MIOCARDIOPATIAS Vamos dar uma revisada nas doenças do miocárdio então! O conceito de miocardiopatia então: é uma doença do músculo cardíaco. Nós temos 3 formas de miocardiopatia, que a estrutura da miofibrila fica alterada: miocardiopatia hipertrófica, restritiva e a miocardiopatia dilatada. Nós podemos ter essas 3 formas de identificação do músculo cardíaco, eu posso ter uma miocardiopatia hipertrófica secundária a uma estenose aórtica ou HAS. Considero a mais importante a miocardiopatia hipertrófica, é uma doença que mata mto jovem, é a principal causa de morte súbita em atletas, entre 20-30 anos de idade, mais homens, é mto comum, é uma doença autossômica dominante e é mto confundida cm a estenose aórtica. Então é uma doença autossômica dominante de caráter familiar que atinge os sarcômeros, essas células do miocárdio começam a se hipertrofiar, por mutações genéticas, que vai haver uma desorganização dessa miofibrila levando a uma hipertrofia dessa fibra e um quadro que vai variar dependendo do grau de hipertrofia. Nós temos 2 formas de miocardiopatia hipertrófica: uma cm obstrução e outra sem obstrução. Somente 25% vão ter esse gradiente, quer dizer, a diferença de pressão na via de saída do ventrículo esq, isto é a obstrução. Então essa arquitetura celular, esse miocárdio fica comprometido vai haver fibrose, esses locais de fibrose no miocárdio são eventuais focos arrítmicos, o que pode causar a morte súbita ou as arritmias ventriculares. Os locais mais acometidos em ordem crescente: principalmente o septo, chama-se miocardiopatia ou hipertrofia septal assimétrica, depois o ápice cardíaco, a parede livre do ventrículo esq. Qdo o septo fica mto comprometido, a apartir daí nós vamos ter as formas obstrutivas que são mto graves. Então nós temos um pct que detectamos por exames complementares com miocardiopatia hipertrófica, qdo agnt detectar hipertrofia ventricular, pelo eletro, pelo eco, estudo hemodinêmico, ressonância... nós vamos ter esse coração musculoso, que nem a estenose aórtica, temos uma desproporção de oferta de O2 e consumo desse músculo cardíaco, as nossas artérias e a microcirculação do coração não vão se hipertrofiar na mesma proporção, vai haver então uma diminuição de reservas coronárias, essa hipertrofia vai comprimir mto as artérias intramurais miocárdicas, e dependendo se o septo estiver comprometido ou não nós vamos ter aumento da obstrução. Nós podemos ter no momento de contratilidade dessa massa hipertrófica ventricular o movimento anterior sistólico da valva mitral, então na sístole a valva que ta fechada pela força de contração o septo vai em direção à parede valvar mitral e esse faz uma eventração para o átrio levando a uma insuficiência mitral associada, essa insuf mitral retrogradamente vai ocasionar um quadro de aumento de pressão na artéria pulmonar levando à hipertensão pulmonar. Esse aumento de consumo pelo coração e a compressão constante dessas artérias intramurais, nos vamos ter períodos de isquemia miocárdica, diminuição de reserva cm a hipertrofia do ventrículo, temos o aumento de consumo de O2, temos então manifestações isquêmicas como dor no peito, ou a própria arritmia por falta de irrigação ou irrigação incompleta do nosso ventrículo. Alteração de complacência, vamos ter então queda do débito cardíaco que vai levar à síncope, pré-síncope e morte súbita. Lembrem que a estenose aórtica, a tríade, é bem parecida cm esses sintomas aí, angina, síncope e dispnéia de esforço. Outra manifestção comum que é da restritiva é a taquicardia, o pct pra manter o débito cardíaco, aumenta a freqüência pra manter débito, então as vzs FC acima de 100, 110, mesmo em repouso ou cm pouca atividade física chama a atenção. Não tm febre, não ta anêmico, não ta descompensado. A insuf cardíaca congestiva é mto difícil ser avaliada pq é uma situação final dessa doença. Dor precordial, é a dor anginosa, oferta e consumo de O2, síncope é um sinal de bastante gravidade, ocorre em 25% dos pct um quadro pré sincopal, isso mts vzs são as arritmias q ocasionam a síncope, não o baixo débito cerebral que acontece na miocardiopatia valvar aórtica, vai depender mto da obstrução da via de saída do ventrículo esq. Arritmia e morte nessa doença vai depender de arritmias supraventriculares, fibrilação atrial, os pcts cm maior risco de morte súbita, que tenham diagnosticado, é parada cardiorespiratória cm taquicardia ventricular sustentada, então o pct foi reanimado e foi avaliado durante a reanimação q ele fez uma taquicardia ventricular sustentada que é uma arritmia ventricular grave. História familiar de morte súbita, esses pcts tm alto risco de ter essa doença. Taquicardia ventricular não sustentada, cm freqüência cardíaca acima de 120, são períodos de taquicardia cm QRS alargado. Teste de esforço. Qlqr pct nosso q tenha dor precordial, dispnéia, cansaço vai ser submetido a um teste de esforço até PA avaliar a capacidade funcional dele, os pct que fizerem hipotensão no teste ergométrico são tb considerados de alta gravidade. Os exames complementares que mostrarem fibrose naquele miocárdio, na angiorresonância, na tomografia e na biópsia, são tb de alto risco pra desenvolver morte súbita. No exame físico o pct não vai sentir nada, o q a GNT detecta as vzs é um sopro, ou aquela queixa do pct não conseguir fazer o exercício adequado, princip naqueles pct mais graves q tem uma obstrução severa. O que é a obstrução: a proporção do septo é 1mm, se ele tiver 1,1 ou 1,3, qto maior essa proporção do septo em relação ao vntriculo esq, que é dado no ecocardiograma, no momento que há contração do ventrículo o septo vai em direção da via de saída que é a aorta e obstrui a saída da aorta, por isso ocorrem essas manifestações. Cuidado então, o pct ta cansado, cm dispnéia e tu vai dar digital pra aumentar a contratilidade vcs vão piorar essa situação. Se a GNT der mto nitrato vcs vão reduzir o débito cardíaco, não vai ter um enchimento adequado ventricular, ele vai obstruir mto mais essa via de saída. A nossa terapêutica esta baseada mts vzs nos sintomas e a GNT erra, e os pct morrem por baixo débito e hipotensão. No exame físico um sopro sistólico igual ou mto parecido cm o da estenose aórtica, se ausculta no bordo esternal, na ponta, quele fenômeno de gallavardin que corre o sopro do foco aórtico pro aórtico acessório, é um sopro holoprotomesosistólico, quer dizer, junto à primeira bulha, vai se irradiar pro pescoço. Mts vzs a insuf mitral esta associada, aquele abaulamento da mitral em direção ao átrio faz uma insuf mitral associada, a GNT acha que é so um sopro de insuf mitral e ele esta cm hipertrofia ventricular. O eletrocardiograma de hipertrofia, tanto da estenose aórtica qto da cardiopatia hipertrófica é mto fácil de ver, o que chama a atenção são as ondas Q de infarto, o pct teve dor no peito ta cm falta de ar tm uma onda Q patológica, esse pct ta infartado eu vou dar IECA, mais um monte de porcaria daqui a pouco eu to piorando a situação desse pct. (não vamos pedir na prova) Ondas P, as alterações são de sobrecarga, mas não é definitivo de diagnóstico de miocardiopatia hipertrófica, o eco é mais sensível, é um método acessível, ele mostra fração de ejeção, estrutura do septo, estrutura valvar, então a GNT já pode diagnosticar várias alterações estruturais do coração e inclusive nos dar o grau de obstrução dessa saída. O padrão hipertófico obstrutivo vai se basear num gradiente >30mmHg na via de saída entre a aorta e o ventrículo esq. No raio X vai ter aumento no VE, não qr dizer nada. Tds pcts que tiveram sincope vamos fazer o estudo eletrofisiológico, caiu na rua não sabe pq, convulsionou ou não, tm diagnostico de miocardiopatia hipertrófica. A ressonância tm excelente resolução, são exames mais aprofundados, não precisamos chegar ate esse ponto mts vzs. O tratamento. Digital piora, IECA, nitratos pioram. Os digitais e os nitratos assim como na estenose aórtica podem levar à morte súbita ou piorar os sintomas. Tratamento de escolha cm obstrução são os betabloqueadores, vcs vão ter o velho propranolol, BB não cardioseletivo, está indicado cm ou sem obstrução,é a droga de escolha pq ele não altera o gradiente de repouso, causando hipotensão, isso diminui a obstrução , nós temos que fazer um tempo de relaxamento maior. Na ICC descompensada tu vai usar os BB cardioseleltivo. Então tu tm um pct cm clinica de ICC, cardiomegalia no raio X, então tu vai fazer um eco, que vai te mostrar se tm obstrução ou não, hipertrofia ou não, se tiver hipertrofia vai te dar um padrão chamado sistólico ou diastólico, o padrão sistólico é aquele coração que perde a força de contratilidade então aumenta os volumes intracavitários, diâmetros e fração de ejeção baixa, co fração de ejeção normal ou elevada, tu pode usar propranolol, fração de ejeção baixa tu tm que usar BB cardioseletivo, são 3 tipos de BB usados na ICC cm disfunção sistólica, isto é, fração de ejeção baixa, carvedilol,misoprolol e metoprolol. Mas o melhor, ainda, no congresso americano do ano passado, a primeira escolha ainda é o propanolol. A segunda droga de escolha, ou as 2 outras drogas substitutivas, por ex, o pct tm um DPOC , BAV, intolerância ao BB por uma asma, é o verapamil e depois o diltiazem, mas não devem ser usados qdo tm obstrução, a obstrução e dada pelo exame ecocardiográfico, então pra eu noa errar nunca, eu tenho o diagnóstico de cardiopatia hipertrófica e ele tolerar BB, o velhor propranolol, vcs vão aumentando a dose conforme a resposta de freq cardíaca, e da pressão arterial, beta bloqueio é qdo a freqüência baixar de 60. A terceira droga usada nas obstrutivas, é a disopiramida, um antiarritmico do grupo I, pq ela melhora o gradiente da via de saída, pq as drogas que causam hipotensão vao piorar a vida desse pct, a disopiramida associada cm o propranolol ou não tm a vantagem de poder ser usada nessa situação. Lembrando que tds as drogas antiarrítmicas tm uma ação pró-arritmica, pode matar o pct, nessa situação especial de miocardiopatia hipertrófica nós temos essas escolhas, os BB de preferência o propranolol, segunda na forma obstrutiva disopiramida cm propranolol, nas formas não obstrutivas ai entra o diltiazem e verapamil que são bloqueadores dos canais de cálcio. Outra droga que esta sendo testada agora e esta se usando nas formas não obstrutivas são os BRA. Principalmenteos tan, o losartan, candesartan. Outra alternativa então é o bloqueio do sistema renina angiotensina aldosterona. O objetivo do tratamento é dimimuir sintomas e morte súbita. Se a GNT não conseguir diminuir o sisntomas existem 2 cirurgias, uma é a cirurgia do septo, a GNT tira um pedaço do septo, 5 ou 6g, miotomia septal, cm uma mortalidade de 26%, é hj ainda o padrão ouro de tratamento dessa doença, principalmente naqueles pct refratários ao tratamento clinico. A segunda tentativa é um marcapasso bicameral, qdo o risco cirúrgico é mto alto, esses pct colocam um eletrodo no átrio e outro no ventrículo, fazendo uma contração sincronizada de tempo sistólico e diastólico, pra ver se esse pct consegue ter uma ejeção mais efetiva pra tentar diminuir a obstrução. Se o pct foi reanimado, sobrevivente de morte súbita, está indicado o desfibrilador implantável. Tem outra técnica cirúrgica que é a ablação, a GNT cateteriza o pct, acha a artéria septal e alcooliza a artéria septal, fazendo um infarto do septo, que vai fibrosar e perde a capacidade de contração, é um procedimento arriscado mas é utilizado. E ainda o transplante cardíaco. Vou falar agora de uma forma mais rara das miocardiopatias que é a restritiva, onde o coração fica pequeno, ele fica cm uma fibrose no endocárdio, então nós temos uma dificuldade de relaxamento, então a GNT tm um quadro de ICC cm o coração pequeno, o cara tm hepatomegalia, tm derrame pleural, esplenomegalia, ascite e edema. Se eu to descuidado, encho o cara de digital, diurético, BB, e ele ta congesto, na verdade ele tm coração pequeno cm fração de ejeção normal, a maioria dos pct tm fração de ejeção normal, é aquela cardiopatia resumindo assim do idoso, o pct tm restrição diastólica, esta cm o coração fibrosado, várias causas de doença sistêmica que causam isso,tem a endomiocardiofibrose, cardiopatia de loeffler, que é a do ciclo do áscaris – doença eosinofilica, cardiopatia restritiva de causa desconhecida , ainda entra dentro das infiltrativas amiloidose, sarcoidose, radioterapia de mediastino, quimioterapia, hemocromatose, doenças do glicogênio. Questionem sempre a etiologia dessa doença. Nós temos então um aumento grande de pressão diastólica, pq o coração ta duro, não conseugue relaxar, fibrosou, as cavidades são pequenas, vai haver retrogradamente aquelas pressões pra carótida, pra sistema direito, tm uma grande manifestação de IC direita, mais comum em mulheres, em pessoas mais idosas, as queixas são as mesmas de qlqr ICC, fadiga, cansaço, intolerânca ao esforço, edema. Um coisa que chama a a tenção nesse exame fisico é a B4, um galope pré sistólico. Tem o sinal de kussmaul que vai diferenciar da pericardite constritiva, pulso paradoxal no tamponamento cardíaco. No eco se vê uma hiperrefringência, se vem que os ventrículos não conseguem TR complacência, nos temos disfunção diastólica, e vai nos diferenciar da pericardite constritiva, nessa a causa mais comum é a tuberculose, e dá a mesma manifestação só que em uma nos vamos ter q tirar o pericárdio pra salvar o pct e nesse caso não tm mto o que fazer pq a doença é um desarranjo das miofibrilas. Biópsia para excluir, hemocromatose, amiloidose, sarcoidose. Tratamento de ICC, tm que cuidar, não exceder diuréticos, que nos vamos diminuir retorno venoso, bloqueador de cálcio pra relaxar um pouco esse ventrículo, podemos melhorar o enchimento ventricular cm doses baixas de BB, IECA, a digoxina não deve ser usada, os nitratos não deverão ser usados, pq não adianta melhorar a contratilidade, nos temos que melhorar a diástole.. A dilatada é a outra forma, coração grande, essa é a mais fácil, insuf mitral, insuf aórtica, corações enormes só que a doença não é orovalvar, é do músculo cardíaco pq houve um desarranjo levando essas fibras musculares a se dilatarem, tm cusas genéticas, infecciosas, mais comum é a idiopática. Quadro clinico de ICC, respiração de cheyne Stokes, por baixo débito cerebral, esta é a resp clássica das ICC’s. pode dar edema periférico na restritiva , derrame pleural à direita pode ser na restritiva, pode ser por uma cardiopatia isquÊmica, por uma miocardiopatia diabética, chagásica, periparto... tm várias etiologias. Aqui é comum a B3, presença de B4 eu vou ter um coração cm complacência restrita, vou TR então uma disfunção diastólica, qdo eu tiver B3, galope, eu vou ter disfunção sistólica, ou seja fração de ejeção baixa, ou diminuída. O eco é o que faz o diagnóstico e oq eu vai diferenciar as 3 formas, hipertófica, restritiva ou dilatada, nessa vai dar as cavidades tds aumentadas, volume sistólico final aumentado, volume diastólico final aumentado, diâmetros aumentados, pode avaliar as valvopatias e o pericárdio pq daqui a pouco pode ser uma miocardiopatia restritiva por uma pericardite ou uma pericardite constritiva. As biópsias nessas doenças, qdo a GNT fizer já existe fibrose, então não vai ser pra ver etiologia cm exceção da amiloidose, sarcoidose...nesse caso aqui se faz pra indicar o transplante cardíaco. O tto desse pct vai ser IECA, BB, diurético, rezar pra conseguir um doador. Esses pcts tm fibrilação atrial ai tm anticoagulação. LZ