METODOLOGIA DO PROCESSO DE INCUBAÇÃO DE EMPREENDIMENTOS ECONÔMICOS SOLIDÁRIOS INCUBADOS PELA TRILHAS INCUBADORA SOCIAL MARISTA GT 4 – Tecnologias sociais como práticas de construção de espaços democráticos TIPO DE TRABALHO – Relato de experiência CAMARGO, Grasiele Dalbão Rodrigues Modesto1 LEME, Lyslaine Karine Pereira2 RESUMO Este relato de experiência apresenta a metodologia de incubação aplicada pela Trilhas Incubadora Social Marista nos empreendimentos econômicos solidários incubados, dando ênfase ao Clube de Trocas da Amizade. Tem como objetivo descrever a metodologia utilizada, e para isso, dividimos didaticamente em dois momentos: o diagnóstico e o acompanhamento do empreendimento. No processo de diagnóstico foram utilizadas ferramentas que possibilitaram a construção do cenário inicial do grupo, bem como o mapeamento de seus pontos fortes e fracos, desafios e possibilidades. Para o acompanhamento foi utilizado o PSI – Plano Singular de Incubação, esse, um instrumental desenvolvido pela incubadora para facilitar o processo de acompanhamento, registro e sistematização das experiências. Concluímos que tal processo agregou não somente conhecimento teórico e prático acerca dos grupos, mas possibilitou o desenvolvimento de uma nova tecnologia social adequada às necessidades de incubação e seu caráter emancipatório, autogestionário e de construção do conhecimento. Palavras chave: metodologia, incubação, Economia Solidária 1. INTRODUÇÃO A Trilhas é um projeto da Rede Marista de Solidariedade, em parceria com a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), teve suas atividades iniciadas em março de 2014 após edital do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) para novas incubadoras. Tem como objetivo desenvolver e acompanhar projetos de incubação de empreendimentos de Economia Solidária em Curitiba e Região Metropolitana, além de produzir conhecimento científico e tecnologia social para os trabalhadores que desejam se organizar e trabalhar de forma cooperativa e associada. Nesse primeiro ano de trabalho a Trilhas tem atuado em três eixos prioritários: assessoramento, apoio à comercialização e incidência pública. 1 Assistente Social formada pela Faculdades Integradas do Brasil - Unibrasil, possui especialização em Questão Social na Perspectiva Interdisciplinar pela Universidade Federal do Paraná - UFPR, atua como técnica da Trilhas Incubadora Social Marista. 2 Graduanda no curso de Engenharia de Produção pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR e bolsista da Trilhas Incubadora Social Marista. Este trabalho apresenta algumas das ações que integram a metodologia utilizada por bolsistas e técnicos da Trilhas no processo de incubação dos empreendimentos, fazendo uma breve descrição do papel das incubadoras, especialmente no que tange à Economia Solidária, em seguida apresentamos os empreendimentos incubados, dando ênfase ao Clube de Trocas da Amizade, o qual é foco desse relato. A metodologia de incubação foi didaticamente dividida em duas partes: a primeira apresenta o diagnóstico e a segunda o acompanhamento, em seguida apresentamos o ferramental utilizado em ambas. 2. INCUBADORAS TECNOLÓGICAS NO BRASIL E A INCUBAÇÃO DE EMPREENDIMENTOS ECONÔMICOS SOLIDÁRIOS As Incubadoras Tecnológicas ainda são uma experiência recente no Brasil, surgem inicialmente voltadas ao setor privado e ao mercado e tem suas primeiras iniciativas entre 1985 e 1990, atualmente são 79 incubadoras. Já no campo da Economia Solidária a experiência é ainda mais recente e desenvolve pesquisas para o trabalho na lógica inversa da direcionada ao capital. Para FRANÇA FILHO; CUNHA (2009, p.37), “a incubação em Economia Solidária hoje reatualiza e ressignifica um certo número de práticas de assessoria aos movimentos sociais e fortalece o apoio técnico em gestão, que antes era praticamente ausente dos processos de formação política.” As incubadoras em Economia Solidária são conhecidas como Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares (ITCP’s) e se organizam em duas grandes redes, a Unitrabalho que congrega atualmente, 42 iniciativas afiliadas e a Rede de ITCP’s com 43 incubadoras afiliadas, perfazendo um total de 85 incubadoras em Economia Solidária. A Secretaria Nacional de Economia Solidária (SENAES) na Chamada 89/2013 descreve como Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares as “organizações que desenvolvem as ações de incubação de empreendimentos econômicos solidários e atuem como espaços de estudos, pesquisas e desenvolvimento de tecnologias voltadas para a organização do trabalho, com foco na autogestão, no desenvolvimento territorial sustentável e superação da extrema pobreza”. Para JUSTINO (2002), as ITCP’s são desafiadoras para a Universidade na medida em que exigem uma equipe fortemente engajada e por outro lado quebram a lógica do imediato, buscando criar soluções duradouras no combate à exclusão e marginalidade, trazendo alternativas à desigualdade social. E, certamente, se apresentam como um espaço privilegiado de discussão, de múltiplos saberes e de fomento a práticas coletivas como a autogestão. As ITCP's e os processos de incubação são de extrema importância para a Economia Solidária. CUNHA (2002) ressalta três pontos importantes da incubação, um deles é o de capacitar os empreendimentos, tirando muitos deles da informalidade e da precariedade, permitindo uma renda digna para os seus participantes. Um segundo é a articulação de novas políticas públicas no campo da geração de trabalho e renda. Já o terceiro, estaria ligado ao processo de organização das próprias ITCP's, que vêm se congregando em torno de redes nacionais, o que dá consistência à proposta e ajuda no próprio processo de organização política das práticas de economia solidária. 3. EMPREENDIMENTOS INCUBADOS PELA TRILHAS INCUBADORA SOCIAL MARISTA Quando da elaboração do projeto para criação da Trilhas Incubadora Social Marista, foram elencados quatro empreendimentos econômicos solidários para serem acompanhados pela incubadora, são eles: Clube de Troca da Amizade, situado na zona sul do município de Curitiba, AMARAT – Associação de Mulheres de Almirante Tamandaré, localizado no Município de Almirante Tamandaré, Formiguinhas da Arte, da Fazenda Rio Grande e uma Rede de Empreendimentos Econômicos Solidários no Município de São José dos Pinhais. Os Empreendimentos serão melhor apresentados nos próximos parágrafos. Almirante Tamandaré Em Almirante Tamandaré o Empreendimento Incubado é o AMARAT – Associação das Mulheres de Almirante Tamandaré, composto por 10 pessoas. O contato com esse grupo se deu a partir de uma parceria com a Universidade – PUCPR, especificamente com o Projeto Comunitário, durante a semana de imersão, no mês de janeiro de 2014, onde alunos da instituição fizeram um levantamento das necessidades dos moradores dos bairros Monte Santo e Vila Grécia. Os encontros acontecem na igreja local uma vez por semana e conta com o acompanhamento da Trilhas quinzenalmente. Fazenda Rio Grande Em Fazenda Rio Grande incubamos o grupo Formiguinhas da Arte, composto por 13 pessoas. O primeiro contato se deu durante o período de organização da Feira de Economia Solidária da PUCPR realizada em novembro de 2013. Foram realizadas reuniões com o poder público que se mostrou interessado no desenvolvimento local e reconhece a Economia Solidária como uma possibilidade real para isso, também foram desenvolvidas formações e oficinas para apresentar ao grupo a proposta de trabalho. São José dos Pinhais São José dos Pinhais é um dos quatro municípios do Estado do Paraná que possui uma política pública de Economia Solidária. O Programa de Economia Solidária foi criado pela Lei 1591/2010 e atua na formação, capacitação dos grupos e apoia a comercialização de seus produtos através da realização de feiras, festas da cidade, locais disponibilizados por entidades parceiras e o Centro Público de Economia Solidária. Os grupos são formados em sua maioria por mulheres com mais de 40 anos e que não conseguem integrar o mercado de trabalho formal. São donas de casa, mães, pessoas desempregadas, de diferentes realidades e com diferentes saberes. Essa(es) trabalhadoras(es) já produziam e comercializavam uma ampla variedade de produtos artesanais e ou trabalhos manuais, mas, apresentavam sérios problemas relacionados a sustentabilidade econômica dos empreendimentos e eram dependentes das atividades propostas pelo programa municipal. A Trilhas por meio de uma técnica e dois bolsistas de referência acompanha mensalmente as reuniões do Conselho e do Fórum Municipal de Economia Solidária, bem como, assessora os processos de formação, certificação e comercialização. Curitiba Em Curitiba o empreendimento Incubado é o Clube de Trocas da Amizade, composto por 17 pessoas. O grupo faz parte da Rede Pinhão, uma rede de Clubes de Troca de Curitiba e Região Metropolitana acompanhados inicialmente pelo Centro de Formação Urbano Rural Irmã Araújo (CEFURIA). Após um período sem local para se reunirem, foram acolhidos no Centro Educacional Marista Curitiba localizado no bairro Cidade Industrial de Curitiba (CIC) onde se encontram quinzenalmente intercalando momentos de Trocas e oficinas para produção. O Clube possui espaço de comercialização na Feira Permanente de Economia Solidária que acontece no bairro Sitio Cercado, uma iniciativa do CEFURIA por meio da Rede Pinhão, e como outros empreendimentos, comercializa na Feira de Economia Solidária da PUCPR promovida pela Trilhas. Foram desenvolvidas atividades no intuito de aproximação e fortalecimento das atividades do grupo por meio de rodas de conversa e oficinas, isso possibilitou a interação do grupo com as outras atividades desenvolvidas pela unidade social e público atendido, sendo materializado através da primeira edição do Clubinho de Trocas, iniciativa de troca de brinquedos entre as crianças atendidas e a construção coletiva de um tapete, dentro do projeto “Um espaço para todos”. 4. METODOLOGIA DE INCUBAÇÃO NA TRILHAS INCUBADORA SOCIAL MARISTA 4.1 PROCESSO DE DIAGNÓSTICO O diagnóstico seguiu algumas etapas como vemos a seguir. Aproximação com os empreendimentos econômicos solidários (EES) Após o momento de seleção dos empreendimentos a serem incubados, foram designados bolsistas de referência para cada grupo, em seguida iniciou-se um processo de aproximação com os grupos e com outras instituições do município, houve o incentivo de participação dos integrantes dos grupos em eventos como a Feira de Economia Solidária de Santa Maria/RS, o Seminário sobre Economia Solidária e Desenvolvimento Territorial promovido pela Trilhas, a participação nas duas edições de 2014 da Feira da PUCPR, bem como das oficinas preparatórias para tal, o fomento ao trabalho coletivo com patrocínio para a compra de materiais, a criação de um fundo rotativo, além da incidência pública. Formação da equipe para realização do diagnóstico A equipe técnica e bolsistas da incubadora passaram por um processo preparatório para a realização do diagnóstico. Foi no processo de levantamento de dados para o diagnóstico que se pôde aprofundar o vínculo e estabelecer algumas diretrizes para o delineamento do trabalho a ser desenvolvido em cada empreendimento incubado, levando em conta suas especificidades e particularidades, especialmente no que tange o território, o histórico e a composição de cada grupo. Definição do ferramental para levantamento do diagnóstico Foram utilizados dois instrumentais no levantamento das informações para a construção do diagnóstico de cada EES, primeiramente uma adaptação da metodologia FOFA com o intuito de mapear as Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças de cada grupo. E a metodologia do formulário qualitativo de coleta de dados, um instrumental que surgiu como produto da tese de doutorado do professor Dr. Carlos Alberto Cioce Sampaio3, o documento encontra-se anexo. Esse documento surgiu sob o nome de Gestão Organizacional Estratégica para o Desenvolvimento Sustentável (SIGOS) e é uma metodologia de planejamento e gestão que tem a finalidade de contribuir para o desenvolvimento de áreas de turismo de bases sustentáveis. A SIGOS é uma metodologia de gerenciamento de estratégias que sistematiza todo o processo de implantação e monitoramento de ações necessárias. (SAMPAIO, 2000). Segundo o autor, tal metodologia facilita a construção do conhecimento organizacional e local e os possíveis impactos que poderiam causar a seu entorno. O formulário nos permitiu conhecer alguns aspectos importantes para a construção do diagnóstico, como por exemplo, o conhecimento sobre o território em que os grupos estão inseridos, as relações que estabelecem entre si e com agentes externos, seu contexto histórico e o aprofundamento do vínculo. Finalização do diagnóstico 33 Administrador, Mestre e Doutor em planejamento e gestão organizacional para o desenvolvimento sustentável e Pós-Doutor em Ecossocioeconomia e Cooperativismo Corporativo. Após a etapa de levantamento das informações, fechamos o diagnóstico em um documento com os registros coletados ao longo do segundo semestre de 2014, esse documento foi socializado para toda a equipe da Trilhas e bolsistas e aberto para contribuições e alinhamento. Assim, fechamos o diagnóstico de cada EES e destacamos alguns pontos para o desenvolvimento das ações a serem realizadas. 4.2 PROCESSO DE ACOMPANHAMENTO – PLANO SINGULAR DE INCUBAÇÃO (PSI) O Plano Singular de Incubação (PSI) foi desenvolvido a partir da necessidade de se ter um instrumental onde fosse possível organizar um plano para o processo de incubação que respeitasse as especificidades de cada EES, sendo assim, desenvolvemos a proposta do PSI que atualmente faz parte do ferramental utilizado pela Trilhas em seus processos de incubação. O PSI tem o intuito de facilitar o acompanhamento do processo de incubação, bem como, registrar as informações de maneira que se tornem acessíveis e possam ser sistematizadas para subsídio da produção teórica. Portanto, o PSI tem sido encarado pela Incubadora como uma Tecnologia Social de fácil replicação e utilização por técnicos, bolsistas e empreendimentos. Para DAGNINO (2010 p. 58), Tecnologia Social tem algumas características como adaptabilidade, liberdade, criatividade, além de ser não discriminatória, fatores que claramente são identificáveis na proposta do PSI. Destacamos abaixo o Plano Singular de Incubação do Clube de Trocas da Amizade, o qual vem sendo aplicado no processo de incubação desse empreendimento. Plano Singular de Incubação Clube de Trocas Amizade 1. Objetivo geral de Incubação Fortalecer a prática das trocas proposta pelo Clube de Trocas por meio de um Comitê Multiplicador da metodologia, fomentar um empreendimento econômico solidário, associação ou cooperativa, a partir da organização interna já existente no grupo, promovendo a autonomia individual e coletiva, o fortalecimento dos vínculos, o sentimento de pertença e o desenvolvimento do território onde estão inseridos os membros do Clube. 2. Análise do diagnóstico PONTOS FORTES PONTOS FRACOS Processo formativo que reúne teoria e prática; Algumas artesãs não fazem parte da comunidade valorização e preservação de tradições e relações local; Dificuldade de acesso; falta de habilidade às sociais mais conhecimento, solidárias; troca de vivências, saberes, amizades, tecnologias existentes; Apego ao materialismo, instrumentalismo e disputa capitalismo; por liderança; apego a Falta de companheirismo, acolhimento, empoderamento e heterogestão, emancipação; apropriação dos recursos naturais e autoestima; Dificuldades na disseminação da lógica das capacidades humanas locais; apoio financeiro da autogestão; poucas pessoas participam da Feira para as oficinas; Cursos de capacitação; Criação de: Permanente; dificuldades de mediação. vídeos, cartilhas que é distribuído gratuitamente, facilidades nas negociações dos produtos por meio da moeda social. Incubação pela Trilhas Incubadora Social Marista DESAFIOS OPORTUNIDADES Investigar os motivos de afastamento do grupo; Fortalecer a participação do grupo na Feira Problemas pessoais ocasionam o distanciamento; Permanente em parceria com Cefuria; Visibilidade Questionamentos e conflitos. Vendas, umas vendem interna do Clube na unidade e sua interação com os mais qualidade serviços da unidade; alguns avanços com relação a /acabamento dos produtos; Participantes idosas - projetos interdisciplinares; Visibilidade externa do resistência ao novo; Praticar o desapego ao Clube junto à unidade – discussão do espaço público, materialismo /trocas; Necessidade de transporte para como trabalhar a ECOSOL na perspectiva do deslocamento; Produzir etiquetas para identificar os território; Marista subsidia recursos financeiros, produtos do Clube; Agregar preço justo – Educação pessoal e físico; Trilhas Incubadora Social Marista. que as outras; Melhorar a financeira Após o levantamento dos elementos de força, fraqueza, desafios e oportunidades, elencamos alguns eixos nos quais a incubação teria como referência. São eles: o processo formativo, a formação de um empreendimento econômico solidário, o apoio à comercialização e formulação de um comitê multiplicador da metodologia das trocas. A seguir descrevemos ações estabelecidas em cada eixo. 3. Eixos do processo de Incubação 3.1 Formação em e para Economia Solidária A formação em e para Economia Solidária visa o incentivo e fortalecimento do grupo por meio da participação de seus integrantes em processos formativos internos ou externos, como por exemplo, o curso de extensão em Economia Solidária e Desenvolvimento Territorial promovido pela Trilhas, bem como, a Escolinha de Economia Solidária promovida pelo CEFURIA. Um dos desafios é estabelecer com o grupo um itinerário formativo tendo como temas os princípios da Economia Solidária e demais temas levantados pelo próprio grupo como necessários nesse processo de incubação. 3.2 Fomento e incentivo para a formação de um empreendimento econômico solidário O grupo tem quatro integrantes que já comercializam em alguns espaços como a Feira Permanente de Economia Solidária, eventos institucionais da Rede Marista de Solidariedade, a loja de ECOSOL do bairro Fazendinha e Feira da PUCPR, por isso, será proposto a formação e formalização de um empreendimento de Economia Solidária a partir do Clube de Trocas, potencializando a produção e comercialização já existentes. 3.3 Apoio à comercialização Com a ação descrita acima, temos o intuito de fortalecer a comercialização nesses espaços, não somente de produções individuais, mas coletivas. 3.4 Comitê Multiplicador de Clubes de Troca A prática das trocas configura-se como a gênese do grupo, foram as trocas que não permitiram com que o grupo não se diluísse mesmo depois de passado tanto tempo de sua criação, pensando nisso, propomos a formação de um comitê multiplicador de Clubes de Trocas para dinamizar a experiência em outros espaços internos e externos da instituição. Possibilitando inclusive, a disseminação da experiência do Clubinho de Troca de Brinquedos já efetuado com as crianças da Educação Infantil da Unidade Social. 3.5 Cronograma geral O cronograma é parte importante para que seja possível organizar as ações elencadas por cada eixo de atuação e pactuadas com o grupo de maneira cronológica em dado período de tempo para o desenvolvimento do processo de incubação. 4. Relato de desenvolvimento das atividades O desenvolvimento das atividades é registrado de forma descritiva contendo a data da realização da atividade, sua descrição detalhada e os possíveis encaminhamentos gerados a partir da atividade proposta. É o relato que vai conter a trajetória do processo de incubação, seus avanços, dificuldades, conquistas e servirá como subsídio para a sistematização das informações para a produção de conhecimento. CONCLUSÃO A experiência do processo de construção da metodologia de incubação contemplando o diagnóstico e o acompanhamento dos empreendimentos incubados foi extremamente enriquecedora, passou pelo processo de aproximação inicial por meio das rodas de conversa, da história oral, das formações e vivências, contudo, precisávamos sistematizar esses conhecimentos e saberes de forma que eles nos retratassem a realidade vivenciada por cada grupo e nos subsidiassem no trabalho a seguir. Assim, o conseguimos por meio dos instrumentais FOFA e SIGOS, que possibilitaram que tivéssemos um panorama de cada empreendimento levando em conta seu histórico, relações pessoais internas e externas, inserção e relação com o território em que estão inseridos. Já no processo de acompanhamento, o PSI tem se mostrado um instrumental eficaz, de fácil compreensão e manuseio, possibilitando-nos assim, o registro de todo o processo de incubação e posterior sistematização com vistas à produção teórica, o que possibilita o melhor desenvolvimento do trabalho para o crescimento e desenvolvimento do empreendimento e o cumprimento dos objetivos do projeto. ANEXOS Formulário Qualitativo de Coleta de Dados 1.Nome do Projeto Demonstrativo; Município (sede)/Estado/País da experiência:Modalidade: (a) Agenda 21 Local, (b) Turismo Comunitário, Solidário e Sustentável, (c) Responsabilidade Socioambiental Corporativo, (d) Economia Social, (e) Gestão de Unidades de Conservação Ambiental, (f) Mobilidade Urbana Sustentável, (g) Slow cities, (h) Ecovilagges, (i) tecnologias apropriadas e (j) ecogastronomia 2. Homepage / Link do vídeo institucional do Projeto; 3. Entrevistado(s): nome, função, data, tempo da entrevista e local, telefone e email de contato; 4. Instituições participantes do projeto: Instituições coordenadoras; 4.2 Centros de pesquisa (universitários) que prestam assessoria; e 4.3 Demais instituições; 5. Financiamentos recebidos (nome da instituição, valor do financiamento, período); 6. Produção científica sobre o projeto (teses, dissertações, monografias, artigos, reportagens, vídeos e outros); Gênese (como tudo começou) do projeto: 7.1 Problemática (qual foi o problema que originou o projeto?); e 7.2 Objetivos do projeto (o que se resolveu efetivamente?); 8. Localização (território): sede e arredores: 8.1 Descriminar localização específica caso se trate de uma bacia hidrográfica/unidades de conservação/microrregião: 8.2 Coordenadas Latitudinais e Longitudinais da localização (Google maps): 8.3 Anexar mapa de boa qualidade que demonstre localização microrregional/estadual, 8.4 Características do local: 8.5 Ecológicas; 8.6 Culturais; 8.7 Sociais; e 8.8 Econômicas; 8.9 Identificar indicadores que demonstrem sustentabilidade da experiência; 9. Marcos (Estratégias) do Projeto: 9.1 Oportunidades (externo ao projeto) e pontos fortes (internos ao projeto); 9.2 Ameaças (externas) e pontos fracos (internas); 9.3 Cultura organizacional predominante (associativismo, empreendedorismo, religiosidade, movimento social e outros); 9.4 Conhecimentos tradicionais/populares considerados no projeto (tecnologias apropriadas); 9.5 Metodologias de trabalho (descentralização/centralização, racional/emotiva, participação induzida/voluntária, gestão profissional/voluntariado e outros); 9.6 Principais ações implementadas; 9.7 Resultados conseguidos durante o projeto; e 9.8 Impactos que ocorreram depois da implementação do projeto; 10. Arranjo Institucional e Socioprodutivo (institucionalidade e cadeia produtiva envolvidas) de base local: Encadeamento Vertical: Identifique local (comunidade, município), microrregional (Unidades de Conservação e Bacias Hidrográficas), estadual, nacional e internacionalmente os: 10.1 Fornecedores de insumos (quando há relação produtiva)/provedores de informação (relação política); 10.2 Distribuidores/consumidores dos produtos (quando há relação produtiva)/informações (relação política); Encadeamento Horizontal: Identifique as: 10.3 Organizações de apoio ao projeto (instituições que influenciam, como as do Estado e organizações do terceiro setor); 10.4 Terceirizações que ocorrem no projeto (empresas). Esquematize o arranjo em torno do projeto, conforme a matriz abaixo, aproveitando as informações identificadas dos itens 10.1, 10.2, 10.3 e 10.4 11. Propostas e Intenções Futuras do projeto. REFERÊNCIAS CAPUTO, Maria Constantina; TEIXEIRA, Carmen Fontes. Universidade e Sociedade. Concepções e projetos de extensão universitária. Salvador. EDUFBA, 2014 CUNHA, G. C. Economia Solidária e políticas públicas: reflexões a partir do caso do programa da incubadora de cooperativas da Prefeitura Municipal de Santo André, SP, 2002. Dissertação de Mestrado em Ciência Política – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Departamento de Ciência Política da USP, São Paulo, 2002. DAGNINO, Renato. Tecnologia Social. Ferramenta para construir outra sociedade. Ed. Komedi, Campinas, SP, 2010. FRANÇA FILHO, G.; CUNHA, E. V. incubação de redes locais de economia solidária: lições e aprendizado a partir da experiência do projeto Eco-Luzia e da metodologia da ITES/UFBA. Revista Organizações e Sociedade, v. 16, n. 51, out./dez. 2010. GUIMARÃES, Gonçalo et alii (2000). Sindicalismo e Cooperativismo – A Economia Solidária em Debate. São Paulo: Unitrabalho. JUSTINO, Maria José. Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares: a experiência da UFPR. Curitiba. UFPR/PROEC, 2002. 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