SITUAÇÃO GLOBAL Produção de petróleo da Nigéria cai para

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Dados: Fechamento em 21/04/2017
= Tendência de alta/baixa/estabilidade em relação ao fechamento em 13/04/2017 (exceto Xangai – 14/04/2017)
 SITUAÇÃO GLOBAL
Produção de petróleo da Nigéria cai para 1,269 milhão de barris por dia
A queda da produção, que já alcançou 2,2 milhões diários, em 2012, é decorrente da instabilidade política no Delta do Niger
A produção de petróleo da Nigéria caiu de 1,426
milhão de barris por dia (bpd) em fevereiro para 1,269
milhão bpd em março. Segundo a OPEP, a Nigéria
perdeu para Angola, em março último, a posição de
maior produtora de hidrocarbonetos da África. A
diminuição da produção de petróleo é constante desde
2015, em consequência de ataques de militantes a
instalações petrolíferas na região do Delta do Níger
(área produtora). Apesar dos prejuízos decorrentes da
diminuição da renda de petróleo (responsável por mais
de 90% das divisas internacionais do país), o FMI
projetou, no último relatório "World Economic
Outlook" (abril/2017), que a Nigéria deverá sair da recessão neste ano, com previsão de crescimento estimado
em até 0,8%, após ter registrado contração de 1,5%, em 2016. Segundo o FMI, poderão alavancar os índices
econômicos, além da eventual recuperação na produção de hidrocarbonetos, investimentos vinculados ao "Plano
de Recuperação e Crescimento Econômico" (ERGP) do governo Buhari, que visa a promover a diversificação da
economia, com o fortalecmento da agricultura, da indústria e do setor de energia.
China registra taxa de crescimento de 6,9% no primeiro trimestre
Analistas alertam para desafios associados ao excesso de capacidade, baixa produtividade e elevado nível de endividamento
O PIB da China cresceu 6,9% no primeiro
trimestre de 2017, acima da meta de 6,5% do Governo e
dos 6,8% registrados no 4º trimestre de 2016. Para
analistas, o ritmo de crescimento refletiu o aumento da
oferta de crédito, especialmente para os setores
imobiliário e de infraestrutura. Houve, em março,
aumento de 22% em novas construções em relação a
março de 2016, mas queda de 11% no volume de vendas
de imóveis nesse período. O setor de serviços, que
representa 56,5% da economia chinesa, cresceu 7,7%,
comparado aos meses de janeiro a março de 2016. O
setor agrícola cresceu 3% e a produção industrial, 6,4%,
no mesmo período. O investimento em ativos fixos aumentou 9,2% e as exportações, 14,8%, entre janeiro e
março de 2017, comparado ao mesmo período de 2016. Segundo dados oficiais, foram criados 3,34 milhões de
empregos nos primeiros meses de 2017. Apesar dos dados positivos, analistas avaliam que a China enfrenta
desafios estruturais para implementar reformas que reduzam distorções decorrentes (i) da capacidade excedente e
ociosa em diversos setores; (ii) da baixa produtividade; e (iii) do crescente endividamento, entre outros fatores.
 RECUPERAÇÃO DA ECONOMIA INTERNACIONAL
Os índices internacionais, como o índice Brookings-FT
Tiger, atestam que a recuperação da economia internacional
vem-se dando sobre base sólida e estável, ainda que não seja
vigoroso. Nas economias desenvolvidas, o crescimento vem
sendo razoável, e parece afastado o risco de deflação. Nas
economias emergentes, os piores momentos parecem ter sido
superados. No entanto, para o "Brookings Institute", as
grandes incertezas políticas em nosso tempo (Brexit,
emergência de nacionalismos populistas, acirramento de
tensões no Oriente Médio e na península coreana) podem
comprometer essa recuperação. Segundo análise daquela
entidade, a calmaria econômica da superfície seria compensada
pelo crescimento de tensões políticas e econômicas que
poderiam voltar a gerar turbulências. Outros fatores que podem atrasar a recuperação da economia internacional
são os baixos investimento e produtividade, o recrudescimento do protecionismo e o progresso limitado em
agendas de reformas internas. O ano de 2017 não estaria especialmente comprometido, mas parece ser
oportunidade para refletir sobre as perspectivas para os próximos anos.
 PUBLICAÇÕES DE ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS
" What Does Recovery of Commodity Prices Depend on? " (BID/INTAL)
Em artigo publicado no blog "Conexión INTAL",
busca-se analisar que fatores determinaram a reversão, em
2016 da tendência de contração dos preços das
"commodities" que imperava desde o fim de 2014, em função
da baixa inflação ou até mesmo deflação nos principais
mercados internacionais. Segundo o artigo, a dinâmica de
cotização das "commodities" respondeu a fatores de oferta e
demanda, alguns dos quais seriam específicos para certos
mercados, como a redução da produção da OPEP e a
expansão do crédito da China, que afetou principalmente o
cobre e o ferro. Desde 2014, não estariam prevalecendo os
efeitos das variações cambiais do dólar, principalmente frente
às perspectivas de aumento de obras de infraestrutura nos
Estados Unidos, sob nova administração, e às medidas econômicas adotadas pelo Governo chinês. Apesar de que
fatores de oferta e demanda podem variar no curto prazo, a aceleração do crescimento internacional juntamente à
melhora da atividade econômica poderiam sustentar por mais tempo a recuperação dos preços dos produtos
básicos. No texto, demonstra-se a alta concentração das exportações da maioria dos países da América Latina e
Caribe em torno de quatro grandes complexos de "commodities": óleo e gás, ferro, cobre e soja. Desses
complexos, o ferro foi o que demonstrou maior recuperação relativa, com a duplicação do preço do produto em
fevereiro de 2017, em relação a seu valor mínimo em
dezembro de 2015; entretanto, poderá voltar a cair caso os
efeitos das políticas creditícias da China se esgotem. No caso
do cobre, cuja recuperação não foi tão significativa, pesou o
aumento da oferta pela abertura de novas minas. Também
houve certo aumento do preço da soja, que poderá voltar a
cair caso se confirme a perspectiva de aumento da safra
norte-americana em 2017. Preocupa, de forma geral, a
possível sobreoferta derivada de incentivos a investimento e
produção, sem correspondente aumento de demanda.
<http://conexionintal.iadb.org/2017/03/30/estabilizacion-nuevas-turbulencias/>
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