformadas,
dependendo das nossas ações(...) É preciso
agirmos, individual e coletivamente.
(Fischmann, 1998)
I – MARCO REFERENCIAL
Aqui vamos explicitar como entendemos o mundo em que vivemos e o contexto em que
se situa o Colégio Professor Francisco Zardo. A partir de nossas reflexões acerca do contexto
sócio-histórico-educacional, considerando os fundamentos legais relacionados à educação,
pretendemos identificar os elementos mundiais que se põem para o nosso Colégio.
Partimos do pressuposto de que uma Escola que visa realizar ações intencionais precisa
levar em conta os problemas decorrentes das relações que se estabelecem em seu contexto.
Conscientes dessa trama de relações, será possível superar ações espontaneístas e,
efetivamente, contribuir para a construção de uma sociedade mais humana, justa, livre,
participativa e feliz.
Sendo assim, é indispensável um olhar sobre o paradoxo instalado na atualidade:
enquanto presenciamos as maiores e mais rápidas transformações tecnológicas, convivemos
com o crescimento desenfreado da miséria e da injustiça social. Por isso, precisamos
compreender o mundo e situar os problemas presentes em nosso entorno para, em seguida,
apontarmos em que direção caminhará nossa Escola.
Vivemos num momento de grandes e profundas transformações, carregando resquícios
dos problemas do século anterior: violência, desigualdade social, capitalismo selvagem,
exclusão, competição material, valorização excessiva do “ter” e não do “ser”, crise de valores,
excesso de apelo físico e sexista... Numa sociedade assim encontramos pessoas desumanas,
individualistas, preconceituosos, violentas, sobreviventes da marginalidade. Se o mundo é
bonito, desenvolvido por um lado, de outro temos um mundo feio, corrupto. Discursamos sobre
direitos humanos, mas pratica-se a lei do “mais forte”. Na luta de classes exclui-se o menos
favorecido. Parece urgente uma mudança nas instituições, uma revisão de valores. É fácil
compreender, portanto, que o mundo tornou-se globalizado, mas as oportunidades não.
As transformações vão acontecendo em todos os setores da sociedade: mundo
globalizado, economia mal distribuída, desemprego, os meios de comunicação, violência,
drogas, avanços tecnológicos... Convivemos com todos os tipos de pessoas que são
influenciadas por essas transformações e a escola tem que encontrar meios de desenvolver
seus ideais e propostas diante de todas essas mudanças, muitas vezes não tendo recursos
pedagógicos e financeiros para tal. Mesmo assim, sentimos que a escola ainda é muito viva
apesar de tantos problemas, pois é na escola que o aluno passa grande tempo de sua vida e
aprende a conviver e socializar-se. Esse ponto positivo nos faz sonhar mais longe e almejar
uma escola em que o aluno passe a percebê-la como um ambiente que lhe assegura bem-estar,
prazer e sentido para a vida. Almeja-se a construção de uma escola atrativa, com ensino de
qualidade e que forme cidadãos conscientes, capazes de enfrentar os desafios do mundo atual,
e possam usufruir os benefícios que a sociedade oferece.
23
Tal sonho se torna um grande desafio ao nos depararmos com uma realidade escolar
em que a escola vem deixando de ser centro do saber para se tornar um “depósito” de crianças
e jovens, um local de simples encontro. Nessa situação, o professor acaba se tornando um
profissional que “cuida” de alunos, e, assim, deixa de desenvolver com profundidade a sua
função primordial: o ensino, o conhecimento, a prática pedagógica, a pesquisa, o
aprofundamento. É lamentável ver a educação escolar se tornar assistencialista e ter sua
autonomia vigiada e engessada por um sistema que é burocrático e incoerente.
Embora enfrentando muitos problemas, existem movimentos e projetos em favor da paz,
da solidariedade, da vida justa e digna, da preservação do meio ambiente, da inclusão social,
da tolerância com as diferenças culturais e raciais. São movimentos que refletem a realidade
desejada para nossa sociedade. Todos queremos chegar numa sociedade mais justa, mais
solidária, passando por uma formação adequada que capacite os agentes sociais para explorar
todo seu potencial. Um mundo com qualidade de vida para todos, um mundo sem
discriminação, onde os idosos sejam reconhecidos pela sua vivência e os jovens valorizados
pela sua ânsia de estabelecer-se no mundo.
Para atingirmos esta sociedade ideal precisamos de cidadãos que pensam de forma
global, mas agem de forma local. Criativos e inseridos ao mundo atual, usufruindo todos os
benefícios modernos. Benefícios como educação, alimentação, tecnologia que ainda não estão a
disposição da maioria da população.
Então, nesta perspectiva, a finalidade da escola é valorizar o ser humano em todos seus
aspectos (pedagógico, social, afetivo, intelectual e cognitivo), torná-lo apto a viver e a conviver,
sendo agente de transformação para a sociedade em que vive. Deseja-se e trabalha-se para
que exista, na prática, um ensino de qualidade onde o aluno aprenda a buscar uma vida digna,
para que possa transformar-se num cidadão consciente, capaz de exigir seus direitos e cumprir
seus deveres.
Para isso é preciso seriedade, compromisso e comprometimento de toda equipe da escola,
união na busca de concretização do objetivo principal que é o sucesso no processo ensinoaprendizagem, planejamento condizente com a realidade do aluno e a participação direta dos
pais na escola.
Enfim, um trabalho em conjunto e comprometido visando a formações de um “ser”
solidário, mais humano e, em conseqüência, mais feliz.
1.1. MARCO SITUACIONAL - O MUNDO: UM CONTEXTO GERAL E
MUITOS DESAFIOS
O que se passa hoje no Brasil é mais facilmente entendido se levarmos em consideração o
que está acontecendo como tendência mundial.
Quem acompanha, como cidadão do mundo, as discussões e análises sobre nosso tempo,
já está se acostumando com a idéia de que não estamos vivendo, somente, uma época de
grandes mudanças, mas também, uma mudança de época. Em outras palavras, uma mudança
paradigmática, que se faz presente e nítida nos aspectos políticos, econômicos, sociais e
ideológicos. A vida em nossa sociedade está em constante mudança com o surgimento de
novos costumes, novas formas de cultura e comunicação.
É nesse cenário (político-econômico-social e ideológico) antagônico, paradoxal, acelerado,
pós-moderno que os valores e as mudanças não só se revelam amplas e profundas, como
complexas. Mundo menos previsível, mais complexo, dinâmico, criativo e pluralista, em que a
mudança é componente essencial; tudo é relativo, apenas provável, incerto e ao mesmo tempo,
complementar; tudo está em movimento, em constante fluxo de energia em processo de
mudança; lugar de instabilidade e de flutuações.
24
É uma mudança que contempla todas as dimensões da pessoa: intelectual,
comportamental, afetiva, institucional, ético-moral e espiritual. Concepções e/ou noções de
espaço, tempo, linguagem, trabalho, conhecimento e educação são questionadas. Atualmente,
o desenvolvimento científico tem mostrado que a possibilidade do desenvolvimento do
conhecimento é mais abrangente do que apenas ler, escrever e calcular.
Na ótica político-econômica, prevalece um modelo de Estado mais gerenciador que
administrador, no qual o mercado passa a ser o agente regulador das condições "de compra e
venda" do bem estar pessoal e coletivo. É o surgimento de um Estado que vai desacelerando
gradualmente seu nível de participação e grau de responsabilidade na execução das coisas
públicas para dar espaço a um mercado que assume, num processo de terceirização econômica,
em parcerias ou privativamente a prestação de serviços. É um modelo em que os princípios da
liberdade, da livre concorrência e da competição individualista afloram como os eixos
norteadores desse mercado. Vivemos sob a ideologia neo-liberal, cujo ideário prioriza os
princípios de liberdade para competir e o individualismo, tendo sempre em vista o mercado,
com a maximização da eficiência e do lucro... Conseqüentemente, estamos numa crescente
exclusão.
É flagrante a exclusão social, marcada pela institucionalização da violência e pela
exploração do potencial humano, acarretando contextos sociais corruptíveis, isentos de
sanções, impunes frente ao desrespeito, à justiça e à dignidade humana. É possível constatar
que nossa sociedade não é autônoma. Vivemos numa sociedade excludente, com dificuldade de
acesso à informação em todos os níveis desde o educacional até o tecnológico. Quanto ao
engajamento, estamos ainda engatinhando.
Diante desse quadro, a participação social, conceituada como cidadania, passa por um
eventual esvaziamento, minimizando a importância e a necessidade do desenvolvimento de
idéias de participação, compromisso, responsabilidade e envolvimento. É uma sociedade de
flagrantes injustiças sociais que prioriza o Ter em detrimento do Ser, que não prima pelo
exercício do princípio democrático da liberdade, que desestimula atitudes de respeito à
individualidade e ao respeito mútuo, que se caracteriza pela ausência e vivência do princípio de
que todas as pessoas têm direitos e são iguais.
No seio, entretanto, da ambigüidade que permeia essas mudanças, novos valores
emergem, promovendo e estimulando o aparecimento de atitudes inovadoras, tais como: o
espírito de cooperação e solidariedade entre os excluídos: podemos perceber que existe a
tentativa por parte de alguns segmentos da sociedade (ONG's, associações, movimentos sociais
e religiosos, grupos de cultura e arte, etc) de conscientizar a população de que a sua
participação em decisões é importantíssima. Isso é importante porque uma sociedade de
pessoas individualistas, pouco participativas, materialistas e descomprometidas, dificilmente vai
gerar realização, harmonia, justiça, igualdade.
Cabe destaque à sensibilidade pela questão ecológica, à valorização da ética e à
indignação frente a sua inexistência, às iniciativas de combate à corrupção política, a tolerância
e ao diálogo entre as diferentes culturas, religiões e governos: A sociedade em que vivemos
está preocupada com os problemas sociais.
Em termos sócio-ideológicos, a globalização é uma tendência mundial que se caracteriza
paradoxalmente. Por um lado, alto desenvolvimento tecnológico, com uma rede de
comunicação intercontinental, que faz de todas as pessoas, em qualquer lugar do planeta, um
cidadão do mundo. E, por outro lado, forma conglomerados econômicos internacionais e
massifica minorias étnicas e religiosas.
Em nome de uma tradição religiosa são gerados conflitos armados em vários países. A
intolerância e o fundamentalismo dificultam a pluralidade cultural e religiosa devido a dogmas
absolutos ou atitudes intransigentes.
Enfim, vivemos em um mundo marcado pela incerteza, insatisfação e subjetividade.
Somos uma geração desmotivada, recebemos tudo pronto; tudo que se cria e se faz é para o
nosso conforto, mas ficamos cada vez mais insatisfeitos. Nós estamos vivendo num mundo
25
onde o ser humano sente-se desiludido, perdido no tempo e no espaço, um ser em crise,
buscando desesperadamente um sentido para sua existência.
Essa conjuntura mundial se reproduz na América Latina também, inviabilizando projetos
nacionais autônomos e, no Brasil, acentua o aumento da pobreza e da histórica desigualdade
social.
O Brasil real é assustador pelas suas contradições e pela insensibilidade da burocracia do
poder em não se deixar pautar pelas preocupações que dele emergem. Na agenda
governamental, a preocupação se volta em manter as metas econômicas estipuladas por
políticas internacionais, garantindo assim, o respeito internacional e uma suposta estabilidade
inflacionaria. Para manter isso, o governo articula alianças políticas que, em muitas vezes,
fogem de uma compreensão ética e de justiça, ferindo a dignidade das relações humanas. Por
isso, na agenda social, há um custo encoberto e que vem se agravando: aumenta o
desemprego, a propriedade da terra ainda é um símbolo da desigualdade, a violência está
institucionalizada, os serviços públicos não atendem à demanda...
Historicamente, tem-se buscado um modelo educacional que corresponda a especificidade
brasileira. Pode-se constatar esse processo contínuo e permanente de mudanças de modelos,
sobretudo no último século.
Nos últimos anos o Brasil vem passando por mais um processo de reforma educacional,
inspirado em outros modelos, com o intuito de contribuir para o desenvolvimento da nação.
Infelizmente, sabemos que muitas vezes no decorrer da história, essas iniciativas visavam
também corresponder às exigências de investidores internacionais para assegurar
financiamentos importantes para o país.
Essa educação como "moeda de mercado" repete-se na realidade escolar brasileira
quando a finalidade da aprendizagem reduz-se a um passaporte para uma carreira profissional.
Vendem-se "pacotes" educativos, "embalados" em grifes do mercado de acordo com as
necessidades de "consumo" da clientela. É a educação na lógica do mercado.
Mas, essa reforma educacional brasileira, tem apresentado, por outro lado, um paradigma
baseado na revisão e mudança significativa de conceitos. Em função disso, já é possível
constatar o aumento da escolaridade nacional, a diminuição da evasão e a redução do
analfabetismo, por exemplo.
Nesse contexto geral, desolador e instável, situamos, de modo amplo e genérico, o
município aonde se encontra nosso colégio. Curitiba é o centro econômico do estado do Paraná.
Em parte, isso se deve à população de quase três milhões de habitantes, se for considerada a
sua região metropolitana. Além disso, a cidade concentra a maior porção da estrutura
governamental e de serviços públicos do estado e sedia importantes empresas nos setores de
comércio, serviços e financeiro.
Aproximadamente metade das 150 maiores empresas do estado estão sediadas na região
metropolitana de Curitiba. Copel, HSBC, Cimento Rio Branco, Cooperativa Coamo, Paraná
Previdência, Kraft Foods, TIM Sul, Sanepar, Renault, Audi, Volvo, Electrolux e Petrobrás são
algumas das mais significativas.
Curitiba é o segundo município que mais exportou no Paraná em 2005 e o terceiro da
região sul No ano de 2003 o PIB de Curitiba foi de R$ 15,4 bilhões, ou cerca de 16% do total
do estado. Aproximadamente 40% do PIB municipal provém da indústria e o restante de
atividades ligadas ao setor terciário.
Curitiba possui conquistas notáveis em educação. Entre as capitais do Brasil, é a que
possui a menor taxa de analfabetismo. O programa de Alfabetização Ecológica, adotada nas
escolas da rede municipal, foi considerada pela ONU como uma das 60 melhores práticas do
mundo nas áreas de educação e cidadania.
Os Faróis do Saber, existentes em vários bairros de Curitiba, reúnem biblioteca, acesso a
Internet e outros recursos culturais. Valiosos acervos públicos de fácil acesso e próximos da
população.
26
O quadro sócio-histórico-educacional aqui exposto parece expressar uma visão
apocalíptica de sociedade, ressaltando uma gama de problemas de tal amplitude que sugere ser
intangível qualquer possibilidade de transformação para melhor. Entretanto, é necessário
registrar que ao longo das discussões que explicitaram o referido quadro, os sujeitos envolvidos
manifestaram suas visões movidos pelo desejo de transformações. Suas reflexões sugerem que
a escola, imbuída de sua função social, poderá contribuir com as transformações atuando
criticamente para reconstruir as representações que os sujeitos têm da realidade, de modo a
promover a mudança de postura e de prática diante dessa realidade. Isso é visível quando
professores, alunos e funcionários técnico-administrativos anunciam DESAFIOS a serem
assumidos pela Escola, tais como:
•
Assegurar o caráter público e gratuito da Escola visando à inclusão educacional e
social.
•
Orientar as ações com base em pressupostos éticos entendendo que a sociedade
vive uma crise de valores no que tange ao convívio social, à manutenção da paz,
ao respeito aos direitos humanos.
•
Preparar o aluno para que se torne capaz de fazer intervenções na sociedade no
sentido de superar as desigualdades sociais.
•
Atuar diretamente em problemas da escola e da comunidade.
•
Construir a identidade e a autonomia da escola.
•
Criar condições para que os servidores atuem de modo responsável e
comprometido com a função social da escola.
•
Construir a organicidade coletiva.
•
Investir cada vez mais em ações que dêem o tom e o ritmo da instituição,
assimilada e compreendida por todos.
•
Reconstruir a escola como espaço de ensino e de aprendizagem, como ambiente
de pesquisa e de formação de opiniões, como agente transformador e instaurador
de novas possibilidades de vida social.
•
Impedir, combater, inibir e prevenir todo tipo de agressão, violência,
desigualdade, discriminação, preconceito e manifestação de desrespeito ao ser
humano.
Esses desafios implicam a quebra de muitos paradigmas relacionados à função da Escola
na sociedade e remetem à educação como condição de libertação do homem. Ter direito à
liberdade, à justiça e à dignidade é condição indispensável para a construção de uma nova
ordem social.
Nessa perspectiva, a educação escolar, embora não seja a solução mágica para as
mazelas sociais, é um espaço fundamental para a formação do cidadão pleno, sujeito
consciente, com visão crítica e, sobretudo, atuante na sociedade urbana e rural.
Mobilizar-se nessa direção significa condenar toda e qualquer ação que repercuta em
exploração do Ser Humano e atuar para humanizar o globo e não globalizar o homem.
1.2. MARCO CONCEITUAL - SOCIEDADE, SER HUMANO, CULTURA
E EDUCAÇÃO QUE FORNECEM O TOM DOS ANSEIOS
Apesar da presença aparentemente única de um regime neoliberalista e seus valores nos
fazer crer que nossa realidade permanece impermeabilizada a qualquer possibilidade de
mudança, acreditamos que a transformação social se efetiva, inclusive, pela educação.
27
Isto posto, buscamos através do trabalho na escola a construção de uma sociedade
diferente daquela com as quais convivemos nos dias atuais, qual seja: a perspectiva de uma
sociedade nova, justa e mais fraterna. O ideal de uma sociedade mais justa pressupõe:
•
assegurar a todos os indivíduos o acesso às necessidades básicas de todo o ser
humano, tais como, educação, saúde, trabalho, habitação, lazer...;
•
compreender e vivenciar as diferentes formas de respeito individual e mútuo;
•
repudiar condutas e situações estimuladoras do egoísmo, da exacerbação do ter,
da discriminação, do desrespeito, da omissão e da permissividade;
•
promover a participação de todos os indivíduos na formulação e discussão das
normas que irão presidir uma sociedade que se diz democrática;
•
apoiar ações de solidariedade.
Uma sociedade justa e igualitária parece utópica, porém, depende também de nós fazer
prevalecer os ideais de justiça e democracia.
Buscamos também a superação do ideal de sociedade traçado pelo regime capitalista caracterizada pela perversidade e coisificação das pessoas e relações –, para recuperar a
centralidade do valor da pessoa e da vida. Acreditamos em uma sociedade que cresça no grau
de consciência de seu valor, do valor da vida humana, uma sociedade fraterna e solidária que
se preocupa com o outro e colabora de forma desinteressada. Visa a dignidade da vida
humana, como também, uma cultura solidária, no respeito recíproco e no respeito à natureza.
Uma sociedade que privilegie uma educação crítica, ativa, questionadora e atuante sobre
questões que valorizem a vida, baseados em princípios e ideais de ação transformadora e
qualidade de vida.
Desta forma, adotando no processo de construção dessa sociedade a ética, como princípio
norteador das relações sociais, assumiremos, em conjunto, o compromisso de construção de
nossa história. Participação e cooperação devem estar presentes na postura diária, na vida dos
cidadãos. Por essa razão, e impelidos pela legislação em vigor e pelas políticas de estado para a
educação, optamos por uma gestão democrática. A gestão democrática é o conjunto de ações
que compreende a participação de todos os segmentos da comunidade escolar (pais,
professores, alunos e funcionários).
Estamos falando, pois, de uma sociedade fraterna, baseada na ética, em que cada um vê
o outro como continuidade de si mesmo, que supere todas as formas de violência organizadas,
através do confronto e do diálogo dentro dos espaços democráticos, que implemente
estratégias que desenvolvam a auto-disciplina, a reflexão, a comunicação a serviço do bem
comum. Afinal, democracia, significa a efetiva participação popular nos encaminhamentos dos
problemas da nação.
Nesse contexto, se caracterizar uma sociedade ideal é difícil, mais ainda o é definir a
pessoa humana ideal. Podemos sim, e até, devemos, propor tentativas, aproximações, pois, a
pessoa humana, como mistério vai além de nossas possibilidades conceituais. Daí, nossa
limitação em nos restringir, a descrever o perfil de pessoa que sonhamos, como educadores,
neste início do século XXI.
Sonhamos com uma pessoa coerente com seus princípios, capaz de identificar situações
em que a injustiça se faz presente, preocupada em ser solidária através de atitudes
transformadoras. Pessoa formada que coopera conscientemente e tem o poder de transformar
a realidade e aperfeiçoar sua própria natureza.
A pessoa só se humaniza verdadeiramente quando é solidária. Diante dos novos
paradigmas de sociedade que estão surgindo, há necessidade de um perfil de pessoa mais
fraterna, mais solidária, crítica e criativa, sensível às diversidades, convivendo com o incerto,
adaptável às mudanças, autônoma, empreendedora, cidadão do mundo. Ética, detentora não
só de conhecimentos acadêmicos e técnicos, mas de conhecimentos para a vida.
28
Daí, a necessidade de ser aberta a novas situações, ainda que, firme em seus
princípios, sem, contudo, deixar-se cair em modismos. Uma pessoa que reconheça a
diversidade (social, cultural, política...), a quem nenhum problema humano é alheio, que vê a
verdade como construção permanente. Autônoma, capaz de dirigir a si própria e construir
caminhos com aqueles que fazem parte de sua história. Uma pessoa humana que busca justiça
e autonomia. Somos seres autônomos, mas gradativamente descobrimos que cada um
enriquece a sociedade com sua diversidade.
Na verdade, pessoas co-criadoras, chamadas a cuidar, tomar conta uns dos outros e da
Mãe Terra. Mais enfaticamente, uma pessoa que perceba que todos fazemos parte da mesma
família (gênero humano) e moramos na mesma casa (planeta Terra). Uma pessoa que busque
a transcendência e o desenvolvimento espiritual. Livre e consciente para interferir nas relações
sociais, construindo a cidadania plena: direitos e deveres.
Não podemos falar sobre pessoas e vida em sociedade sem tratar do elemento integrador
dessas duas realidades que é a ética. Esse princípio de convivência humana só é aplicável nos
tipos de relações nos quais a consciência garante o discernimento das atitudes. Portanto,
podemos falar de atitudes éticas quando se é capaz de assumir de maneira responsável o que
se diz, faz ou enfim, aquilo que se é. Viver com ética e dignidade parece ser o grande desafio
do momento. É preciso ser consciente, respeitador dos direitos e cumpridor dos deveres.
Por natureza, a pessoa é um ser relacional, ela vive em convívio social, preocupada com o
seu bem estar e o do próximo. Esse é o ideal de pessoa democrática: a pessoa comprometida
com a sociedade e com as idéias democráticas.
Em uma vivência de relações sociais sustentadas por princípios democráticos, a
participação da pessoa tem adquirido historicamente o nome de cidadania. Isto implica um
avanço no entendimento da relação entre pessoa e sociedade: a pessoa envolvida na sociedade
de forma participativa é cidadã.
É nessa vertente paradoxal, mas possível, que se quer um projeto educacional, em que a
história da construção do coletivo integre-se à história individual da cada vida (que não pode e
nem deve ser esquecida).
Para tanto, não basta tão somente adotar uma concepção de educação e escola. É
necessário, principalmente, pensar uma prática que seja coerente com o discurso.
No pensamento da comunidade do Colégio Estadual Professor Francisco Zardo, há a
necessidade de se adotar uma concepção de escola, a da nossa escola, que envolva o seu
papel de formadora de cidadãos que atuem na comunidade, construindo a sociedade que se
deseja.
No entendimento da comunidade do Colégio Zardo, a educação necessita levar em conta
um processo de ensino-aprendizagem baseado no diálogo professor-aluno, ser contextualizada
de forma a desenvolver a capacidade de análise das situações e a tomada de posições quanto
ao social em qualquer nível (nacional e/ou mundial), ser engajada nos movimentos sociais de
inclusão da população marginalizada, ter compromisso com a produção cultural nacional e
mundial, ser capaz de atender à dualidade da preparação para a vivência social e para o
ingresso no ensino superior no que tange à apropriação do conhecimento, patrimônio da
humanidade.
A nossa concepção de escola precisa explicitar as diferentes finalidades e realidades que
envolvem a Educação Básica (Ensino Fundamental e Médio) e Educação Profissional (Cursos
Técnicos). Há um entendimento de que a escola prepara para a vida e para o mundo do
trabalho. Assim é preciso desenvolver ações concretas para levar nosso aluno a se apropriar
dos conhecimentos universalmente relevantes ao ser humano, associados à leitura crítica do
mundo, de modo a construir bases intelectuais para dar continuidade à sua vida
acadêmica. Isso posto e tomando por base os preceitos legais que estabelecem ser a escola
pública gratuita, nossas ações educacionais devem sustentar-se nos princípios a seguir
relacionados:
29
•
Todas as ações e vivências escolares estarão imbuídas de valores como a
solidariedade e a ética.
•
Os docentes, agentes educacionais I e II e alunos tratarão os integrantes da
comunidade escolar e serão por eles tratados respeitando as diferenças de
qualquer natureza.
•
O processo educativo desenvolvido será inclusivo, ou seja,
pluralidade própria da sociedade humana.
•
O respeito à natureza e a busca do equilíbrio ecológico serão práticas
permanentes no cotidiano da vida escolar, na perspectiva do desenvolvimento
sustentável.
•
Todos os integrantes da comunidade escolar serão educadores e agirão como
tal.
•
A gestão da instituição será democrática, com participação da comunidade
escolar nas decisões.
•
O trabalho educativo será construído mediante o diálogo, principalmente no que
tange ao processo ensino-aprendizagem.
•
O trabalho educativo é entendido como um trabalho de humanização, de
formação de cidadãos capazes de atuar e modificar a sociedade na qual estão
inseridos.
•
Os recursos didático-pedagógicos devem ser utilizados como um apoio para o
professor, facilitando a transmissão de conteúdos para os alunos, porém ele
deve ser utilizado com um planejamento prévio, tendo em vista que o professor
é o principal articulador da aprendizagem.
•
O comprometimento de professores, alunos e pais será essencial para o
desenvolvimento das ações educativas, sendo que a escola buscará formar um
aluno responsável, comprometido com sua vida pessoal, acadêmica e
profissional.
respeitará a
Nesse contexto conceitual, de princípios, pressupostos e inteções, entendemos a
importância de se considerar alguns componentes que influenciam e são influenciados pela
ação educativa da escola. São conceitos que necessitam ficar claros por serem definidos das
ideologias que defendemos. Componentes como a cultura, o trabalho, o homem, a educação e
a sociedade são indissociáveis no contexto escolar.
A cultura é resultado de toda a produção humana e nas palavras de Saviani (1992), “para
sobreviver o homem necessita extrair da natureza, ativa e intencionalmente, os meios de sua
subsistência. Ao fazer isso ele inicia o processo de transformação da natureza, criando um
mundo humano, o mundo da cultura”. Respeitando a diversidade cultural e valorizando a
cultura popular e erudita nossa escola opta, então, por aproveitar a diversidade existente, para
fazer dela um espaço motivador, aberto e democrático. Nessa perspectiva, um componente
essencial a ser levado em conta é o trabalho.
Sendo o trabalho uma atividade que está “na base de todas as relações humanas,
condicionando e determinando a vida. É uma atividade humana intencional que envolve forma
de organização, objetivando a produção dos bens necessários à vida” (Andery, 1998).
Entendemos, então, o trabalho como ação intencional, o homem em suas relações sociais,
dentro da sociedade capitalista, na produção de bens. O trabalho não acontece de forma
tranqüila, estando sobrecarregado pelas relações de poder.
Ao considerarmos o trabalho uma práxis humana, é importante o entendimento de que
o processo educativo é um trabalho não material, uma atividade intencional que envolve,
formas de organização necessária para a formação do ser humano. O conhecimento como
construção histórica é matéria-prima (objeto de estudo) do professor e do aluno, que
indagando sobre o mesmo irá produzir novos conhecimentos, dando-lhes condições de
30
entender o viver, propondo modificações para a sociedade em que vive, permitindo “ao
cidadão-produtor chegar ao domínio intelectual do técnico e das formas de organização social
sendo portanto capaz de criar soluções originais para problemas novos que exigem criatividade,
a partir do domínio do conhecimento”. (Kuenzer, 1985). É o ser humano que realiza o trabalho.
Compreendemos o homem é um ser natural e social, ele age na natureza
transformando-a segundo suas necessidades e para além delas. Nesse processo de
transformação, ele envolve múltiplas relações em determinado momento histórico, assim,
acumula experiências e em decorrência destas, ele produz conhecimentos. Sua ação é
intencional e planejada, mediada pelo trabalho, produzindo bens matérias e não-materiais que
são apropriados de diferentes formas pelo homem. Conforme Saviani (1992): “o homem
necessita produzir continuamente sua própria existência. Para tanto, em lugar de se adaptar a
natureza, ele tem que se adaptar a natureza a si, isto é, transformá-la pelo trabalho.”
Para compreendermos com mais propriedade a ação do ser humano no grupo,
buscamos entender que tipo de sociedade estamos inseridos. Para Severino (1998), a
sociedade é um agrupamento tecido por uma série de relações diferenciadas e diferenciadoras.
É configurada pelas experiências individuais do homem, havendo uma interdependência em
todas as formas da atividade humana, desenvolvendo relações, instaurando estruturas sociais,
instituições sociais e produzindo bens, garantindo a base econômica e é o jeito específico do
homem realizar sua humildade, sendo que a sociedade configura todas as experiências
individuais do homem, transmite-lhe resumidamente todos os conhecimentos adquiridos no
passado do grupo e recolhe as contribuições que o poder de cada indivíduo engendra e que
oferece a sua comunidade. Nesse sentido a sociedade cria o homem para si e realiza isso por
meio dos processos educativos.
Encaramos a educação como uma prática social, uma atividade específica dos homens
situando-os dentro da história – ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser mudado pela
sua ação na sociedade e nas suas relações de trabalho. Nas palavras de Saviani (1992),
“Educação é um fenômeno próprio dos seres humanos, significa afirmar que ela é, ao mesmo
tempo, uma exigência do e para o processo de trabalho, bem como é ela próprio, um processo
de trabalho”.
Também faz parte de nossa compreensão a educação como um processo histórico de
criação do homem para a sociedade e simultaneamente de modificação da sociedade para
benefício do homem. É o processo pela dimensão histórica por representar a própria história
individual do ser humano e da sociedade em sua evolução. É um fato existencial porque o
homem se faz ser homem – processo constitutivo do ser humano. É um fato social pelas
relações de interesse e valores que movem a sociedade, num movimento contraditório de
reprodução do presente e da expectativa de transformação futura. É intencional ao pretender
formar um homem com um conceito prévio de homem. É libertadora porque se faz necessário
desenvolver uma educação que nos abra para uma democracia integral, capaz de produzir um
tipo de desenvolvimento socialmente justo e ecologicamente sustentado.
Nesse sentido, definimos três grandes objetivos para a educação oferecida em nossa
escola:
•
A apropriação, pelo cidadão e pela comunidade, dos instrumentos adequados
para pensar a sua prática individual e social e para ganhar uma visão
globalizante da realidade que o possa orientar em sua vida;
•
A apropriação, pelo cidadão e pela comunidade, do conhecimento científico,
político, cultural acumulado pela humanidade ao longo da história para garantirlhe a satisfação de suas necessidades e realizar suas aspirações;
•
A apropriação, por parte dos cidadãos e da comunidade, dos instrumentos de
avaliação crítica do conhecimento acumulado, reciclá-lo e acrescentar-lhe novos
conhecimentos através de todas as faculdades cognitivas humana.
31
Vemos, portanto, a educação como processo de desenvolvimento da natureza
humana, sendo que possui suas finalidades voltadas para o aperfeiçoamento do homem que
dela necessita para constituir-se e transformar a realidade.
Nossa prática pauta-se nos princípios da Pedagogia Progressista, Teoria Crítica,
Concepção Materialista Histórico-Dialética e Tendência Histórico-Crítica.
Finalmente, entendemos que, assumir a missão de recriar uma maneira mais humana de
existir, é tarefa de uma pessoa precursora de uma nova ordem social, promotora de justiça e
do bem comum, crítica, criativa, responsável, que viva em harmonia com Deus, consigo
mesma, com os outros e com a natureza. Enfim, que na convivência com os outros vá
aprendendo a ser feliz, justamente porque criará perspectivas positivas com relação ao futuro.
1.3. MARCO OPERACIONAL - NOSSOS IDEAIS: EXPRESSÃO DE
POSICIONAMENTOS POLÍTICOS E PEDAGÓGICOS
Para que o Projeto Político-Pedagógico do Colégio Zardo repercuta em mudanças efetivas
no trabalho da Escola, é importante termos presente quais ideais movem as pessoas e quais
desejos e expectativas têm os integrantes da Comunidade Escolar a respeito das ações e dos
caminhos a serem trilhados.
Atualmente, quando olhamos a geografia da educação, encontramos diversas propostas e
experiências. Elas pedem novas obras, reestruturação, investimento em tecnologia e formação
continuada dos educadores, novas e diferentes formas de organização e de gestão, busca de
novas maneiras para enfrentar os desafios oriundos da complexidade do mundo atual,
inovadoras metodologias e formas de lidar com o complexo aluno que busca a escola. Enfim,
propostas para uma escola que contribua para a realização sustentável da sociedade e do ser
humano que desejamos.
Portanto, é necessário que a escola defina, com clareza, sua identidade, para torná-la
assim um contexto e clima organizacional propício à iniciação e desenvolvimento de vivências
personalizadas e cooperativas. Uma escola que cria condições para construir valores,
desenvolver capacidades individuais e coletivas, desenvolver sua identidade pessoal e a
socialização; atuar na ética, crítica e participativa na sociedade em todos os âmbitos. Para isso,
é fundamental o compromisso e o comprometimento de toda a equipe: professores, direção,
equipe pedagógica e equipe técnica-administrativa.
Ao concebermos o Colégio Estadual Professor Francisco Zardo como escola pública,
gratuita e de qualidade, desejamos que, assumindo sua função social, seja uma instituição
voltada à socialização de saberes teóricos, práticos e comportamentais, visando ao
desenvolvimento das potencialidades dos indivíduos para constituírem-se cidadãos
participativos, co-responsáveis nos processos de transformação da sociedade.
Partimos do pressuposto de que a escola existe para servir à sociedade. Por isso, é
preciso que haja interação com a comunidade para saber quais suas necessidades de ordem
cultural, esportiva e tecnológica, de tal maneira que as portas do Colégio Zardo estejam
abertas para atender a todos os cidadãos que dela decidirem compartilhar.
Sendo assim, a todo o momento, o Colégio Zardo deve indagar-se: Quais ações podemos
desenvolver para atender à comunidade?
É fundamental assumirmos que a qualidade da educação pressupõe qualidade para todos,
em todas as dimensões da vida humana. Isso significa que a escola não pode ser privilégio de
determinados grupos e nem pode limitar-se à meta quantitativa de ampliar vagas. O trabalho
da escola deve abranger diversas finalidades, associadas às seguintes dimensões:
•
cultural – compreender a pluralidade cultural dos diferentes grupos sociais e suas
relações entre si e com o mundo;
•
política e social – compreender a sociedade e participar no espaço em que
vivemos, exercendo plenamente a cidadania, de maneira consciente e consistente;
32
•
humanística – viver plenamente a condição de Ser Humano, sujeito da história,
enfatizando o respeito,a tolerância e a solidariedade humana.
Para efetivar essas finalidades, faz-se necessário o seguinte questionamento: Nós
conhecemos os alunos que estão chegando à escola?
Com as mudanças implementadas nos últimos anos, como a oferta de Ensino Médio e
Ensino Profissional e a crescente demanda de alunos para o Ensino Fundamental (matrícula
automática), bem como a existência, a cada ano, de novos profissionais na escola que nem
sempre desenvolveram suas ações baseados nos pressupostos da proposta da escola, propiciou
alguns graves problemas, como indisciplina e queda na qualidade do ensino. Ou seja, a escola
cresceu quantitativamente de forma muito rápida, porém as condições estruturais de ordem
material, física e humana não cresceram eqüitativamente. Vale ressaltar que problemas de
gestão, multiplicidade de formas de ensinar e avaliar, contradições pedagógicas nas práticas
docentes, desorganização das rotinas e instabilidade nas regras do cotidiano reforçaram e
colaboraram para queda significativa da qualidade do ensino e, consequente, desinteresse e
desvalorização do espaço escolar.
Se as condições de aprendizagem do aluno não são favoráveis, é preciso que a escola se
mobilize criando as condições necessárias à aprendizagem. A diversidade das condições de
aprendizagem, ou a chamada heterogeneidade, é uma realidade que não pode ser negada.
Desde o processo de ingresso até a conclusão de um curso, a escola precisa ocupar-se com as
reais condições dos alunos, levando em conta as aspirações e as motivações que os trazem
para escola (mediante esforço e interesse das famílias).
Ainda em relação às condições dos alunos, é fundamental a devida atenção às questões
de ordem sócio-econômica, como as exigências relativas ao vestuário (uso do uniforme),
carteirinha, agenda escolar e materiais escolares diversos (obrigações das famílias).
Para implementar ações conseqüentes é preciso que sistematicamente o Colégio Zardo
faça diagnósticos sobre a realidade dos alunos, suas condições sócio-econômicas e de
aprendizagem, para que permaneçam na escola até a conclusão dos cursos e com o melhor
rendimento possível.
No que se refere à evasão escolar e indisciplina é preciso analisar, sistematicamente, suas
causas e efetivar ações para resolver problemas originados na escola, bem como contribuir
para amenizar problemas de ordem sócio-econômica. Sendo a indisciplina causa e
consequência, necessitamos, pois, aprofundar com mais cuidado os elementos pedagógicos
como o Planejamento de ensino, a Avaliação, a Gestão de sala de aula e o Comportamento
jovem no mundo atual.
Por isso, em nosso ideal de escola, estabelecemos as características de três dimensões
para o Marco Operacional:
1.3.1.
Dimensão Pedagógica
O efeito mediato da ação educativa, conforme a concebemos, é a construção do sentido
para a vida: aumentar a cooperação humana, estimular a participação social, despertar a
consciência de cidadania e preservar a dignidade da pessoa. Uma aprendizagem significativa,
ou seja, que dá sentido para a vida.
A aprendizagem significativa contempla o saber estratégico - compreender o mundo e
nele agir; o saber político - compreender a sociedade e nela participar; o saber ético apreender que cada opção pode fazer-nos mais ou menos humanos. A aprendizagem deve
contribuir para a formação de pessoas, levando à autonomia intelectual e moral, à cooperação,
ao pensamento crítico através do confronto de idéias e do debate.
Para atingir tal investidura há necessidade de tempo para planejamento, onde os
objetivos e o currículo sejam realmente definidos levando em consideração o público-alvo, ou
33
seja, haja estreita relação entre o que queremos e o que temos. Que a metodologia, os
conteúdos, o planejamento e a avaliação possibilitem sucesso, pois foram pensadas e definidas
tendo em vista o aluno real. Necessitamos de implementar planos de trabalho que sejam
correspondentes aos anseios das famílias e dos alunos, levando em consideração o que está
estipulado na Proposta Pedagógica Curricular. Há um anseio e, certa angústia, para definirmos
caminhos mais audazes e mais eficientes para lidar com os problemas comportamentais e de
motivação dos alunos, bem como aprender melhor a interagir com o diferente, o novo, o
moderno, enfim, o aluno real.
Dessa maneira, os elementos que compõem o processo de ensino-aprendizagem assim
estão definidos:
Avaliação: essa é uma atividade escolar que, pela sua intencionalidade, pela sua função
social e pedagógica deve estar clara para alunos e professores. Os momentos específicos de
avaliação fazem parte do processo educativo, portanto sua aplicação deve ser pensada por
todos e estar em acordo com a proposta pedagógica curricular da escola. A avaliação servirá
para constatar aprendizagem e verificar falhas e acertos no ensino. Devemos aprofundar, em
médio prazo, todos os elementos, os critérios, os instrumentos e as formas de Avaliação e de
Recuperação de estudos. O sistema de avaliação precisa ser dissecado e assimilado por todos,
tornando-se assim, um componente pedagógico justo, coerente e claro para todos.
Metodologias: é o que dá identidade ao professor. É através delas que o professor
estabelece relações com seus alunos, com seus conhecimentos e saberes e contribui para a
transformação da escola, dando-lhe também sua identidade. Espera-se ações docentes que
visem o desenvolvimento intelectual, cognitivo, afetivo e moral dos alunos, através de trabalhos
que priorizam a reflexão crítica, a produção criativa, a construção intencional e a re-construção
a partir das tentativas de acerto. Caminhamos para a implementação de metodologias que
incorporem de uma vez por todas a prática tendo em vista o aluno real. Não podemos mais
tolerar aulas e práticas que desconsideram os recursos tecnológicos, as novas possibilidades
didáticas e os ambientes disponíveis para implementar um ensino eficiente e inovador.
Plano de Trabalho Docente: no atual paradigma, a escola tem autonomia oficialmente
prevista (LDB n 9394/96, Art. 27/28/36/53) para pensar seu planejamento, adequando-o às
necessidades de seus alunos, à realidade histórico-social na qual está inserida, buscando
através deste, a formação humana. Nesse sentido, vale reforçar que o plano de trabalho
docente deve ser pensados no coletivo da escola, com tempo suficiente para ser claramente
definido e aplicado. E cada semana pedagógica (fevereiro e julho) será organizado o momento
para que os professores elaborem seus planos. Planos que devem seguir as orientações da
mantenedora, sem deixar de expressar a realidade da escola. Coordenados pelos pedagogos, os
planos devem seguir o roteiro apresentado, contando os elementos fundamentais.
Proposta Pedagógica Curricular: refere-se à organização do conhecimento escolar. O
currículo não pode ser estático, cristalizado. Muito pelo contrário, é um elemento dinâmico,
devendo estar em constante movimento no processo educacional. Pensar o currículo é pensar o
tipo de organização que a escola deseja adotar. Buscamos, na prática cotidiana, que os
conteúdos deixem de ter um significado por si só, passando a interagirem-se num todo mais
amplo, de maneira articulada, coerente e clara. A construção da Proposta pedagógica curricular
terá como base as Diretrizes Curriculares Estaduais, tomando como eixo as partes que ali se
encontram. Há, no Colégio Zardo, uma urgente necessidade de se reconstruir e organizar o
currículo escolar.
Conhecimentos: transformar conhecimentos implica transformar os saberes que alunos
e professores têm, tomando como ponto de partida as histórias de vida, aproveitando seus
conhecimentos e suas experiências prévias, fazendo-se sujeitos mediadores e medidas do
processo ensino aprendizagem, construindo juntos novos conhecimentos. A seleção e a
organização dos conteúdos é de responsabilidade de cada professor, orientado pelo pedagogo e
partilhado com seus pares. Escolher conteúdo implica em uma opção. Somente por meio da
discussão, da troca de ideias e pelo planejamento coletivo é que se faz a melhor escolha.
Presentes na proposta pedagógica curricular, os conhecimentos e conteúdos construídos
34
historicamente representam o recorte para aquisição, assimilação e reconstrução, o que é
base para a constituição de um sujeito da ação.
Para um trabalho pedagógico com evolução crescente que vise a melhoria nas práticas
pedagógicas e para a continuidade do trabalho coletivo de todos que iniciaram a construção do
PPP será importante o acompanhamento e a avaliação constantes. Afinal, cada um assume a
sua parcela de responsabilidade e comprometimento nesse processo de mudança e
implementação de novas ideias. Sugerimos, então, reuniões pedagógicas periódicas nos
grupos: professores, alunos e familiares, dando o tom de continuidade e, assim, maior
amadurecimento e acompanhamento dos objetivos e metas. As reuniões técnicas e os
encontros pedagógicos devem ser constantes, servindo como aprimoramento teórico, troca de
experiência entre os profissionais e a tomada de decisão coletiva para os problemas do
cotidiano.
Por meio da supervisão direta e da avaliação por todos, em prol das melhores práticas e
do bem comum, é essencial o registro da evolução das práticas. Desse modo, definir-se-ão as
necessidades de apoio e de acompanhamento mais intensivo e, por isso mesmo, não haverá
prejuízos para nenhuma das partes.
Nossa prática pedagógica deve estar em constante atualização com as mudanças
tecnológicas e conforme a realidade dos alunos. Conforme podemos analisar, nossos desejos de
atualizações devem estar em sintonia com o que desejamos/escrevemos e o que
fazemos/realizamos. Sabemos que de nada adianta desejarmos e não buscarmos juntos,
realizar. A escola é um todo e se cada pessoa buscar o seu próprio desejo, sem apoio do
grande grupo, a escola não atinge seus objetivos.
1.3.2.
Dimensão Comunitária
A organização interna e externa da escola expressa-se através das parcerias, convênios e
envolvimento real das mais variadas instâncias com o objetivo único de melhorar a cada dia
mais o desenvolvimento do processo pedagógico na escola. Dessa forma, almejamos harmonia,
compreensão, tolerância, ética, mobilização, diálogo, interação, comprometimento, dinamismo,
abertura às mudanças e cumprimento de acordos e funções para as várias instâncias
administrativas, desde direção aos professores até os serviços gerais à assistência
administrativa.
Insubstituível no processo ensino-aprendizagem é a pessoa e a missão do professor. Mais
do que orientador do processo de aprendizagem é um mediador na construção do
conhecimento, seu gestor e animador: Nós educadores temos uma missão muito grande nas
mãos que é orientar, conscientizar, informar e provocar para que os alunos sejam atuantes e
solidários.
Aprendente por profissão, o professor, diante da avalanche de informações produzidas
pela ciência e tecnologia, deve ter critérios para selecionar os que mais auxiliam a formação da
pessoa e da sociedade em pleno sentido, assegurando que a modernidade técnica tenha
componentes éticos.
Os professores devem ser sim, exigentes (professor legal não é professor bonzinho):
incentivar os alunos, deixando-os curiosos; esclarecer suas dúvidas através da pesquisa, vista
não como mais uma tarefa ou obrigação mas, como atividade acadêmica com a finalidade de
investigação e transformação da realidade.
Se são grandes os desafios provocados pelas tecnologias da informação e da
comunicação, também são inúmeras as possibilidades que a era das redes oferecem à
educação.
35
Por isso, os relacionamentos na escola devem ser harmoniosos, respeitosos e,
sobretudo, solidários, éticos e reflexivos, ou seja, aprender com os erros e melhorar sempre.
Para que o professor possa atingir os objetivos, interesse, compromisso, motivação e
criatividade devem compor o seu perfil.
Vale ressaltar que é imprescindível que todos os profissionais devem conhecer e se
inteirar dos conteúdo a serem trabalhados, dos documentos legais básicos que embasam e
legalizam a vida escolar e das regras que regem o cotidiano da escola . Dessa forma, torna-se
possível vivenciar um currículo condizente em conjunto com os outros profissionais da área com
metodologias inovadas, relação positiva professor/aluno e disciplina.
E é exatamente por isso que desejamos, em nosso cotidiano escolar, relacionamentos de
respeito, de amizade, de justiça, de responsabilidade e de atenção. Queremos, em nosso dia-adia, práticas que levam em consideração a ética, a valorização humana, a colaboração, a
sensibilidade e o comprometimento moral. Aspiramos por motivações e interesses plenos de
participação da família, de organização e de clareza das intenções e metas.
1.3.3. Dimensão Administrativa
Os componentes administrativos também foram pensados para serem transformados no
âmbito escolar e não é tarefa apenas do diretor da escola e da equipe pedagógica, compete a
todos a organização da escola para a realização daquilo que se deseja.
Nesse sentido, a escola ao elaborar seu projeto político-pedagógico, buscou colocar em
prática, o exercício da autonomia que lhe é conferida, o que evidencia o compromisso e
responsabilidade na definição de suas ações. Sendo, portanto, a própria escola geradora de
suas ações e decisões, responde pelo que faz ou deixa de fazer. “Autônoma, a escola ouve e
age” (Neves, In: Veiga, 1997:126).
A organização administrativa da gestão escolar é também um item previsto no projeto
político-pedagógico. Foi pensada a partir das relações existentes na escola, agregando
diferentes setores da comunidade escolar, incluindo os que nela trabalham e que a freqüentam,
uma vez que todos serão afetados pela ação a ser desencadeada. A escola que se pretende
universal deve contemplar a realidade social de seus membros, buscando através da ação
colegiada e participação um tipo de organização, que sustende e dê forma aos seus objetivos, a
sua intencionalidade. Dessa maneira, busca-se a constituição de uma escola democrática, onde
as decisões são tomadas no coletivo, superando assim os grandes conflitos, eliminando relações
competitivas, corporativas e autoritárias, diminuindo a fragmentação do trabalho, tornando-se
monobloco que trabalha em uma única direção, saindo portanto de relações autoritárias e
verticais para relações horizontais e dialógicas. É, com certeza, a forma mais viável de se
conduzir o processo educativo. Por isso, mesmo, a ação do Conselho Escolar, da Associação de
Pais, Mestres e Funcionários (APMF) e Grêmio Estudantil são preponderantes, sendo cada um
deles descritos, organizados e legalizados em material próprio.
Se pensou também em administração política da escola no sentido de procurar atender
aos fins definidos para a escola pelo sistema de ensino e pela mantenedora (Conselho Estadual
de Educação e Secretaria Estadual da Educação), mas também no esforço de toda a
comunidade escolar e sociedade em geral, articulando propostas e interesses da maioria,
vinculadas a suas peculiaridades culturais e aos seus saberes.
Mas, como faremos isso? Acreditamos que alguns caminhos para se chegar ao projeto
político–pedagógico e, conseqüentemente, ao desenvolvimento da qualidade do trabalho
escolar, está bem próxima de nós, no cotidiano mesmo da escola. Requer que este cotidiano
seja pensado, refletido, pesquisado. Isso implica compromisso político, administrativo,
pedagógico, pessoal, afetivo, onde o grupo possa traduzir seus anseios em situações vivas.
Significa resgatar a própria escola como espaço público, lugar de debate, de diálogo, fundado
na reflexão, na participação individual e coletiva de todos os seus membros, conferindo-lhes o
poder de decisão.
36
A parte administrativa da escola deve ser em sua totalidade composta por dirigentes
comprometidos em realizar prontamente as atribuições exigidas pelo cargo, de forma a prestar
suporte aos professores, trabalhando de forma coesa e seguindo um objetivo comum; sempre
com ética e profissionalismo.
Todos os profissionais da escola necessitam de mais momentos para encontros, troca de
idéias e organização de rotinas. A participação de todos nas decisões é uma prática essencial
em ambientes que se querem democráticos. Isso possibilita uma reflexão mais profunda acerca
dos problemas que ocorrem no interior da escolar e, uma vez diagnosticados, podem ser
resolvidos de uma maneira mais efetiva.
Em relação ao setor de serviços gerais, este necessita de uma melhor organização, mais
comunicação e aumento de profissionais efetivos. Com uma estrutura física e organização
adequados, a escola deve atender aos objetivos previstos, criando desta forma um ambiente de
trabalho mais eficiente e, consequentemente, mais agradável e mais próximo ao ideal descrito.
Também, para concretizar os anseios e realizar os objetivos, estabelecer os critérios e as
regras do cotidiano é muito importante, haja vista que o ritmo do colégio é dado pela crescente
assimilação do que pode e do que não pode, do que é primordial e do que é secundário, a
clareza, enfim, do que é inevitável e do que é acessório na grande missão de educar, de
ensinar e de aprender.
37
II – DIAGNÓSTICO
“É através de nossas próprias narrações que
construímos uma versão de nós mesmos no mundo, e
é através de suas narrações que uma cultura
oferece modelos de identidade e ação para seus
membros.”
(Bruner & Feldman, 1995)
2.1. DESCRIÇÃO DO COTIDIANO: O PENSAR E O FAZER
PEDAGÓGICO NO COLÉGIO ZARDO
Levamos em consideração, como descrito detalhadamente no Marco Referencial, que em
termos sociais ocorre um complexo processo de mudança no modo de agir e pensar das
pessoas, das famílias, da comunidade, da sociedade e do mundo, sendo que esse processo
influencia direta e profundamente o fazer pedagógico da escola. Na sociedade-cultura pósmoderna percebemos que a característica é, antes de tudo, a de ser uma sociedade-cultura de
consumo, que reduz o indivíduo à condição de consumidor como conseqüência da
automatização do sistema de produção. As novas formas referentes ao consumo estão
relacionadas com os meios de comunicação, com a alta tecnologia, com as indústrias da
informação (buscando expandir uma mentalidade consumista, a serviço dos interesses
econômicos) e com as maneiras de ser e de ter do homem pós-moderno. Assim, cada vez mais,
as pessoas vão se tornando individualistas, sem perspectivas de mudança, desinteressadas pela
melhoria e qualidade de vida, egoístas, narcisistas e vistas apenas como meros consumidores.
Lamentavelmente, são poucos os sujeitos do processo para os quais a escola desenvolve seu
trabalho que possuem visão positiva e/ou crítica sobre a importância da educação escolar.
Em nossa realidade cotidiana, notamos componentes gravíssimos com relação à
aprendizagem a ser desenvolvida pelos alunos. São falhas antigas, problemas históricos,
defasagens e complicações existentes das mais diversas formas. Isso tudo compromete a
continuidade dos conhecimentos e o desenvolvimento de conteúdos e atitudes. Sabemos que a
aprendizagem de um conteúdo depende muito da experiência anterior do aluno com conteúdos
que são pré-requisitos. Se essa experiência não ocorreu ou ocorreu de forma incompleta, isso
gera desinteresse, desmotivação e, o que é pior, a aprendizagem não ocorre efetivamente.
Percebemos isso pelo excesso de faltas às aulas, atrasos, gazetas e negligências de todo tipo
pelos alunos. Desse modo, não se torna possível ao professor dar prosseguimento ao que
planejou nem seguir a sequência de aulas. Tudo isso tem gerado frustração, desânimo,
desmotivação e suscitado muitas dúvidas e incertezas a respeito de um futuro bom, sem contar
que há uma notável e crescente decadência no nível de conhecimento pelos alunos.
Como possibilidade de ajuste, a implementação de aprendizagens significativas se faz
necessária. Aprendizagem significativa é o conceito central da teoria da aprendizagem de David
Ausubel e é um processo por meio do qual uma nova informação relaciona-se, de maneira
substantiva (não-literal) e não-arbitrária, a um aspecto relevante da estrutura de conhecimento
38
do indivíduo. Em outras palavras, os novos conhecimentos que se adquirem relacionam-se
com o conhecimento prévio que o aluno possui. Aprender é agir na direção de construir
respostas para problemas, suplantar os conflitos cognitivos em um ambiente estimulador, tendo
direito ao erro, descobrir fatores invariáveis e variáveis e se apropriar de raciocínios.
Defendemos o desenvolvimento de uma aprendizagem significativa porque o agir é um interagir
consigo mesmo e com outras pessoas. Para isso, ações do tipo motivadoras e de construção do
valor da escola são essenciais e devem ser agregadas ao cotidiano do ensino pelo professor
para atingir objetivos mais completos na formação intelectual dos alunos.
No cotidiano de nossa escola, também observamos comportamentos entre os alunos que
vão da simples cara feia à agressão física grave. Isso tem gerado muitas preocupações e
questionamentos sobre a conduta, a postura e os comportamentos desviantes dos alunos. É
grande a indisciplina, a violência verbal e física, o tratamento vulgar e grosseiro, o desrespeito
à autoridade e ao patrimônio público, sem contar o uso de cigarro, álcool e outras drogas. Em
sala de aula, o professor se depara com um quadro grave de desinteresse com os estudos,
incessante barulho e gritaria, muitas conversas paralelas, gazetas de aula, sabotagem,
distração, desatenção, displicência e irresponsabilidade com as atividades escolares. A isso, se
junta a sensação de impunidade e a continuidade de problemas que deviam estar “fora” da
escola.
Ante a isso, definimos a proposição para lidar com a problemática naquilo que comumente
chamamos de Relações Interpessoais. As Relações interpessoais são todos os contatos
existentes entre pessoas. Nesse âmbito encontra-se um infindável número de variáveis como:
sujeitos, circunstâncias, espaços, local, cultura, desenvolvimento tecnológico, educação e
época. As relações interpessoais ocorrem em todos os meios (no meio familiar, educacional,
social, institucional e profissional) e estão ligadas aos resultados finais de harmonia, avanço, e
progressos ou na estagnações, agressão ou alienamento. O comprometimento do aluno com a
escola e com o ensino é fundamental para o seu aprendizado, sendo que o papel do professor
também é importante. Quanto aos comportamentos desviantes, temos ações para incorporar ao
cotidiano que vão desde o levantamento das violências, até o trato pedagógico de
comportamentos, posturas e condutas. O combate à indisciplina, clareza das regras e
assimilação de comportamentos sociais aceitáveis são componentes essenciais para a melhoria
nas relações interpessoais entre os alunos. Também, vale ressaltar o importante papel da
família como agente articulador de ações em prol da melhoria comportamental dos alunos.
Quando analisamos o papel da família na educação escolar de seus filhos, percebemos
que há uma distância muito grande nos objetivos. Grande parte das famílias não tem visão
adequada sobre o real papel da escola, confundem o papel da escola (ensino de conteúdos)
com o papel da família (educação comportamental) e muitas são coniventes com os
comportamentos desviantes dos filhos. Vemos diariamente que há uma contínua transferência
de papéis e funções que são próprios da família para a escola. Neste sentido, Stadinik (2005,
p.16) afirma que a “família moderna, dentro de todas as transformações históricas apresenta
hoje uma das maiores problemáticas, a falta de tempo para conviver, interagir, dialogar, enfim,
fazer-se presente junto aos seus (...). Assim, a educação acaba sendo um jogo de
transferências de responsabilidade entre a família e a escola”. Esse jogo precisa ser cada vez
mais discutido entre essas duas instâncias, a fim de que ambas possam cumprir integralmente
a sua função social.
Consideramos pertinente fortalecer a relação da família e com a escola no sentido de
formar uma equipe. É fundamental que ambas sigam os mesmos princípios e critérios, bem
como a mesma direção em relação aos objetivos que desejam atingir. Ressaltamos que mesmo
tendo objetivos em comum, cada uma deve fazer sua parte para que atinja o caminho do
sucesso, que visa conduzir os jovens a um futuro melhor. O ideal é que família e escola tracem
as mesmas metas de forma simultânea, propiciando ao aluno uma segurança na aprendizagem
de forma que venha criar cidadãos críticos capazes de enfrentar a complexidade de situações
que surgem na sociedade. Para isso, teremos que implementar a “vinda” da família para a
escola, no intuito de estreitar e clarificar os objetivos da instituição em consonância com os
anseios dos pais.
39
Nas rotinas dos professores, é muito comum percebermos que há um quadro
complicado a ser resolvido. Muitas vezes há uma grande falta de companheirismo, de
compromisso e comprometimento com a escola e com os alunos, de desmotivação com a
escola e a educação escolar como um todo. Há atitudes entre os professores que demonstram
isso claramente: desde a falta de planejamento das aulas, até na demora para ir para a sala de
aula após o sinal e aplicação de aulas repetitivas e cansativas. Tais atitudes, motivadas por
reclamações excessivas, comportamentos dos alunos e sensação de impotência diante de
tantos problemas que parecem não ter solução. Junto a isso, estão as dificuldades no uso das
tecnologias, a capacitação oficial que não corresponde às necessidades dos docentes e os
baixos salários. Desse modo, é crucial que enfrentemos tais problemas implementando um
ensino mais ativo, dinâmico e motivador e adotando metodologias inovadoras e criativas.
Para Nérici (1993, p.38) “ensino é o processo que visa a modificar o comportamento do
indivíduo por intermédio da aprendizagem com o propósito de efetivar as intenções do conceito
de educação, bem como habilitar cada um a orientar a sua própria aprendizagem, a ter
iniciativa, a cultivar a confiança em si, a esforçar-se, a desenvolver a criatividade, a entrosar-se
com seus semelhantes, a fim de poder participar na sociedade como pessoa consciente,
eficiente e responsável.” A escola é o espaço social que tem como função específica possibilitar
aos alunos a apropriação de conhecimentos científicos, filosóficos, matemáticos etc.,
sistematizados ao longo da história da humanidade, bem como estimular a produção de um
novo saber, que possa ajudar na luta por mudanças nas injustas relações sociais presentes em
nossa sociedade. Por isso, faz-se necessária a compreensão dos problemas que permeiam e
envolvem a prática docente, com a intenção de superá-los. A escola só torna-se democrática na
medida em que colabora para a formação de sujeitos críticos e conscientes, voltados para a
transformação social. Para isso, lançamos mão de metodologias inovadoras e apropriadas que
possam melhorar as formas de aplicação e interação com os conteúdos estabelecidos no
currículo. O aprofundamento sobre Metodologias e a implementação do Plano de Trabalho
Docente são essenciais nesse processo. Necessitamos de melhorias nos processos de ensino,
para que este se torne cada vez mais ativo, dinâmico e motivador.
Quando fazemos uma incursão pelos espaços da escola notamos o seguinte panorama:
salas lotadas de alunos, com cortinas estragadas, vidros quebrados, portas com defeitos,
carteiras velhas e estragadas, pichações nas paredes e estragos de toda ordem pela escola;
inexistência de inspetores no pátio; equipe pedagógica burocratizada; comunicação interna
falha; tratamentos diversos e desiguais; múltiplas linguagens nas regras e rotinas; profissionais
desvalorizados e pouco apoio às ações docentes. Por esses problemas todos é que se define
como estratégia administrativa, a implementação de uma gestão democrática, conferindo
prioridades para as questões das estruturas gerais das salas de aula e do espaço pedagógico
como um todo, fluxo da informação mais amplo e abrangente e a formação dos docentes
voltada para a resolução das problemáticas reais da escola, não apenas da educação como um
todo.
A Gestão Democrática é uma forma de gerir a escola, de maneira que possibilite a
participação, transparência e democracia. Os princípios que norteiam a Gestão Democrática são
a Descentralização que é a administração, as decisões e as ações elaboradas e executadas de
forma não hierarquizada; a Participação onde todos os envolvidos no cotidiano escolar
participam da gestão: professores, estudantes, funcionários, pais ou responsáveis e a
Transparência, pela qual qualquer decisão e ação tomadas ou implantadas na escola são de
conhecimento de todos. E é nesse sentido que vislumbramos a possibilidade de melhorar os
processos de ajustes no Ambiente e Estrutura da escola por meio dos encaminhamentos de
processos à mantenedora e ação da APMF, a organização para o fluxo da informação e
definição e clarificação das regras do cotidiano, bem como de um ritmo para toda a equipe
escolar e a implantação e implementação de encontros pedagógicos para a busca de
alternativas da melhoria nas relações professor – aluno –conhecimento.
Cabe ressaltar que o PPP, uma vez construído e constituído como a força motriz das ações
pedagógicas no Colégio Zardo, se torna, então, referência para toda e qualquer ação. É por
meio do PPP que toda a equipe guiará o seu pensar e o seu fazer, tornando-se o elo entre os
objetivos de cada profissional e as metas definidas para a Instituição. Somente assim, teremos
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um PPP forte e vivo, capaz de trazer as transformações que o Colégio necessita e a
sociedade como um todo espera.
Na percepção e análise dos dados levantados com os alunos, também, foi possível
estabelecer um perfil do cotidiano, bem como a definição de necessidades para melhorar. A
seguir, apresentamos a “fotografia” e a “radiografia” na visão dos alunos. Esse panorama geral
é o diagnóstico construído coletivamente a partir das “Árvores de Problemas e de Soluções” nos
meses de março, abril, maio e junho de 2009.
No cotidiano do Colégio, o problema de segurança é uma questão percebida pelos alunos
de modo bastante preocupante. Em seus discursos demonstram certa angústia ao referir-se a
isso. A falta de segurança percebida pelos alunos baseia-se na percepção de que a Patrulha
Escolar não faz o policiamento de forma adequada, que na entrada e na saída do colégio há
tumulto, empurra-empurra, brigas, desentendimentos, agressões e ameaças entre os alunos,
que não há estacionamento para os alunos do noturno e que alunos mexem nas bicicletas
estacionadas no pátio do colégio.
Assim, consideremos que a existência de condições de segurança na escola é fundamental
para o sucesso educativo de todos os alunos, em especial daqueles que se encontram em
meios particularmente desfavorecidos, em situação de risco de exclusão social e escolar. Para
prevenir e combater a insegurança e a violência na escola e no meio envolvente, é fundamental
consolidar o Programa Patrulha Escolar Comunitária. Este visa garantir a segurança, prevenindo
e reduzindo a violência no meio escolar e envolvente, ao mesmo tempo que se constitui como
dinamizador de iniciativas promotoras dos valores de cidadania e de civismo. A segurança deve
ser uma preocupação comum a todos os membros da comunidade educativa – pessoal docente
e não docente, alunos, pais, pedagogos, direção e comunidade local. Além de um bom
conhecimento e informação neste âmbito, importa criar uma cultura de segurança,
nomeadamente interiorizando procedimentos e comportamentos e adotando as necessárias
medidas de prevenção. É recomendável que a temática da segurança esteja integrada no
Projeto Político-Pedagógico da escola, tendo em vista uma melhor sensibilização de todos e
contribuir para desenvolver um comportamento coletivo de segurança.
Na relação do aluno com a escola, com os professores, com outros alunos e com o
conhecimento, os alunos destacam questões muito pertinentes e sérias. Descrevem com
exatidão os problemas oriundos da falta de consciência e educação dos alunos, da indisciplina
cotidiana, das aulas perdidas por causa do tumulto, do desinteresse, do desrespeito, da
imaturidade, da desmotivação, da desorganização e do barulho geral que acontece nos
corredores , em suas salas e na sala de aula vizinha. Aparecem claramente, em seus discursos,
os problemas sobre o uso e o tráfico de drogas (dentro e nos portões da escola), da
discriminação, do vandalismo, das pichações, dos estragos nas paredes, nas carteiras, nos
banheiros e no material escolar em geral e roubos de materiais escolares, dinheiro, roupas,
telefones celulares, MP4 entre outros. Com isso, cria-se um quadro de comportamento bastante
complicado, o que incapacita alunos ao aprendizado, ao estudo e gerar desmotivação,
desinteresse, indiciplina e falta de estímulo.
A escola forma o indivíduo para conviver, de maneira harmoniosa e ética, num grande
grupo que é a sociedade. Mas, então, qual o papel do aluno na condição harmônica do
processo ensino-aprendizagem? O aluno tem que assumir seu papel no aprender. Por isso, faz
necessário a definição de ações que permitem melhorar o comprometimento do aluno.
Acreditamos que a escola tem que agir de modo coerente para a formação do cidadão. Não
podemos falhar! Nestes tempos de inversão de papéis a escola tem que ser competente.
Estabelecer uma relação de responsabilidade e confiança com o exercício da vontade entre as
partes interessadas no processo educativo é garantia de transformação e sucesso educacional.
A grande oportunidade da escola é ser agente transformadora da ética e da moral, com um
grande desafio em tornar esta formação consciente e autônoma , proporcionando ao aluno a
elaboração do seu próprio projeto de vida. O trabalho de ética na escola é decisivo para toda a
transformação através da implantação de um código de ética. O mau comportamento é com
freqüência, conseqüência de condições desfavoráveis do mesmo ambiente escolar que está
atuando sobre os alunos: locais e mobiliários inadequados, falta de unidade e critério dos
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professores e equipe da escola etc., e sobre eles devem centrar-se inicialmente a atenção
antes de tomar medidas mais drásticas e também atuar com a família e com o próprio aluno.
Soluções para os chamados problemas de "indisciplina" deverão estar baseados numa análise
exaustiva da situação, na reflexão, no diálogo e em técnicas que capacitem os alunos para o
autocontrole e a responsabilidade por sua conduta.
Talvez tenha sido a problemática relacionado ao espaço físico que mais incomoda os
alunos, haja vista a quantidade de elementos que ilustram seus argumentos a respeito disso.
Nesse sentido, aparece como principal vetor dos problemas estruturais a insuficiência de verbas
governamentais para melhorias estruturais, bem como a burocracia para obtê-las. Nesse
sentido, entre causa e efeito, os principais problemas apontados foram: Estrutura inadequado
para os dias chuvosos (visto que há alagamentos no pátio por falta de escoamento); Biblioteca,
Laboratório de Informática e de Ciências que não são utilizados pelos professores; salas de aula
com mobiliário velho e sem condições adequadas de uso; paredes, vidros, cortinas e portas
destruídas; banheiros sem papel higiênico, sabonete, pichados, com torneiras estragadas e
espelhos velhos; pintura das paredes em geral deterioradas; quadra de esportes danificada;
não há luz de emergência; não há acessibilidade para deficientes físicos e visuais; há falta de
outros cursos técnicos para atender a demanda de alunos que necessitam de profissionalização
e nos cursos existentes, há falta de mais estágios. Diante desse quadro, a estrutura física acaba
sendo um dos elementos que prejudica o processo de ensino-aprendizagem no cotidiano da
escola.
De acordo com Marta Regina Heinzelmann, “O ensino ofertado deve ser de qualidade.
Imaginar que um estudante que vive em situação de miséria pode aceitar qualquer tipo de
lugar para estudar é forçar uma exclusão social deste estudante. A vivência na escola também
faz parte o aprendizado. Por mais bem preparados que estejam os professores, o espaço físico
interfere diretamente no processo de ensino-aprendizagem. Afinal, o movimento da
humanidade está voltado para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, e escola adequada
significa qualidade de vida.” O espaço escolar já não pode mais ser construído sem critérios ou
com critérios pobres e antipedagógicos. Muitas vezes, espaços físicos escolares inadequados,
que se encontram em precário estado de conservação, colocam em risco a segurança e a
integridade física dos estudantes e dos professores. É preciso oferecer uma organização
racional do espaço escolar que permita condições mínimas de desenvolvimento das atividades
de ensino-aprendizagem; É preciso oferecer o mínimo, como carteiras, quadro de giz,
instalações sanitárias, elétricas e hidráulicas, ventilação e iluminação adequadas, espaço para
reuniões de professores, espaço para atividades didáticas, área de recreação, espaço para
esportes, biblioteca e laboratórios de Informática e de ciências, sala para atendimento
individual, quadra ou ginásio desportivo; É importante que o espaço escolar seja adequado aos
alunos portadores de necessidades especiais, incluindo rampas, corrimões e banheiros
específicos; É preciso que esteja adequado também aos níveis e modalidades que a escola
oferece, bem como aos cursos técnicos. Pequenas alterações na forma de organização do uso
do espaço escolar podem provocar bons impactos. É preciso encontrar um equilíbrio entre o
possível, o viável e o ideal. A escola tem que exercer um controle patrimonial dos seus
equipamentos, do material permanente, bem como de todos os bens disponíveis, tendo em
vista o seu caráter público. É preciso atribuir a cada canto da escola um caráter educativo,
contribuindo para tornar o espaço físico cada vez mais humano e humanizador, mais atrativo,
mais lúdico, mais vivo e mais pedagógico.
Na relação direta com o professor, os alunos apontam como principais problemas as aulas
vagas em função da falta do professor (que não compareceu à aula por motivo de doença,
problemas particulares ou cursos) e da falta de professor (disciplinas cujo professor deixou as
aulas, por licença médica, licença especial ou abandonou as mesmas, entre outros). Nesse
sentido, são apontados alguns elementos importantes no que se refere ao ensino: falta de
rigidez e autoridade do professor para conduzir a turma, professor que não coordena e nem
domina a turma, professor que não sabe dar aula e que estão desmotivados com seu trabalho
por causa do desinteresse dos alunos. Também comprometem o ensino as datas de provas
muito próximas na semana de avaliações (acumulando material para ser estudado), a falta da
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circulação adequada da informação sobre as regras e decisões tomadas e os horários que são
mudados constantemente.
A escola ensina formal e informalmente, elabora discursos e práticas que freqüentemente
se contradizem, é espaço, ao mesmo tempo, de angústia e gratificação. Compreendê-la em
suas múltiplas expressões e determinações, em sua localização histórico-social, como um
entrecruzar de diferentes valores e normas, de idéias e sentimentos que potencializam (ou não)
uma série de demandas e vetores de nossa sociedade, muitos deles contraditórios, é o primeiro
passo. Em outras palavras, é preciso entender a escola como um lugar onde se realiza a vida
humana, em todas as suas contradições. O desenvolvimento do Homem faz-se a partir das
interações sociais. É nas nossas relações com o outro que nos desenvolvemos (objetos, meio
ambiente, mas especialmente outras pessoas: pais, irmãos, professores). Isto traz importantes
conseqüências para a escola. Se a criança é capaz de aprender sozinha com sua própria
experiência, ela aprende mais e melhor com os outros. Na escola isto quer dizer: com seu
professor e com seus colegas. O conhecimento sobre a aprendizagem - suas condições, seu
papel no desenvolvimento - ajuda o professor a ensinar melhor. Saber sobre a vida escolar do
aluno, conhecer suas competências, suas referências socioculturais e paixões torna-se
imprescindível para que o professor tenha sucesso na tarefa de levar o aluno aprender.
Desse modo, retratamos, do ponto de vista dos professores e dos alunos, o Diagnóstico
geral daquilo que, de imediato, interfere nos processos de ensino e de aprendizagem na rotina
do Colégio Zardo. Diante disso tudo, optamos por descrever cada um dos processos que
existem no Colégio e que constitui aquilo que chamamos de rotina e cotidiano do colégio.
2.2. O PERFIL DO ALUNO, DOS PROFISSIONAIS
COMUNIDADE: MÚLTIPLAS FACES NUM SÓ LUGAR
E
DA
PERFIL DO ALUNO
De modo geral, notamos que os alunos têm consciência da situação em que se encontram
e são cientes das dificuldades de aprendizagem dos conteúdos. Porém, não conseguem mudar
seus hábitos, que na maioria dos casos já se tornaram parte dos mesmos. Pensamos que eles
teriam que demonstrar atitudes relativas a uma mudança, saírem dessa passividade, dessa falta
de iniciativa, dessa desmotivação que atrapalha tanto o desempenho. Ao disso, encontramos
também os conflitos de relacionamento que surgem no cotidiano da sala de aula. Percebemos
as dificuldades das relações interpessoais entre eles mesmos, com os professores e os
funcionários. Isso reflete-se através da indisciplina, da quebra das regras estabelecidas, do
desrespeito ao patrimônio escolar, do mau uso dos livros didáticos distribuídos no início do ano
(sendo que muitas vezes são esquecidos em sala de aula e nunca mais são procurados), das
agressões físicas e verbais.
Diante disso tudo, não podemos perder a esperança, nem desistir de investir e de
acreditar no potencial dos alunos. Afinal, existem excelentes alunos, que são interessados,
cumpridores de suas responsabilidades, participativos, críticos, assíduos, respeitosos, que
valorizam os professores, possuidores de personalidades sociais que sabem interagir entre eles,
professores e funcionários.
Deve-se levar em conta ainda as diversidades sócio-econômica-culturais que existe em,
nosso colégio, pois são três turnos com características próprias e peculiaridades bem distintas.
Durante o dia (nos turnos da manhã e da tarde) os alunos que trabalham (na maioria garçons
que atuam à noite) possuem certa disposição para as aulas e para realizar os trabalhos
escolares. Já para os estudantes do noturno a realidade é bem diferente: são alunos que
trabalham durante o dia em serviços pesados e braçais, que exigem muito esforço físico e isso
acaba gerando cansaço, falta de interesse, sono durante as aulas e faltas consecutivas à escola.
Isso, comprova, de certa forma, as dificuldades apontadas no início.
43
Assim, essa realidade e essas observações nos levam a compreender que os problemas
têm motivos, que nada surge do nada. Com isso tudo, juntos, estamos batalhando, trabalhando
em conjunto, fazendo o levantamento dos problemas e buscando as soluções.
Por meio do envolvimento e do comprometimento de todos, muitos dos problemas
diagnosticados já estamos revertendo e nós, professores, temos muita boa vontade e
almejamos mudanças para que nosso trabalho seja reconhecido e nosso aluno aproveite, por
meio de aprendizagens concretas, cada instante que estiver em nossa escola.
PERFIL DO PROFESSOR
Temos um grupo de professores bastante heterogêneo. De modo geral, temos um grupo
de professores bastante comprometido com o ensino e preocupados com a aprendizagem de
seus alunos.
São participativos nos processos coletivos de avaliação do próprio trabalho, nas reuniões
pedagógicas, nos conselhos de classe, nas reuniões de pais e nos momentos de decisões
coletivas. É uma participação ativa na quantidade e na qualidade.
Notamos professores preocupados com a qualidade do ensino oferecido aos nossos alunos
e interessados em aprender e melhorar sua prática pedagógica. São professores que atuam
com profissionalismo, são inovadores, abertos à mudança e o que é muito positivo: não são
resistentes às mudanças. São interessados, organizados, buscam atualizar-se e ficar por dentro
do quem vem acontecendo na rotina da escola e da educação como um todo.
É muito interessante perceber o quanto os professores buscam solucionar seus problemas
de sala de aula junto com seus colegas e demais professores. Também, recorrem à Equipe
Pedagógica e acham positiva a participação dos pais e sua presença na escola. Quando se
depara com problemas como a indisciplina, faltas e dificuldades de aprendizagem pelos alunos,
recorrem aos demais profissionais para buscar auxílio.
Temos professores QPM (concursados) e PSS (contratados pelo Processo Seletivo
Simplificado), professores experientes e professores em início de carreira, professores jovens e
professores mais maduros e essa heterogeneidade acaba se tornando uma riqueza de
concepções, de experiências de vida, de formas de interpretar e de aprender, de diversidade de
idéias e de metodologias porque há uma troca contínua e precípua.
Assim, acaba sendo um exercício diário, na relação de professor com professor e de
professor com a Equipe Pedagógica para conhecer a forma pela qual se aprende a distinguir o
fácil do difícil, a lidar com as próprias dificuldades, a identificar seus interesses e talentos e a
usar seus pontos fortes. Também, saber que quanto mais se domina um tema, mais fácil é
aprender sobre ele; reconhecer que cada assunto requer uma abordagem diferente em
diferentes turmas; construir um repertório de estratégias de aprendizagem para multiplicar os
meios para que o aluno aprenda. Queremos também pensar e refletir mais e mais sobre o
contexto em que os conhecimentos serão aplicados e estabelecer objetivos para seu emprego
com base nos resultados esperados.
44
PERFIL ESTATÍSTICO DOS ANOS LETIVOS 2006, 2007 E 2008
Rendimento/Movimento Escolar - Ano 2006
Rendimento Escolar
Ensino/Série
Taxa de
Aprovação
Taxa de
Reprovação
Taxa de
Abandono
FUNDAMENTAL - TOTAL
80,20%
19,70%
0,00%
5ª SERIE
72,40%
27,50%
0,00%
6ª SERIE
80,30%
19,60%
0,00%
7ª SERIE
86,10%
13,80%
0,00%
8ª SERIE
83,60%
16,30%
0,00%
MEDIO REGULAR - TOTAL
80,80%
19,10%
0,00%
1ª SERIE
73,50%
26,40%
0,00%
2ª SERIE
80,20%
19,70%
0,00%
3ª SERIE
93,00%
6,90%
0,00%
MEDIO INTEGRADO - TOTAL
88,10%
11,80%
0,00%
1ª SERIE
81,80%
18,10%
0,00%
2ª SERIE
95,60%
4,30%
0,00%
EDUCACAO PROFISSIONAL - NIVEL
TECNICO
62,30%
37,60%
0,00%
Rendimento/Movimento Escolar - Ano 2007
Rendimento Escolar
Ensino/Série
Taxa de
Aprovação
Taxa de
Reprovação
Taxa de
Abandono
FUNDAMENTAL - TOTAL
81,90%
17,50%
0,40%
5ª SERIE
80,00%
20,00%
0,00%
6ª SERIE
78,80%
19,40%
1,60%
7ª SERIE
86,00%
14,00%
0,00%
8ª SERIE
83,40%
16,50%
0,00%
MEDIO REGULAR - TOTAL
72,20%
22,80%
4,90%
1ª SERIE
61,10%
33,50%
5,20%
2ª SERIE
76,10%
20,00%
3,70%
3ª SERIE
83,90%
10,10%
5,80%
MEDIO INTEGRADO - TOTAL
86,70%
13,20%
0,00%
1ª SERIE
69,50%
30,40%
0,00%
2ª SERIE
97,00%
2,90%
0,00%
3ª SERIE
97,50%
2,40%
0,00%
EDUCACAO PROFISSIONAL - NIVEL
TECNICO
49,50%
40,70%
9,70%
Rendimento/Movimento Escolar - Ano 2008
Rendimento Escolar
Ensino/Série
Taxa de
Aprovação
Taxa de
Reprovação
Taxa de
Abandono
FUNDAMENTAL - TOTAL
82,30%
16,40%
1,20%
5ª SERIE
83,00%
17,00%
0,00%
6ª SERIE
77,20%
20,70%
1,90%
7ª SERIE
84,80%
14,10%
1,00%
8ª SERIE
84,20%
13,80%
1,80%
MEDIO REGULAR - TOTAL
69,80%
24,50%
5,50%
1ª SERIE
61,40%
32,80%
5,60%
2ª SERIE
73,70%
20,70%
5,50%
3ª SERIE
77,80%
16,60%
5,50%
MEDIO INTEGRADO - TOTAL
75,10%
14,20%
10,50%
1ª SERIE
55,20%
20,80%
23,80%
2ª SERIE
71,40%
23,80%
4,70%
3ª SERIE
90,90%
9,00%
0,00%
4ª SERIE
97,50%
2,50%
0,00%
EDUCACAO PROFISSIONAL - NIVEL
TECNICO
38,40%
21,30%
40,10%
45
PERFIL DA COMUNIDADE: O AMBIENTE DE ATUAÇÃO DA ESCOLA
O Colégio Zardo, como descrito no início, localiza-se no Bairro Santa Felicidade. O bairro
de Santa Felicidade fica localizado a 7km do Centro. É um bairro que preserva muito da cultura
trazida pelos imigrantes italianos a Curitiba.
A região era a antiga Colônia Santa Felicidade, formada por núcleos coloniais de
imigrantes, principalmente, italianos. A ocupação ocorreu de forma mais intensa a partir de
1878, por imigrantes vindos das regiões de Vêneto e Trento, no norte da Itália. Os italianos
dedicaram-se inicialmente à produção de queijos, vinhos e hortigranjeiros. Parte das terras foi
doada por Dona Felicidade Borges aos imigrantes italianos. Dona Felicidade também doou seu
nome ao bairro.
Em 1891, atendendo à forte religiosidade dos imigrantes italianos, erigiu-se a Igreja São
José, em Santa Felicidade. Em 1899, construiu-se a primeira escola. Na virada do século 19
para o 20, a região já era habitada por cerca de 200 famílias.
Santa Felicidade era também um caminho de passagem de tropeiros nos séculos XVIII e
XIX. A parada das tropas, para repouso e alimentação, contribuiu para a tradição gastronômica
do bairro.
Nos dias de hoje, Santa Felicidade abriga cerca de 30 restaurantes, alguns com
capacidade para mais de mil lugares. Possui, também, vinícolas, cantinas de vinho, lojas de
artesanato e móveis de vime e junco. Eventos típicos como a Festa anual da polenta e do
frango, no Bosque São Cristóvão, manifestam as tradições de cultura italiana de Santa
Felicidade.
PROJETOS E PROPOSTAS EXISTENTES: GINCANA CULTURAL, FEIRA DO
CONHECIMENTO, FESTIVAL DE BANDAS, FESTIVAL DE FILMES, FESTA
JUNINA
SEMANA CULTURAL
Anualmente ocorrerá a Semana Cultural que, genericamente, denominaremos Gincana.
Para organização geral da Gincana, haverá 02 Comissões organizando e planejando as
atividades: uma Comissão da Gincana e outra Comissão da Festa Junina. Além da integração
entre os alunos, a meta é o envolvimento da escola com a comunidade.
Nesta semana, os alunos, coordenados pelos seus Professores Monitores, cumprirão
várias provas (culturais, artísticas, esportivas e comunitárias) afim de diversificar a metodologia
e desenvolver práticas prazerosas e dinâmicas de aprender.
2.3. A ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E ESTRUTURAL:
ELEMENTOS GOVERNAMENTAIS, COMPONENTES DA GESTÃO E
FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES
A seguir, como forma didática de organizar, descreveremos as ações do cotidiano.
Optamos pela descrição da atividade e como são desenvolvidas e o que pretendemos realizar
para implementar tais ações. São atividades, propostas, proposições e tarefas do cotidiano
instituídas pela mantenedora – SEED, NRE e Setor – que colaboram para a organização geral da
escola.
46
CONSELHO ESCOLAR
O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da comunidade escolar, de
natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora, sobre a organização e realização do
trabalho pedagógico e administrativo do Colégio Estadual Professor Francisco Zardo em
conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da Secretaria de Estado da Educação,
observando a Constituição, a LDB, o ECA, o Projeto Político-Pedagógico e o Regimento do
Colégio, para o cumprimento da função social e específica da escola.
O Conselho escolar é constituído por pais, representantes de alunos, professores,
funcionários, membros da comunidade e diretor de escola. Em nosso Colégio, estão
estabelecidas regras transparentes e democráticas de eleição dos membros do conselho.
Cabe ao conselho zelar pela manutenção da escola e monitorar as ações dos dirigentes
escolares a fim de assegurar a qualidade do ensino. Eles têm funções deliberativas, consultivas
e mobilizadoras, fundamentais para a gestão democrática das escolas públicas. Entre as
atividades dos conselheiros estão, por exemplo, fiscalizar a aplicação dos recursos destinados à
escola e discutir o projeto pedagógico com a direção e os professores.
APMF
A APMF é a Associação de Pais, Mestres e Funcionários, pessoa jurídica de direito privado,
é um órgão de representação dos pais e profissionais do Colégio Estadual Professor Francisco
Zardo, não tendo caráter político partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo
remunerados os seus Dirigentes e Conselheiros, sendo que cada gestão tem duração de 2 anos.
O Registro do Estatuto da APMF foi realizado em Cartório de Títulos e Documentos e o registro
dos membros da Diretoria e Conselho Deliberativo e Fiscal, feito no Cartório Civil de Pessoas
Jurídicas.
GRÊMIO ESTUDANTIL
O Grêmio Estudantil é o órgão representativo dos alunos. Tem por objetivos defender os
interesses individuais e coletivos dos alunos do Colégio, incentivar a cultura literária, artística e
desportiva, promover a cooperação entre administradores, funcionários, professores e alunos
no trabalho Escolar buscando seus aprimoramentos; realizar intercâmbio e colaboração de
caráter cultural e educacional com outras instituições de caráter educacional e lutar pela
democracia permanente na Escola, através do direito de participação nos fóruns internos de
deliberação da Escola.
No Colégio Zardo temos necessidade de reorganizar o Grêmio Estudantil: estabelecer o
Grêmio como Instância Colegiada, definir novos membros e as ações necessárias. Como forma
de organização geral, a partir do 2º semestre de 2009, cada turno vai definir os membros do
Grêmio para atuarem de acordo com os problemas levantados nas discussões do alunos na
CONAE e no PPP. Cada turno vai elencar ações mensais do Grêmio (de agosto a dezembro).
Nos anos seguintes, o cronograma de atividades será anual.
DISTRIBUIÇÃO DE AULAS
A distribuição de aulas em nosso Colégio ocorre no início do ano letivo e obedece as
normas e diretrizes contidas em resolução própria, expedida pela SEED.
47
As aulas existentes são atribuídas aos professores ocupantes de cargo efetivo,
ocupantes de cargo efetivo, na forma de aulas extraordinárias, e contratados por Regime
Especial.
Para a distribuição de aulas é considerada a carga horária disponível no colégio, gerada
para o ano letivo, de acordo com os níveis e modalidades de ensino previstos em
regulamentação específica, número de turmas e a matriz curricular aprovada pelo órgão
competente.
É considerada jornada de trabalho dos professores a soma das horas-aula e das horasatividade.
As aulas atribuídas ao professor ocupante de cargo efetivo do Quadro Próprio do
Magistério são de cunho permanente e as aulas extraordinárias são de cunho eventual.
A distribuição das aulas nas 5as séries do colégio são atribuídas prioritariamente, aos
professores do Quadro Próprio do Magistério e são distribuídas antes das aulas das demais
séries.
SUPRIMENTO, CANCELAMENTO E SUBSTITUIÇÃO DE PROFESSOR
O suprimento é feito logo após a distribuição de aulas, conforme o número de aulas
distribuídas. O período do suprimento é a partir da data inicial de abertura da demanda pela
SEED.
Os cancelamentos são feitos quando ocorre a desistência de aulas pelo professor. Logo
que isso é comunicado à direção, é solicitado outro para ser suprido na data correta sem
prejuízo para o aluno. Mesmo quando há demora na chegada do substituto, garante-se a
reposição de aula e conteúdo e a remuneração.
Quando há licença por saúde, licença especial ou licença remuneratória é feita a
solicitação de professor substituto. O tempo de substituição é o tempo que dura a licença do
professor regente. É assegurada remuneração e reposição de aula e conteúdo se houver atraso
na chegada do substituto.
HORA ATIVIDADE
O regime hora-atividade é aquele em que o docente dedica-se exclusivamente às
atividades de ensino fora da sala de aula; é remunerado pela carga horária equivalente à 20%
da carga horária total.
A hora-atividade é o período reservado ao planejamento das aulas, correção de provas e
elaboração de trabalhos. Também é nesse momento que o professor é orientado e tem acesso
à Equipe Pedagógica para tirar dúvidas, esclarecer problemas e buscar soluções para o dia-adia da sala de aula.
CALENDÁRIO ESCOLAR
O Calendário Escolar contempla o início das atividades escolares para os professores,
início e término das aulas, formação continuada, planejamento, período de férias e recessos
para alunos e professores, sendo que o mesmo está embasado na LDB n.º 9.394/96, e nas
resoluções e instruções da SEED, que determina o mínimo de oitocentas horas, distribuídas por
um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar.
48
Para os dias de capacitação dos professores, formação continuada, replanejamento e
reuniões pedagógicas (se estas forem realizadas em dias letivos e nos turnos da manhã e
tarde) há complementação da carga horária para os alunos do turno noturno, a fim de garantir
as oitocentas horas determinadas por lei.
Qualquer interrupção no desenvolvimento do ano letivo programado, independente da
razão, é feita a reposição tanto em termos de carga horária (mínimo de 800 horas) como
quanto ao número de dias letivos (mínimo de 200 dias). Para tanto, comunica-se o NRE e
apresenta a proposta de reposição do(s) dia(s) não trabalhado(s). Esta reposição é presencial,
isto é, com presença física do aluno e do professor.
As atividades realizadas pelos alunos, sem a presença do professor, não são computadas
como dias letivos nem como carga horária.
LIVRO DIDÁTICO
O livro didático é um dos meios de comunicação no processo de ensinar e aprender. Ele
faz parte do método e da metodologia de trabalho do professor, os quais, por sua vez, estão
ligados ao conteúdo que está sendo trabalhado, tendo em vista o atingimento de determinados
objetivos educacionais (pontos de chegada).
O livro didático é apenas um dos instrumentos comunicacionais do professor no processo
de educação escolar. Isto significa que a capacidade do professor deve ser mais abrangente,
não se limitando ao mero recorrer ao livro didático.
Um livro de categoria média, nas mãos de um bom professor, pode tornar-se um
excelente meio de comunicação, pois a capacidade do docente está além do livro e de seus
limites. Já um bom livro nas mãos de um profissional pouco capacitado acaba muitas vezes
reduzindo-se à função de um "pseudodocente".
Em outras palavras, o livro didático acaba sendo considerado o "professor", o que não
deve ocorrer, tendo em vista a especificidade comunicacional escolar de
transmissão/assimilação, de interação ligada aos conteúdos de ensino e aprendizagem, que
deve expressar-se entre o docente e seus alunos, mediada metodicamente por livros e outros
meios de comunicação, nas aulas, para atingir os objetivos educacionais escolares.
No Colégio Zardo, a distribuição e o controle do Livro didático é feito pelo próprio
professor da disciplina. É objetivo reorganizar essa prática, passando a cargo da Biblioteca a
função de distribuir e controlar.
QUADRO DE HORÁRIOS
Para organizar o horário dos professores, distribuindo-os de acordo com os dias
disponíves e assegurado o dia da hora-atividade concentrada, é utilizado o Urânia. Urânia é um
software para elaboração do quadro de horário de aula de professores. Fácil de usar, foi
projetado visando a utilização por profissionais da área pedagógica.
Por meio desse software, é possível:
• Determinar os horários em que cada professor poderá dar suas aulas;
• Indicar a forma como as aulas das turmas deverão ser dispostas na semana
(geminadas, separadas, só uma aula por dia, etc.);
• Trabalhar com dois ou mais professores, em conjunto (divisão de classes);
• Trabalhar com duas ou mais turmas, em conjunto (união de classes);
• Controlar a utilização de ambientes (salas, laboratórios etc.);
• Elaborar o horário de várias sedes ao mesmo tempo, controlando o deslocamento
de cada professor;
49
Fixar um grau de importância para cada elemento pedagógico, gerando assim
horários mais adaptados às necessidades da Instituição;
Estabelecer horários de permanências, provas, regências, etc.;
Trabalhar com o horário de dois turnos, juntos;
Limitar o número de aulas diárias de cada professor;
Definir turmas com horários diferentes de início e término de aula;
Minimizar o deslocamento dos professores entre salas distantes;
•
•
•
•
•
•
O custo do sistema é mantido pela APMF.
FUNDO ROTATIVO
O Fundo Rotativo foi criado pela Lei nº. 10.050, de 16 de Julho de 1992 e regulamentado
pelo Decreto nº. 2.043, de 12 de Janeiro de 1993. É oriundo de programas descentralizados de
recursos, desenvolvidos pela FUNDEPAR ao longo dos últimos 30 anos. É uma solução criativa
encontrada pelo Instituto, passando a ser um instrumento ágil, viabilizando com maior rapidez
o repasse de recursos aos Estabelecimentos de Ensino da Rede Estadual, para a manutenção e
outras despesas relacionadas com a atividade educacional.
Com a criação do Programa Fundo Rotativo eliminou-se burocracia, possibilitando aos
gestores uma maior autonomia no gerenciamento dos recursos, obtendo respostas mais
imediatas de suas necessidades básicas, como: na aquisição de materiais ( limpeza, expediente,
didático, esportivo, gás, lâmpadas, entre outros ), na execução de pequenos reparos ( troca de
vidros, limpeza de caixa d’água, fechaduras, instalação elétrica e hidráulica, entre outros ).
As liberações ocorrem mensalmente, a partir do mês de Fevereiro, até o mês de
Novembro. Ao todo são 10 (dez) parcelas liberadas durante o exercício.
As despesas somente poderão ser realizadas pela Direção do Estabelecimento de Ensino,
após a aprovação do Plano de Aplicação pelos membros da Associação de Pais, Mestres e
Funcionários - APMF e/ou Conselho Escolar.
A Comunidade Escolar, além de participar na aprovação do Plano de Aplicação, participa
também no acompanhamento da execução das despesas, nos relatórios e prestação de contas.
As despesas somente poderão ser realizadas após o recebimento do recurso, na aquisição
de material de consumo e no pagamento de prestação de serviços devendo ser pagas à vista,
ficando expressamente proibidas as compras a prazo, ressarcimento de despesas, contrato de
manutenção, monitoramento, seguros, combustíveis, entre outras despesas que envolverem
pagamentos parcelados. Não será, ainda, permitido o faturamento de bens e serviços contra o
FUNDEPAR ou Fundo Rotativo.
As despesas com aquisição de material permanente / equipamentos e melhorias, somente
poderão ser realizadas, após a aprovação da solicitação pelo Estabelecimento de Ensino e
liberação do recurso, via Cota Suplementar, pelo FUNDEPAR.
PDDE
O PDDE é o Programa Dinheiro Direto na Escola e consiste na assistência financeira às
escolas públicas da educação básica das redes estaduais, municipais e do Distrito Federal e às
escolas privadas de educação especial mantidas por entidades sem fins lucrativos.
O objetivo desses recursos é a melhoria da infra-estrutura física e pedagógica, o reforço
da autogestão escolar e a elevação dos índices de desempenho da educação básica. Os
recursos do programa são transferidos de acordo com o número de alunos, de acordo com o
censo escolar do ano anterior ao do repasse.
50
O recurso é repassado uma vez por ano e seu valor é calculado com base no número
de alunos matriculados na escola segundo o Censo Escolar do ano anterior. O dinheiro destinase à aquisição de material permanente; manutenção, conservação e pequenos reparos da
unidade escolar; aquisição de material de consumo necessário ao funcionamento da escola;
avaliação de aprendizagem; implementação de projeto pedagógico; e desenvolvimento de
atividades educacionais.
Até 2008, o programa contemplava apenas as escolas públicas de ensino fundamental.
Em 2009, com a edição da Medida Provisória nº 455, de 28 de janeiro (transformada
posteriormente na Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009), foi ampliado para toda a educação
básica, passando a abranger as escolas de ensino médio e da educação infantil.
2.4. PROGRAMAS DO GOVERNO E PROPOSTAS DA SEED
PDE
O PDE - Programa de Desenvolvimento Educacional – é uma política pública que
estabelece o diálogo entre os professores da Educação Superior e os da Educação Básica,
através de atividades teórico-práticas orientadas, tendo como resultado a produção de
conhecimento e mudanças qualitativas na prática escolar da escola pública paranaense. O
Programa, integrado às atividades da formação continuada em Educação, disciplina a promoção
do professor para o Nível III da Carreira, conforme previsto no Plano de Carreira do Magistério
Estadual, Lei Complementar nº 103, de 15 de março de 2004.
O objetivo principal desse programa é proporcionar aos professores da rede pública
estadual subsídios teórico-metodológicos para o desenvolvimento de ações educacionais
sistematizadas, e que resultem em redimensionamento de sua prática.
O professor que ingressa no PDE terá garantido o direito a afastamento remunerado de
100% de sua carga horária efetiva no primeiro ano e de 25% no segundo ano do Programa.
GRUPOS DE ESTUDOS AOS SÁBADOS
O Grupo de Estudo é uma modalidade de formação continuada descentralizada, que
oportuniza a participação de Profissionais da Educação da Rede Pública Estadual e Municipal,
Profissionais das Escolas Conveniadas, Membros do Conselho Escolar e Professores que
ingressaram no Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE.
O Grupo de Estudo propicia aos profissionais da educação, a participação em encontros de
estudos, com conteúdos voltados à sua área de formação e/ou interesse às questões sócioeducacionais demandadas pela Secretaria de Estado da Educação.
A natureza do Grupo de Estudo está vinculada à leitura, reflexão, discussão e trabalho
sobre determinada área do conhecimento educacional, cujo objetivo é propiciar subsídios
teórico-práticos para o enriquecimento pedagógico.
Em 2009, cada escola terá dois códigos para os Grupos de Estudos, um para o
Cronograma I – Disciplinas e outro para o Cronograma II – Modalidades.
Em nosso colégio, vários professores e pedagogos participam dos Grupos de Estudos aos
sábados e também ocorrem o colégio os encontro das disciplinas.
51
GRUPO DE TRABALHO EM REDE
O Grupo de Trabalho em Rede - GTR - constitui-se numa atividade do Programa de
Desenvolvimento Educacional - PDE - e caracteriza-se pela interação virtual entre o Professor
PDE e os demais professores da rede pública estadual, e busca efetivar o processo de
Formação Continuada já em curso, promovido pela SEED/PDE.
O Professor PDE é denominado Tutor de um GTR, conforme sua disciplina ou área de
seleção no Programa e os participantes do GTR são previamente selecionados, sendo os Grupos
organizados em ordem numérica e compostos de professores do Quadro Próprio do Magistério QPM - em exercício na Rede Pública Estadual de Ensino do Paraná, conforme sua área de
concurso.
O número máximo de participantes de cada GTR é de até 37 (trinta e sete) professores e
para obtenção da certificação, o professor participante do GTR deverá realizar a confirmação
On line de sua adesão ao grupo, permanecer no GTR de inscrição até o seu término, participar
de todas as atividades propostas pelo Tutor do GTR, para cumprimento de sua carga-horária,
cumprir as atividades destinadas ao GTR, conforme cronograma estabelecido e acompanhado
pelo Tutor e ter parecer avaliativo favorável à certificação.
FORMAÇÃO CONTINUADA
A SEED propõe inúmeras atividades para a Formação Continuada de seus profissionais.
Esse tipo de proposta tem como objetivo principal a melhoria da qualidade da educação
pública, com possibilidades concretas de transformação da realidade educacional. Segue os
princípios de dar um caráter democrático, a valorização profissional e o atendimento à
diversidade.
Configura-se basicamente pela proposição de Grupo de estudos, Simpósios, Jornadas
Pedagógicas, Reuniões Técnicas, Congressos, Seminários, Cursos, Oficinas e Produção de
Materiais (Folhas, OAC, Manuais, Cadernos Temáticos entre outros).
Para participar de qualquer evento, o profissional necessita preencher a Ficha de Préinscrição e ter a permissão do Diretor da escola.
SEMANA PEDAGÓGICA
A Semana Pedagógica se caracteriza como uma atividade descentralizada, pois ocorre
simultaneamente em todas as escolas da rede estadual do Paraná e envolve todos os seus
trabalhadores.
Devido à sua abrangência e significado pedagógico, é um evento de suma importância
para a educação pública estadual e, por isso, todos podem e devem participar dos trabalhos,
cumprindo tudo com seriedade e compromisso com a qualidade da educação.
O objetivo central é discutir a concepção e a organização do currículo, refletindo sobre a
função social da escola pública e os processos de secundarização do seu papel.
Além da Direção, cabe à Equipe Pedagógica organizar todo o processo, de acordo com as
orientações da SEED.
52
JORNADA PEDAGÓGICA
A Jornada Pedagógica é a formação continuada para os profissionais que atuam na Equipe
Pedagógica. Nessa formação é possível discutir, analisar e dimensionar as ações pedagógicas
da escola. A carga horária total é de 32h presenciais e 8h à distância.
A Jornada é um tipo de formação de suma importância por agregar valor à reflexão do
papel do pedagogo e sua função na escola pública. Congrega pedagogos de todas as escolas
vinculadas ao NRE.
REUNIÕES TÉCNICAS
As Reuniões Técnicas são momentos oferecidos pela Equipe do Setor (NRE) para orientar
as Equipes Pedagógicas e Professores das escolas sobre as rotinas, cobrar documentos, discutir
textos, aprofundar assuntos e trocar ideias. A cada reunião técnica marcada, participarão,
quando não todos, pelo menos um dos pedagogos.
O material distribuído e as informações repassadas serão partilhadas entre todos os
membros da equipe por meio de recados, encontro ou comunicado pelo Caderno da Equipe
Pedagógica.
PROJETO FOLHAS
O Projeto Folhas é um projeto de Formação Continuada que oportuniza ao profissional da
educação a reflexão sobre sua concepção de ciência, conhecimento e disciplina, que influencia
a prática docente.
O Projeto Folhas integra o projeto de formação continuada e valorização dos profissionais
da Educação da Rede Estadual do Paraná, instituído pelo Plano Estadual de Desenvolvimento
Educacional.
O Folhas, nesta dimensão formativa, é a produção colaborativa, pelos profissionais da
educação, de textos de conteúdos pedagógicos que constituirão material didático para os
alunos e apoio ao trabalho docente.
OAC
O Objeto de Aprendizagem Colaborativa – OAC está vinculado ao desenvolvimento
curricular, à formação continuada e à valorização dos profissionais da educação e objetiva
viabilizar meios para que professores da Rede Pública Estadual do Paraná pesquisem e
aprimorem seus conhecimentos, buscando a qualidade teórico-metodológica da ação docente.
O OAC tem como proposta instrumentalizar os professores em sua prática pedagógica,
constituindo-se como recurso para a discussão coletiva das Diretrizes Curriculares para
Educação Básica do Estado. O formato desta produção tem como princípio o respeito à
autonomia intelectual do educador, servindo de sugestão e orientação ao registro de seus
percursos individuais de aprendizagem.
O resultado deste processo é uma mídia digital, cujo autor é o professor da Educação
Básica do Estado do Paraná, disponibilizada na WEB (Portal Dia a dia Educação).
53
SALA DE APOIO
A Sala de Apoio à Aprendizagem tem como objetivos principais sanar as dificuldades de
aprendizagem dos alunos da 5ª série e diminuir a taxa de repetência. No Colégio Zardo as
turmas da sala de apoio funcionam no turno da manhã (pois somente no turno da tarde
existem turmas de 5ª série).
Enfrentamos vários problemas nas Salas de apoio, especialmente pela freqüência baixa a
índices de evasão por parte dos alunos.
Uma vez autorizado o funcionamento, a Direção e a Equipe Pedagógica devem:
•
Apresentar e discutir a legislação específica do Programa Salas de Apoio à
Aprendizagem com o coletivo da escola.
•
Decidir com os Professores regentes das turmas de 5ª séries, a indicação dos alunos
para composição das turmas, de acordo com diagnóstico realizado.
•
Orientar a elaboração do Plano de Trabalho Docente para as Salas de Apoio à
Aprendizagem, acompanhando sua efetivação e propondo metodologias adequadas às
necessidades dos alunos, diferenciando-as das atividades do ensino regular.
•
Orientar as famílias a respeito do Programa Salas de Apoio à Aprendizagem, informando
aos pais ou responsáveis sobre a necessidade e importância dos alunos estenderem seu
tempo escolar.
•
Garantir a participação dos Professores da Salas de Apoio à Aprendizagem no Conselho
de Classe ou, na ausência desses Professores, apresentar as questões relativas à
aprendizagem dos alunos.
•
Acompanhar os alunos, buscando sua participação integral no Programa, mantendo pais
ou responsáveis informados quanto à freqüência, aproveitamento nas Salas de Apoio à
Aprendizagem e no Ensino Regular.
•
Organizar as questões estruturais tais como espaço físico apropriado, alimentação,
acesso a materiais didáticos, garantindo a freqüência dos alunos e o funcionamento das
salas.
•
Orientar os Professores no preenchimento dos relatórios das Salas de Apoio à
Aprendizagem.
•
Acompanhar a freqüência e a movimentação dos alunos matriculados nas Salas de Apoio
à Aprendizagem e providenciar a substituição quando da superação das dificuldades
apresentadas, oportunizando o atendimento de novos alunos.
•
Organizar o acompanhamento das Salas de Apoio à Aprendizagem em escolas com
dualidade administrativa, garantindo seu funcionamento no contraturno.
Na sala de apoio, o aluno passa a ganhar tratamento individualizado, que permite
identificar o que está prejudicando a sua construção do saber. Os professores que trabalham
com estes alunos nas aulas de apoio, mantém contato direto com o professor regente de classe
do aluno que, assim que apresenta melhora em seu desenvolvimento, é desligada da atividade.
As disciplinas da Sala de Apoio são Língua Portuguesa e Matemática, consideradas
basilares para a compreensão das demais disciplinas do currículo.
SAREH
O Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar, objetiva o atendimento
educacional aos alunos que se encontram impossibilitados de freqüentar a escola em virtude de
54
situação de internamento hospitalar ou tratamento de saúde, permitindo-lhes a continuidade
do processo de escolarização, a inserção ou a reinserção em seu ambiente escolar.
No Colégio Zardo, inúmeros alunos recebem a orientação e o acompanhamento. Os
professores preparam as atividades e são encaminhados aos alunos por meio das famílias. A
avaliação é feita mediante a correção dos trabalhos encaminhados, de acordo com o
cronograma estipulado pelos professores e Equipe Pedagógica.
O controle e o acompanhamento geral cabem à Equipe Pedagógica.
PATRULHA ESCOLAR
A Patrulha Escolar Comunitária é a alternativa inteligente que a Polícia Militar do Paraná
encontrou para assessorar as comunidades escolares na busca de soluções para os problemas
de segurança encontrados nas escolas. Problemas esses que se faziam presentes em quase
todos os estabelecimentos de ensino e que em uns, mais que em outros, determinavam
comprometimento na segurança dos alunos, professores, funcionários e instalações dos
estabelecimentos.
Para tanto, a Patrulha Escolar organiza seus trabalhos em cinco etapas:
•
Análise das instalações físicas com orientações em sua estrutura e utilização que
possam proporcionar a segurança das pessoas que freqüentem o estabelecimento;
•
Diagnóstico da realidade própria de cada comunidade escolar através da aplicação
de dinâmicas aos pais, professores, funcionários e alunos de cada escola, que ao
final indicará o compromisso de cada segmento e determinará o plano de ação e o
plano de palestras necessário para a mudança da realidade encontrada ao início
dos trabalhos;
•
Concretização do plano de ação, pela comunidade escolar;
•
Concretização do plano de palestras pela PMPR e SEED;
•
Elaboração do Plano de Segurança por comissão representativa de todos os
segmentos da comunidade escolar, descrevendo e registrando todas as
providências tomadas para se atingir as melhorias que o foram ao final dos
trabalhos;
A participação efetiva de todos as autoridades locais juntamente com a comunidade
escolar nas reflexões sobre a realidade não desejada, as soluções para mudanças e o
compromisso de cada um para juntos se chegar à realidade projetada é a retomada para a
conquista do sentimento de segurança e das rédeas do crescimento social. O processo
educativo deve ser constante e certeiro para que os resultados sejam satisfatórios.
Por isso, a Patrulha Escolar Comunitária acontece de acordo com o ritmo e as
características de cada Comunidade Escolar.
FICA
O Programa Mobilização para a Inclusão Escolar e a Valorização da Vida foi concebido pela
Secretaria de Estado da Educação, em parceria com o Ministério Público. Seu objetivo maior é
garantir que nenhuma criança fique fora da escola, impedindo que os números da evasão
escolar, motivada por vários fatores históricos, sociais e mesmo educacionais, continuem a
crescer no Paraná em proporções alarmantes.
O combate à exclusão escolar é um compromisso não só dos educadores ou do Estado,
mas de toda a sociedade. Para que tenhamos êxito nessa iniciativa, estamos propondo a
criação de uma Rede de Inclusão, de modo a reunir agentes e instituições que se
55
comprometam a investigar as causas do problema e, com base em diagnósticos precisos,
buscar soluções para eliminar as dificuldades enfrentadas por um contingente expressivo de
crianças e jovens e suas famílias, para manter em curso regular a sua educação. Essa política
pública, tão necessária para a formação educacional e para a valorização da vida, institui o Fica
– Ficha de Encaminhamento do Aluno Ausente.
Os objetivos gerais do programa são criar uma rede de enfrentamento à evasão e
exclusão escolar e promover a inserção no sistema educacional (Rede Estadual de Educação
Básica do Paraná) das crianças e dos adolescentes que tenham sido excluídos, por evasão ou
por não acesso à escola.
No Colégio Zardo, organizamos todo um sistema de informação para verificar quais são os
motivos de evasão, bem como utilizar-se de todas as formas para ter o aluno em sala de aula,
estudando. Periodicamente é feito a conferência com os professores e, mesmo com os alunos
da turma, sobre quem não está freqüentando e por quais motivos. Inclusive, há um sistema de
contato com a família por meio de telefonemas.
CELEM
O CELEM é o Centro de Língua Estrangeira Modernas. É uma oferta extracurricular e
gratuita de ensino de línguas estrangeiras. O CELE promove o conhecimento da cultura das
etnias formadoras do povo paranaense, bem como o aperfeiçoamento cultural e profissional
dos alunos. Seu funcionamento é acompanhado pelo Núcleo RegionaL de Educação – NRE, que
por sua vez atendem as orientações emanadas do CELEM/SEED.
No Colégio Zardo são 3 turmas de Espanhol e 3 turmas de Inglês.
A Equipe Pedagógica está empenhada em organizar o Plano de Trabalho Docente de cada
língua, bem como o acompanhamento geral das atividades previstas para o CELEM.
APOIO AO USO DE TECNOLOGIAS
Existe no NRE uma equipe que é responsável pela formação dos professores no uso das
tecnologias. Na formação continuada essa política contempla a inclusão sociodigital no contexto
de integração das mídias web, televisiva e impressa, aqui compreendidas como Tecnologias de
Informação e Comunicação, dando ênfase ao diálogo entre os educadores em formação e
aqueles que a oportunizam.
Seus principais objetivos são: contribuir para formação continuada dos profissionais da
Educação Básica e na implementação de tecnologias na prática pedagógica em âmbito escolar;
oportunizar nas ações de assessoria as relações de comunicação entre educadores em torno do
objeto cognoscível-tecnologia na educação, buscando a apropriação do uso de recursos
tecnológicos em sala de aula técnica e pedagogicamente; buscar o desenvolvimento da cultura
de uso e produção colaborativa em comunidades de aprendizagem virtuais e/ou presenciais e
ter na integração das mídias web, televisiva e impressa, bem como, na relação de “novos” e
“antigos” recursos tecnológicos, suportes à prática docente.
FERA COM CIÊNCIA
O Projeto Festival de Arte da Rede Estudantil (FERA) e o Projeto Educação Com Ciência se
configuraram, nos últimos anos, como atividades integradoras de grande expressão
educacional.
56
O Projeto FERA, desde seu lançamento em 2004, mobilizou milhares de estudantes,
professores, artistas e representantes da comunidade em suas atividades artístico-culturais. Em
todas as etapas, o Festival alcançou seus objetivos de propiciar o enriquecimento na formação
de alunos e professores e o aprimoramento da expressão de sua criatividade.
Da mesma forma, o Projeto Educação Com Ciência ofereceu aos estudantes paranaenses,
em todas as suas edições, a oportunidade de divulgação de trabalhos de natureza científica e
tecnológica, incentivando a curiosidade e a pesquisa.
Ambos os Projetos, programas pioneiros na Educação do Paraná, estimularam o
aprendizado de conteúdos curriculares e a produção cultural e despertaram na comunidade
educacional o interesse pela cultura, pela arte e pela ciência, fortalecendo-a para estender o
conhecimento adquirido a todos os domínios da vida.
Por tudo isso, levando em conta os resultados significativos dos projetos, e buscando
avanços ainda maiores, em 2008, a Secretaria de Educação do Paraná propôs a integração
desses dois grandes projetos educacionais, passando o novo projeto a se chamar FERA COM
CIÊNCIA.
VIVA ESCOLA
O Programa Viva a Escola visa a expansão de atividades pedagógicas realizadas na escola
como complementação curricular, vinculadas ao Projeto Político-Pedagógico, a fim de atender
às especificidades da formação do aluno e de sua realidade.
As atividades pedagógicas de complementação curricular têm os seguintes objetivos:
•
Dar condições para que os profissionais da educação, os educandos da Rede Pública
Estadual e a comunidade escolar, desenvolvam diferentes atividades pedagógicas no
estabelecimento de ensino no qual estão vinculados, além do turno escolar;
•
Viabilizar o acesso, permanência e participação dos educandos em atividades
pedagógicas de seu interesse;
•
Possibilitar aos educandos maior integração na comunidade escolar, fazendo a interação
com colegas, professores e comunidade.
•
O Programa compreende quatro núcleos de conhecimento:
•
Expressivo-Corporal: esportes, jogos, brinquedos e brincadeiras, ginástica, lutas,
teatros, danças;
•
Científico-Cultural: história e memória, cultura regional, atividades literárias, artes
visuais, músicas, investigação científica, divulgação científica e mídias;
•
Apoio à Aprendizagem: Centro de Línguas Estrangeiras Modernas; Sala de Apoio à
Aprendizagem; Ciclo de Básico de Alfabetização; Sala de Recursos; Sala de Apoio da
Educação Escolar Indígena;
•
Integração Comunidade e Escola: Fórum de estudos e Discussões; Preparatório para o
Vestibular.
No Colégio Zardo, há duas atividades do Viva a Escola: Pintura em tela e Dança de salão,
ambas conduzidas por professores de Artes. As aulas que acontecem pela manhã são de
Pintura e atendem alunos da tarde e pela tarde são atendidos os alunos da manhã matriculados
no curso de Dança de salão.
57
PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
O Programa de Qualificação Profissional para o Adolescente Aprendiz visa atender
adolescentes, de ambos os sexos, com idade entre 14 a 18 anos incompletos que estejam
cumprindo medidas sócio-educativas ou beneficiados com remissão. Os mesmos recebem
qualificação profissional em serviços administrativos.
É uma ação integrada entre a Secretaria de Estado da Educação / Departametno de
Educação e Trabalho e Secretaria de Estado da Criança e Juventude, sendo desenvolvido em 13
municípios, dentre eles o município de Curitiba.
PROFUNCIONÁRIO
O Departamento de Educação e Trabalho é responsável pela Política de Formação Técnica
dos Profissionais da Educação segmento Funcionários - ProFuncionário, por meio dos cursos
técnicos de nível médio do Eixo Tecnológico de Apoio Educacional.
O Eixo Tecnológico Apoio Escolar compreende atividades relacionadas ao planejamento,
execução, controle e avaliação de funções de apoio pedagógico e administrativo em escolas
públicas, privadas e demais instituições. Tradicionalmente são funções que apóiam e
complementam o desenvolvimento da ação educativa intra e extra escolar. Esses serviços de
apoio educacional são realizados em espaços como secretaria escolar, bibliotecas, manutenção
de infra-estrutura, cantinas, recreios, portarias, laboratórios, oficinas, instalações esportivas,
almoxarifados, jardins, hortas, brinquedotecas e outros espaços requeridos pela educação
formal e não formal.
•
Curso Técnico em Alimentação Escolar
•
Curso Técnico em Biblioteconomia
•
Curso Técnico em Infra-Estrutura Escolar
•
Curso Técnico em Multimeios Didáticos
•
Curso Técnico em Secretaria Escolar
2.5. UM OLHAR SOBRE O COTIDIANO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO: A
ESSÊNCIA DA AÇÃO EDUCATIVA
Nesse item de nosso PPP, optamos por descrever suscintamente as ações especificamente
pedagógicas que estão em torno da prática docente diariamente. Cada temas abordados se
desdobra em inúmeros outros aspectos, sendo aqui exposto apenas o tema de relevância
maior.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
A proposta Curricular é um documento que traça estratégias que visam nortear o trabalho
do professor e garantir a apropriação do conhecimento pelos estudantes do Colégio Zardo.
A sua elaboração se baseia nas Diretrizes Curriculares Estaduais e os princípios
democráticos que fundamentaram a construção da proposta solicitam, dos professores, o
engajamento para uma contínua reflexão sobre a proposta pedagógica.
58
O documento será reconstruído e, além das partes obrigatórias, também apresentará a
Tabela de Conteúdos Básicos. Os conteúdos são organizados por série e são tomados como
ponto de partida para a elaboração do Plano de Trabalho Docente. Na parte inicial, anterior à
descrição de cada disciplina, serão apresentados a Identidade do Ensino Fundamental, Médio e
Profissional, os Desafios Educacionais Contemporâneos, a Educação Especial, a História e
Cultura Africana e Afro-Brasileira, a História e Cultura dos povos Indígenas, bem como a
fundamentação teórica baseada nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná.
As Diretrizes Curriculares servirão de base para a construção da Proposta Pedagógica
Curricular pois trata-se de um documento oficial que contou com a participação de todas as
escolas e Núcleos Regionais de Educação do Estado, e faz ressoar nela as vozes de todos os
professores das escolas públicas paranaenses. É um documento que traça estratégias que
visam nortear o trabalho do professor e garantir a apropriação do conhecimento pelos
estudantes da rede pública.
Os mesmos princípios democráticos que fundamentaram a construção das Diretrizes
solicitam dos professores, o engajamento para uma contínua reflexão sobre este documento,
para que sua participação crítica, constante e transformadora efetive, nas escolas de todo o
Estado, um currículo dinâmico e democrático. As diretrizes devem, enfim, ser tomados como
ponto de partida para a organização da proposta pedagógica curricular de nossa escola.
DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS
Os Desafios Educacionais Contemporâneos são demandas que possuem uma
historicidade, por vezes fruto das contradições da sociedade capitalista, outras vezes oriundas
dos anseios dos movimentos sociais e, por isso, prementes na sociedade contemporânea. São
de relevância para a comunidade escolar, pois estão presentes nas experiências, práticas,
representações e identidades de alunos e professores.
Buscando oferecer um suporte às escolas para o enfrentamento destas questões, existe
uma Coordenação na SEED e no NRE que concentra seus trabalhos em três eixos: formação
continuada dos profissionais da educação, produção de material de apoio didático-pedagógico e
ações interinstitucionais.
Assim, inserida nos conteúdos das diferentes disciplinas do currículo, contempladas no
Projeto Político-Pedagógico, muito além de uma simples pedagogia de projetos (pautada por
ações esporádicas e pontuais), a abordagem pedagógica desses assuntos, a partir dos
conteúdos escolares e da apropriação dos conhecimentos sistematizados, visa propiciar o
resgate da função social da escola.
Visando superar estas dificuldades, a Coordenação tem, em dois anos de existência,
propiciado aos profissionais da educação da rede estadual, momentos de formação continuada
por meio dos grupos de estudos, simpósios, oficinas, conferências, encontros, fóruns, entre
outros, bem como trabalhado na produção de materiais de apoio didático-pedagógico, a
exemplo da Série Cadernos dos Desafios Educacionais Contemporâneos, lançado em 2009.
Os assuntos abordados como desafios são: Cidadania e Educação Fiscal, Educação
em/para os Direitos Humanos, Educação Ambiental, Enfrentamento à Violência na Escola,
História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, Prevenção do Uso Indevido de Drogas e
Sexualidade.
PLANO DE TRABALHO DOCENTE
O planejamento do processo ensino-aprendizagem, quando realizado coletivamente pelos
professores, transforma-se numa oportunidade de (re)elaboração da proposta curricular.
Considerando que, na escola, o tempo previsto para o planejamento das atividades docentes é,
59
geralmente, de poucas horas, elaborar em um curto período algo novo requer método e
empenho.
O planejamento coletivo do trabalho docente permitirá, também, a discussão sobre
metodologias e procedimentos didáticos e, principalmente, sobre avaliação e seus instrumentos.
A leitura das propostas de cada professor se constituirá num momento de troca de
experiências, de aprendizado e de enriquecimento de cada plano.
O planejamento do trabalho docente, quando realizado isoladamente ou por disciplina,
corre o risco de se restringir à repetição de uma proposta já existente, perdendo-se, assim, a
oportunidade de recriá-la. Isso, com o correr do tempo, leva o professor a desacreditar em
planejamento, a ver nessa atividade apenas uma obrigação burocrática.
São elementos do Plano de Trabalho Docente:
Conteúdos - Distribuir os conteúdos, por bimestre, definindo: Conteúdos estruturantes /
Conteúdos básicos / Conteúdos específicos.
Justificativas / Objetivos - Explicita a escolha dos conteúdos estruturantes, básicos e
específicos. Expressa concepção (opção política, educativa e formativa), ou seja, a
intencionalidade do trabalho com o conteúdo. Começa com o verbo no infinitivo; identificar,
analisar, compreender, realizar...
Encaminhamentos Metodológicos e Recursos Didáticos - Trata-se do processo de
investigação teórica que pauta a ação prática, identificando o conjunto de determinados
princípios e recursos que serão utilizados pelo professor para chegar aos objetivos propostos. É
o passo-a-passo da aula, a forma com que o conteúdo será trabalhado e quais materiais serão
utilizados.
Avaliação – Sistema de Avaliação: o que está definido para toda a escola. Descrever que
haverá trabalho de 3,0 pontos, Atividades de 2,0 e Avaliação individual de 5,0. Instrumentos de
Avaliação: todo tipo de material que será utilizado para avaliar a aprendizagem: provas, tarefas,
apresentação de trabalho, mostra, exposição, passeio, caderno, produção de material. Critérios
de avaliação: critérios definem os propósitos e a dimensão do que se avalia. Para cada
conteúdo precisa-se ter claro o que dentro dele se deseja ensinar, desenvolver e, portanto,
avaliar. Os critérios de avaliação refletem as formas previamente estabelecidas para se avaliar
um conteúdo. Verbos nos presente: o aluno analisa, compreende, realiza. Recuperação de
Estudos: é a forma de como se dará a retomada do conteúdo não aprendido, lembrando
sempre que a recuperação não deve ser do instrumento (prova, trabalho, atividade), mas sim
do conteúdo.
Referências Bibliográficas - as referências permitem perceber em que material e em qual
concepção o professor vem fundamentando seu conteúdo. Apontar o livro didático utilizado, as
Diretrizes, O PPP, a PPC e os demais materiais. Ex.: SOBRENOME, Nome. Nome do livro.
Editora, ano.
REGIMENTO ESCOLAR
O Regimento Escolar é um instrumento fundamental para a organização pedagógica e
administrativa do colégio. Nele evidenciam-se o compromisso dos profissionais que vivenciam a
realidade escolar e as peculiaridades do colégio.
O processo de construção do Regimento Escolar propicia o aperfeiçoamento da qualidade
da educação, ao definir a responsabilidade de cada um dos segmentos que compõem a
instituição escolar, e ao buscar garantir o cumprimento de direitos e deveres da comunidade
escolar.
O Regimento Escolar, por fim, deve assegurar a gestão democrática da escola, possibilitar
a qualidade do ensino, fortalecer a autonomia pedagógica, valorizar a comunidade escolar,
60
através dos colegiados e, efetivamente, fazer cumprir as ações educativas estabelecidas no
Projeto Político-Pedagógico da escola.
Para 2009, é pretensão encaminhar modificações, por meio de adendos, eliminando a
Progressão Parcial e modificando o sistema bimestral para trimestral.
O regimento vigente foi homologado em 2007.
AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
A avaliação escolar, também chamada avaliação do processo ensino-aprendizagem ou
avaliação do rendimento escolar, tem como dimensão de análise o desempenho do aluno, do
professor e de toda a situação de ensino que se realiza no contexto escolar.
Sua principal função é subsidiar o professor, a equipe pedagógica e o próprio sistema no
aperfeiçoamento do ensino. Desde que utilizada com as cautelas previstas e já descritas em
bibliografia especializada, fornece informações que possibilitam tomar decisões sobre quais
recursos educacionais devem ser organizados quando se quer tomar o ensino mais efetivo. É,
portanto, uma prática valiosa, reconhecidamente educativa, quando utilizada com o propósito
de compreender o processo de aprendizagem que o aluno está percorrendo em um dado curso,
no qual o desempenho do professor e outros recursos devem ser modificados para favorecer o
cumprimento dos objetivos previstos e assumidos coletivamente na Escola, em especial na
Proposta Curricular e em cada Plano de Trabalho Docente.
Os Instrumentos de Avaliação mais utilizados no Colégio Zardo são: prova escrita,
trabalho de pesquisa, textos/relatórios, apresentações/relatos, observação direta do
desempenho do aluno, auto-avaliação e desempenho geral nas atividades proposta pelo
professor, em diferentes situações de aprendizagem.
Um Critério pode ser definido como um parâmetro de qualidade estabelecido para o
julgamento de ações e de produtos realizados. Por exemplo: precisão, clareza, coesão, rapidez,
criticidade e complexidade a partir dos quais o desempenho do aluno será avaliado. Para isto,
será necessário definir, previamente, um ou mais padrões de desempenho do aluno no
desenvolvimento da competência e a organização de situações que lhe permitam demonstrá-la.
Cada professor tem definido os critérios, de acordo com os objetivos previstos para cada
conteúdo.
Vale ressaltar que, para sistematizar e, especialmente, organizar práticas avaliativas mais
justas e coerentes, definiu-se a Semana de Avaliação em cada bimestre (onde os alunos
realizam provas de todas as disciplinas, exceto, Artes, Educação Física e Ensino Religioso).
Quanto a recuperação de estudos, que diz a respeito que é direito daqueles que não
conseguiram aprender com os métodos adotados pela escola, em um determinado tempo, terão
uma nova oportunidade de aprender o conteúdo que o mesmo não teve aproveito. As
atividades de recuperação ocorrerão concomitante com as atividades realizadas pelo professor,
como nova oportunidade de aprender e refazer / realizar as atividades solicitadas.
De acordo com a LDB em seus incisos IV e IX do art. 3º, a escola deve ter uma tolerância
conjunta com os educadores com aqueles alunos que algum momento do processo de ensino
aprendizagem tiveram algum tipo de dificuldade de aprendizado. Temos que levar em
consideração de que os alunos são seres humanos e de repente em algum momento da fase de
ensino aprendizagem, eles não se adaptaram com a forma de ensino rotineiro empregado pelo
educador, sendo assim o professor deverá em conjunto com a escola desenvolver algum
método para acolher estes alunos com problemas.
Ao referir se aos docentes a lei recomenda aos estabelecimentos de ensino "prover meios
para a recuperação dos alunos de menor rendimento" (inciso V do art. 12), e aos docentes que
devem zelar pela aprendizagem dos alunos inciso III do art. 13. Também deve se estabelecer
estratégias de recuperação dos alunos com menor rendimento.
61
Por isso, no Colégio Zardo, tem-se organizado vários meios para que o aluno atinja o
objetivo, dentre eles a semana de recuperação de estudos em cada bimestre do ano letivo.
CONSELHO DE CLASSE
O Conselho de Classe é um órgão colegiado, presente na organização da escola, o qual
reúne periodicamente os vários professores das diversas disciplinas, juntamente com a Direção
e Equipe Pedagógica para refletirem conjuntamente e avaliarem o desempenho pedagógico dos
alunos das diversas turmas. A preocupação do Conselho é dinamizar a gestão pedagógica.
O Conselho de Classe é parte do processo de Avaliação e tem algumas características que
o diferem dos demais órgãos colegiados que são a participação direta dos profissionais, a
organização interdisciplinar e a centralidade da Avaliação escolar como foco de trabalho na
instância
Constitui-se, basicamente em 3 momentos: Pré Conselho, Conselho de Classe e Pós
Conselho.
Pré-conselho: O Pré-conselho são as ações que dizem respeito à aprendizagem do aluno e
se caracteriza pelos registros em pasta individual do aluno, acompanhamento de notas,
desempenho e rendimento, conversas sistematizadas com os alunos e professores (na Horaatividade), registros em Livro de Ocorrência, de ações e de encaminhamentos realizados ao
longo do Bimestre.
Conselho de Classe: É o momento em que professores, Equipe Pedagógica e Direção
reúnem-se para verificar se os objetivos, processos, conteúdos e avaliação estão coerentes com
o referencial do trabalho pedagógico da escola.
A intenção preponderante nesse momento é definir juntos o que será feito para atender
as necessidades de mudança, o (re) direcionamento dos aspectos levantados no diagnóstico
das turmas (Pré-conselho) e a sistematização das ações pedagógicas.
No momento do Conselho de Classe, o perfil do aluno (de acordo com a percepção do
professor não é a questão que mais interessa). Por isso, alguns termos / rótulos são
desnecessários, como: descompromissado, irresponsável, não controlável, imaturo, barulhento,
desinteressado, desatento, instável, não reconhece a autoridade do professor, conversador,
muito fraco, deixa a desejar, desrespeitoso, apático, tímido, participativo, não tem capacidade,
dispersivo, regular, desmotivado, agitado, desordenado, bagunceiro, impossível de se controlar,
desconcentrado, fraco, precisa de orientação, debochado, eufórico, inquieto, influenciável,
péssimo, infantil, alegre demais, resistente, figurante, prepotente, hiperativo, chato, mau
educado, etc. Quando o Conselho de Classe enfatiza muito esse tipo de descrição, acaba tendo
um caráter comportamentalista, sendo usado como uma espécie de “caça às bruxas”. “Chamar
os pais” como único tipo de encaminhamento pode acabar em “cortina de fumaça” para
camuflar os problemas concretos de aprendizagem. As falas do professor sobre os alunos
devem incidir sobre os aspectos que condicionam a aprendizagem e não a rótulos
estereotipados com visões deterministas, inatistas ou ambientalistas.
Sabe-se o quanto é complicado reconhecer que em alguns casos a dificuldade de
aprendizagem pode ser expressão da metodologia adotada pelo professor. Mesmo assim, em
muitos casos, é necessário rever as práticas para que o trabalho com os conteúdos seja
eficiente. Nesse sentido, faz-se necessário refletir se a não aprendizagem apenas incide em
responsabilizar o aluno.
Nos momentos das reuniões do Conselho de Classe, as mesmas serão secretariadas e
atadas pelo secretário da escola, resguardando seu caráter pedagógico. Como critério principal,
no dia do Conselho não haverá aula para os alunos e os professores farão um comentário geral
da turma (indicando avanços e retrocessos) para, em seguida, apresentar o desempenho e o
rendimento de cada um dos alunos da turma (apresentando quatro características principais:
problemas de faltas às aulas, problemas de indisciplina e displicência, recusa em realizar as
62
atividades e dificuldades de aprendizagem). Posteriormente, o grupo define o
encaminhamento para cada situação: acionar família, encaminhar para a FICA, conversar com
Equipe Pedagógica, mudar metodologia de trabalho ou realizar encaminhamento geral com a
turma).
Pós-conselho: Esse é o momento de retomada dos conteúdos por parte do professor e da
metodologia de ensino. Também são realizadas as orientações aos alunos (individual ou
coletivamente), encaminhamentos às famílias e elaboração dos gráficos de desempenho e
rendimento. Para sistematizar, organizar e melhorar estratégias e o processo de ensinoaprendizagem, após a realização de cada Conselho de Classe, será solicitado ao professor mais
algumas informações. Por exemplo, será solicitado pelo professor o preenchimento da Ficha de
Acompanhamento do Conselho de Classe mediante a elaboração do gráfico de desempenho e
rendimento de cada turma do professor. Caberá a ele escrever os motivos dos índices abaixo da
média, bem como quais as realizações que vai efetuar para melhorar tais índices.
ALUNOS E PROFESSORES MONITORES DE TURMA
Alunos e Professores Monitores de turma são a “ponte” entre a turma, demais professores e
a Equipe Pedagógica.
Os Alunos Monitores foram escolhidos pelos professores, levando em consideração os
seguintes requisitos (perfil do aluno): aplicação nos estudos, disciplina, facilidade de
comunicação, assiduidade, diplomacia no trato com pessoas e hábitos e atitudes educativas.
Cada professor escolhe com seus próprios critérios (ou os da Equipe Pedagógica) qual
turma pretende monitorar.
Com o objetivo de auxiliá-los na gerência do aluno-monitor, indicamos algumas tarefas que
poderão ser acrescidas de outras desde que não infrinjam o Regulamento Interno do Colégio:
•
Promover interação na turma;
•
Ajudar a organizar a sala de aula com equipamentos que serão utilizados durante a
aula;
•
Transmitir avisos;
•
Entregar atividades à turma;
•
Recolher atividades e trabalhos;
•
Devolver tarefas corrigidas;
•
Encaminhar alunos para a Orientação, quando houver indicação dos professores;
•
Buscar informações com a Orientação na falta de professores para em seguida
encaminhar a turma para o pátio;
•
Auxiliar na disciplina na ausência do professor;
•
Informar o professor representante quando um colega de classe está faltando
constantemente ou quando algum colega está doente;
Mensalmente, alunos monitores e pedagogos participam de uma reunião. O aluno monitor
encaminhará as sugestões da turma nas reuniões de monitores, procurando trocar idéias com
os outros colegas monitores, para melhoria e aperfeiçoamento do desempenho de cada um e
do trabalho conjunto, discutindo e sugerindo sugestões para os problemas da turma e dos
problemas gerais da escola.
A reunião de monitores será também um espaço para discussões e trocas de idéias para
organização de eventos esportivos e culturais. O resultado de cada reunião será afixado no
mural.
63
LIVRO DE REGISTRO DE CLASSE
O livro de Registro de Classe é o documento oficial da escola, e não do professor; o
mesmo deve permanecer na Secretaria Escolar, de forma a garantir sua consulta, quando
necessária, para comprovação de atividades escolares realizadas e resguardar direitos de
docentes e discentes.
O livro de Registro de Classe é forma oficial e única para o registro da freqüência, do
aproveitamento e dos conteúdos ministrados na Rede Estadual de Ensino.
Cabe aos Pedagogos orientar e acompanhar periodicamente o preenchimento desse
importante documento. No Colégio Zardo, os livros são vistados bimestralmente. O visto é feito
por meio da Ficha de Acompanhamento do Livro de Registro, onde constam os itens que
necessitam de observação e/ou correção pelo professor, se for o caso.
ESTÁGIOS
O Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho,
que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam freqüentando o
ensino regular, em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino
médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade
profissional da educação de jovens e adultos.
O estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além de integrar o itinerário
formativo do educando e visa ao aprendizado de competências próprias da atividade
profissional e à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a
vida cidadã e para o trabalho.
De acordo com a Lei nº 11.788 de 25/09/2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes,
são obrigações das instituições de ensino, em relação aos estágios de seus alunos:
• celebrar termo de compromisso com o educando ou com seu representante ou
assistente legal, quando ele for absoluta ou relativamente incapaz, e com a parte concedente,
indicando as condições de adequação do estágio à proposta pedagógica do curso, à etapa e
modalidade da formação escolar do estudante e ao horário e calendário escolar;
•
avaliar as instalações da parte concedente do estágio e sua adequação à formação
cultural e profissional do educando;
•
indicar professor orientador, da área a ser desenvolvida no estágio, como responsável
pelo acompanhamento e avaliação das atividades do estagiário;
•
exigir do educando a apresentação periódica, em prazo não superior a seis meses, de
relatório das atividades;
•
zelar pelo cumprimento do termo de compromisso, reorientando o estagiário para outro
local em caso de descumprimento de suas normas;
•
elaborar normas complementares e instrumentos de avaliação dos estágios de seus
educandos;
•
comunicar à parte concedente do estágio, no início do período letivo, as datas de
realização de avaliações escolares ou acadêmicas.
O plano de atividades do estagiário, elaborado em acordo das 3 (três) partes será
incorporado ao termo de compromisso por meio de aditivos à medida que for avaliado,
progressivamente, o desempenho do estudante.
64
É facultado às instituições de ensino celebrar com entes públicos e privados convênio
de concessão de estágio, nos quais se explicitem o processo educativo compreendido nas
atividades programadas para seus educandos. A celebração de convênio de concessão de
estágio entre a instituição de ensino e a parte concedente não dispensa a celebração do termo
de compromisso.
ATENDIMENTO AOS PAIS
Segundo a LDB (Lei de Diretrizes e Bases-Lei 9394/96) “A educação abrange os processos
formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana...”. No Colégio Zardo
possui características similares quando o assunto é reunião de pais, visto realizar esse
procedimento. As reuniões acontecem em geral em determinados períodos do ano,
especialmente no fechamento dos bimestres, momento que marca a entrega de notas.
Em linha geral, os pais dos alunos que obtiveram notas elevadas e que apresentam bom
comportamento são parabenizados e os pais daqueles que não atingiram as médias
estabelecidas pela escola e que não apresentam comportamento apreciado, são alertados
quanto à falta de interesse e disciplina do filho.
Diante desse panorama, temos algumas proposições mais abrangentes. Estamos
organizando para a escola deve abrir espaços para solucionar ou pelo menos buscar
alternativas para uma melhoria na realidade escolar do aluno.
Queremos estabelecer parcerias entre a escola e os pais, para que haja uma condução
positiva dos possíveis problemas, além disso, os professores devem compreender a realidade
em que vive determinado educando, para que não venha fazer julgamentos precipitados a
respeito do mesmo. Para atingir esse objetivo, estamos organizando as discussões sobre o PPP
com os pais. Além disso, realizamos uma pesquisa com os alunos sobre a profissão dos pais; a
intenção é convidar os pais para colaborar para as melhorias da escola.
Portanto, temos três formas principais de atendimento aos Pais:
Atendimentos individuais, quando comparecem espontaneamente ou são chamados por
telefone, a fim de tratar casos específicos de seus filhos (comportamento, rendimento,
desempenho).
Atendimento coletivo, quando convocados para serem atendidos pelos professores, sobre
desempenho e rendimento de seu filho e recepção dos boletins de nota.
Atendimento coletivo por adesão quando são convidados a participar de alguma atividade:
reunião de PPP, reunião específica de turma, etc.
Nesse sentido, a reunião deve se focalizar, na troca de informações para que a partir
desse ponto possa elaborar de forma conjunta uma solução, e que não se resuma somente em
períodos de fechamento de notas, mas no decorrer de todo o ano.
A educação deve ser instituída com a participação efetiva de pais e escola. As reuniões
devem fazer parte da realidade escolar como algo harmonioso e um centro de soluções para
vida escolar dos alunos.
ATENDIMENTO AOS ALUNOS
O atendimento aos alunos ocorre em vários momentos do cotidiano da Equipe
Pedagógica. São inúmeras as razões pelas quais se torna necessário atender, conversar,
orientar, solicitar, chamar atenção, prevenir.
Esse atendimento acaba sendo uma espécie de apoio aos alunos, não apenas para
acompanhamento do rendimento escolar e da freqüência, mas também quanto às relações
65
interpessoais do aluno com colegas e professores, seu interesse ou desinteresse pelas
atividades e todas as outras questões que dizem respeito ao seu bem-estar e desenvolvimento
intelectual e emocional.
Tendo em vista a freqüência com que alunos devem ser atendidos, definimos algumas
ações que cabem realmente ao Pedagogo. São elas:
•
Acompanhar o aluno no processo ensino-aprendizagem,
relacionamento com a realidade social e profissional;
visando
ao
seu
•
Conduzir o processo de sondagem de habilidades e interesses;
•
Provocar no aluno uma tomada de consciência das suas possibilidades e limites,
favorecendo sua auto-estima, elemento imprescindível ao processo ensinoaprendizagem;
•
Participar do processo de avaliação e recuperação dos alunos;
•
Despertar no aluno o compromisso com a responsabilidade enquanto pessoa e
cidadão;
•
Acompanhar o aluno em suas dificuldades, encaminhando-o a outros especialistas,
sempre que se fizer necessário;
•
Favorecer o processo de integração Escola-Família-Comunidade;
•
Atender a família de alunos que apresentem problemas disciplinares e sempre que
se fizer necessário;
•
Coordenar as reuniões com os alunos monitores de turma;
•
Realizar reuniões com os alunos para discutir problemas e buscar soluções para os
problemas do cotidiano.
•
Acompanhar e garantir a continuidade dos estudos aos alunos vinculados ao SAREH,
gestantes, prestando serviço militar, encaminhados pelo programa Liberdade
Solidária, afastados por problemas de saúde, entre outros.
Todos os atendimentos realizados são registrados na ficha individual do aluno ou no Livro
de Ocorrências.
Para os problemas ocorridos em sala de aula, para o qual o professor necessita de auxílio,
este encaminha por escrito, em ficha própria, a descrição do que aconteceu e quais providência
necessita.
Caso seja necessário, poderão ser acionados: Família, Conselho Tutelar, Patrulha Escolar
ou Conselho Escolar.
ATENDIMENTO AO PROFESSOR
Tendo em vista a necessidade de alguns ajustes no cotidiano do Colégio Zardo, ficam
definidas algumas ações específicas (atribuídas ao pedagogo) para atendimento aos docentes.
•
Receber avaliações para vistar e encaminhar ao xerox;
•
Definir datas e horários para a reposição de aulas;
•
Mediar na organização de palestras, passeios e apresentações com alunos.
•
Esclarecimento sobre o livro de chamada;
•
Viabilizar ofertas de cursos para formação continuada;
•
As faltas dos alunos nos casos de 5 consecutivas e 7 alternadas deverão ser
encaminhadas para a equipe, pela ficha
de encaminhamento, devidamente
completada.
66
•
Em caso de indisciplina séria onde o professor não possa resolver no momento,
também encaminhar através da ficha.
•
Se for situação muito grave e o professor não puder permanecer com o aluno na
sala, encaminhar o mesmo com atividades, até que o problema seja solucionado.
•
Recepcionar e orientar o professor novo na escola;
•
Coordenar a seleção do professor monitor de turma e verificar o andamento de suas
atividades com a turma;
ENCONTROS PEDAGÓGICOS
A escola deve ser um espaço de formação. Uma formação que amplie o compromisso de
atender aos segmentos de ensino propostos, mas também atinja a formação continuada de
professores. Afinal, os professores precisam de orientação! São muitas funções e
responsabilidades que lhes competem: estudantes, conteúdos, pais, mães, parceiros de
trabalho, sem falar em planejamento, avaliação, registros e reuniões com os pais e mães. Ações
que exigem um pensar mais vagaroso, um olhar compartilhado e companheiro.
Falar da prática em escola não é somente contar da rotina ou oferecer
ilustrações, é falar sobre o currículo ou proposta da escola. Nesse sentido, as
pedagógicas são excelentes instrumentos de discussão sobre os diferentes discursos
pela escola. Durantes as reuniões de grupo, fala-se demasiadamente das práticas,
muito no fazer, mas pouco se pensa sobre o pensar.
algumas
reuniões
"falados"
pensa-se
As reuniões pedagógicas são responsáveis por formar um professor que fale com
propriedade do que a escola pensa. Devem ser um espaço de debate e articulação clara entre
as questões administrativas e as pedagógicas. É fundamental esclarecer quais são os aspectos
que podem ser influenciados pelos dois campos para que se evitem discursos trocados e
argumentos atravessados.
Diante disso, faz parte de ações do Plano Geral da Escola dois tipos básicos de reuniões /
encontros pedagógicos no Colégio Zardo:
a. Reuniões semanais, toda terça-feira, da Direção, Equipe Pedagógica e Coordenadores
dos cursos técnicos.
b. Encontros Pedagógicos com os docentes, afim de discutir, definir e implementar as
ações do cotidiano da escola, além do estudo de documentos pertinentes.
GINCANA CULTURAL
Com o intuito de promover a socialização e a integração de alunos, corpo docente e
funcionários, a gincana cultural tem por objetivo um estudo e aprendizado de uma forma
diferenciada além de arrecadar materiais para a Festa Junina.
A gincana é realizada com provas escritas contendo os conteúdos das disciplinas de cada
série para que assim possa envolver os conteúdos disciplinares e com provas esportivas,
artísticas e culturais.
Durante uma semana é realizado esta gincana, cada dia todas as turmas da mesma série
ou, como no caso da tarde e da noite, onde houve a junção de todas as turmas de duas séries
por dia. Cada turma é uma equipe e cada qual realiza as a competição das provas.
A gincana é separada por turnos e durante cada período são realizadas várias provas ao
mesmo tempo, para que todos os alunos possam participar e desfrutar dos conhecimentos
adquiridos e da socialização. Para isso, existe um líder de cada equipe para que esteja sempre
atento aos chamados da equipe organizadora para que sejam liberada as provas. Este líder
67
deve passar para a equipe as provas e decidir junto a equipe quem deverá participar de cada
prova, para que todos os alunos participem.
Dessa forma, para cada equipe (turma) o professor monitor também é responsável para
orientá-lo, auxiliá-los e desenvolver as provas e as cestas e as informações repassadas pela
equipe organizadora.
A equipe organizadora que fica encarregada de organizar e criar as provas, o tempo de
cada prova, a pontuação, organização, correção das provas culturais, a decisão de provas que
envolvam juízes, jures, além de organizar para que todos os professores auxiliem e também
participem das provas e da gincana em geral. Todos os professores auxiliam de alguma forma,
como juízes, jurados, organizadores e monitores das equipes, além de participar da realização
das provas onde são solicitados, criando assim um “elo” mais próximo do aluno.
Entre as provas existentes na gincana, uma delas é a confecção de Cestas para serem
concorridas no Bingo, no dia da Festa Junina.
No final, a equipe organizadora faz a pontuação de todas as provas de todas as equipes e
é premiado a equipe vencedora por período, com um passeio ou jantar ou jogo esportivo de
boliche a ser pago pela APMF.
FESTA JUNINA
Com o objetivo de arrecadar fundos para melhoria do colégio, por meio da APMF é
realizada uma Festa Junina e um Bingo.
A festa é promovida para os alunos, pais e comunidade dentro do colégio com
brincadeiras, pescaria e comidas típicas, além do tradicional Bingo das cestas (cestas
confeccionadas na Gincana Cultural).
Todos os professores e funcionários estão envolvidos e trabalham para esta grande festa
em melhoria de nosso colégio. Existe uma equipe organizadora que auxilia a Direção na divisão
de tarefas, na organização das prendas do bingo e em toda a estrutura da festa
antecipadamente. E no dia da festa professores e funcionários trabalham conforme escala
dividida pela equipe organizadora.
A festa é realizada com grande número de participantes e os alunos encontram um
espaço de descontração, diversão e socialização dentro do próprio colégio.
INDISCIPLINA
Diante das atuais circunstâncias de problemas envolvendo alunos, consideramos
importante reforçar alguns pontos já discutidos, inclusive anexados ao material fornecido no
início do ano.
È de consenso que, em sala de aula o professor deve fazer valer a sua autoridade como
docente, inibindo todo tipo de gozação e brincadeiras de mau gosto por parte dos alunos; como
adulto maduro, deve conduzir o aluno em sua aprendizagem, visto que o mesmo age de acordo
com o exemplo do mestre;
O professor deve utilizar-se de meios pedagógicos e recursos didáticos que envolvam a
turma como um todo, evitando que alunos fiquem com tempo ocioso;
Para a aprendizagem significativa, deve-se evitar aulas expositivas como única estratégia
de ensino ou excesso de cópia do quadro;
Deve-se exigir que o aluno traga a matéria em dia, vistando periodicamente os cadernos;
68
Dialogar com a turma e manter firmeza nas decisões, demonstrando maturidade e
domínio da classe e, lógico, de conteúdo;
Não encaminhar à Equipe Pedagógica, casos simples, e que são da competência do
professor resolver. Casos mais sérios devem ser encaminhados, por escrito, à Equipe
Pedagógica na Ficha de Encaminhamentos;
Quando se fizer necessário encaminhar aluno à Equipe Pedagógica, por motivo de
indisciplina, o mesmo deverá levar atividades para resolver.
Cabe ao Professor:
•
Fazer valer a sua autoridade como docente;
•
Utilização de recursos didáticos para envolver toda a turma;
•
Evitar aulas expositivas, com muita cópia do quadro;
•
Vistar os cadernos dos alunos, exigindo a matéria em dia;
•
Dialogar com a turma e manter firmeza nas decisões tomadas, evitando “bate boca”
com alunos;
•
Não encaminhar à Equipe Pedagógica casos simples e que são da competência do
professor resolver.
•
Registro da ocorrência no livro de chamada e encaminhamento do caso grave à
Equipe Pedagógica.
•
Se necessário retirar o aluno de sala de aula por motivo de indisciplina, o mesmo
deverá levar atividades para resolver.
•
Cabe à Equipe Pedagógica e Direção:
•
Conscientização do aluno através do conhecimento das regras internas;
•
Registro da ocorrência com a assinatura do aluno;
•
Aplicar advertência verbalmente na primeira ocorrência e por escrito na segunda;
•
Comunicar imediatamente a família, caso a ocorrência seja grave ou se o aluno é
reincidente;
•
Comunicar a Direção do Colégio para as devidas providências: encaminhamento do
relatório ao Conselho Tutelar.
•
Após exauridas as tentativas, reunir o Conselho Escolar para julgar o caso.
2.6. REGRAS DO COTIDIANO: LIMITES, SEGURANÇA, CLAREZA E
POSSIBILIDADES
Para que haja harmonia, consonância, trabalho coletivo, decisão articulada e linguagem
única nas ações (evidenciando que isso não quer dizer a perda da autonomia ou
particularidades na aço docente) optamos por estabelecer um conjunto de regras e normas
para orientar o dia-a-dia do professor.
Esse conjunto de normas foi amplamente discutido com o coletivo dos professores e cada
decisão tomada passou por análise e aprovação de cada membro, justificando o caráter
democrático e participativo da construção dessas normas.
69
2.6.1. REGRAS GERAIS AOS PROFESSORES
Professor-monitor
O professor-monitor é de suma importância para o aprendizado dos alunos, pois ao
assumir uma turma, assume também uma forma específica de relacionamento entre professor e
aluno, resolvendo conflitos e comunicando a direção e equipe pedagógica da escola sobre os
encaminhamentos da turma. Deve-se, no entanto, compreender que nesta função há limites:
não tentar fazer o papel da direção ou da equipe pedagógica, não instigar alunos contra
professores e nem manipular os mesmos.
O professor-monitor tem o papel de mediador junto a turma, diante de problemas que
surgem no dia-a-dia. Quando tais problemas fogem da sua alçada, deve-se buscar auxílio junto
à equipe pedagógica. Haverá reuniões com os professores-monitores afim de trocar idéias e
repassar dicas para orientar e aconselhar os alunos. Também implementar um calendário das
reuniões, bem como divulgar a pauta e as decisões com os alunos-monitores.
Reuniões com alunos monitores
Antes da realização da reunião com os alunos-monitores deverá ser feita uma reunião
com os professores monitores para repassar a pauta.
Tal medida se faz necessária porque os alunos comentam os assuntos da reunião e os
professores não sabem do que se trata. Isso é um passo importante para que todos falem a
mesma língua.
Apresentação das provas para a equipe pedagógica
Com antecedência de 15 dias, o professor deve apresentar uma cópia da prova para ser
vistada. Esta é uma forma de acompanhar o trabalho do professor com o conteúdo e a
avaliação, bem como o cumprimento do previsto no Plano de Trabalho Docente.
Todas as provas do bimestre e de recuperação devem passar pela Equipe pedagógica.
Cada prova deve conter questões diversificadas, sendo no mínimo 03 tipos de questões.
Xerox de trabalhos e de provas/cabeçalhos
Cada trabalho solicitado pelo professor deve ser deixado na Sala do xeróx. No roteiro deve
conter o conteúdo a ser pesquisado, bem como as orientações gerais e critérios. Em cada
bimestre, no mínimo 01 trabalho deve ser solicitado.
Toda prova só será impressa se constar o cabeçalho padrão do colégio. O cabeçalho fica à
disposição do professor no computador da sala dos professores e da equipe pedagógica, por email e na página web do colégio.
Como fazer trabalhos seguindo normas da ABNT
Dependendo do trabalho e do encaminhamento dado pelo professor, devem seguir as
normas da ABNT. Em todo caso, todos os trabalhos escolares solicitados aos alunos devem ter
capa e folha de rosto. O professor deve estabelecer o valor e deixar claro os critérios (por
escrito) no roteiro do trabalho.
Os professores devem exigir que, quando se tratar de pesquisa, todos os trabalhos devem
seguir das normas da ABNT contidas na agenda escolar.
A forma de ser entregue (manuscrito ou digitado) fica a critério do professor, sendo isso
explicitado nas orientações.
Cada item do trabalho deve ser avaliado, ou seja, atribuir nota a cada parte solicitada:
capa, folha de rosto, introdução, desenvolvimento, conclusão, etc. O conteúdo do trabalho deve
ser trabalhado pelo professor e cobrado na prova.
Não permitir que alunos façam, durante a aula, o trabalho de outro professor/disciplina.
Trabalhos e pesquisas
Os trabalhos e pesquisas são importantes como forma de aprofundamento e continuidade
do conteúdo ministrado em aula pelo professor. Não deve ser utilizado como forma de repor
conteúdo, no caso do professor não “dar” tal conteúdo na sala de aula.
70
O professor deve fazer o encaminhamento de trabalhos e pesquisa com antecedência,
de forma clara e objetiva durante suas aulas, repetindo quantas vezes forem necessárias para o
entendimento dos alunos. O professor deve sugerir fontes de pesquisa.
Caso o aluno não entregue o trabalho no prazo estipulado, a nota deve ser parcial, exceto
se o mesmo apresentar atestado médico ou justificativa plausível de sua falta na data da
entrega.
Os trabalhos devem ser entregues apenas para o professor solicitante durante suas aulas,
em hipótese alguma fora desse horário.
Haverá, na sala de aula, um cronograma para serem anotadas as datas de entrega. Além
da data padrão, uma segunda data será marcada para entrega atrasada.
Sistema de avaliação
O sistema de avaliação é simples e objetivo, válido para todas as disciplinas. A avaliação
de cada bimestre terá valor 5,0. As atividades valem 2,0 pontos e o trabalho valerá 3,0 pontos.
Biblioteca do professor
Todos os livros do acervo deve ser catalogados. Um funcionário deve organizar o registro
dos mesmos, bem como controlar o empréstimo e devolução. Se caso o professor extravie
algum material, deverá repor ou pagar o custo.
Uso DVD (Multimídia)
Para uso do do DVD, aparelho de som ou datashow em sala de aula, a solicitação deverá
ser feita com antecedência e registrado na pasta de controle, observando o turno.
O controle remoto da TV Multimídia só poderá ser retirado pelo professor ou aluno
monitor da turma.
Falta do professor
A falta do professor à aula só deve ocorrer com justificativa e atestado médico. Caso
contrário, a falta constará no Boletim de Frequência. Deve-se organizar um relatório mensal de
faltas.
Cada vez que faltar, o professor deve comunicar a Equipe Pedagógica por telefone e os
números de telefones dos professores devem ser atualizados, sempre que necessário.
Se a falta é prevista (no caso de participação em cursos, eventos da SEED, simpósios, etc)
o professor deve deixar atividades programadas para os alunos realizarem. Encaminhar para a
Equipe pedagógica e para o aluno monitor. Orientar os alunos e informar o motivo da ausência.
O professor que faltar terá a falta registrada no Livro ponto, também será feito o registro
de atrasos ou saídas antecipadas.
Reposição de aulas
A reposição de aulas ocorrerá, sempre que necessário, no contra turno ou aos sábados.
Os pais dos alunos serão informados, por escrito, incluindo a justificativa da reposição.
Adiantamento de aulas
Quando houver necessidade e disponibilidade do professor, porém, apenas no momento
da hora-atividade. O adiantamento só ocorrerá mediante ajuste de horário do dia, nunca
antecipando aula de dias subseqüentes. Nenhum professor poderá atender duas turmas
simultaneamente.
Preenchimento do livro registro de classe
O professor deve atentar para as orientações prévias da Equipe pedagógica para que não
preencham de maneira diferenciada ou diferente das orientações legais.
A cada bimestre, ou sempre que necessário, a Equipe Pedagógica vistará os livros e
apresentará relatório de adequações. As orientações para o preenchimento do livro de classe
também permanecerão no mural.
71
É interessante o preenchimento de um “livro modelo” para conferência dos itens
obrigatórios e das orientações gerais, bem como permanecer em Edital a Instrução sobre o
preenchimento do mesmo.
Hora-atividade
É um momento em que o professor deve usar exclusivamente para práticas relacionadas
as suas atividades profissionais: correção de provas, planejamento, elaboração de provas,
atendimento de alunos e pais, entre outros.
É um horário exclusivo do docente, não podendo ser exigido que o mesmo faça tarefas
diferentes das descritas acima.
O horário deve ser cumprido integralmente na escola, de acordo com a legislação vigente.
Falta de aluno
O aluno, faltando 5 vezes consecutivas ou 7 alternadas, será encaminhado para a Equipe
Pedagógica e esta não deve demorar em tomar as devidas providências (ligação telefônica para
a casa do aluno ou para os responsáveis e encaminhamento da FICA).
Se o aluno faltar em dia de prova ou entrega de trabalho, deverá apresentar atestado
médico, ou justificativa plausível, e procurar o professor para marcar nova data.
Quando o aluno apresentar alguma justificativa de falta ao professor, este deve registrar
no Livro de Registro e assinar o documento apresentado pelo aluno. Tal documento será,
posteriormente, entregue à Equipe Pedagógica para arquivo na Ficha Individual do Aluno.
Ficha de encaminhamento
A cada caso que fuja da alçada do professor resolver em sala de aula, deverá ser
encaminhado, por escrito, à Equipe Pedagógica. Quando o professor enviar esta ficha haverá
um prazo para a resposta. Se o aluno for reincidente três vezes em algum problema, o
responsável deverá ser informado. Casos em que o professor oriente o aluno particularmente
deve ser registrado no Livro de Registro de Classe.
Ida do professor para sala de aula
O professor deve ser pontual na chegada à escola. Quando for para a sala de aula, levar
tudo o que precisa, para não precisar sair. Caso aja necessidade de algum material, solicitar
que seja apanhado pelo aluno-monitor.
Saída antecipada da sala
É absolutamente proibida a saída de alunos antes do sinal.
Saída da sala de aula pelo professor
O professor deve sair de sala de aula somente em extrema necessidade.
Passaporte de saída da sala de aula pelo aluno
O passaporte de saída de sala é um documento entregue a cada professor, como forma
de permitir que o aluno se ausente por alguns minutos da aula. Usar sempre o passaporte
quando o aluno sair da sala e não liberar o aluno na troca de professor.
Se o aluno saiu por conta própria, deve ser registrado na ficha individual junto à Equipe
pedagógica e em caso de reincidência, os responsáveis devem ser comunicados.
Giz na sala de aula
Nunca deixar giz em sala de aula, não jogar tocos de giz na lixeira da sala de aula, manter
na caixa de giz, não deixar no quadro negro. Sempre apagar o quadro antes do término da
aula. Se caso o quadro estiver com matéria do professor que o antecedeu, solicitar que um
aluno apague-o, enquanto se faz a chamada.
Uso do livro didático: distribuição e controle
A distribuição e o controle do livro didático deve ser feito pela biblioteca da escola.
72
A Secretaria só expede documento ao aluno quando este fizer a devolução de todos os
livros didáticos. Manter, na pasta individual do aluno, um lembrete de quais livros devem ser
devolvidos. Cada livro terá um código e tal código será específico para cada aluno. Se o aluno
perder, estragar ou rasurar o livro, deverá custear o conserto ou reposição. O professor deve
avisar os alunos quando for usar o livro em sala.
Realização de avaliações
A avaliação bimestral que vale 5,0 pontos ocorrerá na Semana de Avaliação e de
Recuperação. As provas seguem o padrão de ter um cabeçalho e no mínimo 03 tipos de
questões com o devido valor de cada questão.
No decorrer do bimestre são feitas atividades que valem 2,0 pontos e trabalhos que valem
3,0 pontos. A recuperação destes é concomitante.
Perda de avaliação pelo aluno
Se o aluno falta no dia da prova, deverá apresentar justificativa. Tal justificativa será
assinada pelo professor e registrada no Livro de Registro de Classe. A realização da avaliação
ocorrerá na aula seguinte do professor.
Autorização da equipe pedagógica para entrega de trabalhos atrasados
O trabalho entregue na data marcada será avaliado em 100% do valor do mesmo. Se
algum trabalho for entregue na segunda data, o valor será menor, a critério do professor,
exceto se for apresentada uma justificativa plausível.
Aparelho celular, MP4 e afins
O professor-monitor assume a responsabilidade de conscientizar o aluno quanto ao uso
dos aparelhos eletrônicos. Não será proibido que o aluno traga para a escola, porém, é proibido
o uso em sala de aula. A escola não se responsabiliza por perda ou furto de tais objetos. O uso
fica restrito ao recreio. Negociar com os alunos o uso e o horário, desde que não atrapalhe sua
concentração e atenção à aula.
Chamada professor e aluno em sala de aula
O horário para conversas com o professor deve ser estabelecido antecipadamente. No
caso dos alunos, estes podem ser retirados da sala de aula, desde que seja pela Equipe
pedagógica e com o consentimento do professor.
Pessoas estranhas ao ambiente escolar ou outro aluno, em hipótese alguma, devem
chamar alunos sem a expressa autorização.
Pessoas estranhas ao ambiente escolar
Toda pessoa não vinculada à escola deverá identificar-se na portaria, recebendo um
crachá / autorização para adentrar ao recinto escolar.
Por meio do telefone ou rádio, o porteiro comunica-se com a Secretaria ou Equipe
Pedagógica. O porteiro deve indicar o setor correto ao visitante.
Carteirinha estudantil
O uso da carteirinha estudantil é obrigatório a todos os alunos (manhã tarde e noite).
O controle de entrada e saída dos alunos fica centralizado no portão de entrada - Portaria.
Ao chegar à escola, o aluno deposita a carteirinha na urna de sua turma. A devolução será
feita ao final da 5ª aula, pelo professor.
Passados 10min após o sinal, a carteirinha é recolhida pelo porteiro e o registro de atraso
será feito na Pasta de Chamada e, havendo 03 atrasos, os responsáveis serão comunicados.
Momento cívico
O momento cívico é um atividade de suma importância no colégio e o momento ocorrerá,
quinzenalmente, com o hino sendo executado no sistema de som interligado existente no
colégio.
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Na aula previamente agendada, o professor organiza seus alunos em posição de
sentido, permanecendo ao lado da carteira, cantando o hino simultaneamente. A Bandeira
Nacional será exposta à frente da sala. Organizar um calendário mensal de datas
comemorativas.
Atividades culturais
As atividades culturais são momentos importantes de interação e integração de alunos,
professores e comunidade.
Devem-se estabelecer as regras claras de cada evento, sendo coordenadas por comissões
previamente definidas. Todo o conjunto de regras e normas de cada atividade será divulgado
no mural da sala dos professores e por e-mail.
Reuniões mensais dos professores
As reuniões mensais com os professores são muito importantes para atualização,
interação e fluxo das informações. Devem ser previamente agendadas. Organizar reuniões por
série.
Evitar longos recados durantes o recreio dos professores. Excceto quando se tratar de
assuntos urgentes.
Critérios para conselho de classe
Os critérios existentes para análise do desempenho do aluno são quatro: indisciplina e
displicência, faltas excessivas, dificuldade de aprendizagem e não realiza as atividades. Como
encaminhamento geral estão definidos quatro questões: FICA, chamamento da família, trabalho
com a turma e conversa individual.
Realizar um pré-conselho individual entre professor e equipe pedagógica, no qual o
professor abordaria a sua disciplina em relação ao desempenho do aluno.
Razões para chamada de pais
Os pais serão acionados e convocados a comparecer na escola quando houver indisciplina
de seu filho em relação a depredação do colégio e acompanhamento em sala, dificuldade de
aprendizagem, faltas consecutivas, violência e não realização de tarefas e trabalhos propostos
pelo professor.
Trabalho específico com a turma (problemática)
Primeiramente o professor-monitor realizará intervenção e conversas. Estabelecer regras
claras e aceitas por todos da turma.
Proporcionar palestras voltadas para a realidade daqueles alunos.
Calendários de provas e recuperação
Manter, bimestralmente, na sala de aula, um cronograma para ser agendado pelo
professor as datas de avaliações, trabalhos e recuperação.
Plano especial de estudos (Adaptação, dependência, SAREH e FICA)
O Plano especial de estudos será ofertado para regularizar a situação escolar do aluno.
São motivos para um Plano especial de estudos: problemas de saúde, problemas de saúde na
família, aluno transferido do sistema por blocos ou trimestral ou semestral, entre outros.
Ao aluno será oferecido documento no qual conta as atividades que deverá cumprir. Na
sala dos professores haverá mural para expor a situação dos alunos.
Gráficos de desempenho
Bimestralmente será realizada a divulgação, por meio de gráficos, do desempenho geral
de cada turma, em cada disciplina.
Este material ajuda o professor a analisar o trabalho com a turma e auxilia os demais
professores da turma de monitoria, cobrando um melhor desempenho da mesma.
Repassar para o professor-monitor um gráfico por disciplina da turma.
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Plano de trabalho docente
O Plano de Trabalho Docente será padronizado em sua estrutura.
Posteriormente, o PTD poderá ser inserisse no portal do colégio para acesso a todos os
interessados (comunidade e professores).
Proposta pedagógica curricular
existe uma realização do plano de trabalho docente(parte relativa aos conteúdos) pelo
grupo de professores de cada disciplina, no entanto, no decorrer do ano letivo, cada um
trabalha os conteúdos a sua maneira, o que acabba gerando transtornos quando há
remanejamento de aluno, havendo assim, a necessidade de um acompanhamento mais efetivo
por parte da equipe pedagógica.
PPP
Construção coletiva, envolvendo todos os segmentos da escola. A maneira com está
sendo construído está excelente, tendo em vista que todos os interessados (professores,
funcionários, alunos e comunidade) estão participando do processo.
Regimento escolar
Todos devem seguir os preceitos e princípios estabelecidos no regimento escolar. As
mesmas regras devem ser seguidas por todos os segmentos (aluno, professor e funcionário).
O cotidiano da escola está regimentado no Regulamento Interno e no Projeto PolíticoPedagógico.
Patrulha escolar
Realizar um trabalho de prevenção através de palestras. Intensificar as visitas à escola e
nos momentos do recreio.
Atestados médicos
Cumprir de acordo com a lei
Passeios e aulas fora de sala de aula
Quando o professor planejar aulas fora da sala de aula (passeio) a mesma deverá constar
no Plano de Trabalho Docente. A Equipe pedagógica deverá ser comunicada, bem como um
comunicado por escrito deverá ser encaminhado aos pais. Deverá ter uma autorização do
responsável.
Não promover visitas culturais ou estágios nas vésperas ou semanas de prova e aulas fora
da sala de aula deverá ter objetivos bem estabelecidos para evitar dispersão e algazarra.
Reunião de pais
Promover com mais freqüência. Além das reuniões oficiais para entrega de boletins e
Assembléias da APMF, também agendar reuniões de pais de turmas específicas.
As reuniões são importantes porque os pais sentem-se parte do colegiado e conhecem
melhor a realidade da sala de aula de seu filho.
As reuniões oficiais para entrega de boletins serão realizadas aos sábados, na sala de
aula, coordenadas pelos professores.
Relacionamento professor / aluno
O relacionamento entre professor e aluno deve ser de respeito.
Oportunizar a opinião dos alunos, aproximar humanamente o professor do aluno (relação
mestre-discípulo), entender que o professor não é o único detentor do conhecimento.
Indisciplina de aluno
Quando a indisciplina em sala de aula é geral, o professor deve rever seu método de aula.
Em casos isolados, registrar ocorrência e encaminhar para a equipe pedagógica (se possível
tentar resolver em sala diretamente com o aluno).
75
Procurar ajuda sempre q considerar necessário, recorrendo a outros professores, equipe
pedagógica e literatura sobre o assunto.
Encaminhamento à equipe pedagógica
Encaminhar aluno à Equipe Pedagógica apenas nos casos de indisciplina grave, uso de
materiais indevidos e quando os alunos não estiverem bem física ou psicologicamente.
Encaminhar com o passaporte de autorização e / ou com a Ficha de encaminhamento.
Registros e atas de ocorrência dos alunos
Haverá um registro em ata dos casos mais graves em que tenha violência, ofensas ou
fuja do controle da equipe da escola.
76
2.7. ÁRVORE DOS PROBLEMAS E ÁRVORE DAS SOLUÇÕES
Como primeira atividade do PPP (atividade na qual utilizamos a Técnica “Tempestade de Ideias” e a qual chamamos de Árvore dos
Problemas e Soluções), constituiu-se como o ponto de partida para desenvolver todo o processo.
Na atividade citada, os professores, alunos, funcionários e pais, em seus respectivos grupos e em cronograma de datas e horários
previamente organizados, foram incitados a escrever quais os problemas mais presentes no cotidiano da escola.
Após discussões e pontos de vista, foram novamente provocados a escrever em quais situações do cotidiano os problemas são
notados.
Na seqüência, a tarefa foi escrever o inverso do problema, para sinalizar quais as soluções precisamos implementar. No momento
em que escreveram o inverso do problema, foi possível verificar quais os objetivos a curto, médio e longo prazo a escola, como um
todo, necessita articular.
E finalmente, coube à Equipe Pedagógica articular os problemas para se tornarem as Necessidades e assim, conceber toda a
discussão que resultou no texto do Marco Referencial, do Diagnóstico e a Programação.
A seguir, cada uma das árvores construídas pelos grupos:
77
ÁRVORE DOS PROBLEMAS – PROFESSORES - MANHÃ
FALTA DE
RESPONSABILIDA
DE DE ALUNO E
PROFESSOR
Professor ouvindo
muitas reclamações
sem sentido dos
alunos
Falta de capacitação
real para domínio
das tecnologias
Baixos salários
Professor que
demora muitos a
chagar / sair da sala
Falta de motivação
porque só há
reclamações
Desvalorização
dos bons
profissionais
Falta de visão e
informação relativas
à Educação
Estrutura das salas:
quadro e cortinas
do pavilhão 1 com
problemas
Falta de um banco
de dados digital
Barulho excessivo
nos corredores
Equipe
pedagógica
burocratizada
FALTA DE
COMPANHEIRIS
MO
Falha na
comunicação
FORMA DE
TRATAMENTO
ENTRE ALUNOS
Sensação de
impunidade dos
alunos
FALHAS NA
APRENDIZAGEM
Desmotivação dos
alunos
Desvalorização do
público
Alunos desatentos:
sabotagem /
distração / professor
fala “grego”?
Decadência do
nível de
conhecimento
78
ÁRVORE DAS SOLUÇÕES – PROFESSORES - MANHÃ
RESPONSABILIDA
DE COLETIVA DE
ALUNO E
PROFESSOR
Ouvir os alunos com
ética
Capacitação e
domínio das
tecnologias
Salário digno
Chegada rápida dos
professores na sala
de aula
Motivação e elogios,
sem reclamações
Valorização dos
profissionais
Divulgação oral e
escrita das
informações
Reforma das salas
Existência de um
banco de dados
digital
Silêncio nos
corredores
Ação e eficiência
da Equipe
Pedagógica
COLEGUISMO
ENTRE
PROFESSORES
Comunicação
interna eficaz
RESPEITO
MÚTUO ENTRE
OS ALUNOS
Punição dos
alunos infratores
de acordo com o
Regimento
REFORÇO NA
APRENDIZAGEM
Motivação dos alunos e
acompanhamento dos
pais na educação
escolar
Valorização do
patrimônio público
Alunos atentos:
professor com
linguagem acessível
Resgate do nível
de conhecimento
79
ÁRVORE DOS PROBLEMAS – PROFESSORES - TARDE
VIOLÊNCIA
VERBAL E FÍSICA
ENTRE ALUNOS
INDISCIPLINA
Defasagem De
conteúdos
DESRESPEITO
AO
PATRIMÔNIO
PÚBLICO
Tabagismo
Professores sem
capacitação
Ambientes da escola
não utilizados
(laboratórios)
Falta de
compromisso com
a escola
Não há linguagem
única
Falta de apoio
Futuro incerto?
80
ÁRVORE DAS SOLUÇÕES – PROFESSORES - TARDE
RESPEITO NA
CONVIVÊNCIA
ENTRE OS
ALUNOS
DISCIPLINA
RESPEITO AO
PATRIMÔNIO
PÚBLICO
Professores
capacitados
Domínio dos
conteúdos pelos
alunos
Compromisso com
a escola
Combate ao
tabagismo
Ambientes da escola
são utilizados
(laboratórios)
Linguagem única
Apoio
Futuro certo
81
ÁRVORE DOS PROBLEMAS – PROFESSORES – NOITE
EXCESSO DE
FALTAS DOS
ALUNOS E PERDA
DE INTERESSE
Uso de drogas pelos
alunos
Indisciplina
FALTA
PARTICIPAÇÃO
DA FAMÍLIA
Falha na
comunicação
Desvalorização do
público
FALTA DE
COMPROMISSO
PROFISSIONAL
Falta de
planejamento para
dar aula
FALTA DE
RECONHECIMENTO
DA HIERARQUI DA
ESCOLA PELO
ALUNO
Diversidade de
tratamento
Número excessivo
de alunos
Gazetas de aula
Necessidade de
aulas mais
dinâmicas
Falta de inspetores
Necessidade de
capacitação específica
para lidar com os
problemas
Dificuldade no uso
das tecnologias
Falta de estrutura
Conivência do
sistema com a falta
de compromisso
com os alunos
Falta de requisitos
básicos para a
turma
82
ÁRVORE DAS SOLUÇÕES – PROFESSORES – NOITE
Não uso de drogas
pelos alunos
Disciplina
PARTICIPAÇÃO
DA FAMÍLIA
Comunicação
eficaz
Desvalorização do
público
COMPROMISSO
PROFISSIONAL
Professor com
planejamento de
aulas
INTERESSE E
PARTICIPAÇÃO
DOS ALUNOS
RESGATE DE
VALORES
(RESPEITO)
Igualdade nas
regras de
tratamento
Número máximo
de 40 alunos
Presença do aluno
em sala de aula
Aulas dinâmicas
Inspetores no
pátio
Cursos de
capacitação para
lidar melhor com os
problemas
Conhecimento do
uso de tecnologias
Estrutura
adequada
Não fazer “vistas
grossas” com a falta
de compromisso
com os alunos
Reforço escolar
83
ÁRVORE DOS PROBLEMAS – AGENTES EDUCACIONAIS I E II
INFRAESTRUTU
RA
DEFICITÁRIA
O local para guardar
os objetos dos AE I
é inadequado
Não há mobília
para manter em
ordem as tarefas
Não há banheiro
na secretaria
O acervo da
biblioteca não é
informatizado
NÃO HÁ
INTEGRAÇÃO
ENTRE OS
SETORES
Falta comunicação
interna entre os
setores
Não há fluxo das
informações, das
regras, dos e-mails,
etc
A Internet e o telefone
são precários – sempre
mudam ou funcionam
precariamente
Os AE’s não ficam sabendo
de cursos, reuniões,
informações do
andamento da escola
FALTA MAIS
COMPROMETIMENTO
Não cumprimento
das regras e
normas
Postura
profissional
inadequada
Fofocas
Tratamento
inadequado
Os AE’s não são
valorizados
Alunos não
reconhecem o
trabalho dos AE’s
Existem
professores que
não enxergam o
AE II
Falta funcionários
para dar conta do
trabalho
Funcionários
faltam ao trabalho
e acumula serviço
Falta respeito a
maneira de cada
um realizar seu
trabalho
FALTA
COLABORAÇÃO
PARA CONSERVAR
O AMBIENTE
O professor não
exige que os alunos
deixem as carteiras
organizadas
A mobília da sala
fica fora do lugar
Falta conservação
Os alunos não
ajudam a
conservar a escola
84
ÁRVORE DAS SOLUÇÕES – AGENTES EDUCACIONAIS I E II
INFRAESTRUTU
RA ADEQUADA
O local para guardar
os objetos dos AE I
é adequado
Há mobília para
manter em ordem
as tarefas
Há banheiro na
secretaria
O acervo da
biblioteca é
informatizado
HÁ
INTEGRAÇÃO
ENTRE OS
SETORES
A comunicação
interna entre os
setores é eficiente
As informações, as
regras e os e-mails
chegam a todos os
interessados
A Internet e o
telefone funcionam
de modo adequado
Os AE’s ficam sabendo
de cursos, reuniões, e
das informações sobre
o andamento da escola
As regras e as
normas são
cumpridas por
todos
A postura
profissional é
adequada
Os profissionais
resolvem os
problemas sem
fofocas
Tratamento
adequado
Os AE’s são
valorizados
Alunos
reconhecem o
trabalho dos AE’s
Os professores
reconhecem o
trabalho dos AE’s I
Há funcionários para
dar conta do trabalho e
o mesmo é distribuído
Os funcionários
são assíduos
HÁ
COMPROMETIMENTO DE
TODOS
A maneira de cada
um realizar seu
trabalho é
respeitada
EXISTE
COLABORAÇÃO
PARA CONSERVAR
O AMBIENTE
O professor exige
que os alunos
deixem as carteiras
organizadas
A mobília da sala
de aula não fica
fora do lugar
Há conservação
Os alunos ajudam
a conservar a
escola
85
SUGESTÕES E PROPOSTAS DE AÇÕES DOS AGENTES EDUCACIONAIS I E II
•
Informatizar a Biblioteca;
•
Passar os avisos aos alunos e da Secretaria a todos os
setores;
•
•
que conheça o funcionamento da rotina;
•
•
adequado.
•
Conscientizar os profissionais sobre o cumprimento das
Estabelecer pareceria entre os Agentes Educacionais e os
Professores pra a questão da limpeza;
Conscientizar alunos e professores sobre o trabalho dos
Agentes Educacionais e da necessidade de tratamento
Repassar as regras gerais ao professor novo na escola para
Desenvolver o trabalho com autonomia, cumprindo-o com
responsabilidade;
•
Promover a igualdade de ações de cada um: mudar a si
regras e normas;
mesmo, para mudar o outro. Interação entre os
•
Organizar a distribuição das tarefas;
profissionais da escola, como almoço e festa junina;
•
Conscientizar o funcionário de que não existe “trabalho
•
específico”, mas sim a colaboração de todos;
•
Promover reuniões para interação e troca de ideias entre os
normas;
•
Executar o trabalho da melhor maneira possível, evitando o
•
“re-trabalho”.
•
Saber se colocar diante do outro e tratar as pessoas como
Respeitar aos horários e cronogramas pré-estabelecidos;
Fazer circular as informações sobre os dias que não têm
aulas, dispensa de turmas, etc.
•
Cada funcionário da escola deve procurar as informações,
organizando as mesmas no mural;
gostaria que fosse tratado;
•
Buscar recursos junto à Direção para resolver a falta de
equipamentos e recursos em geral;
funcionários e professores;
•
Tratamento mais adequado aos alunos, respeitando as
•
Desenvolver trabalho para prevenir as ações de
depredação nas instalações do colégio.
86
ÁRVORE DOS PROBLEMAS – ALUNOS – MANHÃ
Falta o
policiamento da
Patrulha Escolar
Existem roubos
de objetos
escolares
DROGAS NA
ESCOLA
Alunos usuários na
escola
Uso de drogas
dentro da escola
(no intervalo)
Tráfico dentro da
escola e no portão
INDISCIPLINA
DOS ALUNOS
Falta de educação
e respeito dos
alunos
Vandalismo
Discriminação
entre alunos
Brigas e violência
entre alunos
Falta de inspetor
de pátio e de
funcionários da
limpeza
Imaturidade de
alguns alunos
Falta de interesse
dos alunos
Falta de
coordenação pelo
professor, domínio
de classe
Ambientes
escolares que não
são utilizados ou
em mau estado
Má conservação
da escola
Falta dos
professores às
aulas
Datas de provas
muito próximas
Falta de
autoridade do
professor
Quadra de
esportes
danificada
Falta de materiais
Biblioteca, Laboratório
de Ciências e de
Informática não são
utilizados
Sala de aula e
cantina sem
condições de uso.
FALTA DE
SEGURANÇA NO
COLÉGIO
FALTA DE
VERBAS
87
ÁRVORE DAS SOLUÇÕES – ALUNOS – MANHÃ
HÁ SEGURANÇA
NO COLÉGIO
Há patrulhamento
da área escolar
Não existem
roubos de objetos
escolares
COLÉGIO SEM
DROGAS
Alunos na usam
drogas na escola
O intervalo livre de
drogas
Não existe tráfico
dentro da escola,
nem no portão
Alunos educados e
atitudes de
respeito entre os
alunos
Não há vandalismo –
ordem e organização
Não há
discriminação
entre alunos
Fim das brigas e
da violência entre
alunos
Há inspetor de
pátio e mais
funcionários da
limpeza
Alunos maduros
Alunos
interessados
O professor
coordena a turma
e tem domínio de
classe
Os ambientes
escolares são
utilizados ou estão
em bom estado
Boa conservação
da escola
Os professores
não faltam às
aulas
Datas de provas
distantes uma das
outras
O professor tem
autoridade na sala
de aula
Quadra de
esportes
reformada
Mais materiais
Utilização da Biblioteca,
Laboratório de Ciências
e de Informática
Salas de aula e
cantina adequadas e
em condições de
uso
ALUNOS
DISCIPLINADOS
HÁ VERBAS
88
SUGESTÕES DOS ALUNOS DA MANHÃ
O QUE PODERÁ SER FEITO?
SUGESTÕES PEDAGÓGICAS
SUGESTÕES ESTRUTURAIS
uso das salas de informática
uso do laboratório de química
aulas extra-curriculares
campeonatos com vários tipos
de esportes.
profissional para os laboratórios
de química
os professores deveriam dar
aula com datashow, assim
facilitaria os alunos na hora de
copiar o conteúdo
deveria ter um site de ensino
para cada professor com o
conteúdo trocado por bimestre,
assim os alunos tirariam suas
dúvidas consultando o sistema
do Estado
ter reuniões entre alunos e
direção
melhoriaa no quadro de
professores e na equipe
pedagógica
mais respeito da equipe
pedagógica com os alunos
Precisa haver mais diálogo
dentro da escola, com o uso de
textos em sala para a
conscientização, atitudes
impensadas, falta de
informação, palestras.
palestras educativas
aulas mais dinâmicas onde o
aluno passa se inteirar com a
arrumar o ginásio de esportes
para melhor desempenho dos
alunos
melhorar a alimentação com
alimentos mais saudáveis
melhorar a qualidade dos
bebedouros
melhorar o padrão dos
uniformes
melhorar o ambiente das salas
de aula
fazer mutirões de pais e
professores para melhora da
estrutura dos colégios, como
pintura de salas, troca de
carteiras
promover mais festas para
arrecadar mais renda para os
colégios
não haver cobrança do xerox
para alunos pois já paga a taxa
de sulfite
colocar caixas de som por todo
o colégio
implantação de câmeras de
segurança
todos os dias, os banheiros
estarem sempre abertos e com
papel higiênico
pintura das salas de aula e
carteiras novas
biblioteca maior e com mais
opções de livros
SUGESTÕES PARA
PROFESSORES E ALUNOS
cooperação dos alunos com a
escola, professores e
funcionários em geral
elaboração de projetos de
intercâmbio para incentivar os
alunos
promover contra-turnos com
prática de esportes e reforços
escolares que desenvolvam o
interesse dos alunos
não haver exclusão de alunos
com deficiências física ou
mental nas escolas estaduais ou
municipais
Professores usarem uniforme
bater cartão para não haver
atraso de professores
formar professores qualificados
para que tenhamos mais aulas
interativas no horário de aula e
pós turno
professores mais capacitados
melhor capacitação e interesses
dos professores a ensinar
melhorar a qualificação dos
professores
professores deveriam usar
uniforme.
maior integração alunoprofessor onde os dois saibam
de seus interesses e conceitos
professores instruídos para tirar
dúvidas
POLÍTICAS E ORGANIZAÇÃO
DA EDUCAÇÃO
patrulha escolar na entrada e
saída dos alunos
cursos pedagógicos gratuitos
para os professores darem
melhores aulas
curso Paraná Digital para os
professores
convênio com empresas
área de informática para os
alunos estagiarem
implantação de cursinho para
prestar vestibular
estrutura para deficientes físicos
melhorando o salário dos
professores e cursos para
qualificá-los
o colégio deveria estar sempre
aberto aos alunos, de
preferência sendo integral
abertura das escolas no fim de
semana com cursos
profissionalizantes e maior
integração com a comunidade
Melhorar a infra-estrutura da
escola com laboratório,
professores e especialistas mais
qualificados
na parte esportiva também com
quadras de esportes, com mais
eventos esportivos
melhora dos acompanhamento
pedagógico e psicológico na
escola
89
melhorias nos laboratórios
xerox gratuito para alunos
cursos à tarde
mais recursos para pesquisa,
além da biblioteca
melhoramentos nas salas de
aula
interação dos alunos na política
da escola
mais torneios esportivos
funcionamento dos laboratórios
xerox mais barato
educação física e artes
mais materiais esportivos
deveriam ser materias
reforma das salas
alternativas não obrigatórias
cursos gratuitos
o laboratório de química deve
diminuir o número de alunos em
ser usado
salas
controle da turma pelos
colocar cursos
professores
profissionalizantes de manhã e
mapeamento cumprido por
à tarde
todos os professores ou não
eventos recreativos
existir
que os alunos possam utilizar as ventilador no teto
organização na cantina
televisões do governo para
comercial
apresentação de trabalhos
diversos tipos de música no
respeitar os 10 minutos de
intervalo
tolerância
criar um calendário de passeios reforma banheiros
sala de informática
em museus, parques,
mais funcionários para melhor
exposições para que o
limpeza do ambiente
desempenho escolar melhorar,
áreas cobertas para passagem
com isso aprimorando o ensino
em dia chuvoso
abrir o laboratório, sala de
área para fumante
informática
mais segurança na entrada e
material didático de cada
saída do colégio
matéria
mais eventos para arrecadação
debates para estimular os
alunos a usar o raciocínio e tirar de dinheiro para o colégio
manter o profissional desde o
suas próprias conclusões
a escola deve ser mais atrativa, começo até o fim do ano letivo
turma e não apenas teoria
valorizar todos os esportes
projetos culturais relacionados a
cultura do nosso país, que
poucos conhecem
mais respeito dos professores e
alunos
respeito dos alunos com os
professores e vice-versa
mais explicação, menos cópia
ter professores substitutos no
caso de falta de professor
controle na agressão dos alunos
para com o professor e viceversa: verbais e física
os professores não poderiam
dar trabalho para quem está
quase reprovado
parar as mudanças de
professores
profissionais qualificados para
alunos portadores de
deficiência.
melhorar a infra-estrutura
segurança: patrulha escolar
deveria ter maior frequência na
escola
acesso a cadeirantes
mais cursos profissionalizantes
contratação de professores mais
capacitados
melhoria na estrutura do colégio
mais investimentos em
laboratórios de química,
biologia, informática
mais cursos técnicos
90
com aulas mais dinâmicas, de
campo, em laboratório, mais
aulas práticas para fixar o
conhecimento
concientização dos alunos para
cuidar daquilo que é seu
mais palestras e teatros.
ajudar os alunos em relação ao
vestibular
atividades culturais
punições severas
aulões de revisão
simulados para o ensino médio
e 8ªs séries
feiras de profissão e de
conhecimentos
difusão de línguas estrangeiras
cursos de redação
aulas de filosofia e sociologia
desde o 1º ano
participação da comunidade e
do corpo de professores
melhora na disciplina
língua estrangeira na grade
escolar e em todos as séries ter
inglês e espanhol
professores qualificados
aulas práticas no laboratório ou
no ambiente externo
conscientização dos alunos no
que se refere a limpeza na
escola
aulas mais interativas
menor distância entre professor
e aluno
melhor relacionamento entre
professor e aluno e se for o
caso intervenção da equipe
pedagógica, a qual resolverá o
profissionais atualizados
alunos com notas altas ter uma
ajuda de custo
criar um programa esportivo,
conforme o desempenho do
aluno o seu nível e apoio fica
cada vez mais elevado
fazer uma rádio com o acesso a
alunos para que seja dirigido a
eles comunicados, deveres e
premiações
criar uma videoteca com DVD's
de temas de educação para uma
melhor desenvoltura escolar
não deveria ser cobrado xerox,
já pagamos impostos o
suficiente e a escola também
por mais pouco que ganhe, mas
ganha do governo, já temos
obrigação de comprar uniforme
que também não é barato
curso de informática intensivo,
para quem não tem condições
de pagar um curso e hoje isso é
primordial
estágio na própria escola
cursos profissionalizantes
começando desde o primeiro
ano para que assim que
terminando o ensino médio o
aluno já saia com uma profissão
incentivo para o aluno
acesso livre a Internet
melhorar as bibliotecas
cursos profissionalizantes de
qualidade
alimentação
aumentar uma aula em todas as
escolas públicas
91
problema
melhoria na educação e cuidado
com o patrimônio
abertura de espaço para
questionar suas dificuldades
saber ouvir antes de criticar
professores mais habilitados
uso do laboratório
preservação do patrimônio
maior opção de esporte: tênis,
freesby, etc.
aulas mais interativas.
promover eventos esportivos
promover feira de conhecimento
melhorar a qualificação
profissional
mais empenho dos professores
computadores livres para aula
vaga
aulas melhores e mais
dinâmicas
livros mais caprichados e
dinâmicos
melhor preparação dos
professores
grupo de apoio para alunos com
dificuldades
atividades extra-curriculares
melhor investimento nos alunos
aumentar o apelo cultural da
escola
maior valorização do grêmio
preparação para o vestibular
melhorar o material esportivo
mais zeladores
melhorar questões como
estrutura, ensino, material,
computadores atualizados, etc
mais segurança e uma rádio
para melhor comunicação
melhora na qualidade de
merenda escolar
enfermaria
ao invés do sinal: música
mais investimento na área de
informática
mais vagas e melhor preparação
para o vestibular
mais investimento em esportes
salas especiais: biologia e
química (laboratório)
investimento na biblioteca:
livros atualizados e livros de
vestibular
investimento nas merendas,
alimentação que seja regular e
mais correta
mais centros de educação
preparação para o vestibular
as aulas de línguas estrangeiras
deviam ter professores com pelo
menos 6 meses de intercâmbio
e testes anuais
melhora na qualificação dos
profissionais da educação
intercâmbio de feiras do
conhecimento a nível de estado
centro de educação, esporte e
lazer.
A cantina deveria ser maior
pintar os lugares pichados
as carteiras deveriam ser limpas
92
o banheiro podia ser melhor
cursinhos no colégio além do
curso de línguas
armários para guardar o
material
arrecadação externa (por meio
de festivais)
times representantes das
escolas
melhorias nos investimentos aos
alunos
ter menos alunos na escola
alunos fora de idade deveriam
ser submetidos a uma prova ou
fossem obrigados a fazer
supletivo
quarto bimestre normal
maior envolvimento da escola
com profissionais do mercado
de trabalho
falta de uma enfermaria.
cursos de preparação para o
vestibular dentro do colégio
93
ÁRVORE DOS PROBLEMAS – ALUNOS – TARDE
Barulho nos
pavilhões e
corredores
Desorganização
na entrada do
colégio
Brigas entre os
alunos
Banheiros
pichados
Pintura velha
Falta de cortinas
nas salas
Banheiros sem papel
higiênico, torneiras
que não funcionam e
espelho estragado
Carteiras e mesas
estragadas e
pichadas
FALTAS DE
PROFESSORES
ÀS AULAS
Muitas aulas vagas
Disciplinas sem
professores
NÃO HÁ
SEGURANÇA NA
ENTRADA E NA
SAÍDA DA ESCOLA
A Patrulha Escolar
não faz o
policiamento
ALUNOS QUE
ATRAPALHAM
AS AULAS
PICHAÇÕES NO
COLÉGIO E NAS
SALAS DE AULA
Falta de outra
quadra de
esportes
Portão sem
visibilidade
94
ÁRVORE DAS SOLUÇÕES – ALUNOS – TARDE
ALUNOS
INTERESSADOS
NAS AULAS
Silêncio nos
pavilhões e
corredores
Organização na
entrada do
colégio
Brigas entre os
alunos
NÃO HÁ
PICHAÇÕES NO
COLÉGIO E NAS
SALAS DE AULA
Os banheiros são
limpos e
organizados
Pintura nova das
paredes
Nas salas há
cortinas
Nos banheiros tem
papel higiênico, as
torneiras funcionam
e o espelho é novo
Carteiras e mesas
em boas condições
de uso
OS
PROFESSORES
NÃO FALTAM ÀS
AULAS
Não há aulas
vagas
EXISTE
SEGURANÇA NA
ENTRADA E NA
SAÍDA DA ESCOLA
A Patrulha Escolar
faz policiamento
Há quadra de
esportes adequada
Portão com
visibilidade
95
SUGESTÕES DOS ALUNOS DA TARDE
O QUE PODERÁ SER FEITO?
5ª e 6ª SÉRIES
Aulas extra-curriculares
mais lata de lixo
mais professores substitutos
sala de computação para pesquisas
escolares
armários escolares
excursões, passeios
ensino fundamental no turno matutino
vale transporte
Transporte escolar gratuito e seguro
melhorias na escola
proteção aos alunos dentro da escola
ter um lanche gostoso
diminuir o número de alunos em cada sala
mais quadras esportivas (cobertas)
mais professores.
Não jogar lixo nas escolas
não fumar
não fazer vandalismo nas escolas
melhorias nas quadras
educação ecológica
mais segurança nas escolas
não riscar as carteiras
orelhões
banheiros
cuidar do material didático
diminuir a violência
ter atendimento médico nas escolas
terminar as obras na escola
construir rampas para deficiente
ter uma boa alimentação escolar
ter mais colégios para deficiente
punições mais eficientes
7ª e 8ª SÉRIES
Ter mais curso de qualificação para os
professores
palestras sobre educação e respeito
aulas de informática
cadeiras e carteiras de qualidade (com face
de plástica)
pintura no colégio com tinta anti-pixação
mais incentivo para os alunos como:
brincadeiras,educativas, mesa redonda,
aulas práticas e passeios.
Armários individuais, salas ambientais
melhorar e diversificar a merenda
atividades extra-classes
cada sala ser preparada com materiais
audiovisuais.
Fazer as aulas ficarem mais interessantes
fazer mais atividades no ano (festas,
gincanas, grêmio estudantil, passeios, etc.)
bebedouro
cadeiras e carteiras novas
pintar as salas
reformar as quadras
colocar redes para proteção atrás das
tabelas de basquete
aumentar as aulas de educação física
armário particular
cercar a quadra da escola
laboratório de química
acesso ao laboratório de informática
roupas adequadas para as aulas de
educação física
latas de lixo
opção de alimentos
ENSINO MÉDIO
Melhorar a estrutura da escola
professores competentes, com experiência,
bem formados e com proximidade aos
alunos
professores com mais prática ao dar aula
usando benefícios tecnológicos
mais vagas nas escola
mais verba escolar para comprar mais
materiais para a escola
festivais que envolvessem os alunos à
cultura brasileira
mais segurança colocando a patrulha
escolar para não haver brigas
diretores mais dedicados e objetivos,
desempenhando sua profissão com
sabedoria, “pulso firme”
projetos escolares como: peças teatrais,
com objetivo de ajudar os alunos
pessoalmente.
reforma nas quadras
aumento do laboratório de biologia, química
e informática
fim do preconceito: retirar as cotas
melhoria na estrutura física da escola
melhoria na merenda escolar
maior variedade de produtos consumíveis
na cantina de vendas
intercâmbio entre escolas
organizações esportivas intercolegiais
oficinas de artes e mais propostas
esportivas
melhoria na área de informática
mais segurança
96
guarda orientando na entrada da escola.
Mais policiamento nas escolas
quadras de esporte melhores
lanches saudáveis, bons e de graça.
mais computadores
menos alunos nas salas
ensino mais forte
canchas cobertas
Mais segurança nas saídas e entradas do
colégio menos consumo de cigarro e álcool
às escondidas na escola
fazer um laboratório de matemática
conservação do patrimônio público na
escola (sem pixação de carteiras)
pinturas novas na sala de aula
alguém responsável pela rede de
computadores que fique no colégio, que dê
orientações para os alunos, professores e
funcionários
armário para os alunos guardarem os livros
mais respeito com funcionários e
professores
lanches melhores e mais barato
reforma na sala de artes
ter mais lazer no colégio
menos tumulto nos corredores quando bate
o sinal.
Melhorar o espaço físico da escola
colocar armários para os alunos nos
corredores do colégio.
Mais segurança na escola
reforma nos banheiros
regras mais rígidas para quem pichar e
brigar na escola
lanche melhor na cantina.
academia
sala de teatro
opção de cor para a escola
assistência médica
rádio Zardo
sinal personalizado
vestiário
rampas
melhorias no aprendizado de inglês
Manter a escola limpa
não sujar banheiros e não pixar
biblioteca organizada
ajudar os professores
desligar as luzes e ventilador ao sair da sala
uso do uniforme escolar
carteirinha todos os dias
falar menos na sala de aula
melhorar carteiras e cadeiras
mais uma quadra de esporte e melhorar a
que existe
uso e melhora do laboratório de química
aula com retroprojetor
aula em tempo integral: 4 horas na sala e 4
horas atividades esportivas
cursos profissionalizantes
ensino fundamental de manhã
troca das cortinas
trocar vidros das janelas
mais de um ventilador na sala
arrumar o quadro
passeios
melhoria nos banheiros
bebedouro
horário livre na informática
respeitar professores e funcionário
respeitar uns aos outros
fila na cantina
ajudar a pintar a escola
ter mais uma cancha de futebol
preparar melhor os alunos pra o vestibular
livros didáticos novos
mais infra-estrutura nos colégios
mais equipamentos e funcionários
separação do ensino médio e fundamental
reforma nas quadras (quadra sintética)
mais atividades extra-curriculares
aulas práticas: biologia, química e física
visita a lugares culturais
aumento de eventos para benefícios
financeiros do colégio
formação de grupos de estudo para
benefício de alunos com dificuldades
aproveitamento do espaço da escola
maior variedade de produtos alimentícios
naturais na cantina de vendas
sala ambiente
melhoria das quadras de esporte e
construção de banheiros.
Inclusão dos pais na escola, fazendo com
que eles incentivem seus filhos a
estudarem mais em casa, tendo horário
para se dedicarem ao estudo
melhorar a estrutura física e pedagógica
mais computadores com acesso a Internet
não depredar patrimônio público, como não
destruir as carteiras e o resto do colégio
direitos iguais a todos, sem exclusão social
97
parar de roubar os materiais
aplicação nos estudos
conservar o colégio
parar de pichar carteiras e paredes
ficar quieto na hora das explicações
não jogar lixo no chão
modificar as janelas.
Armário para por os livros
conservar o colégio
melhorar o ensino
fazer pesquisa
variações contínuas na merenda
liberar meninas para jogar.
98
ÁRVORE DOS PROBLEMAS – ALUNOS – NOITE
FALTA DE PROJETO DE
CONSCIENTIZAÇÃO
DOS ALUNOS PARA
PRESERVAÇÃO DO BEM
PÚBLICO
AULAS VAGAS
ESTRURA INADEQUADA
PARA OS DIAS DE
CHUVA (NÃO HÁ
ESCOAMENTO DA
ÁGUA)
Falta de rigidez
para resolver o
mau
comportamento
Desmotivação dos
alunos e falta de
incentivo
Usuários de drogas
dentro da escola
(especialmente nos
intervalos)
Desmotivação dos
professores
Professores poucos
instruídos (não
sabem dar aula)
Mudanças
frequentes nos
horários
Portão horrível
Não há material
para as aulas de
Educação Física
Falta de recursos
Paredes, cortinas
e portas
destruídas
Falta de
estacionamento
para os alunos
Mobiliário da sala
de aula
inadequado e
velho
Não há luz de
emergência
Falta de papel
higiênico, sabonete
e papel toalha nos
banheiros
Burocracia para
liberação de verbas
pelo governo
Falta de cursos
técnicos
Não há rampas para
aluno deficiente
físico (cadeirante)
Não há
acessibilidades para
deficientes visuais
Problemas nos
cursos técnicos
porque não há
estágios
Os alunos não são
informados sobre as
decisões tomadas em
relação ao colégio
99
ÁRVORE DAS SOLUÇÕES – ALUNOS - NOITE
PROJETOS DE
CONSCIENTIZAÇÃO
DOS ALUNOS PARA
PRESERVAÇÃO DO
BEM PÚBLICO
Maior esclarecimento
quando há mau
comportamento
(regras claras)
Alunos motivados
e incentivados
Alunos não usam
drogas dentro da
escola
NÃO HÁ AULAS
VAGAS
Professores
motivados
Professores que
planejam as aulas
e sabem trabalhar
Horário único para
todo o ano
TEM MAIOR
ESTRUTURA PARA
HAVER
ESCOAMENTO
ADEQUADO
Portão bonito
Há material
adequado para as
aulas de Ed. Física
Há mais recursos
para a escola
Paredes, cortinas
e portas novas
Há
estacionamento
para os alunos
Mobiliário da sala
de aula adequado
e reformado
Há luz de
emergência e mais
iluminação
Há papel higiênico,
sabonete e papel
toalha nos banheiros
Facilidades para
liberação de verbas
pelo governo
Existem outros
cursos técnicos
Há rampas para
aluno deficiente
físico (cadeirante)
Há acessibilidades
para deficientes
visuais
Há mais oportunidades
para os alunos dos
cursos técnicos
aprofundarem as suas
funções nos estágios
Dar mais informações
aos alunos obre as
decisões tomadas em
relação ao colégio
100
SUGESTÕES DOS ALUNOS DA NOITE
O QUE PODERÁ SER FEITO?
ENSINO MÉDIO
- Aulas diferentes e produtivas
- Ter mais aulas ao ar livre
- Baixar o preço do lanche
- Ter Rádio escola e Grêmio
estudantil
Mais lixeiras de reciclagem
- Abris a escola aos finais de
semana com projetos
- Colocar extintores de incêndio
nos corredores
- Melhorar o banheiro feminino
que é muito sujo, as postas não
fecham direito e os espelhos
estão pixados
- Organizar a segurança dentro
da escola porque tem muito
uso de drogas
- Bebedouro para os alunos
- Existência de Ginásio
Poliesportivo
- Consertar as torneiras e as
descargas
- Ter professores mais
capacitados e motivados
- Oferecer mais palestras aos
alunos
INFORMÁTICA
- Acesso em todas as áreas com
rampas e banheiros para
pessoas deficientes ou qualquer
dificuldade motora
- Patrulhamento escolar mais
presente
- Carteirinhas eletrônicas
- Laboratórios mais completos
- Substituição das carteiras
- Ensino verdadeiro de Língua
Estrangeira
- Mais segurança na escola
- Melhorar a estrutura dos
banheiros (papel higiênicos e
sabonete)
- Professor tem que ser mais
rígido, tem que se impor mais
perante o aluno
SECRETARIADO
- O banheiro precisa ter papel
higiênico, sabonete e papel
toalha
- Deve ter mais computadores
no Laboratório
Mais participação da Patrulha
Escolar na escola
- Mais segurança no colégio
- Ação maior das pedagogas
- Os professores devem aplicar
aulas mais dinâmicas para os
alunos terem prazer em assistir
as aulas
- Mais comunicação entre alunos
e direção
- Instalar 05 computadores com
Internet na biblioteca com
monitoramento
- Necessidade imediata de
reforma dos banheiros
- Aula com mais qualificação
- Aulas mais rígidas
- Sala de emergência com
primeiros socorros
MEIO AMBIENTE
- Incentivo aos esporte –
campeonatos de Skate, Futebol
e Ping pong
- Organização na venda do
lanche na cantina e tenha mais
variedade
- Reforma dos banheiros,
instalando bebedouros
- Melhorar a estrutura das salas
de aula
- Melhorar a cobertura da
quadra porque nos dias de
chuva não dá para utilizá-la
- Deixar mais rígido os critérios
de Conselho de Classe, de
aprovação e de reprovação
- Mais palestras para nosso
curso
- Grêmio estudantil por turno
- Promover Feira de Ciências e
de Conhecimento
- Atividades de campo para o
nosso curso
- Professor com mais objetivos
em suas aulas, para ter mais
qualidade no ensino
101
ÁRVORE DOS PROBLEMAS – PAIS
PROFESSOR QUE SÓ
CUMPRE OBRIGAÇÃO,
MAS NÃO ENSINA
ADEQUADAMENTE
Professor não tem
paciência para
explicar a matéria,
fazendo o aluno
Professor que “segue
seu jeito” de ensinar,
método que o aluno
não aprende
Transição da 4ª para
a 5ª série – muita
mudança para o
aluno aprender
Falta preparo para o
Vestibular –
professor tem
muitas dificuldades
EDUCAÇÃO DE
CASA MUITO
FRACA
Pais não educam
seus filhos e
querem que a
escola faça isso
FALTA
SEGURANÇA NA
ESCOLA
COMÉRCIO
DENTRO DA
ESCOLA
HÁ PROBLEMAS
NA ESTRUTURA
FÍSICA DA
ESCOLA
Falta de professor às
aulas – muitas aulas
vagas na escola
Existe pouco contato
dos pais com os
professores
Os pais não
participam dos
eventos da escola
Pais não conhecem a
escola, nem os professores
e muitas vezes nem seus
próprios filhos.
O ECA protege maus
alunos
Há muito medo
dos pais de que
algo aconteça ao
seu filho
Falta melhor
policiamento fora
da escola
Alunos usam
drogas dentro da
escola
Tem problemas de alunos
que usam drogas, fumam
e bebem bebidas
alcoólicas no horário da
aula
Distribuição de
panfletos e
propagandas aos
alunos
Venda de livros
aos alunos
Carteiras e
cadeiras muito
velhas
Portas e banheiros
com problemas
Banheiro feminino
sem papel
higiênico
Laboratórios que
não são usados
pelos professores
Falta de professor às
aulas – muitas aulas
vagas na escola
102
ÁRVORE DAS SOLUÇÕES – PAIS
PROFESSOR QUE
CUMPRE A OBRIGAÇÃO
E ENSINA
ADEQUADAMENTE
Professor tem
paciência para explicar
a matéria, fazendo o
aluno aprender
Professor que segue
o jeito de ensinar da
escola e usa método
que o aluno aprende
Transição da 4ª para
a 5ª série menos
problemática
O professor prepara
para o Vestibular
sem apresentar
tanta dificuldade
Pais educam seus
filhos e exigem
matérias mais
fortes da escola
HÁ MAIS
SEGURANÇA NA
ESCOLA
O professor não falta
às aulas e não há
tanta aula vaga na
escola
Existe maior contato
dos pais com os
professores
Os pais participam
dos eventos da
escola
Pais conhecem a
escola, os
professores e os
próprios filhos.
O ECA deve ser
usado para garantir
o direito do aluno de
aprender
Os pais não têm
medo que algo
aconteça ao seu
filho
Há melhor
policiamento fora
da escola
Alunos não usam
drogas dentro da
escola
Não há problemas de
alunos que usam drogas,
fumam e bebem bebidas
alcoólicas no horário da
aula
NÃO HÁ
COMÉRCIO
DENTRO DA
ESCOLA
Não há distribuição
de panfletos e
propagandas aos
alunos
Não há venda de
livros aos alunos
OS PROBLEMAS NA
ESTRUTURA FÍSICA
DA ESCOLA SÃO
RESOLVIDOS
Carteiras e
cadeiras novas ou
reformadas
Portas e banheiros
sem problemas
Banheiro feminino
com papel
higiênico
Laboratórios sã
usados pelos
professores
EDUCAÇÃO DE
CASA MAIS
FORTE
103
2.8. NECESSIDADES
“A dimensão política se cumpre na medida em que ela se realiza enquanto
prática especificamente pedagógica.”
(Saviani, 1982)
A partir de todas as reflexões que foram surgindo nos encontros e discussões de professores, funcionários, pais e alunos
estabeleceram-se seis Necessidades a serem encaradas como desafios no Plano Geral de Ações do PPP. Tais Necessidades serão
detalhadas na Programação.
1. Aprendizagem significativa
2. Relações interpessoais positivas e Comprometimento do aluno
3. Participação efetiva da família
4. Ensino ativo, reflexivo e dinâmico e Metodologias inovadoras e criativas
5. Gestão democrática – Estrutura adequada, Fluxo da informação e Formação docente
6. Adequação da prática educacional ao Projeto Político-Pedagógico
104
III – PROGRAMAÇÃO
A mudança na educaç
ção depende do que
os professores fazem daquilo que
pensam dessa mudança - isso é, ao
mesmo tempo, muito simples e muito
complexo.
(Fullan, 1982)
A Programação das ações do Colégio Zardo foi organizada tendo como parâmetro as Necessidades estabelecidas a partir do Marco
Referencial e do Diagnóstico. É o detalhamento e o desdobramento de cada um dos objetivos estratégicos e de cada uma das metas
que foram se delineando no desenvolvimento desse documento. É interessante notar que as Necessidades estipuladas pelos
professores, assemelham-se muito àquelas definidas pelos Alunos, pais e Agentes Educacionais.
Aqui, ficam explícitas as opções de cada um dos componentes do Colégio Zardo. São ações para serem concretizadas a curto,
médio e longo prazo. Há ações pontuais e únicas, que vão se concretizando por fazerem parte da rotina diária e já existem, de algum
modo, na escola. No entanto, há também ações que serão implantadas e implementadas paulatinamente, a medida que se tornam
necessárias, tendo como princípio a avaliação de cada momento.
Sendo assim, o PPP se torna realmente o documento vivo que expressa anseios, desejos, sonhos e a crença numa educação
melhor e, por seguinte, uma sociedade melhor.
105
3.1. DETALHAMENTO DAS NECESSIDADES E ELABORAÇÃO DE PLANOS DE AÇÃO
NECESSIDADES
POLÍTICAS ESTRATÉGICAS
AÇÕES CONCRETAS
REGRAS
(Desafios)
(Linhas de Ação)
(Atividades Permanentes)
(Determinações e
Rotinas)
3.1.1. Aprendizagem
Significativa
Que a aprendizagem ocorra com a
construção do conhecimento pelo
aluno, incluindo as ações no
cotidiano da escola, dentro de um
contexto histórico, cultural e
social, levando em consideração os
conteúdos primordiais definidos na
Proposta Pedagógica Curricular.
Oportunizar, na sala de aula,
momentos de discussão e troca
de informações para a
construção efetiva do
conhecimento;
Realizar atividades que levem o
aluno a desenvolver uma
consciência crítica e uma visão
realista do mundo e dos fatos;
Encaminhamento, pelo
professor, à Equipe
Pedagógica, dos
problemas de
aprendizagem detectados
em sala de aula.
Elaboração de fichas de
acompanhamento dos
Respeitando a individualidade e o ritmo
alunos que apresentarem
de cada aluno;
dificuldades e/ou
Conhecer a realidade social,
problemas de
econômica e cultural dos alunos,
Percebendo atitudes críticoaprendizagem.
transformadoras no meio em que vive; a fim de identificar
potencialidades e limitações;
Registro e arquivo de
Priorizando a efetivação de
ações desenvolvidas que
Desenvolver atividades que
conhecimentos que colaborem para a
colaborarem para melhoria
levem à reflexão e à ação,
inserção social, formação de cidadãos
de desempenho, de
possibilitando a co-existência da
conscientes e pessoas capazes de
rendimento e de mudança
teoria e da prática, da análise e
transformar, a partir de decisões
de comportamento.
da síntese, do pensar e do fazer;
pessoais e coletivas;
Contato com profissionais
Viabilizar a melhoria e ampliação
Avaliando o desempenho e o
de outras áreas e espaços
rendimento dos alunos em sala de aula, dos materiais pedagógicos e
especializados em
acesso aos espaços para efetivar
nos momentos formais de
problemas, transtornos e
aprendizagem, nas atividades extrauma aprendizagem significativa.
déficit de aprendizagem.
classe e nas ações complementares
Implementar práticas e ações
(gincanas, festivais, mostras,
que possibilitem ao aluno ter
exposições, passeios, etc);
visão mais ampla da sociedade e
Discutindo nosso modelo e nossos
do futuro e desenvolvam
instrumentos de Avaliação e de
perspectivas de melhoria nas
Recuperação.
condições de vida..
106
Revendo práticas e discutindo
posicionamentos incoerentes com as
necessidades expostas no Plano de
Trabalho Docente.
Aprofundar, através de grupos
de estudo do corpo docente, a
compreensão sobre
aprendizagem significativa,
educação inclusiva e
Aprofundando estudos sobre
recuperação d estudos para
aprendizagem e como o aluno aprende.
entendê-los como questões
Levando em consideração os
pedagógicas, políticas,
conhecimentos prévios dos alunos (ou
estratégicas e éticas.
mesmo a falta destes).
NECESSIDADES
POLÍTICAS ESTRATÉGICAS
AÇÕES CONCRETAS
REGRAS
(Desafios)
(Linhas de Ação)
(Atividades Permanentes)
(Determinações e
Rotinas)
3.1.2. Relações
Interpessoais positivas e
Comprometimento do
aluno
Que os alunos convivam num
ambiente adequado para seu pleno
desenvolvimento e consistente
formação intelectual, educacional,
cultural e social, comprometendose com sua aprendizagem e com o
cumprimento geral das normas.
Realizar, em períodos previstos
no calendário anual, feiras,
gincanas, festivais, passeios,
mostras e exposições de
trabalhos entre alunos e também
para a comunidade;
Interagindo em todos os momentos da
aprendizagem com professores, outros
alunos e funcionários, visando promover
a socialização, as atitudes coletivas e os
laços de solidariedade e respeito;
Conhecendo e cobrando seus direitos,
bem como cumprindo seus deveres e
obrigações;
Participando ativamente das propostas
educativas e culturais promovidas pela
escola, bem como sendo respeitado em
sua condição de pessoa em
Intensificar as ações organizadas
pelo Grêmio Estudantil, a fim de
valorizar de maneira efetiva as
iniciativas culturais, esportivas e
educacionais dos alunos;
Estabelecer, junto a alunos e
pais, regras claras de
comportamento e convívio,
visando a melhoria no ambiente
escolar e no desempenho dos
alunos;
Incentivo a participação
dos alunos em projetos,
programas e ações
externas à escola que
colaborem para sua
formação humana nos
períodos de contra-turno.
Organização de Calendário
Anual de Atividades a ser
desenvolvido pelo Grêmio
Estudantil.
Justificativas de faltas e
atrasos de alunos
mediante Atestado
Médico, Declaração ou
Documento assinado pela
Família.
Controlar, com apoio da Família, Solicitação de avaliações e
do Conselho Tutelar e da
trabalhos atrasados à
107
desenvolvimento;
Desenvolvendo hábitos de estudo nos
espaços escolares e em casa,
aproveitando materiais e possibilidades
para aprender e melhorar seu
desempenho e rendimento.
Demonstrando, através de atitudes,
procedimentos e posicionamentos, o
conhecimento construído e as
aprendizagens realizadas.
Promotoria Pública, os casos
mais sérios de indisciplina, mau
comportamento e atos
infracionais dentro da escola.
Priorizar ações para melhoria de
desempenho e rendimento,
levando em consideração os
valores universais, a cultura da
paz e a cidadania;
Acompanhar junto às famílias os
motivos de atrasos e faltas às
Reduzindo, na medida do possível e
aulas, evitando que tenham
dentro da Legislação vigente, o número
prejuízo em seu desempenho e
de alunos por turma, visto que em salas
rendimento escolar.
superlotadas torna-se inviável um
trabalho docente de qualidade;
Construir, de forma dinâmica e
participativa, as normas
disciplinares para que os alunos
sejam conscientes de seus
limites compreendendo que as
regras são instrumentos de
organização da vida.
Equipe Pedagógica
quando a falta for
justificada.
Participação em atividades
externas à escola que
promovam a formação e
consciência crítica de fatos
e situações, gerando
vivências enriquecedoras.
Execução de projetos de
pesquisa com
envolvimento dos alunos.
Cumprimento das medidas
previstas no Regimento
Escolar quando houver
comportamento anti-social
e/ou desviante pelo aluno.
Acompanhamento dos
alunos indisciplinados e
displicentes, juntamente
com as suas famílias.
Presença do Conselho
Tutelar e da Patrulha
Escolar nos diversos
momentos da escola.
108
NECESSIDADES
POLÍTICAS ESTRATÉGICAS
AÇÕES CONCRETAS
REGRAS
(Desafios)
(Linhas de Ação)
(Atividades Permanentes)
(Determinações e
Rotinas)
Que a escola promova ações que
estimulem a participação das
famílias visando sua integração na
comunidade escolar para que a
escola cumpra sua função social de
modo abrangente e participativa.
Promover a participação dos pais
na elaboração e execução dos
projetos da escola através de
momentos esportivos, artísticoculturais, tecnológicos e de
enriquecimento curricular, para
estimular a participação e a
cooperação de toda a
comunidade escolar.
Tomada de ciência, por
toda a família, no ato da
matrícula, da Proposta
Pedagógica da escola, sua
programação anual,
assumindo o seu
compromisso de participar
das atividades para pais.
3.1.3. Participação da
Família na Escola
Consolidando a participação dos pais
nos eventos escolares;
Promovendo encontros de formação,
palestras, oficinas e cursos com os pais,
sobre educação, destacando questões
como relacionamento entre pais e
filhos;
Potencializar, cada vez mais, o
uso dos ambientes do Colégio
para criar o clima propício ao
desenvolvimento de vivências
personalizadas e cooperativas.
Elaboração e divulgação
entre os pais de Manual
Ilustrado com as normas e
regras da escola.
Promoção de encontros e
reuniões de pais e
Envolvendo os pais, de maneira efetiva,
professores a fim de
Dinamizar as reuniões com os
na vida escolar de seus filhos,
pais através de temáticas
discutir questões a
colaborando para que os pais
relacionadas ao cotidiano escolar respeito do rendimento e
compreendam a importância de seu
e também educação em geral.
desempenho dos alunos.
apoio e acompanhamento.
Incentivar a criação de Grupo de Comunicação de dispensa
Pais a fim de implementar a
de aulas (recessos e
Patrulha de Pais para auxiliar na feriados), reposição,
resolução de problemas do
passeios e outros eventos
cotidiano da escola.
por meio de registros
escritos na Agenda
Manter e aperfeiçoar o canal de
Estudantil.
informação e comunicação
Solicitação da saídas
escola / família através de
antecipadas do aluno por
comunicados escritos.
meio de comunicado escrito.
109
NECESSIDADES
POLÍTICAS ESTRATÉGICAS
AÇÕES CONCRETAS
REGRAS
(Desafios)
(Linhas de Ação)
(Atividades Permanentes)
(Determinações e
Rotinas)
Que o ensino seja ativo, dinâmico e
motivador, promovendo a
participação, a interação, o
envolvimento, o interesse, a
criticidade, a criatividade e o
desenvolvimento bio-psico-social
do aluno, bem como a adoção, pelo
professor, de metodologias
inovadoras, coerentes e criativas.
Realizar encontros, por
disciplina, para planejamentos e
troca de experiências;
3.1.4. Ensino ativo,
reflexivo e dinâmico e
Metodologias
inovadoras e criativas
Organizando atividades e projetos que
levem em consideração as
características peculiares dos alunos e
das turmas, levando também em
consideração as opiniões e sugestões
dos alunos;
Buscando o compromisso do aluno
utilizando elementos da sua realidade,
bem como despertando o seu interesse
com práticas criativas e inovadoras;
Preparando e diversificando as técnicas
de ensino, evitando que todas as aulas
sejam monótonas, repetitivas e
cansativas;
Buscando formação para atendimento
de alunos com necessidades especiais;
Planejamento semestral,
por área e disciplina, das
ações, atividades e
propostas a serem
Promover encontros pedagógicos
desenvolvidas em cada
a fim de discutir questões de
bimestre;
sala de aula e do próprio PPP e a
permanente busca de adequação Registros, em livro
dos conteúdos às expectativas e próprio, das ações
desenvolvidas nos
aos interesses também dos
momentos de horaalunos;
atividade;
Analisar, durante os momentos
de hora-atividade, a prática e os Realização de Conselho de
Classe para levantar os
resultados das ações docentes;
problemas e buscar as
Promover cursos de formação na
soluções, instituindo
área de atendimento de alunos
momentos de Pré e Póscom necessidades especiais e
conselho;
cobrar da autoridade
Realização de recuperação
competente a oferta de cursos
de estudos, de acordo
de formação nessa área;
com as necessidades dos
Solicitar, junto ao NRE e
alunos.
autoridades competentes a
Discussão das estratégias
inserção, no quadro de pessoal
e procedimentos de
da escola, profissional
recuperação de estudos a
qualificado para orientar o
fim de estabelecer novas
atendimento aos alunos
alternativas pedagógicas
portadores de necessidades
para esta questão.
especiais;
Fomentando a utilização de tecnologias
no cotidiano das aulas, especialmente a
inclusão digital através do uso do
Avaliar, permanente e
Laboratório de Informática;
continuamente, o desempenho e
rendimento do aluno, por meio
Desenvolvendo o espírito participativo
de instrumentos diversificados.
dos professores para que aconteça o
Organização de banco
digital com informações
referente a cada aluno,
incluindo a foto do
110
encontro de interesses coletivos.
Implementar ações para discutir
e buscar soluções para o
Desenvolvendo os conhecimentos
atendimento aos alunos
científicos por meio do uso do
indisciplinados e compreender
Laboratório de Ciências.
quais as formas mais adequadas
Elaborando Planos de Trabalho Docente para lidar com eficiência com
coerentes com a faixa etária, interesse esses alunos reais.
e aptidões dos alunos, sendo o mesmo
Classificar atividades de sucesso
expressão da realidade, não mero
para publicação no portal
documento a ser preenchido.
diaadiaeducacao, da SEED.
Mantendo contato com os seus pares
Participar de eventos relacionado
afim de trocar experiências e sugestões,
ao conteúdo das diferentes
implementando a aula e incentivando a
disciplinas: concursos, feiras,
comunicação.
FERA, Jogos colegiais,
exposições, etc.
Implementar as ações paralelas
como Viva Escola, Programa
Segundo Tempo, Sala de Apoio
à Aprendizagem, CELEM entre
outros.
mesmo.
Instituição de mini-cursos,
com encontros quinzenais
ou mensais, com o apoio
de profissionais das
Universidades para auxiliar
na discussão teórica de
temas do cotidiano.
Elaboração de um banco
de dados com ações de
sucesso em sala de aula e
das avaliações aplicadas
em cada bimestre.
Investir na publicação de
atividades no formato de
Folhas e OAC, no portal
diaadiaeducacao.
Análise bimestral dos
gráficos de desempenho
dos alunos em cada
disciplina e por turma.
111
NECESSIDADES
POLÍTICAS ESTRATÉGICAS
AÇÕES CONCRETAS
REGRAS
(Desafios)
(Linhas de Ação)
(Atividades Permanentes)
(Determinações e
Rotinas)
3.1.5. Gestão
democrática – Estrutura
adequada, Fluxo da
informação e Formação
docente
Promover a melhoria dos
espaços físicos, como melhorar a
quadra esportiva (tornando-a
um mini ginásio), expansão do
acervo bibliográfico,
implementação dos Laboratórios
Buscando formação contínua na sua
de Informática e melhoria e
área de atuação, bem como nas
utilização frequente do
múltiplas questões que envolvem a sala
Laboratório de Ciências, da
de aula, por meio da participação em
iluminação e da mobília da sala
cursos, simpósios, seminários,
de aula.
palestras, etc;
Reduzir o número de alunos por
Assumindo de maneira consciente e
sala de aula, respeitando a
profissional as responsabilidades de sua
Legislação vigente, para que o
função, bem como se comprometendo
trabalho desenvolvido obtenha a
com os resultados de suas ações;
qualidade desejada.
Articulando, de modo crítico, ações para
Oportunizar o acesso aos meios
melhoria das condições de trabalho,
tecnológicos para facilitar a
como também a legitimidade da
organização de suas aulas.
dignidade pessoal e profissional.
Estabelecer estratégias a fim de
Desenvolvendo seu trabalho sob os
reduzir ocorrências de
princípios da gestão democrática, bem
indisciplina pelos alunos, bem
como norteado pelos ideais de respeito,
como ações efetivas para
solidariedade e relação humana
melhorar os índices de
harmoniosa.
desempenho e rendimento.
Sendo informado, por múltiplos meios,
Firmar parcerias e convênios,
das decisões e das rotinas do Colégio,
por meio da APMF, com
como o mural, e-mail, recados, livro
empresas, órgãos públicos e
aviso, convocações, convites, etc.
privados, instituições e
Organizando a prática pedagógica tendo Universidades a fim de buscar
a certeza de ter os materiais mínimos.
recursos pedagógicos e
financeiros para melhoria nas
Solicitando, junto à Mantenedora, a
Que o professor receba suporte
físico e didático-pedagógico para
realizar com competência sua
função, de maneira adequada,
comprometida, criativa e crítica.
Implementação dos meios
de divulgação de ações da
escola, bem como
democratizar e
descentralizar as
informações.
Manutenção da limpeza e
organização de todos os
espaços escolas, como:
salas, laboratórios,
corredores, pátio, etc.
Disponibilização da Sala
de Recursos Audiovisuais,
Biblioteca e Sala de
Materiais DidáticoPedagógicos durante todo
o período de atividade dos
professores e Equipe
Pedagógica;
Acompanhamento
permanente das atividades
e atendimento das
solicitações dos
professores, pela Equipe
Pedagógica;
Participação em grupos de
estudos, jornadas
pedagógicas, grupos de
trabalho em rede,
reuniões técnicas,
conferências, congressos,
simpósios, seminários
112
reforma geral do Colégio, bem como a
reforma da sala dos professores.
ações a serem desenvolvidas e
nas instalações escolares.
Implantar, na Biblioteca da
Escola, a Hemeroteca, a fim de
ampliar o acervo bibliográfico e
organizar os materiais para
pesquisa e busca de informação.
entre outros que discutam
a educação e a prática
pedagógica.
Dispor de equipamentos de
informática (computador e
impressora de qualidade) para
uso pelos professores.
NECESSIDADES
POLÍTICAS ESTRATÉGICAS
AÇÕES CONCRETAS
REGRAS
(Desafios)
(Linhas de Ação)
(Atividades Permanentes)
(Determinações e
Rotinas)
3.1.6. Adequação da
prática educacional ao
Projeto PolíticoPedagógico
Dimensionar e melhor direcionar
as múltiplas atividades de
enriquecimento curricular para
que o processo educacional
possa ser representado pela
Propondo iniciativas fundamentadas em
dinâmica reflexão – ação –
nosso PPP;
avaliação;
Aperfeiçoando a coerência entre o real
Promover encontros ou reuniões
e ideal;
em que se possa estudar,
Avaliando continuamente o processo
discutir e propor novas
(metas, objetivos e propostas
alternativas para a
alcançados).
implementação do PPP.
Avaliação e revisão anual
do PPP.
Realizando projetos e ações externas às Analisar, discutir e elaborar a
escola desde que sejam coerentes com Proposta Pedagógica, por
nosso PPP.
disciplina, de acordo com os
Implementando, avaliando e cobrando princípios presentes no PPP e na
Proposta Pedagógica Curricular.
as proposições presentes no PPP.
Impressão e distribuição
dos textos presentes no
PPP para análise e
reflexão, bem como a
assimilação das idéias
principais.
Que o PPP seja referência em todas
as nossas atividades para que
assumamos com clareza nossa
identidade.
Anexar ao PPP a Proposta
Acesso permanente ao
PPP na Sala dos
Professores;
Leitura obrigatória do PPP
pelo professor que inicia
suas atividades docentes
na escola.
Divulgação de metas e
objetivos alcançados.
113
Pedagógica Curricular, o
Regimento Escolar e os Planos
de Trabalho Docente, compondo
os 4 documentos de maior
importância dentro da escola.
Formatar e definir as ações do
Grêmio Estudantil, de acordo
com as orientações e
proposições presentes no PPP.
Distribuir, de modo impresso, as
regras do cotidiano aos alunos e
professores.
Publicação via ON LINE
das regras e proposições
do PPP no site e blog da
escola.
114
3.2. CONCEITUAÇÃO BÁSICA DOS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS E PROPOSTAS DE AÇÕES
“O ser humano é, naturalmente, um ser da
intervenção no mundo à razão de que faz a
História. Nela, por isso mesmo, deve deixar
suas marcas de sujeito e não pegadas de objeto.
“
(Paulo Freire, 1997, p. 119)
Além das linhas gerais – Desafios, Linhas de Ação, Atividades Permanentes, Determinações e Rotinas – optamos por organizar
cada um dos elementos que constituíram a Árvore dos Problemas e das Soluções, que foi de onde constituímos as seis Necessidades do
Colégio Zardo.
Como foi uma etapa de fundamental importância, é justo descrever nossas intenções para cada questão pontual que apareceu, e
que se tornou global para ser superada num prazo de 3 anos. Cada problema que foi levantado tornou-se um objetivo estratégico
(aquilo que queremos ajustar no cotidiano). Agrupados, de acordo com a semelhança, tornaram-se seis Necessidades (aquilo que deve
ser aprofundado teoricamente para se tornar prática crítica).
Os quadros a seguir demonstram as descrições, sugestões, idéias e propostas para serem implementadas no dia-a-dia da escola.
Vale ressaltar que são proposições para serem atingidas em 3 anos. Novamente, em 2011, estaremos revendo, reorganizando e
avaliando cada item, para serem atualizados, modificados e transformados, de acordo com a realidade em que a escola se encontrar.
115
3.1. APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA
OBJETIVOS
ESTRATÉGICOS
CONCEITOS BÁSICOS
PROPOSTAS DE AÇÕES
(O que é?)
(Como deve ser?)
(O que queremos?)
3. 1.1. Reforço na
aprendizagem
É o diagnóstico do conhecimento
trazido pelo aluno que precisa ser
feito para realizar a ligação com o
conteúdo que será trabalhado.
Incentivar grupos de estudos entre os alunos: alunos que tem
maior facilidade, auxiliam aqueles que tem mais dificuldade e/ou
interesse em aprender.
Estabelecer vínculo com Universidades afim de trazer estagiários
para realizar aulas de reforço.
Manter e ampliar o atendimento dos alunos de 5ª série com
defasagem de conteúdo em Língua Portuguesa e Matemática
nas Salas de apoio à aprendizagem.
Encaminhar alunos com dificuldades em determinados
conteúdos para aulas particulares, de acordo com as
possibilidades da família.
3.1.2 Responsabilidade
coletiva de aluno e
professor
Ambiente saudável onde ocorre o
convívio e a interação do professor
com o aluno, no trabalho com o
conhecimento.
Seguir as regras estabelecidas, com ética e respeito.
Demonstrar empatia nas relações entre professores e com os
alunos.
Primar por relacionamentos sadios onde a educação seja
presente, bem como o respeito e amizade.
Cumprir os deveres legais e morais, bem como as obrigações
constantes no Regimento.
3.1.3 Domínio dos
conteúdos pelos alunos
Aquisição e pleno domínio dos
conhecimentos trabalhados em sala
de aula e superação do conhecimento
de senso comum.
Participar ativamente das aulas, demonstrando interesse.
Abordar o conteúdo de forma que incentive e desperte o
interesse no aluno
Aprofundar o conhecimento por meio da investigação e da
pesquisa
3.1.4 Resgate do nível de O professor necessita, no âmbito de
sua ação pedagógica, dominar,
Retomar o nível de conhecimento através de leituras, atividades
116
conhecimento
3.1.5 Futuro certo
conhecer e utilizar o conteúdo que
será trabalhado, bem como conhecer
técnicas de ensino e metodologias
adequadas, para que o nível de
conhecimento seja paulatinamente
melhorado
e cobranças de postura mais séria em relação à escola.
Definição clara das intenções e da
função social da escola entre os
professores, para assim, esclarecer
para os pais e para os alunos
Esclarecer, por meio de estudos, o porquê de estar na escola e
quais são os objetivos do estudo.
Ampliar a procura pela informação através de revistas, jornais,
artigos, Internet, etc.
Ter como ponto de partida a educação dada pelos pais,
esclarecendo quais os objetivos da escola.
Realizar trabalhos de conscientização de toda a comunidade
escolar, explicitando a necessidade da seriedade e do
envolvimento de todos para um futuro melhor.
3.1.6 Motivação e
elogios, sem
reclamações
Incentivo, por meio de elogios, para
elaboração de atividades e ações
inovadoras e criativas.
Elogiar e motivar os alunos que apresentam bom desempenho
na aprendizagem.
Promover, por meio do diálogo, a tomada de consciência da
importância da escola e do conhecimento.
Resgatar a auto-estima de alunos com dificuldades de
aprendizagem, valorizando os pontos positivos que trazem
consigo.
3.1.7 Reforço escolar
Ações para reforçar e repor conteúdos
em defasagem.
Ampliar o atendimento das Salas de apoio à aprendizagem, que
são aulas paralelas no contra-turno para alunos das 5ª séries.
Ampliar o atendimento em contra-turno por meio de parcerias
com Universidades, com a presença de estagiários.
117
3.2. RELAÇÕES INTERPESSOAIS POSITIVAS E COMPROMETIMENTO DO ALUNO
OBJETIVOS
ESTRATÉGICOS
CONCEITOS BÁSICOS
PROPOSTAS DE AÇÕES
(O que é?)
(Como deve ser?)
(O que queremos?)
3.2.1 Disciplina
A disciplina é o respeito às regras
estabelecidas e a consciência dos
limites existentes entre professor e
alunos no processo de ensinoaprendizagem, bem como na
convivência em grupo.
Construir a disciplina com o aluno, tomando consciência das
regras sociais estabelecidas.
Desenvolver o pensamento crítico a partir dos conflitos, visto
que os mesmos são inerentes às relações interpessoais.
Estabelecer critérios bem claros e que possam ser aceitos por
todos.
Constituir uma linguagem única, que permeie entre docentes,
discentes, gestores e funcionários, levando todos a se
comprometam realmente no cumprimento de suas obrigações.
3.2.2 Respeito na
convivência entre os
alunos
É a relação harmoniosa entre aluno e
professor no intuito de realizar com
competência as atividades educativas.
Conscientizar alunos e professores de que a convivência e o
trabalho coletivo possibilitam a interação.
Conhecer a si mesmo e ao outro, respeitando o espaço e as
idéias do outro.
Ofertar atividades de convivência, interação, integração, união e
amizade entre todos.
3.2.3 Respeito ao
patrimônio público
Cuidados com a integridade física da
Informar e orientar os alunos quanto aos cuidados e a
unidade escolar, zelando do
conservação dos recursos que são utilizados para o
patrimônio para ser usufruído por toda desenvolvimento do processo de ensino aprendizagem.
a comunidade.
3.2.4 Resgate de valores
(respeito)
São os valores e as atitudes
historicamente constituídos que nos
diferencia dos outros seres.
Realizar pequenas ações cotidianas, como elogios e palavras
que elevem a auto-estima dos alunos.
Incentivar as ações educadas entre os alunos, com seus pais e
professores. Ser um exemplo, mesmo que não seja perfeito.
Vivenciar, no dia-a-dia, os valores essenciais como respeito,
comprometimento, justiça, solidariedade, amizade, bom senso,
118
etc.
3.2.5 Valorização do
Patrimônio Público
De acordo com o sistema
democrático, aquilo que é público
deve vir sempre acima do que é
particular. Não apenas os bens
materiais, mas também o espaço
público deve ser usado com respeito e
consciência.
Responsabilizar o aluno quando este causar algum dano ao
patrimônio público.
Conscientizar para agir corretamente em sociedade e em caso
de infração o aluno deve corrigir o seu dano.
Levar o aluno à reflexão de que o descaso com um bem público
pode voltar-se contra ele ou sua família.
Discutir as ações do cotidiano como ceder o lugar num ônibus
para idosos, grávidas e deficientes.
Refletir que, caso destrua um telefone público, pode, em outra
ocasião, necessitar dele.
Identificar pichadores e fazer limpar ou pagar o conserto de
paredes estragadas.
3.2.6 Interesse e
participação dos alunos
Ações e propostas que visem
despertar o interesse do aluno pela
escola, bem como o desenvolvimento
do senso estético e artístico.
Propiciar atividades como bandas de música, coral, dança e
artesanato. Buscar parcerias com Universidades para trazer
estagiários com o objetivo de auxiliar a lidar com alunos
hiperativos e agressivos.
Reduzir ações violentas e agressivas.
Ensinar com paixão, didática e diversidade de atividades.
3.2.7 Não uso de drogas
pelos alunos
3.2.8 Disciplina
Propostas de ações antidrogas,
valorizando a vida e a opção pela
vida.
Organizar palestras e vídeos sobre os malefícios do uso de
drogas.
É o cumprimento da regras, as quais
foram compreendidas e internalizadas
pelo indivíduo. É o respeito às pessoas
e um convívio pacífico.
Conscientizar o aluno de que para cada ato há uma
conseqüência e que se há algum desvio, existem consequências
para o infrator.
Buscar cursos para formação dos profissionais com o intuito de
conhecer sobre o assunto e as amaneiras de abordar o mesmo
na sala de aula.
Construir o conjunto de regras coletivamente, por meio da
Comissão do PPP e alunos monitores de turma.
Trabalhar as regras do cotidiano, por meio de material impresso
119
na agenda escolar do aluno.
3.2.9 Motivação dos
alunos e
acompanhamento dos
pais na educação escolar
É o interesse pessoal em participar e
aprender. É o envolvimento tácito nas
atividades propostas, levando em
consideração as vantagens de se
aprender e estudar.
Incentivar os pais a acompanharem o desempenho escolar dos
seus filhos na escola.
Promover reuniões com os pais para esclarecimento das
atividades que estão ocorrendo na escola.
Dialogar com os alunos e mostrar aos pais as vantagens da
conversa com os filhos sobre suas amizades, sentimentos,
interesses, etc.
Promover palestras aos pais sobre temas diversos como drogas,
violência, preconceitos, etc.
Implementar as atividades de gincana e outros momentos em
que haja jogos e atividades interativas entre pais e filhos.
3.2.10. Alunos atentos:
professor com
linguagem acessível
Atenção dos alunos à aula, onde o
professor utiliza uma linguagem clara
e acessível e se compromete em
conferir se realmente o aluno
entendeu.
Traduzir a linguagem técnica de cada conteúdo para uma
linguagem que seja compreensível por todos os alunos.
Dialogar com os alunos e certificar-se que realmente entendeu a
explicação.
Exigir atenção dos alunos quando o professor está expondo o
conteúdo.
3.2.11. Presença do
aluno em sala de aula
É a frequência responsável do aluno
às aulas, evitando faltas por qualquer
motivo.
Comunicar alunos faltosos: 05 faltas consecutivas e 07 faltas
alternadas.
Registrar na pasta de chamada, sempre na primeira aula, a
freqüência dos alunos para conferir alunos faltosos ou que se
atrasam freqüentemente.
Exigir a presença do aluno em sala, combatendo todo tipo de
gazeta.
3.2.12. Silêncio nos
corredores
O barulho incomoda e tira a
concentração e atenção do aluno e do
professor.
Orientar em sala de aula sobre a importância do silêncio e agir
igual.
Mudar de turma com rapidez e agilidade.
Sair da sala somente quando extremamente necessário.
Educar o aluno para falar baixo e entender que gritaria e
120
algazarra atrapalha a aprendizagem da sala ao lado.
3.2.13. Compromisso
com a escola
Ser coerente com os princípios éticos
Não faltar às aulas e evitar faltar.
da profissão, agindo de acordo com os
Cumprir o horário de início da aula, evitando atrasos
objetivos da Instituição.
desnecessários.
Trabalhar em equipe, tendo claro o objetivo pedagógico da
escola.
Levar o aluno a compreender e vivenciar comportamentos
socialmente aceitos, perante o contexto escolar.
3.2.14. Combate ao
tabagismo
O cigarro é uma droga e um vício
prejudicial a saúde individual e
coletiva.
Esclarecer sobre as conseqüências para a saúde do aluno.
3.2.15. Punição dos
alunos infratores de
acordo com o Regimento
Quando o aluno age em desacordo ao
Regimento Escolar ou contra as
normas estabelecidas deve ser
punido.
Mostrar a importância do respeito às leis.
Conhecer a lei e a punição, pois a escola é local público.
Levar o aluno a saber seus direitos e seus deveres para com a
escola, bem como das penalidades ali existente.
Trabalhar incessantemente sobre as regras e o respeito às
mesmas.
Implementar as ações da Patrulha Escolar em casos graves.
Cumprir o que está determinado no regimento.
Constituir o Grêmio Estudantil conectado aos objetivos do PPP,
para auxiliar na busca de soluções para os problemas ligados à
violência e aos atos de vandalismos de alunos.
Buscar auxílio do Conselho Escolar , para que o mesmo dê
respaldo à direção e ao professor.
Realizar o registro escrito das ações de vandalismo, agressão,
uso de entorpecentes e acionar a família.
Identificar as causas dos problemas, seja individual ou da
turma, e buscar soluções rápidas e eficientes.
121
3.3. PARTICIPAÇÃO EFETIVA DA FAMÍLIA NA ESCOLA
OBJETIVOS
ESTRATÉGICOS
CONCEITOS BÁSICOS
PROPOSTAS DE AÇÕES
(O que é?)
(Como deve ser?)
É a presença na vida escolar do filho,
de duas formas básicas: na própria
escola, quando chamado ou
comparece espontaneamente, em
qualquer momento e em casa, quando
demonstra interesse pelos estudos e
valoriza as ações da escola e de seus
professores.
Investir em ações para o envolvimento da família na vida
escolar dos alunos, visto que atualmente a família não participa
da vida escolar do seu filho.
(O que queremos?)
3.3.1. Participação da
família
Contribuir, por meio de uma participação efetiva, dando
continuidade em casa, ao trabalho que o professor iniciou em
sala de aula (cobrando tarefas, leituras, pesquisas).
Atender prontamente quando for solicitado o seu
comparecimento na escola.
Participar, espontaneamente, dos eventos promovidos pela
escola, pois a mesma é parte integrante da comunidade.
Comunicar a escola, de imediato, os casos de doença, acidentes,
problemas em geral, que envolvam o seu filho.
Manter uma boa relação com a escola, valorizando as ações
educativas e incentivando seus filhos a participarem com
entusiasmo.
3.3.2. Estrutura
adequada
Organização, antecipada e eficiente,
para recepção dos pais: desde a
portaria, até as reuniões, encontros e
assembleias em geral.
Superar a visão de que a participação dos pais só é importante
quando há envolvimento de fatores financeiros.
Manter constante interação com os pais, usando de vários meios
de comunicação: bilhetes, recados, telefonemas, Internet, emails.
Proporcionar eventos e momentos de reflexão, sobretudo a
respeito do que acontece no cotidiano escolar.
3.3.3. Não fazer “vistas
grossas” com a falta de
compromisso com os
alunos
Muitas vezes a família é conivente
com o mau comportamento e falta de
comprometimento dos filhos. Sendo
que a escola, por falta de
Resgatar um processo dinâmico de interação entre família –
escola.
Proporcionar, através dos canais competentes, apoio e ajuda ao
professor, no sentido de tornar menos árdua a tarefa de
122
profissionais, acaba participando
desse processo de acomodação.
ensinar.
Apoiar as ações docentes que são exercidas por prazer e não
por obrigação.
Privilegiar a qualidade dos serviços prestados à comunidade, e
não a quantidade.
Oferecer momentos para que a família venha até à escola para
também aprender a lidar com os jovens.
3.4. ENSINO ATIVO, REFLEXIVO E DINÂMICO E METODOLOGIAS INOVADORAS E CRIATIVAS
OBJETIVOS
ESTRATÉGICOS
CONCEITOS BÁSICOS
PROPOSTAS DE AÇÕES
(O que é?)
(Como deve ser?)
(O que queremos?)
3.4.1. Coleguismo entre
os professores
Professor auxilia seu colega tanto no
que concerne ao regimento e
funcionamento escolar, quanto ao que
se refere ao planejamento.
É a harmonia no desenvolvimento das
aulas como um todo de forma ética e
com profissionalismo.
Seguir a mesma linha de conduta, respeitando as normas da
escola.
Estabelecer um conjunto de normas, discutido por todos, afim
de organizar a rotina do professor.
Manter um clima de amizade e respeito, evitando
desentendimentos e conflitos e, caso tais situações ocorram,
procurar resolver de forma madura e coerente com os princípios
da profissão.
3.4.2Compromisso
profissional
É a dedicação dos profissionais aos
aspectos relativos aa função exercida.
Exercer a profissão com destreza, responsabilidade,
compromisso, respeito e dignidade.
3.4.3. Professor com
planejamento de aulas
O professor realiza pesquisas
utilizando as mais diversas fontes para
enriquecer a sua aula. As aulas são
planejadas utilizando os critérios
estabelecidos no Plano de Trabalho
Docente e os recursos disponíveis
para enriquecer a aula.
Estabelecer várias possibilidades de solução para o mesmo
problema.
Organizar as aulas de modo claro, conciso e coerente com a
realidade da turma.
Programar o uso dos ambientes pedagógicos e de materiais que
enriqueçam a aula.
123
Manter um plano flexível e aberto às mudanças no cotidiano.
Dominar o conteúdo e estar atento às dúvidas dos alunos.
3.4.4. Aulas dinâmicas
Aula que possibilita a participação do
aluno, saindo da rotina do quadro e
do giz.
Possiblitar um contato mais direto e objetivo do aluno com o
tema abordado.
Facilitar a compreensão da matéria por meio de explicação clara
e segura.
Utilizar recursos didáticos que ilustrem a explicação e facilitem a
apropriação do conhecimento.
Usar vários métodos para que o aluno aprenda.
Aprender a usar os recursos tecnológicos.
3.4.5. Ouvir os alunos
com ética
O professor deve manter diálogo
aberto e franco com os alunos,
atentando, porém, para que não caia
na tentação de falar do colega,
gerando atrito e desconforto.
Escolher, para cada turma, um ou dois professores monitores.
Deixar claro aos alunos o objetivo do trabalho do professor em
sala de aula e os seus critérios de avaliação.
Desenvolver a ação pedagógica com responsabilidade, deixando
claro para os alunos que o objetivo é o seu aprendizado.
Ouvir os alunos com ética, pois estando conscientes do trabalho
do professor, o que será dito e ouvido terá coerência.
Discutir de modo maduro os que os alunos dizem, buscando
soluções adequadas para cada situação.
3.4.6. Chegada rápida
dos professores na sala
de aula
É a assiduidade de chegar sempre no
horário e sair após o sinal, evitando
transtornos do tipo agitação pelos
corredores, barulho, atrasos e aulas
vagas.
Desenvolver o senso de responsabilidade, de respeito e de
comprometimento com os alunos e com os colegas de trabalho.
Chegar antes do horário para organizar o seu material de
trabalho.
Quando der o sinal para troca de professores, ser ágil na
mudança de sala.
3.4.7. Capacitação e
domínio das tecnologias
Encontros, cursos, reuniões,
seminários para melhorar o domínio
do uso dos recursos tecnológicos
oferecidos pela escola.
Saber manusear o equipamento tecnológico e utilizá-lo de forma
correta.
Participar de cursos de formação e/ou atualização com carga
horária suficiente para dominar o manuseio, com profissionais
124
que preparem realmente os professores.
Consultar as orientações presentes no portal diaadiaeducao
sobre o uso das metodologias com recursos tecnológicos.
3.4.8. Salário digno
É o pagamento mensal pelos
trabalhos prestados, de acordo com
legislação vigente. É o que distingue o
profissional da educação como
trabalhador da educação. É a
recompensa que deve compatível com
as necessidades básicas e de lazer.
3.4.9. Cursos de
capacitação para lidar
melhor com os
problemas
Seria oficinas, onde nós professores
iriam fazer o levantamento dos
principais problemas enfrentados no
cotidiano com turmas ou períodos e
traçar soluções viáveis.
3.4.10. Conhecimento do
uso de tecnologias
Uso do vídeo, TV, DVD, Datashow,
Computador, TV Multimídia,
retroprojetor nas aulas.
Possibilitar, pelo valor do salário, uma qualidade de vida melhor.
Diminuir a carga horária de trabalho, possibilitando um maior
tempo para planejar as aulas, tempo de pesquisa, leitura,
atualização do conhecimento, sem ter diminuído o salário.
Proporcionar mais tempo de lazer, que é fundamental para o
equilíbrio emocional do professor, bem como a melhoria dos
laços de amizade.
Fazer reunião inicial, levantar problemas enfrentados no ano
anterior e estratégia deram certo, retomada nos conselhos (pré)
e juntos pós conselhos novas estratégias.
Desmotivação dos alunos. Planejamento de aulas com uso
tecnologia e os alunos apresentarem seus trabalhos tem
usando recursos e uso do laboratório (aulas práticas mesmo
sem laboratorista especifico as com auxilio de outros, ou ainda
via estagiários. Parte da indisciplina vem do despreparo da aula
(improvisar).
Manusear, durante a semana pedagógica e na hora atividade, os
recursos tecnológicos para implementar melhoria na qualidade
das aulas.
Buscar, nos inúmeros meios de comunicação, as formas de usar
adequada e pedagogicamente, os recursos tecnológicos em sala
de aula.
3.4.11. Apoio
É a ajuda e o suporte pedagógico no
uso dos recursos tecnológicos e, de
modo geral, no gerenciamento das
rotinas em sala de aula.
Planejar as aulas individual e coletivamente.
Definir coordenadores de área por turno.
Operacionalizar e ensinar professores no uso correto dos
recursos tecnológicos.
Aumentar o número de pessoal administrativo qualificado que
125
possam auxiliar os professores.
Organizar maior número de encontros entre professores das
diferentes disciplinas para troca de experiências.
Elencar as atividades de sucesso e divulgar nos inúmeros meios
de comunicação da escola: mural, site, blog, exposição, etc.
3.5. GESTÃO DEMOCRÁTICA – ESTRUTURA ADEQUADA, FLUXO DA INFORMAÇÃO E FORMAÇÃO DOCENTE
OBJETIVOS
ESTRATÉGICOS
CONCEITOS BÁSICOS
PROPOSTAS DE AÇÕES
(O que é?)
(Como deve ser?)
(O que queremos?)
3.5.1 Número máximo de Definição de um número de alunos
35 alunos
condizente com as possibilidades
didáticas de atendimento e
acompanhamento efetivo.
Estipular o número máximo de 30 a 35 alunos porque é
desumano e impossível atingir com competência turmas com 45
alunos.
3.5.2 Existência de um
banco de dados digital
É a organização de uma banco de
Criar um aplicativo capaz de armazenar dados atualizados sobre
dados com as informações relativas ao a vida do aluno, bem como sobre a comunidade escolar.
aluno e sua vida escolar, incluindo
Criar página de Internet, site ou blog do Colégio.
foto.
3.5.3 Linguagem única
Estabelecimento de linguagem única e
a sistematização de ações que
caracterizam a Instituição como um
todo, sendo respeitado integralmente
por todos os profissionais.
Estabelecer e cumprir coletivamente regras claras e bem
definidas.
Determinar quais assuntos/ações podem ser discutidos e quais
devem ser acatados, para o bom andamento da escola.
Implementar para que a linguagem única seja para todos os
níveis hierárquicos.
3.5.4 Valorização dos
profissionais
Somente por meio da valorização e do
reconhecimento se estabelece um
clima amistoso, a motivação e o
entusiasmo pelo trabalho
Reconhecer as ações dos bons profissionais através de elogios e
gratificações.
Chamar a atenção e corrigir problemas em particular, com o
profissional envolvido, não generalizando, como se todos
126
estivessem errados.
3.5.5. Divulgação oral e
escrita das informações
Manifestação das informações de
modo que todos fiquem sabendo.
Conscientizar dos profissionais envolvidos na leitura das
informações, seja através de mural, Internet, site da escola,
recados, e-mail, etc.
Implementar as ações de coleta da assinatura de ciência a
respeito dos convites, convocações, editais, reuniões, materiais
e demais informações.
3.5.6. Reforma das salas
Melhoria na estrutura física da escola,
deixando o ambiente mais qualificado
para a ação pedagógica.
Reformar as salas como um todo, e, como depende de verbas
do governo, insistir na documentação para que isso se
concretize.
3.5.7. Ação e eficiência
da equipe pedagógica
Equipe pedagógica comprometida com Atuar de modo a ser eficiente, colaborando com o professor em
os objetivos da escola e interessado
sua ação docente.
em auxiliar os professores em seus
Buscar, junto à SEED, ampliar o número de componentes da
empreendimentos.
equipe pedagógica.
3.5.8. Comunicação
interna eficaz
Definição das formas eficientes de
informar, comunicar e esclarecer os
fatos, exigências e regras do cotidiano
escolar. É chave mestra em qualquer
instituição.
Definir os ambientes para a centralização das informações:
secretaria, equipe pedagógica e direção, evitando desperdício de
tempo.
Organizar o sistema de distribuição das informações por meio de
e-mail, site e blog.
Definir uma linguagem unificada, por meio da qual se faça
conhecer todas as regras, normas e cotidiano da escola,
evitando contradições.
3.5.9 Inspetores de pátio
3.5.10 Igualdade nas
regras de tratamento
São os profissionais responsáveis pela
efetiva segurança no pátio da escola,
bem como o controle do horário,
evitando gazetas, bebidas, fumo e
brigas e também garantindo o bom
funcionamento do colégio.
Buscar, junto à SEED, a contratação de profissionais que
possam desenvolver o trabalho de inspetoria do pátio.
Treinar e orientar os profissionais sobre suas funções e a
importância da sua ação dentro da escola.
É o cumprimento geral das regras por
todos, sem abrir exceções a todo
tempo.
Definir o conjunto de regras da rotina, para evitar a modificação
das mesmas e, consequentemente, o não cumprimento ou
cumprimento parcial.
Definir dois inspetores de pátio, em cada período.
127
Assimilar todas as regras e normas, evitando abrir precedentes
de questionamentos sem fundamento.
128
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Curitiba, 13 de agosto de 2009.
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Diretora
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