Exemplo Panorama da formação de recursos humanos na área de Ciências do Mar no Brasil & Pespectivas do Biólogo Marinho no mercado de trabalho Prof. Ms. Eduardo Vianna de Almeida Biólogo Marinho, Mestre em Zoologia Doutorando do Programa de Geoquímica Ambiental da UFF Sub-Coordenador das Graduações em Ciências Biológicas das FAMATH Tel: 21 27073525 E-mail: [email protected] [email protected] C. Lattes: http://lattes.cnpq.br/6633862654433467 Publicação FAMATH autorizada pelo autor Dezessete estados brasileiros contém ligação com o oceano Atlântico, perfazendo 6500 km de costa Nossa Zona Econômica Exclusiva (ZEE) é de aproximadamente 3,5 milhões de km2 Não nos destacamos pela produtividade biológica, mas sim pela grande biodiversidade, especialmente nas costas Central e Nordeste. A pesca brasileira oscila em torno de 500 mil toneladas/ano, o que equivale a 0,6% da produção mundial Pouco expressivo perto de outros países, mas com espécies de alto valor: em 2003, saldo de U$ 220 milhões Aqui temos um contingente de aproximadamente 500 mil pescadores profissionais A indústria petroleira, a exploração de gás e o uso da costa para o comércio marítimo internacional são atividades de destaque. Com essas realidades seria de se esperar que no pais houvesse um grande número de acadêmicos relacionados à área marinha. Existem diversas instituições que oferecem cursos de pós-graduação e graduação em cursos de “Ciências do Mar” Ciências do Mar foi o nome dado à área do saber que se dedica à produção e disseminação de conhecimento sobre os componentes, processos e recursos do ambiente marinho e zonas de transição. PPG-Mar (Comitê Executivo para Consolidação e Ampliação dos Grupos de Pesquisa e Pós-Graduação em Ciências do Mar) Segundo PPG-Mar, hoje as principais carreiras ligadas as Ciências do Mar são: C. Biológicas (Biologia Marinha), Ciências Aquáticas, Engenharia de Aquicultura, Engenharia de Pesca, Geofísica Marinha e Oceanografia Em 2007 eram 29 cidades brasileiras que contavam com cursos na área, com 32 IES oferecendo 1840 vagas. A maioria das IES são federais ou estaduais, sendo a FAMATH a única cadastrada dentre as particulares na região sudeste. Os cursos de engenharia de pesca estão quase todos restritos às regiões norte e nordeste, enquanto que os cursos de biologia marinha e oceanografia estão praticamente todos no sul e sudeste. A formação de biólogos marinhos evoluiu nos últimos anos. Nos últimos oito anos, as FAMATH apresentou expressivo crescimento no número de egressos A formação de graduado não reflete necessariamente a inserção no mercado de trabalho. Em que serviços o biólogo marinho pode atuar? O Decreto nº 88.438, de 28 de junho de 1983, do Conselho Federal de Biologia – CFBio (Autarquia Federal criada pela Lei nº 6.684) define as seguintes áreas de atuação do biólogo: - Proposição de estudos e projetos de pesquisa; - Execução de análises laboratoriais e para fins de diagnósticos; - Consultorias/assessorias técnicas; - Coordenação/orientação pesquisa e/ou serviços; de estudos/projetos de - Supervisão de estudos/projetos de pesquisa e/ou serviços; - Emissão de laudos e pareceres; - Ocupação de diferentes níveis; cargos técnico-administrativos - Atuação como responsável técnico (TRT). em Estes serviços podem ser executados em diferentes subáreas da Biologia Marinha, tais como Aquicultura, Biologia Pesqueira, Monitoramento Ambiental, Gestão de Unidades de Conservação, Remediação e Recuperação Ambiental, dentre outras. O Decreto nº 88.438 define a Biologia Marinha como Subárea do Conhecimento do Biólogo, inserida na Área de Oceanografia. Como visto, a maioria dos serviços prestados exigem grande conhecimento e experiência e isso se reflete em um grande número de egressos entrando em cursos de pós-graduação. Especialização, mestrado e doutorado têm como vantagens as gratificações salariais, o acesso à cargos maiores e a possibilidade de atuar no ensino superior. Como facilitar a entrada no mercado de trabalho? A melhor forma, sem dúvida, é o investimento em aprimoramento pessoal. Participação em projetos de iniciação científica, estágios em laboratórios de pesquisa, estágios em empresas e órgãos e participação em eventos são altamente recomendados. Além disso é preciso saber outras línguas, principalmente inglês. Ciente da necessidade de capacitar novos profissionais na área de Ciências do Mar, GT Empreendedorismo do PPGMar definiu as seguintes estratégias: - Formalizar acordo de parceria entre o PPG-Mar e o SEBRAE Nacional; - Viabilizar a inserção do tema Empreendedorismo em todos os eventos vinculados às Ciências do Mar; - Realizar oficinas de Empreendedorismo em Ciências do Mar; - Elaborar e editar o “Guia do Empreendedor em Ciências do Mar” apresentando os conceitos-chave sobre o assunto; - Levantamento da situação das Empresas Júnior nos cursos de Ciências do Mar; e - Consultoria assistida aos alunos de cursos de graduação para consolidação de Empresas Junior e engajamento de alunos. Por fim, recomenda-se ao aluno, que logo cedo já faça seu Currículo Lattes e que se familiarize com sua estrutura. Conhecer currículos de professores e orientadores é uma forma de se interar sobre as diferentes atividades de um profissional. Além disso, baixar e analisar editais de concursos e de seleções para pós-graduação stricto sensu, pode ser muito útil, principalmente quando se tem acesso a planilhas de pontuação de currículo Para conhecer melhor o PPG-Mar e ter acesso a inúmeras publicações e relatórios, acesse: www.cdmb.furg.br/